ANO CXXIII EDIÇÃO 01 DOMINGO, 07.01.2024
R$ 3.60 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
VIVAMOS O VERDADEIRO AMOR
Divisa: Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. João 13.35 Hino: Pai, Faz-nos um -564 HCC Juventude Batista Brasileira
Notícias do Brasil Batista
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Sabedoria divina
Encontro Anual
70 anos de história
Juventude Batista Brasileira destaca o que é necessário perante as aflições e dúvidas da vida
Mulheres Cristãs em Missão de Alagoas participam de Acampamento anual
Batistas do Amapá recebem homenagem por 70 anos da denominação no estado
Ministério pastoral e Educação Cristã
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Artigo apresenta perspectivas para os ministérios no futuro pág. 14
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 07/01/24
EDITORIAL
CBB 2024 - Vivamos o verdadeiro amor
O tema “Vivamos o verdadeiro amor” nos convida a uma profunda reflexão sobre a essência do amor cristão, um amor que transcende as barreiras humanas e reflete a natureza divina. Este amor é vividamente expresso no versículo bíblico de João 13.35, onde Jesus afirma: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Este mandamento de Cristo não é apenas um chamado para amar, mas também um sinal distintivo de nossa identidade como seguidores de Jesus. O hino “Pai, faz-nos um” ecoa essa mensagem de unidade e amor. A letra
“Pai, faz-nos um, Pai, faz-nos um, pra que o mundo saiba que enviaste Jesus. Pai, faz-nos um” reflete o desejo de que, através do amor e da unidade entre nós, o mundo possa reconhecer a presença e a obra de Cristo. Este hino não é apenas uma oração, mas também um lembrete de nossa missão de sermos um em Cristo, demonstrando ao mundo o poder transformador do amor divino. Como C.S. Lewis, um renomado teólogo e escritor cristão, disse: “O amor cristão, seja ele um amor natural ou um amor de amizade, é um reflexo do amor de Deus”. Esta cita-
ção de Lewis nos lembra que o amor que somos chamados a viver não é um amor originado em nós mesmos, mas um reflexo do amor divino. É um amor que transcende as nossas capacidades humanas e se torna possível através da graça e do poder de Deus em nós. Além disso, o hino nos lembra da alegria e da paz que advêm da comunhão fraterna, conforme expresso nas palavras “Oh, como é bom! Oh, como é bom nós vivermos todos irmanados em paz! Oh, como é bom!”. Esta parte do hino ressalta a beleza e a satisfação encontradas na comunidade cristã
unida, onde o amor e a paz de Cristo reinam. Em suma, o tema “Vivamos o verdadeiro amor”, com o versículo de João 13.35 e o hino “Pai, faz-nos um”, nos desafia a refletir sobre como estamos praticando o amor em nossas vidas. Eles nos convidam a buscar a unidade e a comunhão em Cristo, para que através de nossas ações e relacionamentos, o mundo possa ver e conhecer o amor verdadeiro que vem de Deus. n Márcio Soares
pastor, 1° secretário da Convenção Batista Brasileira
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O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
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DICAS DA IGREJA LEGAL
Fundamentos da Legalização e Estatuto Eclesiástico (3) Jonatas Nascimento
to denominado Comunidade da CartiCAPÍTULO .... – Do lha da Igreja Legal, feito em parceria procedimento disciplinar No artigo anterior, prometi trazer com o advogado Fernando Gammino. Art. ... Ao membro acusado são asuma sugestão de redação estatutária, Então, vamos a isto: segurados o contraditório e a ampla a qual está presente no trabalho robusdefesa, com os meios e recursos a eles inerentes. Art. ... Instaurar-se-á o procedimento disciplinar mediante denúncia que conterá: a falta praticada pelo denunciado, a indicação das provas e a assinatura do denunciante dirigida ao pastor da Igreja que, ato contínuo, determinará a abertura do procedimento disciplinar. Art. ... Instaurado o procedimento disciplinar, o acusado será notificado do ato para, querendo, exercer o seu direito de ampla defesa. Art. ... O acusado deverá defender-se por escrito no máximo em 05 (cinco dias) após ter recebido a notificação. Parágrafo único. O membro só será considerado culpado após o trânsito em julgado da decisão administrativa devidamente apurada em todas as instâncias cabíveis. Art. ... Os membros da Diretoria da Marinaldo Lima Igreja, cumulativamente, exercem em pastor, colaborador de OJB 1ª (primeira) instância, a função de órgão disciplinar, assessorados pelos Vivamos o verdadeiro amor; membros do Ministério da Igreja. Intensamente demonstremos a bondade do Senhor. § 1º As condições expressas nos Vamos mostrar a este mundo pecador artigos 11 e 12 deste Estatuto são falA graça salvadora do bendito Redentor. tas que ensejam a abertura do proceMilhões estão vivendo em guerra, medo e terror. dimento disciplinar contra todos os Olhemos a angústia das nações em extrema dor, membros da Igreja. Sem uma luz no fim do túnel; um horror! § 2º Sendo o caso, o representante da Diretoria da Igreja comunicará ao Obedeçamos ao Ide do nosso Salvador. Plenário da mesma, nos cultos administrativos ou de ensino, o desligamenVejamos as nações que estão na escuridão to do membro considerado culpado E mostremos que Jesus tem a luz, a salvação. e passivo de disciplina, nos termos Redimidos no Evangelho os que crerem serão. previstos neste Estatuto. Demos provas que vivemos a mais plena comunhão, § 3º Da decisão que desligar memAmando-nos uns aos outros de todo coração. bro da Igreja caberá recurso à AssemDediquemos nosso tempo pra cumprir nossa missão bleia Geral Extraordinária, desde que E em tudo que façamos demonstremos compaixão. requerido pelo membro desligado em Infinito é o amor que trouxe a redenção: prazo não superior a 30 (trinta) dias Reis dos reis, Jesus Cristo foi a nossa expiação; contados da comunicação da respecO Cordeiro foi imolado com a crucificação. tiva punição. Art. ... Ensejam motivos para aberA morte, contudo, não decretou seu final. tura do procedimento disciplinar conMagnífico ressurgiu com seu poder colossal. tra os integrantes do Ministério da O verdadeiro amor é o que mostrou; sem igual. Igreja (pastores e evangelistas), bem Regozijo Ele nos dará no eterno fanal. n
Vivamos o verdadeiro amor
como os missionários, presbíteros, diáconos, auxiliares e demais responsáveis e/ou integrantes de departamentos, conselhos, superintendências e outros órgãos de apoio, as faltas previstas nos artigos 10 e 11, e mais as seguintes: I – A desídia no desempenho das atribuições eclesiásticas; II – O retardamento e o descumprimento das decisões administrativas; e III – A desonestidade, deslealdade e desídia na esfera administrativa, especialmente quando geram dano ao patrimônio, enriquecimento ilícito e/ou violação do Estatuto e das leis. § 1º. Uma vez instaurado o procedimento disciplinar, o membro denunciado previsto no caput desse artigo será afastado de suas funções até a decisão final, excetuando-se o pastor-presidente. § 2º. Os membros da Igreja estão sujeitos às seguintes penalidades: I – Advertência; II – Suspensão; e III – Desligamento. § 3º. Por decisão da Assembleia Geral, será permitida a readmissão do membro mediante pedido de reconciliação e nova proposta da aceitação das condições previstas no art. 7º. § 4º. As penalidades previstas nos incisos I, II e III do § 2º acima serão dosadas e aplicadas de acordo com a gravidade da falta, por equidade, ou conforme parâmetros previstos no Regimento Interno da Igreja. Nota 1: Para conhecer o nosso trabalho clique no link cartilhadaigrejalegal.com.br, inscreva-se no canal e baixe em PDF inteiramente grátis a 4º edição da Cartilha. Nota 2: Igrejas com sede no estado do Rio de Janeiro já podem entrar com o pedido de dispensa de pagamento de ICMS nas contas de energia elétrica e gás. n Jonatas Nascimento, diácono. Coautor da obra Nova Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmail. com
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O JORNAL BATISTA Domingo, 07/01/24
Ora-pro-nobis e “Ora por nós”: bons para todos os problemas! Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
De vez em quando, para não dizer de vez em sempre, nos deparamos com anúncios pela TV ou redes sociais de produtos medicinais, daqueles que parecem servir para qualquer tipo de doença, aumentando a imunidade e melhorando significativamente a saúde. Alguns parecem realmente ser bons, outros nem tanto, sendo mais propaganda enganosa. Ao ouvir pela primeira vez o nome “Ora-pro-nóbis”, que anunciam como bom para emagrecimento, funcionamento do intestino, anemia, envelhecimento precoce, diabetes, colesterol etc., logo veio à mente um trocadilho com uma expressão muito semelhante na fonética e escrita: “Ora por nós!”. Muito verdadeiro dizer que a oração faz toda a diferença na vida de todos que oram ou são abençoados com a intercessão de alguém e serve para todos os problemas da vida, sem exceção.
