ANO CXX EDIÇÃO 37 domingo, 12.09.2021
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 Órgão oficial da convenção batista Brasileira
Fundado em 1901
UFMBB
Notícias do Brasil Batista
JBB
Observatório batista
UFMBB
ER e MR
Recomeçar
Igreja 2.0
Notícias da organização falam de novo projeto e mentoria online
Na Bahia, Embaixadores e Mensageiras participam de gincana
Juventude Batista Brasileira realiza culto de encerramento do Mês da Juventude
Coluna fala das mudanças nas estruturas das Igrejas
págs. 08 e 09
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O jornal Batista Domingo, 12/09/21
Editorial
Dia de Missões Nacionais Segundo domingo de setembro Toda a ênfase do mês de setembro está no trabalho de Missões Nacionais. Abertura de campanha, Igrejas trabalhando em todo o Brasil, para que o Evangelho chegue a mais pessoas, para que todos saibam que “Jesus Cristo é a única esperança”, como propõe o tema deste ano. Mas, dentro do mês de setembro, também temos um dia específico no calendário para agradecer a Deus pelo trabalho tão relevante de Missões Nacionais. Além de artigos sobre o tema nesta edição, publicamos abaixo um texto sobre a mobilização, publicado pela Junta de Missões Nacionais (JMN) no site oficial da Campanha. Confira:
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). O ano de 2021 nos trouxe muito medo e incerteza. Após um ano de termos sido surpreendidos por uma pandemia que mudou completamente nossa realidade e fez com que a morte se tornasse a principal pauta, precisávamos anunciar a esperança de dias melhores. Como cristãos, entendemos que essa esperança só é alcançada quando olhamos para o alto, por isso, a mensagem de Atos 4.12 vem como uma resposta aos dias atuais. Estamos
convictos de que não há outro nome além de Jesus Cristo pelo qual devemos ser salvos. Somente Jesus é a nossa esperança e alegria, somente Ele nos dá força para encararmos a dura realidade dos dias atuais. Somente através dele, independentemente dos desafios deste mundo, temos a garantia de vida eterna e plena. Como o mar revolto em meio a uma tempestade, as más notícias nos fazem temer o naufrágio, mas a fé no Salvador faz nosso barco atravessar o mau tempo. Por isso, ainda que vejamos a morte por todos os lados, em Cristo temos a esperança da salvação e é isso que nos mantém firmes.
Nossa missão, então, é fazer com que esse barco com a boa notícia siga viagem e chegue a todos os cantos de nossa Nação. Como discípulos daquele que acalma a tempestade, nosso dever é propagar que a esperança existe e ela está em Jesus Cristo. Fazendo uma releitura de campanhas históricas, em 2021 vamos proclamar uma mensagem que, após mais de 50 anos, ainda é tão atual e certeira. Jesus Cristo é a única esperança para a Nova Geração, para os Excluídos Sociais, para os Menos Evangelizados, para as Cidades e para todos nós! n
( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00
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bilhete de sorocaba
O informante Pr. Julio Oliveira Sanches Ao escrever sua segunda carta ao jovem Timóteo, Paulo, preso por causa do Evangelho de Cristo, apresenta uma lista de pessoas, com suas características peculiares, para alertar ao jovem pastor não confiar demasiadamente nas pessoas. São indivíduos que militaram com o apóstolo em diferentes situações. Foram pessoas que foram presas por causa do Evangelho pregado pelo grande missionário. Ao citá-las, o apóstolo deseja que seus nomes não sejam esquecidos. É o momento final, enquanto aguarda sua condenação pelo crime de anunciar Jesus Cristo como único Salvador e Senhor. É o sucesso da sua missão. Serve como testemunho de que todo o êxito não foi conquistado por uma pessoa só. Houve colaboração de vários companheiros de luta. Alguns desistiram ao longo da jornada. Outros abandonaram o abandonaram nos momentos mais cruciais do seu ministério.
Quando o apóstolo foi interrogado pelas autoridades, ninguém compareceu à audiência para dar-lhe suporte e estímulo. Aquele era um momento de ansiedade e tristeza para o velho apóstolo. Em momentos assim, a presença de um amigo verdadeiro faz diferença. “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me abandonaram...” (II Tm 4.16). Repete o apóstolo com a alma triste. É o lamento do salmista: “…Refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma. A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio…” (Salmos 142.4-5). Há momentos em nosso caminhar diário, que só nos resta o consolo do Espirito Santo. Tudo ao redor desmorona. O mais triste é verificar que aqueles que se diziam amigos e companheiros fogem e nos deixam e passam a nos acusar. No ministério isso ocorre em vários momentos. Já vivi várias experiências com os meus “melhores” amigos. Só que o coração de pastor continua crendo nas pessoas
e no poder do Evangelho e relutamos em desconfiar. Quando Paulo escreve esta carta da prisão, era comum no Império Romano, a presença dos informantes. Eles delatavam os cristãos com muita facilidade. Alguns procuravam recompensa das autoridades. Outros, pelo simples prazer de prejudicar um vizinho, seguidor de Cristo e fazê-lo sofrer. É o caso de Alexandre, o latoeiro. Integrava a equipe do apóstolo, era tido como amigo fiel, dedicado à causa do Evangelho. Paulo usa um verbo grego para qualificá-lo como informante. Aquele que leva informações não verídicas às autoridades que julgavam o apóstolo. Não há ódio ou mágoa nas palavras de prevenção a Timóteo. Apenas um alerta para que tivesse cuidado para não ser vítima de suas artimanhas malignas. Timóteo corria o risco de ser denunciado também por Alexandre, o informante. O apóstolo tentou dissuadi-lo, mas não conseguiu êxito. Restou prevenir o amigo da má
conduta de Alexandre. A Bíblia não nos relata se alguém tentou desviar Judas do seu intento macabro. Se alguém tentou, não alcançou êxito. Os informantes traidores têm propósitos definidos em sus ações: fazer o mal a alguém inocente. É difícil escapar dos informantes que atuam sob a bandeira do mal. Precisamos da ação do Espírito Santo para não sermos traídos. A história conta de Doegue, que informou a Saul o esconderijo de Davi. Ilustra como um informante pode causar a morte de vários sacerdotes inocentes. O pastor em seu ministério diário, não está livre desses ataques malignos. Já fui vítima de pessoas mal intencionadas. É necessário ter a certeza que o Espirito Santo nos livrará das ciladas do mal e não permita que a mágoa nos domine, como fez com Paulo, prisoneiro. O apóstolo deixa com Deus a defesa de sua causa. Foi vitorioso. n
nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.3-4). Assim nos afirma a Bíblia, a palavra de Deus. Isso, evidentemente, é uma questão de fé, algo antagônico ao que nosso lado humano tanto pontua, que é a razão. A verdadeira fé só pode ser definida pela capacidade de crer naquilo que não podemos ver nem se fundamentar por provas. Crer no que vemos ou no que nos é provado, não é fé, mas sim, constatar o visível. A Bíblia assim define a fé: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem. Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o invisível veio a
