Recorde em queda de empregos Primeira moto Novos projetos Mercado em posição Maisbrasileira segurança na indústriaa Asdap da transformaçãode cautela ainda desperta fortalecem com oemoções FleetBoard
ÍNDICE
12 18
18
Instalação de acessórios: o medo de perder a garantia do carro Indústria de Transformação tem a maior redução de empregos em 13 anos ENAN: sucesso pelo 4º ano consecutivo
26
Destinação incorreta de pneus e óleos pode causar graves danos ao meio ambiente
4 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Diretoria Executiva Henrique Steffen Presidente (presidencia@asdap.org) Rogério Mendes Colla Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org) Flávio Telmo Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org) Ricardo Krolikowski Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org) Conselheiros Celso Zimmermann, e Fernando Bohrer Suplentes Marcelo Zambonin e Silvio Cohn Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: revista@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034 Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati, Silvio Cohn e Thiago Alves
A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor. Editor: Claudio Fontoura Editor Reportagem: Rosangela Groff e Regina Oliveira Planejamento Gráfico e Diagramação: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Gráfica e Editora Palotti Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.
ENTIDADE
Cenário econômico brasileiro foi tema de encontro da Asdap
U
m dos assuntos mais discutidos entre empresários de todos os setores da economia brasileira, bem como entre a população de um modo geral, foi tema da última reunião dos integrantes do setor de autopeças. Em sua reunião mensal, ocorrida no início da noite de 9 de março (segunda-feira), a Associação
Sul Brasileira dos Distribuidores de Autopeças (Asdap) debateu amplamente os “Cenários Econômicos e Perspectivas para 2015”. Para elucidar a real situação econômica do país no atual contexto, os empresários do setor de autopeças contaram com a participação do gerente do setor de Análise Econômica e de Riscos do banco Sicredi, o economista Pedro Lutz Ramos. Logo de
6 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
início, o especialista confirmou a queda das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) realizadas pelo mercado, situação já prevista no ano passado. Ramos explica que o quadro se deve à perda da confiança na economia por parte de consumidores e do empresariado. “Também podemos verificar essa situação na forte desvalorização cambial e na elevação do
ENTIDADE
risco soberano brasileiro”, afirma. Considerando as perspectivas de renda e de consumo da população, de acordo com Ramos, no setor de autopeças, bem como no mercado de veículos, as expectativas também são de um 2015 com muitos desafios a serem vencidos. Ele esclarece que medidas de ajuste fiscal, as quais ocasionaram elevação das tarifas de energia elétrica, somadas ao reajuste dos combustíveis, à forte desvalorização cambial e ao temor do desemprego, estão gerando insegurança na população de um modo geral, o que ocasiona retração no consumo. Se referindo ao mercado de automóveis especificamente, o especialista entende que houve esgotamento das políticas de incentivo ao consumo. “Essas iniciativas esbarraram no fato de que a população demora para trocar um bem durável de valor elevado em relação à renda. A antecipação de consumo ocorrida nos últimos anos, bem como o endividamento excessivo da população, completam o cenário
de dificuldades”, afirma. Para que continue operando em seu nível de atividade atual, o qual já não é expressivo, a economia brasileira necessita, hoje, de aproximadamente 4% do PIB de recursos externos. Em contrapartida, devido à trajetória ascendente da dívida pública e do expressivo déficit do setor público no país, a percepção dos investidores internacionais em relação ao Brasil tem piorado.
Medidas necessárias “A partir desse contexto, para que o país possa continuar acessando os mercados internacionais ao mesmo custo que operava nos últimos anos, se faz necessário que a dívida pública se estabilize e o déficit público se reduza. Caso não ocorra um retrocesso nesse processo, a taxa de câmbio deverá continuar se desvalorizando,
8 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
bem como o custo de captação dos setores público e privado seguirá em elevação”, observa Ramos. Dessa forma, para que o custo de capital da economia não se eleve, e a taxa de câmbio não continue desvalorizando, se faz necessário ajustar as contas públicas, a fim de poder continuar acessando o mercado internacional normalmente.