Então, a planta natural Ora-pro-nóbis ou o “Ora por nós”, tão solicitado em momentos de grande necessidade. Como um medicamento, o importante é ter fé e seguir em frente se dedicando ao tratamento físico, porém com menos drogas. Como algo espiritual, pode modificar uma realidade vigente, mas, muitas vezes, precisa vir associado a um tratamento físico também. Quantas vezes encontramos pessoas que parecem ignorar o médico e seu diagnóstico e acham que apenas orando serão curadas. Até é verdade que Deus tudo pode, porém Ele age e realiza tudo para nosso bem quando deseja e não apenas ao pedirmos, mesmo com bastante fé. Às vezes, é um tratamento conjunto, físico e espiritual, necessário e fundamental. Façamos como a “santa planta” Ora-pro-nóbis, com fama de ser boa para tudo e qualquer coisa e, principalmente, com o “Ora por nós”, que nunca devemos nos esquecer: oremos pelo nosso próximo e por nós mesmos, sem cessar. n
Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
Viver como livres “Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus” (I Pe 2.18). O conceito cristão bíblico de liberdade não se harmoniza com o conceito de libertinagem. A Bíblia desmascara a fantasia humana de que as pessoas têm o poder de viver do seu próprio jeito, sem respeito a qualquer tipo de limitação. Eis o que diz Pedro: “Vivam como pessoas livres. Não usem a liberdade para encobrir o mal, mas vivam como escravos de Deus” (I Pe 2.16). Não existe a fantasia da “liberdade absoluta” – não existe ninguém que, na realidade, só faça “o que lhe dê na telha”. Por isso, no parágrafo em que Pedro nos desafia a viver “como pessoas livres”, neste mesmo contexto nos relembra que, por livre e espontânea decisão, devemos viver “como
escravos de Deus”. Paulo reforça a visão bíblica do tema, explicitando que, na prática, ou vivemos como “escravos do pecado” ou vivemos como “escravos de Cristo” (I Coríntios 7.22). E acrescenta o detalhe importante, na instituição da escravidão: “Deus comprou vocês” (v. 23). É forçoso salientar, em todo esse contexto, que a iniciativa de assumir o desafio de ser livre não é da parte do ser humano... ainda que pareça. A Bíblia, abertamente, ano tem meias palavras: “Vocês, irmãos, foram chamados para serem livres” (Gálatas 5.15). Chamados por quem? Chamados pelo Deus Pai, pela intermediação do Deus Filho. Conclusão bíblica: viver a liberdade é viver à maneira revelada por Jesus, o Cristo. A vida livre, de qualidade livre, de intensidade livre, é Cristo. É o Cristo libertador, porque é o Cristo o Senhor.
Meus lábios e a glória de Deus Jeferson Cristianini
pastor, colaborador de OJB
A sabedoria bíblica nos ensina muito sobre nossa língua. Há várias advertências nas Escrituras para cuidarmos da língua. O mau uso da nossa língua pode causar muitos problemas para nós e para as pessoas que nos circundam. Salomão nos advertiu sobre o poder da língua: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Pv 18.21). Tiago também nos mostra os pecados da língua, e diz que a “língua é fogo” (Tiago 3.6). Tiago fala da nossa incoerência no uso da língua, pois com ela louvamos a Deus a amaldiçoamos os homens. “Com ela, bendizemos ao
Senhor e Pai; também com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tiago 3.9). Quando Isaías “viu o Senhor assentando sobre um alto e sublime trono”, ele ficou maravilhado diante da Glória de Deus. Quando ele viu que “as abas de suas vestes enchiam o templo” ele entendeu a grandeza de Deus. Isaías viu ainda os serafins voando e ouviu eles “clamando uns aos outros, dizendo: Santo, santo, santos é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. Os serafins ao redor do trono de Deus celebravam a santidade e a glória de Deus. Quando Isaías contempla a glória do Senhor Deus, ele espontaneamente diz: “ai de mim”. Ao contemplar a glória de Deus, ele reco-
nhece sua real condição, sua situação moral. A santidade e a glória deixam Isaías constrangido, por isso ele diz “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!”. A santidade e a glória de Deus o deixaram impactado. Ele ao ver o Senhor, e sua glória, e ao ver os serafins em coro exaltando a santidade de Deus ele reconhece seu pecado. Ele reconhece que seus lábios não são exclusivos para o louvor da Glória de Deus. Ele reconhece que habita com pessoas que igualmente estão em pecado, pois não usam os lábios e a língua para louvar o Deus Criador, o Senhor dos Exércitos.
Após Isaías reconhecer e professar sua condição imperfeita diante do Senhor. Um dos serafins que estavam clamando a santidade ao redor do trono, voou na direção de Isaías “trazendo uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado teus pecados”. Deus purificou os lábios de Isaías e perdoou seus pecados. Não podemos contemplar a glória do Senhor e não termos nossas vidas transformadas. Que os nossos lábios sejam exclusivos para adorar o Senhor e anunciá-Lo. Que os nossos lábios revelem a Glória do Senhor! n
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JUVENTUDE BATISTA BRASILEIRA
Superando incertezas através da sabedoria divina João Victor Campos
Time de Comunicação da Juventude Batista Brasileira
Nestes dias de início de ano, nos enchemos de planos e possibilidades. Afinal, nada melhor do que esses períodos de mudança no calendário para também começarmos mudanças em nossas próprias vidas. Porém, nem tudo são flores. Não sei vocês, mas eu sempre fico um pouco aflito ao pensar em tudo o que preciso e quero realizar nos próximos meses. Será que realmente dou conta? Será que não será igual aos anos anteriores? É melhor ser realista e ter poucas metas ou ser sonhador e acreditar que consigo alcançar mais? Em um mundo repleto de incertezas e surpresas, muitas vezes, nos encontramos em um mar de dúvidas e preocupações. Como jovens, enfrentamos desafios únicos – escolhas de carreira, relacionamentos, pressões sociais e acadêmicas – que podem nos deixar bastante ansiosos sobre o futuro. No
entanto, como cristãos, temos uma fonte inesgotável de sabedoria e orientação: nosso amoroso Deus. O livro de Tiago nos oferece uma perspectiva bem encorajadora sobre como lidar com as incertezas da vida. Logo no primeiro capítulo, nos versículos de 5 a 8, Tiago nos aconselha a buscar sabedoria em Deus. Ele nos assegura que, se pedirmos a Deus com fé, sem duvidar, Ele generosamente nos concederá a sabedoria que tanto buscamos. Essa passagem nos ensina duas verdades importantes. A primeira delas é que Deus está sempre disposto a nos dar o que precisamos. Como filhos dEle, sabemos que a Sua generosidade não conhece limites e que Ele está sempre pronto a nos ajudar. A sabedoria que Cristo nos oferece não é apenas conhecimento, algo possível e até mesmo comum aos homens, mas, sim, a capacidade de ver as coisas através de uma perspectiva divina. Essa visão diferenciada vinda dos céus nos ajuda nas horas
em que precisamos tomar decisões complexas, além de contribuir para que enfrentemos os nossos desafios com clareza e paz de espírito. Em seguida, o segundo ponto que o texto nos atenta é sobre a nossa abordagem em pedir sabedoria: Tiago nos adverte contra a dúvida. A dúvida quase sempre nos faz vacilar, como ondas agitadas pelo vento, incertas para onde ir. Ao invés disso, devemos pedir com fé, confiando plenamente que Deus responderá. A fé elimina a inconstância e nos estabiliza, permitindo que enfrentemos as surpresas da vida com confiança e tranquilidade. Como cristãos, podemos aplicar essa sabedoria divina em todos os aspectos de nossas vidas. Na universidade ou em nossos trabalhos, ela pode nos guiar nas nossas escolhas de estudos e de carreira. Em nossos relacionamentos, ela pode nos ajudar a construir conexões significativas e saudáveis. E, em nossa vida espiritual, ela pode aprofundar nosso entendimento e nossa relação com Deus.
