OJB EDIÇÃO 33 - ANO 2021

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 15/08/21

A vida é movimento e experiência (Êxodo 3.1-15) Rebeca Andrade

coordenadora do Vem pra Vida, da Juventude Batista Brasileira

Como viver sem parar, sem cessar, sem vacilar? A vida é movimento e experiência. De certo, alguns trajetos, pessoas e momentos da vida podem marcar, de maneira negativa, nossas histórias. Jesus disse que teríamos dificuldades. A promessa, no entanto, vai além: Ele venceu o mundo, e tal verdade nos impulsiona a continuar vivendo apesar das mágoas e dos tropeços. Moisés foi um homem que viveu de maneira plena. Ele foi chamado por Deus para conduzir o povo de Israel do Egito à Terra Prometida. Não foram poucos os contratempos e adversidades que Moisés passou durante sua vida. E, mesmo assim, permaneceu firme. Exerceu uma liderança enraizada no relacionamento que tinha com o Eu Sou e foi capaz de transmitir a todo um povo uma coragem vinda do alto. O Egito era um cenário marcado pela escravidão, aflição, dor. A fé de Moisés no Eterno contagiou a todos a seguiram em frente com coragem. O exemplo de Moisés continua

ecoando em nossos dias. Uma das histórias bíblicas que comprova uma verdade incrível: viver os sonhos e a missão de Deus é uma aventura com certos riscos, porém, não estamos sozinhos. Ele promete que irá nos proteger em cada etapa da jornada e Seu amor lança fora todo e medo que poderá surgir no caminho. Esse é o segredo para viver uma vida sem parar, sem cessar, sem vacilar: um relacionamento firmado e seguro com Jesus. O desejo de Deus é que sejamos constantes, pessoas reais que possuem relacionamentos firmados Nele. Nesse movimento que é a vida, alguns ritmos talvez surjam para nos abalar. São nesses momentos que devemos nos apegar à graça imutável do nosso Deus. Ele permanece sendo Deus, mesmo quando o mundo desaba ao nosso redor. E Sua infinita graça nos leva a seguir adiante com os corações cheios de coragem, porque sabemos que Ele sabe para aonde devemos ir e nos conduz em paz. O Senhor criou a vida e Ele espera que desfrutemos das montanhas e dos vales. Uma jornada que requer coragem, que nos ensinará a sermos fortes, que

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

Renovação de nossas forças “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Is 40.31). O Senhor Jesus não veio ao nosso mundo para reforçar os privilégios dos poderosos e dos ricos, repetindo a insensibilidade característica até daqueles que conseguiram riqueza e poder através do engano e do roubo. Escrevendo aos Romanos, Paulo ensinou: “Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferen-

te, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, de experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem a vocês” (Rm 12.2). Há uma promessa do Senhor para todos aqueles que dependem do Seu poder e do Seu amor: “Até os jovens se cansam; até os moços perdem as forças e caem, de tanto cansaço – mas os que esperam no Senhor sempre renovam suas energias. Sobem, voando como águias. Correm e não se cansam. Caminham e não perdem as forças” (Is 40.30-31).

nos levará ao destino. A nossa viagem para chegarmos em Casa já começou. Até lá, andaremos seguros, firmes, constantes, crendo que cada instante fez e

fará diferença em todo o processo. Um pé e depois o outro, confiando que Ele conduzirá todo o caminho. Um passo de cada vez. E todos eles com Jesus. n

toda a graça que Jesus o havia dado e desonrado a missão que o havia confiado. Ele, provavelmente, perdeu toda a esperança de ser aceito de volta por Deus e ter sua honra restaurada, tanto que Ele nem sequer esteve presente na crucificação de Cristo! Mas a Bíblia conta, em João 21.114, que, ao contrário do que Pedro pensava, Jesus, após ressuscitar, foi ao seu encontro enquanto ele pescava nas margens do mar de Tiberíades e o convidou para compartilhar uma refeição; o convidou a sentar-se em Sua mesa e, novamente, desfrutar da comunhão com o Senhor. Não só isso, após Sua ascensão, Jesus também cumpriu o que havia prometido a Pedro, que a Ele seria confiado o pastoreio de Sua Igreja.

Quando Pedro sentiu-se indigno e pensou que havia exaurido as misericórdias do Senhor, Jesus mostrou-lhe que seus erros não seriam capazes de impedi-Lo de cumprir Suas promessas, e também mostrou o que o Apóstolo Paulo haveria de ensinar aos Romanos: “onde aumentou o pecado, transbordou a graça”. Para nós, que estamos em Cristo Jesus, não há mais condenação. Para nós que fomos justificados pelo Seu sacrifício, as derrotas e falhas não significam um ponto final, mas uma nova oportunidade para levantar e tentar mais uma vez. Onde nossa carne vê um ponto final, o Senhor vê um recomeço. Abracemos isso, ergamos nossa cabeça e vivamos na graça do Pai! n

Deus é um Deus de recomeços Sergio Augusto

membro da Igreja Batista Cida Viva - PB

Deus é um Deus de recomeços, de segundas chances, restauração, de novos capítulos. Em nenhum momento na narrativa bíblica vemos Deus dizer ao Seu povo, depois de uma batalha perdida: “É isso, não tem mais jeito, não adianta tentar novamente, a derrota é certa, não há possibilidade de restauração”. Pelo contrário, quando o povo de Deus foi escravizado por grandes nações, Ele prometeu libertação; quando o povo caiu no pecado, Ele prometeu perdão; quando os discípulos de Jesus O abandonaram, Ele os estendeu a mão. Podemos ter certeza de que esse caráter perdoador de Deus ainda está em atuação em nossas vidas hoje. Os

recomeços oferecidos pelo Senhor não ficaram no passado, mas também realidades do presente, que podemos experimentar em nossas vidas se tão somente crermos Nele! Quando pecamos em algo que tanto lutamos para vencer, é comum termos pensamentos como: “essa foi a gota d’água para Deus, certamente ultrapassei os limites de Sua misericórdia para mim. Sem dúvida perdi minha última oportunidade de acertar”. Comparemos, porém, esses pensamentos tão comuns para nós com a maneira que Deus agiu na vida do apóstolo Pedro. Pedro negou a Jesus, deliberadamente, três vezes, como o próprio Senhor já havia previsto. Pedro não conteve suas lágrimas quando o galo cantou, lembrando-o de que ele havia rejeitado


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