Momentos difíceis De acordo com Ramos, em todos os períodos do ciclo econômico, tais como recessão, crise, crescimento elevado, entre outros, a figura do empresário arrojado aparece como vital, tanto para a manutenção quanto para a retomada do crescimento. “Normalmente, quando uma economia entra em fase de contração, tende a sair mais forte e eficiente. Isso ocorre porque há necessidade de sobreviver ao período de dificuldade, o que obriga a fazer mais com menos, faz surgir o personagem empreendedor, que inova, reduz custos e produz mais”, ressalta. O economista do Sicredi finaliza sua participação lembrando que no âmbito dos negócios existem diversos casos de empresas que, em meio a grandes crises, conseguiram aumentar seu lucro, bem como sua fatia no mercado. Ele ressalta, no entanto, que o empresário deve se manter ciente de que os riscos de empreender em períodos de desempenho adverso da economia são maiores em comparação a momentos de alta expansão, especialmente se houver dispêndios relevantes para a realização do projeto. A palestra proferida pelo economista do Sicredi repercutiu de maneira
Carlos Rema
positiva entre os associados da Asdap. “A apresentação realizada por Ramos sobre o atual panorama econômico do país foi excelente. Ele abordou muito bem os pontos relevantes relativos à trajetória, bem como a nossa atual situação econômica. Trouxe informações do mercado externo. Ressaltou os pontos que desfavorecem e os que favorecem o cenário econômico do Brasil. Sua ilustração pode nos auxiliar na tomada de decisões que possam vir impactar no bom desempenho dos nossos negócios no decorrer deste ano e nas projeções para 2016”, enfatizou Carlito, da HS Car Distribuidora de Autopeças. A mesma percepção ocorreu com João Jefremovas, da Bodipasa. “O palestrante demonstrou conhecimento dos temas abordados e, de maneira simples, sem utilizar termos rebuscados , expôs aos participantes o momento difícil pelo qual passa a economia brasileira. Também mostrou com clareza os principais motivos que
Segundo Ramos, endividamento excessivo completa o cenário de dificuldades
contribuíram para a atual situação”, observou o empresário. Para Carlito, esse tipo de palestra poderia ocorrer a cada trimestre. Dessa forma, seria possível oferecer informações aos associados acerca do mercado brasileiro, assim como projeções do cenário econômico mundial passíveis de influir internamente. Opinião semelhante também foi expressada pelo empresário da Bodipasa.
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 9
TRIBUTOS
Carlos Rema
Nota Fiscal ao consumidor, Alíquota do MVA, SPED Fiscal e novo layout da NFe. por Daisy Machado
Ocorre também o alerta às empresas atacadistas obrigadas à entrega do SPED Fiscal, referente Inicia o ano com a obrigatoriedade de informação ao preenchimento do Bloco K, onde deverá ser inna nota fiscal de venda a consumidor final, referen- formado o movimento ocorrido com o estoque de te a carga tributária da última etapa da cadeia pro- mercadorias, levando à adequação de sistemas de dutiva que influenciou na formação dos preços dos gestão e controle de mercadorias. produtos e serviços, prevista na Lei 12.741/2012, com início a partir de 1º de janeiro de 2015, acresEm 1º de abril de 2015, outra grande novidade cida ao IPI e ICMS/ST. que entra em vigor é o novo “layout” da NFe, a versão 3.10, que, resumindo, engloba a NFC-e, cria Divulgadas as alterações referentes à modifica- campos e exige validação do CNPJ, dos cadastros ção da alíquota do MVA do setor de autopeças atra- dos clientes, principalmente os que possuem insvés do Protocolo 41/2008, a partir de 01/02/2015, crição estadual, dos importadores e exportadores, sendo que a relação teve abrangência apenas em proibição de emissão de uma NFe de devolução alguns estados, pois o RS manteve os percentuais para produtos que foram recebidos em NFe difeutilizados em 2014, integrando o § 6 do Protoco- rentes, definição do arredondamento para o total lo 41/2008, alterado através do Protocolo ICMS Nº da Nfe, autorização para 10 PJ/PF a obter o XML. 105, de 05/12/2014, e confirmado com a publicação em seu RICMS pelo Decreto nº 52.250 - DOE RS, de 04/02/2015. Em Santa Catarina houve a adequação de seu RICMS para atender o Protocolo (*) Contadora 41/08, passando a vigorar a partir de 01/04/2015. Mais informações www.planper.com.br
10 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
MERCADO
12 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