Não quer dizer que colocar isso em prática em nossas vidas seja algo trivial. Buscar sabedoria em Deus não significa que todas as respostas serão imediatas ou que os caminhos serão sempre claros. No entanto, é saber que não estamos sozinhos em nossas lutas e decisões. Deus caminha conosco, guiando-nos com amor e sabedoria, mesmo nas mais turbulentas incertezas da vida. Portanto, sempre que você se sentir sobrecarregado pelas incertezas, aflições e dúvidas da vida, lembre-se de pedir sabedoria a Deus. Faça isso com fé, sem duvidar. E confie que, ao fazer isso, você encontrará a orientação e a paz que busca, sustentado pela generosa sabedoria do Senhor. Talvez, ela não chegue exatamente no tempo em que desejamos, mas tenha certeza que ela sempre chega exatamente no tempo em que precisamos. Que o nosso Salvador Jesus Cristo e a sua sabedoria nos acompanhe em todos os momentos da nossa vida. Amém. n
Davi se recusou terminantemente a confessar seu pecado. Tentou varrê-lo para debaixo do tapete. Talvez tenha procurado se convencer de que “o tempo cura todos os males”. Em sua recusa obstinada em se arrepender, porém, estava lutando contra Deus e fazendo mal a si mesmo. A angústia não aliviada do espírito acabou com sua saúde física. O salmista percebeu que a mão de Deus pesava sobre ele, detendo-o, embaraçando-o e frustrando-o o tempo todo. Nada mais dava certo. As engrenagens da vida estavam fora de sincronia. Os dias de tranquilidade haviam ficado no passado e as perspectivas eram tão desagradáveis quanto a aridez do deserto. Por fim, Davi disse o que Deus esperava: “Pequei”. Desse momento em diante, a história sórdida veio à tona, como o pus de um abscesso. Findaram-se as tentativas de encobrir, amenizar ou justificar seus atos. Davi finalmente chamou o pecado pelo nome: “meu pecado […] minha iniquidade […] minhas transgressões”.
Assim que confessou, recebeu a garantia de que o Senhor havia perdoado a iniquidade do seu pecado. A alegria de um novo começo é fruto de um amor que me envolve (v. 10). Neste trecho, encontramos um contraste, ele é extraído na relação entre o pecador e a pessoa que constantemente confia no Senhor (v. 10). Um conhece muitas angústias (possivelmente “enfermidade”, tal qual o uso da mesma palavra hebraica em Isaías 53.3: “homem de dores”), enquanto outro tem o conhecimento do amor pactual de Deus e é envolvido por ele. A confiança é o característico permanente na vida de um crente. Para Davi, a situação do justo é muito melhor do que a do homem perverso. Não há comparação. Muito sofrimento aguarda o ímpio. O humilde, porém, é cercado pela misericórdia do Senhor. Nada mais apropriado, portanto, do que os retos de coração se alegrarem no Senhor e exultarem na certeza de seu amor. n
A alegria de um novo começo Carlos Elias de Souza Santos
pastor (Extraído do site www.adiberj. com.br)
“Portanto, alegrem-se no Senhor e exultem, todos vocês que são justos! Gritem de alegria, todos vocês que têm coração íntegro!” (Sl 32.11). No Salmo 32, fica evidentemente claro que Davi enfrentou uma profunda experiência de conhecer o desfavor de Deus e de padecer enfermidade em suas mãos. Mas, mediante uma nova experiência com a misericórdia infalível de Deus, ele pode entoar este cântico de ação de graças por receber a oportunidade de um novo começo. A alegria de um novo começo é fruto do perdão que transforma (vv. 1-2). Nestes versículos, encontramos alguns termos para pecado. “Transgressão” é usado como uma referência a atos de rebelião contra Deus. Também é usado como um termo mais amplo para pecado no Antigo Testamento. Denota, em geral, errar o alvo e daí ser uma ofensa contra Deus.
Outro termo traduzido por “pecado” na NVI contém a ideia de distorção ou desvio do caminho certo. O que é maravilhoso, e sobre o qual o salmista pode cantar, é que todos esses tipos de pecado podem ser perdoados por Deus. O apóstolo Paulo cita Salmos 32:12 em Romanos 4:7-8 para mostrar como a justificação acontecia pela fé, e não por obras, mesmo no tempo do AT. Não fala do homem justo que conquista ou merece a salvação, mas, sim, do pecador perdoado. Ao descrever a bem-aventurança daquele cuja iniquidade é perdoada, não faz menção alguma a obras. Por meio do Espírito Santo, Paulo deduz, portanto, que Davi está descrevendo a felicidade daquele a quem Deus imputa justiça, independentemente de obras (Romanos 4.6). “Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4.25). A alegria de um novo começo é fruto de uma confissão que cura (vv. 3-5). Depois de cometer adultério com Bate-Seba e tramar a morte de Urias,
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 07/01/24 VIDA EM FAMÍLIA
Sapos e gatas borralheiras Existe um pensamento bem interessante que diz: “antes de casar-se, abra bem os olhos. Depois de se casar, feche-os bem”. Mas o problema é que, antes de se casar, os noivos estão tão cegos pela paixão que não conseguem manter os olhos abertos a toda hora. E depois do casamento, não conseguem fechá-los adequadamente. Talvez o leitor conheça os contos de fadas “o sapo príncipe” e “a gata borralheira”. Pois é, acontece mais ou menos isso no casamento. Mais cedo ou mais tarde, príncipes viram sapos e princesas viram gatas borralheiras. Por que muitos casamentos naufragam? Porque a princesa nunca imaginaria que aquele moço romântico, afeiçoado e lindo, viraria um sapo. Por sua vez, o príncipe se decepciona quando a carruagem vira abóbora e o “feitiço” se desfaz. Após a lua-de-mel, quando o novo casal volta para casa, ela começa a ver um pouco de sapo nele e ele, um pouco de gata borralheira nela. Um começa a ver que o outro é humano, não mais
aquele príncipe ou princesa que todos admiravam. O sapo e a gata borralheira começam a aparecer, por exemplo, quando aquelas coisas que nunca foram vistas antes do casamento começam a ser visíveis. São os primeiros choques do casamento, como afirma Judith Viorst, em seu livro Casamento para toda vida (Editora Melhoramentos). Escreve Viorst: “Passamos a conhecer o outro , quando começamos e ver seus irritantes hábitos, em dúzias de afazeres da vida em comum. Tal como ele não fechar as gavetas do armário da cozinha e os potes da cozinha. Tal como repor o papel higiênico quando ele termina o rolo. Tal como deixar o tanque sem uma maldita gota de combustível quando ela usa o carro”. Uma vez, um marido perguntou à sua esposa o que mais lhe irritava na convivência diária do casamento. A esposa disse: “o que mais me irrita é encontrar de vez em quando fio dental usado pela casa”. (Não sei por que, lembrei-me agora daquela música do Roberto Carlos que diz “esse cara sou eu”.)
Pois é, acho até que o parágrafo escrito por Viorst é bem ameno. O que dizer do marido que descobriu que a esposa não trocava os lençóis entre a estadia de um hóspede e a de outro? E da esposa que descobriu que o marido não tinha o hábito de escovar os dentes com frequência e tomar banho todos os dias? Então, o que fazer com esse sapo que está aí ao seu lado e com sua gata borralheira? Abrir a porta e jogar na lagoa novamente? Não ir ao encontro à Cinderela que um dia você conheceu? Terminar o casamento e buscar outro príncipe e outra Cinderela e, depois de alguns dias de casado, saber que vai encontrar outro sapo, talvez mais feio ainda, e outra gata borralheira? Ficar a vida toda com esse sapo e essa gata borralheira reclamando sem parar. Deixa-me dar alguns conselhos. Todos os dias, você verá no seu cônjuge um sapo e uma gata borralheira. Mas também poderá ver aquele príncipe e aquela Cinderela.
Você, que é um sapo, tente se lembrar quando era um príncipe para sua princesa e tente vestir todos os dias aquela roupa de príncipe para ela. Você, esposa, faça o mesmo. Quando sentir que está se aproximando uma meia noite no seu relacionamento conjugal, tente evitar que a carruagem vire abóbora. Casamentos felizes são construídos com paciência e tolerância, quando percebe que um sapo ou uma gata borralheira está ao seu lado. E também, de esforços, atos intencionais para ser sempre para ela aquele príncipe que você prometeu ser. E ser aquela Cinderela que, um dia, ele conheceu e se apaixonou. n
passa/ sem princípio, sem fim, sem medida!/ Vou levando a ventura e a desgraça,/ vou levando as vaidades da vida!/ A correr, de segundo em segundo,/ vou formando os minutos que correm…/ Formo as horas que passam no mundo,/ formo os anos que nascem e morrem./ Ninguém pode evitar os meus danos.../ Vou correndo sereno e constante:/ desse modo, de cem em cem anos,/ formo um século e passo adiante./ Trabalhai, porque a vida é pequena,/ e não há para o Tempo demoras!/ Não gasteis os minutos sem pena!/ Não façais pouco caso das horas!”