existir das coisas que não aparecem” (Hb 11.1,3). O apóstolo Paulo, um destacado intelectual daquela sociedade, foi tachado de louco pelo governador romano Festo, quando, ao defender-se das acusações dos judeus perante ele, pregou-lhe Jesus, desafiando-o a crer Nele. (Atos 26.24). Por isso, a Bíblia relata que, quando pregada ao homem natural, de imediato isso lhe parece uma loucura. “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (I Co 1.23). Como você conceitua essa fé, que nos leva a uma nova modalidade de vida? n
Uma nova modalidade de vida Celson Vargas
pastor, colaborador de OJB
“Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20). Essa declaração do apóstolo Paulo revela uma modalidade de vida, que só ocorre através de um estado de espiritualidade superior ao estado de humanidade natural do homem, que o faz prioritariamente empenhado em viver para si mesmo. Essa nova modalidade de vida passa
a se desenvolver a partir do momento que descobrimos e cremos que a vida espiritual e seus alvos é infinitamente superior aos interesses humanos, pois, ao contrário desses, que apesar de muito atrativos e apreciáveis, são delimitados ao tempo de nossa existência, ao passo que aqueles, são de caráter eterno e de total ausência de contrariedades, sofrimentos e, naturalmente, morte. “Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto,
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Missões NÃO é...” Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
Perda de tempo dos irmãos que estão à frente e, muito menos, das Juntas Missionárias. É algo sério, que tem a ver com o cumprimento do Ide de Jesus em Mateus 28.18-20 para todo crente; Ofertar tão somente duas vezes por ano e “esquecer” o restante dos dias. Os missionários pregam sempre. A recomendação de Paulo é “Que pregues a palavra, instes, a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (1 Tm 4.2); Ser omisso, mas estar incomodado com os povos que nunca ouviram a Palavra de Deus. Cada cristão é responsável por falar de Cristo a toda a criatura, seja de longe ou de perto;
Emoção, apenas, quando irmãos choram ao ver a realidade em outros países, mas que passa e, mesmo às lágrimas, não fazem nada para colaborar; Egoísmo de cuidar apenas de sua vida e pronto. Pelo contrário é amar ao próximo de tal forma, que tem prazer em “vestir e suar a camisa” para ver alvos alcançados para honra e glória do Senhor; Agradecer a Deus pelo término do período missionário e pelos recursos alçados pelos outros, mas fazer uma autoavaliação “Como participei de missões esse ano?” e melhorar a cada campanha; Ser indiferente. Paulo diz, em 2 Coríntios 9.7: “Cada um contribua, segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”. n
Olavo Feijó
Pastor & professor de Psicologia
Nosso Senhor está vindo “Se alguém não ama ao Senhor conhecida do pastor de ovelhas: “Eu Jesus Cristo, seja anátema. Marana- sou o bom pastor: o bom pastor dá a ta!” (1 Co 16.22). vida pelas ovelhas… Assim como o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai, A Bíblia nos revela que o Senhor assim também conheço as Minhas Deus é eterno. Como, porém, nós foovelhas e elas Me conhecem. E estou mos criados por Ele dentro das limpronto para morrer por elas… O Pai Me itações do tempo, a misericórdia do Senhor faz com que a Sua mensagem ama porque Eu dou a Minha vida para eterna seja traduzida na nossa lingua- recebê-la outra vez. Ninguém tira a Minha vida de Mim, mas Eu a dou por gem temporal. A vinda de Jesus Cristo ao nosso minha vontade própria… Pois foi isto mundo pode ser comparada à ex- o que o Meu Pai Me mandou fazer” trema paciência usada pelos nossos (João 10.11-18). Nosso Senhor, pela segunda vez, pais terrenos, quando eles conversam conosco evitando as complicações da está vindo, visivelmente, para cumprir lógica dos adultos. Jesus comparou Seu eterno projeto de salvação daquea Sua vinda a nós e usou a imagem les que O amam e O aceitam.
Jesus Cristo é a única esperança Marinaldo Lima
pastor, colaborador de OJB
Jesus Cristo é a Única Esperança No Amazonas, Mato Grosso ou no Pará. Em Alagoas, na Bahia e em Minas, No Maranhão, Piauí e Paraná. Lá no Acre, em Roraima e Rondônia Só em Cristo alguém pode esperar. Isto é certo em São Paulo e em Brasília; No Amapá, Tocantins e Ceará.
No Rio Grande, o do Norte e o do Sul Somente o Evangelho é a solução. E também lá em Santa Catarina Sem Jesus não existe redenção. Espírito Santo é um estado que precisa Conhecer a mensagem do Senhor. Em Sergipe, Paraíba e Pernambuco Deus ordena que preguemos Seu amor. Lá no estado do Mato Grosso do Sul, Em Goiás e no Rio de Janeiro Milhões vivem em trevas tão medonhas
Sem o Cristo Redentor, o verdadeiro. A Campanha de Missões Nacionais Neste tempo de enorme pandemia Combate o pecado e a iniquidade, Que é uma grande epidemia. Batistas brasileiros não podemos Ver o nosso povo em triste sina. Proclamemos nas cidades e no campo Que o Evangelho de Jesus é a vacina! A vacina contra o vírus do pecado; A que dá proteção cem por cento.
Faz do homem com morte espiritual Reviver pelo novo nascimento. Proclamemos que não há outro nome Que pode dar ao homem salvação. Preguemos que “Só Jesus Cristo Salva” Em todos os estados da nação. Oremos e ofertemos com amor E em Deus tenhamos perseverança. Para que todo o Brasil venha dizer: “Jesus Cristo é a Única Esperança.” n
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Jesus Cristo é a única esperança Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
Quando era adolescente, lembro de ouvir comentários a respeito da Campanha Nacional de Evangelização, nos anos 60. Pastores antigos comentavam a respeito. A Campanha, cujo tema era “Cristo é a única esperança” impactou o Brasil na época. O grande líder desta campanha foi o pastor Rubens Lopes, de saudosa memória. Anos mais tarde foi lançada a campanha com o seguinte slogan: “Só Jesus Cristo salva”. O objetivo era falar a todos a respeito da sal-
vação em Cristo Jesus. Folhetos eram distribuídos, cartazes nas Igrejas, pedras a beira das rodovias eram pintadas e o Evangelho era anunciado. Estamos novamente com o tema dos anos 60 e 90: “Jesus Cristo é a única esperança”. Toda a equipe da Junta de Missões Nacionais (JMN) está empenhada para divulgar a Campanha nas Igrejas de todo o Brasil. Nos dias 06 e 07 de agosto aconteceu o Acampamento de Promotores de Missões virtual. O presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, trouxe
uma reflexão histórica, falou das campanhas nos anos 60 e 90 e desafiou os promotores a envolverem suas Igrejas neste novo tempo. Creio que cada pastor Batista deve incentivar seu promotor (a) a divulgar com alegria e motivação esta Campanha. Em primeiro lugar é necessário orar e clamar a Deus por vidas que estão sem Cristo; temos que apoiar os missionários Batistas brasileiros, que tem plantado Igrejas, investido suas vidas entre os ribeirinhos, nas cracolândias, através da evangelização individual e discipulado.