MERCADO
Carlos Rema
U
mberto Morschbachtr, diretor da Audiocar, distribuidora de som e acessórios automotivos de Cachoeirinha (RS), afirma que existe um receio por parte do consumidor na instalação de acessórios e na perda da garantia do veículo. “São vários paradigmas que existem no mercado. Há essa situação que o consumidor tem medo de mexer no carro, tendo em vista experiências que não foram satisfatórias aliadas à confiança que a concessionária passa”, salienta. “E o que complica mais ainda é que nem todas as concessionárias instalam esses produtos”, analisa o empresário. Segundo ele, existe uma indefinição se a concessionária expande ou não o setor de acessórios, sendo que a oferta poderia ser muito maior, tendo em vista a quantidade de equipamentos existentes no mercado. Assim, o consumidor final acaba por não ter uma disponibilidade maior de equipamentos instalados em autorizadas. Morschbachtr aponta que não existe a situação de perda da garantia do veículo quando da instalação de acessórios. “Hoje não é mais necessário cortar os chicotes, os fios, pois estão disponíveis para o instalador interfaces, levantadores com conectores, por exemplo, que não interferem na garantia do veículo. Se o acessório for de aplicação original, ele não vai interferir na garantia do carro”, cita o executivo. Ele acredita que os instaladores ain-
da trabalham com itens sem aplicação original devido à diferença de preço em relação aos de uso universal, que necessitam de interferência na fiação do veículo, uma diferença de valores de cerca de 50%. “Falta profissionalismo das lojas que fazem a instalação”, frisa. “Além do que, a utilização do item de aplicação original é muito mais fácil de efetuar e possui menos riscos”, reforça. As centrais multimídias são o carro-chefe de vendas da Audiocar, que atende mais de 200 modelos de carro, com um gama variada de conetores. “Trabalhamos com dois perfis de clientes, os instaladores e as concessionárias. Nossos produtos principais comercializados para as concessionários são centrais multimídias, interfaces, sensores de estacionamento e alarmes. E, para os instaladores, são centrais, autofalantes e amplificadores de som e alarmes”, complementa Morschbachtr.
14 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
“Instaladores ainda trabalham com itens sem aplicação original devido à diferença de preço em relação aos de uso universal, que necessitam de interferência na fiação do veículo, uma diferença de valores de 50%”, afirma Umberto Morschbachtr, diretor da Audiocar
MERCADO
Conectores específicos para cada modelo Sinval Chollet Rodrigues, gestor comercial da FKS, empresa de Canoas que fabrica alarmes e automatizadores de vidro, aponta que trabalha com conectores específicos que se ligam a cada modelo de carro sem precisar fazer o corte de fios para a instalação do acessório. “Temos 40 modelos de conectores diferentes, para evitar de instalar produtos com conexão universal que exigem a manipulação da fiação do automóvel”, explica. Os itens fabricados pela marca têm dois anos de garantia. Rodrigues afirma que a indústria produz também os módulos de travamento das portas, que fazem o fechamento dos vidros do carro e que esses produtos também não alteram a originalidade do veículo. Para o gestor comercial, esses produtos são peças-chave para o conforto e segurança do motorista e dos ocupantes do carro. E adianta: “Também já desenvolvemos os automatizadores com sensores anti-esmagamento, que já tem demanda de mercado”. De acordo com o gestor comercial, a proteção do ocupante do carro ocorre quando o vidro encontra um obstáculo e inibe o levantamento. “Temos trabalhado para ter soluções que evitam acidentes para os ocupantes do carro, principalmente crianças”, exemplifica. O executivo informa que os módulos anti-esmagamento atendem cerca de 50% da frota de modelos existentes no mercado. Mas Rodrigues ressalta que alguns concessionários ainda pregam que a garantia do veículo só é mantida se a instalação é feita na autorizada da marca. Segundo ele, a fabricante já vendeu mais alarmes para o consumidor. Hoje, o produto mais comercializado são os automatizadores de
vidros. A FKS tem como maior mercado o de veículos mais vendidos, geralmente carros de entrada, como o HB20 da Hyundai, e modelos da Fiat, como Palio, Uno e Siena. A empresa tem consumidores em outros estados, além do Rio Grande do Sul, como Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.
