ANO CXXI EDIÇÃO 29 DOMINGO, 17.07.2022
R$ 3.60 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
Assembleias pelo Brasil
A Convenção Batista do Estado do Espírito Santo realizou a sua 102a Assembleia de 23 a 26 de junho, no templo da Primeira Igreja Batista em Guarapari. No Sul do país, a Convenção Batista Paranaense promoveu a 92a Assembleia e homenageou o pastor Izaias Querino, que após 28 anos deixa o cargo de diretor-geral da Instituição. Leia as matérias nas páginas 09 e 10.
Dicas da Igreja Legal
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Resumo estatutário
10 anos depois…
Música e missões
Capacitação ministerial
Jonatas Nascimento relembra os destaques sobre atualização do Estatuto
União Feminina do Maranhão promove Congresso Estadual de Mensageiras do Rei
Compositor fala da música oficial de Missões Estaduais da Convenção Batista de Pernambuco
Convenção Batista do Pará realiza “Seminário prático para o diaconato”
pág. 03
pág. 08
pág. 10
pág. 12
2
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
EDITORIAL
Novos ciclos Nos últimos dias, a nossa Juventude Batista Brasileira (JBB) realizou mais uma edição do Despertar, o seu congresso nacional, que acontece a cada dois anos. Era para ter acontecido em 2021, mas por conta das complicações que a pandemia apresentou, o evento foi adiado para 2022. A matéria completa não está nesta edição, mas podemos dizer que os quatro dias de
celebração e aprendizado da juventude foram abençoadores. Enquanto você não lê a matéria aqui em OJB pode ir no canal da JBB no Youtube e assistir aos cultos. Mas, desde já, queremos parabenizar toda a organização que fez o Despertar acontecer. Que Deus abençoe a todos! Para esta que é a terceira edição de OJB em julho, destacamos a realização
das Assembleias da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES) e da Convenção Batista Paranaense (CBP). Esta última com destaque para o fim de ciclo do pastor Izaias Querino na direção-geral da instituição. 28 anos! Quanto tempo! Além disso, a capa desta edição também evidencia a Coluna Dicas da Igreja Legal, com a primeira parte do resumo sobre as possíveis atualizações
nos estatutos das Igrejas; a realização de um Congresso de Mensageiras do Rei após 10 anos no Maranhão; um texto sobre a música oficial da Campanha de Missões Estaduais da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE); e o seminário de capacitação diaconal da Convenção Batista do Pará (COBAPA). Boa leitura e que Deus te abençoe! n
( ) Impresso - 160,00 ( ) Digital - 80,00
O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB
EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com
FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza
REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557
Fax: (21) 2157-5560 Site: www.convencaobatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);
Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
3
DICAS DA IGREJA LEGAL
Razões pelas quais o Estatuto da sua Igreja precisa ser atualizado (Resumo - parte 1.1)
Jonatas Nascimento Listei e O Jornal Batista publicou 10 razões pelas quais sugiro que toda Igreja deve atualizar o seu estatuto. É claro que cada uma deve analisar a conveniência, a necessidade e as circunstâncias. Agora, volto aqui para apresentar uma espécie de resumo, em duas etapas, em respeito à camada de leitores mais adulta de OJB, que certamente têm menos habilidades para lidar com mídias sociais, pesquisando no site da Convenção Batista Brasileira cada dos artigos ali insertos. Os pontos abordados foram os seguintes: 1. Possibilidade de inserção no estatuto de atividades típicas das Organizações da Sociedade Civil (OSC); 2. Categorias de membros diferenciadas; 3. Prestação de serviços voluntários por seus membros; 4. Realização de assembleias virtuais, presenciais ou híbridas; 5. Verificação a necessidade de o estatuto contemplar aspectos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), do Estatuto da Cidade, do Estatuto do Idoso (EI) e de Direitos Autorais; 6. Versão bíblica a ser recomendada pela Convenção Batista Brasileira; 7. Possibilidade de o pastor não ser o presidente da Igreja; 8. Cuidados na elaboração de dispositivo que trate de questões de ordem ética, moral ou ideológica; 9. Possibilidade de aceitação de membros de outras denominações; e 10. Ampliação do mandato da diretoria estatutária. 1) Possibilidade de inserção de atividade de educação e assistência social, sem risco de perda da imunidade tributária Atualmente, as organizações religiosas, ou os chamados templos de qualquer culto, podem inserir em seus estatutos atividades típicas das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), sem correr o risco de perder a sua imunidade tributária garantida pela Constitui-
ção Federal. Como se sabe, toda Igreja cristã evangélica tem por missão o que convencionamos chamar de PESCA, a saber: Proclamação, Ensino, Serviço, Comunhão e Adoração. Acontece que, por força da lei que instituiu o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), as Igrejas e demais organizações religiosas foram contempladas de forma a poderem inserir em seus estatutos atividades típicas das OSCs, como saúde, educação e assistência social. É claro que isto exige cautela, mas com o auxílio de profissionais com expertise na área do terceiro setor, os templos de qualquer culto poderão ir muito além em seu ideal de servir e, ao mesmo tempo, proclamar as boas novas de salvação. 2) Categorias diferenciadas de membros Quero “propor” a possibilidade de a Igreja local alterar os quóruns para a realização de assembleias ou estabelecer “categorias diferenciadas de membros”, sem que isto afete o valorizado sistema de governo congregacional democrático adotado pelos Batistas, a saber: as decisões são tomadas por todos os membros, em assembleias gerais, onde todos têm direito a voz e voto, obviamente respeitados os limites estabelecidos por lei e deliberações internas. Vamos ao ponto: tradicionalmente, ao se filiar a uma Igreja Batista, automaticamente o membro passa a gozar de todas as prerrogativas, inclusive passa a compor quórum para a realização de assembleias gerais, podendo votar e ser votado para cargos, funções, comissões, representações etc. Ressalte-se que conforme previsão estatutária, existem diferentes quóruns para a realização de assembleias gerais. Dependendo da natureza do assunto, algumas assembleias podem ser realizadas com um número mínimo de membros, já outras requerem um quórum maior, principalmente aquelas que são convocadas para tratar de assuntos que só podem ser tratados em assembleias gerais extraordinárias,
como por exemplo: a) eleição e destituição do pastor e demais ministros da Igreja; b) aquisição, venda, alienação ou oneração de bens imóveis; c) reforma estatutária; d) transferência da sede da Igreja; e) mudança do nome da Igreja; f) eleição, posse e exoneração dos membros da Diretoria Estatutária; g) dissolução da Igreja; e h) instituição ou alteração do Regimento Interno ou Manual Eclesiástico. O problema é que cada vez mais, as assembleias gerais vêm sendo esvaziadas e é de se supor que muitas decisões estejam sendo tomadas sem o quórum correspondente, o que caracteriza uma irregularidade. Parece que os crentes desta geração não têm interesse em participar de processos decisórios e não querem participar de eventuais polêmicas que surgem vez ou outra em ambiente de assembleia, quando muitas decisões são tomadas em clima não amistoso. Sendo assim, o ideal é que cada Igreja reveja os seus quóruns, minimizando-os de forma a não impedir de avançar em suas ações. Por outro lado, sem prejuízo do seu sistema de governo, pode a Igreja estabelecer categorias diferenciadas de membros, algo mais ou menos assim: a) membro votante (ou outro nome que se queira dar): aquele que ao se tornar membro da Igreja opta por participar dos seus processos decisórios; e b) membro não votante: aquele que abre do seu direito de participar das assembleias, votando e sendo votado. 3) Prestação de serviços voluntários Este é um assunto um tanto quanto inusitado, mas que deve ser motivo de preocupação e cuidado por parte das Igrejas que pretendem e necessitam reformar ou adequar os seus estatutos, ante as novidades que têm preocupado sobremaneira a sociedade religiosa no Brasil, e muito particularmente as Igrejas evangélicas. Você sabia que a falta de conhecimento das leis e normas aplicadas aos templos de qualquer culto têm levado pastores e ovelhas que atuam em ambiente eclesiástico ao cometimento
de verdadeiros equívocos? Sim, isto acontece quando eles pleiteiam direitos trabalhistas em âmbito extrajudicial (na Igreja) ou até mesmo no âmbito judicial, quando recorrem à Justiça do Trabalho em busca de direitos que supõem ter, mas não os têm, por força na natureza dos serviços que prestam. O melhor que cada Igreja pode fazer é inserir artigo em seu estatuto de forma clara e objetiva quando das tratativas com o pastor no momento em que ele é investido na função, ressaltando-se que ele - pastor - não tem patrão, não é subordinado a ninguém, o seu ofício não exige pessoalidade e ele não recebe salário (recebe sustento ou provento ministerial, prebenda, côngrua, múnus eclesiástico ou outro nome que se queira dar, mas nunca salário. Já com relação aos membros, que se faça constar um artigo com redação mais ou menos assim: “Toda e qualquer atividade desenvolvida pelos membros no âmbito da Igreja, tais como diaconia, ensino, liderança ou composição ministerial ou departamental, atuação em bazares, cantinas, estacionamentos, motorista de veículos da Igreja, terão caráter voluntário e por isso jamais serão objeto de reclamação trabalhista ou qualquer outro direito. É certo que haverá casos em que a Igreja terá que contratar trabalhadores de acordo com os ditames da CLT, como é o caso de zeladores, auxiliares de serviços gerais, secretárias etc. Eventualmente contratará prestadores de serviços autônomos, mediante pagamento através de RPA (Recibo de Pagamento de Autônomo). Encerro dizendo que em caso de atividades laborais simultâneas ou paralelas no seu espaço eclesiástico, o pastor deverá ser devidamente recompensado em todos os seus direitos, sem a necessidade de se provocar a Justiça, pois a Bíblia nos ensina que a nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus. n Jonatas Nascimento Empresário contábil, diácono Batista e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal”. E-mail: jonatasnascimento@hotmail. com WhatsApp: (21) 99247-1227.
