OJB EDIÇÃO 47 - ANO 2023

ANO CXXII EDIÇÃO 47 DOMINGO, 19.11.2023

R$ 3.60 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

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Dia da Educaç, ão Teológica terceiro domingo de novembro

Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (Recife - PE)

Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro - RJ)

“Pois tudo o que foi escrito no passado foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança” (Romanos 15.4).

Seminário Teológico Batista Equatorial (Belém - PA)

Dicas da Igreja Legal

Notícias do Brasil Batista

“Vale o que está escrito” Vocacionar Jonatas Nascimento mostra a importância das tratativas entre pastor e Igreja

SEC e Seminário do Norte promovem Congresso sobre vocação e preparo ministerial pela primeira vez

pág. 03

pág. 08

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Agora é na Assembleia em Foz

AMBB entrevista

Conselho Geral da CBB se reúne e realiza últimos ajustes antes da 103ª Assembleia págs. 12 e 13

Maestro Altamiro Mendes fala sobre as oportunidades que a música trouxe para a sua vida

pág. 14

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 19/11/23

EDITORIAL

ABIBET - 53 anos de história

Não fosse a pandemia de COVID-19 que o Brasil e o mundo enfrentaram, o dia 16 de abril de 2020 seria marcado pela comemoração do cinquentenário de um dos mais importantes órgãos da Convenção Batista Brasileira. Pouco conhecido de grande parte dos membros das Igrejas da nossa denominação, a Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET) tem importância fundamental na vida dos quase dois milhões de crentes Batistas no Brasil, já que desde a sua fundação o órgão regulamenta e coopera com o planejamento pedagógico e a grade curricular das melhores instituições de ensino teológico do país.

Numa época em que pouco se falava em currículo unificado ou em regulamentação do MEC para cursos de Teologia, a ABIBET surge como Associação criada a partir da matriz denominacional confessional Batista para garantir a qualificação teológica, espiritual e denominacional de nossos seminários.

O esboço do projeto do que viria a ser a ABIBET começa a ser desenhado ainda no ano de 1967, na 1ª Conferência de Educação Teológica, no templo da Igreja Batista 2 de Julho, em Salvador - BA, que na época tinha na sua presidência o então reitor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil,

pastor David Mein. Três anos depois desse marco inicial e após longas trocas de correspondência com reitores dos seminários que estavam dispostos a se filiarem ao novo órgão, nascia, no dia 16 de abril de 1970, a ABIBET. A importância do órgão é atestada pelo fato de, já no seu primeiro ano, sob a presidência do pastor João Filson Soren, nove das mais importantes instituições de Ensino Teológico terem sido filiadas à ABIBET e consideradas instituições fundadoras. São elas: • Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro - RJ); • Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (Recife - PE); • Seminário Teológico Batista Equatorial (Belém - PA); • Faculdade Teológica Batista de São Paulo (São Paulo - SP); • Seminário de Educadoras Cristãs (Recife - PE); • Instituto Batista de Educação Religiosa (Rio de Janeiro - RJ); • Instituto Bíblico Batista A. D. Deter (Curitiba - PR); • Seminário Teológico Batista Fluminense (Campos dos Goytacazes RJ); • Seminário Teológico Batista Mineiro (Belo Horizonte - MG).

Ao longo dos últimos 53 anos, essa Associação tem sido fundamental na

qualificação dos obreiros que são oferecidos às Igrejas locais para atuação nas áreas de ministério pastoral, de educação cristã, de música e de missão. Logo, seu impacto atinge toda a denominação Batista que será pastoreada e liderada por esses egressos dos seminários filiados à Associação.

Além disso, a ABIBET funciona como ponto de intercâmbio entre instituições de diversas regiões do país.

Isso contribui para que as metodologias de ensino sejam alinhadas e que o rigor teológico seja um norteador das grades curriculares dos seminários que formam homens e mulheres para o labor pastoral. Como resultado disso, a Associação que começou com nove entidades filiadas, hoje conta com quarenta e três instituições de ensino.

Uma conquista para este tempo é a organização do documento oficial Manual da ABIBET, que tem a intenção de nortear as instituições associadas no cumprimento da missão de formação ministerial Batista no Brasil. Inclusive, uma matriz curricular alinhada está sendo sugerida no documento, além do Projeto Pedagógico de Teologia da CBB. Isso ressalta a qualidade do bom trabalho desenvolvido desde o ano de 1970. Em mais de meio século de

vida, a ABIBET foi uma ferramenta de Deus na melhoria do ensino teológico no país, promovendo Conferências Teológicas, Congressos Teológicos, Fóruns, Simpósios e tendo forte papel na editoração de revistas acadêmicas, cujos artigos revelam a riqueza e a pluralidade da produção teológica ao longo dos anos. Esses materiais impressos e digitais fornecem uma fonte de estudos para futuros historiadores que desejarem entender a evolução do ensino de Teologia do Brasil em suas diversas matizes.

A ABIBET também se destaca por sua parceria com os seminários filiados na promoção de uma educação teológica que aponte para o Reino de Deus. Que sob a Graça de Cristo agradeçamos a Deus pelos 53 anos de história da instituição, olhando para a estrada adiante, onde novos desafios serão enfrentados. E que Deus conduza esta honrada Associação nos anos que virão. n Anderson Carlos Guimarães Cavalcanti

pastor, mestre, diretor Executivo da ABIBET e diretor do Seminário Teológico Batista em São Luís - MA (Adaptação e Atualização do documento elaborado pela Diretoria e Comissão dos 50 anos da ABIBET)

( ) Impresso - 160,00 ( ) Digital - 80,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 19/11/23

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DICAS DA IGREJA LEGAL

A importância das tratativas prévias entre pastor e Igreja

Jonatas Nascimento

fortos, elaborei o presente documento, sustento pastoral, sustento ministepresente em minha obra Cartilha da rial, renda ou rendimento eclesiástico, Parece um assunto inusitado, mas Igreja Legal. prebendas, côngruas ministeriais ou não é. De vez em quando, Igrejas e múnus eclesiástico), a Igreja pagapastores se veem diante de impasses Sugestão de Termo de Compromisso rá ao ministro a quantia mensal de que poderiam ser evitados se tivessem Mútuo Igreja X Pastor R$... (valor por extenso), mediante doacordado as “bases do contrato” no cumento, no máximo até o dia (por Título: Termo de Compromisso extenso) de cada mês seguinte ao ato da “contratação” do novo obreiro.

Para introduzir este assunto, va- Mútuo vencido.

Partes: Igreja e ministro religioso lho-me de jargões, ditados populares Parágrafo §: Os proventos (ou ouou verdadeiros axiomas que estão, há ou outro ministro auxiliar não regido tras rubricas normalmente aceitas: pela CLT. muito tempo, na boca do povo: proventos pastorais, proventos miPreâmbulo: Pelo presente instru- nisteriais, sustento pastoral, sustento “Palavras, leva-as o vento”. Significa que o que se diz e não é escrito é mento particular, de um lado, IGREJA... ministerial, renda ou rendimento ecle(qualificar); e de outro, PASTOR ou ou- siástico, prebendas, côngruas ministefacilmente esquecido.

“Combinado não é caro”. Significa tro MINISTRO auxiliar não regido pela riais ou múnus eclesiástico) previstos que o combinado previamente será Consolidação das Leis do Trabalho – nesta cláusula deverão ser reajustados cumprido por ambas as partes, não CLT (qualificar), CELEBRAM este Ter- anualmente (ou em período inferior) no gerando dúvidas, o que minimizará mo de Compromisso Mútuo mediante mês de ..., tomando-se por base (esos seguintes termos: possíveis discussões. pecificar de forma clara e inequívoca “Vale o que está escrito”. Este é esse critério).

Cláusula 1ª: Compete ao ministro um ensinamento que tem lugar não somente no mundo jurídico, mas em religioso (ou outro ministro) desempeCláusula 4ª: Além dos proventos todos os demais ambientes sociais, nhar suas funções em conformidade previstos na cláusula anterior, a Igreja com os objetivos da Igreja, os quais concederá, na medida das suas possiinclusive religiosos.

Cada vez mais pessoas me fazem previstos em seus estatutos, regimen- bilidades e/ou liberalidade, os seguinperguntas do tipo: “Pastor tem direito a tos ou outros documentos, ciente de tes benefícios análogos ao de trabaférias?”; “Pastor tem direito a décimo- que não possui vínculo de emprego, lhador, que poderão ser ampliados ou -terceiro?”; “Qual é percentual de FGTM já que de acordo com a legislação vi- restritos, dependendo da capacidade (Fundo de Garantia por Tempo Minis- gente, não se considera como remu- e ou liberalidade da Igreja: terial) que a Igreja deve conceder ao neração direta ou indireta, os valores a. Gratificação natalina em dezempastor?”; “Quem é o responsável pelo despendidos pelas organizações reli- bro de cada ano, equivalente a 100% recolhimento da contribuição previden- giosas com o ministro de confissão re- (cem por cento) ou fração dos provenciária (INSS) do pastor?”; “Em caso de ligiosa em face de seu mister religioso tos, em parcela única ou em vezes; falecimento do pastor, a viúva tem al- ou para sua subsistência. b. Férias anuais (acrescidas ou não gum direito?”; “Em caso de jubilação ou do terço constitucional); Cláusula 2ª: O ministro religioso se enfermidade que impossibilite o pastor c. Concessão de plano de saúde de exercer o seu ministério, a Igreja é declara portador de vocação religiosa para o ministro religioso (especificar obrigada a continuar pagando os seus e reconhece especialmente a legitimi- se vai estender à esposa e filhos medade do art. 3º da CLT e demais legis- nores); proventos?”.

