ANO CXX EDIÇÃO 48 DOMINGO, 28.11.2021
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
Conselho Geral da CBB
10 e 11 de novembro de 2021 Reunião foi a última antes da 101a Assembleia da CBB, em janeiro de 2022, na cidade de Vitória (ES)
QUARTO DOMINGO DE NOVEMBRO - DIA DO MINISTRO DE MÚSICA BATISTA
Coluna Bilhete de Sorocaba
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Qualidades do diácono
Bíblias para os povos
Rumo ao centenário
Pr. Júlio Sanches destaca sugestões sobre as qualidades dos diáconos
JMM fala da ênfase do projeto em 2021; saiba mais!
União Feminina de Alagoas inicia comemorações para o centenário em 2022
150 anos dos Batistas no Brasil
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Assembleia legislativa de MG homenageia o trabalho Batista no Brasil pág. 13
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 28/11/21
EDITORIAL
As últimas de novembro Estamos prestes a iniciar o último mês do ano de 2021. Novembro, sem dúvidas, foi repleto de celebrações e novidades para os Batistas brasileiros. Uma delas foi a abertura de novas vagas para a nossa 101a Assembleia, que vai acontecer de 13 a 16 de janeiro de 2022, em Vitória, capital do Espírito Santo; mais precisamente no Centro de Celebrações da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi. A procura pelas inscrições foi grande, tendo em vista
que nosso último encontro presencial foi em 2020, em Goiânia, na realização da histórica 100a Assembleia da CBB. Nesta edição destacamos a reunião do nosso Conselho Geral, ainda online, realizada nos dias 10 e 11 de novembro. Esta foi a última antes da 101a Assembleia. Separamos a página 9 para contar os destaques deste tempo de comunhão, apresentação de relatórios e decisões. Temos também a Coluna Bilhete de Sorocaba, com o pastor Julio Sanches
(página 3), Arte e Cultura, com Roberto Maranhão (página 10) Fé para hoje, com o pastor Oswaldo Luiz Gomes Jacob (página 14) e Observatório Batista, escrita pelo pastor Lourenço Stelio Rega (página 15). As Notícias do Brasil Batista vêm da Paraíba, Bahia, Minas Gerais, Alagoas e Brasília, além das informações das nossas juntas missionárias. É tempo de agradecer a Deus também pela vida e ministérios dos nossos
músicos. No quarto domingo celebramos o Dia do Ministro de Música Batista. Irmãos e irmãs que tem a linda missão de atuar no ministério musical de nossas Igrejas. Boa leitura de OJB e que Deus te abençoe! n Estevão Júlio
jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira
( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00
O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida
REFLEXÃO
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BILHETE DE SOROCABA
Qualidades do diácono Pr. Julio Sanches As qualidades sugeridas pelos apóstolos à Igreja, na escolha daqueles que deveriam auxiliá-la a prover no seio da comunidade cristã a paz e o amor, não mudaram com o passar do tempo. São verdades e valores que o tempo não pode substituir. Tal qual os dez mandamentos não podem sofrer alterações. O que Deus escreveu nas primeiras tábuas, que Moisés quebrou, Deus repetiu nas segundas e prevalecem até as atuais. O que os apóstolos orientaram a Igreja e a liderança naquela época prevalecem como conteúdo válido para os dias atuais. A finalidade do grupo a ser escolhido era promover ou restaurar a paz no seio da Congregação. Uma Igreja sem a paz de Cristo a envolvê-la,
não consegue cumprir o mandado do Senhor. Igreja é lugar de Paz, que transmite a paz do Senhor da paz. A função primeira dos sete era promover a paz no seio da comunidade que se rebelava com coisas fúteis. Não era separar as cestas básicas ou visitar as viúvas mais rixentas. Ao oferecer as qualidades que os escolhidos deveriam ter, os apóstolos deixam bem claro que o problema central não se tratava de alimentos, mas de espiritualidade, portanto, homens espirituais deveriam tratar do assunto. Os discípulos continuariam a pregar a Palavra, como suporte essencial a levar a comunidade a retornar a Cristo como exemplo. Em muitas Igrejas, os problemas são gerados pela fragilidade do púlpito. Quando o púlpito retorna às palavras de Deus, muitos problemas
são solucionados ou deixam de existir. Não era o caso na Igreja primitiva. As qualidades sugeridas pelos apóstolos à Igreja indicam-nos homens especiais; de boa reputação. A Timóteo, Paulo acrescenta que tenham bom testemunho dos que não são da Igreja. Tenham nomes limpos na praça. Não sejam mentirosos. Marido de uma só mulher. Não divorciados. Filhos bem educados. O que se aplica ao pastor, se aplica ao diácono. Não se admite um diácono divorciado. Como também não se admite um pastor divorciado a ensinar e dirigir a Igreja de Cristo. Ao diácono, também se aplica o mesmo princípio. As Igrejas seriam bem melhores, se colocassem em prática pequenas e esquecidas recomendações bíblicas. Mas, na maioria dos casos,
as divergências têm suas origens na ausência de Bíblia e da ausência da ação do Espirito Santo. Ser diácono, hoje, é bem mais fácil. Há uma gama de ensinamentos à disposição dos diáconos. Quando se é pastoreado de modo sério, por um pastor que conhece o rebanho, cada ovelha sabe seu nome, onde mora os percalços que enfrenta. As lutas internas do rebanho, os lobos que estão sempre a espreita; em cada rebanho há lobos diferentes, que atuam e conhecem as ovelhas mais fracas do rebanho. Um corpo diaconal com os objetivos do pastor funciona de modo a proteger o rebanho, a Igreja e o pastor, desde que haja entre ambos fidelidade doutrinária, amizade sincera e compromisso com a ação do Espírito Santo. n
tocante a isto, como Jesus nos ensina (Mateus 7.9-12). Se eu, nas minhas limitações, me alegro profundamente diante do amor e da comunhão que há entre os meus pequenos, podemos então concluir que a alegria do Senhor é infinitamente maior ao ver que há amor e comunhão entre os Seus filhos! A nossa unidade agrada e alegra a Deus. O Senhor Jesus, em Sua mais profunda oração, clama por nossa unidade (João 17.21). Ele sabia que teríamos dificuldades em nos relacionar. Ele conhece o coração humano. Assim, Ele clama a Deus, para que aqueles que professam o Seu nome, se esforcem
para deixar as diferenças de lado e verdadeiramente se amem. Jesus está nos ensinando que só conseguimos agradar a Deus se nosso coração estiver em paz com os irmãos. Precisamos não apenas compreender isto, mas lutar para colocar em prática esse ensinamento e desejo do Salvador. Toda mágoa, intriga, inveja, fofoca e falta de perdão devem ser lançados fora de nossos relacionamentos e de nossas Igrejas. Nada disso vem de Deus. Nada disso alegra a Deus. Nosso Pai celestial por nós é adorado e proclamado quando o nosso irmão por nós é perdoado e amado. n
O amor entre os filhos alegra o coração do Pai Edson Landi
pastor, colaborador de OJB
“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!” (Sl 133.1) Deus concedeu a mim e à Dayana a graça em sermos pais de dois lindos meninos, o Lucas e o Samuel. Apesar da diferença de cinco anos entre os dois, ambos se dão muito bem e amam brincar juntos. Creio que o fato deles terem ficado tanto tempo em casa, por conta das restrições impostas pela pandemia, ajudou bastante no
desenvolvimento de uma boa relação fraterna. Confesso que, como pai, umas das minhas grandes alegrias é chegar em casa e ver os dois juntos, brincando. Muito me alegra também quando vejo o cuidado de um para com o outro. O Lucas se preocupa com o irmão mais novo e ora por ele todos os dias. E o Samuel, com seus dois anos e oito meses, chora quando o irmão vai pra escola. Uma linda relação. Mesmo pecadores e falhos, todos nós somos capazes em sermos bons pais e almejarmos boas coisas aos nossos filhos. O Pai celestial está acima da nossa bondade e capacidade no
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REFLEXÃO
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Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
A Carreta do Sertão A harpa de Davi, Teremar Lacerda missionária
Ela vai passando, passando Por cidades e cidadezinhas, Para levar vida física e espiritual Aos povos do sertão! Sonho nascido no coração de um médico, Que sentiu a dor do sertanejo Por necessidades básicas, De saúde dental e médica, Do povo sofrido, esquecido Pelos sertões nordestinos, Sem alguém que lhes estenda a mão. Bendito médico, bendita visão, Benditos missionários, Profissionais liberais, voluntários Que se doam, para saúde levar Aos povos do sertão! Seguindo o exemplo de Cristo, De mitigar a dor física,
Levar saúde à alma E um pouco de dignidade, Ao sertanejo que chora De barriga vazia, Sem perspectivas, Sem visionar novo dia Até a carreta chegar, Para sua dor mitigar A Palavra escutar, E sua alma salvar. Bendita carreta do sertão… Vá correndo, vá ligeiro Para a saúde levar E a Palavra ensinar. Pois o sertanejo espera Ter sua dor curada, Ouvir do Cristo que dá esperança, E ter paz no coração! Inspirada na entrevista da missionaria de Missões Nacionais, Lizete Perruci, sobre “A carreta do sertão”. n
o poder de Deus “E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele” (I Sm 16.23). Qual foi a enfermidade que adoecia o rei Saul? O livro de I Samuel (capítulo 16, do verso 14 ao 23) faz o seguinte relato, usando obviamente a terminologia daqueles tempos bíblicos: “O Espírito do Senhor saiu de Saul e um espírito mau, mandado por Deus, começou a atormentá-lo. Então, os empregados de Saul lhe disseram: sabemos que um espírito mau, mandado por Deus, está atormentando o senhor. Mande, e nós iremos procurar
um homem que saiba tocar lira. Assim, quando o espírito mau vier sobre o senhor, o homem tocará a harpa e o senhor ficará bom”. Como seria de esperar, os escritores bíblicos usavam os termos de sua própria cultura, para explicar o comportamento enfermo, que hoje descrevemos usando o termo amplo “doença mental”. De igual maneira, o termo tiamina não existia, uma vez que vitamina é uma expressão moderna da medicina. O que importa, em todo esse relato, é a declaração bíblica que afirma ser o Senhor a origem da saúde e do bem. Os cientistas “descobrem” curas, mas é o poder divino que inspira os cientistas (Atos 3.16).