Divulgação
Questão é muito subjetiva, dependendo do fabricante A Orbe, empresa de Caxias do Sul (RS), que fabrica e importa centrais multimídias e sensores de estacionamento, além de outros produtos como câmeras, interfaces, kit de farol auxiliar, lâmpadas e monitores, também enfrenta a exigência de manter a garantia da originalidade do veículo, quando da instalação de equipamentos. Segundo Everton Oliveira, consultor técnico, a questão da garantia é muito subjetiva, dependendo como a montadora entende o conceito. “Vai depender de como o fabricante especifica a garantia, como estabelece as suas regras. Mesmo que a gente faça uma instalação que não envolva a estrutura original do veículo, a fábrica pode alegar que haverá comprometimento da parte elétrica, por exemplo, na sobrecarga de corrente do veículo”, comenta Oliveira. A Orbe, com centro de distribuição em Joinville (SC), vende seus equipamentos para lojistas e distribuidores, atendendo praticamente todo o território brasileiro. “Mas garantimos que todos os nos-
“Alguns concessionários ainda pregam para os consumidores que a garantia do veículo só é mantida se a instalação é feita na rede autorizada da marca”, diz Sinval Chollet Rodrigues, gestor comercial da FKS
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 15
MERCADO
sos acessórios podem ser instalados sem causar nenhum problema ao veículo. Se eles forem retirados, o carro volta ao seu estado original, sem alterações”, frisa o consultor técnico. De acordo com Oliveira, as centrais multimídias para cada modelo de carro são as mais procuradas, devido à diversidade na oferta de veículos no mercado. Em torno de 100 modelos são atendidos pelos produtos da Orbe, onde os carros de entrada apresentam uma demanda maior. No entanto, Oliveira diz que os sensores de estacionamento são os itens mais vendidos pela empresa. A garantia dos produtos é de seis meses, exceto lâmpadas (três meses).
Divulgação
Conectores específicos se ligam ao modelo de carro sem corte de fios
Do carro de entrada ao importado A Sistec Controles Eletrônicos, com sede em Canoas (RS), atua no desenvolvimento e fabricação de produtos eletrônicos veiculares atendendo todo o território nacional com os mais variados produtos. De acordo com o diretor da empresa, Jairo de Aguiar, os acessórios mais vendidos pela fábrica são alarme para automóveis e motocicletas, antifurto (bloqueador), sistema de travamento de portas, alarmes para complemento de originais e interfaces para vidros elétricos. “Nossos produtos são universais, portanto servem para qualquer veículo.
Não tenho conhecimento de que nossos acessórios tirem a originalidade de algum veículo”, enfatiza. “Comercializamos os nossos itens somente para distribuidores, que fornecem para o varejo, aplicadores e também para as concessionárias”, complementa Aguiar. Segundo ele, a maioria dos concessionários tem um contrato com as montadoras para utilizar somente os acessórios fornecidos pelas marcas. “São produtos produzidos por uma empresa específica e homologado pelas fábricas”, explica. “Por isso as concessionárias alegam que o veículo
16 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
perde a garantia se receberem acessórios de outros fabricantes, que muitas vezes são iguais aos disponibilizados pelas montadoras”, especifica. Há 24 anos no mercado, a Sistec tem clientes em todas as capitais do país e um portfólio de 35 produtos. “Muitos modelos de carros, por exemplo, vem com travamento de portas mas sem alarme e temos acessórios que complementam esses equipamentos”, afirma Aguiar. “Vendemos produtos tanto para veículos nacionais quanto para importados, do carro mais simples ao mais sofisticado”, completa.
Crédito: Fetracon/BA
ESPECIAL
Indústria de Transformação
tem a maior redução de empregos em 13 anos 18 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
U
m estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cuja fonte de dados é baseada na RAIS/TEM e corresponde às seções da CNAE95, na qual
na ótica do emprego”. O levantamento conclui que, em 2014, o desempenho do emprego no setor foi o pior desde 2002, apresentando pela primeira vez, nesse período, uma redução líquida do emprego formal. O alerta levou à observação da necessidade de o Brasil precisar de uma política econômica que favoreça o
se insere a indústria automotiva, papel protagonista da indústria analisou o tema “A importância de transformação no desenvolvida indústria de transformação mento do país.
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 19
ESPECIAL
20 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
ESPECIAL
ESPECIAL
No 1º semestre/2014, a participação da IT no PIB caiu para 12%, ante 13,2% no 1º semestre/2014
Em pontos percentuais, a indústria de transformação foi o setor que mais perdeu participação no emprego da economia entre 2002 e 2013. Essa análise se deu através do entendimento de que o crescimento do emprego da indústria de transformação pode contribuir para aumentar o salário médio da economia, atingir o nível de renda per capita de um país
22 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
desenvolvido, ampliar a estabilidade do emprego e reduzir a rotatividade, promover o desenvolvimento do capital humano e estimular o crescimento e expandir a capacidade de geração de novas vagas de trabalho, elevando assim a capacidade de crescimento da economia, já que, dentre os grandes empregadores, a indústria de transformação é o setor com maior produtividade.