Como será 2021? Bem, ele não será muito diferente dos anos que se passaram, a menos que façamos algumas mudanças em nossa vida. E elas não podem ser típicas “resoluções de ano novo”, daquelas que são abandonadas depois de poucas semanas. Receber um novo ano das mãos de Deus é um grande presente. É como receber um caderno em branco. Cuidemos bem dele. Escrevamos coisas boas em suas linhas. Como será o seu ano novo? Que seja um tempo de crescimento e de vitórias, para honra e glória de Jesus! n
Gilson Bifano Escritor e palestrante na área de casamento e família. Diretor do Ministério OIKOS – Ministério Cristão de Apoio à Família. Siga-o no Instagram e no Facebook: @gilsonbifano Contato: oikos@ministeriooikos.org.br
Como será o seu novo ano? Marcelo Aguiar
pastor (Extraído do site www.adiberj. com.br)
Quando eu era criança, não gostava muito do primeiro dia de aula. Meu único consolo na volta às aulas era poder usar cadernos novos. Gostava do cheiro deles, do fato de que estavam limpos, das suas páginas imaculadas, do detalhe de que nada havia sido escrito em suas linhas. O problema, naturalmente, era que eles não ficavam assim por muito tempo. Em poucas semanas, já haviam se transformado em cadernos iguais
aos que eu tinha antes. Se não tomarmos cuidado, o mesmo acontecerá com o ano novinho em folha que o Senhor está nos concedendo. Sempre começamos um novo ano tomados de otimismo. O seu frescor e a sua novidade nos enchem da esperança de que grandes coisas irão acontecer. Infelizmente, isso não costuma durar muito. Nossa falta de determinação e santidade logo fazem com que a rotina prevaleça. E assim se passa o ano novo, e assim se passa a nossa vida… Olavo Bilac, no poema “O Tempo”, já dizia: “Sou o Tempo, que passa, que
MISSÕES NACIONAIS
O JORNAL BATISTA Domingo, 07/01/24
Batismos enchem o coração de alegria! Redação de Missões Nacionais Para a glória de Deus, mais surdos estão sendo batizados em nossa nação. A jovem surda Lilian Bengaly reconheceu Jesus Cristo como único e suficiente Salvador de sua vida e desceu às águas em uma linda celebração na Primeira Igreja Batista no Andaraí, no Rio de Janeiro. A Igreja apoia o projeto que visa a evangelização discipuladora dos surdos e a plantação de uma Igreja em Libras. Agora, na Congregação Batista Fonte de Água Viva, em Tefé, no Amazonas, cinco irmãos desceram às águas, declarando que “A Solução é Jesus Cristo”. Além do casal missionário pastor Douglas e Camila Nascimento, o pastor Francinei Auanario participou desse momento, representando a Primeira Igreja Batista em Tefé, Igreja mãe do trabalho local. Louvamos a Deus pelas vidas de Jonas Vidal, Rausiane Felix, Maria Gabrielle, Paulo Hygor e Victor Gabriel, que agora iniciam uma nova caminhada com Cristo. Na Bahia, também temos tido o privilégio de ver vidas se rendendo aos pés do Senhor. No dia 02 de dezembro, a Cristolândia BA em Vila de Abrantes celebrou dez anos, em um evento emocionante, que contou com a participação de Igrejas, familiares e missionários unidos em gratidão a Deus. Para tornar o momento ainda mais especial, diversos acolhidos confessaram publicamente a fé em Cristo Jesus e foram batizados. Jesus transforma vidas e histórias. Continue investindo na obra missionária pelo site: www.missoesnacionais. org.br/contribuir. Vamos avançar! n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 07/01/24
Juventude Batista do Estado de São Paulo realiza Conferência 2023 Jovens Batistas de todo o estado estiveram reunidos durante três dias. Com informações das redes sociais da Juventude Batista do Estado de São Paulo O interior de São Paulo viveu dias de muita intensidade. Centenas de jovens Batistas paulistas se encontraram para um momento imersivo de comunhão, na Conferência da Juventude Batista do Estado de São Paulo (ConJubesp), dos dias 20 a 22 de outubro do ano passado. Com o tema “Avivamento”, a Conferência da Juventude Batista do Estado de São Paulo (Jubesp) aconteceu no Acampamento Batista em Sumaré, na Região Metropolitana de Campinas, e contou com palestras, oficinas e muita adoração. A programação do final de semana foi recheada. Os acampantes já chegaram na noite do dia 20 sendo abençoados pela ministração do pastor Kaio Dantas, que compartilhou sua experiência como missionário da Junta de Missões Nacionais (JMN). O louvor de sexta-feira ficou com a Juventude Batista do Centro Leste de São Paulo (Jubacel), anfitriã do evento. O sábado começou com a pregação do jovem pastor Walter Junior, da Primeira Igreja Batista de Piracicaba - SP. A banda da Juventude Batista Missionária (JUBAM), da mesma cidade, ministrou o louvor. Neste primeiro momento do dia, os líderes ainda tiveram um momento especial de Fórum. A tarde foi o momento de as oficinas entrarem em cena. Os participantes puderam escolher de qual participar:
Jovens Batistas de São Paulo foram capacitados e inspirados nos dias de Conjubesp “Descobrindo sua identidade em Cristo: preparando-se para a liderança”, com os líderes de juventude pastor Rafael Silva, da Igreja Batista Central em Santo Amaro - SP, e pastor João Lazarini, da Igreja Batista do Redentor, em Americana - SP; “Jornada na liderança de juventude”, com os líderes de juventude Leandro Garcia, da PIB de Piracicaba - SP, e Estevam Júnior, da Igreja Batista das Nações - SP; “Saúde mental e os desafios da juventude”, com as psicólogas Abda Fernandes e Aline Zeeberg; “Missão e vocação”, com a Radical Letícia Gil e a missionária Mona Santos. Ambas são voluntárias da Vila Minha Pátria, projeto de acolhimento de refugiados da JMN. A noite encerrou com louvor da banda Purples e a palavra do pastor Alípio Coutinho, diretor-executivo da
Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), que participou da organização do evento. O presidente da Jubesp, Samuel Gonçalves, deixou seu agradecimento pelas redes sociais da Juventude paulista: “Quanto cuidado da Convenção Batista do Estado de São Paulo conosco, em todos os detalhes. Compraram a ideia e, no final, estavam até mais emocionados que a gente!”. Samuel também agradeceu o empenho daqueles que apoiaram esta que foi sua primeira Conferência durante seu mandato: “Mais de 200 jovens se deslocaram pelo estado para participarem do nosso primeiro ConJubesp após a pandemia de Covid-19. Alguns viajaram 500 km para estarem lá! A cada jovem, Igreja, pastor e família, muito obrigado pela confiança e pela ida e envio de um participante.”