E se você morrer hoje? Wanderson Miranda de Almeida colaborador de OJB
O dia 05 de novembro de 2021 ficará marcado na história e no coração de muita gente. Esse foi o dia da morte de Marília Mendonça, cantora sertaneja de 26 anos e que vinha fazendo um enorme sucesso. Marília Mendonça foi a cantora que marcou a reviravolta da música sertaneja, trazendo o protagonismo para as mulheres num estilo que era dominado por homens. Podemos dividir a música sertaneja em dois momentos: antes de Marília Mendonça e depois de Marília Mendonça. Mas como explicar a morte “prematura” dessa cantora? Nem sei se
foi prematura, afinal, quem pode dizer isso? Estaríamos falando na visão dos homens, mas não é o homem quem controla isso. Sendo assim, não podemos explicar. Uma coisa é certa: a morte chega para todos. Ela não vem baseada no sexo, na idade, na fama, no sucesso, na religião… ela apenas vem. E quando ela chegar, você estará preparado? Vejo muitas pessoas viverem como se nunca fossem morrer, melhor dizendo, como se nunca fossem prestar contas a Deus. Essas pessoas são cegas, mortas espiritualmente, estão afundadas na sua ignorância e acreditam que devem “aproveitar” tudo que puderem neste mundo. Mas é assim?
A Bíblia fala de um homem que tinha muitos bens. Em determinado momento, suas terras produziram muito, e o que ele fez? Ele pensou, pensou e disse que construiria celeiros maiores para guardar mais e mais. Além disso, ele se mostrava muito tranquilo, já que só pensava nos suprimentos para sua existência: “E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga” (Lc 12.19). Mas alguém poderia dizer: “Há algum problema nisso?”. Não, não há problema em ser rico, não há problema em ter reservas para o futuro… o problema é que aquele homem só pensou na questão material. Em nenhum
momento, o texto diz que ele cuidou da sua vida espiritual, esse foi o problema. E agora, o que ele poderia fazer? “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12.20). Marília Mendonça morreu. Eu não sei a situação espiritual dela, não sei se ela era serva de Jesus ou não, mas uma coisa eu sei: da mesma forma que ela morreu de repente, sem que ninguém esperasse, sem que a morte avisasse, você também não será avisado. A morte virá, chegará e “o que tens preparado, para quem será?”. Você pode viver como quiser, pode se planejar, pode guardar suas reservas, mas, e se morrer hoje? n
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Poder da música Rubin Slobodticov
pastor, colaborador de OJB
O Dia do músico é 22 de novembro. Esse dia deve ser bem protegido em razão dos benefícios que essa arte produz. O músico ou musicista não só entende tudo de partitura, como compõe, toca, canta e rege ou a ensina. Músico ou musicista é substantivo comum de dois gêneros. Assim, qualquer uma das formas usadas pode se referir a pessoas que tem a música como profissão ou a exerce como instrumentista, vocalista ou compositor no sentido mais amplo, inclusive como regente. A arte de lidar com a música serve de terapia ou de carreira profissional. A música exerce poder fenomenal sobre o modo de ver as pessoas como para exercer criatividade, agilizar a personalidade, atividades motoras dentre algumas das influências. Um ditado popular afirma que “a música amansa as feras”. Significa, pois, que ela exerce poder sobre as pessoas. Uma experiência sutil, um jovem relata: “houve tempo em que ao ouvir a música “o silêncio”, tocada por um trompetista, no serviço de alto falantes da pequenina cidade, anunciava a morte de um de seus moradores”. Isso, por si só, evidencia o poder que a música exerce no cérebro não só de humanos como de irracionais, como o som do berrante do tropeiro atrai a boiada. A música adentra o sistema límbico cerebral, segundo ensinam especialistas, e agitam as emoções, capaz de produzir endorfina, chamada também de “hormônio do prazer”, substância química absorvida por neurônios, como
ensina a ciência e por isso tem poderes inimagináveis como o de anestesiar e produzir prazeres, os mais extravagantes possíveis inclusive, influir no sistema nervoso capaz de alterar o sono e o apetite. Sobre as crianças, seus efeitos foram estudados pela International Foundation for Music Research, que concluiu que a música pode desenvolver a capacidade motora bem como as habilidades auditivas. O poder da música sobre o cérebro é inquestionável. Sua influência na chamada “inteligência espacial” é determinante para a orientação do indivíduo no seu cotidiano. Tal é o seu poder ao menor sonar de uma nota ou de acordes. As Escrituras Sagradas registram que, em dado momento, o Rei Saul mandou informar a Jessé, pai de Davi, um fato inusitado: “Deixa estar a Davi perante mim, pois achou graça em meus olhos. E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele” (I Sm 16.22-23). O poder da música é perceptível e comunicativo. Um dos instrumentos mais antigos, ainda é atual em algumas culturas: o shofar. Ele é feito por um chifre e emite apenas um tom modulado por seu instrumentista. O shofar quando tocado faz a pessoa sair da letargia e a convida para se envolver com atividades importantes da própria alma. Para Moisés Maimônides, médico, filósofo e teólogo judeu (1138 - 1204 a.C.) a mensagem do shofar é: “Esta
é a bênção: “Bendito és Tu, ó Senhor, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou ouvir a voz do shofar”. Começamos a bênção na segunda pessoa 0 como se estivéssemos diretamente perante Deus - mas a terminamos na terceira pessoa - pois Deus é Onipresente e Invisível, Santo e além da compreensão. Todas as bênçãos apresentam esta mesma estrutura” (www.filosofia.com.br/historia_show. php?id=49). É importante dizer que esse médico judeu formulou 13 princípios da fé hebraica onde se destacam a existência do Deus único, espiritual, incorpóreo e eterno, e formular outros, como o Deus que merece adoração reservada, que se revelou por seus profetas sendo Moisés o primeiro, o Deus que merece adoração dos que o reconhecem, o que recompensa o bem e pune o mal, profetiza a vinda do Messias, e o derradeiro princípio repousa no fato de que haverá ressurreição dos mortos. Então, se ressalta a importância do toque do shofar, onde seu som fazia o povo judeu lembrar diuturnamente dos valores fundamentais de sua fé, pelos sons característicos: o contínuo, como um longo suspiro; três sons interrompidos, como soluços, e, os nove sons “curtíssimos” como suspiros entrecortados em pranto (ibid.) A música tem poder terapêutico, capaz de curar a alma em descontrole, stress. Agora, surge a harpa, instrumento nacional dos hebreus, idealizado por Jubal (Gênesis 4.21). Esse instrumento sugere a lira utilizada não só para devoções, como também a lira era usada
