OJB Edição 48 - Ano 2014

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 30/11/14

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXIV Edição 48 Domingo, 30.11.2014 R$ 3,20

TEEN BRASIL

2015

21 a 24 JANEIRO | RIO BONITO/RJ

VEM COM A GENTE! Mais Informações: contato@juventudebatista.com.br

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www.teenbrasil2015.com


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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nossa reflexão hoje está pautada no primeiro amor, sobre o amor que temos oferecido ao Senhor. Creio que ao termos um verdadeiro encontro com Cristo, nosso coração tenha saltitado de amor por Jesus, por sua Palavra, pelo ide, e por tudo o que está ligado ao Reino de Deus. Porém, conforme o nosso tempo de conversão se passa, as responsabilidades com ministérios vão aumentando, as provas e tentações vão chegando, e temos a infeliz tendência de nos afastarmos desse amor e afastarmo-nos de Deus, por mais contraditório que essa afirmação possa parecer. É muito fácil, na maioria das vezes, cantarmos e dizermos que o Senhor é o nosso Rei, o dono da nossa vida, o nosso maior amor, nossa

razão de viver. Ou, mais que cantar ou dizer, até agir participando de inúmeros ministérios e atividades na igreja. Mas o difícil mesmo é realmente darmos o trono do nosso coração a esse Deus que tanto dizemos amar. Muitos acham que estamos ligados a Cristo pela nossa rotina de vida cristã. Mas, de fato, o nosso coração está longe de Deus. E não existe serviço algum, dentro ou fora da igreja, que substitua o amor. Para entender que estamos distantes do Espírito Santo é muito simples, não precisamos que ninguém nos diga. Ouvir Deus falar conosco, sentir a sua presença, o seu tocar, o seu abraço, nada disso pode ser substituído, e temos consciência quando essas coisas estão em falta na nossa vida. Cada pessoa, cada cristão é único, então

não me cabe aqui listar e enumerar razões que podem nos tirar do foco do primeiro amor. É realidade que alguns se afastam por desejarem cuidar da própria vida sem o auxílio de Deus, se tornando independentes, mesmo acreditando que existe um Deus que conhece o nosso interior. Preferem deixar Deus em um canto, enquanto tomam suas próprias decisões. Amam mais a si mesmos e as suas preocupações, anseios, sonhos e planos, do que ao Deus capaz de realizar todas essas e muitas outras coisas, segundo a sua boa, agradável e perfeita vontade. Nós somos creditados por Deus como sua noiva. Entretanto, quantos de nós temos flertado o amor que é exclusivo do Senhor, com outros deuses? Quantos estão trocando o que há de mais precioso em suas vidas por um

simples prato de lentilha? Quantos têm deixado de corresponder ao ide de Jesus e ao chamado que ele tem para suas vidas? Até quando murmuraremos em meio ao deserto que nos aproxima de Deus? Chega. É tempo de tomarmos uma posição diante de Jesus. Tempo de nos arrependermos e nos afastarmos de tudo aquilo que nos afasta de Deus, de tudo o que nos faz negar o nosso melhor a ele, a primícia do nosso amor. É chegado o tempo de agirmos mais por amor a Deus, em vez de falarmos apenas sobre o amor. Diante da própria Palavra de Deus, que diz que nos últimos tempos o amor esfriaria, peça a Deus renovação, comprometimento e, principalmente, intimidade com ele, pois Deus está de braços abertos esperando a sua decisão. (PF)


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Elias Veloso do Carmo, pastor

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inguém é de ferro”. É assim que muita gente tem justificado sua fraqueza carnal no momento quando decide se entregar a alguma prática pouco recomendável ou, simplesmente, para fugir de algum desafio maior. Em um certo contexto, vale a pena ser de aço e aço blindado. Compartilho dois exemplos. O primeiro fui buscar nos meus arquivos do tempo do meu curso de teologia no Seminário do Sul. Comecei o curso ainda muito jovem. Mesmo já sendo pregador desde os dez anos de idade, sentia a necessidade de melhorar minha experiência na evangelização pessoal.

Eusvaldo G. dos Santos, membro da Igreja Batista Ebenézer de Americana S.P.

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rata-se de uma expressão que ocorre algumas vezes nas cartas de Paulo a Timóteo, indicando que ele era chamado para ser diferente da cultura dominante ao seu redor. Ele não deveria ser ou se curvar diante das pressões da opinião pública, como uma “Maria vai com as outras”, mas ele deveria permanecer firme na rocha. A razão é que ele era um homem de Deus, e esse título era dado à lideres como Moisés, Davi, Elias e outros profetas do Antigo Testamento. Agora, no Novo Testamento, é aplicado a um cristão com maturidade espiritual, perfeitamente preparado para essa obra, como diz II Timóteo 3.17. Paulo faz um apelo ético, doutrinário e vivencial ao jovem pastor. O apelo ético consiste em que ele fugisse do mal de todas as formas, referindo-se à cobiça e aos males associados a ela, dos desejos da mocidade, como a imoralidade, a ambição egoísta, a indisciplina e a impetuosidade.

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Decidi, então, praticar dentro dos ônibus. Nos coletivos, os passageiros estão desocupados durante sua viagem. A grande vantagem era que, ao tempo em que aprendia, também ganhava muitas pessoas para Cristo. Meu primeiro exemplo vem desse tempo: Depois de passar o dia inteiro evangelizando, já muito cansado, olhei para o relógio e descobri que já era meia-noite e a viagem de volta ao Seminário era de mais ou menos uma hora. Quando saltei na Praça Sãens Pena, próximo ao Seminário, por volta das 01h, me sentia mais morto do que vivo. Entrei pelo corredor central da Praça, pois precisava atravessá-la. Avistei próximo ao centro da mesma, dois jovens conversando, sentados em um

banco. Ainda de longe, orei: “Senhor, me perdoa. Eu sei que deveria me aproximar e falar de Jesus àqueles jovens, mas tu sabes: ‘ninguém é de ferro’”. Como a minha oração não me deixava em paz, insisti com Deus: “Senhor, só vou falar de Jesus a eles se eles me chamarem. Então, caminhei em linha reta, como quem quer passar despercebido”. “Moço, moço. Estamos aqui falando sobre a Bíblia. Pode nos ajudar?”. Pronto, “ninguém é de ferro”, mas quem resiste ao Espírito de Deus? Já passava das duas da madruga e eu ainda estava compartilhando a mensagem da graça bendita com aqueles jovens. O exemplo dois, é mais recente. Estava realizando

conferências em Buenos Aires, pregava nos cultos à noite e, durante o dia, evangelizava de casa em casa, nas ruas e nas praças. Na quinta feira, depois do culto e de uma ótima convivência fraterna com a liderança da Igreja, um diácono bondoso me convidou para um restaurante, por volta de meia-noite. Quando o garçom se aproximou da nossa mesa, o ilustre diácono se apressou em me apresentar como pastor brasileiro que havia ido a Buenos Aires levando uma mensagem especial para todo o povo. Aproveitei o “gancho” e disse que minha mensagem anunciava a vida eterna que Cristo pode nos dar. Em seguida, perguntei: Você tem interesse na vida eterna com Deus? Fiquei impressionado com o entusias-

mo com que o garçom disse “sim”. Confirmou e explicou que trabalhava toda noite até uma hora da manhã, ato contínuo. Perguntou se eu poderia ir à casa dele no dia seguinte às 03h. Ele queria que sua família toda ouvisse a mensagem. Meu querido irmão, você acha que eu tinha o direito, sequer, de sugerir outro horário? Você acha que eu poderia me esquivar, dizendo “ninguém é de ferro”? Claro que não. No horário marcado estava lá, e depois de jantar com a família, anunciei-lhes Jesus. O resultado? O casal e os três filhos assumiram o compromisso de viver por Jesus e para Jesus. Você conhece outra maneira de viver intensamente uma noite, seja em Buenos Aires ou em qualquer lugar?