Para Samuel, esta foi uma virada de chave importante na vida da denominação Batista de São Paulo: “Assim como foi no nosso aniversário em maio e na Assembleia em julho, o que pudemos ver foi muita gente que estava ali não por causa de um evento, mas sim por estarem sedentos de Deus, de mudanças em seu modo de viver e em como se tem ‘feito Igreja’.” “Enfim, muito obrigado, Diretoria e Conselho da Jubesp. O que vocês fazem é incrível. Sem vocês, não seria possível muita coisa do que estamos conquistando. Realmente, fechamos o calendário 2023 da Jubesp com chave de ouro. E podem ter certeza que, em 2024, vamos fazer ainda mais e com muito mais força!”, completou. O ConJubesp do ano que vem já está marcado. A dose de bênção será repetida no Acampento Batista em Sumaré, dos dias 18 a 20 de outubro. n
Juventudes Batistas de Caxias - RJ e Petrópolis - RJ se reúnem em dia de intercâmbio Evento contou com instruções para a vida dos jovens e momentos de lazer. Tiago Ferreira Macário
presidente da Juventude Batista Caxiense
O intercâmbio entre as Juventudes Batistas de Duque de Caxias (Jubac) e de Petrópolis (Jubapetro) marcou o dia 02 de novembro de 2023. Tivemos um dia inteiro de comunhão e muitas alegrias, no Sítio da Associação Batista Caxiense em São Bento, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense - RJ. Na parte da manhã, fomos alimentados com um delicioso café da manhã e uma palavra introdutória, seguida de alguns louvores. Após isso, começamos as palestras para grupos de jovens solteiros e para casados. Depois, todos tiveram palestra sobre
Comunhão, palestras, Palavra e gincana fizeram parte da programação do intercâmbio entre juventudes boa administração financeira. Terminado o almoço, chegou a hora das gincanas. Os participantes se divertiram com jogos como futsal, vôlei, queimada, cabo de guerra e torta na
cara com perguntas bíblicas. Para encerrarmos o evento, tivemos um culto de louvor e adoração a Deus para agradecer o dia. Finalizamos com uma oração, antes dos jovens irem
para suas casas. Temos agradecido a Deus por proporcionar momentos como este, em que podemos mostrar e desfrutar dos frutos que Ele nos tem dado. n
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Convenção Batista do Estado do Espírito Santo realiza última reunião do Conselho Geral em 2023 Encontro não teve deliberações. Redes sociais da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo A Diretoria da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES) esteve com o Conselho Geral para a última reunião de 2023, no último dia 12 de dezembro. O encontro na sede da CBESS, em Vitória - ES, não teve deliberação, sendo destinado exclusivamente à apresentação dos relatórios de atividades das organizações. Estiveram presentes 32 conselheiros. O Conselho Geral reconheceu e apreciou, com alegria, a programação dos 120 anos de presença Batista no estado. Também agradeceu a Deus pelo momento que vivemos em 2023, em lembrança de toda esta história. A Convenção Batista do Estado do Espírito Santo tem a visão de “servir às Igrejas para que cumpram com excelência a missão de fazer discípulos de Jesus” e a missão de “ser referência na capacitação de líderes e Igrejas para a expansão do Reino Líderes de organizações da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo apresentaram relatórios durante reunião de Deus”. n
Mulheres Cristãs em Missão de Alagoas promovem Acampamento anual Participantes viveram momentos de reflexão, aprendizado e comunhão. Maik Paranhos
estudante de Jornalismo
Entre os dias 24 e 26 de novembro de 2023, o Acampamento Batista Alagoano Pr. Boyd O’Neal foi palco de um encontro especial, que reuniu 208 mulheres cristãs comprometidas com a missão. O Acampamento Estadual das Mulheres Cristãs em Missão (MCM) trouxe momentos de reflexão, aprendizado e comunhão, através do tema “Mulheres, façam da missão um projeto de vida!”, baseado em Jeremias 29.11, onde está escrito: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. O evento, parte integrante da tradição das mulheres Batistas do Estado, acontece anualmente, proporcionando não apenas momentos de lazer, mas também oportunidades para o fortalecimento espiritual e o compartilhamento de experiências entre as irmãs.
Mais de 200 mulheres Batistas alagoanas participaram do Acampamento Este ano, o acampamento teve uma participação significativa, com 208 mulheres vindas de diversas Igrejas e Associações estaduais, demonstrando a união e a força que caracterizam a comunidade Batista no estado de Alagoas.
O preletor oficial, pastor Vitor Alves, da Igreja Batista do Farol - AL, trouxe mensagens inspiradoras e desafiadoras, incentivando as mulheres a integrarem a missão como um projeto de vida, alinhando seus propósitos aos planos que Deus tem para cada uma.
Um dos momentos mais esperados de todos os acampamentos é sempre a festa temática. Neste ano, o tema foi “Mulheres da Bíblia”. Nele, as participantes apresentam peças e se caracterizam das personagens, um momento de descontração e aprendizado. Também tivemos várias oficinas visando o bem-estar e capacitação, como por exemplo, bate-papo com psicóloga e aula de hidroginástica. Ao encerrar o acampamento, as participantes expressaram gratidão pela oportunidade de fazer parte de mais um evento organizado pela Convenção Batista Alagoana: “Foi um tempo precioso, assim como tem sido todos os anos que venho participando. Neste acampamento, destaco o envolvimento e engajamento tanto da equipe de trabalho, como também de todas as participantes”, destacou Candida de Oliveira, executiva da União Feminina Missionária Batista de Alagoas (UFMBAL). n
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MISSÕES MUNDIAIS
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Vamos Completar a Missão no Poder do Espírito! jornada contínua e exigente. No entanto, o Espírito Santo nos capacita a perseverar e a confiar em Deus, mesmo quando não vemos resultados imediatos. Ele opera de maneira poderosa e sutil, semeando a Palavra de Deus nos corações das pessoas e dando frutos no momento certo.
João Marcos B. Soares
pastor, diretor-executivo de Missões Mundiais
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Neste século XXI, temos um desafio urgente e vital diante de nós: completar a missão de evangelizar o mundo. Essa missão foi dada por Jesus Cristo a Seus discípulos, e continua sendo relevante e necessária nos dias atuais. Mas, como podemos cumprir essa tarefa monumental? Com o poder do Espírito Santo, cada cristão é capacitado a contribuir nessa obra missionária. Ao reconhecer a urgência da missão, buscar intimidade com Ele, compartilhar nosso testemunho pessoal e cooperar com outros crentes, podemos cumprir nossa parte nesse grande empreendimento. A Palavra de Deus nos insta a proclamar o Evangelho a todas as nações, pois sabemos que Jesus voltará em breve. O mundo está cada vez mais necessitado da esperança e salvação encontradas em Cristo. Compreendendo a urgência da missão, somos motivados a nos envolver ativamente na evangelização. O poder do Espírito Santo é a chave para completar a missão de evangelizar o mundo, e é através de nossa resposta e dedicação que veremos vidas transformadas e o Reino de Deus sendo estabelecido na Terra. Por que no Poder do Espírito? O Espírito Santo, como a terceira pessoa da Trindade, é nosso auxiliador e capacitador divino. Ele nos foi dado para equipar-nos e fortalecer-nos na obra do Senhor. É através do poder do Espírito Santo que podemos enfrentar os desafios da evangelização e cumprir efetivamente nossa missão.
Os resultados da obra missionária realizada no poder do Espírito Santo são duradouros e eternos. Como posso me revestir desse poder e mobilizar esse grande desafio de Completar a Missão? Oração e intimidade com o Espírito Santo Para cumprir efetivamente a missão de evangelizar o mundo, é fundamental cultivar uma vida de oração e intimidade com o Espírito Santo. Através da oração, somos capacitados a ouvir a voz do Espírito, receber direção divina e discernimento em nossos esforços evangelísticos. A oração também nos fortalece espiritualmente e nos conecta com o coração de Deus pela salvação das almas perdidas.
Convicção e conversão: O Espírito Santo é o agente principal na convicção e conversão das pessoas. Ele age nos corações e mentes daqueles que ainda não conhecem a Cristo, despertando nelas uma consciência de sua necessidade de salvação. O Espírito Santo abre os olhos espirituais e capacita as pessoas a responderem ao chamado do Evangelho. Fortalecimento e encorajamento: A obra missionária pode ser desafiadora e enfrentar oposição. No entanto, o Espírito Santo fortalece e encoraja os missionários, capacitando-os a permanecer firmes em sua fé e a perseverar mesmo diante de dificuldades. Ele traz consolo, paz e confiança em meio às adversidades.
Capacitação e direção: o Espírito Santo capacita cada cristão para ser um testemunho eficaz do Evangelho. Ele nos concede dons espirituais e habilidades específicas para cumprir nossa missão. Além disso, o Espírito Santo nos guia e direciona, revelando-nos oportunidades e estratégias Comunicação e compreensão: para alcançar as pessoas com a O Espírito Santo capacita os mismensagem do Evangelho.