Para todas essas perguntas a mi- lações pertinentes, que versam sobre d. Concessão de Fundo de Garantia nha resposta é um sonoro não sei. E o não vínculo empregatício entre minis- por Tempo Ministerial (FGTM) ou Funnão sei porque não participei da co- tro religioso e igreja, já que ausentes do de Apoio Pastoral (FAP), à razão de missão de sucessão da Igreja que me os requisitos para tal, quais sejam pes- ...% (escrever por extenso) por mês, o consulta. Não sei, porque sequer sou soalidade, subordinação hierárquica, qual deverá ser depositado em conta membro daquela Igreja. Não sei, por- obediência a cumprimento de jornada poupança em nome do ministro religioque não participei da conversa com de trabalho, salário ou remuneração e so e disciplinada de comum acordo; o obreiro no momento das tratativas. habitualidade. e. Auxílio moradia até o valor menNão sei, porque não me contaram. sal de R$... (por extenso); Cláusula 3ª: A título de proventos Pensando em algo que possa pelo f. Veículo para uso do ministro reliminimizar esse tipo de problema ge- pastorais (ou outras rubricas normal- gioso no exercício das suas atividades rador de constrangimentos e descon- mente aceitas: proventos ministeriais, ministeriais;

g. Auxílio combustível; h. Auxílio previdenciário (INSS e/ou previdência privada).

Cláusula 5ª: Fica o ministro religioso ciente de que sobre tais valores será aplicada a tabela mensal vigente do Imposto de Renda para fins de retenção de Imposto na Fonte.

Cláusula 6ª: Fica o ministro religioso ciente de que, por sua condição de contribuinte obrigatório equiparado a autônomo, o recolhimento do seu INSS será efetuado com base no valor por ele declarado e não necessariamente pelo valor por ele percebido mensalmente, e que esse ônus é tão somente seu e não da Igreja. (Caso a Igreja adote política diferente, de forma a beneficiar o obreiro, esta cláusula deverá ser modificada.)

Cláusula 7ª: O tempo de ministério do ministro religioso será o previsto no estatuto da Igreja.

Cláusula 8ª: Assim, justos e acertados, firmam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor.

Local e data Assinatura do representante legal da Igreja Assinatura do ministro religioso Assinaturas de duas testemunhas Nota: Para conhecer o meu trabalho e ganhar uma edição em PDF da minha obra, inscreva-se no canal Cartilha da Igreja Legal no YouTube. n Jonatas Nascimento, diácono.

Autor da obra Cartilha da Igreja Legal.

WhatsApp: (21) 99247-1227.

E-mail: jonatasdesouzanascimento@ gmail.com

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 19/11/23

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

Libertados pelo Espírito Santo

Educação Teológica para as Igrejas e o despertamento de novos vocacionados Paulo Martins

pastor, diretor do Seminário Batista SulMato-grossense

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” (Cora Coralina) O ambiente epistemológico sempre foi permeado por uma relação de mutualidade, onde fontes do saber tem tudo a ver com a troca de conhecimento e experiência, e ambos estão em muitas direções.

O grande objeto da educação é a formação do individuo no seu sentido mais amplo das intenções, e isso envolve, desde o cognitivo, passando pelas habilidades e capacidades desenvolvidas e vai até a formação do caráter, que é o âmago do ser humano.

A sua essência é uma janela invisível, contudo expõe todo o interior do individuo. Entender a educação sem este viés é amputá-la ou diminuí-la a um significado que nunca foi a sua real finalidade.

A educação, seja em qual campo for exercida, traz em si naturalmente o elo que une gerações, ciências e classes sociais. Ela é capaz de envolver vidas que convergem para um ponto de encontro, que é o conhecimento.

Ponto este, obviamente imaginário, mas tão real quanto tudo aquilo que os nossos sentidos sensoriais possam capitar e entender.

A educação é capaz de trazer à evidência novos talentos, pessoas que

até então eram anônimas, mas que a luz da educação pode trazê-lo para o lugar ao qual o Senhor a chamou.

A educação teológica, por sua vez e de forma análoga, tem os mesmos objetivos e predicados que a educação em uma visão geral. Trabalhando com o intento de transmitir as bases da fé e conjugando com essa intenção primária, está também o despertamento de vocacionados. Homens e mulheres que são levantados no seio das Igrejas e que são enviados na vanguarda deste grande empreendimento que é o Reino de Deus. Eles são lapidados e capacitados pelo instrumento educacional.

A educação teológica não só auxilia nesta identificação, como também aprimora os talentos e habilidades inatos e os direcionam para uma ação específica, economizando meios e esforços e conduzindo a um “caminho mais excelente”.

A educação teológica na Igreja tem uma ligação estreita com as casas teológicas (seminário e faculdade). É uma porta de entrada para conduzir aqueles que têm um chamado específico, que o coração pulsa em outro compasso e os olhos brilham diferente, até as instituições de ensino teológico.

Quando falamos em vocação, que vem da palavra “vocare” (do latim “chamar”), no ambiente educacional teológico é visto muito mais que uma profissão ou uma carreira. Rubem Alves tem uma frase que ele escreveu

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor” (Gl 5.13).

A escravidão é o estado que mais nos humilha. Ao nos escrever sobre o poder escravizador do pecado, o apóstolo Paulo afirma que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23a). Por outro lado, entretanto, a revelação continua: “mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso

Senhor” (Rm 6.23b).

Quando Tomé perguntou ao Cristo “- Senhor, nós não sabemos aonde é que o Senhor vai. Como podemos saber o caminho? - Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar ao Pai a não ser por Mim” (Jo 14.5-6).

Na Carta que escreveu aos Gálatas, Paulo declarou: “Porém, vocês irmãos foram chamados para ser livres” (Gl 5.13). “Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida” (Gl 5.25).

em seu livro Conversas com quem gosta de ensinar, que diz assim: “Toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança”. Amor e esperança formam um dueto que valoriza o sentido de vocação, especialmente quando a compreendemos sob a revelação bíblica. (Editoral seminário em foco - SBSM) A educação teológica desempenha um papel fundamental na preparação de líderes religiosos e vocacionados para a Igreja. Isso pode incluir cursos de estudo bíblicos, Teologia, ética religiosa e ministério pastoral. Muitas instituições religiosas oferecem programas de formação teológica e é importante garantir que o currículo atenda às necessidades específicas do departamento de novos vocacionados da Igreja, preparando-os para o serviço e o ministério. A educação teológica pode ajudar a cultivar uma compreensão mais profunda da fé e a capacitar líderes para orientar e inspirar outros membros da Igreja e novos líderes.

A educação teológica na Igreja está diretamente ligada ao desenvolvimento espiritual e intelectual dos membros e líderes religiosos. Ela abrange o estudo aprofundado das Escrituras, Teologia, história da Igreja e ética religiosa. Além disso, a educação teológica pode preparar indivíduos para o ministério pastoral e outros papéis de liderança na Igreja. É possível pontuar as várias maneiras de oferecer educação teológica na

Igreja, incluindo: • escolas dominicais, que são classes regulares de estudo bíblicos e teológicos para membros de todas as idades; • treinamento de liderança quanto à preparação específica para líderes e pastores, incluindo seminários e cursos; • grupos de estudo para discutir tópicos teológicos e bíblicos; • recursos online que permitem o acesso a materiais educacionais e estudo individual.

A educação teológica na Igreja promove uma compreensão mais profunda da fé e ajuda os membros a crescerem espiritualmente, fortalecendo a comunidade religiosa como um todo.

O apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária, encontra um jovem já reconhecido por sua comunidade, instruído por sua avó e sua mãe nas Sagradas Escrituras. Coube a Paulo, como se fosse uma escola de formação, lapidar e inserir ensinos que aprimorassem aquele jovem, para poder transformá-lo no líder da Igreja de Éfeso.

O Seminário Batista Sul-Mato-Grossense entende isso. Não só entende, mas também investe nesta área, reconhecendo a sua vocação como instituição de ensino teológico e compreendendo o seu dever nesta estrutura educacional. Uma tarefa contínua e ininterrupta, em conjunto com as Igrejas, com o objetivo de formar o vocacionado. n

REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 19/11/23

O Evangelismo pessoal dos irmãos da Igreja Primitiva

Genivaldo Miguel de Lima Filho

pastor, coordenador do Centro de Missoes e Evangelismo dos Seminários da CBB; pastor da Igreja Batista da Lagoa - PE

Por vezes, acreditamos que a evangelização pessoal é algo que não traz um grande impacto ao Reino. Triste engano. A proclamação pública e nos lares teve um grande avanço na Igreja do Senhor, porém o evangelismo pessoal também teve a sua relevância.