para o passatempo. O que se observa é que o uso do instrumento de cordas servia para aplacar influências nocivas, malignas que perturbavam a alma das pessoas. Esse foi o caso registrado que afetou o Rei Saul: “No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa; e Davi, como nos outros dias, dedilhava a harpa; Saul, porém, trazia na mão uma lança” (I Sm 18.10). Fato análogo ocorrera quando de vitória surpreendente que fez Moisés compor e cantar e Miriam conduzir o povo a sair de casa e cantar a vitória da obediência em marchar adiante (Êxodo 15. 20-21). O poder de música eterniza o cumprimento da Palavra profética. Jesus vivenciou esse momento pelo louvor, quando após cear com seu apóstolo “tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras. E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão. Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia” (Marcos 14.26-28; Mateus 26.26-30). A tradição judaica indica que hinos eram cantados nas grandes festividades. Então, após celebrarem a Páscoa, Jesus e os Seus apóstolos cantaram um hino e se retiraram; provavelmente entoaram os encontrados entre os Salmos 113 a 117, conhecidos como “salmos de Hallel”, isto é, “de Louvor” (“in” Wikipédia, a enciclopédia livre). É preciso pois, exercitar o poder da música, do louvor cantado ou com instrumentos destinados para a glória do Senhor. n
Até os confins da tua rua Roberto Celestino
diácono da Primeira Igreja Batista em Taquaritinga do Norte - PE
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8). O Espírito Santo nos capacitou para testemunhar de Jesus até os confins da terra. Mas, quantos de nós já teste-
munhamos até o final de nossa rua? Participamos de congressos de evangelismo, fazemos cursos de missões, lemos muitos livros sobre o tema, não que isso seja mal, claro, mas a pergunta que fica na prática é: em quantas casas da minha rua eu tenho aplicado o que aprendi? Estudamos sobre estatísticas de cristãos e não cristãos no mundo, mapeamos os lugares não evangelizados para desenvolver estratégias de evangelismo, ótimo. Mas, e na minha rua,
onde eu passo indo e voltando todos os dias, quantas famílias conhecem o Evangelho de Jesus Cristo? Muitas vezes planejamos dar um passo muito maior que a capacidade de nossas pernas, estamos falando nos confins da terra tentando pular a nossa vizinhança. Amo, admiro e apoio o trabalho missionário pelo mundo. Deus separou, preparou e enviou esses missionários para testemunharem até os confins da terra, mas me separou pra que eu teste-
munhasse até os confins da minha rua. Se eu não cumpro essa missão, não posso criticar o meu vizinho que decidiu ser Testemunha de Jeová ou adepto de outra seita qualquer, se eu nunca me dispus a testemunhar de Cristo com ele. Então, precisamos sair na nossa rua, desde o vizinho dos lados até os confins da rua, testemunhando que Jesus Cristo é a única esperança. Foi para isso que o Espírito Santo nos capacitou com o Seu poder. n
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REFLEXÃO
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Ensinar a pregar ou a servir? A esquecida Diaconia Sérgio Dusilek
pastor da Igreja Batista Marapendi - RJ; presidente da Convenção Batista Carioca
A retórica, disciplina cultivada na Grécia Antiga, tinha grande valor. Não só pelo prazer que o ser humano sempre teve em ouvir bons oradores, mas, sobretudo, no caso grego, porque ela era instrumento de elaboração, de aproximação da verdade. A ideia era que na dialética, na troca de opiniões promovida pelos oradores, a verdade maior, aquela que estaria além das percepções individuais, poderia ser alcançada. A retórica era também o caminho de encontro de soluções para a polis grega. Da sua prática derivava o melhor caminho a ser adotado para a sociedade. Seu uso, segundo Paul Ricoeur, caiu em desuso porque ela se tornou um ornamento do discurso. Ao perder seu propósito instrumental de busca ou burilação da verdade, a retórica foi esvaziada de sua substância se tornando uma experiência e uma experimentação estética no discurso. Justamente aqui reside parte do problema do protestantismo brasileiro. Um grande valor é dado à retórica, nas homilias. O reverendo Daniel Guanaes lembra a pontuação de Forsyth: o pregador de hoje tem (ou deveria ter) seu referencial no profetismo de ontem (Velho Testamento), e não necessariamente nos oradores gregos… O resultado disso? 1) Igrejas que se movem pela estética, e que por vezes passam pregadores de excelente oratória, e que coam sua péssima conduta de vida. Não querido, não falo de uma dificuldade na vida, e sim de vidas que são a própria dificuldade… Ao escolher somente pela homilia, não raras são as Igrejas que passam a sofrer, ao descobrir o caráter (ou melhor, a falta dele) do empossado e agora não mais celebrado pastor. 2) O foco passa a ser a pregação. É fato que a Igreja tem que pregar… mas o que valida, autentica a pregação? A vida do pregador? Certamente! A iluminação e direção do Espírito? Com certeza! No entanto, a validação maior é o serviço da Igreja. Jesus nos constituiu, na relação com Ele, como amigos; porém, na relação com mundo, como servos. É nossa diaconia como Igreja que dá autencidade a nossa pregação, e não o contrário. Olhe para o modelo de Jesus; olhe para a Igreja Primitiva: modelos de serviço às pessoas, ao mundo. A Palavra de Deus testemunha a existência dos “apóstolos-diáconos”, pois também praticavam a diaconia e
os “diáconos-apóstolos”, que, por sua vez, eram exímios pregadores. Grosso modo, temos um par para cada tipo em Atos dos Apóstolos: Pedro e Paulo, pelos apóstolos-diáconos; Estevão e Filipe, pelos diáconos-apóstolos. Sim, meus queridos, os diáconos retratados ali eram bons de pregação, de oratória, de retórica. Quando vamos resgatar tudo isso, quero dizer, essa conjugação? 3) Saliento que a Igreja caminha na direção errada toda vez que se volta para realizar clínicas de pregação expositiva, bem como de métodos de crescimento de Igreja, pois tais propostas retroalimentam o fundamentalismo e os impérios eclesiásticos (respectivamente), quando a direção deveria ser como podemos servir melhor as pessoas de nossa cidade, de nossa localidade. É necessário lembrar aqui que a lógica do Reino é a estrutura servindo as pessoas e não as pessoas sendo usadas para manter a estrutura. Ou seja: numa Igreja, ou mesmo numa organização religiosa, o correto seria a administração (estrutura) servir aos ministérios, e não os ministérios estarem a serviço da administração. A implicação é menos robotização e mais construção. Menos fórmulas e mais escuta, mesmo porque diferentes
soluções não se aplicam inadvertidamente em diferentes contextos. Particularmente considero um desrespeito à Criação divina promover encontros para que haja uma “repetição sistemática”. Ora, a diversidade, não a uniformidade, é o grande grito presente na Criação que anuncia a preferência de Deus. Como é lindo ver e ouvir diferentes experiências com o mesmo Cristo! Prezar pelo outro, saber que a resposta para um problema não está restrita ao clero, mas pode ser dada pelo mais humilde irmão, é um anúncio da riqueza dessa fé que não pode ser represada por alguns. A direção, então, é a diaconia, o serviço. O pregador mais influente desde meados do século passado é o pastor estadunidense Martin Luther King Jr. Ele era dotado de grande carisma e oratória; no entanto, o que validou sua pregação foi o serviço, sua DIACONIA ao seu povo, buscando fazer valer a justiça divina. Seu padrão de igualdade racial não era fruto de uma ideologia. Pelo contrário! As desigualdades é que são sustentadas pelas diferentes ideologias. Elas precisam existir para nos convencer que o errado está certo, ou mesmo que o errado é aceitável. Em oposição a isso e abraçado ao Reino de Deus, de onde Martin Luther King Jr.