4
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
Unidade e Missão Olavo Feijó
Sérgio Dusilek
pastor da Igreja Batista Marapendi - RJ; presidente da Convenção Batista Carioca
Em sua inesquecível oração sacerdotal (João 17), Jesus afirmou que a unidade dos Seus seguidores, por conseguinte, de Sua Igreja, seria a forma por excelência da autenticação do seu caráter messiânico. Unidade deixou de ser, então, uma desejável e agradável vivência social para se tornar condição para a missão. Sim, para Jesus, mais do que a retórica do pregador ou mesmo a qualidade da homilia, e tão (ou mais forte) que o testemunho mais tocante, a condição maior para que pessoas creiam em Jesus Cristo é a unidade da Igreja. Não se trata, então, somente de cooperação, ainda que esta seja importante; nem tampouco de sinergia, a qual nos permite ir mais longe e alcançar maiores e melhores resultados uma vez estando juntos. Trata-se de nossa missão maior. Como bem salientou Howard Snyder, a melhor forma de evangelismo não está nos folhetos, cruzadas e pregações, mas na unidade da Igreja.
A unidade traz qualidade de vida para quem participa dela. Ajudamos, acrescentando sentido à nossa existência, e somos por vezes ajudados. Somos desafiados a crescer ao suportar e compreender o outro; a caminhar apesar da divergência. Somos instados a transcender quando instrumentos da misericórdia e consolo de Deus para quem precisa. A unidade permite que alcancemos propósitos comuns. Jesus mesmo alertou que reinos divididos não subsistiriam… Embora haja muitas possíveis alegações para movimentos separatistas (aliás esta é uma marca do protestantismo decorrente da acertada defesa de livre interpretação do texto bíblico), há um único motivo suficientemente forte para nos manter unidos: a presença de Jesus entre nós. Afinal, não teria sido o Mestre a razão maior que viabilizou a caminhada conjunta de um corpo discipular tão diverso como era o composto pelos 12? Celebremos a Unidade! Acertemos as nossas diferenças! Olhemos para um propósito comum que é de engrandecer o nome de Jesus e de alcançar vidas para Sua Glória! Que
pastor & professor de Psicologia
Pescadores de pessoas “E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens” (Lc 5.10). O corpo humano foi criado pelo Senhor de acordo com todos os planos divinos, que visam à manutenção da nossa saúde, bem como garantir a multiplicação da humanidade. Mais do que bem-estar físico, depender da natureza divina garante-nos um tipo sobrenatural de saúde humana, preenchendo os melhores requisitos estabelecidos por Jeová, no Seu projeto de “encher a Terra” (Gênesis 9.1). Esta revelação sobre o projeto de Deus ensina-nos que o objetivo da mantenhamos os olhos fitos, fixados em Jesus, como o autor de Hebreus nos recomendou. Que cada um de nós seja encontrado como cooperador do
Criação Divina ultrapassou as limitações do modelo humano e estabeleceu a dinâmica do espiritual sobre o material. Em outras palavras, foi isso que Jesus revelou aos Seus discípulos, quando disse: “Não fiquem preocupados - de agora em diante, Eu vou transformar vocês em pescadores de gente” (Lc 5.10). A Bíblia não critica aquelas nossas funções que pareçam não ter nada a ver com o comportamento da “vida religiosa”. A correção que recebemos das Escrituras Sagradas estabelece que, antes de fazer o que quer que seja, devemos pedir a bênção e a orientação do Senhor Jesus Cristo, garantindo a qualidade divina dos projetos aos quais nos dedicamos. Reino de Deus, tanto na Igreja Batista na qual somos membros, como no âmbito denominacional. n
Ensino às gerações Gleyds Silva Domingues educadora cristã
“Também recordo a fé sincera que há em ti, que primeiro habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e eu estou certo de que também habita em ti” (II Tm 1.5). O ato do ensino é encantador, principalmente quando está associado ao processo formativo do ser humano. A partir do ensino são transmitidas verdades fundamentais acerca de Deus e do Seu reino. A proposta do ensino é que se possa aplicar à vida. O ensino se materializa na vida, a partir das relações estabelecidas. Loide e Eunice são duas mães educadoras por excelência. A primeira anunciou sobre a fé, a segunda se apro-
priou da fé e ao fazer isso transmitiu a outra geração. O processo educativo sob o prisma geracional precisa ser enfatizado e restaurado no contexto familiar. Mães abençoam seus filhos ao testemunharem da sua fé. Mães evidenciam provas da fé e da verdade contidas em suas palavras e ações. É claro que o processo educativo não é de responsabilidade exclusiva da mãe, ela requer uma ação conjunta. Mas, observa-se que tal formação muitas vezes recai sobre a figura materna. Não se pode ver isso como sendo uma obrigação, mas como um privilégio. Como seria bom reconhecer na vida daqueles que desenvolvem os papéis de pais e mães os fundamentos basilares da fé. Como também seria importante que eles pudessem compreender o valor que reside no ato de abençoar as
próximas gerações. Abençoar nossos descendentes requer comprometimento com a palavra revelada de Deus. Necessita, ainda, viver os seus princípios e manter atitudes que honrem ao Senhor. Isso é um modo de glorificá-lo sobre tudo e todos. É uma forma de manter viva a fé em Deus e em Suas promessas. É um meio de demonstrar as prioridades e enfatizá-las nas relações estabelecidas. Uma geração que abençoa a outra por meio do ensino é a finalidade de todo o processo educativo. Isso implica em ver, ouvir, falar, sentir e crer com propriedade de mente e coração acerca da mensagem contidas nas Escrituras. Por isso, que não se pode desprezar o ensino proveniente da família. A família é o espaço sem igual da formação e do desenvolvimento humano.
Mães que acreditam no ensino são sensibilizadas para anunciar a fé. Elas reconhecem o valor da vida com Deus e por isso transmitem aos seus filhos, a partir de suas experiências e vivências. Isso quer dizer que no ato do ensino elas materializam princípios e valores aplicáveis às situações do dia a dia. Pense em como o ensino ocorre em sua família. Observe se as suas atitudes não expressam os valores ensinados. Perceba se esses valores se fazem presentes nas gerações e como isso confere identidade à família e fortalece os vínculos familiares. Converse com os filhos e tente localizar em suas falas tais princípios. Ore ao Senhor, agradecendo o privilégio de ensinar os seus filhos sobre a fé abraçada. Entregue ao Senhor a vida dos seus filhos e os abençoe. n
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
5
Sejamos quebrantados, não performáticos Nédia Galvão
membro da Igreja Batista do Centenário (Congregação em Areia Branca-SE); especialista em Ciência da Religião e bacharel em Teologia
Há uma máxima sociológica que diz “o indivíduo é produto do meio”. Longe de mim defender tal máxima, pois a Escritura Sagrada nos prova que o mal está dentro do ser humano. O pecado é congênito e só em Cristo e por Cristo somos santificados. Contudo, não se pode ignorar que fatores externos podem influenciar o comportamento humano. O apóstolo Paulo, em I Coríntios 15.33, replicou um refrão semi-proverbial de Menandro: “Não sejais iludidos: más companhias corrompem bons costumes”. Chamo sua atenção para o termo corromper. Fiteiro (φσείρω), no idioma grego, significa fazer com que alguém se torne perverso ou depra-
vado, como uma forma de destruição moral. Assim, fica evidente que a natureza humana, que já tem uma inclinação para o mal, pode ser influenciada por questões externas. Dessa forma, podemos absorver comportamentos que não condizem com a vida cristã e, em vez de sermos quebrantados, estejamos na postura de performáticos. Absorvemos clichês e gestos de maneira autômata e nos tornamos cópia dentro de um grupo, sendo apenas mais um a reproduzir um estereótipo. Precisamos repensar, refletir na nossa postura diante de Deus e dos demais. Às vezes estamos agindo nos moldes da expectativa humana, mas não divina, suntuosamente performáticos em vez de humildemente quebrantados. O Senhor Jesus certa vez disse: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em
vão me adoram […]” (Mt 15.8,9). Mera performance, clichês reproduzidos e o coração endurecido, distante de Deus e desprovido das corretas motivações. Corremos o risco de cair num ativismo tal, de fazermos até o correto, mas com as intenções erradas. Há um texto bastante contundente que nos conduz a uma profunda reflexão e temor, que se encontra em Amós 5.21-23: “Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembleias solenes. Mesmo que vocês me tragam holocaustos e ofertas de cereal, isso não me agradará. Mesmo que me tragam as melhores ofertas de comunhão, não darei a menor atenção a elas. Afastem de mim o som das suas canções e a música das suas liras”. Essas duras palavras são do próprio Deus para o Seu povo que se reunia solenemente com ofertas e cânticos, aos olhos humanos cumprindo os re-
quisitos de um culto a Deus, mas diante do Onividente só haviam performáticos e não quebrantados. Precisamos reavaliar nossa postura, pois tudo está patente aos olhos de Deus, inclusive nossas motivações. Diante dEle estamos desnudados, o Seu olhar penetra o âmago do nosso ser. Uma bela performance pode impressionar pessoas, não ao Senhor. Façamos o certo, não para impressionar os que estão em nossa volta, mas de forma quebrantada diante de Deus. Tenhamos uma postura de integridade e não de falsidade. Devemos alinhar ação e motivação para apresentarmos a Deus um quebrantado coração. Um coração quebrantado Deus não despreza (Salmo 51.17); uma mera performance é como um sepulcro caiado, bonito por fora e fétido por dentro (Mateus 23.27,28). Sejamos quebrantados e não performáticos. n