Sobre o evangelismo pessoal, Michael Grenn diz: “a evangelização pessoal, pela qual um indivíduo compartilha sua fé com outro, não foi menos importante no 1º século. O primeiro capítulo de João nos oferece o procedimento padrão”.1

Poderíamos citar muitos exemplos bíblicos explícitos da propagação pessoal do Evangelho, mas nos ateremos a dois deles: o exemplo de João Batista e o exemplo do diácono Filipe.

Sabemos que foi através do evangelismo de João Batista que os primeiros discípulos encontraram Jesus Cristo (João 1.37), bem como sabemos que, em Atos 8, o diácono Filipe evangeliza e batiza o eunuco etíope. Esses dois exemplos mostram a tônica nos primeiros anos da Igreja primitiva, em que o evangelismo pessoal era algo muito real e trazia com certeza seus resultados, os frutos.

Ao falarmos sobre crescimento orgânico e exponencial, muitas vezes os atuais líderes colocam em xeque a questão do crescimento consistente,

ou seja, o crescimento bíblico-doutrinário e a maturidade cristã. Isso acontece por existir uma hiper valorização na transmissão do conhecimento bíblico, mas pouco interesse de uma evangelização intencional, cujo resultado final será a conversão do homem perdido.

Vivemos num tempo em que uma pessoa, para que possa descer às águas batismais, precisa de um curso, em que terá que aprender, por meses, pontos do cristianismo, quando poderia adquirir esse conhecimento no decorrer de sua caminhada no corpo de Cristo.

A estratégia de evangelização nos lares trouxe uma perspectiva muito positiva em meio a uma fase em que a Igreja estava sendo perseguida, pois dentro dos lares eles teriam liberda-

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de de testemunha do Evangelho. Sobre essa importância, Michael Grenn comenta: “Ela (a evangelização nos lares) é um significativo no próprio Novo Testamento. A casa de Jason, em Tessalônica, foi usada com esse propósito (Atos 17.5) e também a de Tício Justo, localizada propositalmente à frente da Sinagoga, em Corinto (Atos 18.7)”.2 Algo muito precioso para a Igreja primitiva foram as casas, pois vemos exemplos bíblicos de pessoas utilizando suas casas para esse fim, a proclamação do Evangelho, a saber, Filipe (Atos 21.8), Lídia e o carcereiro de Filipos (Atos 16.15, 32-34). Michael Grenn complementa: “Não é de admirar que a Igreja no Lar se transformou em um fator crucial na difusão da fé cristã”.3 n

1 15 GREEN, Michael. - Evangelização na Igreja Primitiva. 2 Edição / Michael Creen ; Tradução de Hans Udo Fuchs. – São Paulo: Vida Nova, 2020, p. 305.

2 GREEN, Michael, 2020, p.289.

3 GREEN, Michael, 2020, p.289.

Formação teológica e excelência ministerial Jaison Oliveira

pastor, mestre, auxiliar na Primeira Igreja Batista em Codó - MA e professor de Teologia no Seminário Teológico Batista de São Luís - MA

A vocação para o ministério pastoral constitui tanto uma honra quanto um desafio. Por um lado, o vocacionado é chamado a colaborar com o Reino de Deus assumindo uma função específica no cuidado de pessoas, podendo ajudá-las em todo o seu desenvolvimento espiritual. Por outro, precisará aprender a lidar com diversas demandas que podem representar um grande impedimento ministerial, exigindo, assim, preparo e competência.

Nesse sentido, a formação teológica compõe parte importante da trajetória de um vocacionado. Mais do que um período de estudos, o aprimoramento teológico deve ser considerado como uma oportunidade de qualificação para servir com maior excelência a Deus, à Igreja local e à sociedade. Como afirma o apóstolo Paulo, é necessário que o obreiro se apresente com integridade, sabendo manejar bem a Palavra da verdade (II Timóteo 2.15) e tendo qualificações espirituais e morais que

atestem o seu compromisso com o Senhor da obra (I Timóteo 3.1-7). Desse modo, o treinamento teológico não pode ser minimizado na formação de vocacionados que tomarão parte na missão. Uma Igreja local precisa estar consciente de que um candidato ao ministério necessita de preparo adequado para que possa cumprir plenamente o seu chamado ministerial.

Espera-se que um aspirante a ministro tenha condições de desenvolver um ministério impactante, o qual seja frutífero na evangelização, primoroso no discipulado, eficiente na administração, prático no aconselhamento bíblico e contundente na pregação. Porém, como alcançar tal excelência sem o devido preparo?

Robert D. Culver atesta que os 12 discípulos foram graduados na escola teológica de Jesus. Durante três anos, eles foram instruídos aos pés do Mestre, de tal forma que em um contexto discipular foram aprimorados para a missão. Posteriormente, Paulo expõe que as verdades do Reino deveriam ser ensinadas a outros homens fiéis, aptos para o ensino, a fim de que estes pudessem sucessivamente ensinar a outros (II Timóteo 2.2). Tais realida-

des elucidam sobre a necessidade de priorizarmos a formação teológica dos vocacionados. Não importa qual seja a área de atuação ministerial: Teologia pastoral, missiologia ou educação cristã. O vocacionado precisa ser adequadamente preparado e buscar o desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais que lhe possibilitarão estar cada vez mais próximo da excelência.

Consequentemente, a formação teológica não pode ser limitada apenas aos estudos iniciais para o ministério (bacharelado). A qualificação ministerial deve compreender toda a gama de ensino e treinamentos à qual o vocacionado se submeterá, com o objetivo de avançar no preparo para o fiel cumprimento da missão. Dessa forma, a formação continuada desempenhará um papel vital na preparação de obreiros. Visto que o mundo está em constante mudança, impondo novos desafios ao povo de Deus, o vocacionado necessitará estar pronto a ensinar a sua Igreja local a desempenhar uma Teologia do serviço que atenda ao seu respectivo contexto, de tal maneira que, através de uma correta interpretação da realidade em submissão à exegese bíblica, as Escrituras sejam

coerentemente aplicadas e a pregação do Evangelho se torne compreensível à atual geração.

Em resumo, a capacitação ministerial demanda tempo e investimento, exigindo que se tenha uma visão de longo prazo. A excelência no ministério não é obtida da noite para o dia. A formação de um vocacionado é uma extensa jornada que deve ser trilhada caso desejemos ter Igrejas firmes e fortes no Evangelho. Uma jornada que, no devido tempo, redundará em frutos que abençoarão a Igreja de Cristo e glorificarão a Deus. Portanto, dediquemos atenção a esta área que em hipótese alguma pode ser negligenciada. Precisamos clamar ao Senhor que envie trabalhadores para Sua seara, porém, em contrapartida, devemos estar de prontidão e oferecer todo o ferramental para que estes executem o serviço para o qual foram arregimentados. Igrejas locais e vocacionados devem estar de mãos dadas no intuito de estarem integralmente qualificados para a obra, compreendo que um dia todos prestaremos contas ao Senhor, de quem esperamos ouvir a aprovação da fidelidade e a chamada para participarmos da alegria eterna (Mateus 25.21). n

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 19/11/23 VIDA EM FAMÍLIA

O valor da família

Sou dos velhos e bons tempos da Rádio Relógio. Para quem não é desse tempo, eu explico.

Não estou me referindo ao aparelho que se vende hoje nas lojas, chamado rádio relógio. Estou me referindo à emissora que, com aquela batidinha peculiar, informava (na voz de Marcos Batista, hoje pastor e conhecido meu) a hora a cada minuto e, nos intervalos, dava uma informação curiosa, começando com a frase “você sabia…”. No final da sentença, repetia a frase em forma de pergunta: “você sabia?”. A emissora pertencia à Igreja de Nova Vida.

Então, aproveitando esse momento nostálgico, quero revelar algumas coisas que talvez você não saiba sobre casamento, família, educação de filhos, sexualidade e algumas coisas mais.

Você sabia que pessoas que vivem em casamentos equilibrados e felizes estão menos propensas a contraírem doenças infecciosas? Isso se deve ao fato que, em casamentos desgastantes, o sistema imunológico se enfraquece.

O mesmo não ocorre com casais que estão felizes em seus casamentos.

Você sabia que enfermos que rece-

bem mais atenção de seus familiares, enquanto estão hospitalizados, se recuperam com mais rapidez em comparação com aqueles que não recebem atenção dos familiares?

Você sabia que crianças e adolescentes que almoçam ou jantam com seus pais têm menos possibilidade de se envolverem com drogas e gangs?

Você sabia que pessoas com depressão, que vivem em casamentos ajustados, respondem melhor ao tratamento do que pessoas solteiras?

Você sabia que pessoas casadas têm uma vida sexual melhor e mais saudável do que as pessoas que mantém relações sexuais com vários parceiros?

Você sabia que crianças que almoçam ou jantam com os pais, ao redor da mesa, sem interrupções ou aparelhos de televisão ligados, são mais nutridas e tendem a comer verduras e legumes?

Você sabia que o divórcio está, na escala de 0 a 110, em segundo lugar, com 73 pontos? Muitas vezes um divórcio pode desestabilizar mais emocionalmente uma pessoa do que

a própria morte do cônjuge.