herdou seu padrão de igualdade, lembrou a uma sulista americana que temos um Pai que nos fez a todos como irmãos e irmãs e que preconceito, seja ele qual for, contra nosso semelhante, seja ele quem for, é pecado. Concluo reforçando que antes de qualquer curso de atualização homilética, e longe de qualquer tentativa de doutrinação fundamentalista, a Igreja deveria se voltar para o desenvolvimento de estratégias que englobem alguma forma de servir a comunidade. Penso que qualquer grupo social, ao passar a entender que uma comunidade de fé interpreta os problemas latentes daquela localidade à luz da Bíblia, se volta para ouvir o que ela tem a dizer. Há uma circularidade virtuosa aqui, que faz com que a Igreja, que já possui relevância por conta da mensagem de salvação que porta, ganhe importância social. A mesma diaconia que abre as portas para ouvirmos a comunidade é também aquela que abre os ouvidos da comunidade para ouvir o que a Igreja tem a dizer, seja com ou sem a melhor retórica. Que voltemos para a diaconia cristã, que traduz a missão da Igreja de servir o mundo e, ao fazê-lo, pregar a esperança e salvação que há em Jesus Cristo. n
EDITAL DE CONVOCAÇÃO O presidente da ADBB no uso de suas atribuições, de acordo com o artigo 23º, inciso VII do estatuto da associação, vem através deste edital, convocar todos os associados, para reunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária no templo da Primeira Igreja Batista em Laranjeiras - Rua Santos Dumont, 486 Parque Residencial Laranjeiras, Serra – ES, no dia 11 de janeiro de 2022, às 14h00, em primeira convocação e em segunda convocação, decorridos trinta minutos da primeira convocação, para tratar da seguinte pauta: 1. Reforma do estatuto 2. Reforma do regimento interno
Rio de Janeiro, 16 de novembro 2021 DC. FABIO RICARDO MOTTA DE LA PLATA PRESIDENTE DA ADBB CPF 381.701.241-15
MISSÕES NACIONAIS
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Obra missionária: responsabilidade e privilégio da Igreja
Thatiana Cordeiro
Redação de Missões Nacionais
A Primeira Igreja Batista em Timbaúba, no interior de Pernambuco, tem sentido a alegria de compartilhar a Palavra de Deus. Irmãos e irmãs assumiram o compromisso de viver o tema da Campanha 2021 e anunciaram a todos quantos puderam que Jesus Cristo é a
única esperança. A Igreja se uniu e realizou evangelismos em algumas regiões da cidade. Foram distribuídas garrafinhas de água, acompanhadas da mensagem de que Jesus Cristo é a água da vida e de que quem decidir caminhar com Ele jamais terá sede. Além disso, muitas pessoas receberam um exemplar do evangelho de João e puderam também ouvir uma
palavra de amor e de esperança. As atividades não pararam por aí. A Igreja de Timbaúba organizou uma carreata pelas ruas, anunciando a esperança verdadeira, e convidando as pessoas para um culto evangelístico em uma das praças da região. O nome do Senhor Jesus foi glorificado e muitos ouviram sobre a verdade que liberta. Você e sua Igreja também podem
fazer parte da obra missionária em nosso país. Não deixe para depois e não terceirize a responsabilidade e o privilégio de compartilhar o evangelho com o próximo. Enquanto Igreja, vamos continuar levando o Reino de Deus, até que Cristo venha. Faça como a PIB em Timbaúba e participe você também do que Deus tem feito em nossa nação. n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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Primeira Igreja Batista do Cristo Redentor, em João Pessoa - PB, celebra seus 25 anos de história Membros fundadores e convidados de honra foram homenageados. Sophia Botelho
redatora do Ministério de Mídia da Primeira Igreja Batista do Cristo Redentor - PB
“A Ele seja glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo sempre. Amém!” (Ef 3.21). No dia 18 de outubro de 2021, a Primeira Igreja Batista do Cristo Redentor, em João Pessoa-PB, completou seus 25 anos de emancipação, que foram marcados por uma história escrita pelo próprio Deus, repleta de homens e mulheres dispostos a servir em prol do Reino, e, acima de tudo, resplandecer o nome de Cristo. A data foi comemorada nos dias 16 a 18 de outubro, tendo como encerramento uma Assembleia solene, quando membros fundadores e convidados de honra foram honrados e homenageados com a entrega de placas. A história tem início em 1991, quando a Primeira Igreja Batista de João Pessoa-PB utilizou o método do livro “Evangelismo Pioneiro”, escrito pelo pastor e missionário Thomas Wade Akins, para implantar novas Igrejas da Junta de Missões Nacionais, tudo isso com o auxílio do pastor Michael Keith Stone, que foi responsável por dar início aos estudos de pequenos grupos com
Abertura da Assembleia Solene em comemoração aos 25 anos da PIB do Cristo Redentor - PB
Culto de celebração
cinco famílias. Logo após o começo dos cultos, uma casa localizada no bairro do Cristo Redentor foi alugada para ser uma sede de encontros da pequena congregação que começava a ser formada com a liderança do seminarista Dário Magalhães. Já no ano seguinte, em 1993, o pastor Estevam Fernandes, da PIB de João Pessoa, foi autorizado a comprar o terreno da Igreja e no mesmo ano houve o lançamento da pedra fundamental. Dois anos após esse ato, o terreno foi comprado e a capela de madeira construída, e um ano depois, em 1996, um Concílio Examinatório foi formado para que a congregação fosse emancipada, tornando-se então, a Primeira Igreja Batista do Cristo Redentor dirigida pelo pastor Dário Magalhães,
sendo o primeiro pastor de toda a sua história. E ao longo de todos esses anos, a Igreja sempre buscou servir ao Senhor e seguir os Seus mandamentos baseados na Palavra, tendo principalmente seu foco voltado para missões, em que vários irmãos já foram enviados com esse propósito, a exemplo de projetos missionários e evangelísticos como o Projeto Tenda da Esperança, da JMN, viagens missionárias em parceria com a JOCUM, a implantação do Programa de Ensino dos Princípios do Evangelho - PEPE e tantos outros feitos que foram e são apoiados, mostram apenas o reflexo da graça e do amor de Deus que é derramado na vida de membros e congregados que participam de forma dire-
ta e indireta, mas que da mesma forma são alcançados pelo ide. Ide aquele que há mais de 2 mil anos foi proferido e ordenado pelo Senhor Jesus Cristo, levantando homens e mulheres corajosos que enfrentaram adversidades para que a palavra estivesse ao nosso alcance, e assim, pudéssemos partilhar do amor e do perdão de Deus. Ademais, em 2016, a PIB do Cristo comemorou seus 20 anos de história, contando inclusive com a presença do pastor Keith Stone e de sua esposa, Sandra Stone que atualmente são líderes da Lynn Lane Baptista Church em Oklahoma (EUA). E no ano seguinte, o atual pastor presidente Sebastião Laurindo, participou do Congresso Multiplique em Águas de Lindóia-SP e trouxe a visão de Igreja Multiplicadora para a Igreja local. Entretanto, com o início da pandemia causada pela COVID-19, a PIB do Cristo precisou se readaptar, buscando então, novos meios de continuar divulgando a mensagem do Evangelho. Voltar-se para o meio virtual, através de transmissões ao vivo pelo Instagram e o canal no YouTube foi uma das formas mais eficazes de conectar irmãos em Cristo não só da Igreja local, mas do Brasil e do mundo. PIB do Cristo Redentor - Somos uma Igreja que participa da sua vida. n
Igreja Batista de Ponto Novo, em Ibirataia - BA, alcança 93° aniversário Igreja na zona rual foi organizada na década de 20.
Suely Lima Araújo
vice coordenadora da MCM da Igreja Batista de Ponto Novo, em Ibirataia - BA
A Igreja Batista de Ponto Novo, em Ibirataia-BA celebrou o aniversário de 93 anos no dia 18 de setembro. O culto comemorativo teve as participações da MCM da Igreja, os irmãos Francisco e Daniel e do cantor Vando Pereira. O preletor foi o pastor Fernando Lima, pastor da Primeira Igreja Batista de Algodão-BA e secretário-executivo da Associação Batista Rionovense. Irmãos de diversas Igrejas da região estiveram presentes. Também recebemos o pastor Gildson Araújo, presidente da OPBB – Subseção Rionovense; o ex prefeito, Marcos Aurélio; o presidente da Câmara dos Vereadores, Antônio de Berenga; e o vice-prefeito, Juca Muniz. A Igreja Batista de Ponto Novo-BA é situada na zona rural, que fica a 6 km da cidade. Uma das suas seis Congregações
Pastor Edivaldo Araújo (em pé), pastor Gildson (presidente da OPBB Subseção Rionovense) e pastor Marcos Lima (secretário-executivo da ABR)
Participação do cantor Vando Pereira
é na cidade de Ibirataia. Hoje temos em seguida, cantou-se um hino do Cano pastor Edivaldo Araújo dos Santos, tor Cristão, “Bendito Cordeiro”. como presidente da Igreja. A Igreja Batista de Ponto Novo, situada na zona rural, em Ibirataia-BA, Nossa História vem ao longo desses anos proclamando o Evangelho de Cristo e levando a Foi fundada em 16 de setembro de verdade ao mundo; tem, na sua história, 1928, com a presença de 16 membros, vidas grandemente usadas por Deus na liderança do pastor Marcelino José para expansão do Seu Reino e para o de Lima. Na oportunidade foi realizada louvor de Sua glória. a leitura bíblica em Mateus 16.13-20 e, Atualmente encontra-se com seis
Congregações. São 93 anos de lutas, mas também de vitórias, pois temos a certeza que Deus é fiel para cumprir aquilo que prometeu. O fundador desta Igreja, pastor Marcelino José de Lima, foi o mesmo fundador da PIB de Rio Novo, em Ipiau-BA, e de outras Igrejas da região. Não temos palavras para agradecer a bondade do Senhor, pois, dia após dia, tens nos cercado com fidelidade. n
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Conselho Geral da CBB se reúne pela última vez antes da 101a Assembleia Reunião, mais uma vez, foi online. Estevão Júlio
jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira
Faltando exatamente dois meses para o início da chamada Semana Batista*, o Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB) esteve reunido, de maneira virtual, nos dias 10 e 11 de novembro, para mais uma reunião, a última antes da 101a Assembleia, que será realizada de 13 a 16 de janeiro de 2022, em Vitória-ES. O pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), deu as boas-vindas aos conselheiros e, em seguida, passou a palavra à ministra de Música Tânia Kammer, quarta secretária da CBB. Ela fez o momento devocional, destacando a importância de prestarmos atenção nas aflições do próximo, abriu espaço para pedidos de oração e convidou o músico Vitor Quevedo, da Primeira Igreja Batista de Araras-SP, para conduzir as canções. Mais à frente, nosso diretor executivo, pastor Sócrates Oliveira de Souza, agradeceu aos irmãos que estão encerrando o período como conselheiros, apresentou a agenda da reunião do Conselho Geral e convidou aqueles que queriam trazer informações estratégicas. Pastor Sócrates Oliveira comentou sobre a Comissão de planejamento e que a diretoria, nesse período de pandemia, atendeu diversas demandas, como palestras e pregações, principalmente online, e participações em assembleias estaduais. “Nesta fase digital, a gente se multiplicou”, completou o pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos. Seminários Pelo Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE), o pastor Benildo Veloso da Costa, diretor executivo, falou dos cursos livres ofertados, o retorno das aulas presenciais, em setembro, e apresentou a proposta orçamentária para 2022. O diácono Lyncoln Araújo, diretor-geral do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), informou que os vocacionados procuram constantemente o STBNB e que, mesmo durante a pandemia manteve uma programação intensa, incluindo cursos especiais. Destacou também um projeto de oração, parcerias com as juntas missionárias, com associações de Pernambuco e outros estados. Pastor Fernando Brandão, diretor-geral do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) destacou a
aprovação para que o curso de teologia EAD fosse ministrado, apresentou um vídeo com diversas programações do Seminário do Sul em 2021 e falou da realização da formatura presencial. Comissões Quem iniciou este período foi o pastor Lourenço Stelio Rega, relator da Comissão de Educação Cristã e, também, da Comissão para a revisão da Declaração Doutrinária da CBB, com informações sobre o andamento nas revisões da Declaração Doutrinária da CBB; o pastor Samuel Lopes, relator da Comissão de Novas Igrejas, apresentou todas as Igrejas que estavam na lista para serem integradas no rol de Igrejas filiadas; todas foram recebidas de maneira unânime. Eliane Figueiredo, relatora da Comissão Jurídica da CBB, apresentou algumas observações em atas das Assembleias anteriores. A Comissão de finanças falou das juntas, seminários e sobre a criação de um Plano de Cargos e salários. No relatório da Comissão de Educação Cristã, pastor Lourenço Rega citou os trabalhos de algumas organizações e que devemos pensar em educação cristã. Organizações Elana Ramiro, presidente da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB) apresentou o relatório da organização. Entre os destaques, a nova diretoria, eleita em março de 2021, atividades para celebrar o Dia do Educador Cristão, o crescimento de 280% no número de associados
cadastrados e adimplentes e alguns projetos como a construção de manual de orientação para Igrejas sobre a contratação do educador cristão e estudo da possibilidade de mudança de associação para Ordem Batista Brasileira de Educadores Cristãos. A Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB) não apresentou relatório, mas a vice-presidente, Alzira Bittencourt, informou que a organização tem se reunido e planejado atividades. O presidente da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET), pastor Claiton André Kunz, falou do congresso de reflexão teológica em parceria com a Junta de Missões Mundiais (JMM), que teve mais de 1200 inscritos e quase 90% das instituições representadas. Marli González, diretora executiva da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), apresentou o relatório da organização. Ela trouxe as diretrizes, atividades online em 2021, participação na conferência global de mulheres Batistas, o aumento da presença nas redes sociais, parcerias e formação de vocacionados Convenções estaduais As Convenções Estaduais também tiveram seu espaço na reunião do Conselho Geral. Representando a Convenção Batista Catarinense (CBC), o pastor Rogerio Souza Nunes, diretor executivo, informou que a Convenção passa por um processo de revitalização e restauração pois, por muitos anos, estava sucateada e equipamentos mal utilizados. Na região norte do país, Gilvan Mou-
rão, presidente da Convenção Batista Acreana (CBA) disse que também é um tempo de revitalização do trabalho da Convenção local, com a recuperação de Igrejas. Ressaltou a importância da CBA para o trabalho Batista no estado e que oito municípios ainda não possuem trabalho batista, quatro destes em regiões de difícil acesso. Segundo o líder, o sonho é chegar numa estabilidade, para ser mais participante. Pastor Izaías Querindo, diretor-geral da Convenção Batista Paranaense (CBP), apresentou um vídeo sobre a construção do Centro Batista Paranaense e informou que deixará a diretoria executiva em 2022, cargo que ocupa desde 1994. Pela Convenção Batista Paraibana (CBPB), o pastor João Félix informou que a CBPB, em parceria com a OPBB local, tem ajudado pastores que tiveram dificuldades durante a pandemia. Juntas Missionárias O pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo da JMM, apresentou um vídeo com relatos de missionários em várias partes do mundo e o planejamento estratégico para 2022. No relatório da Junta de Missões Nacionais (JMN), o pastor Fernando Brandão, diretor executivo, agradeceu a Igrejas, promotores e mobilizadores. E, também, ressaltou os avanços mesmo em tempos difíceis, como a Carreta do Sertão, a Rede 3.16 e novas unidades da Cristolândia. Na ocasião, a JMN também recebeu 52 novos voluntários. A próxima reunião está prevista para acontecer em março de 2022. n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 28/11/21 ARTE & CULTURA
Missão IOCO celebra o mês das crianças O mês de outubro é só alegria para as crianças. A Missão IOCO contribuiu com celebrações nas regiões do estado de Minas Gerais. O retorno das aulas escolares em ambiente físico proporcionou a Missão IOCO exibir o projeto “Teatro Escola”. Nas redes sociais, nos apresentamos em lives e atuamos em outras regiões do Brasil. Parabenizamos a todos os educadores infantis, professores, pais, familiares e amigos, que, de alguma forma, abençoaram as crianças em diferentes locais. No dia 02 de outubro, a CBM Kids promoveu uma live especial nas redes sociais. Foi a oportunidade de levar o amor de Deus para os pequeninos. Três dias depois, a Missão IOCO visitou o Instituto Batista, na cidade mineira de Sabará. Estiveram presentes 160 crianças. Apresentamos o musical “Deus me fez”. Dias 09 e 10 foi realizado o torneio de Pickeball para celebrar o dia mundial da modalidade esportiva. Esse esporte tem elementos do badminton, tênis de mesa e tênis. Fui nomeado como capelão da Associação Brasileira de Pickleball. O pastor Estevão, da Igreja Batista Esplanada, em Governador Valadares-MG, recebeu a medalha de prata. As medalhas de bronze foram para os irmãos Jonathan, líder do projeto Cristolândia em Governador Valadares-MG, e Wesley, aluno pertencente do programa missionário da Junta de Missões Nacionais. Wesley ingressou há três anos na Cristolândia. Ele dormia na rua da minha casa. Conheci de perto sua história e, hoje, se capacita para ser mais um líder missionário. No Dia das Crianças, a carreta missionária da JMN se encontrava em Governador Valadares. Icaro, um dos integrantes da Missão IOCO, acompanhou a carreta. Icaro evangelizou e louvou ao Senhor com os amigos da Cristolândia nos cultos. Embarcamos para o município de Ipatinga. Icaro colaborou na distribuição de folhetos do evangelho de João nas ruas. A carreta missionária percorreu a cidade de Timóteo-MG. Todas os participantes da carreta missionária foram recebidos com muito prestígio. Oramos por toda a população do município e
das autoridades locais. No dia 16, nos deslocamos numa comunidade próxima a Timóteo. Estávamos na Igreja Atitude, ministrada pelo pastor Elmo. Anunciamos a Palavra de Deus para as crianças carentes. Ribeirão das Neves-MG foi outro lugar visitado pela Missão IOCO. No domingo, promovemos uma programação especial do Dia das Crianças na Terceira Igreja Batista de Belo Horizonte-MG. Durante a tarde, acompanhamos a carreta missionária no estádio do Mineirão. Foram montadas tendas para acomodar as pessoas enquanto chovia. À noite encerramos o trabalho missionário com as crianças ao desembarcarmos na Igreja Batista Boas Novas-MG. Parabenizamos a todos engajados através do esporte e cultura de promover o Reino de Deus em torno da referência bíblica em I Coríntios 12.4-6. n Para compartilhar o bom uso dos seus dons e talentos, escreva para: Pr Roberto Maranhão, marapuppet@hotnail.com WhatsApp +55 (31) 99730-5875 Arte e Cultura CBB Gerente de Arte Cultura, Esporte e Recreação da CBM. Capelão da Associação Brasileira de Pickleball.
MISSÕES MUNDIAIS
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A primeira Bíblia de um refugiado depende de você É em meio a dificuldades que a Palavra de Deus tem produzido mais frutos para o Reino, fazendo multiplicar discípulos dispostos a fazer novos discípulos. Era assim em Atos 12.24: “Entretanto, a palavra de Deus continua a crescer e a espalhar-se”. E segue até os dias atuais. É para novos irmãos em Cristo que não têm acesso à Palavra de Deus que Missões Mundiais desenvolve o programa Bíblias para os Povos, enfatizado neste período em que nos aproximamos do Dia da Bíblia, comemorado no segundo domingo de dezembro. É justamente em países onde há perseguição aos cristãos que a mensagem do Evangelho tem sido abraçada de maneira sobrenatural. Pessoas com fome da Palavra de Deus aguardam por um exemplar do Livro Sagrado que irá guiá-las no caminho da salvação. Bíblias completas, Novos Testamentos e materiais de estudo têm sido distribuídos aos nossos irmãos em Cristo em regiões mais hostis ao Cristianismo. Só no primeiro semestre de 2021, mais de 70 mil bíblias e Novos Testamentos foram produzidas e distribuídas em uma região do Oriente Médio, onde compartilhar o Evangelho pode representar a própria morte física de alguns, mas a vida eterna de muitos. No entanto, mesmo com todo o empenho de Missões Mundiais, há milhares de pessoas que não têm acesso a uma Bíblia. Estudiosos estimam que ainda haja 1 bilhão de pessoas em todo o mundo que jamais tiveram contato com a Palavra de Deus. Há casos em que uma Bíblia é compartilhada entre 10 ou 15 pessoas.