quesito relacionamento é a mesma coisa, se tenho amigos, se interajo com eles fico feliz, se eles se afastam, fico triste. A nossa felicidade não pode, jamais, depender das circunstâncias da vida, não podemos de maneira alguma viver picos de felicidade. A nossa felicidade não pode ser comparada a uma gangorra, ora lá em cima, ora lá embaixo. A felicidade começa com fé. Sim, é necessário crer e não duvidar. Fé é acreditar que a presente situação poderá mudar, que a crise passará, é preciso ter esperança. É triste quando as pessoas deixam de crer em mudanças, deixam de crer em um futuro melhor. É necessário acreditar que a crise econômica, política e sanitária vai terminar e logo es-
taremos em uma situação melhor em todas as áreas. Como cristão, eu entendo a definição de fé da seguinte forma “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Essa definição está registrada no livro bíblico Hebreus 11.1. Fé para os cristãos têm um nome e esse é Jesus Cristo; Ele é a nossa esperança, nEle temos a certeza de que há um futuro melhor. Por essa razão que a felicidade começa com fé, e a nossa fé não é de altos e baixos, mas é uma fé sólida; aconteça o que acontecer, não desistiremos, não entraremos em pânico, não ficaremos desesperados. Felicidade não é algo circunstancial, não depende das coisas, felicidade começa com fé. Pense sobre isso. n
Felicidade começa com Fé Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
O mundo inteiro vive uma crise na área da saúde devido a pandemia por conta da COVID-19. Perdemos muitos amigos e muitas famílias estão enlutadas. Esta crise pandêmica trouxe consequências terríveis na área econômica também; até o segundo semestre de 2020, no Brasil, eram 12,8 milhões de desempregados e muitas empresas fecharam as portas. Entrevistei dois psicólogos e eles disseram que aumentou o número de pessoas depressivas e também de suicídios. Muitas pessoas estão insatisfeitas e sem motivo algum para sorrir. A minha pergunta é: Será possível pensar em felicidade diante desta crise? Qual
o significado de felicidade? O que é ser feliz? Quando eu posso afirmar que sou ou não feliz? Muitos associam felicidade com o ter, ou seja, quanto mais a pessoa adquire bens materiais, mais ela é feliz. Outros entendem felicidade de outra forma: felicidade é relacionar-se, estar perto de pessoas que amam, de amigos, de parentes, da família. Quando associamos felicidade com o ter ou com relacionamentos corremos o risco de viver picos de contentamento, ou seja, dependendo das circunstâncias estaremos felizes ou infelizes. Na prática, quero dizer o seguinte, se eu tenho recursos e posso adquirir bens materiais estou feliz, se falta os recursos materiais fico triste, entro em depressão, fico doente. No
6
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22 VIDA EM FAMÍLIA
Os segredos das famílias eficazes - III Temos abordado aqui em nossa coluna sobre os princípios para se construir uma família eficaz, segundo o pensamento de Stephen Covey. O primeiro princípio abordado foi o valor de ser proativo. O segundo princípio é sobre a importância de se manter um objetivo em mente. Escrevemos, então, sobre os benefícios da declaração de missão da família. O terceiro princípio para se construir uma família eficaz está na área das prioridades. Covey chama isso de “primeiro o mais importante”. Antes de aprofundar o princípio, precisamos deixar bem claro que para o cristão, a família é importante, mas não vem em primeiro lugar. Para aqueles que têm Cristo como Senhor, em primeiro lugar está o Reino de Deus (Mateus 6.32,33). Mas, olhando para as páginas da Bíblia, podemos ver claramente Deus
instituindo a Família (Gênesis 2.24). Por isso, depois do Reino de Deus, a família deve ocupar um lugar de prioridade no coração de cada homem e mulher cristã. Claro que também como crentes, devemos sempre procurar, com ajuda de Deus e orientação do Espírito Santo, um equilíbrio saudável nos compromissos que devemos ter com nossa Igreja, na nossa vida profissional, social e familiar (Eclesiastes 3). Dito isso, abordemos o terceiro princípio. Poderíamos sintetizar o princípio da prioridade a uma frase da apresentadora de programa de TV, Oprah Winfrey. Disse ela: “Tudo bem, eu sei que as pessoas lhe dirão: ‘Nós não temos tempo’. Mas, se alguém não dispõe de uma noite, ou ao menos de uma hora por semana para se reunir com toda a família, então a família não é sua
prioridade”. Prioridade à família não deve ser apenas um conceito, mas uma decisão prática que devemos tomar constantemente. Gosto muito daquela história, de um homem muito rico, que no final da vida percebeu que seus filhos e esposa não estavam ao seu lado, somente os empregados pagos. Um amigo foi fazer-lhe uma visita e esse homem, já nos seus últimos dias, disse: “Só agora eu percebo que durante toda a minha vida eu coloquei a escada da minha vida na parede errada”. O que ele estava querendo dizer é que suas decisões não foram de acordo com as prioridades que a família deveria ter no uso do seu tempo e energia. Para colocar a família como nossa prioridade é necessário uma firme decisão nesse sentido. Aparecerão eventos, convites que nos tentarão a desprezar
a família, mas tendo uma firme decisão no coração, isso será possível. Outra questão é importante é não aceitar como verdade absoluta de que o dinheiro é muito importante para a felicidade familiar. Muitos que aceitaram essa verdade e viveram motivados por essa filosofia, conquistaram muitas coisas, mas perderam suas famílias, seus casamentos e filhos. Jesus, conforme relato de Mateus 16.26, na história do rico insensato perguntou: “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?”. Uma verdade, uma pergunta a ser respondida. Muitos, inclusive cristãos, estão vivendo como o rico insensato em que tange a família. Estão ganhando muitas coisas ao redor, mas sem perceber, estão perdendo a família. n Pr. Gilson Bifano
O cuidado de um filho Davi Nogueira
pastor, colaborador de OJB
A minha mãe tem 76 anos. Eu cuido dela com zelo, amor, prestabilidade etc. Procuro proporcionar segurança para que a minha mãe tenha uma excelente velhice. Quando eu tinha tenra idade,
ela cuidou de mim e hoje eu cuido dela. Se você é filho seja o melhor filho para os seus pais. Deus é nosso pai. No relacionamento do Senhor conosco, Ele é maravilhoso. Nós somos filhos do Senhor. O nosso Deus pai devemos obedecer, dedicar adoração, fazermos a Sua vontade. O
amarmos acima de tudo e de todos. Amar a Deus acima de todas as coisas. Amar a Deus em primeiro lugar. É mandamento bíblico que assim façamos. Um filho quer ver a alegria do pai, da mãe. Um filho almeja dar orgulho para os seus pais. Que você seja uma fonte de felicidade para os seus pais. E
quando eles precisarem de você faça o máximo que puder por eles. Um dia, eles fizeram o máximo possível por você. Criaram você com muito amor. Te proporcionaram a melhor estrutura possível etc. Que nós sejamos filhos agradecidos e dediquemos o máximo de cuidados possíveis com os nossos pais. n
MISSÕES NACIONAIS
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
7
Ação Jesus Transforma abençoa estado do Ceará
Thatiana Cordeiro
Redação de Missões Nacionais
O grande movimento missionário que tem impactado as ruas do Cariri-CE começou no dia 02 de junho e vai até o dia 18 do mesmo mês. Durante essas semanas, 220 voluntários de diversos lugares do país estão reunidos em ação e oração para abençoar o Brasil, compartilhando o amor e a graça de Jesus, nosso Salvador, em 10 cidades cearenses. Antes que a ação efetivamente começasse, a equipe missionária já estava trabalhando na organização do
evento, na programação de cada dia e no material que seria utilizado durante as atividades, por exemplo. Sabemos que a preparação é de extrema importância, pois não queremos que nenhuma oportunidade de anunciar o Evangelho seja perdida! Sustentando o tempo de planejamento e tudo o que ainda haveria de acontecer, estava a oração. Não há vida cristã sem oração, não há obra missionária. Enquanto a Ação Jesus Transforma no Cariri era apenas uma ideia, muitos já entregavam ao Senhor as expectativas, a alegria, os desafios e o grande desejo de que muitas pessoas
conhecessem o Evangelho. Para a glória de Deus, assim tem acontecido. Os relatos dos voluntários trazem conversões e reconciliações no Cariri. Muitos estão ouvindo a Palavra, aceitando Jesus e iniciando, então, uma nova jornada, cheia de esperança e de vida. Um dos testemunhos é o da irmã Cida, moradora local, que foi visitada pela equipe, confessou Jesus como Senhor e Salvador, e cedeu a garagem de sua casa para que haja ali uma congregação! Jesus transforma não é apenas o nome da Ação. É, sobretudo, uma certeza no coração daqueles que ofertam