Você sabia que crianças que nascem e são criadas em um lar onde o casamento dos pais é ajustado, têm mais possibilidades de serem bem-sucedidas na escola e na futura vida profissional?

Você sabia que transferir objetos, como um relógio de parede que pertenceu aos antepassados, para as gerações futuras, proporciona uma forte conexão familiar e é altamente benéfico para o fortalecimento da família?

Você sabia que visitar a sogra num domingo ensolarado e jogar dominó com os cunhados faz bem? Acredite.

Faz bem principalmente à saúde das crianças e ao relacionamento entre pais e filhos.

Você sabia que crianças que participam de programas em família dormem mais cedo e acordam menos à noite.

A razão dos benefícios é simples: elas sentem que estão tendo mais atenção dos pais e do restante da família.

Você sabia que pessoas que estão bem em família e no casamento têm menos possibilidade de se acidentarem no trabalho ou se envolverem em

acidentes de trânsito?

Você sabia que meninas que têm um relacionamento saudável e amigo com os pais (gênero masculino) têm menos possibilidade de se engravidarem na adolescência?

Você sabia que quando um país tem famílias estruturadas há uma forte possibilidade de haver um crescimento significativo na área econômica?

Você sabia que, quando a Nasa enviou homens à lua, um dos requisitos era de que os astronautas tivessem um casamento e uma família forte?

Você sabia que 80% dos casamentos terminam, não por causa de uma infidelidade conjugal, mas devido a um distanciamento paulatino dos cônjuges?

Você sabia que comemorar, em família, datas como Natal, Páscoa e outros feriados é benéfico para o fortalecimento da família?

Você sabia?… n

Tânia de Lima Pereira

instalação. Queremos aqui incentivar você, educador, a ter uma vida de oração acima da média. A oração precisa ser nosso principal recurso. Aprendemos isso no início de nossa caminhada com Jesus. Ao longo do tempo, podemos cair no erro de não buscar a mesma qualidade que buscávamos nos capacitando em ter uma vida diária de oração e relacionamento íntimo com Deus.

Jesus prontamente o convida para andar com Ele. E Pedro vai e anda! Pedro precisou deixar o barco, sair do lugar de conforto e arriscar no perigo desconhecido. Olhando para Jesus, conseguiu fazer o mesmo que o Mestre. Porém, o texto mostra o exato momento de sua fraqueza, o momento do medo. Ele teve medo das ondas e começou a afundar.

Por segundos, o medo foi maior do que a pequena fé que o fazia manter o foco em Jesus.

Neste momento, Pedro exprime talvez sua oração mais desesperada. No meio da tempestade, ele grita pelo Mestre. Jesus logo o resgata e, num gesto de Pai, o ensina ainda em meio à tempestade e diz: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (v. 31) O texto não especifica, mas os dois estavam ainda sobre as águas e foram até o barco novamente. E somente entrando no barco foi que o mar se acalmou.

Jesus ensinou a Pedro e caminhou com Ele sobre as águas na tempestade. Assim, Ele faz também conosco em nossas adversidades. Por mais difícil que possa parecer nossa tarefa, precisamos crer que Jesus tornará possível, pois “tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9.23)

va rápido em Suas respostas, como Ele resolvia as questões com tanta agilidade e sabedoria, como Ele mostrava amor…

Suas ações nunca são em vão. Tudo que Ele fazia tinha propósito e continua tendo. Deus não perdeu o controle de nada. E, quando lemos que podemos pedir “tudo”, precisamos nos atentar também ao propósito no mesmo versículo.

Pedir tudo em nome de Jesus para que o Pai seja glorificado. Ele diz que fará o que pedirmos em nome dEle para a glória de Deus.

Não há limites para nossas orações.

Nossas ações precisam glorificar ao Pai. Foi numa oração sincera que contei para Deus minha dificuldade em me adaptar ao novo normal. As aulas online, as lives, os entraves da internet, os aplicativos, as reuniões e discipulado online. Pai! Socorro! E foi aí que me vi com medo da onda.

Mas clamei ao Pai, que me deu coragem para encarar as dificuldades e mergulhar nessa nova proposta.

Queremos te encorajar a, com oração e fé, continuar nessa caminhada e tarefa linda a que fomos chamados a realizar na Educação Cristã. Temos muitos capacitados a nos impulsionar nesse novo momento e juntos vamos muito longe!

Então, não importa qual seja sua tempestade, seus temores. A oração nos torna favoráveis, nos aproxima do Mestre e participantes do processo em que o Pai é glorificado.

Não desista! n

Gilson Bifano, pastor, conferencista, escritor e coach de relacionamento Instagram: @gilsonbifano oikos@ministeriooikos.org.br

Pai! Socorro! Pode me ajudar?

O Educador Cristão e a oração

educadora cristã Extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (www.oecbb. com.br)

Diante de tantas mudanças nos dias atuais, a tarefa do educador ficou ainda mais desafiadora. Além de conhecer bem as Escrituras e dominar técnicas e métodos educacionais, agora precisamos muito da tecnologia e de seus avanços e inovação.

Para alguns educadores, foi um freio.

Há alguns anos, ainda era possível postergar a necessidade que batia à porta de obter mais conhecimento sobre tecnologia e seus métodos. Porém, depois da pandemia, fomos arrastados por uma onda onde ou mergulho, pesquiso, tento, arrisco e vou junto nesse processo de crescimento de ferramentas estratégicas de ensino ou paro e desisto de caminhar junto nessa tentativa de aprender e abrir a mente para novos horizontes.

Não que a educação, para acontecer, precise de alguma tecnologia. Sabemos que o nosso Mestre não usou nenhuma técnica específica de ensino. Ele usou sua própria vida. Era vida na vida. A tecnologia, hoje, diminui as distâncias, aumenta possibilidades, reverbera a voz. Não deixa de ser um presente para nós, mas foi uma grande dificuldade para mim.

O que vamos tratar neste texto não necessita de nenhum curso de aperfeiçoamento, nem de nenhum software de

Quem deve orar?

“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores, pois estou indo para o Pai. E eu farei tudo o que pedirdes em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei” (Jo 14.12-14).

Segundo o texto bíblico acima, todo o que crê deve falar com Deus. E mais: não só terá um diálogo com Deus, como também realizará as mesmas obras que Jesus.

Vamos pensar um pouco num episódio que aconteceu com o apóstolo Pedro, na noite em que ele entra no barco com outros discípulos no mar da Galileia e, durante uma grande tempestade, Jesus aparece andando sobre as O que e como pedir? águas (Mateus 14.22-34). Conhecemos a história. O que nos chama atenção Quando pensamos no Mestre por aqui é o exato momento em que Pedro Excelência, nos sentimos bem aquém pede a Jesus que também ande sobre de quem Ele é. A forma com que Jesus as águas. agia com as pessoas, como Ele pensa-

MISSÕES NACIONAIS

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Até alcançar o último refugiado venezuelano!

Há cinco anos, o casal de missionários Batistas traz esperança àqueles que precisaram fugir da própria terra Marcos Vinicius Moraes de Araújo e Juli Helen dos Santos Araújo missionários de Missões Nacionais Projeto Amazônia Adaptação: Redação de Missões Nacionais

Olá, somos Marcos Vinicius Moraes de Araújo e Juli Helen dos Santos Araújo. Somos missionários em formação da Junta de Missões Nacionais e fazemos parte do Projeto Amazônia. Hoje, dirigimos a Congregação Batista Missão Brasil Venezuela, que fica localizada em Boa Vista, no estado de Roraima.

A Missão Brasil Venezuela começou em maio de 2018, como uma ação emergencial, em vista da situação em

que se encontrava a Venezuela, que levou milhares de venezuelanos a se refugiarem no Brasil, tendo como porta de entrada o estado de Roraima. Com a ajuda das Igrejas, nasceu a oportunidade interiorizar algumas famílias para outros estados, por meio da “Igreja Acolhedora”. Mas ainda era preciso fazer mais. Em 2019, diante de tamanha necessidade, percebeu-se a importância de investimentos intencionais nas vidas dos venezuelanos que ainda estavam em Roraima, e assim começou a plantação da Congregação Batista Missão Brasil Venezuela (CBMBV).

Já em 2023, vemos o quanto a entrada dos venezuelanos tem sido uma realidade constante. Diariamente, rece-

bemos novos refugiados para atendimento. A maioria deles tinha profissão, família e emprego, mas pela situação no país precisou se refugiar. Na CBMBV, nós temos a oportunidade de ter o atendimento para fazer currículos e carteira de trabalho digital, doamos roupas aos que precisam, temos ações de higiene bucal, oferecemos aulas de instrumentos musicais e aula de artes, ministrada pelo membro da Congregação e artista plástico, Carlos Díaz. Venezuelano fruto do trabalho da Congregação, Carlos visa alcançar para Cristo os seus conterrâneos com a arte.