Timóteo recebe do apóstolo qualidades que nós como cristãos devemos receber: piedade, fé, amor, perseverança e mansidão. E, como Timóteo, todo crente deve fugir da aparência do mal. Esse conselho deve servir para todos os homens, em particular para a Igreja, onde todos têm sempre uma saída: sair do perigo, sem sair da responsabilidade que tem como homem e mulher de Deus. Termos coragem de sair é uma atitude boa, mas correr atrás da fama, do prazer, da riqueza e do poder pode se tornar negativo. O que o apóstolo está dizendo é que devemos buscar a santidade. O segundo apelo é para que combatamos com fé, que é algo de uma chamada à verdade revelada, que re-

cebe diversos nomes, como ensino, tradição, verdade e depósito. O ensino de Paulo e os demais apóstolos nos deixaram a verdadeira doutrina, protegida para cada geração. Timóteo era um jovem pastor, frágil, mas santo, que tinha sobre ele uma grande obra, apesar de ser tímido e de possuir forte temperamento. Ele era o responsável na transmissão da verdade, deixada pelos apóstolos, a qual devia defender e ensinar a doutrina, lutar pela verdade, uma luta agradável para aqueles que tem o espírito sensível, que o apóstolo chama de bom combate. O último apelo é para um vivencial; tomar posse da vida eterna, para qual foste chamado. É importante pen-

sar, no que diz respeito a vida eterna, não em duração, mas na qualidade, que essa nova vida foi definida por Jesus quando falava ao Pai, como relata João: “A vida eterna é esta que te conheçam a ti como único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem tu enviaste” (Jo 17.3). Esse relacionamento pessoal, que é a vida eterna que o crente precisa tomar posse no seu vivencial diário, “você, porém”, presume-se que tenha havido um chamado em particular, mas também público, quando fez a sua pública profissão de fé, na presença de muitas testemunhas, e no batismo. Paulo diz que ele já tinha a vida eterna que foi dada quando creu e foi batizado, mas precisava torná-la cada dia mais sua,

desfrutando no seu viver por completo. Muitos crentes já têm a liberdade e vivem como se estivessem presos. Esta exortação é para atentar que a maioria não a tem por absoluto. Esses apelos devem serem considerados com extrema relevância, no qual Paulo considera lutar pela verdade. Em segundo lugar, ele fala da ética e experiência. Temos guerreiros, mas não buscam o bem e a mansidão. Moisés era o homem mais manso e modesto, como diz em Números 12.3. Os bons e mansos de hoje não se interessam em lutar pela verdade da vida eterna no seu vivenciar, outros, negligenciam a ética. Combater o bom combate e buscar a retidão é tomar posse da vida eterna.


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Em defesa de Marta

arta convidou Jesus para estar na casa em que ela e seus irmãos Lázaro e Maria - residiam. Como era de costume, Marta se ocupou de vários arranjos, para garantir ao Mestre a melhor hospedagem. Quando, porém, percebeu que sua irmã Maria não estava honrando os seus deveres de anfitriã, perguntou a Jesus: “Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude” (Lc 10.40). A resposta de Jesus desapontou Marta. E tem causado surpresa também para muitos discípulos. Será que o Mestre quis nos ensinar que limpar a casa, preparar comida, arru-

mar o quarto, nada disso deve nos ocupar? Porventura a vida cristã deverá se restringir a ler a Bíblia e a orar? Se isso é verdade, como entender, então, que o Jesus ressuscitado, ao aparecer aos seus discípulos, “perdeu seu precioso tempo” mandando que pescassem, que grelhassem os peixes e que jantassem? Há uma hora para cada necessidade. No Reino de Deus, servir ao Senhor inclui, também, fazer comida, alimentar os que têm fome, limpar a casa, providenciar abrigo limpo e arrumado. E, inclui, sem nenhuma dúvida, “sentar-se aos pés de Jesus” e ouvi-lo. Cada dia o Senhor do Reino tem prazer em nos comunicar suas mensagens de alimento espiritual. De igual maneira, cada dia o Senhor do Reino nos encoraja a trabalharmos no estabelecimento do seu Reino aqui na terra. Há horas de meditar, como Maria; há horas de trabalhar, como Marta.

rando ele inchar e cair morto. Mas nada de anormal aconteceu ao servo do Senhor. Acho que não foi o caso dos moradores de Malta, mas infelizmente alguns crentes se deleitam em comentar os “fracassos” dos seus irmãos. Às vezes, fazendo interpretações absurdas. Que tristeza. Não acredite nessa gente. Mesmo que sejamos cercados de perigos, serpentes e leões, o Senhor estará sempre conosco. Ele nos dará livramento e salvação, como diz o Salmo 91. As desagradáveis surpresas da vida também abrem caminho para grandes oportunidades. Paulo recebeu o chamado para levar o Evangelho de Cristo aos gentios. Ao se tornar prisioneiro, parecia que a Missão estava encerra-

da, mas, de repente, lá estava ele no meio do Mediterrâneo, curando pessoas e pregando o Evangelho do Reino. Além disso, foi recebido na casa do homem mais importante da Ilha de Malta e distinguido com muitas honras. Ao partir, foi suprido com tudo o que precisava para seguir viagem. A Bíblia diz: “O Senhor eleva os humildes e segundo as suas riquezas, suprirá todas as suas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Sl 147.3; Fp 4.19). Finalizo, parafraseando o cântico de Habacuque: “Ainda que eu tenha muitas surpresas desagradáveis não deixarei de me alegrar no Senhor. Ele me dará forças para superar todas as dificuldades e com sua ajuda logo alcançarei a vitória” (Hc 3.17-19).

“Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude” (Lc 10.40).

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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o passado, o número de pessoas que moravam na zona rural era maior do que na zona urbana. Hoje, esses números inverteram, tem mais gente residindo na zona urbana do que na rural. A cidade cresce cada dia mais. Quem mora em São Paulo, por exemplo, nunca vê a cidade parar. São Paulo é uma cidade que trabalha dia e noite, é uma grande metrópole. Quando vou à São Paulo, fico impressionado com a quantidade de veículos no

Antonio Pirola, colaborador de OJB

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uem nunca teve uma surpresa desagradável? Creio isso que já ocorreu na vida de todos nós. Refletindo sobre Atos 28.110, para Paulo a surpresa desagradável veio em forma de picada de uma serpente, mas na sua experiência pode ter sido uma grande decepção ou uma tragédia inesperada. Confesso que eu não sei por que as tragédias acontecem, mas sei que elas nos ensinam muitas lições. As desagradáveis surpresas da vida nos ensinam a ser mais vigilantes e cuidadosos. Paulo foi picado por uma serpente quando ajuntava um feixe de gravetos para man-

trânsito. Sou de uma pequena cidade do interior do estado de São Paulo, que ainda tem um trânsito tranquilo. A vida na cidade é um desafio, é gente saindo e gente entrando em lotação, táxi, ônibus, metrô, enfim, gente querendo trabalhar e querendo descansar. A vida urbana é agitada, quem mora nos grandes centros convive com a poluição sonora de um trânsito barulhento. É dentro do contexto da vida urbana que devemos viver e saber conviver. A Bíblia registra, em Jeremias 29, que o povo de Israel foi levado cativo para a Babilô-

nia. O que o povo deveria fazer na cidade? “Edificai casas, e habitai nelas, plantai pomares, e comei o seu fruto. Tomai mulheres, e gerai filhos e filhas, tomai mulheres para os vossos filhos, e dai as vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas. Multiplicai-vos ali, e não vos diminuais” (Jr 29. 5-6). O texto continua dizendo: “Procurai a paz e a prosperidade da cidade (...) e orai por ela ao Senhor” (Jr 29.7). Viver na cidade como cristão é mostrar interesse por ela. Como cristão, não podemos deixar de buscar a paz da cidade e orar por ela.

ter a fogueira acesa. Ele não tomou os devidos cuidados antes de revirar o mato e foi surpreendido. Na vida cristã acontece algo semelhante: quando não vigiamos o suficiente, facilmente entramos em tentação. Daí a recomendação de Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). As desagradáveis surpresas da vida fortalecem a nossa confiança em Deus. Paulo havia acabado de sobreviver a um naufrágio e chegou à praia de Malta agarrando-se aos destroços do navio. Ele ainda estava tentando se recuperar do susto quando, de repente, foi atacado por uma serpente. Que chato. Como explicar uma coisa dessas? Na verda-

de, não é preciso explicar, é preciso apenas confiar. Como disse o salmista, “Ainda que a terra se mude, os montes se transportem para o meio dos mares, as águas rujam e se perturbem, e os montes se abalem pela sua braveza, não temeremos mal algum, pois o Senhor dos Exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio (Sl 46.1-3;7). As desagradáveis surpresas da vida nos ensinam a ter paciência com aqueles que julgam mal a nossa vida. Diante das sucessivas tragédias ocorridas na vida de Paulo, os moradores da Ilha logo deram a sua interpretação dos fatos: “Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver”. E depois ainda ficaram espe-

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Q Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