suas vidas ao Senhor, para serem usados como instrumento em Seu Reino. Participar desse movimento missionário é ver e viver Jesus transformando pessoas todos os dias, é se permitir ser transformado por Jesus todos os dias. Louvado seja Deus pela equipe missionária e pelos voluntários da Ação Jesus Transforma em Cariri-CE. Nosso desejo é que muitas pessoas sejam impactadas por aquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida! Envolva-se você também com a obra missionária. Temos muito trabalho pela frente e vamos avançar! n
8
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
Congresso Estadual de MR no Maranhão volta a acontecer depois de 10 anos Todas as Associações da CB Maranhense foram representadas. Dóris Lima
missionária, presidente da União Feminina Missionária Batista do Maranhão
Após 10 anos sem realizar o Congresso Estadual de Mensageiras do Rei, nos dias 01,02 e 03 de julho de 2022, a Diretoria da União Feminina Missionária Batista do Maranhão (UFMBMA), sob a liderança da presidente, a missionária Dóris Lima, realizou a programação com a equipe que assumiu o desafio. Tivemos a alegria de reunir meninas de 09 a 16 anos de todo o estado do Maranhão no Acampamento Batista do Araçagi. Foram mais de 300 inscrições e todas as oito Associações da nossa Convenção Batista Maranhense estavam representadas por suas Igrejas. “Deus quer Transformar Você”, esse foi o tema abordado nesses dias com a Palavra da nossa preletora, a educadora cristã Eleonildes Pereira, que trouxe reflexões maravilhosas para nossas meninas, sobre como Deus pode usá-las em Seu Reino e como é importante não se deixar contaminar pelas coisas do mundo, usando como base o texto de Romanos 12.1-2. A palestra sobre Suicídio e automutilação foi abordada de forma excelente pela psicóloga clínica especialista em
Congresso Estadual de MR teve mais de 300 inscrições Gestalt-Terapia. As meninas ouviram sobre esse tema em linguagem própria para sua idade. Já ouvimos testemunhos de como foi importante a abordagem desse tema e de como precisamos falar sobre isto e alertar orientadoras de MR e os pais. “Eu me punia bastante, me arranhava, me batia, eu era atormentada pelos pensamentos obsessivos, depressão e ansiedade. No momento mais difícil, em que eu quis desistir de tudo, foi quando Jesus me encontrou, havia noites em que eu acordava gritando, porque os pensamentos eram dolorosos e era uma dor infernal. Quando conheci Jesus percebi que não estou sozinha, Ele me sustenta e me salva todos os dias” (Ana Julia Barreto Peixoto Araújo - 14 anos). Nos grupos de interesse tivemos três temas: “Saúde da adolescente”, com a enfermeira obstetra Débora Moura; “Escolhas, você sabe fazer?”,
Batista do Maranhão, na pessoa do seu presidente, irmão Humberto, que nos assistiu com a Guarda Real; a JUBAMA, na pessoa do secretário-executivo Danilo, que nos auxiliou na recreação com nossas mensageiras. A toda equipe organizadora do Congresso, que foram incansáveis. Gratidão pela vida da Lília Raquel Santos, que disse: “Eis me aqui” e aceitou a responsabilidade de estar como coordenadora estadual de MR. E gratidão principalmente a Deus, por tudo que fez, por nos abençoar com esses dias porque sabemos que Ele cuidou de cada detalhe. O desafio desta Diretoria é chegar em todas as Igrejas da CBM que ainda não tem as organizações da UFMBMA completas para implantação, organização e revitalização das organizações missionárias (Mulher Cristã em Missão, Amigos de Missões e Mensageiras do Rei), que são de grande relevância para a edificação e transformação das nossas crianças, adolescentes e jovens. “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (Pv 22.6).
com Thina Karla, acadêmica de Pedagogia; “O mundo dos Jogos digitais e suas influências”, com Danilo Leitão, secretário- executivo da Juventude Batista Maranhense e seminarista. Os grupos ficaram lotados e as meninas interessadas por ouvir cada palavra dos palestrantes. Também tivemos uma noite temática, e trabalhamos o tema “Princesa, filha do Rei”. Sabemos que vidas foram transformadas nestes dias, já estamos ouvindo testemunhos de mudanças no comportamento em casa de nossas meninas, pais que não são convertidos com desejo de congregar, e esse é só o começo, sabemos que vamos colher muitos frutos desse congresso. Gratidão é a palavra pelo que vivemos nesses dias. Agradecemos a toda Diretoria da CBM pelo apoio, na pessoa Siga nossas redes sociais do nosso presidente, pastor Linhares; Instagram: @ufmbma e @mensaSociedade Missionária dos Homens geirasdorei.ma n
Seminário Teológico Batista Mineiro investe em aprendizado Curso de formação pastoral/ministerial deixou boas impressões.
Extraído do site da Convenção Batista Mineira Na última semana de junho, o Seminário Teológico Batista Mineiro promoveu mais um módulo de aulas presenciais do seu curso de formação pastoral / ministerial. O encontro, que reuniu aproximadamente 70 seminaristas, de toda Minas Gerais, teve como professores Willibaldo Rupental, pastor na Igreja Batista Lindóia em Curitiba-PR, doutorando em História e professor na área na Faculdade Batista do Paraná (FABAPAR), e Marcelo Aguiar, pastor da Igreja Batista da Mata da Praia em Vitória-ES, psicólogo e autor de vários livros. Pastor Marcelo descreveu o encontro com as seguintes palavras: “tive grande alegria em participar do projeto de formação pastoral e ministerial. “As impressões foram as melhores possíveis. Fiquei feliz por ver o investimento da Convenção Batista Mineira na formação de seus líderes, conectada ao seu tempo e preparando-se para o fu-
Seminaristas de todo o estado participaram do evento turo. Fiquei feliz por ver irmãos e irmãs que atenderam ao chamado do Mestre e estão se preparando para servi-lo com dedicação e excelência. O ambiente esteve marcado pela piedade e pela fraternidade. O conteúdo das aulas foi do mais alto nível. Parabenizo a liderança, pastor Danilo Secon, pastor Márcio Santos e Valseni Braga, a CBM e a RBE pela iniciativa, e espero no Senhor que esse trabalho continue sendo feito com a mesma sabedoria e amor”. Os seminaristas, além das aulas, recebem todo apoio e estrutura para o melhor preparo visando o desenvolvi-
mento de seu ministério. O seminarista Anilson, da Igreja Batista do Bom Jardim em Ipatinga-MG disse: “esta semana foi maravilhosa, de aprendizado único proporcionado pelo Seminário Teológico Batista Mineiro, no Centro Batista de Treinamento e Lazer. Com a participação de pastores/professores renomados e de muita experiência prática, o que para nós seminaristas é essencial e este momento, juntos, proporciona muito crescimento. Agradeço também ao pastor Danilo pela direção do Seminário, apoio e cuidado. Grato por toda dedicação e empenho, tudo foi excelente. Nunca me
imaginei vivendo algo tão maravilhoso. Nunca pensei que teríamos um tratamento tão bom”. O seminarista Phillipe, da Primeira Igreja Batista do Bairro Santa Cruz em Belo Horizonte-MG, endossa: “a semana no seminário representou pra mim um grande crescimento. Conviver com os colegas e com os professores é muito valioso nesse tempo que nos dedicamos no STBM, além da relevância dos temas propostos nas aulas, discutir com os colegas nos traz um crescimento em meio a diversidade dos contextos e pensamentos de todos. Sem dúvidas, isso tem nos forjado mais fortes e preparados para exercer o nosso ministério. Com certeza, essas aulas foram um divisor de águas na minha vida”. O diretor do seminário, pastor Danilo Secon ressalta: “O Seminário Teológico Batista Mineiro, através desse projeto, vem cumprindo o propósito da formação de novos pastores, missionários e líderes. Louvamos a Deus pelo privilégio de servi-lo”. n
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
9
Após período de pandemia, Batistas Capixabas voltam a se reunir presencialmente em Guarapari Nova geração na Diretoria eleita é um dos destaques. Billy Graham Rodrigues
pastor, coordenador do Ministério de Comunicação da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo
Após dois anos sem um encontro presencial, os Batistas Capixabas, com muita expectativa, viajaram até a cidade de Guarapari-ES, para participarem e realizarem a 102ª Assembleia da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), de 23 a 26 de junho de 2022, no templo da Primeira Igreja Batista em Guarapari. Durante os quatro dias, os mensageiros refletiram sobre o tema da Convenção para 2022, “Conectados à grande história de Deus”, com base bíblica em Salmos 145.4: “Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos”. As noites de Abertura, de Missões Estaduais e da Juventude contaram com a presença de mais de 1200 pessoas. Os preletores foram: pastor Adilson Santos, diretor-executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo - orador oficial; pastor Ismael Anderson da Silva, primeiro-secretário da CBEES e pastor da Igreja Batista no Planalto, em Vila Velha-ES; pastor Lemim Vieira Lemos, presidente da CBEES; pastor
Mais de 1200 pessoas participaram das noites inspirativas Tiago Lopes Pedro, segundo vice-presidente da CBEES e pastor da Primeira Igreja Batista em Campo Grande, em Cariacica-ES; pastor Antônio Jorge dos Santos, segundo secretário da CBEES e pastor da Igreja Batista em Jucutuquara, em Vitória-ES; e pastor Diego Bravim, diretor-geral da CBEES. Adiada por conta do avanço da COVID-19 no mundo, a 102ª Assembleia da CBEES teve como um dos destaques a eleição da nova Diretoria, que ficou assim composta: Presidente: pastor Raphael Abdalla Primeiro vice-presidente: pastor Doronézio Pedro de Andrade Segundo vice-presidente: pastor Ednan Santos Dias da Silva