Testemunho Pessoal Cada cristão tem um testemunho poderoso e único para compartilhar. Ao viver uma vida transformada pelo poder do Espírito Santo, tornamo-nos um reflexo vivo do amor de Cristo e uma prova viva da realidade do Evangelho. Ao compartilhar nosso testemunho pessoal, abrimos portas para conversas significativas e oportunidades de compartilhar a sionários a comunicarem o Evange- mensagem de salvação. lho de forma eficaz, transcendendo barreiras culturais e linguísticas. Ele Cooperação e Unidade concede sabedoria e discernimento A missão de evangelizar o mundo para compartilhar a mensagem de é uma tarefa coletiva, que requer a uma maneira que seja compreensí- cooperação e unidade de todos os vel e relevante para aqueles a quem cristãos. Ao trabalharmos juntos estamos alcançando. como um corpo de Cristo, combinando nossos dons, talentos e recurTransformação de vidas: a obra sos, podemos alcançar mais vidas do Espírito Santo vai além da mera e regiões para o Reino de Deus. A transmissão de informações. Ele comunhão e a colaboração com ouage poderosamente para transfor- tros crentes são essenciais para o mar vidas. O Espírito Santo trabalha avanço da obra missionária. nos corações das pessoas, levando-as ao arrependimento, ao perdão Defesa teológica da campanha dos pecados e a uma nova vida em de Missões Mundiais 2024. Cristo. É Ele quem concede o novo Depois de celebrar 24 horas de nascimento espiritual e produz fru- ano novo na virada de ano ao redor tos de caráter cristão nas vidas da- do mundo, Missões Mundiais deseja queles que aceitam o Evangelho. um excelente 2024. E no poder do Espírito Santo, vamos completar a Perseverança e resultados du- missão. n radouros: a obra missionária é uma
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Batistas no Amapá celebram 70 anos de presença da denominação no estado Data foi lembrada na Assembleia Legislativa local. Eliane Ferreira Borges da Graça
historiadora; membro da Igreja Batista Central de Macapá - AP
Representantes da Primeira Igreja Batista de Macapá - AP e da Convenção Batista Amapaense (COBAP) foram homenageados pela Assembleia Legislativa pelos 70 anos no estado. A solenidade aconteceu no dia 17 de novembro de 2023, durante a 83ª Sessão Ordinária no plenário da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), e contou com a participação de vários pastores e fiéis de dezenas de Igrejas do Amapá. O presidente da COBAP, pastor Adiel Fagundes, usou a tribuna e enfocou o espírito cooperativo entre os Batistas brasileiros e a relevância da denominação no Brasil e no mundo, com os projetos das Juntas de Missões Nacionais e Mundiais, que contam com a cooperação também dos Batistas amapaenses. No Amapá, desde 2007, os Batistas estão presentes em todos os municípios, contando atualmente com 33 Igrejas e 19 Congregações e cerca de 2600 membros e 26 pastores. O pastor-presidente da PIB Macapá - AP também usou a tribuna e narrou um pouco da nossa trajetória, louvando a Deus por Seus grandes feitos e fazendo referência aos membros históricos que fundaram a Igreja. Logo após, o deputado Jory Oeiras, autor da Moção de Aplausos, destacou que a Igreja evangélica estende o braço onde o estado não consegue alcançar e parabenizou os Batistas pelos seus relevantes e notórios feitos no Amapá. Foi seguido por vários deputados que usaram a palavra fazendo menção honrosa de saudosas lembranças de familiares e amigos Batistas. Ao final, o auditório foi tomado pelas vozes de todos os presentes que cantaram a música de Alexandre Magnani, reafirmando que “até que Ele venha, Cristo é a esperança que ao mundo vou levar”. Segundo registros escritos pela saudosa irmã Corina Amoras, (filha do primeiro casal batizado na nova congregação), foi em 02 de novembro de 1953 que os Batistas paraenses expandiram sua fé para o território do Amapá, em uma residência do irmão Fábio Azevedo de Oliveira. Posteriormente, o ponto de pregação foi transferido para a casa do irmão Nerino Mota de Oliveira, no bairro do Laguinho, onde reuniram cerca de 15 pessoas. Nesta ocasião houve uma assembleia solene presidida pelo evangelista Raimundo Marques Marinho, que veio do Tapajós, no Pará, para organizar a Congregação e contou com a presença de autoridades civis e do Governo do antigo Ter-
Templo da PIB Macapá - AP é tombado como patrimônio histórico
Deputados atrás da mesa diretora; na frente, pastores e líderes do campo amapaense
Pr. Charles Wendell Siqueira, presidente da PIB Macapá - AP
Pr. Adiel Vitória Fagundes, presidente da Convenção Batista Amapaense
ritório Janary Nunes, bem como das duas Igrejas evangélicas já existentes aqui: Assembleia de Deus e Igreja dos Irmãos. Esta data ficou gravada como marco expressivo da vida religiosa desta terra e veio concretizar os anseios dos Batistas que chegaram para residir e trabalhar na nova região que surgia, com a implantação da ICOMI - Indústria e Comércio de Minérios S. A., no Território Federal do Amapá recém organizado. Seus nomes ficaram gravados como membros fundadores da congregação: Fábio Azevedo de Oliveira, Nerino Mota de Oliveira, Natália de Oliveira, Nagibe Joaquim de Oliveira, Zaury Matos Oliveira, Heriberto Reategui, Eli Lameira, Natércia Lameira, Felinto Desidério Chaves, Maria de Oliveira Chaves, Ilka Telles, Ilma Graça dos Santos, Joaquim Marcelino Amoras, Kyle Robert Lawrence, Doroth Mac Noose Lawrence, sendo estes últimos, o casal de missionários enviado pela Junta Equatorial Estadunidense. Em 1º de maior do ano seguinte, a Congregação alugou um salão. Em seguida, a junta Paraense enviou o obreiro Demétrio Gonçalves Vale, para apoiar o casal de americanos, ainda com muita dificuldade na língua portuguesa. A Congregação contou com o máximo de apoio da Junta Equatorial, que comprou um terreno, para edificar o templo da primeira Igreja Batista. A Junta não mediu esforços para aju-
dar, enviando também conferencistas, como o pastor Haroldo Schally, da Primeira Igreja Batista de Belém - PA, o pastor Paulo Sanderson, secretário da Junta Paraense, e o pastor Sóstenes Pereira de Barros, que liderava a Igreja de Santarém - PA. Muitos frutos foram colhidos e a necessidade de construir o templo era eminente. Pastor Kyle buscou recursos financeiros nos Estados Unidos e até operários foram trazidos por uma construtora do Pará. Em 31 de julho de 1955, o templo da Primeira Igreja Batista de Macapá foi inaugurado, no endereço atual, dia festivo e inesquecível para o povo de Deus. A construção é tombada como patrimônio histórico da arquitetura da cidade. O missionário Kyle Lawrence, por estar a serviço de missões estrangeiras, não podia se limitar ao pastoreio de uma única Igreja, motivo pelo qual foi solicitado à Convenção Batista Brasileira que a Junta de Missões Nacionais enviasse obreiros e apoiasse no sustento financeiro. Em janeiro de 1956, chegou a família missionária enviada pela JMN, pastor Helcias Raposa da Câmara, sua esposa Lígia e Helcias Filho, que trabalhou evangelizando em presídios e alfabetizando adultos na Igreja, por quatro anos, através do programa Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), do Ministério de Educação. Trabalho este que deu frutos permanentes. Em 1960, a família partiu para assumir o
Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife - PE. No mesmo ano, o casal de missionários pastor Eurides Bastos e Ledy Botelho Bastos veio do Rio de Janeiro, mas pela saúde delicada regressou antes do tempo previsto. Em 1965, o terceiro casal de missionários, pastor João Eduardo da Silva e sua esposa Laurinda Jaques da Silva, com cinco filhos. Obreiro de largo traquejo administrativo e evangelístico, o casal levou a Igreja ao seu período áureo de crescimento espiritual e numérico e autonomia financeira, não mais dependendo da Junta de Missões Nacionais para sustento de seus obreiros. Quando a PIB completou 35 anos, plantou outras seis Igrejas; recomendou e formou sete pastores e três educadoras religiosas; e havia enviado mais duas jovens ao Seminário Equatorial e um jovem ao Seminário Teológico de Recife. Em 1992, assume o pastor Ricardo Sena, com sua esposa Albion, sendo ele o primeiro presidente da Convenção Batista Amapaense, criada em 1995. Sena deixou a liderança da PIB dois anos depois. Os Batistas, com muita alegria, completam 70 anos no solo amapaense, onde desenvolve sua missão espiritual. Seguimos cuidando das pessoas como imagem e semelhança de Deus e proclamando que Cristo é a solução e a esperança que ao mundo vamos levar com perseverança. n
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Associação Batista Grapiunense promove sua Assembleia Geral Deliberativa Mensageiros agradeceram as bênçãos recebidas em 2023. Leandro Santana
secretário Executivo da Associação Batista Grapiunense
Nos dias 25 e 26 de novembro de 2023, aconteceu a Assembleia Geral Deliberativa da Associação Batista Grapiunense, o último encontro de 2023 dos Batistas Grapiunenses, na Primeira Igreja Batista em Buerarema - BA. Na ocasião tivemos como Orador o pastor Rafael Machado, da Igreja Batista da Urbis, em Ilhéus - BA, que ministrou dois sermões com base no tema anual dos Batistas Grapiunenses em 2023 que diz: “A Missão Continua: Vamos Cooperar!”, com base em Filipenses 1.3 e 5. O final de semana Batista Grapiunense contou com a presença de um pouco mais de 350 mensageiros e 40 pastores das nossas 67 Igrejas, além de registrarmos também a presença de irmãos de outras denominações e autoridades do Poder Executivo, secretariado e do Poder Executivo de Itabuna. Foi mais um final de semana marcado pela comunhão, edificação e gratidão do Povo Batista Grapiunense que juntos celebraram ao Senhor pelas vitórias de 2023. Queremos louvar a Deus pelas bênçãos derramadas, pela grandiosa recepção da PIB em Buerarema - BA, pela presença das nossas Igrejas e seus pastores. Na oportunidade tivemos a Eleição e Posse da Diretoria para o biênio 2024 e 2025:
Mais de 350 mensageiros participaram da Assembleia dos Batistas grapiunenses
Participantes também elegeram nova Diretoria da Associação e de organizações Presidente: pastor Márcio Frazão IB Getsemani em Una; 1° vice-presidente: diácono Jesimiel Palmeira - PIB em Itabuna; 2° vice-presidente: pastor Abrahão Neto - IB Boas Novas em Itabuna; 1ª secretária: Raquel Morais - IB Ebenézer em Ilhéus; 2ª secretária: Rosilene Mangabeira - IB Monte Ararat em Itabuna;
Foi eleita também a diretoria das Organizações JUBAG, UMHAG e UFMBG, Organização auxiliar, OPBB Subsecção Grapiunense e a renovação de 1/³ do Conselho Administrativo. Estamos com muitas expectativas para 2024, trabalharemos o tema durante todo o ano: “A missão continua: Vem pra perto!” (Atos 2.44).