Temos também aulas de Língua Portuguesa toda semana, ministradas pelo pastor Marckson Baltar e sua esposa,

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Kelly Baltar, que trabalham na Missão desde 2019. As aulas são estruturadas com conteúdo bíblico, tendo como base o estudo do Evangelho de João e narrativas bíblicas. Assim, todos têm a oportunidade de conhecer o Evangelho e aprender o Português. Tudo o que nós fazemos é pensado com o objetivo de pregar a Palavra de Deus.

Coisas grandiosas o Senhor tem feito aqui. Desafio você a não ficar de fora do que está acontecendo na Congregação Batista Missionária Brasil Venezuela. Ore por nós, contribua para essa obra missionária, visite o campo missionário e faça parte do que Deus tem feito em nosso meio. n

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Primeira Igreja Batista em Augusto Franco - SE celebra primeira década “Simplesmente Igreja” foi o tema escolhido pela Igreja para a celebração.

Nilton Melo

pastor Titular da Primeira Igreja Batista em Augusto Franco - SE

“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém! (Ef 3.20-21) Simplesmente Igreja! Com esse tema, a Primeira Igreja Batista em Augusto Franco (PIBAF), em Aracaju - SE, celebrou uma década de existência, entre os dias 25 e 27 de agosto. Membros, congregados e convidados se reuniram para comemorar essa significativa data, relembrando as conquistas e renovando o compromisso com a fé e a missão da Igreja.

O aniversário teve início na sexta-feira, dia 25, com um culto evangelístico realizado na calçada da Igreja.

As conferências aconteceram no dia 26, à noite, e no dia 27, nos turnos da manhã e noite. Elas foram marcadas por momentos de adoração, louvor e pregação da Palavra de Deus.

Recebemos com muita alegria os preletores pastor Nadilton, da Segunda Igreja Batista em Itabaiana - SE, e

A Igreja Batista em Augusto Franco - PE passou por momentos difíceis, mas permaneceu firme em seu propósito pastor Carlos Rocha, da Igreja Batista Memorial, em Aracaju - SE e atual presidente da Convenção Batista de Sergipe (CBS). Ambos trouxeram mensagens desafiadoras e edificantes para a Igreja. Além disso, contamos com as ministrações musicais dos irmãos Peterson do Carmo e Lucas Santos.

Um dos destaques desse aniversário foi a celebração do batismo de cinco pessoas, que decidiram publicamente declarar o senhorio de Jesus Cristo em suas vidas. Momento de muita alegria para a Igreja, familiares e convidados, que tiveram a oportunidade de presenciar o testemunho público desses queridos irmãos.

Ao celebrarmos apenas 10 anos de existência, podemos passar a imagem

de sermos uma Igreja nova. Mas não é bem assim. A história da Primeira Igreja Batista em Augusto Franco - SE é muito mais abrangente. O trabalho da Igreja começou há mais de 40 anos, quando o conjunto Augusto Franco foi entregue à sociedade Aracajuana. Éramos uma Congregação da Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE (PIBA). Ao longo do tempo, a Igreja enfrentou severos desafios e passou por duas grandes divisões. Mudou de nome e CNPJ duas vezes e, apesar do número pequeno de irmãos remanescentes, permaneceu firme em sua fé, comprometida com a Palavra de Deus e com as doutrinas históricas dos Batistas brasileiros.

Deus tem nos abençoado e hoje a Igreja conta com cerca de 130 pes-

soas, entre membros e congregados.

Os desafios continuam, mas a Igreja persevera firmemente em seus propósitos de evangelização e edificação do povo de Deus. E não apenas em nosso bairro, em Aracaju e Sergipe, como também em nossa nobre colaboração com a CBS e CBB para proclamar o Reino de Deus tanto no Brasil quanto no mundo.

Celebrar uma década de existência é um motivo de profunda gratidão ao nosso bondoso Deus. Desejamos que nossa comunidade de fé continue sendo pedras vivas na construção de uma casa espiritual que seja sal da terra e luz deste mundo, a fim de alcançarmos os perdidos com o Evangelho de Cristo e apascentarmos o rebanho de Deus, “com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4.12-13).

Que Deus continue abençoando ricamente a PIBAF em sua missão de propagar o Evangelho e fazer a diferença na vida das pessoas. Parabéns pelos 10 anos de história e que venham muitos e muitos anos pela frente, para a glória de Deus Pai. n

UFMB Fluminense realiza 54º Congresso Estadual de Mensageiras do Rei Ao todo, 980 pessoas participaram da programação entre agosto e setembro.

Diana Sampaio Rodrigues

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Fluminense

“Seja Voz”. Esse foi o tema que permeou o 54º Congresso Estadual de Mensageiras do Rei, que aconteceu nos meses de agosto e setembro, no Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ. O evento foi dividido em quatro etapas, duas em cada mês, totalizando a participação de 980 pessoas e a União Feminina Missionária Batista Fluminense (UFMBF) foi a responsável por toda a logística e gestão do evento.

Todas as palestras abordadas giraram em torno do tema, que teve suas extensões: “Seja Voz e Reflita” e “Seja voz e Ecoe”, ministradas pelo pastor Adriano José Alves, da Igreja da Esperança, em Campo Grande, bairro da zona oeste carioca.; “Seja Voz e Resplandeça”, com as educadoras cristãs

O pastor Adriano Alves ministrou em duas oportunidades para as centenas de meninas presentes Lilian Conceição Figueiredo e Joice de Souza Nogueira; e também “Seja Voz no Silêncio”, trazendo a inclusão da Língua Brasileira de Sinais, com a intérprete Maria Fernanda Oliveira Coutinho. Inclusive, as próprias Mensageiras apresentaram uma coreografia em LIBRAS, mostrando que até no silêncio podemos proclamar o Evangelho.

A programação também contou

As quatro partes do evento marcaram as Mensageiras com preparação para o trabalho missionário e ministerial

com muita música, trazida pela Banda SOMA, lazer, festa social e workshop.

Um deles foi sobre o ensino de LIBRAS, em que as meninas puderam aprender mais sobre o assunto. Em um dos momentos, realizamos a Festa das Nações, onde cada associação apresentou a voz através do canto, com roupas típicas de cada nação.

O Congresso foi dirigido pela coor-

denadora estadual de MR, Sandra Oliveira de Araújo, juntamente com a diretora-executiva da UFMBF, Joice de Souza Nogueira, e com uma equipe de trabalho que se empenhou para o sucesso do evento. Louvamos a Deus pela vida de cada pessoa que trabalhou, orou, apoiou e, claro, pelas Mensageiras do Rei que, com certeza, foram impactadas durante esses dias. n

MISSÕES MUNDIAIS

Freddy Ovando

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O poder da generosidade

pastor, missionário na Guiné-Bissau

Generosidade, aqui, no campo em que servimos, é algo escasso. Permita-nos explicar.

Certa vez, Elaine atendia no consultório médico em Bafatá, na Guiné-Bissau, e a fila, como sempre, estava gigante. Trouxeram uma mulher para receber atendimento. Não havia mais vagas naquele dia. O secretário da clínica, o saudoso “Tio” Domingos, avisou que as fichas já tinham acabado. Ele costumava falar alto, era o jeito dele.

De repente, uma dentista branca, como chamam Elaine, que prestava serviço médico com autorização do governo local, abriu a porta e interrompendo o atendimento. Ela olhou para Domingos, dando autorização para ele fazer o encaixe.

Nunca vi uma mulher tão generosa quanto a Elaine. Ela sempre dá um jeitinho para atender os enfermos. Isso só acontece porque entendemos o que Jesus fez em nós. Se fosse por nós, não faríamos, pois a nossa natureza é corrompida pelo pecado.

Do jeito que colocaram aquela mulher no chão, em cima de uma esteira, ali ela permaneceu. Dava para ouvir o seu gemido e sentir a sua agonia.

Como eu disse que explicaria que generosidade, na África, é algo escasso, assim o farei. É justo dizer que muitos não são generosos devido à extrema pobreza e, também, por não conhecerem Jesus como seu salvador. Aquela mulher fora trazida de sua aldeia ao Hospital Regional de Bafatá com sintomas de malária cerebral, em estado avançado. Os familiares tentaram o tratamento tradicional com os feiticeiros da aldeia, mas sem sucesso.

Como resultado daquilo, e da demora para ser atendida por um profissional de saúde, a situação estava crítica.

Seus músculos, boca e pernas estavam tesos (duros) devido à malária e à desidratação.

Por dois dias, ficou no hospital da cidade. A estadia no estabelecimento, apesar de público, é paga. Ao certificar que o pouco dinheiro que a família tinha havia acabado, enxotaram a paciente do hospital e a trouxeram para a Clínica Batista em Bafatá.

Elaine percebeu que aquela mulher precisava de soro na veia com urgência. O enfermeiro local, o “Tio” Wlá, nem se arriscou a tentar a veia da mulher, de tão desidratada que estava. Elaine disse para ele me chamar com urgência. Naquela época, eu estava sempre por ali, envolvido com a construção do novo templo, e ouvi Wlá me chamando.

Quando ouvi a palavra “urgente”, sabia que tinha que apressar o passo.

Ao chegar, me deparei com aquela cena. Uma senhora caquética (enfraquecimento geral das funções vitais) ali na minha frente. Olhei e não vi veia, artéria, apenas carnes magras e ossos.