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ma pessoa, certo dia, incentivada pelos amigos, foi a um Centro de Voluntariado para inscrever-se em trabalho de caridade e, ao se deparar com a ficha de inscrição, foi embora, pois não conseguia se lembrar de nenhum talento. Quando estava na porta, a simpática recepcionista - uma velhinha de mais de 60 anos - indagou ao rapaz: “Por que vai embora, meu filho?”. Ele disse: “Porque não tenho nenhum talento, não posso ajudar com nada”. A idosa pegou na mão do rapaz e o levou até um cartaz que dizia: “Ei, você que não sabe dançar, não sabe orar, não sabe operar máquinas complexas, não sabe fazer cálculos, não sabe fazer artesanato, não sabe cantar, não sabe falar outro idioma, não tem dinheiro para ajudar o próximo, não tem carro, não tem celular, não tem casa na praia, não sabe pintar, não sabe confortar os que choram, eu achei um talento em você. Você é paciente o suficiente para parar e ler este cartaz. Que tal ser um voluntário e ler histórias para os que não têm a mesma sorte que você e perderam a visão, antes mesmo de ganhá-las? Gostou? Aqui, no Centro, há crianças que seriam eternamente gratas por você compartilhar este talento com elas”. Todos possuem um dom especial. Mas, até para achar isso, às vezes, é preciso paciência. Com esta simples narrativa encontrada na internet, confabulo e compartilho com as pessoas um dos mais terríveis sentimentos dos nossos dias: a impaciência. Sua origem está na insatisfação, que gera a irritação, e por aí vai. Cada um de nós é acometido deste mal em maior ou menor escala. A impaciência

faz que muitos leitores leiam apenas o título desta opinião. Outros, a abandonem antes de chegar à metade. Respondendo algumas perguntas com sinceridade, pode-se saber mais sobre a falta de paciência. Uma pesquisa feita por uma universidade americana averiguou o nível de impaciência com as seguintes perguntas: “quando há necessidade de esperar por alguém ou por alguma coisa, você se aborrece?”. “No campo da alimentação, você tem comido com pressa?”. “Você costuma sentir-se pressionado no fim de um dia normal de trabalho?”. “Costuma sentir-se pressionado pelo tempo?”. Aproveite e faça uma autoavaliação. Se você respondeu positivamente, pode estar sendo também atingido fisicamente com a tensão nos músculos que gera dores pelo corpo e que pode ser confundida com outras doenças. Resultado: pode estar tomando remédios errados, que deixam as coisas ainda mais complicadas. Esse transtorno tem afetado crianças, jovens, adultos e idosos, sem faixa etária específica. A impaciência está nos principais veículos de comunicação. Na TV está exemplificada, tanto em filmes, quanto em novelas. Tomemos como base este segundo item, tão apreciado pela sociedade brasileira. O que um enredo de novelas apresenta atualmente: muita safadeza explícita. A tônica de quase todas elas é apresentar a infidelidade como ponto alto, depois da busca frenética por dinheiro. Fulano está com beltrana, que depois foge com sicrano – às vezes com outra beltrana – e, depois, vai tomar banho pelado em uma praia deserta aonde chega de lancha. Sabe o que se tira daqui? Estamos nos alimentando mal; com lixo. A falta de paciência – e de caráter - dos perso-

nagens em se manter fiel aos parceiros é transmitida para os telespectadores. Essa comida podre, essa porcaria é degustada com risos pelo povo, que acha tudo isso o máximo. Embora a impaciência seja triste, permitam-me colocar aqui uma história oposta. Não sei quem foi o autor desta pérola. Pai e filho esperavam a condução em um certo lugar público. O garoto era irrequieto e deveras traquina. Mexia com uma pessoa aqui e com outra ali. De quando em quando, o pai advertia o garoto e depois dizia em voz alta: “Paciência, Guilherme”. Aquilo foi incomodando as pessoas que presenciavam a cena. A certa altura um cavalheiro dirigiu-se ao pai e disse: “Desculpe-me, nós estamos vendo o senhor repreender o seu filho, dizendo: ‘Paciência, Guilherme’. O senhor não acha que ele está merecendo uma repreensão mais severa?”. Ao que o pai respondeu: “Meu amigo, concordo plenamente com o senhor. Saiba, no entanto, que quando eu digo ‘paciência, Guilherme’ estou pedindo paciência para mim mesmo; Gulherme sou eu”. Moral da história: a impaciência quase sempre nos leva aos enganos. Outro aspecto interessante: a prisão é o local onde mais encontramos impacientes. A impaciência compromete a nossa relação com as pessoas próximas. A Palavra de Deus nos fala sobre isso de forma profunda: é uma manifestação de incredulidade e desconfiança. Com ela substituímos os planos de Deus pelos nossos. Além disso, somos levados a fazer coisas proibidas, gerando frustrações e aborrecimentos; pecados. Isso produz a rejeição do tempo ou do momento certo de Deus para as nossas vidas. A falta de paciência nos leva à perdição da alma.

uarta feira, 05 de novembro, Zênia e eu embarcamos no ônibus da Itapemirim, na Rodoviária Novo Rio, às 11h, para irmos à São Paulo. Era nossa intenção dar assistência à minha sobrinha-neta, Eroísa, que está com sérios problemas de saúde, além de visitar alguns amigos queridos. A viagem transcorreu tranquila até o restaurante da Grahal, em Queluz. Ali descemos, almoçamos e quando voltamos para o ônibus, ele já tinha partido, levando toda a nossa bagagem, inclusive nossos remédios. E agora? Nós nos sentimos deixados para trás. Ainda fomos para a beira da estrada, pensando que alguém nos daria carona para tentar alcançar o ônibus, mas ninguém nos viu. Zênia começou a ficar tão nervosa que o seu rosto parecia pegar fogo. Minha preocupação era: a que horas vamos ter outro ônibus daqui para São Paulo? Como fica o nosso amigo Nilberto, que vai nos esperar no Terminal do Tietê às 17h? Como recuperar os volumes que colocamos no bagageiro? Fiquei apavorado. No íntimo, eu sabia que Deus nos daria uma solução. Em silêncio, clamei pelo socorro divino. Clamei e me acalmei. Aí apareceu um anjo vestido com uniforme de vigia do posto. Ele viu a nossa aflição e nos levou até um ônibus da 1001, parado no estacionamento, que saíra do Rio às 1h30min. E, em cinco minutos, partiria para São Paulo. Primeira graça: havia duas poltronas vazias. Segunda graça: o motorista se comunicou pelo celular com a 1001 e foi autorizado a nos deixar embarcar. Terceira graça: dentro do ônibus, liguei para o Nilberto em São Paulo, consegui localizá-lo e pedi para ele ir ao Terminal do Tietê esperar pelo ônibus da Itapemirim, entrar no veículo e apanhar nossas bolsas de mão no bagageiro acima das poltronas 9 e 10. Prontamente, ele disse: “Estou indo para lá”. Quarta graça: ante a reclamação do Nilberto, o motorista mostrou o borderô da viagem constando 27 passageiros mas, na verdade, havia 29 a bordo. Ele contou 27 pessoas e foi embora. Um funcionário da 1001 que estava na poltrona ao

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nosso lado me deu o telefone da Itapemirim no Terminal do Tietê, mas advertiu: “a sua operadora não dá sinal neste trecho da estrada”. Liguei, e logo fui atendido. Quinta graça: rapidamente expliquei o ocorrido e disse que um amigo meu, o doutor Nilberto Amorim, iria comparecer para apanhar nossa bagagem. Fui muito bem atendido pela funcionária e perguntei: “entendeu o meu pedido?”. Ela disse: “Entendi, pode deixar”. Sexta graça: ambos os ônibus tiveram atraso devido a uma obra na estrada e quando o da Itapemirim chegou, o Nilberto lá estava, autorizado a entrar no carro e resgatar nossas coisas. Às 18h30 chegamos no ônibus da 1001. Se não tivéssemos conseguido embarcar naquele ônibus, só tarde da noite haveria outro. Como ficaríamos? Nosso amigo conseguiu resgatar toda a nossa bagagem, menos a minha Bíblia, que deve ter escorregado pelo bagageiro e se foi. Era uma Bíblia pela qual eu tinha grande estima por ter sido presente da Igreja de Irajá - RJ e por ser da 1ª impressão da IBB, com dicionário e concordância. Deus há de abençoar a alguém por meio dessa Bíblia. Nossa sobrinha estava sem dormir havia várias noites, devido a uma violenta cistite e nós estávamos levando duas caixas de remédios que conseguimos comprar aqui no Rio, pois ela só conseguira marcar consulta no posto de saúde para 14 de dezembro. Fomos pedindo que Deus nos abrisse os caminhos no trânsito de São Paulo e Deus nos atendeu. Em 55 minutos, o Nilberto conseguiu ir do Terminal do Tietê ao Brooklin, onde mora a Eroísa, e pudemos entregar a ela os remédios antes de irmos para o hotel, que ficava próximo dali, onde ficamos até o dia 12. Ela tomou logo um comprimido e conseguiu dormir aquela noite toda. Sétima graça: foi graça demais para dois simples servos idosos. Mais uma vez, Deus agiu em um momento de desespero para nós e mais uma vez nos mostrou que, por sua graça, ele sempre age por nós em nossas horas de aflição. Por que não confiar em Deus? Por que não buscar seu auxílio?