A maior necessidade Em um contexto de extrema dificuldade, num campo de refugiados no Oriente Médio, onde há escassez de praticamente tudo, um irmão em Cristo questionado por um missionário sobre a sua principal necessidade e de sua família, clamou por bíblias. Ele poderia ter pedido alimentos, roupas, dinheiro, mas pediu 10 exemplares da Palavra de Deus, pois seu grupo de estudos tinha apenas uma Bíblia para ser compartilhada com todos. As bíblias já chegaram até ele. No entanto, muitos outros aguardam o seu próprio exemplar das Escrituras. Por isso, neste ano, a campanha Bíblias Para os Povos é voltada exclusivamente para levar as Escrituras Sagradas a campos de refugiados no Oriente Médio, onde irmãos em Cristo que perderam tudo o que tinham, anseiam por este bem tão precioso: a Palavra de Deus.
todo mundo, mais da metade dos 7.359 idiomas do mundo ainda não têm qualO Senhor tem feito grandes coisas quer parte das Escrituras traduzida. Ao aonde a Sua Palavra tem chegado. E cer- todo, 1,5 bilhão de pessoas ainda não potamente coisas ainda maiores fará. Para dem ler a Bíblia completa em seu idioma. cumprir esta missão, Ele escolheu você! Participe da campanha Bíblias para Mobilize os Povos 2021 e ajude a levar o Evangelho de Cristo aos refugiados no OrienNas próximas semanas, aqui no site te Médio. Incentive sua Igreja, célula, e no Canal JMM no YouTube, acompapequeno grupo, amigos e familiares nhe histórias reais de pessoas que tivea também participarem desta missão ram seu primeiro contato com a Palavra com um valor a partir de R$ 40,00. de Deus e hoje estão fazendo a diferença Para ofertar faça um PIX para bi- em meio a suas famílias e comunidades. bliasparaospovos@doeagora.com. Envolva-se com a campanha Bíblias Você pode ainda transferir o valor que Para os Povos e leve outras pessoas escolher para uma das contas de Mis- a fazerem o mesmo. Compartilhe os sões Mundiais no site. conteúdos desta campanha com sua Se preferir, adote o programa Bíblias família, amigos e igreja! Nas redes sopara os Povos e faça parte de algo ainda ciais, use #bibliasparaospovos. maior, que inclui não só a distribuição de bíblias no Oriente Médio, mas também DOE AGORA em várias regiões do planeta. O programa “Está escrito: Nem só de pão viverá conta ainda com o trabalho de tradução da Bíblia. Pesquisas apontam que em o homem.” - Lucas 4.4 n Faça parte
Revista Missiológica disponível Compartilhamos com todos o lançamento da Revista de Reflexão Missiológica, que é uma publicação eletrônica semestral produzida pelo Núcleo de Inteligência Missionária - Gerência de Missões, da Junta de Missões Mundiais (JMM) da Convenção Batista Brasileira (CBB). A Reflexão Missiológica tem como missão ser um espaço de reflexão e diálogo que estimule a publicação de textos inéditos em língua portuguesa, fomentando pesquisas interdisciplinares relevantes à práxis missionária. O conteúdo da revista destina-se prioritariamente ao público acadêmico, a saber, professores, pesquisadores e estudantes, bem como cristãos interessados na reflexão teológico-missionária.
A revista terá três seções: • Artigos - Serão apresentados os artigos científicos aprovados pelo Conselho Editorial durante o fluxo de trabalho da revista. Esse espaço é destinado para mestres e doutores apresentarem suas pesquisas científicas; • Resenhas - Serão apresentadas as sínteses de livros escolhidos pelo Conselho Editorial, que têm por objetivo despertar a atenção do leitor para o livro em questão, situando-o quanto à importância da obra. Portanto, esta seção é um convite à leitura de livros atuais e de referência em missiologia. Esse espaço é destinado para os bacharelandos; • Vozes do Campo - Serão apresentados os relatos de experiências mis- desenvolvidas pela comunidade acaVocê poderá encontrar a edição atual sionárias, com o objetivo de colaborar e dêmica. Esse espaço é destinado aos e demais informações no site: www.pecontribuir com as pesquisas científicas missionários de campo. riodico.reflexaomissiologica.com.br n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Congresso da Juventude Batista do Planalto Central une mais de 500 jovens em Brasília - DF “Forjados para agir” foi o tema do encontro da juventude. Extraído das redes sociais da Convenção Batista do Planalto Central Foi realizado nos dias 05 e 06 de novembro, na Igreja Memorial Batista de Brasília-DF, o Congresso da Juventude Batista do Planalto Central (CONJUBAPC), que este ano teve como tema “Forjados para agir”, e texto base em Romanos 12:2. O evento reuniu mais de 550 jovens durantes os dois dias. Certamente foram momentos especiais Celebração da JUBAPC teve momentos Momento de oração pela juventude que ficarão na memória de centenas de louvor e adoração ao Senhor de jovens. Na sexta-feira (05) tivemos a Banda Discopraise e no sábado (06) contamos com Os Jays ministrando o Louvor. Para ministrar a Palavra, recebemos com alegria o pastor Ruan Noce, pastor da Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte-MG. Durante a tarde de sábado, os congressistas tiveram a oportunidade de participar das plenárias, bate-papo com temas relevantes para a Juventude Batista do Planalto Central. Nossos convidados Creyce Tostes, pastor Iamandro Muitos jovens estiveram na Igreja Memorial Batista Participantes fizeram diversas Duque, pastor Neander Marques e pasde Brasília-DF durante os dois dias de Congresso perguntas durante as plenárias tor Ruan Noce compartilharam suas visões sobre Cultura do Cancelamento perguntas dos participantes. zado, onde testemunhamos o agir de continue forjando nossa juventude para e Identidade, respondendo as principais Foram dois dias de muito aprendi- Deus em todo tempo! Que o Senhor agir no Seu Reino. n
União Feminina de Alagoas realiza culto de lançamento do centenário da instituição Mais atividades serão realizadas durante 2022. Extraído do site da Convenção Batista Alagoana A União Feminina Missionária Batista de Alagoas (UFMBAL), instituição ligada à União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) e braço feminino da Convenção Batista Alagoana (CBAL), completará 100 anos de fundação em 2022, e no dia 02 de outubro foi dado início as celebrações, com um culto de lançamento do Centenário da instituição, realizado no Lar Batista Marcolina Magalhães em Maceió, que teve como preletora a irmã Keren Hapuque de Souza, da PIB Maceió. O Evento de abertura reuniu mulheres da capital e do interior de Alagoas momento contou com a presença de 150 mulheres de Maceió e também do interior do estado. Estavam presentes Campo Alagoano, ambos representan- para o Reino de Deus”, com a divisa encontrada em Êxodo 35:25a, “todas as os pastores Luciano Brito, terceiro vice- do a CBAL. -presidente da CBAL, e José Benzeval, O tema escolhido para o centenário mulheres capazes teceram com suas gerente de Missões e Evangelismo do foi “UFMBAL, cem anos tecendo vidas mãos e trouxeram o que haviam feito”.
“Foi uma tarde maravilhosa, onde percebemos que Deus nos surpreende, pois, mesmo em tempos difíceis, conseguimos reunir esse grupo de mulheres e homens, com um único propósito, agradecer! Agradecer a Deus, pois a Ele toda honra e glória”. Compartilhou a irmã Maria José Candida, diretora executiva da UFMBAL. As atividades comemorativas continuarão até 2022, como por exemplo, encontros de oração online, que já tem acontecido a cada 15 dias. Também foram confeccionados vários produtos comemorativos como, agendas, canetas, camisas, blocos de anotação e necessaire. Aqueles que desejarem participar dos encontros de oração ou adquirir algum produto, basta entrarem em contato através do telefone (82) 99999-3791, que também é WhatsApp. n
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Assembleia Legislativa de MG presta homenagem aos 150 dos Batistas no Brasil Presidente da CBB, pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos participou através de um vídeo. Foto: Luiz Santana/ALMG
Extraído do site da Convenção Batista Mineira No dia 08 de novembro, os Batistas brasileiros receberam uma homenagem especial, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), solicitada pelo deputado João Leite, pela celebração dos 150 anos dos Batistas no Brasil. Para receber essa homenagem estiveram presentes no Plenário o presidente da Convenção Batista Mineira (CBM), pastor Samuel Amaro, nesta ocasião representando o presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB); o diretor executivo da CBM, pastor Marcio Santos, o diretor executivo da OPBBMG, pastor Rene Toledo, Claudinei Franzine, representando a Rede Batista de Educação e outros importantes líderes da nossa denominação em Minas Gerais. Iniciando a homenagem, o deputado João Leite, que é Batista, destacou que a “Assembleia, de forma unânime, decidiu homenagear os Batistas brasileiros reconhecendo o papel importante que nossas Igrejas e Batistas, como um todo, representam para o estado de Minas Gerais e para o Brasil. E nós podemos ressaltar essa importância em todas as áreas como: educação, esporte, assistência social e especialmente o fortalecimento da família e dos valores cristãos, tão fundamental para o nosso estado e país”.