Terceiro vice-presidente: pastor Marcos José Milagre Primeira secretária: Izabela de Carvalho Silva Segundo secretário: pastor Ismael Anderson Gomes da Silva Terceiro secretário: pastor Davi Teodoro Almeida Damaceno Fato digno de destaque é que na 102ª Assembleia da CBEES se cumpriram as palavras do salmista, contidas na divisa “Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos” (Sl 145.4), pois três membros da Diretoria que foram eleitos, fazem parte da nova geração: pastor Raphael Abdalla (27 anos), Izabela de Carvalho Silva (25 anos) e pastor Davi Teodoro Almeida
Damaceno (33 anos). Portanto, uma geração se conectando à outra! Gerações se conectando à grande história de Deus! A última mensagem da 102ª Assembleia foi proferida pelo pastor Diego Bravim, com base em Gênesis 22.914, desafiando os Batistas Capixabas a se conectarem a vontade do Pai: “Deus chamou uma denominação, um povo, uma Igreja! Precisamos pavimentar caminhos! Precisamos cuidar das novas gerações! Precisamos anunciar o amor de Deus!”, disse o pastor Diego. Em seu primeiro discurso como presidente, pastor Raphael Abdalla leu o texto de Gálatas 6.2 e destacou que o chamado de Deus aos Seus servos não tem a ver com cargos e sim com cargas. “Os cargos envaidecem. As cargas mantém os nossos pés no chão. Os cargos são passageiros, temporários, questionáveis, finitos. As cargas são uma ordem da Bíblia Sagrada para que possamos levar. Que Deus no livre da altivez dos cargos e que o Senhor nos conceda a sua misericórdia de carregar as cargas”. Assista as sessões inspirativas da 102ª Assembleia da CBEES em nosso canal no YouTube: youtube.com/ videosbatistas n
Juventude Batista Caxiense e PIB em Santa Lúcia promovem Ação Social e Evangelismo Trabalho alcançou toda a comunidade da Vila Getúlio Cabral. Tiago Ferreira Macário
membro da Primeira Igreja Batista em Parque Guararapes, em Duque de CaxiasRJ; presidente da Juventude Batista Caxiense
Realizamos no dia 25 de junho, a primeira Ação Social e Evangelismo do ano da Juventude Batista Caxiense (JUBAC), na Primeira Igreja Batista em Santa Lúcia, Duque de Caxias-RJ. Com o propósito de conhecer novos irmãos, evangelizar e praticar o Ide de Jesus naquele lugar, estreitar e fazer novos laços com as juventudes de Duque de Caxias-RJ, foi uma manhã e tarde de bastante louvor, adoração, evangelismo e comunhão com direção do pastor Eldinei Moreira, presidente da PIB em Santa Lúcia, irmão Rodrigo, líder de jovens da PIB em Santa Lúcia e Tiago, líder da JUBAC. A Vila Getúlio Cabral foi o espaço de evangelização e de transformação
Crianças e adultos do bairro participaram da ação conjunta da JUBAC e PIB em Santa Lúcia de vidas. Adultos e crianças foram abençoados com o trabalho social da PIB em Santa Lúcia. A parceria entre a JUBAC e a Igreja alcançou a todos os moradores daquela região. Na área infantil cerca de 100 crianças foram atendidas com suporte higiênico dental e nelas foram aplicados flúor. 40 pessoas receberam doações de roupas. Entre homens e mulheres, 35 se embelezaram com corte de cabelo. No
evangelismo, 60 vidas tiveram o alcance de Cristo. Ao decorrer desse tempo, temos encontrado dificuldades, restrições devido à pandemia que nos assolou nesses últimos anos, mas não perdemos nossa essência que é levar o Ide de Jesus Cristo deixado para nós, pois sabemos da nossa missão aqui na Terra, que é representar o Reino de Deus e fazer a palavra dEle conhecida em cada canto.
Estamos felizes com cada passo que temos dado e sabemos, segundo a vontade de Deus, que Ele fará maravilhas nesses locais e nos colocamos à disposição dia após dia para cumprir o nosso chamado. Temos grandes coisas para fazer ainda esse ano e cremos que será benção; sabemos que não será fácil, mas sabemos que Deus estará conosco e já estamos contando os dias para chegar cada evento. n
10
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
92ª Assembleia da Convenção Batista Paranaense marca mudança de ciclo Após 28 anos, pastor Izaias Querino se despede como diretor-geral.
Homenagem ao Pr. Izaias Querino Rosane Andrade Torquato
diretora de Educação Cristã da Convenção Batista Paranaense
Bienalmente, as Igrejas Batistas do Paraná se reúnem para uma grande celebração. A Assembleia dos Batistas tem por objetivo deliberar, expor e tratar assuntos pertencentes às Igrejas bem como a apresentação dos relatórios de todas as organizações que compõem a Convenção. Após três anos de restrições impostas por conta de uma pandemia que nos mostrou novas formas e necessidades de promover o evangelho de
Posse da nova Diretoria
Cristo, pudemos, nos dias 23 a 26 de junho de 2022, celebrar juntos as misericórdias e a infinita graça de Deus sobre nossas vidas. Este encontro em especial fica marcado por três grandes motivos: ser o primeiro grande encontro presencial dos Batistas paranaenses nesse momento histórico (ainda assinalado pelos cuidados com a pandemia); o segundo grande marco refere-se ao fato de ser a última Assembleia do pastor Izaias Querino na Direção da CBP. Após 28 anos de ministério integral e trabalho incansável, relevante e significativo para os Batistas do Paraná e do Brasil,
pastor Izaias despede-se da função de diretor-geral de nossa Convenção. O terceiro, porém não menos importante, diz respeito a posse do novo diretor-geral da CBP, o pastor Antonio Valdemar Kukul Filho. Tudo isso transcorreu num clima de muito apreço, respeito e amor, fundamentados na certeza de que Deus é o Senhor do tempo, dos ciclos de nossas vidas! Destaca-se ainda a posse da nova diretoria da CBP (vigência de 2022 a 2024), composta da seguinte maneira: Presidente: pastor Francisco Rafael R.Tomazini Primeiro vice-presidente: pastor
Pr. Antonio Kukul e família Geremias Corrêa Jr Segundo vice-presidente: pastor Tiago da Silva Souza Terceiro vice-presidente: pastor Cláudio Alberto Andrade Primeira secretária: Vanessa B. Guidoni Tomazini Segundo secretário: pastor Josué Ribeiro de Andrade Terceiro secretário: pastor Edson Lima Foi um tempo de alegria, celebração e encontros que ficarão eternizados nos corações e mentes dos mensageiros que puderam participar desse Grande Encontro. A Deus toda a glória! n
Conheça “Povo reconciliado”, a música oficial de Missões Estaduais da CB de Pernambuco Compositor é experiente, mas fala das dificuldades com o tema e afirma: “A cultura atinge profundamente”. Nathalia Monte
estagiária da Área de Comunicação da Convenção Batista de Pernambuco
O compositor da música da Campanha de Missões Estaduais da Convenção Batista de Pernambuco, Emerson Araújo, falou no programa Voz Batista, na terça-feira, 05 de julho, sobre o processo de criação da letra que já tem edificado a Igreja de Cristo. Emerson, que é membro da Igreja Batista de Afogados, comentou também a importância da cultura para levar a Palavra de Deus. Apesar da longa experiência em compor letras, o irmão revela a dificuldade de escrever sobre o tema. “Quando o povo de Deus se reconcilia com Deus (...) Aí sim ele começa a ser agora um agente pra reconciliar outros. Então você foi trabalhado e agora vai ser usado pra trabalhar e levar a Pa-
lavra para aqueles que estão afastados. (...) Realmente foi difícil fazer a composição em cima disso. Eu nunca tinha feito uma composição com base em reconciliação. As minhas composições eram com base principalmente em conversão”. Emerson é um biólogo, professor e mestrando que se identifica com cordel. Tanto que, não só levou esse estilo para sua pesquisa, como também muito foi influenciado por ele para a composição de “Povo Reconciliado”. O músico conta que inicialmente a ideia era cantar a letra no ritmo do maracatu, após pedir a opinião da esposa revisitou o que tinha feito, mas manteve a identidade regional através do forró. Em alguns momentos da entrevista, Emerson enfatiza que a canção foi dada por Deus. Como artista, ele se reconhece antes como instrumento divino. Sua experiência com música, no
entanto, não foi frutífera desde o início, já que após sua conversão “não sabia nem o que era um violão”. “O Celeiro musical são as Igrejas. Então veio o estímulo e eu comecei a me interessar”, conta. O artista cristão foi desenvolvendo o que Deus havia colocado em suas mãos. Sua arte, no entanto, nem sempre foi adotada em sua comunidade de fé e sobre isso ele avisa aos cristãos aspirantes a compositores que não desanimem. Antes de tudo, ele alerta: “Primeiro buscar sempre fazer as letras com base na Palavra de Deus”. Sobre a relação da Igreja com a cultura, Emerson explica sua visão: “A cultura é talvez um dos maiores meios de propagação da Palavra de Deus porque ela é atrativa, chama muito a atenção. Não que uma mensagem proferida por um pregador não chame a atenção, mas quando você vê uma
peça, um desenho, tudo que é ligado a arte, aquilo ali tem seus atrativos e atrai várias camadas. E a música, sem sombra de dúvida mexe com o corpo todo. As pessoas às vezes não precisam nem estar olhando, mas só ouvir já as aproxima de onde está vindo aquele sinal, que vai entrar na mente e no coração. (...) A cultura atinge profundamente”. Ainda a respeito do assunto, Emerson acredita que, por ser, em sua visão, celeiro de talentos, a Igreja precisa abrir espaço para expressões como dança, teatro, entre outros, por vezes deixados de lado em comunidades de fé. E vai além: mesmo quando as pessoas não são tão boas nessas atividades, precisam de oportunidade para que se aperfeiçoem. “A palavra de Deus vai ser levada através dessa arte”. Assista ao clipe de “Povo Reconciliado” no canal da CBPE no YouTube. n