Nosso primeiro encontro de 2024 já tem data e local, será a nossa 1ª Assembleia Geral Inspirativa e a Celebração dos 66 anos de Organização da ABG, nos dias 23 e 24 de março de 2024, na Igreja Batista Memorial em Ilhéus - BA, com a presença do pastor Irland Pereira de Azevedo, presidente Emérito da Convenção Batista Brasileira. n
Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE, celebra 89 anos de fundação Cultos tiveram participações de grupos da Igreja e visitantes.
Alzeni Duarte
professora, secretária da Igreja Batista em Sítio Novo - PE
Nos dias 18 e 19 de novembro de 2023, a Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE, celebrou seus 89 anos com o tema “Você tem um problema? A solução é Jesus Cristo. A divisa foi “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O pregador foi o pastor Max Maranhão, membro da Primeira Igreja Batista em Rio Doce, em Olinda - PE. No sábado, dirigiu o culto o irmão Luiz Guilherme e o período de louvor
Apresentação da União Masculina da Igreja ficou sob responsabilidade do casal Elias e Vanessa Batista, da Primeira Igreja Batista em Rio Doce, em Olinda - PE. No domingo, a direção foi da
Mulheres da Igreja também se apresentaram
diaconisa Ivanilda Duarte. Nos dois dias participaram da programação musical o irmão Davi Cunha, da Primeira Igreja Batista em Beberibe, em Recife - PE, e os conjuntos da União
Feminina, da União Masculina e do PEPE da própria Igreja. Após os cultos, os participantes desfrutaram de recepção organizada pela diaconisa Alcione Lima. n
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PONTO DE VISTA
Cenários atuais para o ministério pastoral e dos educadores cristãos do amanhã Genivaldo Félix
pastor (extraído do site www.oecbb.com. br)
Sabe-se que a “contemporaneidade volta seus olhares para o futuro e, nessa direção, busca formas mais objetivas para antecipá-lo ou pelo menos, identificar os fatos que dele fazem parte”. A partir dessa premissa, podemos afirmar que estamos vivendo uma transição paradigmática. Essa premissa é o ponto de partida (de que lugar estamos falando) e de chegada (onde queremos chegar). A gestão do conhecimento em educação cristã pressupõe um aprofundamento das Escrituras, juntamente com as habilidades da exegese bíblica e a capacidade de aplicabilidade à realidade das pessoas. Com isso, será necessária uma ênfase na formação pessoal, espiritual e ministerial do educador cristão, e não apenas na função laboral. As sociedades eram mais estáveis, invariantes, mutáveis e dinâmicas. Segundo Sigmund Bauman, temos algo vinculado à Modernidade sólida, estável e segura que termina, isto é, “o colapso gradual [...] da crença moderna de que há um fim no caminho em que andamos, de que há um estado de perfeição a ser atingido amanhã” (2001, p. 37). O modelo de sociedade que temos hoje é mais instável, incerto e inseguro – Modernidade líquida. As pessoas tendem a acreditar em um cenário estático, olham para trás, e não para a frente. São mais reativas e menos proativas. Ao mesmo tempo em que lançamos nosso olhar para um cenário em que a tarefa de educar (conduzir o outro) era algo pleno de sentido e uma ênfase na vida prática, no caráter, na santidade do fiel, reafirmo que aprender a Palavra precisa ser algo pleno de sentido para o cristão, algo que o prepare para uma vida de santidade, fé e amor ao próximo, já que nos deparamos com cenários em que os sujeitos se apresentam individualistas, secularizados, competitivos e agressivos. Há um desgaste das instituições tradicionais, como a família, a Igreja e a escola. Esse é, sem dúvida, um cenário que os pastores e educadores cristãos terão que lidar. Segundo Tom Sine (2001, p. 32) três graves crises ameaçam a capacidade da Igreja realizar sua missão: “1) uma crise de previsão – a incapacidade de levar a sério o futuro; 2) uma crise de visão – a incapacidade de levar a sério o futuro de Deus; e 3)
uma crise de criatividade – a incapacidade de levar a sério a imaginação que Deus nos deu”. Esse cenário crítico nos incita, de modo muito eficaz, ao desfrute imediato, à falta de vínculos afetivos, à relativização de valores e ao consumo efêmero e desenfreado. Vivenciamos a derrocada das velhas certezas em torno da educação cristã? Ao invés de influenciar, estamos nos deixando influenciar. “Portanto, irmãos, exorto-vos pelas compaixões de Deus que apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo mais do que convém; mas que pense de si com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12.1-3). Em outras palavras, que influência temos exercido na sociedade com o modelo de ensino ministrado em nossas Igrejas? Nosso ensino não tem sido relacional, mas instrumental, pragmático. Segundo (WAGAR, apud LITTO, p.61), “não é missão da educação preparar os alunos agora para viver num contexto futuro, pensando não apenas nas suas vidas pessoais e profissionais, mas também nas sociedades em que pretendem viver?”. Quando a Igreja se verticaliza, isola-se e deixa de influenciar, não há o que ensinar (sentido etimológico de marcar com um sinal) aos outros; deixa de “salvar”, mas quem? “[…] para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21, grifo do autor). Conforme Sine Tom (2001, p. 178), reconhecer que devemos perguntar: “por que temos tão pouca influência sobre a cultura secular? Aparentemente não somos diferentes daqueles que não frequentam a Igreja”. Basta um breve percurso histórico para perceber que, a partir do Renascimento, começa a surgir uma preocupação com o futuro. Atualmente, o tempo vivido coloca-nos diante de um “contexto em que tanto a vida mental humana, quanto a vida orgânica do homem pode ser reproduzida tecnologicamente e clonadas”.