A Igreja local deve fazer sua parte também onde ela está inserida; cada crente Batista é um missionário; tendo isso em mente faz-se necessário evangelizar a rua, o bairro, a cidade onde a Igreja foi plantada. A contribuição é necessária, precisamos apoiar a obra missionária Batista também com nossos recursos. Ore, evangelize e contribua para que Jesus Cristo, que é a única esperança, possa ser anunciado com intrepidez e coragem em todo nosso Brasil. n
Jesus é a nossa esperança Jeferson Cristianini
pastor, colaborador de OJB
Setembro é um mês especial para o povo Batista. A Junta de Missões Nacionais (JMN) lança a campanha anual neste período. No dia 07 de setembro comemora-se a Independência do Brasil, uma das datas mais importantes para o país, e neste ano precisamos mostrar que nossa esperança está fundamentada em Jesus. É fundamental expressar que cremos em Jesus, no Deus Pai e na obra transformadora do Espírito Santo de Deus. Enquanto muitos vivem nas trevas, precisamos dizer e anunciar que nossa esperança está em Jesus, que tudo pode transformar e mudar, pois Ele recebeu todo poder no céu e na terra (cf. Mateus 28) Para 2021, a campanha é ainda mais marcante, pois é uma reedição de um trabalho que marcou o Brasil. O tema é “Jesus Cristo é a única esperança”. Esse tema foi amplamente divulgado pelos idos da década de 60, do século passado. Irmãs e irmãos fizeram uma ampla evangelização, colocaram cartazes em suas casas com o tema, distribuíram folhetos, mobilizaram suas famílias e Igrejas para ofertar e evangelizar. Lembro-me de conversar com irmãos e irmãs que viveram essa experiência, e eles relatam como foi impactante esse tema e o tempo. Agora apontamos novamente
para Jesus e dizemos que Ele é a nossa esperança. Todos sabem que nosso país está numa situação complicada e precisamos olhar para Jesus como a única esperança e solução. Vemos com preocupação a polarização política em nosso país. Nos últimos anos, a discussão sobre o tema tornouse um ponto central para a sociedade, mas a rivalidade política/ideológica ficou mais acentuada, e, assim, é cada vez mais complicado falar e pensar o assunto no cenário brasileiro. Surgiram discussões intermináveis nas mídias sociais, desapontamentos pessoais, crises familiares e institucionais e rompimentos dos relacionamentos daqueles que pensam diferente. Infelizmente, o debate extrapolou suas esferas; na realidade, há muita idolatria nas polarizações, o que torna a conversa quase impossível. Parece que alguns cristãos creem mais na ideologia do que no próprio Evangelho, pois, abraçaram ideologias políticas com convicção de que possam resolver as questões do caos brasileiro. Precisamos recuperar a esperança do Evangelho, que é o “poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). Com a chegada da pandemia, a fome alcançou as casas de uma grande parcela da população, e muitos viram a inflação voltar com força. Assim, famílias passaram a ter severas dificuldades com a alimentação. Ficou visível que a desi-
gualdade social está mais acentuada. A pandemia revelou que nosso sistema de saúde, o SUS, precisa de investimento e carece de maior atenção, pois o povo padeceu e ainda sofre à procura de tratamento. Ficou claro que precisamos de investimentos na educação e, infelizmente, a evasão escolar já é um dos problemas pós-pandemia. Os noticiários e os professores relataram que poucos alunos acompanharam e estão acompanhando as aulas no formato virtual, por falta de acesso à internet ou por não ter algum aparelho, e nós pensamos como será o futuro dessa geração que ficou sem acesso aos estudos. Nosso estudo já não é dos melhores, e ficar sem nenhuma base vai gerar problemas lá na frente. Faltou investimento na educação, pois os professores e professoras tiveram que usar seus equipamentos e contar com muita criatividade, para pode ensinar nesse tempo. Nosso cenário só nos leva a crer que Jesus é a única esperança, pois nada ao nosso redor nos inspira esperança, mas Jesus, o Filho de Deus, nos leva a crer em dias melhores, pois quem se rende ao Evangelho tem sua vida transformada e desfruta de uma nova cosmovisão. Os cristãos não olham pelas lentes do fatalismo e, sim, pelas lentes de que tudo pode ser transformado quando os brasileiros buscarem a Jesus. Como cristãos precisamos orar mui-
to por nossa ação, clamar para que cada cristão, em seu contexto, use a Igreja local para pregação do Evangelho. Como cidadãos dos céus, precisamos sinalizar que Jesus é a nossa esperança e apontar para a eternidade, a fim de que muitos brasileiros se arrependam de seus pecados e voltem-se para Deus. Como cidadãos da nova pátria celestial, precisamos resgatar o princípio bíblico que nos ensina ser “o bom perfume de Cristo” a exalar a fragrância do conhecimento da glória de Deus (cf. Filipenses 3.20/ II Coríntios 2.14-16). Precisamos lembrar que “somos embaixadores de Cristo”. Não somos daqui, somos cidadãos da cidade celeste, mas aqui estamos representando o Reino de Deus e dessa forma deveríamos ser completamente cheios de esperança no que Deus pode fazer por meio de Seu povo. Os cristãos sempre foram um povo marcado pela esperança, e num tempo como o nosso, que está cheio de desesperança, precisamos sinalizar o Evangelho que é fonte de nossa esperança. Lembremos que temos um alvo, e nosso alvo é Jesus. Divulguemos Jesus, nossa esperança, para que outras pessoas busquem a Ele. Os brasileiros precisam encontrar em Jesus a fonte de esperança, e, por isso, a Igreja precisa cumprir sua missão. n
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Passou a sega, findou o verão e não estamos salvos Edgard Silva Santos
pastor, colaborador de OJB
A passagem de Jeremias 8:20 pode expressar a queixa dos cativos, sob o cerco de Nabucodonosor, rei da Babilônia; pode também ser a continuação do amargo lamento do profeta por seu povo condenado. De qualquer forma, é o lamento pungente do fracasso. Na região da Palestina, a colheita dos cereais começava por volta de abril. A colheita dos frutos ocorria em agosto ou setembro. Se a colheita de grãos fosse perdida restava a esperança da colheita de uvas, figos, azeitonas etc. Parece haver passado a última oportunidade - a colheita dos frutos. O Ellicott’s Commentary pontifica: “Em Isaías 16:9; Jeremias 40:10, e em outros textos, a palavra verão é repre-
sentada por “frutos de verão”. “O verão” (melhor, a colheita dos frutos) findou e eles ainda não haviam sido salvos da miséria e da morte. Tudo falhou de igual modo. Toda a fórmula provavelmente havia sido transformada em um provérbio relacionado a mais extrema miséria. É bom lembrar que a colheita da cevada coincidia com a Páscoa, a colheita do trigo com o Pentecostes, a colheita dos frutos com a outonal Festa dos Tabernáculos.” Era, sem dúvida, desesperador para o povo constatar o fim da colheita de grãos, também o fim da colheita dos frutos de verão e de todas as oportunidades, enquanto assombrava-lhes o horror da opressão, da privação da liberdade e da falta de sentido para a vida. Não é assim também hoje? Para muitos em nossos dias, o fim do verão é o
Deus, sara o Brasil! Teremar Lacerda missionária
Das disputas políticas, da politicagem E desigualdades sem igual… Onde o povo é oprimido Nas comunidades, sem água, sem esgotos; Energia?! É um emaranhado de fios, Em vielas tão estreitas, morros tão altos, Deixados à própria sorte, numa pobreza total! Coagidos a dar o voto por uma cesta básica, Ou, uns quantos reais… Que dizer dos que vivem nas palafitas, À beira de igarapés ou caudalosos rios, Ou mesmo nas grandes cidades, Ou na “Veneza brasileira”, À margem dos canais?! Deus! Sara o Brasil! Ou será que estás triste com tanta indiferença?! Com tanta mentira, com tanta injustiça, Ou com tanta inclemência, Dos que se apoderam do poder Que pertence ao povo, Para os bolsos encher?! Deus! Sara o Brasil! É a oração que te faço neste dia de jejum! Que esta pandemia não venha, Os hospitais encher… Nossos olhos não aguentariam, Ver uma guerra de caixões Em cemitérios, a esperar uma cova se abrir Para seu morto colocar; Pois à cremação no Brasil, pobre não tem lugar…