MISSÕES MUNDIAIS
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
11
Quem vive a compaixão, ora com paixão por oportunidade de compartilhar a Palavra de Deus Jessé Carvalho
coordenador da JMM no Oriente Médio, Norte da África e Sahel Africano
A Igreja perseguida, movida pela compaixão aos perdidos, apesar das lutas e adversidades que enfrenta, pede por condições e oportunidade para continuar pregando a Palavra. Nós temos diversos projetos na área de saúde, educação e integração social que cuidam das pessoas em condições adversas. Em sua maioria são famílias de refugiados e pessoas em condições de pobreza extrema. Todos têm como objetivo final criar oportunidade às pessoas, para que tenham conhecimento da mensagem do Evangelho. Isso significa fazer com que a palavra de Deus chegue até elas. Um deles é desenvolvido em parceria com uma Igreja que atende refugiados sírios. Nossa missionária, Ana, trabalha na escola que a Igreja desenvolveu no acampamento. Lá é proibido falar de Cristo, a escola utiliza os valores e princípios da Bíblia, mas não pode falar da Bíblia. O acampamento está sob a supervisão da ONU. Mas, todos os sábados, os alunos da escola vão para o salão da Igreja, uma média de 300, da primeira à quinta série. No sábado em que visitei o trabalho, tivemos dois grupos, em média com 68 alunos, todos muçulmanos. Reunidos na Igreja, cantaram louvores, recitavam e memorizavam versículos da Bíblia; assistiram um vídeo com histórias bíblicas e responderam perguntas sobre o que assistiram. A história contada naquele dia foi a do paralítico trazido
por quatro homens, e o versículo memorizado foi Mateus 9.6. Há um menino, filho de um sheik, é um dos mais ativos e o que mais acerta os versículos da Bíblia. Não é permitido fazer apelo, mas cremos que muitas dessas crianças já entregaram suas vidas a Cristo. Um dia saberemos. E cremos também que alguns dos pais também se converteram, pois essas crianças chegam em suas tendas e cantam os louvores ouvidos na Igreja e recitam os versículos aprendidos…
Mas, muito mais que isso, os pais veem a transformações de suas vidas. Ore pelo agir do Espírito Santo nos corações dessas famílias. E você, também vive a compaixão? Ora com paixão pela oportunidade de ver a Palavra de Deus sendo compartilhada através de sua vida? Lembre-se que “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10.17). Ore com paixão não só por você, mas ore por nossos irmãos e irmãs que estão no Oriente Médio e nas demais regiões,
procurando oportunidades para que a mensagem do Evangelho seja proclamada através deles. Agradecemos sua parceria conosco em ofertas e orações. Contamos com suas intercessões pela nossa campanha, pela irmã Ana, pois o país atravessa uma crise terrível, há muita insegurança e dificuldades; ore para que ela continue testemunhando a esses alunos. E que as crianças continuem tendo permissão de seus pais para irem à igreja ouvir do Evangelho. n
Perseguição que vem de dentro Laura Silva
missionária no continente africano
A missionária Laura Silva, que atua em um país na África, o qual não citamos o nome por questões de segurança, conta que a dificuldade de compartilhar sobre o Evangelho de Cristo vai além dos riscos de uma Igreja perseguida, pois questões espirituais têm afetado os irmãos. Confira: Já se passaram mais de três anos desde que cheguei no país. Desde então, é uma jornada de aprendizados que marcam minha história para sempre. É gostoso perceber que Deus faz Sua vontade prevalecer e cria meios onde não existem justamente para que as “peças” do “quebra-cabeças” se encaixe perfeitamente. Como exemplo, posso ressaltar que não desejava servi-Lo na África. Hoje, percebo o quanto faz sentido na mi-
nha história vir para cá, e como amo esse lugar! Disse, em cartas anteriores, um pouco sobre o pequeno país onde sirvo. Ressalto, novamente, sobre o aspecto espiritual. Aqui é considerado o “país
sorriso’” da Costa africana. São pessoas realmente amistosas, de bom coração. No entanto, existe uma forte pressão espiritual sentida por cada um que está aqui disposto a sinalizar o Reino.
Ora um cansaço exacerbado, um desânimo repentino, pessoas que se levantam como tropeços, insônia… São situações disfarçadas e pontuais até confrontos mais explícitos. Peço que você ore por nós, obreiros nesse pequeno país, não somente da nossa missão. Precisamos muito da sua cobertura, pois na oração somos fortalecidos e edificados no Senhor. Ore para que tenhamos sabedoria nos confrontos, que saibamos discernir as situações e que o glorioso poder do Senhor nos revista em todo o tempo. E que estejamos de forma unânime sinalizando o Reino atrás das nossas diversas ações. Grata por você estar comigo nesse lugar através da sua intercessão e ofertas! Saiba mais sobre a Igreja Perseguida no site: www.igrejaperseguida. org/ n
12
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
Diáconos Batistas de Belém - PA participam de “Seminário prático para o diaconato” Mais de 30 diáconos participaram da capacitação. Redes sociais da Convenção Batista do Pará Na manhã do sábado, 11 de junho, a Convenção Batista do Pará (COBAPA) realizou mais um evento, agora para os diáconos Batistas de Belém-PA, na supervisão do missionário coordenador Regional da Metropolitana 1, pastor Ebenézer Barros, e do coordenador dos diáconos da Metropolitana 1, diácono Lucival Belo da Silva. A Igreja Batista da Pedreira-PA recebeu a programação. O “Seminário prático para o diaconato” contou com 50 diáconos inscritos e 33 participantes. Houve a saudação via
vídeo do coordenador dos diáconos da Metropolitana 1, diácono Lucival Belo da Silva; Altemiro Paraense Lopes, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Pará (ADBB-PA) e coordenador dos diáconos da região Norte 2); diácono Jorge Souza, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB); e do coordenador regional da Metropolitana 1, pastor Ebenézer Barros. O palestrante do seminário foi o pastor Nixon Rodrigues da Rocha, pastor da Igreja Batista Luz do Evangelho-PA, assessor jurídico da COBAPA, que ministrou sobre “Um chamado a servir”.
O evento contou com um período de oração em pequenos grupos de diáconos, café da comunhão oferecido pela Igreja Batista da Pedreira-PA, louvor, comunhão, adoração e a palestra de alto nível.
O pastor Helcias Guilherme Almeida Coelho, saudou os diáconos, deu testemunho sobre a ação diaconal da Igreja anfitriã e fez agradecimentos a COBAPA e aos diáconos presentes. n
Convite A Primeira Igreja Batista em Jacarepaguá convida as Igrejas Batista do Rio de Janeiro para Formação de Concílio e Exame, bem como para o Culto de Consagração ao Ministério Diaconal dos seguintes irmãos: Daniel Busquet de Souza, Iracema Maria Siqueira Barreto, Robson de Freitas Tonon e Vagner Pereira Fritz. Diáconos ouviram mensagem sobre a importância de servir
Agenda: Dia 6 de agosto de 2022 Formação do Concílio e Exame: 18h Culto de Consagração: 19h30 Local: Primeira Igreja Batista em Jacarepaguá Estrada do Pau Ferro, nº 24, Pechincha - Jacarepaguá - RJ Elias Werneck Pastor Presidente Alexandre Jaci Teixeira Presidente do Ministério Diaconal
Diáconos Batistas da Grande Belém - PA receberam a capacitação
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
13
OBITUÁRIO
Diácono Acyr Parreira de Gouveia Jonatas Nascimento
diácono, membro da Primeira Igreja Batista em Centenário, em Duque de Caxias - RJ (Parente por afinidade)
“… Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe…?” (II Sm 3.38b) Somente depois de algum tempo frequentando os mesmos ambientes eclesiásticos descobri que o diácono fidelense Acyr Parreira de Gouveia era meu parente por afinidade. Eu me lembro que foi num retiro de diáconos quando ele apareceu ao lado da sua esposa Vera Panisset, prima legítima da minha esposa Damaris Alvarenga, todos oriundos do belo município de São Fidélis, no norte do estado do Rio de Janeiro. Ao lado da sua esposa formava um lindo e distinto casal. Invariavelmente, chamavam a atenção por onde passavam. Mais que isso, marcavam presença com um jeito singular de abordar as pessoas e desenvolver conversas agradáveis, quase sempre regradas à fé cristã. Aquele convite muito próprio das pessoas do interior era instantâneo: “Vai lá em casa”. Como sói acontecer conforme a inerrante Palavra de Deus, “…aos homens está ordenado morrerem uma só vez…” (Hebreus 9.28), o diácono Acyr Parreira de Gouveia foi promovido ao reino celestial no dia 29 de janeiro de 2022, após um período de enfermidade. Terceiro dos sete filhos de Alcino Alves Gouveia e Maria de Lourdes Parreira de Gouveia, nasceu no município fluminense de São Fidélis em 07 de novembro de 1935 e casou-se com a irmã
Vera Panisset, em 09 de maio de 1959, e foram presenteados com quatro filhos (Sônia Márcia, Silza Mara, Rogério e Acyr Júnior), nove netos (Carolina, Rodrigo, Rodolfo, Luiz Felipe, Rafael, Luiz Rogério, Larissa, Pedro Paulo e Luíze) e sete bisnetos (Caio, Clara, Sophia, Samuel, Lucas, Helene e um a caminho). Converteu-se ao Evangelho de Jesus Cristo em 1961 tendo sido batizado no dia 26 de março daquele mesmo ano, na Igreja Batista em Colônia, São Fidélis-RJ, pelo saudoso pastor José Jacques.