6 vida em família

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Gilson Bifano Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

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oeu meu coração quando assisti a uma reportagem que falava sobre o dever dos pais vacinarem suas filhas contra o HPV. Agora, segundo o Ministério da Saúde, meninas a partir de 11 anos já devem tomar a primeira dose da vacina. O HPV (papilomavirus humano) é uma doença sexualmente transmissível. Segundo dados do Ministério da Saúde, 2,2 milhões de meninas com idade entre 11 e 13 anos receberam o reforço da imunização. O número representa 45% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de adolescentes. É triste ver meninas que ainda nem sequer entraram na puberdade, já se vacinando contra o HPV. Não me interpretem mal, não sou contra os programas de saúde pública. Acho que o governo tem mesmo que devolver o dinheiro recolhido pelos impostos pagos por nós em benefícios para a população. Minha revolta é saber que por detrás de programas como este está toda uma ideologia diabólica para destruir a família e implementar - a longo prazo – leis, por exemplo, que permitam legalmente as relações sexuais com crianças e adolescentes. Em outras palavras, a legalização da pedofilia. No Brasil, por exemplo, já existe uma brecha neste sentido. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em abril de 2013, decidiu que nem sempre o ato sexual com menores de 14 anos poderá ser considerado estupro. O caso que abriu a possibilidade neste sentido se deu quando o STJ absorveu um homem da acusação de ter estuprado três meninas de 12 anos. Pode parecer alarmismo por parte do escritor, mas não tenha dúvidas quanto a exis-

tência de uma agenda mundial para desconstrução dos valores familiares, da legalização do homossexualismo - como estamos vendo nos dias atuais - da poligamia, da pedofilia, da prostituição, da liberação das drogas, etc. Na Alemanha, por exemplo, existem fortes movimentos para que a relação sexual entre irmãos seja legalizada. Na maioria dos países europeus, as relações sexuais entre adultos, mesmo entre irmãos, são permitidas legalmente. A Bíblia nos afirma que “o mundo jaz no maligno” (I Jo 5.19). Esta afirmação nunca foi tão verdadeira. Se por um lado devemos saber de que o avanço da depravação faz parte do quebra-cabeça para a volta de Jesus, por outro, devemos nos levantar e denunciar o pecado e lutar contra tais iniciativas. O profeta Jeremias, por exemplo, tinha a certeza de que o povo iria ser levado para o cativeiro, mas em nenhum momento deixou de alertar e pregar contra os pecados do povo. Esta deve a postura da Igreja também nos dias de hoje. O fim daqueles que se levantam e denunciam o pecado pode ser parecido com o de João Batista, que teve sua cabeça colocada em um prato por denunciar o adultério de Herodias, como descreve Mateus 14.1-11 e Marcos 6.17-28. O fim para os verdadeiros profetas nem sempre é o dos melhores. A Igreja de Cristo, os pastores comprometidos única e exclusivamente com a Palavra de Deus, instituições cristãs e a própria família devem denunciar em alto que intenções escusas não serão aceitas e que os valores cristãos deixados claros na Bíblia sempre estarão acima de leis e programas humanos.

mundo está cada vez mais agitado. E, com essa agitação, surge uma novidade a cada dia. Uma delas é a chamada “cura interior”. Livros de autoajuda já enriqueceram muita gente. Logo depois de surgir a pós-modernidade, pastoreando uma Igreja onde o assunto passou a ser comentado, resolvi ler um autor bem-sucedido, em termos numéricos. Comprei um dos seus livros, e, após ler as primeiras dez páginas, olhei para o cesto de lixo em um canto do gabinete e testei a minha pontaria. Esse escritor tem hoje milhões de leitores, e foi traduzido em vários idiomas. Nunca imaginei que houvesse tantos tolos no mundo. No meio evangélico, competindo com o mundo secular, há centenas de autores de livros de autoajuda. Os evangélicos brasileiros são consumidores vorazes de autores americanos desse tipo de literatura. A franqueza dos americanos, a insegurança que o outro representa (A processa B e exige uma indenização por “dá cá aquela palha”), existe forte cobrança no exercício das funções profissionais, a antecipação das expectativas as quais o cidadão americano é alvo, faz proliferar profissionais da saúde mental. No Brasil, há igrejas que oferecem serviços de cura interior, usam tais livros, escritos para atender clientes de outra cultura, educação, formação e costumes diferentes dos

nossos, mas jamais tomam conhecimento desse fato. Uma jovem americana, ao casar-se, tem a expectativa de que seu consorte será um colaborador nas tarefas caseiras, principalmente se ambos seguem carreiras profissionais. No Brasil, a jovem brasileira já sabe que o tempo de sobra do parceiro será aplicado com os amigos do futebol, ou no boteco da esquina. Outro desvio no trato das feridas interiores, são os testemunhos dos “curados”. Ouço comumente: “Depois que perdoei a Deus, fui curado ou curada”. Como? Quem fez algo errado contra alguém é que deve ser perdoado. Porventura, Deus erra? Depois vem o conselho da confissão para a libertação. Lembro-me de uma irmã, funcionária de um fórum, aconselhada pela psicóloga (nada contra a psicologia), foi aconselhada a desabafar com o juiz, por causa da mágoa alimentada por uma punição recebida e, assim, seria curada. Pedi encarecidamente que não fizesse isso. Após o desabafo, foi, na hora, colocada à disposição. Aumentou a mágoa. Outra abordagem é colocar tudo sobre a chamada autoestima, que quando baixa é tão perigosa quanto a autoestima alta. Existe receita bíblica para cura interior? Existe em muitos textos. Os irmãos de José não perdoaram seu desfile de queridinho do papai. Puniram-no e curtiram o medo de punição quando o viram poderoso. José apertou o cerco até ouvir a confissão por meio dos intérpretes.

Não fora vítima da mágoa e pôde ajudar a todos, ou seja, israelitas e egípcios. Quem experimenta, na prática, as bem- aventuranças, alcança um nível elevadíssimo de saúde interior. Alcança a felicidade altíssima no sofrer por identificar-se com Cristo. A melhor de todas as receitas é a do apóstolo Paulo. Ele afirma que é auto- suficiente. Nada o atingirá. Sempre estará bem, independente das circunstâncias. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Mas, fica claro que as coisas as quais ele se refere não englobam ambições materiais. Paulo, à semelhança de Cristo, vivia a oração modelo. Nela, não encontramos nenhum pedido material, nem a necessidade de perdoar para ser curado, pois, assim como somos perdoados por Deus, automaticamente perdoamos os nossos ofensores. A receita bíblica, sendo divina, provou sua eficácia na vida de Jesus. Se Cristo vivesse hoje seria diagnosticado como vítima de distúrbio funcional, mas era tão sadio, mentalmente, que morreu perdoando seus algozes. Neste mundo, somos vítimas de uma educação destruidora do caráter, pois é determinada pelo imperador desde mundo, ou seja, o maligno. Mas, a educação baseada em princípios bíblicos, é uma educação transformadora. Eleva o caráter, propicia saúde espiritual, moral e mental. Experimente-a e muitos perguntarão o nome e o endereço do seu médico, e você lhe indicará a Bíblia, onde ele encontrará o remédio, Jesus Cristo.

O devocional da Família Cristã Brasileira 365 meditações diárias para uso individual, em família ou pequenos grupos 365 aplicações práticas para as crianças Ordens de Culto on line para a família Nome, data de aniversário e endereço dos missionários das Juntas de Missões Nacionais e Mundiais IDEAL PARA: Culto no lar (Edifi Edificar e Fortalecer as Famílias da Igreja)

Guia para a leitura de toda Bíblia durante o ano Espaço para registrar os motivos de oração e as respostas recebidas

Uso individual (Vida Devocional)

Evangelização pessoal e capelanias Presentear amigos, familiares e vizinhos não-crentes Orar pelos Missionários Letra Grande

Tradicional

bOLSO

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missões nacionais

Projeto de plantação de igrejas multiplicadoras em Joinville - SC Redação de Missões Nacionais

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trabalho dos missionários Evanir e Juliana Thurow, em Joinville – SC, tem frutificado. Vidas têm sido salvas e transformadas por Cristo. Já foram celebrados os primeiros batismos na Congregação que eles lideram, e o número de famílias alcançadas continua crescendo, contribuindo para o avanço da obra. De acordo com os obreiros, os trabalhos semanais da Congregação também estão “a

Trabalho em Joinville - SC apresenta crescimento em função do comprometimento com Cristo

todo vapor”. Várias mulheres estão participando de aulas de artesanato, muitas pessoas têm participado dos encontros de oração, que acontecem nas

terças-feiras, e os cultos de quarta-feira também têm tido uma boa frequência. “Começamos um estudo com os homens na quinta-

feira. Na sexta, as mulheres começaram um grupo de oração e, aos sábados, estamos fortalecendo e procurando desenvolver um bom trabalho com os jovens”, relatam os missionários. Outro motivo de gratidão se deve ao fato de Deus ter enviado pessoas talentosas e comprometidas para atuar na área da música. Além disso, a Igreja também está intensificando o trabalho com as crianças. “Todo este mover do Espírito Santo nos anima e encoraja, pois podemos ver os frutos sendo colhidos e a

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Obra do Senhor crescendo em Joinville. Como família missionária, agradecemos a Deus pelo cuidado, pelo sustento e pelo amor que sentimos de Deus por nós”, dizem os missionários, gratos também aos parceiros que têm apoiado este ministério por meio de orações, visitas e ofertas. Continue intercedendo pelo trabalho missionário realizado em Joinville-SC, a fim de que mais vidas sejam alcançadas e para que a Congregação continue se desenvolvendo de forma saudável, firme em Cristo.

Saiba como foi o 1 Congresso Nacional de Evangelização Infantil o

Redação de Missões Nacionais

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om objetivo de capacitar líderes do ministério infantil das igrejas, foi realizado o 1º Congresso Nacional de Evangelização de Crianças, na Igreja Batista do Méier - RJ. Como parte da programação, houve diversos testemunhos missionários, palestras, debates, entre outras atividades importantes para os participantes. A missionária Joana Machado, que coordena o Projeto Novos Sonhos, na Cristolândia de São Paulo, esteve no Congresso e afirmou: “Eu abro mão de tudo o que eu sonhei um dia para ver crianças sonhando”. O trabalho que ela lidera tem feito a diferença na vida de várias crianças.