Lideranças Batistas de Minas Gerais receberam placa de homenagem dos 150 anos dos Batistas no Brasil O presidente da CBM, pastor Samuel Amaro discursou em nome da instituição: “Com muita alegria participamos deste evento e para mim, isso traz uma importância singular aos 150 anos de história dos Batistas no Brasil. Uma história muito bonita que se expande Brasil a fora e Minas Gerais faz parte desta história. Portanto, neste tempo em que se busca o respeito e a credibilidade das instituições, os Batistas brasileiros se despontam como esse povo que tem essas características de se importarem, também, com as causas sociais. Nós temos, por exemplo a nossa rede de ensino que responde por essa responsabilidade social da Igreja de promover o ensino de qualidade e os valores pétreos como a preservação do formato bíblico de família e isso me alegra muito e todos nós estamos de
parabéns”. E acrescentando ao destaque dado pelo presidente da CBM, o diretor de Expansão da Rede Batista de Educação, Claudinei Franzini, representando o diretor geral da Rede Batista de Educação, Valseni Braga. Além da educação, a assistência social e o caráter missional dos Batistas foram ressaltados pelo diretor executivo da OPBBMG, pastor Rene Toledo: “Nestes 150 anos, muita coisa boa aconteceu, verdadeiros milagres em questão de vidas transformadas, alcançadas por Cristo Jesus. Além do fato de que a obra missionária dos Batistas brasileiros tem crescido muito porque estamos presentes em mais de 79 países, em missões nacionais temos mais de 43 cristolândias, além de mais de 900 missionários espalha-
dos pelo Brasil e em Minas Gerais, por meio de Missões Estaduais estamos presentes em 520 dos mais de 800 municípios mineiros”. Destaca-se, ainda, a presença por vídeo do presidente da CBB, Fausto Aguiar de Vasconcelos. A homenagem foi finalizada com a entrega de placa de homenagem da ALMG pelos 150 anos dos Batistas no Brasil, feita pelo deputado João Leite ao presidente, pastor Samuel Amaro. Encerrando a Plenária, o diretor executivo da CBM, pastor Marcio Santos agradeceu a honraria recebida e a oportunidade de a Convenção Mineira representar todos os Batistas brasileiros na ocasião: “Agradecemos a esta casa legislativa do estado por esta homenagem, em especial a pessoa do nosso prezado irmão e deputado João Leite, por lembrar e honrar a história dos Batistas brasileiros que se confunde com a história do nosso país. Louvamos ao Senhor por podermos contribuir com a transformação do Brasil em várias frentes de serviço, fazendo do nosso país e estado lugares melhores para o nosso povo”, encerra. O deputado João Leite destacou ainda a relevância dos Batistas na área social através do Projeto Vida na Estrada, que leva saúde integral com um ônibus preparado para essa linda missão. n
Igreja Batista do Parque Ipê, em Feira de Santana - BA, promove II Encontro de Inclusão dos Surdos Evento teve objetivo de aprofundar conhecimento da Língua Brasileira de Sinais.
Sátila Souza Ribeiro
doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia; membro da Igreja Batista do Parque Ipê, em Feira de Santana - BA
No dia 24 de outubro de 2021, a Igreja Batista do Parque Ipê, em Feira de Santana - BA (IBPI) promoveu o II Encontro de Inclusão de Surdos, com a pregação da irmã Ismália Nasser (surdocega - baixa visão) sobre os “Frutos do Espírito” e a participação da Associação de Surdos de Feira de Santana, representada por Elaine Figueiredo. O evento teve o objetivo de aprofundar no conhecimento da Libras, através da inclusão de surdos, pessoas com deficiência física e intelectual na Igreja, propagando o Evangelho de Cristo. “Além de possibilitar o acesso, inter-
Surdos e ouvintes compartilharam do mesmo espaço pretação dos cultos por meio da Libras e comunicação aos surdos, precisamos ser instrumentos de Deus para a salvação dos mesmos e seus familiares”, destaca o pastor José Ricardo. A experiência da inclusão na IBPI teve início através da vida do jovem João
Gabriel Vasconcelos. João Gabriel é uma pessoa com deficiência intelectual. “Ao nascer, a equipe médica informou que ele não iria andar, e essa notícia nos tirou do chão, mas a fé foi ainda maior, e com a força de vontade de viver, a competência dos profissionais da área da saúde, o
esforço da família, as orações e o amor, fizeram parte da caminhada de vida de João Gabriel. Ele anda e completou 19 anos com muita saúde e vigor”, afirmam os familiares. João Gabriel estuda a Bíblia e faz orações que aprendeu em casa e na Igreja, através da Escola Bíblica Dominical, na classe inclusiva, além de ser muito atencioso com todas as pessoas. A Igreja Batista do Parque Ipê, em Feira de Santana - BA (IBPI) tem desenvolvido diversas ações, com o objetivo de capacitar pessoas para a inclusão dos surdos e alcance dos mesmos, através da Palavra de Deus. Inclusão dos Surdos e das pessoas com deficiência na IBPI significa possibilitar o acesso linguístico da Língua Brasileira de Sinais (Libras), além do respeito e acolhimento no contexto da Igreja. n
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PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 28/11/21 FÉ PARA HOJE
Os executivos da religião Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob Temos observado o crescimento assustador dos chamados evangélicos no Brasil. Hoje são cerca de 42 milhões. Precisamos definir muito bem o que é ser evangélico. Neste nome entra tudo o que podemos imaginar. É uma diversidade de confissões e de nomes dos mais esquisitos. É uma Babel religiosa. Nela, homens e mulheres se arvoram como líderes de incautos, de pessoas buscando tábuas da salvação. E é aí que entram os executivos da religião. São homens e mulheres que têm construído os seus pequenos reinos religiosos sobre a sinceridade de pessoas simples em sua maioria. Esses executivos da religião são ditadores e arrogantes. Só permanecem em seus reinos aqueles que seguem religiosamente a sua cartilha. É impressionante o luxo que eles vivem em duro contraste com a pobreza do povo. Os executivos da religião são talentosos. Sabem comunicar muito bem. São artistas. Conseguem arrecadar
grandes somas de dinheiro se aproveitando da ingenuidade do povo. Torcem a Bíblia para fundamentarem seus ensinos e suas abordagens meramente materialistas e pragmáticas. São teólogos da prosperidade financeira. Ensinam o povo a barganhar com Deus. Pregam um evangelho que não é bíblico. Usam mecanismos suspeitos para usurpar as pessoas que entram e saem dos seus templos. Eles se aproveitam das carências do povo. Utilizam a linguagem dos sonhos. Visitei uma dessas igrejas com o objetivo de fazer um trabalho para o meu curso de Mestrado e constatei que o ‘pastor’ era muito talentoso na comunicação. Ele conseguiu tirar dinheiro do povo seis vezes durante o culto de uma hora e meia. Ele utilizou a linguagem do triunfalismo e trabalhou com técnicas de persuasão. Há igrejas que pregam: “É só vitória”. Essa turma não está comprometida com o Evangelho da graça, com o Evangelho da cruz. Esses elementos não estão preocupados com ética e nem com a prestação de contas. É triste ouvir as pessoas
dizerem dessas igrejas: “Pequenas ou grandes Igrejas, grandes negócios”. Os executivos da religião geralmente não têm preparo teológico formal, pois fazem cursos curtos e rasos. Eles têm uma teologia larga e rasa. O mais importante é comunicar bem, prometer ‘bênçãos’ em troca de vantagens financeiras e acúmulo de bens. Eles não têm escrúpulos. É o que Judas declara em sua epístola: “Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá. Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, baqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas... Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos
interesseiros” (Judas 11-12;16). Os executivos da religião estão mais preocupados com o seu status do que qualquer outra coisa. Eles estão comprometidos com uma vida que lhes dê estabilidade financeira e muito conforto. Usam o seu capital político para trazer benefícios ao seu reino religioso. Estão mais preocupados em apresentar um sistema religioso em vez do Evangelho de Cristo “que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). Têm mais interesse num ajuntamento lucrativo do que numa comunidade amorosa, serviçal e comprometida com o estilo de vida de Jesus de Nazaré. Na verdade, eles prestam um serviço religioso que é remunerado, pois acham que é justo porque trabalham. São pessoas jeitosas, espertas e gostam de levar vantagem. Que Deus nos livre desse estilo de vida e nos conceda a graça de servi-lO com alegria e singeleza de coração, vivendo e pregando o genuíno evangelho de Cristo, o Senhor, até que Ele volte. Maranata, Senhor Jesus! n
PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 28/11/21
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OBSERVATÓRIO BATISTA