Deus, agora eu quero um pedido fazer: Neste dia de oração e jejum, Por favor vem me atender. A Tua palavra disse que para a resposta ter, O povo precisa se humilhar e orar, Deixar os maus caminhos, E em tua palavra crer! Deus! Sara o Brasil! Sara o Brasil neste dia de oração: Do crime, do vício, das crenças vãs, Da idolatria, da feitiçaria, da bruxaria, Da mentira e da corrupção… Deus! Sara o Brasil! Cantado por artistas: “Brasil, meu Brasil brasileiro”; “Abençoado por Deus e bonito por natureza”; “Que matas virginais, que rios sem iguais, orgulho meu!”; Tanta beleza, tanta riqueza… desigualdade sem igual! Onde “palácios e mocambos”, estão muito perto, Mas numa distância total! Então, meu Deus, eu Te peço perdão, Em humildade por minha nação: Presidente, Ministros, Deputados, Senadores, Superior Tribunal, Governadores, Empresários E todos os demais setores, para haver cura total! “Soltem os presos injustiçados, Os oprimidos com todo tipo de escravidão; Que dês comida aos famintos,”. Trabalho aos que não têm pão! Deus! Sara o Brasil! Este é o jejum que faço, E esta é minha oração! n
fim de toda a esperança. Não nos cansemos, pois, de anunciar que podemos depositar nossa confiança em Cristo e esperar nEle, sempre. “Nos primeiros anos do século XlX, vivia em Newcastle-Tine um alfaiate chamado Charlton. Um sábado à noite, viajava este servo de Deus para Hexham, onde iria pregar, quando entrou no coche do trem um homem bêbado, com a esposa. Como percebera que o novo passageiro parecesse inclinado a tumultuar, Charlton disse-lhe para apaziguá-lo: - Quer que lhe cante uma canção? - Sim, sim, uma canção - replicou o semibêbado. Charlton começou a cantar hinos até que o trem chegou a seu destino. Sete anos mais tarde foi outra vez a Hexham para pregar e se hospedou no lar de um dos diáconos. Durante a refeição, a dona da casa lhe disse: - Não se lembra de mim, Senhor Charlton? - Não tenho nenhuma ideia de havê-la visto - respondeu o pregador. - Não se recorda de haver cantado uns hinos para apaziguar um homem bêbado no trem, faz sete anos? Charlton lembrou desse fato e ela
continuou: - Aquele homem é meu esposo, que ficou tão interessado em seus cânticos, que no dia seguinte me instou para ir à Igreja. Pouco depois, converteu-se e agora é, e você o verá, um diácono. Porém, não termina aqui a história. Este diácono se chamava José Parker e foi pai do famoso pregador do mesmo nome. Quem pode dizer o que seria a vida dele e de seu filho, se não houvesse cantado um alfaiate-pregador uns hinos no trem, para distrair um pobre bêbado?” É sublime falar de Cristo. É urgente dizer a todos que estejam preparados, porque logo chegará o último verão para este mundo, durante o qual se recolherá a colheita final. “E o que temos então preparado para quem será?” Quantas vezes nos tem falado o Salvador, incisivamente, mas não lhe prestamos atenção. Quantas oportunidades de dizer sim a Ele temos desperdiçado. Se passou o tempo da sega para nós, que não finde o verão, antes que digamos que estamos salvos e até que estejamos plenamente certos de que um dia nos reuniremos para sempre com o Senhor! n
missões nacionais
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Equipe missionária vê frutos do trabalho no Pará
Disse Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Missionários e demais parceiros da obra continuam firmes na missão de ganhar o Brasil para Cristo. Para a glória de Deus, a comunidade do Hebrom, em Oriximiná-PA, recebeu seus primeiros batismos, no dia 28 de agosto. Depois de muita dedicação, o casal de missionários Altegean e Rosiane Nascimento teve a satisfação de ver esses irmãos e irmãs descerem às águas. Os oito batizados são fruto do relacionamento discipulador, que apresentou o Evangelho a cada um deles, investiu tempo em conversas, orações e estudos bíblicos. “Foi bênção do Senhor ver o testemunho de vidas comprome-
tidas com Cristo. Uma imensa alegria fazer a mentoria desse projeto”, comenta o missionário pastor Marison Feijão, mentor do casal. No dia seguinte, 29 de agosto, mais batismos aconteceram na região. Por meio de relacionamentos discipuladores da Igreja Batista de Porto Trombetas e da Igreja Batista na Comunidade Ribeirinha no Lago do Batata, mais sete irmãos e irmãs desceram às águas. Sobre esse dia de batismos, o pastor Feijão destacou a grata alegria de poder batizar o filho, Filipe Feijão. O batismo é uma ordenança de Cristo Jesus. O batismo é a publica profissão de fé em Jesus como Salvador e Senhor e, por isso, o povo de Deus se alegra com cada vida batizada. Deus seja louvado por mais esses batismos! n
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UFMBB INICIA PROJETO SORRISO
Objetivo é orar pelas crianças, conscientizar a igreja sobre a importância de investir nos pequenos e capacitar a liderança
Lídia B. Pierott Moreira Líder nacional de crianças/Amigos de Missões Hoje no mundo, o número de crianças entre 0 e 14 anos é de 1,82 bilhões, o que representa 28% da população mundial, de acordo com o relatório da Divisão de População das Nações Unidas (ONU). No Brasil, em 2020, o IBGE estimava que a população brasileira entre 0 e 14 anos representava cerca de 24,3% do total da população.
Agenda do Projeto Sorriso 7, 14, 21 e 28/09 – Salas de oração 30/09 – Culto de lançamento 4 a 8/10 – Semana de oração pelas crianças 7/10 – Ensino bíblico missionário para crianças de 4 a 8 anos. Você conhece essa proposta? 14/10 – Como implantar a organização Amigos de Missões? 21/10 – Rede de crianças: evangelização e discipulado 28/10 – Formação de líderes para o ministério infantil
Todas essas crianças precisam da Igreja de Cristo. Elas enfrentam riscos que podem afetar o desenvolvimento saudável que Deus planejou para essa etapa da vida. Muitas estão em perigo por causa da pobreza, que as coloca em situações vulneráveis, correndo o risco de serem exploradas, negligenciadas, maltratadas ou até mortas. Outras correm riscos devido à prosperidade, pois a mentalidade pós-moderna e o materialismo deixam as crianças numa situação em que elas têm tudo com o que viver, mas não têm algo pelo que viver. Todas essas crianças precisam que alguém abra a boca em seu favor. Foi pensando nelas que surgiu o Projeto Sorriso, que tem dois pilares: oração e preparação de liderança. Nós, líderes da UFMBB, estamos abrindo nossa boca em favor das crianças, estamos “orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no espírito” (Ef 6.18a). Não queremos que crianças sejam aprisionadas por ideologias contrárias ao que Deus planejou para a vida delas.
Solange Ribeiro, gestora de formação de vocacionados da UFMBB, deu o pontapé inicial desse projeto, e formamos a equipe de trabalho: Lidia Pierott, líder nacional de crianças e da organização Amigos de Missões (AM), Luiza Dias, líder estadual de AM do Rio Grande do Sul, Adda Bezerra Silva, líder local de AM em Pernambuco, Selma Ulisses, líder estadual de AM de Pernambuco, Sebastiana Melo, líder estadual de AM em favor dos pequenos.” (Luiza Dias, do campo carioca, Danielle Andréa, líder líder estadual de AM, RS) estadual de AM do campo fluminense e “Deus tem me dado a oportunidade todas as líderes estaduais de AM. de estar em oração pelas crianças com Todas as terças-feiras dos meses irmãs do Brasil. São momentos de code agosto e setembro, das 21h às 22h, nhecimento, comunhão e clamor por estamos nos reunindo pelo Zoom para vidas tão preciosas. Sinto-me cada vez interceder pelas crianças, pedindo ao mais responsável por esse ministério Senhor que levante líderes para serem e tenho percebido que as líderes têm capacitados a fim de ensinarem a crian- mostrado muito empenho, investido na ça o caminho em que devem andar. vida das crianças e dado o valor que No mês de agosto, iniciamos no CIEM elas merecem. Esses momentos nos o curso EAD de Líderes para o Ministério fazem chegar mais a Deus e nos lemInfantil com ênfase em Missões. bram da importância que Jesus deu aos Em setembro, disponibilizaremos pequeninos. Que Deus nos mova a nos vídeos em nossas redes sociais a envolver cada vez mais no ministério fim de conscientizar todos sobre a com crianças por meio da proposta dos necessidade de orarmos pelas crianças AM.” (Fátima Coelho, líder estadual de e de as evangelizarmos. Em outubro, AM, PA). todas as quintas-feiras, às 20h, pelo “Participar desse lindo projeto é esZoom, ofereceremos palestras para a pecial, pois sabemos que a oração é a liderança de crianças. base para tudo. Temos certeza de que Acompanhem nossas redes sociais. Deus ouve nossas orações. Juntas teA publicação do link para a sala de ora- mos unido forças para clamar em favor ção e os formulários de inscrição para das crianças, dos líderes e das igrejas. participação nas palestras serão dispo- Irmãs de vários lugares têm estado na nibilizados através delas. Divulguem o sala de oração unidas em um mesmo projeto em seus estados para que mais propósito. Tem sido um tempo maravilíderes orem e sejam preparados para lhoso com Deus.” (Danielle Andréa, líder ensinar às crianças a Palavra do Senhor, estadual de AM, campo Fluminense) pois pondo