Redação de Missões Nacionais

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Muitos outros missionários e líderes capacitados participaram do Congresso e compartilharam mensagens do coração de Deus para os participantes. Os missionários Gilmar e Jádima Barbosa, que trabalham com ciganos em São Paulo, também participaram, visto que têm desenvolvido um trabalho que visa o alcance das crianças ciganas para Jesus. “Independentemente do contexto social, a nossa responsabilidade é chamar crianças a conhecerem Jesus”, afirmou Jaqueline de Carvalho, missionária e coordenadora do Programa de Evangelização de Crianças. A norte-americana Peggy Smith também participou do evento e destacou que “temos que replanejar a nossa forma de evangelizar crianças. Os

métodos são detalhes, conteúdo é muito mais importante, e a nossa mensagem é Cristo crucificado”. O desafio da evangelização de crianças diante dos atuais contextos sociais foi o tema do fórum realizado no segundo dia do Congresso. “O maior recurso para o desenvolvimento de um relacionamento discipulador é a sua vida nas mãos do Senhor. Homens e mulheres apaixonados por Jesus são instrumentos vivos no discipulado de crianças”, disse Elaine Oliveira, ministra de educação da Igreja Batista do Bacacheri - PR. A programação também contou com a apresentação do coral Infantil da IB do Méier, bem como com os diretores do Lar Batista David Gomes, pastor Elisangelo e Tiandra Oliveira. Eles teste-

Pastor Fernando Brandão desafiou congressistas a abraçarem projetos missionários entre as crianças

munharam sobre o trabalho realizado neste lugar, que cuida de crianças em vulnerabilidade social, no estado da Bahia. O culto de encerramento do Congresso também foi marcado por ministrações que fortaleceram a importância do tema. “A evangelização de crianças tem que ser uma agenda permanente da Igreja do Senhor Jesus, e Missões

Nacionais entende isso. Este Congresso é um tempo de dedicação e compromisso com Deus para as crianças do nosso Brasil”, afirma o pastor Fernando Brandão, diretor-executivo de Missões Nacionais. O desejo de Missões Nacionais é que os participantes coloquem em prática o que foi aprendido, a fim de que mais crianças sejam alcançadas para Cristo em solo brasileiro.

Missões Nacionais nomeia 62 novos missionários

culto de formatura da nova turma de missionários foi realizado na Segunda Igreja batista de Petrópolis - RJ. Durante 19 dias, eles participaram de um intenso treinamento conhecido como Programa Missionário Fundamental (PMF), promovido pela Universidade de Missões. Dirigido pela missionária de alianças estratégicas da JMN, Maria Helena Leão, o culto foi marcado por palavras de desafio e incenti-

vo aos obreiros. “Lutas virão, mas permaneçam firmes pela Obra porque Deus tem algo para fazer através de suas vidas”, declarou a missionária. O pastor Samuel Moutta, gerente-executivo de Missões, deixou uma reflexão aos novos missionários baseado em I Tessalonicenses 1.5. “O que fez a diferença em Tessalônica não foi simplesmente a chegada do missionário, mas sim o Evangelho pregado, não somente em palavras, mas em poder”. Lembrando ainda da certeza de que eles teriam em seus corações ao anunciar

a mensagem de salvação aonde quer que eles sejam enviados. Durante a mensagem, o pastor Samuel também desafiou a Igreja a adotar cada um daqueles missionários em oração e sustento. Um momento de muita emoção vivido pelos missionários e seus novos adotantes que, de joelhos, foram comissionados e propagaram a mensagem de salvação em solo brasileiro. Oremos por esses servos que se dispuseram a pregar o Evangelho. Não deixando também de orar pelos cam-

pos que estes irmãos serão encaminhados. Seja você também um parceiro adotando um missio-

nário em sustento e oração. Acesse www.missoesnacionais.org.br/pam e faça parte desta Obra.

Missionários no culto realizado na SIB de Petrópolis - RJ


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Segunda Igreja Batista de Manaus AM está em expansão

Cleber Souza, pastor da Segunda Igreja Batista de Manaus - AM

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cada dia Deus tem ampliado a nossa visão missionária. Louvamos a Deus por ter colocado esse ímpeto missionário em nossos corações. O nosso desejo é o de ser, cada vez mais, uma Igreja relevante, que saia das quatro paredes e cumpra a Grande Comissão, por entender que essa é a ordem do Mestre. O segundo semestre foi repleto de realizações e estamos felizes por isso. Em parceria com Missões Nacionais, a SIB de Manaus enviou o casal de missionários José Antônio e Ana Paula para iniciar um novo projeto de plantação de igrejas no município de Tefé – AM. Somos a Igreja mãe de mais

Diana Flávia, pastora da Igreja Batista em Camboinha - PB

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o assumir a Igreja Batista em Camboinha, em Cabedelo – PB, percebi que o campo estava cheio de meninos que poderiam vir a conhecer Jesus Cristo se este lhes fosse apresentado de uma forma que eles pudessem compreender e amar. Começamos então a evangelizá-los e eles foram se chegando. Contudo, como encaixá-los na Igreja de Cristo? Em que organização cristã batista poderiam fazer parte em vista do seu crescimento espiritual e doutrinário?

um projeto missionário e contamos com as orações do povo batista brasileiro, pois é um grande desafio. Um projeto que iniciará do “zero”. Realizamos o concílio e ordenação do pastor Joel Gaspar ao ministério da palavra. O pastor Joel e irmã Alderlane são missionários da SIB de Manaus e, atualmente, consolidam a nossa Congregação Batista em Fonte Boa, no interior do Amazonas. Mais uma parceria foi estabelecida com Missões Nacionais para

que o casal possa entrar em seu quadro de obreiros. Eles estão em treinamento no Rio de Janeiro e, como diz o diretor da JMN: “Vamos avançar”. No dia 25 de outubro realizamos o concílio de organização da nossa Congregação no bairro Novo Reino, na Igreja Batista Novo Reino, em Manaus. Foi uma linda festa e, com o templo lotado, a nova Igreja foi organizada com 50 membros, sendo empossado o pastor Ademar

Nery, à frente junto com toda sua família. Além dos avanços já citados, a SIB de Manaus, cumprindo com a determinação do Senhor de batizar “em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo”, batizou cinco novos irmãos que se tornaram membros da Igreja local: Keysiane Silva, Ádria Giovana, Sérgio Gomes, Silvana Silva e Ricardo Soares. Agradecemos a Deus por todos os feitos e a todos nossos irmãos que têm orado

Uma vez Embaixador... Lembrei dos meus anos de Mensageira do Rei e pensei: “Se as Mensageiras são a melhor organização para meninas que existe, então deve haver uma para meninos”. Foi assim que pesquisei e me especializei como conselheira de Embaixadores do Rei. Em nossa Igreja, os Embaixadores são um grupo recente, mas, ativo e promissor. Nós estudamos a Palavra de

Deus, os livros missionários e os manuais, e na área de esportes temos uma escolinha de boxe. Nela, os atletas aprendem a “lutar” de forma honesta e preparam o corpo para uma vida com saúde. Tanto na Igreja, como na escolinha de boxe, os Embaixadores exercitam a comunhão e fazem evangelismo, trazendo seus colegas e suas famílias para os eventos e cultos.

Assim, estamos ajudando “a estabelecer o Reino de Deus na Terra”. Uma curiosidade é que um dos nossos treinadores é muçulmano e também está sendo evangelizado. Todas as quintas-feiras cantamos que temos orgulho de sermos Embaixadores e sonhamos em breve com mais meninos em nosso grupo para honra e glória do Senhor Jesus. Nossa

para o crescimento do Reino no Amazonas. Agradecemos a Convenção Batista do Amazonas, que tem sido uma parceira fiel no avanço da plantação de igrejas no interior e na capital. Em 17 e 18 de Janeiro, a SIB de Manaus completará 94 anos. Teremos como orador oficial o pastor Claudio Souza, da Primeira Igreja Batista de São João de Meriti - RJ. Caminhamos para o centenário, certos que Deus deseja o melhor para nossas vidas.

Embaixada se chama Embaixada Pastor Ângelo Pedroza (MG), a conselheira é a pastora Diana Flávia Cavalcanti, e os monitores se chamam Hiênio Italo e Chrislan Sampaio. Caso alguém queira nos ajudar, basta entrar em contato pelo telefone (83) 8743-8463, ou pelo e-mail: conservadora-pb@hotmail.com. Precisamos de manuais, material de treino (luvas de boxe, manoplas, protetores de cabeça) e muita oração. Seguiremos fazendo a diferença aqui na comunidade, mostrando ao mundo que Jesus salva e conduz ao céu, e pode mudar a vida de todo aquele que abrir a porta de seu coração. (…) Sempre embaixador do Rei.