Em 01 de agosto de 1995 foi consagrado ao ministério diaconal pela Igreja Memorial Batista em Jardim Catarina, município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Passou pelas seguintes Igrejas naquela região: a) Primeira Igreja Batista em Laranjal; b) Primeira Igreja Batista em Santa Luzia - membro fundador; c) Primeira Igreja Batista em Jardim Catarina e d) Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina. Era irrequieto e jamais foi “crente de banco”. Por onde passou ocupou
os mais diversos cargos e funções, tais como corista, líder de homens, professor da Escola Bíblica Dominical, tesouraria e diaconia. Na Associação Batista Gonçalense (regional) foi vice-presidente por dois mandatos e Conselheiro. Na Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro (ADIBERJ) seccional Gonçalense, foi presidente por quatro mandatos e na Convenção Batista Fluminense fez parte de diversas comissões. Foi, ainda, presidente dos Homens Batistas do Estado do Rio por dois mandatos e vice-presidente por vários mandatos. Amava missões e cooperava com todas as campanhas. Foi fundador e presidente do grupo musical Integração por 32 anos. Foi membro da Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina de junho de 1995 a 29 de janeiro de 2022, quando foi promovido à glória. Apesar das fortes chuvas naquela tarde de 29 de janeiro de 2022, muitas Igrejas, amigos, familiares e pastores compareceram ao culto de despedida do diácono Acyr, tendo os seus restos mortais sido entregues à sepultura no cemitério Parque da Paz naquele mesmo município. O diácono Acyr Parreira de Gouveia nos deixou um grande exemplo de trabalho e amor ao Reino de Deus. Sobrava-lhe urbanidade para lidar com os seus semelhantes. Era um homem amigo, manso e muito amoroso com os seus irmãos. À agora viúva diaconisa Vera Panisset e família desejamos as mais doces e efetivas consolações do Espírito Santo. n
Homenagem da Primeira Igreja Batista de Rondônia ao pastor Wilson Pinto França Paulo Sergio Cabral Xavier
pastor da Primeira Igreja Batista de Rondônia
Recebemos, no dia 30 de junho de 2022, a notícia do falecimento do pastor Wilson Pinto França, nos seus 101 anos de vida. A Bíblia nos ensina que seus filhos e servos não morrem, mas descansam nEle e este servo após anos de trabalho, agora recebe o merecido descanso. Não tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente, apesar de termos conversado brevemente por telefone na ocasião do Centenário de Primeira Igreja Batista de Rondônia em outubro de 2021. Naquele momento, suas palavras foram de alegria por poder testemunhar este momento tão importante na vida da Igreja, no qual
ele fez parte como pastor, nos anos de 1954 até 1960. O pastor Wilson Pinto França e sua esposa Claudia França eram missionários da Junta de Missões Nacionais (JMN) e exerceram um ministério profícuo, visionário e impactante na vida de suas ovelhas e da sociedade porto-velhense. Enquanto pastor à frente da Primeira Igreja Batista de Porto Velho e do estado de Rondônia, hoje Primeira Igreja Batista de Rondônia, estabeleceu o trabalho missionário da Igreja, criando várias organizações, dentre elas, com sua esposa Claudia França, a União Feminina Missionária Batista da Igreja que influenciou diretamente na formação da organização no estado de Rondônia, e antevendo o futuro, ergueu com o rebanho o templo
atual da Igreja. Participante ativo dos trabalhos convencionais no estado fez parte da organização da Associação das Igrejas Batistas do Estado de Rondônia e Acre, que posteriormente veio se tornar Convenção Batista de Rondônia. Louvamos ao Senhor pela vida deste servo, e com o coração cheio de gratidão a Primeira Igreja Batista de Rondônia, em sua última assembleia, no dia 22 de junho de 2022, decidiu homenageá-lo mais uma vez, agora com o título de pastor Emérito da Igreja, porém, o Senhor o chamou para receber um prêmio ainda melhor. Fica aqui nossa gratidão ao Senhor pela vida do pastor Wilson Pinto França, e que o Senhor conforte o coração de todos os familiares e ovelhas. n
14
PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
A doutrina do Espírito Santo Jeferson Cristianini
pastor, colaborador de OJB
O ensino e estudo da Palavra de Deus ao longo da história da Igreja é imprescindível para o crescimento espiritual dos filhos de Deus, e para alcançar a maturidade cristã. Urge a necessidade de nos aprofundarmos na Palavra, uma vez que ela é o nosso sustento, fonte de orientação e única regra de fé e prática para o cristão. No nosso tempo, sopram muitos ventos de doutrinas não bíblicas e muitas propostas ditas cristãs, mas sem base bíblica. Por isso, precisamos conhecer o que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo. A doutrina do Espírito Santo é uma das que mais sofreram com heresias nos últimos séculos, por conta de interpretações equivocadas sobre a obra e atuação na vida do cristão. Interpretações errôneas abrem espaço para muitas heresias. Por isso, precisamos ler com cuidado os textos e estudá-los para que tenhamos uma clara visão da atuação, e da obra do Espírito Santo
em nossas vidas e na Igreja de Jesus. No Antigo Testamento vemos o Espírito Santo agir e que revestia e visitava algumas pessoas específicas de uma maneira que fosse capacitada a cumprir determinada ação de acordo com a vontade de Deus. O evangelista Lucas, que fez uma profunda averiguação e estudo sobre Jesus e Seu ministério, nos informa que Cristo, ao ler a profecia de Isaías disse que o “Espírito do Senhor está sobre mim”, dizendo que nEle, se cumpriu as profecias messiânicas descritas por Isaías (Lucas 4.18). Lucas disse que Jesus deu e ensinou os “mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera” (Atos 1.2). O evangelista Mateus, nos conta que na ocasião do batismo de Jesus, a Trindade estava representada com a voz do Deus Pai que brada do céu Seu amor pelo Filho, o próprio Filho sendo batizado por João, e o Espírito Santo que “desce como pomba, vindo sobre ele” (Mateus 3.16). Jesus prometeu a vinda do Espírito Santo, o Consolador. “Quando Ele vier,
convencerão o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). O Espírito Santo tem como missão atuar no mundo, nos convencer que somos pecadores e que precisamos de Jesus, o Salvador; da justiça Divina e assim nos faz correr para Jesus, o Justo e Justificador dos que creem nEle; que haverá, sim, um juízo de Deus e só não serão julgados aqueles que foram justificados por Jesus, aqueles que foram declarados justos porque creram e confiaram em Jesus como Messias. A missão e obra do Espírito Santo é nos levar a Jesus, ou seja, o Espírito Santo atua em nós para nos levar a salvação. É o Espírito Santo que atua em nós, em todo o processo de santificação e maturidade cristã, ao passo em que vamos nos “esvaziando” das coisas desse mundo e nos “enchendo” do Espírito Santo (cf. Efésios 5.18). Os cristãos buscam o enchimento do Espírito Santo e Sua plenitude para estar no centro da vontade de Deus. O Espírito Santo atua no salvo, auxiliando-nos a entender as Sagradas Escrituras, pois foi Ele Quem inspirou
a Palavra de Deus na mente dos escritores bíblicos (cf. II Pedro 1.19 a 21). O Espírito é quem nos conduz a toda Verdade, como nos ensinou Jesus (João 16.13). É o Espírito Santo que intercede por nós, quando não temos força para orar, quando estamos imersos nas lutas e em nossas fraquezas o Espírito nos assiste e “intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26). O Espírito Santo “sonda nossos corações” e intercede por nós junto ao Pai (Romanos 8.27). O Espírito Santo guia os filhos de Deus e Sua condução é prova de que somos filhos de Deus; e Ele mesmo “testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos herdeiros” (Romanos 8.16 e 17). Veja que será impactante e transformador estudar sobre o Espírito Santo. Vamos juntos aprender mais da Palavra de Deus sermos cristãos cheios do Espírito Santo, sermos uma Igreja onde o poder do Espírito Santo atua. Que todos vejam que somos um povo cheio do Espírito Santo de Deus. n
Um clamor pela cura (Salmos 6.1-4) José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB
O Salmo 6 é o primeiro dos chamados “Salmos Penitenciais” - ou “Salmos de Lamento” que expressam arrependimento e tristeza pelo pecado. Além dele, temos os salmos 32, 38, 51, 102, 130 e 143 que estão nesta categoria. Não sabemos ao certo quando foi composto este salmo, entretanto, o mais provável é que ele tenha sido escrito no período da rebelião de Absalão. Davi sente que não somente sofre por conta de seus inimigos, mas, principalmente, por conta de seu pecado com Bete-Seba, mulher de Urias. O reformador João Calvino diz: “Ao ser Davi afligido pela mão de Deus, ele reconhece que provocara a ira divina com seus pecados, e, portanto, a fim de obter alívio, ora por perdão”. Davi está alarmado com sua situação e por isso ele ora e suplica pela intervenção de Deus em sua história. O teólogo Derek Kidner diz: “O salmo traz