Aproveitando para caracterizar esse nosso tempo e dizer que vivemos o tempo da celeridade (“rapidez ou agilidade”), volatilidade, (“qualidade do que sofre constantes mudanças)”, simultaneidade (“característica ou particularidade do que é simultâneo”), temporalidade (“qualidade do que é provisório; interinidade”), pluralidade (“diversidade cultural; condição do que existe em grande quantidade”), complexidade (“característica do que é complexo, de difícil compreensão”) e do individualismo (“Tendência a não pensar senão em si”). Vivemos em uma sociedade que se torna pós-cristã. Nossas Igrejas se encontram em regiões urbanas, com gestão e organização eclesiástica, pastoral, litúrgica, missiológica e educacional diferentes umas das outras, vivendo política e economicamente sob a influência da mundialização de ideologia neoliberal do mundo do trabalho. Muitas dessas questões ainda não fazem parte do nosso discurso. Dito isso, entendo que cada Igreja precisa descobrir seu chamado para o ministério e refletir a diversidade do Reino em um mundo secularizado. Nenhuma sociedade poderá subsistir sem formar, em seus membros, certos valores, seja no contexto familiar ou eclesial. Como vimos, o cristianismo imprimia nas pessoas a necessidade de serem catequizadas, na doutrina e na disciplina. Isso cunhava a identidade, autenticidade e reconhecimento da educação cristã entre os pagãos do primeiro século. Atualmente, esta tarefa é atribuída a quem? Com relação à Igreja, diria que tentar ajustar-se sempre aos diferentes cenários, à atemporalidade do ministério pastoral, à ausência de um ministério de educação cristã, por exemplo, pressupõe desconhecer que as Igrejas são diferentes, porque se acham em cenários diferentes. Se ajustar às mudanças da sociedade poderá trazer dificuldades. Pelo contrário, deve se manter firme à Palavra, mesmo porque “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb 13.8). Os cenários são múltiplos, o que nos coloca diante do desafio de educar em tempos incertos, como o pós pandemia. Nós educadores devemos ser como “do povo de Issacar, duzentos de seus chefes, conhecedores dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer” (I Cr 12.32). Quando me refiro a cenários plurais, entendo por aspectos relacionados ao campo social, político, econômico, religioso e educacional. O
pastor e o educador cristão precisam transitar entre diferentes campos a fim de entender os diferentes cenários e sua influência, sobretudo sobre o campo religioso. Entendo que é impossível dissociar o ministério pastoral e de educação cristã desses múltiplos cenários, bem como do princípio de indissociabilidade da figura do educador cristão com os demais ministérios no contexto da Igreja local. Não há educação cristã neutra. Em contrapartida, se a restringirmos aos limites da Igreja, às “quatro paredes”, será impossível pensar um projeto de transformação da sociedade. Sabe por quê? Porque estamos vivendo o mundinho do “Pequeno Príncipe”. REFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Tradução de José Gradel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. DELORS, Jacques.(Coord.) Educação um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 7 ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2012. FAVA, Rui. Educação 3.0. 1 ed. aplicando o PDCA nas instituições de ensino. São Paulo: Saraiva, 2014. JARAUTA, Beatriz; IMBERNÓN, Francisco. Pensando no futuro da educação. Uma nova escola para o século XXII. Porto Alegre: Penso, 2015. LITTLEJOHN, Robert; EVANS, Charles T. Sabedoria & Eloquência. Um modelo cristão para o ensino clássico. São Paulo: Trinitas, 2020. MORAIS, Regis de. Educação contemporânea. Olhares e cenários. Campinas: Alínea, 2003. (Coleção educação em debate) PETERSON, Eugene H. O caminho de Jesus e os atalhos da igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2009. (Série – Teologia Espiritual) SINE, Tom. O lado oculto da globalização. Como defender-se dos valores da nova ordem mundial. São Paulo: Mundo Cristão, 2001. STETZER, Ed; PUTMAN, David. Desvendando o código missional. Tornando-se uma igreja missionária na comunidade. São Paulo: Vida Nova, 2018. TAVARES, José. O poder mágico de conhecer e aprender. Brasília: Liber Livro, 2011. THIESEN, Juares da Silva. O futuro da educação. Contribuições da gestão do conhecimento. Campinas: Papirus, 2011. n
PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 07/01/24
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Você quer ter razão ou ser feliz? José Paulo Moura Antunes
pastor da Primeira Igreja Batista em Madureira - RJ
Gosto muito da pergunta que entitula este artigo. Apesar de usá-la constantemente em aconselhamentos e palestras, ela não é minha. Na verdade, foi baseada em uma experiência familiar vivida pelo poeta maranhense Ferreira Gullar, que, por si mesma, é uma grande lição de sabedoria. Uma discussão com sua esposa, a atriz Thereza Aragão, com quem foi casado durante 40 anos, chegou a um nível tão intenso que, em determinado momento, levantou-se e abandonou a conversa. Na opinião de Gullar, ele até ganhou a discussão: “ganhei, mas mas não levei”, afirmou. A partir desse momento, refletiu bastante e concluiu: “Não quero ter razão, quero ser feliz”. Há muita verdade e coerência nesta frase, pois revela que, às vezes, nas mais variadas áreas da vida, é fundamental sair do ringue de combate, ceder, abrir mão de disputas mesquinhas e ir em busca da tão esperada felicidade. Afinal de contas, quem não quer ser feliz? Por que não ser feliz? Sustentar uma discussão ou briga com as pessoas com quem nos relacionamos só serve para trazer sofrimento e isso pode ser evitado. Dentro de uma família, por exemplo, não pode haver adversários, nem vencedores e vencidos. Como uma equipe, ou todos
ganham ou todos perdem. Não quero dizer que você precisa abrir mão de suas opiniões ou ser uma pessoa passiva e apática. Mas, entre querer ter razão e ser feliz, experimente ficar com a segunda opção. Você vai gostar da ideia. A vida em família geralmente é cercada de muita expectativa. Quando os noivos entram no casamento, carregam consigo muitos sonhos em torno da construção de um relacionamento feliz, estável, próspero, bem sucedido, com filhos saudáveis, obedientes, etc. Tudo parece muito simples e fácil na fase da descoberta da pessoa amada, na lua-de-mel e nos primeiros anos da vida a dois. Entretanto, as circunstâncias logo deixam ir “por água abaixo” todos os sonhos e expectativas, chegando à conclusão de que a família que idealizavam e que começaram a construir não passava de um castelo de areia. Muitos casais concentram todas as esperanças de uma família alegre e realizada nos filhos que virão ou que estão crescendo, mas, ao longo dos anos, verificam que, com o crescimento da família, crescem também os problemas e as coisas tornam-se cada vez mais difíceis de administrar. Apesar da sua origem divina, da beleza e da bênção que o cerca, manter um casamento não é fácil. Aliás, é muito difícil. Os muitos divórcios, bem como a tendência cada vez maior de uniões temporárias e informais, sem
compromissos mútuos, o comprovam. Em muitas famílias, com o passar do tempo, o príncipe vira um sapo ranzinza. A princesa se transforma em uma megera indomável. Os filhos, antes bonzinhos, agora rebeldes e problemáticos. Assim, assiste-se hoje à desestruturação e ao desmoronamento de muitos lares. O casamento é difícil por várias razões, especialmente por causa das diferenças entre os cônjuges. São duas pessoas de sexos, temperamentos e históricos diferentes. Ambos precisam aprender a arte de conviver – “ter convivência, ter intimidade, viver com outrem” (Michaelis) –, viver com ou ao lado do cônjuge. Marido e mulher, com suas individualidades, filhos com idades e personalidades diferentes abrigados sob um mesmo teto, acarretam, muitas vezes, dificuldades em se manter um relacionamento familiar tranquilo, saudável e estável. Junto a esses fatores somam-se as tensões de um mundo em crise, as influências dos meios de comunicação agravando a já bastante desestabilizada família moderna. Diante da preocupante situação, o que deve ser feito? Ninguém precisa se omitir e deixar de ler os deveres conjugais, destacados por Paulo em Efésios 5.22-33, a não ser que a leitura seja machista (problema antigo) ou feminista (problema moderno). Paulo é muito equilibrado e combina a submissão feminina com o amor masculino e a referência
para ambos é a união de Cristo com a Igreja. A felicidade conjugal torna quase impossível a infidelidade, por exemplo. A felicidade conjugal traz segurança aos filhos. A felicidade conjugal faz do lar um ambiente acolhedor e fraterno. Na dúvida, experimente. Na sequência da leitura, a recomendação é para pais e filhos (Efésios 6.1-4) e para patrões e empregados (Efésios 6.5-9). Muitas pessoas, sem perceber, se envolvem em intermináveis discussões sem nenhuma razão ou por puro orgulho ou imaturidade. Daí, perdem tempo precioso e desperdiçam o melhor da vida. Quanta bobagem! Quanta perda de energia! Quanta infelicidade por tão pouco! Nada disso vale a pena. Discussões familiares, entre amigos ou entre chefes e subordinados poderiam ser evitadas com este simples pensamento: “Não quero ter razão, quero ser feliz”. Há de se destacar que Gullar não precisou abrir mão do casamento para ser feliz, mas compreendeu que precisava trocar o “egoísmo” pelo “altruismo”, o “eu” pelo “nós”, o “meu” pelo “nosso”. É nesse contexto e diante desse desafio que a Bíblia nos orienta a alicerçarmos nossas vidas, famílias e negócios em Cristo Jesus (Mateus 7.24-25). Ele é a base permanente para a felicidade humana, em todas as áreas e sentidos. Agora, vá e faça o mesmo. Seja feliz de verdade! n