O que um veterinário poderia, então, fazer por aquela mulher, totalmente desidratada? Pedi graça a Deus. Enquanto Wlá fazia o garrote no braço daquela senhora, na intenção de encontrar alguma veia, calcei uma luva e consegui, pela graça de Deus, pegar aquela veia. Escorreu um sangue bem escuro, concentrado, mas logo o soro o empurrou novamente para dentro da veia daquela senhora.

Após dois tubos de soro, ela começou a se concentrar e olhou para nós.

Dos seus olhos corriam lágrimas. Deus

foi misericordioso e ela foi curada através dos medicamentos para combater a malária. É por causa da sua generosidade em contribuir com Missões Mundiais que muitas senhoras, como essa na Guiné-Bissau, receberam atendimento e escaparam da morte. Sua parceria muito nos alegra!

Ore pelas autoridades guineenses; pelos 16 novos irmãos batizados na Guiné-Bissau; pelos jovens guineenses; por nossos professores, bem como a Escola Batista. Agradeça pela vida da

minha família e interceda por nós. Interceda pela vida dos guineenses; pela obra missionária em todo o mundo; pela Junta de Missões Mundiais, por seu diretor-executivo, gerente de Missões, coordenadores e funcionários, para que sejam instrumentos de Deus.

Por nosso Brasil, nossas crianças e jovens, para que sejam alcançados pelo Evangelho.

Muito obrigado, mais uma vez, por nos apoiar, por sua dedicação, sustento e oração pela causa do Evangelho! n

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Última reunião do Conselho Geral em 2023 aponta para a 103ª Assembleia da CBB Informações estarão no Livro do Mensageiro da próxima Assembleia.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira Falta pouco mais de dois meses para a 103ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), que será realizada de 24 a 27 de janeiro do ano que vem, em Foz do Iguaçu - PR. O Conselho Geral da CBB se reuniu de 06 a 09 de novembro, no Centro Batista Brasileiro, para o último encontro antes da celebração anual dos Batistas brasileiros.

Assim como nas Assembleias da CBB, toda a parte musical foi conduzida pela Associação dos Músicos Batistas Brasileiros (AMBB). O presidente, Samuel Barros, e a vice-presidente, Ery Zanardi, representaram a organização.

Logo no início da reunião, pastor Hilquias Paim, presidente da CBB, fez uma série de agradecimentos, neste que foi o último encontro como líder dos Batistas brasileiros. Ele começou pela Diretoria, “pela representatividade, pela participação nos estados”, pois “todos os membros têm representado a Diretoria em vários estados” e ele percebeu a “dinâmica de toda a Diretoria nas organizações”. O presidente lembrou também com gratidão do acolhimento de todos os estados que visitou neste período, destacando que só não foi em Roraima, Rondônia, Amapá e Piauí.

Ao Conselho, deixou o reconhecimento “pela maneira extraordinária que tem tratado as matérias” e a “atmosfera muito amável”. Ele ainda lembrou dos desafios em seu mandato, como o trabalho da Juventude Batista Brasileira, Declaração Doutrinária, unificação dos seminários e a manutenção da unidade dos Batistas frente a polarização. Além disso, relembrou o “clima extraordinário na Assembleia em Recife” e a “restauração da sensação de utilidade”, compartilhada por um membro do Conselho Geral da CBB. Em sua ministração durante a Devocional, utilizou o texto de Isaías 6.8-13, e explicou que, ao nos voluntariarmos, cumprimos não o desejo individual, mas a intencionalidade divina. Paim destacou que a capacitação de Deus tira todo o medo; que a purificação é o que se espera da liderança; e que precisamos ter experiências com o Senhor e cumprir a Sua vontade. O presidente ainda lembrou da “alegria do povo Batista” e a sua “unidade de propósito”.

Na sequência, foi o momento de conhecer os novos membros do Conselho Geral da CBB, através do pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo. Ele apresentou o pastor Gilvan Barbosa (presidente da Convenção Batista Piauiense); pastor Raimundo (executivo da CBPI); André Israel (vice-presidente da Associação Nacional de

Fotos: Selio Morais

Diretoria da CBB realiza decisões na última reunião do mandato.

Próxima Diretoria será eleita na 103ª Assembleia, em janeiro de 2024 Escolas Batistas); Francisco Ximenes (executivo da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará). Além disso, apresentou pastor Danilo e Nick (missionários da International Mission Board); Rafael, (estagiário da JBB); Sebastian Zanuncio, (estagiário do Departamento de Comunicação da CBB); e Ademar Barros Bezerra (UMHBB).

Já em seu relatório, o executivo da CBB apresentou os dados sobre as áreas de Comunicação, Administração e Finanças, História e Estatística e Educação Cristã. Ele também mostrou o calendário para 2024 e incentivou as Convenções e Igrejas a celebrarem as datas. O pastor Hilquias Paim aproveitou a oportunidade e falou sobre o Dia da Educação Teológica, celebrado neste domingo, o terceiro do mês. “O Dia da Educação Teológica será o dia em que nossas Igrejas vão chamar pessoas para trabalharem na obra”, disse.

Ainda no relatório da Direção Geral, os Conselheiros ouviram a Juventude Batista Brasileira (JBB) e a União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB), secretarias que estão sob o “guarda-chuva” da CBB. Jéssica Martins, coordenadora da JBB, apresentou um vídeo sobre o “Vem pra Vida”, ação em apoio ao “Setembro Amarelo” e destacou o treinamento de líderes em parceria com a Lifeshape Brasil, realizado em Brasília – DF. Líderes de juventude de 19 estados mais o Distrito Federal, representando 22 Convenções, participaram do evento, que teve o objetivo de cuidar dos líderes, criar conexões e alinhamento. Ela agradeceu o investimento das Convenções em seus líderes e indicou o que vai acontecer no início de 2024: Pés no Arado, no Paraguai; “Revitalize”, durante a Semana Batista; e a Noite da Juventude, na última sessão da 103ª Assembleia da CBB. O coordenador da UMHBB, Jairo Peixoto, exibiu vídeo sobre o Mutirão Nacional Missionário (Munami) deste ano, realizado em Tutóia - MA, quando

construíram um templo em 10 dias, e outro sobre a Sessão Solene, na Câmara dos Deputados, em Brasília - DF, em celebração aos 75 anos dos Embaixadores do Rei no Brasil. No mesmo momento, Fabiano Lessa, coordenador nacional dos Embaixadores do Rei, incentivou a preservação da organização nas Igrejas e agradeceu o apoio da CBB e demais organizações.

O próximo assunto foi Educação Cristã. Márcia Kopanyshy, coordenadora do Departamento de Educação Cristã da CBB, informou que o lançamento do Plano Diretor de Educação Cristã (PDEC) está previsto para a 103ª Assembleia da CBB e mostrou que o documento traz as bases da Educação Cristã; Missão, Visão, e Valores da área, objetivos estratégicos e ênfase na Educação na Igreja local.

Encerrando a fase de relatórios da Direção Geral, pastor Sócrates e pastor Hilquias apresentaram o programa da 103ª Assembleia da CBB, com as seguintes movidas: a posse das diretorias das organizações, que ocorrerá na abertura da Assembleia, e a realização de Grupos Temáticos, em que os mensageiros poderão ouvir palestras sobre diversos assuntos.

O início das apresentações de relatório no dia 08 de novembro aconteceu sob a presidência do pastor Doronezio Andrade, 2° vice-presidente da CBB. O primeiro relatório foi da Comissão de Planejamento Estratégico. O pastor Marcos Luís Lopes, relator, destacou que todas as organizações conversaram com a Comissão e agradeceu aos funcionários da equipe do escritório da CBB. Também destacou que as diretrizes de oração estão completas e apresentou os planos para as áreas de cooperação, gestão do conhecimento, gestão corporativa, comunicação, visão missionária e educação.

A Comissão de Finanças, através do pastor Ednan Dias, relator, apresentou os dados da CBB e suas organizações para o período de janeiro

a setembro de 2023. Além desta Comissão, a reunião teve a participação do Conselho Fiscal (relator: Rodrigo Coutinho), Comissão Jurídica (pastor Amilton Vargas), Comissão de Apoio às Igrejas (pastor Samuel Lopes).

A Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB) encerrou o primeiro dia de apresentação de relatórios.

Jorge Souza, presidente da organização, informou que em 2023 organizaram e reorganizaram algumas associações, como a Associação dos Diáconos Batistas em Alagoas, Associação dos Diáconos Batistas do Rio Grande do Sul e Associação dos Diáconos Batistas do Planalto Central. Além disso, falou de atividades de capacitação, consagração de diáconos, Congresso Nacional e atuação na área social.

Pela Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET), pastor Anderson Cavalcanti, diretor executivo, apresentou as atividades realizadas ao longo de 2023, como Congresso durante a Semana Batista, caravana no barco O Missionário, Congresso de Reflexão Missiológica, 11° Congresso Teológico, publicação de artigos em OJB e informações sobre a Assembleia da Organização em 2024, em Foz do Iguaçu - PR. A manhã de 09 de novembro começou com a devocional da irmã Iracy Leite, 1ª secretária da CBB. Ela, que já foi diretora do Seminário de Educação Cristã (SEC), falou sobre Educação, com base no texto de Josué 1.7-8, mas também passou por outros textos e destacou que através do ensino podemos fazer: Transmissão de valores (Deuteronômio 4.5); Incorporação de ensinos (II Timóteo 3.16-17); valorizar a família (Êxodo 12.26-27/Deuteronômio 4.9-10/Deuteronômio 6.4-7), além de gerar mudança de comportamento e consolidação de atitudes de uma sociedade firmada em Deus.