palavras para aqueles que quase nem têm ânimo para orar, e leva-os dentro do alcance da vitória”. O salmista quer cura para sua vida e recorre para Aquele que tem todo poder em Suas mãos e que poderia reverter seu quadro. Que lições podemos extrair desta porção das Escrituras? Quero aqui elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, uma alma não tratada traz adoecimento ao corpo (Salmos 6.2-3). Davi tinha plena consciência de que enquanto não tratasse a sua alma e se arrependesse de seus pecados, seu corpo não encontraria alívio e cura. O pastor Leandro Peixoto diz: “A cultura hebraica sempre enxergou o ser humano holisticamente. Para o judeu, o que afetava a alma também afetava o corpo, e o que afetava o corpo também afetava a alma”. Na mesma linha de pensamento, o reverendo Hernandes Dias Lopes ressalta: “Os sentimentos que você abriga no coração refletem diretamente em sua saúde. O coração triste acaba produzindo um corpo
doente, enquanto o coração alegre é um remédio eficaz que cura os grandes males da vida”. Em segundo lugar, Davi não nega sua culpa diante de Deus (Salmos 6.1). Fica claro aqui que o rei Davi não nega a sua culpa, e nem proclama sua inocência diante de Deus. Ele tem plena consciência de que merece ser disciplinado e nem foge da disciplina; em vez disso, Davi teme que Deus fale com ele em Sua ira e o castigue em Seu furor. O salmista clama para que pelo menos o Senhor ponha limites a punição que ora lhe aflige. Não existe possibilidade de cura para a nossa vida sem admissão de culpa. O teólogo Warren Wiersbie diz: “A disciplina não é um castigo imposto por um juiz irado, mas sim a instrução dada por um Pai Amoroso para ajudar seus filhos a amadurecer”. Em terceiro lugar, Davi sabe que a fonte de sua cura é o Senhor (Salmos 6.2). Davi é um homem humilde e fragilizado pela doença e ora a Deus para
que a cura se estabeleça em sua vida. A cura e a restauração são características inerentes ao nosso Deus. O salmista sabe que a cura e o livramento vêm do alto, de cima, pois ele mesmo é inteiramente insuficiente diante da doença. O pastor e escritor Paul Washer, no livro “O único Deus verdadeiro”, faz um comentário interessante: “Deus já nos curou da doença mortal do pecado e é capaz de nos curar fisicamente, se por tal cura Sua vontade e glória possam ser promovidas”. Em último lugar, a cura vem quando nos reconciliamos com Deus (Salmos 6.4). Davi entende que para ficar em paz com Deus era fundamental que o Senhor estivesse próximo dele. Davi sente como se Deus tivesse dado as costas a ele, por isso pede ao Senhor que se volte a ele. Enquanto não estivermos plenamente reconciliados com o Pai, não encontraremos paz para a nossa alma. Pare de fugir de dEle. Pare de fugir do ministério e do chamado que Ele tem para a sua vida. n
PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 17/07/22
15
O problema que a pandemia tirou da gaveta das Igrejas Lucas Meloni
jornalista, estudante de Teologia, membro da Igreja Batista Luz para as Nações - SP
Investir na boa formação de líderes se mostra algo cada vez mais urgente. Como as Igrejas podem colocar isso em prática? A pandemia da COVID-19 evidenciou muitas dificuldades enfrentadas pela Igreja. Pequenas comunidades locais, algumas sem presença alguma no universo digital, tiveram que passar por um processo de adaptação forçada para que sobrevivessem em tempos de templos com portas fechadas. Este fenômeno lançou luz à necessidade e à urgência da formação de líderes mais bem preparados para as Igrejas. O assunto, inclusive, é motivo de dor de cabeça para muitos pastores na atualidade. A Pesquisa Pastores e Líderes 2021, realizada pela consultoria Envisionar, especializada na capacitação de líderes cristãos, ouviu 306 pessoas em cargos de liderança da Igreja evangélica brasileira das quais 125 (41%) afirmam sofrer com a falta de líderes formados e capacitados. A ausência de pessoas instruídas provoca duas reações: a primeira é que penaliza um dos principais pilares da
Igreja, que é a Educação Cristã; a segunda é que sobrecarrega os poucos que trabalham ou se propõem a trabalhar para absorver a demanda que existe. No e-book “A Igreja do Futuro”, lançado pela Rádio Trans Mundial (RTM) para discutir como será o futuro da Igreja no pós-pandemia, o pastor e professor Marcos Antônio Garcia, da Igreja Metodista de Santo Amaro-SP, faz uma observação fundamental. “Não teremos mais uma Igreja só presencial, nos limites do nosso bairro, mas uma Igreja que está além das quatro paredes, o que nos leva a aprender a comunicar o Evangelho por meio de novas ferramentas. Duas palavras vão nortear este contexto: estética e conteúdo. Não vai adiantar ter uma superprodução visual se não tiver conteúdo”, disse. Apesar de a Igreja, hoje, ter uma atuação híbrida, ela precisa reconhecer o seu contexto matriz. Usar os elementos do seu entorno pode ser o ponto de partida para muitas Igrejas aplicarem o serviço da educação com excelência e a serviço da sociedade. Por exemplo, Igrejas instaladas em cidades universitárias podem utilizar desta característica para focar em atividades de auxílio pré-vestibular ou cursos de qualificação profissional, aliados ao ensino bíblico. A Igreja não deve se conformar com o mundo, mas
deve ter influência a partir de agentes mais bem preparados no Evangelho. A solução pode estar em lapidar talentos dentro da própria Igreja que, muitas vezes, não se capacitam por falta de recursos financeiros. As Igrejas, respeitando as suas limitações orçamentárias, podem contribuir com a formação de novos professores de educação cristã ou de instrutores que usem outras atividades como um caminho para direcionar pessoas a Cristo. A Educação Cristã vai além da EBD. Ela passa por cursos de alfabetização, ensino musical, reciclagem e capacitação profissional e ensino de idiomas. Outra coisa importante é fazer as Igrejas e organizações pensarem “fora da caixinha”. Em algumas comunidades, até há o incentivo à formação de pessoas, mas para ministérios ou atividades para as quais elas não são vocacionadas. A liderança deve estimular que as pessoas se sintam tão inseridas na realidade da Igreja que se disponham a propor ações diferenciadas como, por exemplo, fez a Junta de Missões Nacionais (JMN) com o projeto “Sons da Missão” e não que sejam “forçadas” a se encaixar em trabalhos já iniciados. Respeitar os talentos e a capacidade das pessoas potencializa o propósito da Igreja de comunicar a
mensagem que recebemos. Em resumo, a Igreja deve estimular o crescimento e a vida. O ensino do Senhor deve ser mais valorizado do que as coisas mais valiosas, como nos aponta Provérbios 8.10-11, e confiado a pessoas capacitadas que possam ministrá-lo a outras pessoas, como destaca Paulo em II Timóteo 2.2. Referências ENVISIONAR. Resultado Pesquisa Pastores e Líderes 2021. Site Envisionar. Indaiatuba, 2021. Disponível em: https://materiais.envisionar.com/pesquisas-pastores-e-lideres-cp. Acesso em 1º/12/2021. OLIVEIRA, Vanessa. Projeto Cristolândia lança o Sons da Missão, que oferece aulas de música aos acolhidos do programa. Site Ultimato. Viçosa, 2021. Disponível em https://www. ultimato.com.br/conteudo/projeto-cristolandia-lanca-o-sons-da-missao-que-oferece-aulas-de-musica-aos-acolhidos-do-programa. Acesso em 06/12/2021. RÁDIO TRANS MUNDIAL. A Igreja do Futuro. Site Trans Mundial. São Paulo, 2020. Disponível em https://www. transmundial.org.br/ebooks. Acesso em 1º/12/2021. n
Pensamentos não rotineiros Celson Vargas
pastor, colaborador de OJB
“Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl 3.2). Se fizermos uma sondagem em nossos pensamentos diários e selecionarmos aqueles que foram com relação às coisas da terra e os relacionados ao céu, constataremos que pensamos muito mais vezes nos terrenos. O texto bíblico, entretanto, nos orienta, não para riscarmos de nossos pensamentos os nossos compromissos ou deveres do mundo, mas para que eles não sejam as prioridades absolutas de nosso ser.
Devemos entender que Deus nos convida a priorizarmos nossos pensamentos nas Suas promessas celestiais para nós, porque, assim teremos mais vigor para encararmos as coisas tristes e difíceis desse mundo, que infalivelmente nos virão. Os pensamentos no alto são como vitrines aos nossos olhos, das coisas maravilhosas que Deus tem para nós, tais como: a certeza de que Ele nos ama, nos tem em alto valor, nos protege de forma plena, nos orienta diante dos caminhos duvidosos, nos consola nos momentos mais difíceis da vida, nos agracia com todos os nutrientes necessários para nossa sobrevivência. Isso tudo vem do alto.
O ápice do pensamento nas coisas do alto está a nível espiritual. A Bíblia diz que todos somos carentes da glória de Deus, pelo fato de sermos todos pecadores (Romanos 3.23). Mas ela também diz que Ele, por amor a nós, supriu essa nossa carência, ao enviar Sua glória a esse mundo, através da pessoa de Jesus para nos reconduzir a Ele, de quem nos desconectamos ao pecar. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Jesus, cheio dessa graça ou favor de Deus, veio para nos oferecer a justificação de nossos pecados, mediante
a fé nEle. Nisso está o mais alto nível de consolação e forças para nós nesse mundo, pois, mediante nossa entrega pessoal a Jesus, Ele nos garante vida eterna, ou seja, na Sua volta ao mundo, seremos ressuscitados à semelhança do que Ele foi pelo Pai, para sermos elevados ao alto, onde estaremos novamente com Deus e naturalmente com Ele nos eternizarmos. “De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40). Assim, pensemos mais nas coisas do alto do que nas da terra. n