em Deus a sua esperança, “Vivemos tempos de desafios: panelas terão condições de continuar sor- demia, isolamento social, multiplicação rindo. de ideologias sendo veiculadas pela mídia, crianças sem exercer suas atividanaturais e de socialização, como Veja o que as líderes que estão des brincar, estudar, ir à igreja... Tudo isso participando das salas de ora- gera um cenário de crise na sociedade, que afasta as pessoas cada vez mais ção estão dizendo dos propósitos de Deus. Como vamos “A sala de oração tem sido um mo- enfrentar este cenário? A necessidade mento abençoador, visto que podemos de responder a essa e outras indagabuscar a Deus em unidade, além de co- ções nos levou a nos aproximarmos nhecer as educadoras que estão espa- mais de Deus por meio da oração. Salhadas pelo País e que dedicam suas bemos que somos limitados para tratar vidas ao ensino da Palavra às crianças. dessas questões complexas, mas Deus Esses momentos são carregados de não tem limitações, e buscamos nele, amor ao chamado e nos conscientizam em conjunto, respostas e orientações. de que não podemos ficar caladas e es- As salas de oração têm proporcionado o táticas frente às ideologias que deturpam fortalecimento fraternal entre os irmãos a Palavra de Deus e que são ensinadas e nos inspirado a prosseguir servindo as de forma atrativa às crianças. É tempo crianças com excelência e dedicação.” de suplicarmos a Deus por estratégias (Prof. Sebastiana Melo, líder estadual de e ações, para que assim possamos agir AM, campo Carioca). n
ufmBB
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ELAS EM ORAÇÃO
No mês da juventude, UFMBB reúne as jovens do Brasil em oração Carla Juliana Melo Líder nacional interina de mulheres/MCM Em agosto, realizamos o Elas em Oração, encontros semanais com as jovens batistas de todo o Brasil através do Zoom. O objetivo era trazê-las para perto de nós orarmos pelos desafios que elas enfrentam. Os temas e os motivos de oração foram relacionados às suas necessidades, encontros foram dirigidos pelas próprias jovens. No final de cada reunião, lançamos desafios para que elas realizassem ao longo da semana, incentivando-as a pôr em prática o que oramos. No dia 6 de agosto, tivemos o primeiro encontro, cujo tema foi “Elas e as Escrituras”, com o objetivo de despertar as jovens para a importância de se firmarem em Cristo por meio das Escrituras. A direção ficou sob a responsabilidade das jovens da região Sudeste. O desafio
foi desenvolver o hábito de ler a Bíblia dade do Senhor revelados por meio de diariamente. todos os benefícios concedidos a nós. As jovens das regiões Centro-Oeste e No segundo encontro, dia 13, o tema Norte conduziram juntas o encontro. foi “Elas e a UFMBB”, com o objetivo de O desafio lançado foi “– murmuração apresentar a importância de se envole + gratidão”, que implica substituir as ver com Educação Cristã Missionária. murmurações por palavras de gratidão. A reunião foi dirigida pelas jovens do Nordeste. Lançamos o desafio de apreTivemos a participação expressiva sentar o grupo jovem da MCM para mais das jovens batistas de todo o Brasil. Eis uma menina, convidá-la para o próximo os depoimentos de duas delas: encontro e, realizar ao menos um dos “Participar do Elas em Oração foi uma seus devocionais junto com ela. experiência incrível de comunhão com No dia 20, tivemos o tema “Elas e irmãs, que talvez eu jamais teria a oporos relacionamentos”. O objetivo foi fa- tunidade de conhecer. Orar pelos motivos zê-las compreender a importância de específicos de cada região me fez ter o exercer o fruto do Espírito em suas re- coração mais sensível à necessidade de lações. As gurias do Sul conduziram o fortalecermos nosso relacionamento com encontro. Desafiamos as jovens a es- Deus e com a Igreja. A experiência também creverem uma mensagem afetuosa e contribuiu para que eu despertasse para a evangelística para alguém. atuação na Educação Cristã.” (Ariane Gomes Farias, 22 anos, SIB em Mossoró, RN) Por último, no dia 27, o tema foi “Elas com corações gratos”, cujo objetivo foi “O Elas em Oração foi um momento reconhecer o amor, a bondade e fideli- edificante, pois tive a oportunidade de
orar com mulheres de todo o Brasil. Os desafios apresentados me impactaram e desafiaram a cumpri-los, o que acrescentou ao meu crescimento espiritual. Fico feliz por ter participado das reuniões.” (Débora Fernandes Xavier, 23 anos, CB do Caminho, Vila Velha, ES) Realmente foram encontros que edificaram a vida de todas que participaram. Já estamos planejando novas oportunidades de nos mantermos conectadas. n
MR PLUS – MENTORIA ON-LINE PARA LÍDERES DE MR Programa aconteceu durante o mês de agosto e reuniu líderes de todo o País
conteúdos para fortalecer a liderança das participantes. Falamos sobre o exercício da liderança de forma geral, sobre características da pré-adolescência, adolescência, gerações Z e Alpha, sobre questões emocionais que têm vitimado nossas meninas, sobre prevenção ao abuso e violência, sobre teoria de gênero, sobre a proposta, a estrutura e o funcionamento da organização, sobre como usar a tecnologia com as MR, além de dicas para Raquel Zarnotti Líder nacional de meninas pré-adoles- dinamizar o trabalho, envolver os pais, incluir meninas com deficiência e muito centes e adolescentes/MR mais. Também diariamente, mantínhaEm janeiro de 2021, idealizamos o mos contato por meio de stories excluMR Plus, um programa de mentoria on sivos no Instagram das MR. Além disso, -line para líderes de Mensageiras do Rei. tivemos quatro encontros pelo Zoom. Ele seria o prêmio para os dois campos Foi um mês intenso, de aprendizado, que mais mobilizassem a participação crescimento e troca de experiências. As das organizações MR na Gincana Na- participantes manifestaram o quanto cional. O campo com maior número de essa experiência foi transformadora e o organizações inscritas foi o Fluminense, quanto se sentiam cada dia mais desae com maior percentual, o do Pará. As fiadas a investirem na organização MR. líderes desses campos inscritas na GinAinda em 2021, pretendemos abrir cana ganharam acesso gratuito ao MR Plus. Mas, quando chegou o momento mais uma turma do MR Plus. Se você de tirar esse projeto do papel, resolve- deseja participar, envie seu nome para mos estendê-lo para outras líderes que o WhastApp das MR: (21) 96586-3566. desejassem participar. A seguir, confira o que as alunas da primeira turma falaram sobre o MR Plus: O MR Plus aconteceu durante o mês
porcionou muito conhecimento para aplicarmos com as meninas.” (Cyntia Almenara, PIB em Arraial do Cabo, RJ) “Participar do MR Plus proporcionou a aquisição de conhecimento sobre a organização e a oportunidade de conhecer melhor as necessidades das MR. Além disso, há uma excelente troca entre as participantes, com oportunidade de sermos motivadas e inspiradas na execução desse trabalho tão importan- Deus e a organização MR.” (Magnoneide te.” (Nadilene Noronha, PIB em Canta- Matos, líder estadual de MR, Bahia) galo, RJ) “Senti-me extremamente plena em “O MR Plus foi um marco na minha cada aprendizado no MR Plus. E senti vida ministerial, trazendo conhecimento a cada dia que estou no caminho cerem um momento de grande necessidade.” to, sendo ponte, fazendo a vontade do (Monaliza de Castro, PIB em Bacaxá, RJ) Senhor, compartilhando e aprendendo “Participar do MR Plus proporcionou com as MR.” (Claudia Santos, IB Barão momentos edificantes, surpreendentes da Taquara, RJ) e de ricas oportunidades de aprendizado e conhecimento para trabalhar com as meninas. Conhecer novas líderes e trocar ideias foi edificante.” (Maria Helena dos Santos, PIB Feira de Santana, BA)
“Participar da mentoria foi gratificante! Os conteúdos foram excelentes, as dicas e os encontros, maravilhosos. Amei participar.” (Rosangela Ferreira, PIB em Alto Paraíso, RO)
“MR Plus foi uma mentoria inova“O MR Plus foi edificador! Os estudora, incrível e sensacional, com temas dos, o aprendizado e as trocas de expeatuais e relevantes.” (Helane Gama, IBM riências enriqueceram o meu conheciem Garibaldi, RJ) mento na liderança com a organização de agosto. Foi formado um grupo no “O MR PLUS ajudou a renovar a cada MR.” (Marlene Parreira, coordenadora de “Participar do MR Plus foi uma WhastApp, onde diariamente enviamos experiência enriquecedora e nos pro- dia meu compromisso ministerial com MR da Associação Centro Norte, RJ). n
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notícias do brasil batista
O jornal Batista Domingo, 12/09/21
Gincana Bíblica Online anima Embaixadores e Mensageiras do Rei na Bahia Programação reuniu mais de 500 participantes.