Ela ainda destacou a contribuição dos Batistas para a educação, através das juntas missionárias, através de Colé-

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA gios Batistas mantidos pela JMN e o PEPE, pela JMM. Lembrou que ensino e prática devem andar lado a lado, que pastores e educadores devem trabalhar em harmonia e que a Educação deve ter planejamento, implementação e avaliação.

Os conselheiros também receberam novas informações sobre a 103ª Assembleia da CBB. O pastor Rafael Tomazini, presidente da Convenção Batista Paranaense (CBP), divulgou que o espaço onde será realizado o evento terá refeições com valores promocionais. Também mostrou quais hotéis ainda estão disponíveis e a locação de estandes para organizações e empresas.

E os Batistas brasileiros seguem atuando para completar a missão.

Missões Mundiais, através do seu executivo, o pastor João Marcos Barreto Soares, afirmou que os resultados foram melhores do que o planejado e que a organização está presente nos lugares mais difíceis do mundo e segue entrando em mais locais assim.

Ele ainda incentivou que Convenções, Associações e Igrejas engajem seus membros, para que mais pessoas sejam voluntárias na obra missionária.

No Dia Nacional das Mensageiras do Rei, a União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) apresentou o seu relatório, através de um vídeo.

Em quase 10 minutos de duração, o material falou do Congresso Inspire-se, do clube Mulher Cristã Hoje, a celebração de 115 anos da organização, a campanha Mulheres em Oração, Maio Laranja, Conferência Lado a Lado, presença digital da UFMBB, formação de vocacionados, campanha de educação cristã missionária, Manancial 2024, Amigos de Missões, Mensageiras do Rei, cursos online, Outubro Rosa, e o Congresso da Terceira Idade e Capacitação. Marli Gonzalez, executiva da organização, falou do bom resultado das vendas de material, e Cassia Cavalcanti agradeceu a Diretoria da CBB e a parceria com a JMN. E por falar em Missões Nacionais, a organização apresentou seu relatório na sequência. Pastor Fernando Brandão, diretor executivo, apresentou dois vídeos, que falavam sobre Expansão missionária, Plano Nacional de Evangelização, Muralha de Oração, Formação intencional de líderes, operação Jesus Transforma, (50 anos em 2024), Relevância e Transformação Social, Visão Missionária e a Campanha 2023, “A Solução é Jesus Cristo”. Durante o relatório, o pastor informou também que 200 novos radicais chegaram ao campo, com muitos jovens e a relevância do trabalho da Vila Minha Pátria na sociedade. No fim, pastor Fabrício Freitas, gerente executivo de Missões da JMN, falou sobre a Muralha de Oração e pediu o apoio das Convenções Estaduais.

Fernando Brandão permaneceu para falar, agora, dos Seminários da CBB, com a parceria do pastor Lucas Rangel e do pastor Samuel Moutta.

Pelo Seminário Teológico Batista Equatorial (Belém - PA), o curso Bacharel em Teologia foi reconhecido pelo

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MEC, a instituição recebeu diversos eventos, como a Conferência Teológica Paixão pelo Ministério, Conferência para líderes e o Congresso da Juventude Batista do Pará. O Seminário também realizou cursos, reformas na infraestrutura e o acervo da biblioteca atualizado.

No Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (Recife - PE), o SemináPr. Hilquias Paim Pr. Sócrates Oliveira Jéssica Martins rio Batista mais antigo do país, houve crescimento no número de alunos, eventos, como o Culto de 121 anos do seminário. Em parceria com o Seminário do Sul, foi assinado um contrato de cooperação técnica e pedagógica e a instituição realizou sua 1ª Conferência Científica, com a participação de professores e alunos.

E no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), Jairo Peixoto Rodrigo Coutinho Pr. Jair Hein e os cursos EAD em expansão e a instiPr. Marcos Luís Lopes tuição teve mais de 1800 alunos matriculados, somando todas as áreas.

O STBSB já apresenta novos cursos para 2024: Pedagogia e Música EAD (aguardando liberação do MEC), além de criar novos polos em todo o país.

Elana Ramiro, diretora executiva da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (OECBB), apresentou as atividades realizadas, como a formação das seções estaduais (Paranaense, Pr. Ednan Dias Pr. Amilton Vargas Jorge Souza Maranhense, Piauiense, Sul-Mato-Grossense, Paulista, Goiana, Carioca e Fluminense), estados que precisam engajar mais educadores cristãos, atualização do site e redes sociais da OECBB; Formação Continuada; Pós-Graduação em Educação Cristã; eventos regionais e estaduais; Mês do Educador Cristão; participação no Batistas em Pauta e o novo programa na Rede 3.16: “Educação cristã para o alto”.

Amanda Quintella e Marli Gonzalez e Cassia Cavalcanti A educadora também apresentou Márcia Kopanyshyn os próximos projetos: ampliação do número de filiados e estruturação das seções; ampliação dos cursos de aprimoramento para educadores formados; criação de diretrizes para os cursos livres de formação ministerial; divulgação do guia de produção e implementação do PEC para Igrejas; assessoria educacional para Igrejas, Associações e Convenções; avanço da produção de conteúdo educacional; Pr. João Marcos Iracy Leite Pr. Rafael Tomazini e apoio ao DEC da CBB em ações em Barreto Soares que a OECBB for solicitada.

A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil também foi representada na reunião do Conselho Geral, através do seu diretor executivo, pastor Daniel Ventura. Ele falou sobre os projetos Academia Pastoral, Líderes do Amanhã e informações sobre o Congresso/Assembleia, na Semana Batista, em 2024.

O último relatório da reunião do Pr. Anderson Cavalcanti Pr. Fabrício Freitas Pr. Fernando Brandão Conselho Geral foi apresentado pela Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB). A organização atuou com força máxima para o Congresso realizado em 2023, em Minas Gerais.

Relatório também mostrou os investimentos feitos neste ano, como o novo site, que entra no ar este mês.

A próxima reunião do Conselho será em março de 2024, já com a nova Diretoria e novos membros eleitos do Elana Ramiro Pr. Daniel Ventura André Israel Conselho. n

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

“O que precisamos sempre é de uma boa preparação” Altamiro Bernardes fala das oportunidades que recebeu através da música.

Priscila Slobodticov Saffiotte

jornalista, educadora e musicista

Em novembro, os Batistas comemoram o mês da música. Neste ano em especial, estamos realizando uma série de entrevistas com nossos principais músicos e maestros, que tanto se destacam profissional e espiritualmente. Dando sequência a nossa série, teremos a participação do maestro Altamiro Bernardes.

Altamiro Bernardes é professor, palestrante e regente convidado, além de membro de júri em competições corais internacionais. Já se apresentou em vários estados do Brasil, também na Argentina, Europa e EUA. Hoje, divide seu tempo entre o Brasil e a Europa e é membro do júri do Festival Internacional de Coros da Provença - França.

Estudou regência nas Faculdades Batistas de São Paulo. Em 2005 fundou a Academia Concerto, da qual é diretor artístico. Nos últimos 37 anos, realizou concertos, masterclasses e workshops no Brasil e no exterior. Leciona na Academia Concerto, orientando dezenas de novos maestros.

Nos últimos anos foi professor do programa de regência do Conservatório de Tatuí, o maior conservatório da América Latina. Em 2014, foi nomeado embaixador do Festival Internacional de Coros Mundus Cantat, na Polónia.

No mesmo ano, dirigiu o concerto de abertura do 7º Festival Internacional de Coros Edmund Szymanski e do Festival de Coros Akademia Cantat. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes da Sociedade Brasileira de Artes pelos destacados serviços prestados à regência e ao ensino. Também é membro fundador da ABRACO - Nova Associação Brasileira de Regentes Corais.

Em outubro de 2023 dirigiu dois concertos memoráveis em Roma e Florença, com excelente repercussão da crítica e do público, incluindo uma menção positiva do compositor norueguês Kim Andre Arnesen. Ainda na temporada 2023-2024, regerá em Bratislava, Budapeste e Viena.

Muitos maestros iniciam a história musical com o estudo do piano. Qual a relação do piano com a regência?

Como foi essa relação em sua trajetória musical?

O piano, para qualquer regente, seja um pianista ou não, é o nosso principal instrumento de trabalho. Ele é um instrumento que nos permite simular as vozes de maneira vertical, tocando várias linhas musicais, simultaneamente.

Por isso, o piano é um instrumento base para a regência. Em minha trajetória musical, o piano foi o meu instrumento

de origem. Minha mãe tocava piano na Igreja, nos cultos e em casa. Isso teve um grande impacto em minha vida. Comecei a tocar na Igreja com 11 anos, acompanhei a Congregação e também toquei órgão. Tive uma formação precoce no piano, aos 15 anos me formei no Conservatório e participei de concursos.