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O MAIS FELIZ DA VIDA

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Pastor Freitas - 40 anos de abençoado ministério

Ozeas Camelo, pastor da Igreja Batista Emanuel - PI

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ombati o bom combate”, esse foi o título do sermão de despedida do pastor Manoel Antônio de Freitas. O sermão foi ministrado por ele no dia 17 de maio de 2014, no templo da Igreja Evangélica Batista de Floriano - PI, que na ocasião celebrava seu centenário e também a despedida do referido pastor, que esteve liderando àquele rebanho durante 35 anos, desde 1979. Contando com mais dois anos em Jaboatão dos Guararapes – PE e pouco mais de dois anos na Segunda Igreja Batista de Teresina - PI, somam-se 40 anos de abençoado ministério, os quais não podem ser resumidos aqui. Nem é a pretensão do autor, mas, sim, homenagear aquele que muitas vidas abençoou e continua abençoando neste Brasil. O pastor Freitas é florianense, alguém que aceitou a Cristo enquanto jovem, recebeu o chamado para o ministério e buscou o preparo, se graduou em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife – PE e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 8 de dezembro de 1975. Depois de algum tempo voltou à sua terra e foi instrumento de Deus para o avanço do Evangelho neste estado. Alguém que voltou para sua terra não para ter honra, mas para honrar o nome do Senhor, e assim o fizera, deixando marcas indeléveis na vida de toda uma cidade. O pastor Manoel Antônio de Freitas sempre foi uma referência como pastor, não somente em Floriano, mas no Piauí, Maranhão, e outros estados. A maioria dos pastores da nossa região e outros que por aqui passaram foram direta ou indiretamente abençoados através da influencia deste homem de Deus. Uma semana antes de deixar o pastorado da Igreja, a sociedade florianense lhe rendeu homenagens através da Câmara dos Vereadores, que realizou uma sessão em reconhecimento aos relevantes serviços por ele prestados à cidade, e ali se pode observar no discurso de cada vereador e do prefeito, as palavras que devem caracterizar um homem de Deus. “Nunca vi ninguém falar negativamente dele”, disse um dos oradores. Outro afirmou, “Desde que o conheço, o admiro pelo seu caráter, inteligência e exemplo”. Glória seja dada ao Senhor pela vida deste paladino da fé cristã, que

muito tem feito e continuará modelo a ser seguido por pasfazendo na obra. tores, missionários, obreiros e cristãos que pretendem deixar Pastor Freitas recebe um legado de fé; destaco aqui homenagens na Câmara algumas áreas nas quais sua Municipal de Floriano - PI vida fala bem alto: sua homiléNão poderia deixar de des- tica invejável - um dos pastores tacar aqui algumas ações que que melhor faz uso desta - um este colega nestes 39 anos orador de mão cheia e um de ministério empreendeu dos maiores pregadores que ou participou a nível local, já ouvi, sua eloquência admiestadual e nacional. Durante rável, profundo conhecedor da o seu pastorado, a Igreja Evan- língua portuguesa e a domina gélica Batista de Floriano - PI como poucos, usando verbeorganizou oito novas Igrejas. tes de altíssima estirpe. Sua Ele foi, por cinco vezes, presi- sabedoria, advinda do alto, dente da hoje COMNBRASIL, por várias vezes o vi pôr fim antes CBPIMA; por seis vezes a discussões acaloradas em presidente da AIBRCSPI - As- Assembleias convencionais sociação das Igrejas Batistas da com palavras sapientíssimas, Região Centro Sul Piauí -; foi que mostravam soluções onde durante cinco anos membro não se via possibilidades. Um de Missões Nacionais, fundou homem organizado, que tem e presidiu por oito vezes a em mente a soma de todos os Associação de Pastores de sermões pregados nos 40 anos Floriano, enviou ao seminário de ministério. Quer seja na oito obreiros, que hoje são Igreja, ou no programa de rápastores atuantes, e participou dio, ele os têm arquivados. Sua da formação de muitos outros aposentadoria fora planejada pastores através dos seminá- em cada detalhe. Sua pontuarios onde atuou. lidade é extraordinária, assim como a sua boa administração Homenagens da Associação do tempo. Acorda cedo, dordas Igrejas Batistas da me sempre na hora e sempre região Centro Sul Piauí deixa algo produzido no dia. Tudo o que foi mencionado Além disso, ainda podemos e muito que ainda poderia ser fazer referência à sua simplidito fazem do pastor Freitas um cidade, sua conduta moral

ilibada, piedade, inteligência, tudo isso é o exemplo de um homem a frente do seu tempo. Muito mais poderia ser dito, mas prefiro não fazer isso, já que você poderá testificar isso e muito mais convidando-o para visitar a sua Igreja. Além do mais, trata-se de alguém que tem trânsito livre em todas as classes sociais e sabe se posicionar em cada uma delas, sabe estar entre os doutores, onde tem sido

palestrante, e sabe estar entre as pessoas mais humildes, onde também tem ensinado a Palavra do Senhor. Os batistas brasileiros têm muito a se orgulhar da vida e ministério deste homem de Deus, que continua ativo como psicanalista, membro da Igreja que escolheu para apoiar, tornando-se além do que já foi, uma ovelha preciosa; e ainda como um soldado de Cristo, que deseja continuar servindo a Deus, apoiando a Obra Batista. Como ele mesmo destacou, “Quero continuar sendo útil à minha Associação Centro-sul, à minha Convenção meio norte e à minha denominação”. Esta denominação lhe agradece, querido pastor. Tenho uma identificação muito grande com o pastor Freitas, e não é sem razão, ele foi o primeiro pastor que conheci. O concilio do pastor Freitas foi no dia 14 de outubro de 1975, o dia em que nasci, além disso, foi o meu primeiro pastor. Ouvindo-o e atuando ao seu lado recebi a chamada para o ministério pastoral, dele recebi as primeiras aulas de homilética. Foi ele quem pregou em minha posse na Igreja que pastoreio há 15 anos, além disso, celebrou meu casamento. Tenho três filhos, quando cada um nascia, eu os levava para que orássemos juntos; ele foi a minha primeira impressão do que é ser pastor, tive a honra de ser sua ovelha, de receber instrução. Com ele aprendi muito, inclusive a pregar, tive a honra de ao sair do seminário e vir pastorear perto dele, o que foi para mim uma especialização em ministério pastoral, e com muita honra posso dizer que ele é “o meu pastor”.


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Congresso reúne 250 mulheres em Igreja em Moçambique Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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Igreja Evangélica Batista Comunhão na Colheita, liderada pelos missionários Edvaldo e Adriana Marcolino, organizou o 4º Congresso de Mulheres, com o tema: “Uma mulher segundo o coração de Deus”. Para a surpresa dos missionários, que convidaram Igrejas da região de Maputo, capital de Moçambique, houve a presença de 250 mulheres. “Foi uma grande bênção. Tivemos várias palestras sobre assuntos como intimidade com Deus, relacionamento familiar, obediência à Palavra, e abandono das tradições que impedem o relacionamento com o Senhor”, conta Adriana Marcolino. Segundo a missionária, as mulheres que participaram do Congresso estavam bastante animadas, cantando e se alegrando na presença de Deus. Na semana seguinte, os missionários receberam re-

Congresso reuniu 250 mulheres em Igreja em Moçambique

cados das Igrejas que enviaram representantes ao Congresso. “As irmãs líderes agradeciam por tudo o que havia acontecido e diziam que a palavra ouvida tinha gerado um grande impacto na vida das mulheres”, diz Adriana, que explica que muitas delas, embora frequentando a Igreja, ainda tinham algum tipo de superstição ou envolvimento com rituais de feitiçaria. “Arrependidas, elas confessaram e jogaram fora

seus amuletos, entendendo que somente Jesus Cristo pode protegê-las e salvá-las. Que alegria imensa em nosso coração, pois sabemos que estamos no caminho certo, ensinando a todo o que crê a permanecer firme naquele que é autor e consumador da nossa fé, Jesus”, afirma. “Deus ama seu povo e, com certeza, seu coração se alegra quando seu povo anda em retidão, buscando obedecer aos seus preceitos”, completa.

Expresso do Louvor circula pelas ruas de Maputo, capital de Moçambique

Expresso do Louvor Uma preciosa ferramenta de evangelismo criada pelos missionários Edvaldo e Adriana Marcolino é o “Expresso do Louvor”, um caminhão no qual nossos obreiros montam uma estrutura de som e convidam as pessoas a louvar a Deus com eles. “É grandioso ver pessoas se rendendo aos pés de Jesus. Geralmente, quando chegamos a um bairro para evangelizar, as crianças são as primeiras a se aproximar. Olhinhos arre-

galados e curiosos ficam na expectativa de ver o que vai acontecer”, conta o pastor Edvaldo. Enquanto tudo está sendo organizado, a equipe do Expresso do Louvor aproveita para cantar com as crianças e, de alguma maneira, falar de Jesus aos pequeninos. “Elas estão sempre prontas a ouvir”, destaca a missionária Adriana. Com tudo organizado e a aproximação dos adultos, começa o culto, com muito louvor, adoração e pregação da Palavra de Deus. “Pessoas desiludidas e sem expectativa de vida se rendem ao Rei dos reis. E as crianças continuam lá, firmes e sem reclamar, indo embora só quando acaba. Não é por acaso que Jesus disse que devemos ser todos como crianças para herdarmos o Reino dos céus”, diz o pastor Edvaldo. “Deus tem nos abençoado e nos mostrado a sua vontade a cada dia. Contamos com sua oração, pois você também faz parte dessa obra grandiosa”, conclui.