Lidiane Ferreira
jornalista, gerente de Comunicação e Marketing da Convenção Batista Baiana
Gincana é uma competição bem divertida. Bíblica tem tudo a ver conosco, cristãos que amam a Palavra de Deus. Online rompe fronteiras entre cidades baianas e até fora do estado. E quando a gente junta tudo isso? No mês de junho, Mensageiras e Embaixadores do Rei participaram da Gincana Bíblica Online - ER & MR - Bahia. O evento reuniu mais de 540 participantes, representando 83 Igrejas, 34 cidades e 17 das 20 associações regionais da Convenção Batista Baiana (CBBA). Além disso, houve participação de ER’s e MR’s de estados como Pernambuco, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. A competição foi dividida em três categorias: Junior (até 11 anos), Adolescente (12 a 14 anos) e Juvenil (15 a 17 anos), tanto para mensageiras quanto para embaixadores. O objetivo foi promover interação entre Embaixadores e Mensageiras do Rei das igrejas batistas baianas, além de incentivar a leitura contínua da Palavra de Deus. A gincana foi promovida pela Gerência de Educação Cristã da CBBA em parceria com as lideranças estaduais de ER e MR da Bahia e envolveu uma grande equipe para sua realização: CBBA, UFMBBA, UMHBBA, MR Estadual, da ABS e da Asbaf, DCER Baiano, DAER Salvador,
Em sentido horário - Meg Matos, Adalberto Freitas, Ana Luísa, Ana Júlia, Walmira Tibiriçá e Pr. David Pina banda das MRs veteranas, além de Con- 2º lugar: Deyvede Lukas Bispo de Jesus; selheiros de ER e Orientadoras de MR. 3º lugar: Lucas França Dos Santos CerConfira os Embaixadores do Rei ven- queira. Participantes de outras convenções: cedores. Categoria Junior - ER: Isaque Davi dos Categoria Junior - ER: Reis Carvalho (Santa Maria-RS); 1º lugar: David Ernandes; Categoria Adolescente - ER: Daniel Trin2º lugar: Guilherme de Souza Ribeiro; dade do Nascimento (Santa Maria-RS); 3º lugar: Ryan Altison Guedes. Categoria Juvenil ER: Davi Gomes da Categoria Adolescente - ER: Silva (Camaragibe-PE). 1º lugar: Rafael Abner; 2º lugar: Pedro André Carneiro Jacob- Agora, confira as Mensageiras do Rei vencedoras. sen; Categoria Junior - MR: 3º lugar: Pedro Oliveira Dos Santos. 1º lugar: Valentina Gomes Sbrana; Categoria Juvenil - ER 1º lugar: José Roberto Ferreira dos San- 2º lugar: Julia Rosa Brandão Uzeda; 3º lugar: Ana Julia de Souza Barbosa. tos Mainard;
Categoria Adolescente - MR: 1º lugar: Aíme Barbosa Santos; 2º lugar: Maria Eduarda Ribeiro de Oliveira; 3º lugar: Maria Luiza Lima Jordão Nery. Categoria Juvenil - MR: 1º lugar: Isabelle Rose; 2º lugar: Rebeka Lima dos Passos; 3º lugar: Nicolle Carregosa Valois Gomes. O resultado foi divulgado durante uma live especial, realizada no dia 10 de julho, nos canais da Convenção Batista Baiana no Youtube e Facebook. Os vencedores ganharam medalhas e aqueles que alcançaram o primeiro lugar ganharam ainda uma camisa de Missões Estaduais exclusiva para Embaixadores e Mensageiras do Rei. O evento contou com várias participações especiais, como os presidentes da União Feminina Missionária Batista da Bahia, Antonia Oliveira, e da União Missionária de Homens Batistas da Bahia, pastor Nerinaldo Luís, depoimentos de conselheiros e orientadoras, mensagens e participações musicais de embaixadores e mensageiras do Rei. Participaram também o gerente de Expansão Missionária da CBBA, pastor David Pina, e a adolescente Maria Itauane, que foi um dos destaques dos vídeos da Campanha de Missões Estaduais 2021. Ela contou como foi alcançada, inclusive com o apoio das ferramentas utilizadas pelas Mensageiras do Rei. n
Igreja Batista em Vila Natal - SP celebra 39 anos de organização.
Cleverson Pereira do Valle
pastor da Igreja Batista em Vila Natal; colaborador de OJB
Foram dois dias de festa em Vila Natal, Mogi das Cruzes-SP. A Igreja Batista da cidade comemorou 39 anos de organização com dois cultos de louvor e gratidão a Deus, nos dias 28 e 29 de agosto. Apesar de ainda vivermos uma pandemia, muitos irmãos e irmãs, membros da Igreja, participaram dos cultos. No sábado, dia 28, contamos com as apresentações do Grupo de Louvor IBVN, das Mulheres Cristãs em Missão (MCM) e das crianças. O preletor foi o pastor José Ribeiro Rocha Filho, pastor titular da Primeira Igreja Batista em Mairiporã-SP), que falou sobre a neces-
Aniversário também marca início de projeto de expansão. sidade de ouvir Jesus e enfatizou que a glória é dEle. Dia 29, domingo, o Grupo de Louvor IBVN fez sua apresentação sob a direção do irmão Caio Santos, o primeiro vice-presidente da Igreja, irmão Daniel, fez um solo e as irmãs da MCM voltaram a cantar. O preletor foi o pastor Sérgio Moreira dos Santos, pastor da Igreja Batista em Vila Medeiros-SP, que falou sobre a importância da Igreja ser missionária. A IBVN já foi pastoreada pelos seguintes pastores: Moisés Girli, Antonio Barbosa, Izaias Martins, José Francisco, Julio Cesar Dessimoni e desde o dia 10 de Dezembro de 2016, o pastor Cleverson Pereira do Valle assumiu o pastorado da Igreja. Ele tem desafiado
Templo da Igreja Batista em Vila Natal - SP durante celebração de aniversário os membros para a expansão. na Geração Futuro (crianças, juniores, Um novo projeto está nascendo adolescentes e jovens). “1% da população da cidade para CrisOrem pela Igreja Batista em Vila to nos próximos 5 anos” (2021-2026). Natal e sua liderança, que ela continue Queremos treinar novos líderes para firme na Palavra de Deus até a volta de começarem Pequenos Grupos, investir Jesus. n
Missões mundiais
O jornal Batista Domingo, 12/09/21
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Colégio Batista Rio-pretense adota crianças do PEPE Senegal Jamile Barros
Redação de Missões Mundiais
O Colégio Batista Rio-pretense, que fica localizado em São José do Rio Preto-SP, firmou uma parceria com Missões Mundiais para apoiar financeiramente, por um ano, o Projeto PEPE Surdos do Senegal. O valor destinado ajudará 25 crianças inscritas no projeto mensalmente. A iniciativa veio a partir da oração, em uma campanha em prol das crianças da África em 2020. “Nós temos o dia de oração mundial, promovido pela Associação Internacional de Escolas Cristãs, (ACSI) e neste dia levamos as crianças a orarem pelas crianças da África especialmente de Moçambique, pois tenho uma amiga lá, a missionária Adriana Marcolino, da Escola Arco-Íris”, explica a diretora do colégio, Cristina Rodrigues. Quando ouviram falar do projeto PEPE Surdos no Senegal, a instituição passou a interceder nos momentos de oração em sala de aula pelas crianças senegalesas, diariamente. O missionário mobilizador, Henrique Davanso Pechoto, que fez a ponte entre o Colégio Batista Rio-pretense e Missões Mundiais, explica que foi a partir do conselho de missões da Primeira Igreja Batista de São José do Rio Preto-SP, ao qual o colégio pertence, que eles decidiram dar um passo para além da oração. “Esse ano, graças a Deus conseguimos estreitar mais a amizade do colégio com Missões Mundiais e propomos um convênio no sentido do colégio não apenas estar orando, o que já é o suficien-
Eli e Ana Costa
missionários em Moçambique
Conheça o sr. João e o seu primeiro aniversário, graças ao casal de missionários que estão em Moçambique, Eli e Ana Costa Esse, na foto, é o sr. João. Ele mora aqui perto de nós e nos orienta com relação à língua, cultura entre outras coisas. Ele se declara muçulmano, é uma pessoa muito engraçada, sabe de tudo o que acontece na cidade. Tem o hábito de fumar, mas uma vez ao ano faz jejum de tudo, para Deus perdoá-lo do pecado, e depois volta a fazer tudo normalmente. Esses dias, o sr. João quis saber porque nós éramos diferentes. Nós e os moçambicanos da nossa Igreja, por serem pessoas de atitudes diferentes dos
te, mas também de estarem adotando algumas crianças. (...) Agora, o Colégio Batista está amparando as crianças em oração e também, financeiramente, o projeto PEPE Senegal para os surdos”, conta o mobilizador. A diretora Cristina explica que assim como o colégio abençoa seus alunos com um ensino de excelência e valores bíblicos, através da parceria eles desejam também abençoar outras crianças do mundo. Ao mesmo tempo é uma forma de plantar esse sentimento no coração dos alunos brasileiros e suas famílias. O gerente administrativo e financeiro do Colégio e da PIB Rio Preto diz que é de grande valor esse envolvimento da instituição de ensino com a obra missionária realizada por Missões Mundiais. “É extremamente importante, principalmente no contexto atual em que vivemos, considerando que somos um Colégio confessional/Cristão, é responsabilidade nossa nos preocuparmos com temas dessa natureza, e educar nossas crianças a fazer o mesmo”. Muito feliz com a decisão de parceria, a diretora Cristina finaliza dizendo o quão significativo é envolver as famílias e alunos na obra missionária, porque isso desperta em seus corações o desejo ver pessoas sendo cada vez mais alcançadas pela Graça e amor de Deus. Isso faz com que sintam-se parte de um projeto que além do envolvimento espiritual, tem um objetivo social e inclusivo. Os estudantes estão orando, recebendo informações sobre o projeto e contribuindo com ofertas que serão colocadas
em um cofrinho até o final do ano. Missões Mundiais está muito feliz com o sustento em oração e envolvimento financeiro do Colégio Batista Rio -pretense e da PIB Rio Preto para com a obra missionária. E as crianças do PEPE Surdos Senegal também.