Tive contato também com o cravo, por três anos. Foi através do cravo que ganhei uma bolsa de estudos na Holanda.

Quais as maiores dificuldades em apropriada para o culto. Em contraparconciliar a música clássica e popular, tida, não é porque a música não é sacra com a música sacra e gospel? que ela não pode ser considerada. Isso Vou responder com uma pergunta: também se aplica em toda a nossa “Será que estamos sabendo discernir o vida com Deus, precisamos discernir que edifica e o que não edifica?” Preci- em tudo o que fazemos. samos usar o que Deus nos deu, o discernimento, e sempre questionar: “Isso O que você deixaria de conselhos é bom? Edifica?” Também precisamos para os músicos Batistas? pedir pela sabedoria que vem do alto.

Estudem! O que sabemos sobre Tenho pautado meu trabalho, dentro música não é suficiente para exercer e fora da Igreja, com essa responsa- o trabalho que temos. Independente Com a sua experiência como dire- bilidade. Conciliar a música usando da sua realidade musical, precisamos tor artístico, quais ideias você agre- o bom senso, com discernimento e estudar! Buscar conhecimento de todo garia para o ministério de música em sabedoria. Não é porque uma música o tipo. n nossas Igrejas? é sacra que ela é, automaticamente, Posso dizer que as ferramentas e o campo de atuação são, essencialmente, os mesmos, mudando somente o contexto, no caso o público, foco, local etc. Por vezes, encontramos o pensa! mento de que o líder de música é algo novo, mas a função é a mesma que en! contramos desde sempre na história. O ! que precisamos sempre é de uma boa ! preparação. Temos base bíblica para ! ! isso, pois os líderes são pessoas seleEDITAL DE CONVOCAÇÃO cionadas, altamente capacitadas. Às ASSOCIAÇÃO DOS MÚSICOS BATISTAS BRASILEIROS vezes, encontramos realidades menoCNPJ 35.807.030/0001-9 res e limitadas, em que os líderes não pensam mais em investir na formação.

Isso é algo muito triste. Precisamos atentar para essa responsabilidade.

Compartilhe um pouco das suas experiências mais marcantes como regente.

Não por acaso, mas, há um mês (outubro), acabei de passar por uma das experiências mais marcantes em minha vida. Pude reger um concerto em Roma, no Vaticano. Profissionalmente falando, isso foi algo muito impactante, pois esses lugares históricos, como Roma e a Itália, são berços da música clássica e erudita. Mas, posso dizer que foi uma experiência espiritualmente muito forte, podendo emocionar as pessoas e compartilhar a luz de Deus com todo o público ali presente. Deus nos usa nessas oportunidades! Cumpri minha função ministerial, e Deus tem honrado com esses privilégios de poder reger, inclusive, em Viena, que é a grande capital da música clássica. São momentos em que somos usados para transformar vidas.

! ! ! ! "#$$!

Na qualidade de Presidente da Associação de Músicos Batistas Brasileiros, em cumprimento ao que determina o artigo 9º do estatuto da AMBB, CONVOCO os sócios para reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, no dia 24 de janeiro de 2024, às 12:30 h, na Primeira Igreja Batista em Foz do Iguaçu, com endereço à R. Antônio Raposo, 766 - Centro, Foz do Iguaçu - PR, 85851-090. !!

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SITE: a mb b .o rg .b r ! !!!!!!!!!!!!!!EMAIL:

a mb b music osb a tista s@gma il.c om

Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2023. ! !

Samuel Vieira Barros Presidente

PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 19/11/23

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Educação Teológica, precisamos dela em nossas Igrejas?

Waxuel Pereira Rodrigues

pastor da Igreja Batista em Fazenda Sossego, em Campos dos Goytacazes - RJ; professor do Seminário Teológico Batista Norte Fluminense; diretorexecutivo da Associação das Igrejas Batistas do Extremo Norte Fluminense

Quando pensamos em educação, pensamos em conhecimento, seja no sentido de transmitir, seja no de receber as informações, habilidades, discernimentos e sentimentos que são necessárias para a nossa formação.

Desde as coisas mais básicas até os tópicos mais altos de qualquer vertente de conhecimento.

Quando pensamos em Educação Teológica, talvez pudéssemos pensar da mesma forma, desde os conhecimentos básicos nas classes de EBD, grupos de estudos, até mesmo no discipulado um a um e chegando até os tópicos mais complexos que podem ser levantados no meio acadêmico nos bancos de nossos Seminários.

Mas o cenário que se descortina à nossa frente nem sempre é tão simples assim. Por vezes, e não tão raras, vemos grupos inteiros se perdendo por falta de conhecimentos básicos da Palavra de Deus. Mesmo sabendo que se trata de um fundo histórico e cultural diferente, podemos pensar no registro do profeta Oséias em seu livro como sendo para hoje, quando nos deparamos com notícias assim: “Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. ‘Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos’” (Os 4.6).

Em linhas gerais, o cenário da Igreja evangélica brasileira tem experimentado um crescimento de Igrejas e denominações e de visibilidade, alcançando espaços antes inimagináveis. Com isso, cresce também as mais variadas formas de ministérios, alguns com

muitas novidades e outros mantendo-se conservadores na sua tradição. O que poderia ser algo a se comemorar.

No entanto, tem causado sérios problemas. Este crescimento em quantidade tem revelado uma pobreza grande em qualidade, exatamente pela falta da Educação Teológica.

Dos púlpitos, mas não só deles – podemos acrescentar aqui os louvores nos seus mais variados ritmos –, saem coisas que custamos a acreditar que realmente foram ditas, completamente vazias de significado teológico e ainda com comprometimentos sérios no que se refere ao ensino das Escrituras.

Considerando tudo isso, as nossas Igrejas precisam investir urgentemente na formação teológica de seus membros para os mais variados objetivos. Desde formar uma base sólida de conhecimento teológico para que aquelas pessoas que frequentam seus cultos não corram o risco de serem arrastadas facilmente por propostas antibíblicas que surgem dia após dia (e que, é claro, tendem a aumentar), chegando até na preparação e no envio de novos obreiros. E acrescento aqui a também urgente necessidade de identificar, incentivar e enviar os vocacionados para instituições sérias e comprometidas com a formação de ministros que tenham firmeza na Palavra. Igualmente importante é, mesmo depois do envio, manter o vínculo, acompanhando a trajetória do vocacionado até a sua formação e início de caminhada ministerial.

Pondere a possibilidade, se ainda não possui, de desenvolver um programa de ensino teológico na sua Igreja, de maneira que possa alcançar a pessoa de uma forma completa. Essa formação a ajudará a crescer no conhecimento de Deus, a entender a necessidade do estudo compromissado da Palavra de Deus, a desenvolver seus talentos e reconhecer suas habilidades, que serão aproveitadas pela própria Igreja

inicialmente e, talvez depois, em outros campos, e ainda a viver e ensinar um Evangelho em que Cristo seja o centro.

Sei que muitos que leram até aqui têm mais propriedades para discorrer sobre o tema, porém a proposta aqui é só lançar luz sobre a pergunta do título e nos levar a pensar sobre o tema. E, talvez, reconhecer que, em algum momento, tenhamos sido responsáveis,

ainda que indireta ou involuntariamente, por alguns dessas dificuldades que temos visto, simplesmente pelo fato de não nos preocuparmos com a formação teológica do indivíduo desde o dia em que ele decidiu viver com Cristo e começou uma caminhada em nossa Igreja. Portanto, a resposta é sim, precisamos da Educação Teológica em nossas Igrejas! n

Informativo Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (Fp 4.13) A UFMBB trabalha há 115 anos para promover Educação Cristã Missionária no Brasil e no mundo, mantendo seus princípios de oração, ensino bíblico cristocêntrico, formação do caráter cristão, serviço cristão e missões. Trabalhamos por meio de nossa proposta educacional, que chega às igrejas brasileiras através de nossas literaturas, ferramentas digitais e casas para preparo de obreiros CIEM e SEC. O impacto que abalou o mercado editorial no Brasil e no mundo também afetou financeiramente a UFMBB, que tem como sua principal fonte de renda a venda de suas literaturas.

A fim de auxiliar em sua recuperação financeira, a CBB aprovou no dia 9 de novembro de 2023, por meio de seu Conselho, uma medida interventiva à UFMBB. Foi nomeado pelo Conselho da CBB o Pr. Alexandre Felício Peixoto para auxiliar-nos na administração geral da UFMBB. Pr Alexandre Peixoto é Gerente de Missões e Financeiro da Junta de Missões Mundiais.

A UFMBB continuará trabalhando com o apoio de seu Conselho, composto por sua diretoria e representantes de todas as convenções estaduais. Juntas, como mulheres batistas, continuaremos promovendo Educação Cristã Missionária no Brasil e no mundo.

Contamos com o apoio e as orações de todas as mulheres e igrejas batistas brasileiras. Continuaremos proclamando o Reino de Deus até que Cristo venha.

Diretoria da UFMBB Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2023

______________________________________ Presidente – Cássia Virgínia Guimarães Cavalcanti