Mulheres com algum envolvimento com feitiçaria se arrependeram durante o Congresso

Participe da caravana Tour of Hope que vai ao Haiti em 2015 Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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m janeiro e fevereiro de 2015, mais um grupo de voluntários brasileiros seguirá para o Haiti, com o objetivo de servir às comunidades locais com atividades evangelísticas nas áreas de educação, saúde, construção civil, capelania, ação social e esportes. É o Tour of Hope, Projeto que desde 2009 tem levado esperança ao país mais pobre

das Américas. As inscrições para a próxima caravana já estão abertas. Assim como em caravanas anteriores do Tour of Hope, os voluntários serão divididos em duas equipes de atuação: a Equipe Amor será a primeira a embarcar rumo ao Haiti, em 15 de janeiro, permanecendo lá por 15 dias. O segundo time será a Equipe Esperança, que chega imediatamente após a partida da primeira equipe e permanece em solo haitiano até 15 de fevereiro.

Ou seja, ao longo de aproximadamente um mês, nossos voluntários estarão em campo para ser voz de Deus aos haitianos na região da capital, Porto Príncipe, e cidades vizinhas. Para participar do Tour of Hope, o interessado deve preencher alguns requisitos, como ser crente em Jesus Cristo, ser membro atuante de uma igreja genuinamente evangélica há, pelo menos, um ano, ter vida cristã exemplar, possuir firmeza doutrinária e aptidão comprovada

para evangelização, pregação do Evangelho e submissão à liderança e ser saudável física, mental e psicologicamente. O voluntário deve ter 18 anos de idade completos até a data da viagem e, no mínimo, ensino fundamental completo. Voluntários com vários perfis de atuação profissional são bem-vindos ao Tour of Hope, pois muitas das atividades desenvolvidas em campo requerem conhecimentos específicos: atendimento médico, nutricional,

fisioterápico e odontológico, atividades esportivas e recreativas com as comunidades locais, evangelismo pessoal e intercessão, treinamento comunitário e profissionalizante em diversas áreas, construção civil, estética, entre outras. Está disposto a encarar esse desafio? Inscreva-se agora no Tour of Hope Haiti 2015. Escreva para tourofhope@ jmm.org.br. Mais informações sobre o Projeto você encontra em www.facebook. com/VoluntariosEmCampo.


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notĂ­cias do brasil batista


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OBITUÁRIO

Loyd Barreto da Silva João Enos Crispim

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ma longevidade simples vivida no temor do Senhor e, por isso mesmo, abençoada e abençoadora no convívio familiar e com todos que a conheceram. Promovida ao Reino Celestial, Loyd Barreto da Silva, filha de Ignácio Francisco Barreto e Francisca Barreto da Silva, nasceu e viveu no tempo da soberana vontade de Deus de 09/03/1912 a 02/07/2014. Ao completar os 100 anos de idade em uma linda festa preparada pelos familiares, lá estava ela, serena, demonstrando naturalidade e paz de espírito. Ela parecia estar muito feliz. Familiares, amigos e pastores presentes, alegremente louvaram a Deus naquele culto de gratidão pelo tempo precioso de vida que Deus lhe estava concedendo. Certamente, que as palavras do seu pastor Eber Silva e do seu sobrinho, pastor Joélcio Rodrigues Barreto, acalentaram o seu coração centenário. Dona Loyd sempre foi muito estimada por todos. No Colégio Batista, onde começou a trabalhar em 01/03/1940, tempo que se estendeu até 29/02/1984, ela foi um exemplo de dignidade e diligência no exercício de sua função na área administrativa. Exerceu especificamente as funções de secretária do curso científico e de supervisora da biblioteca. Foi um período áureo aquele, e ela recebeu boa influência dos obreiros remanescentes de A. B. Christie. Acompanhava e servia seu irmão, o saudoso pastor Barreto, na direção do Colégio, facilitando o seu trabalho. E, assim, sua vida tinha muito a ver com a história do Colégio Batista Fluminense. A morte do pastor Barreto, seu irmão, naquele acidente automobilístico na linha férrea, foi chocante demais e entristecedor para os campistas, mas ela soube suportar, com lágrimas sim, mas no temor do Senhor. Dona Loyd tinha uma mente privilegiada. Sabia de tudo o que acontecia pelo mundo afora. Gostava muito de ler jornal e de dar a notícia em primeira mão. Quem conviveu com ela guarda boas lembranças do seu jeito de ser.

No longo tempo de sua vida, ela deixou marcas da sua fé cristã. Sua pureza descortinava sua generosidade. Sua humildade era a grandeza do seu coração cheio da maravilhosa graça de Deus, em Cristo Jesus. Vale lembrar, “a humildade é o único solo que pode fazer crescer a graça de Deus” (Henry Murray). No culto de gratidão a Deus na tarde do dia 02/07/2014, no templo da Segunda Igreja Batista de Campos - RJ, o pastor Eber Silva conduziu a palavra pastoral de adoração a Deus pela vida longeva que teve a irmã Loyd, estando presentes pastores, familiares e amigos prestando homenagens de despedida à querida Loyd. Os pastores Jadyr Peixoto de Lima e Donito Gonçalves Pereira falaram representando o Colégio e Faculdade Batista, e o pastor Joélcio Rodrigues Barreto, representando a família, proferiu a mensagem o pastor Francisco Sarlo. O pastor Eber Silva tem um importante testemunho a seu respeito, publicado no programa de culto da Segunda Igreja Batista de Campos, no dia 06/07/2014. Ei-lo: “A terra ficou mais triste e a alegria do céu foi acrescida, pois a irmã Loyd saiu daqui para estar para sempre ali. Sua vida aqui foi discreta. Por muitos anos, ao lado do irmão, o pastor da Igreja, o diretor do Colégio, o que construía templo, o que pregava no púlpito. A ideia que temos era que a realização de Loyd era servir, ajudar, cooperar para que João Barreto fosse, cada vez mais, realizador, o grande pastor, o amigão de todos e de todas as horas. Quando em 1963 o “gigante” tombou, a sua irmã Loyd preferiu o silêncio. Da geração mais recente, poucos a viam. Se não a família, que amava, com ternura singular. A Igreja não conhecia bem a “Tia Loyd” - Loyd Barreto da Silva. A noite de 31/12/2005, porém, foi popularizada, pois no silêncio peculiar, Dona Loyd, crente convicta, mulher salva, influenciadora da fé de muitos, no Colégio Batista, onde trabalhava com o irmão, desceria às águas “no batistério do João

Barreto”. Seu coração exultou no dia em que na casa da sua sobrinha Sônia, rodeada de tantas outras, dentre elas Mazita, Denise e também do “nosso” Zé, ouvimos dos seus lábios: ‘Quero me batizar lá’, e foi, pelo seu sobrinho, pastor Joélcio. Louvemos muito a Deus. A terra perdeu e está mais triste; esta é a sua sentença. O céu, porém, está mais reluzente, pois na madrugada, Loyd ouviu do Senhor que a amava e a quem ela tanto amou: ‘Vem, bendita de meu Pai, possuir por herança o Reino que te está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34). “Vocês que ficam, se entristecerão, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria” (Jo 16.20b). A querida Loyd será sempre lembrada. Louvado seja Deus porque “o justo ficará em memória eterna” (Sl 112.6b).

Duas perdas, duas amigas Lígia Barbosa de Oliveira, membro da Igreja Batista em Cachambi - RJ

E

dith Celso Rabelo foi minha amiga do tempo que frequentávamos a mocidade da Igreja Batista em Cachambi – RJ. Nilda Maria Machado Benedito foi outra grande amiga que tive nesta mesma Igreja. Ambas eram muito queridas para mim, era amigas verdadeiras. Com Edith, após sua mudança para campo Grande - RJ, passamos a nos comunicar por telefone. Quando lancei um livro sobre a história da minha família - Família Barbosa - Edith

Edith

Nilda

veio prestigiar-me. Faleceu em 15/02/2014. Sozinha estava no momento do falecimento, assim soube pela vizinhança. Frequentava, nesta época, a Igreja Batista de Campo Grande - RJ. Nilda frequentavou comigo, na época de mocidade, aos retiros do Grêmio Cultural Ernesto Soren, que era dirigido pelo irmão Oyama. Nilda continuou em Cachambi até o seu falecimento, ocorrido em 15/07/2014. Esteve sempre muito ativa nos trabalhos da Igreja. Edith e Nilda, duas amigas que foram chamadas por Deus e deixaram saudades em meu coração.