é um projeto que tem oportunizado uma educação pré-escolar de qualidade de forma holística. Essa ação de Missões Mundiais é resultado do trabalho do casal missionário Walter e Alzira, que já atuava com surdos. Vendo a necessidade de incluir as crianças foi feito um trabalho de sensibilização com as famíSobre o PEPE Surdos Senegal lias que timidamente foram aderindo ao O PEPE Surdos do Senegal - Ephata projeto. n
Um aniversário especial
demais da região, até mesmo no ponto de devolver algo que acham. Então, o João mesmo nos pediu para ensiná-lo a Bíblia e conhecer mais desse Deus, assim ele ía descobrir porque éramos assim. Durante essa caminhada, o sr. João tem aprendido e tem gostado de Jesus, mas acha que é difícil seguir a Ele, afinal, tem que ver com toda a família e parentes dessa decisão por Jesus. Na última semana do mês de agosto fez 53 anose preparamos um bolinho para ele. Foi um momento emocionante, pois ele nunca teve um bolo de aniversário na vida. (Nas aldeias, não se comemoram os aniversários geralmente) O sr. João ficou muito feliz e a gente também, mas, ao final, ele ainda ficou com uma dúvida: será que isso também é coisa do tal de Jesus?
Ah, se o sr. João soubesse que Jesus pode lhe dar muito mais que um bolo, pois Ele dá a vida eterna. Fechamos a celebração com chave de ouro, porque oramos em Cyawo, língua do sr. João, aí sim ele gostou. Em cada frase da oração, ele dizia: “ioio”, que quer dizer: amém, assim seja. Desejamos muita saúde para o sr. João; esperamos que um dia ele entenda, de verdade, porque somos tão “diferentes”. E que nesse dia ele se torne diferente também. No local onde atuamos, mais de 90% da população se declara muçulmana e ainda não conhece o poder de transformar. Continue a orar e contribuir com a obra de Missões Mundiais para que mais pessoas como o sr. João conheçam o amor de Jesus. n
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Quietude Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob Permanecermos quietos diante do Senhor é um grande desafio a cada dia. Há grandes obstáculos que nos impedem de descansar, de estar quietos, serenos, tranquilos de espírito, em paz e em sossego. Encontramos lutas ferrenhas contra a serenidade, contra o descanso. O Salmo 46.10, diz: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra”. No hebraico, “aquietar-se” é estar em silêncio, relaxado e em retiro, confiando plenamente no Senhor. Na maioria das vezes, vivemos no sentido contrário do ensino das Escrituras, dos ensinos do Senhor Jesus. Somos ansiosos, agitados, nervosos, inquietos e impacientes. A nossa suficiência deve estar em Cristo. Devemos olhar para Ele e andar como Ele andou (I João 2.6). Neste mundo, “a guerra e a destruição são inevitáveis, mas também é a
vitória final de Deus. Nesse momento, todos permanecerão em silêncio ante o Deus Todo Poderoso. Quão oportuno é para nós estar quietos honrando e reverenciando Seu poder e Sua majestade. Dediquemos cada dia o tempo necessário para permanecermos quietos e exaltando a Deus”. Jesus nos ensina a permanecermos Nele. Ele disse: “sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). O segredo da vitória é permanecer em Cristo, porque assim o Pai Se agrada. Permanecer em Cristo, seja qual for a circunstância. Ele prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mateus 28.20). Muitas pessoas estão com depressão, ansiedade e pânico em função do tempo que estamos vivendo, centrados em si mesmos e com foco nas coisas materiais. Estão preocupadas com trabalho, desemprego, doenças, violência, sobrevivência. Elas focam os problemas, mas não têm a atenção devida ao
Senhor. Muitas vivem na incredulidade e apegadas aos bens desta terra. Buscam segurança nesses bens. O segredo da quietude é olhar para o alto, para as coisas de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensar nas coisas do alto (Colossenses 3.1-4). Somente no Senhor experimentamos plena segurança e liberdade. Jesus apreciava a quietude. Ele ía para lugares ermos para buscar a vontade do Pai. No Getsêmani, Ele se derramou perante o Pai. A vontade do Pai era o centro da Sua vida (Mateus 26.42). A quietude da alma, o seu descanso em meio a agitação desta vida, é resultado da centralidade de Deus Pai no coração, na vida. Foi isto que Jesus ensinou ao dizer: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Paulo ensina a não ficarmos ansiosos por coisa alguma, mas nos exorta a apresentar nossas lutas, carências e
preocupações diante do Senhor (Filipenses 4.6). O resultado está no verso 7: “e a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. Isso é maravilhoso, reconfortante e muito animador! Seja o que o for que você esteja passando, aquiete-se diante de Deus em oração adoração, confissão, agradecimento e intercessão. Descanse e espera no Senhor (Salmos 37.7). Ele trabalha para aqueles que Nele esperam, confiam (Isaías 64.4). Não se exaspere, não se esforce inutilmente, não se apoie no seu próprio entendimento, não fique ansioso pelo seu problema, mas descanse em Deus. Como ensina Davi, rei de Israel, “entrega o teu caminho ou “o teu modo de agir no curso da vida” ao Senhor, confia Nele e Ele agirá” (Sl 37.5). Deus, nosso Pai, é glorificado quando ficamos quietos diante dEle, confiando no Seu agir. n
Idoso em foco: a doença de Alzheimer -
Mês internacional de conscientização da doença de Alzheimer Fabiano Gomes do Espírito Santo
pastor da Base de Comunhão da Primeira Igreja Batista em Brasilândia, São Gonçalo-RJ; especializado em Clínica Psicológica na Depressão, Suicidologia, Doenças Neurológicas, Neuronutrição, Capacitação para Médicos e Profissionais de Saúde na Doença de Alzheimer, Comportamentos Demenciais e Técnico em Capelania.