Qual é o nosso DNA? Lourenço Stelio Rega Já se tornou comum em nosso meio a expressão “O nosso DNA é missões!”. Importante será dedicarmos um tempo para algumas considerações a respeito desse tema em busca de maiores esclarecimentos. O que é um DNA? Em termos simples, o DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo das células de todos os seres vivos e que carrega toda a informação genética de um organismo. Ao carregar a informação genética, essa molécula apontará para a dinâmica do corpo, como deverá ser a sua formação e existência. Portanto, seu papel em um ser vivo é fundamental, influenciando como ele deve funcionar. Quando se fala em um “DNA cristão”, portanto, é utilizada uma linguagem metafórica, comparativa e ilustrativa, para indicar o que nos deve mover e gerenciar nossas prioridades, nossas decisões, nosso orçamento de investimentos como crentes, Igreja e denominação. Sendo assim, se torna em um núcleo gestor de todos os nossos processos de ação, ocupação e preocupação. Ao dizermos que nosso DNA é missões, tudo o que fizermos, pensarmos, priorizarmos será mobilizado pela ação missionária e evangelizante. Isso está errado? Não necessariamente, mas entendo que há algo mais do que isso e essa tem sido a minha preocupação. Não suprimir, mas ver o que tem mais em nosso desafio a cumprir, a finalidade para a qual, como cristãos e Igrejas (e também como denominação) existimos. Convido você, querido leitor, a caminhar comigo em algumas considerações, onde procurarei demonstrar que nosso desafio é muito, mas muito maior mesmo. Você aceita o desafio? Neste tema há muitos itens que poderíamos abordar, mas o espaço requer que priorizemos os mais importantes. Comecemos pela busca do que seria o centro da mensagem bíblica. É necessário relembrar diversos artigos que aqui nesta coluna já escrevi. Em diversas ocasiões temos dito e ouvido que o centro da mensagem bíblica é a salvação dos pecadores perdidos. Se assim é, colocaremos a doutrina da salvação (Soteriologia) como o centro orientador de nossa doutrina e prática. Há, ainda, uma abordagem complementar, em que aponta para a Escatologia (parte da Teologia que estuda os finais dos tempos) com a afirmação que, uma vez salvos, temos de aguardar a volta de Jesus. Assim, uma doutrina soteriocêntrica /escatológica. Ainda mais,
com a ênfase na morte substitutiva de Jesus por nós, portanto, uma ênfase jurídica. Ao estudar mais a fundo as Escrituras, sabemos que estes fatos são apenas parte de toda história divina em relação à humanidade. Quando colocamos a Soteriologia como ponto de partida, como Teologia Primeira, poderemos deixar de lado a doutrina de Deus (a própria Teologia) em plano inferior. Deus é o ponto de partida e de chegada de toda história humana, é a mensagem bíblica. Talvez, você diria: e ao salvar pessoas pelo Evangelho não estaríamos enfatizando isso - Deus como ponto de partida e de chegada? O dilema é pensarmos que a salvação é o centro de tudo e não o meio de levar as pessoas de volta a Deus (aqui a Escatologia dá lugar à Cosmologia - doutrina da criação). Deus, o centro de tudo, criou o Universo e nós, como o ponto mais elevado da obra da criação. Para que tudo funcionasse conforme a Sua vontade, temos o Plano da Criação. Jesus, ao tratar do divórcio, nos dá uma fantástica chave hermenêutica - “não foi assim no princípio” (Mateus 19.8). Isso aponta para o fato de que nos primeiros capítulos de Gênesis temos a descrição de como Deus planejou a criação - o Plano da Criação. Temos ali a matriz de como deveríamos ser, viver e nos relacionarmos. Com a rebeldia contra Deus e Seu Plano da Criação (Gênesis 3) fomos expulsos, em Adão, do Jardim, e afastados da presença e convivência de Deus. Nosso destino passou a ser a perdição e a morte. Deus, em Seu infinito amor, na própria narrativa do Gênesis aponta para a solução com o que conhecemos na Teologia como “protoevangelho” e promete que do descendente da mulher viria a solução e libertação (Gênesis 3.15). Em Romanos 5.8 temos a descrição do cumprimento dessa promessa de restauração do ser humano, com a manifestação amorosa de Deus ao enviar Seu filho para nos salvar. Desta forma, me parece que não seja difícil compreender que a salvação não seja a mensagem central da Bíblia como um fim em si mesma, mas um meio de consertar a situação que nós mesmos, em Adão, criamos ao rompermos com Deus. A salvação, então, se tornou um meio de nos trazer de volta para Deus, para o Plano da Criação. Portanto, em vez de centro, uma cura, um conserto. Não é por isso que a salvação perca o seu valor, pois, sem ela, continuaríamos perdidos longe de Deus e de Seu Plano. É a porta ou o portão
pelo qual conseguimos regressar ao “jardim”. A porta ou portão são necessários, mas não são o centro. Se, por exemplo, você for ler o Novo Testamento, verá que temos essa mensagem de recuperação do ser humano em Cristo Jesus, como parte do texto que Deus nos presenteou como Sua inspiração e revelação. Se levarmos em conta o restante da revelação de Deus no próprio Novo Testamento, veremos que a maior conta se refere em como devemos viver essa vida recuperada, como novas criaturas (II Coríntios 5.17), como pessoas que refletem a prática do Evangelho por meio de uma vida transformada e transformadora que envolve mudança radical e em tempo integral (“cada dia” em Lucas 9.23), que o nosso viver será agora como Cristo - o varão perfeito (Gálatas 2.20). E essa transformação é operacionalizada pelo imperativo da Grande Comissão (Mateus 28.19,20), o FAZER DISCÍPULOS (o IDE não sendo imperativo no texto original aponta para o fato natural de que já estamos indo em nossa vida) que aponta para o fato de sermos seguidores de Jesus, como nosso modelo incontestável de vida, não apenas doutrinária, mas essencialmente prática. Paulo nos ensina sobre isso: “Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Então, meu querido leitor, há muito mais que nos leva para muito mais longe transcendendo obra missionária e evangelizante, tão importante e necessária, pois sem a oportunidade de levarmos as pessoas aos pés do Mestre em busca de sua salvação e recuperação, tudo estaria perdido. A obra missionária e evangelizante é o meio pelo qual as pessoas terão a oportunidade de encontrar nosso Mestre, não apenas para esperar um dia Ele voltar, mas, mais do que isso, para encontrar sua razão de vida, a razão de sua esperança, a razão pela qual devam viver, voltando a cumprir com os ideais do Plano da Criação. Ser salvo, portanto, implica em voltar para trás, ser reposicionado na ordem das coisas criadas (Cosmologia), para, a partir dali, ressignificar sua vida, seu projeto de vida, como nova criatura (II Coríntios 5.17). Os antigos diziam que para Deus não há atalhos, ao pensarmos em uma salvação como centro e finalidade última do ser humano projetando o significado da vida para o futuro (Escatologia) estamos criando um atalho. Será que não seria por esse motivo que crentes e Igrejas estariam se assemelhando ao que Paulo adverte aos crentes de Corinto, como crianças em Cristo (I Coríntios 3.1-)? Essa fragilida-
de não estaria nos levando a ter Igrejas como orfanatos espirituais, em vez de Igrejas maduras, cujos membros vivam vida transformada e transformadora, à semelhança dos cristãos primitivos que, por onde passavam, iam “revolucionando” a vida, o ambiente e a cultura em que estavam imergidos, com os valores cristãos (Atos 17.6)? Ao retermos a compreensão de que o nosso DNA é missões poderemos deixar de compreender todo o desígnio e vontade de Deus (Atos 20.27) e os prejuízos já são sentidos, desde a formação teológica, fragilidade na vida eclesiástica e cristã, pessoal, a ponto de considerarmos a admoestação do autor do livro de Hebreus, ao dizer que “pelo tempo decorrido já deveríamos ser mestres…” (Hebreus 5.11-14) como mensagem ainda atual para muitos crentes e Igrejas. Então, vamos deixar de lado missões, evangelização como prioridades? Nunca, jamais. Não podemos deixar de falar de tudo quanto vimos e ouvimos (Atos 4.20), que éramos cegos e agora vemos (João 9.25). O mundo todo sem Cristo necessita encontrar sua razão de vida em Cristo. Estaríamos errados então ao dizermos que o DNA é missões? Não necessariamente, mas necessitaríamos entender que o nosso DNA, a partir dos ensinos bíblicos, é muito mais do que isso. O nosso DNA é missões, educação, aconselhamento, serviço, assistência/serviço/ ação social, é viver a piedade, a vida de oração, devoção, vida transformada e transformadora, transmitindo o agradável perfume de Deus para que outros possam desejar ardentemente seguir o mesmo caminho, portanto, é “missionar”, evangelizar, mas também viver vida a ser copiável, como testemunhas vivas de um Evangelho vivo, que ultrapasse barreiras estruturais, institucionais, conceituais (Atos 1.8). Tudo isso junto é nosso DNA, muito maior do que possamos imaginar. Portanto, ao ouvirmos uma frase, que até soa bem aos nossos ouvidos, precisamos compreendê-la à luz do Plano de Deus em Sua revelação, Sua eterna Palavra - as Escrituras. Compreendermos à luz de Deus - o centro de tudo - à luz de Seu Plano criador, ao qual rejeitamos e contra o qual nos rebelamos e Ele nos trouxe de volta. Portanto, o trazer de volta - a salvação - é o meio, Deus é o fim e o princípio de tudo, No fim Ele é o nosso DNA, pois fomos criados à Sua imagem (Gênesis 1.26,27). Desejando interagir escreva para rega@batistas.org. n