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o jornal batista – domingo, 30/11/14

notĂ­cias do brasil batista


15 Liberdade de expressão x proteção de direitos o jornal batista – domingo, 30/11/14

ponto de vista

Gilberto Garcia, especialista em direito religioso, colaborador de OJB

N

o ordenamento Jurídico Nacional não existem direitos absolutos, inclusive os previstos na cláusula Pétrea Constitucional, denominados direitos fundamentos do cidadão, inseridos no artigo 5º da Carta Magna do país. Cabe ao Poder Judiciário promover a convivência no exercício destes direitos e, no caso concreto, proceder a avaliação da prevalência de um sobre o outro, aplicando a técnica da “ponderação de valores” nas situações que envolvem colisão de princípios fundamentais, embasando a decisão racionalmente, buscando o equilíbrio social. Este é um debate que se impõe, entre a “liberdade de expressão” e “proteção de direitos”, estando no cerne da decisão judicial, que considerava que a umbanda e candomblé não possuem características das crenças tradicio-

Josué Mello Salgado, pastor (Extraído do boletim dominical da Igreja Memorial Batista de Brasília do dia 2 de novembro de 2014) “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5.11).

C

onsiderando que o voto é secreto (conf. Art. 2º e 103, Lei nº 4.737, de 15/07/1965) estaria eu obrigado a manter sigilo sobre ele? Não. A expressão “secreto” refere-se ao direito que o eleitor tem de não revelar o seu voto, embora possa fazê-lo se o quiser. Durante vários meses, recebi insistentes consultas quanto aos candidatos nos quais eu votaria nas eleições. Pessoalmente, e através das redes sociais, usei da minha liberdade pessoal e revelei o meu voto, procurando apontar as razões que me levavam às minhas escolhas. Alguns sem acesso a tais canais ficaram confusos sobre a minha posição. Vou justificar o meu voto, não porque o queira, mas porque eu devo fazê-lo.

nais com base na inexistência de estrutura dogmática nas religiões de matriz africanas; era fragilizada sociológica e juridicamente, por isso, logo após sua divulgação na mídia, foi rechaçada pelas lideranças religiosas, comunidade jurídica e sociedade civil, tendo sido prontamente aperfeiçoada pelo próprio magistrado federal. O magistrado deixou a decisão de manutenção ou não dos vídeos religiosos na internet, considerados afrontosos pelos líderes das religiões de matriz africana, para sentença final, à qual, foi acolhida por antecipação de tutela, o pleito de retirada imediata pelo Google, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia, imposta pelo desembargador, que poderá, por sua vez, ser mantida ou não pelo Tribunal Regional Federal, e, confirmada, ou não, pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, esta análise deve ser efetivada com muita parcimônia pelo Estado-Juiz, eis que confrontam-se direitos fundamentais, a “liberdade

de expressão” de cidadãos brasileiros postarem vídeos religiosos na internet, e a “proteção de direitos” pleiteada por líderes das religiões de matriz africana, pois, segundo estes, as filmagens incentivariam a intolerância e a discriminação aos praticantes da umbanda e do candomblé, propagando o denominado de “discurso de ódio”. Eis que, o próprio Supremo Tribunal Federal já se posicionou, tanto em uma situação, como em outra, estabelecendo, sempre, os limites constitucionais no exercício de direitos pelos cidadãos. É de destacar que o STF, em voto magistral do decano, o ministro Celso Melo foi estabelecido. A “liberdade de expressão” de um grupo compartilhar publicamente sua visão na sociedade, mesmo que esta seja minoritária, antipática ou politicamente incorreta, quando se julgou legal a “Marcha da Maconha”; e, em um contraponto no cerceamento desta, a “proteção de direitos” na proibição na

propagação de ideias, não porque sejam antipáticas a determinados grupos sociais, ou, ao consenso da grande mídia, mas porque objetivamente concretizavam este denominado “discurso de ódio” em um outro voto magistral do saudoso ministro Maurício Corrêa, que proibiu a circulação de “livros antissemitas”, os quais faziam apologia de ideias preconceituosas e discriminatórias contra a comunidade judaica. A Corte Europeia de Direitos Humanos reconheceu como legitima a lei francesa que proíbe aos cidadãos de cobrirem toda a face em público, prática utilizada pelas mulheres muçulmanas, levando em consideração que a lei não tem aplicação especificamente religiosa, decidindo que a restrição de direitos é possível quanto existem razões de ordem pública, e esta seria uma prática incompatível com preceitos sociais que devem possibilitar a convivência em sociedade, que é plural, e, consequentemente, presti-

gia princípios e valores que incentivam a interação dos cidadãos. Neste diapasão da “ponderação de valores”, quando ocorre a colisão de princípios fundamentais, caminha a decisão do Supremo Tribunal Federal, presidido, à época, pelo ministro Joaquim Barbosa, que entendeu não haver cerceamento ao direito à “liberdade de expressão” assegurada na carta política nacional disposto na Lei Geral da Copa-Fifa, que proibia manifestação dos torcedores com motivação ideológica dentro dos estádios durante os jogos das seleções de futebol, considerando constitucional a “proteção de direitos” da organização internacional, que recebeu convite do governo brasileiro para realizar o maior torneio de futebol da terra, promovê-lo conforme as regras mundialmente vigentes, sendo legal o impedimento da entrada de torcedores nos estádios portando faixas ou cartazes com motivação diversa do futebol.

Consciente do meu papel profético de reprovação e denúncia das “obras infrutíferas das trevas”, relatada em Efésios 5.11, do meu dever de “pastor-guia”, de acordo com Hebreus 13.17 (gr. subst. verbal hegeomai - conduzir, liderar) na condução do rebanho do Senhor e seguindo a tradição batista da justificação de voto (Art. 28, Manual das Regras Parlamentares da CBB) justifico abaixo o meu voto nas eleições deste outubro de 2014 em cinco pontos exemplares. Votei contra a prática da corrupção social e estatal, como a ausência de interesse ou compromisso com o bem comum. Votei contra aqueles que tentaram desautorizar a Justiça brasileira no cumprimento do seu dever de “uma interação social em que há um equilíbrio razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas” da nossa sociedade e na constante e firme vontade de dar a cada um o que lhe é devido. Votei contra aqueles que transformaram, seja pelo apoio explícito ou pelo silêncio obsequioso, condenados em heróis, na base de que os fins justificam os meios.

Votei contra a descaracterização do casamento como união de um homem e uma mulher, segundo os preceitos bíblicos descritos em Gênesis 2.18-24; Mateus 19.4 e constitucionais (Art. 226 da Constituição Federal). Votei contra aqueles que caracterizam as agressões à família como avanços, quando, na verdade, muitas delas eram comuns há cerca de 10 mil anos, mas, principalmente, na Grécia e na Roma da antiguidade. Votei contra os apoiadores desse retrocesso na concepção da família. Melhor seria retroceder ao princípio de tudo, como ensinou Jesus. Votei contra o flerte e o apoio a governos ditatoriais e a grupos terroristas. Votei contra aqueles que condenam o uso das forças do bem para debelar o mal dos que estão matando e crucificando cristãos e o povo de Israel. Votei contra o uso de programas sociais como forma de “compra” de votos. Votei contra aqueles que não focam na construção da pessoa como sujeito histórico. Votei contra a chamada “distribuição de renda” sem distribui-

ção de oportunidades de trabalho, de educação, de capacitação para a vida e o trabalho. Concordo com a análise de um, então, candidato em 2000, quando disse: ”Lamentavelmente você tem uma parte da sociedade que, pelo alto grau de empobrecimento, é conduzida a pensar pelo estômago e não pela cabeça. É por isso que se distribui tanta cesta básica. É por isso que se distribui tanto ticket de leite. Porque isso, na verdade, é uma peça de troca em época de eleição. E assim, você despolitiza o processo eleitoral. Você trata o povo mais pobre da mesma forma que Cabral tratou os índios quando chegou ao Brasil, tentando distribuir bijuterias, espelhos para ganhar índios (…), eles distribuem alimentos. Você tem como lógica manter a política de dominação que é secular no Brasil” (Lula). Votei contra o uso da mentira, da distorção da verdade, ou mera meia-verdade simplesmente pela busca e/ou pela manutenção do poder político. Votei contra a tentativa de cooptação do povo de Deus.

Talvez alguém imagine que votei nulo ou em branco, visto que provavelmente não há um só candidato que passe cândido, “limpo”, em todos os cinco pontos. Sou absolutamente contrário ao voto nulo, em branco ou de protesto. Por isso, decidi o meu voto com consciência, sobretudo cristã, e com cidadania responsável, optando por aqueles que me pareceram se enquadrar, em menor grau, em tais princípios negativos. Não creio que Deus determine o resultado das eleições. Quem o faz somos nós, eleitores, com nossas escolhas e até omissões. Nem tudo o que acontece na história tem o dedo ou o propósito de Deus. O propósito de Deus para qualquer autoridade é que ela sirva o bem e combata o mal, conforme diz Romanos 13.1-7. Façamos a nossa parte na transformação do Brasil, vivendo em novidade de vida e testemunhando do Evangelho. Oremos para que as autoridades constituídas cumpram o propósito de Deus para a política. “Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências” (P. Neruda).



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