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que acomete pessoas com mais idade. Funções cerebrais como memória, linguagem, função motora, problemas de reconhecimento, função cognitiva e alteração de personalidade são comprometidas de forma lentamente progressiva, levando o paciente a uma dependência para executar suas atividades de vida diária. O que confunde e faz com que as pessoas achem que toda demência é Alzheimer é a alta incidência da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde ( OMS), o Alzheimer representa cerca de 60% a 70% dos casos de
transtorno neurocognitivo maior e 35,6 milhões de pessoas no mundo têm a doença, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), com estimativa para 115,4 milhões de pacientes até 2050.
como: resistência insulínica (há indícios em estudos da diabetes tipo 3, em relação ao Alzheimer), exposição a toxinas, doenças cardiovasculares, ferimentos na cabeça em esportes intensos e deficiências nutricionais.
Principais sinais de Alzheimer Perda de memória, especialmente de acontecimentos mais recentes; Dificuldade em executar tarefas do cotidiano, como usar o telefone ou cozinhar; Desorientação, não identificando a data, o local onde se encontra; Problemas de linguagem, como esquecimento de palavras simples associado à dificuldade de compreensão da fala e da escrita; Repetir conversas ou tarefas, devido ao esquecimento constante; A doença de Alzheimer pode se desenvolver até 20 anos antes dos primeiros sintomas, por isso, é necessário exames laboratoriais de forma periódica, buscando uma qualidade de vida otimizada, eliminando fatores de risco
O que fazer quando os seus pais recebem o diagnóstico de Alzheimer? É claro que é um tempo muito difícil para toda família e para quem foi diagnosticado com a doença, por isso, a necessidade de unidade em amor. É importante a família se empenhar em conhecer mais sobre o assunto e buscar sempre novos meios de tratamento na busca de uma melhor qualidade de vida. Minha mãe tem Alzheimer Não foi fácil receber o diagnóstico da doença de Alzheimer relacionado à minha mãe. Nos primeiros momentos, não sabíamos o que fazer, foi muito doloroso e a doença estava sendo implacável, avançando até que chegou o ponto, em um curto período de tempo, ao uso de vários medicamentos, fralda,
esquecimento severo, alucinações e de não conseguir mais comer sozinha e nem levantar da cama, precisando do auxílio da cuidadora em tudo. E neste processo decidi transformar a dor em uma causa. Fiz algumas especializações na busca de compreender a doença e buscar novos tratamentos. Hoje, a minha mãe consegue levantar sozinha da cama, se alimentar e apresenta uma melhora cognitiva significativa. A Palavra de Deus diz: “se elas tiverem filhos ou netos, a primeira responsabilidade deles é mostrar devoção no lar, e retribuir aos pais o cuidado recebido. Isso é algo que agrada a Deus” (I Timóteo 5.4). A demonstração de amor e cuidado precisa começar em nossa família tendo o prisma de nosso primeiro ministério, pois senão seremos dignos de lástima e, de acordo com I Timóteo 5.8, aqueles que negaram a fé. Decida honrar os seus pais, sendo crentes ou não, é um princípio divino de acordo com Êxodo 20.12. O tempo passará de forma implacável, por isso decida amar hoje. n
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observatório batista
Igreja versão 2.0 Pr. Lourenço Stelio Rega Não somente Deus e o cristão, mas a igreja também tem passado por um upgrade em sua natureza, mas, à semelhança dos efeitos de certos sistemas como o Windows para seus usuários, a versão nova é pior que a antiga e não corrige os erros anteriores. Os resultados deste upgrade eclesiástico têm trazido enormes prejuízos ao Reino de Deus, pois a Igreja que temos, hoje, se distancia em larga escala de seus objetivos bíblicos originais. Neste upgrade temos Igrejas se organizando com requintes de uma empresa, a tal ponto de chegar a propor honorários pastorais a partir de um índice de produtividade, como se lidar com vidas pudesse ser quantificado e mensurado. A comunhão é substituída pela produção; a Igreja, como corpo vivo de Cristo, se transformou em mailing list e lista de seguidores; o mundo perdido em clientela ou mercado, a conversão em adesão, as bênçãos em produtos simbólicos ou bens religiosos, a fidelidade a Deus em satisfação ou bem-estar pessoal, os pastores em empreendedores, a celebração e o culto em show e performance. A Igreja versão 2.0 enfoca sistemas de organização em vez de enfocar a comunidade, enfoca uma filosofia fabril com performance na produtividade no lugar de investimento em vidas e no processo de crescimento pessoal. Focaliza o disponível no caixa da Igreja e as obras
materiais que podem ser realizadas, em vez de investir em vidas, em vocações. Na Igreja 2.0, discípulos foram substituídos por seguidores e seus líderes estão preocupados em anunciar a todo tempo o quanto já conseguiram alcançar. Os resultados começam a se concretizar, pois pessoas são trocadas por programas, relacionamentos por tarefas que precisam ser cumpridas, o encorajamento e o provisionamento de vidas é substituído pela produtividade, para que os propósitos sejam alcançados custe o que custar em vez de focalizar em desenvolvimento de vidas transformadas e transformadoras. Os relatórios focam o quantificável, repletos de números, estatística, atividades, em vez de mostrar também como estão sendo nutridas as vidas. As vidas como modelo e promotoras da publicidade são substituídas pela promoção e marketing. A amizade e convivência, que deveriam gerar avenidas de comunicação, são trocadas por índices de produtividade. Assim o gerente/pastor tem de tratar as pessoas como objetos, como contribuintes, consumidores da fé, como mão de obra útil, meios para atingir fins, deve ficar preocupado com o funcionamento de estruturas, programas e sistemas em vez de buscar o encorajamento do rebanho. O pastoreio, que originalmente é um ministério orientado para vidas, tem agora de ser orientado para o management. O pastor, que deveria conhecer as pessoas pelo nome, buscando o seu
crescimento, deve agora tratá-las como bens de produção focalizando programas que precisam ser cumpridos custe o que custar doa a quem doer, afinal o “show” necessita continuar. Assim, a Igreja 2.0 foi transformada em atividade e isso se tornou um fim em si mesmo e é guiada por modelos empresariais, construídos sobre fundamentos psicológicos e sociológicos, em vez de ser guiada, em sua essência, por um modelo bíblico a partir de Cristo como o Bom Pastor. É a igreja apenas organização, sem muito toque de organismo. Imagino que algum leitor possa pensar que estou criticando o aspecto organizacional, tão necessário da vida da Igreja. Não é bem isso, é que, quando os meios tomam lugar dos fins estamos invertendo o processo. É como se um carro fosse mais importante que o destino de uma viagem. Claro, sem carro ou outro veículo não poderíamos chegar ao destino. Aqui, o meio tem de voltar a ser meio, para que alcancemos, com eficiência, eficácia e efetividade, a missão que nos foi confiada. Para isso necessitamos de recursos e gerenciálos, sejam materiais, sejam humanos. Aqui entra a organização, a liderança, a performance, mas em busca de um fim à luz do que nos ensina o Novo Testamento para o que deva ser o Cristianismo e Igreja. Essa é a Igreja 1.0, original. Nessa visão, por exemplo, recursos humanos, passam a ser humanos com recursos; qualidade total passa a ser total da qua-
lidade, que considera a vida humana de forma integral e não apenas produtiva. Dá para entender a diferença? A Igreja 2.0, sendo fundeada em estrutura, programas, organização e eventos, se transformou em ponto de encontro de final de semana em que os cultos, no lugar de contrição e adoração, passam a ser entretenimento, agitação, uma espécie de “aeróbica gospel”. Domingo, o dia de celebração e de descanso se transforma em dia de cansaço. Durante a semana cada um vai cuidar de sua vida como bem quiser, já que não é necessário ser modelo de vida pois o discipulado deixou de ser prioridade. Além de ser pragmática, a Igreja 2.0 ficou centrada no templo, no domingo, no púlpito e no comando clerical. Com a pandemia, muito disso se fragilizou, pois como manter essa vivência longe do presencial? Houve necessidade de se adaptar, lembrando que tecnologia não substitui Bíblia, discipulado nem adoração. Quem conseguiu partir da essência neotestamentária de Igreja poderá, hoje, estar recebendo dividendos em crescimento, fortalecimento dos crentes. Assim, não precisamos reinventar a Igreja, apenas entender que é necessário atualizar os métodos, o funcionamento, as estratégias etc., não a essência do que o Novo Testamento já nos ensina do que seja a própria Igreja. n