ESPECIAL
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 23
Beto Moussalli/Fiesp
ESPECIAL
Para Coelho, a queda de participação no emprego provoca a redução do estímulo à educação e ao aumento da produtividade
País perde capacidade de crescimento econômico De acordo com o diretor-titular do Decomtec, José Ricardo Roriz Coelho, a perda de empregos na indústria de transformação reduz a capacidade de o país gerar novos empregos e crescimento econômico. Em 2014, foi a primeira vez desde 2002 que houve uma redução líquida do emprego formal da indústria de transformação, de cerca de 164 mil empregos. “Esse foi o pior desempenho dos últimos 13 anos”, afirma o dirigente. Segundo ele, em pontos percentuais, a indústria de transformação foi o setor que mais perdeu participação no emprego da economia (desconsiderando a administração pública) entre 2002 e 2013, correspondendo a uma queda de 3,1%. “Essa redução relativa do emprego industrial tem impacto sobre a capacidade de gerar emprego no país, pois para cada emprego direto criado na indústria de transformação, são gerados três indiretos na economia, enquanto nos demais grandes setores esta relação é de 1:1”, esclarece. A perda líquida de empregos industriais também afeta a renda da econo-
mia, conforme Coelho, uma vez que a indústria de transformação é a maior empregadora acima de cinco salários mínimos (salário médio de entradas das economias desenvolvidas) e dentre os grandes empregadores privados é o único segmento que paga salários acima da média. “Isso significa que a queda da participação da indústria no emprego total provoca redução do salário médio da economia e, indiretamente, reduz o estímulo à educação e ao aumento da produtividade, já que, conforme aumenta o grau de escolaridade, a indústria de transformação é o setor que paga melhores salários. Ademais, a redução do emprego da indústria de transformação deteriora a estabilidade do emprego e amplia a rotatividade, pois o setor é o que oferece maior número de ocupações em que o trabalhador permanece no emprego por, no mínimo, 3 anos”, indica. Para este ano, Coelho diz que não se espera uma reversão na trajetória da economia brasileira. “O baixo nível de confiança do empresariado e as incerte-
24 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
zas quanto à política econômica devem continuar influenciando negativamente a atividade econômica e o investimento. Há expectativa de queda da produção física industrial em 2015 e isso deve continuar a se refletir em redução do emprego industrial. O mercado já prevê uma recessão da ordem de -0,66% neste ano, com tendência de agravamento ao longo do ano”, adverte. Para o executivo, apesar da taxa de câmbio, atualmente, se encontrar em nível mais competitivo para a indústria brasileira, seu impacto é reduzido no curto prazo. “A taxa de inflação continua alta e, provavelmente, a taxa de juros tenderá a permanecer elevada, penalizando a economia brasileira e a produção industrial doméstica. Além disso, os ajustes fiscais devem atingir a indústria, reduzindo o benefício das desonerações, agravando ainda mais o cenário recessivo para a indústria. Vale mencionar ainda o elevado custo Brasil, que continuará a representar um ambiente competitivo hostil à produção industrial e ao investimento”, completa Coelho.
FEIRAS
ENAN: sucesso
E
pelo 4º ano consecutivo
m sua quarta edição, o Evento Nacional Automotivo de Negócios (ENAN) confirma, na edição de 2015, realizada nos dias 3, 4 e 5 de março, em São Paulo, o sucesso obtido no segmento automotivo. Participante de todas as edições da feira, Umberto Morschbecher, diretor da Audiocar Distribuidora, de Cachoeirinha, define o evento como perfeito para o setor. “Este evento se encaixa como uma luva para o segmento automotivo”, afirma. Para o empresário, feiras tradicionais requerem grande investimento por parte dos expositores, ao mesmo tempo que exigem ação eficaz de marketing para atrair o público. Em seu entendimento, o retorno do público não compensa o custo, pois este, segundo revela, nem sempre está disposto a investir. Além disso, segundo explica, também existe o fator de que entre o público que comparece às feiras tradicionais há sempre os curiosos e especuladores, que já chegam sem nenhuma intenção de realizar algum negócio. De acordo com o empresário, é nesse aspecto que o ENAN se destaca. “O ENAN é um evento claramente direcionado à realização de negócios”, enfatiza o diretor da Audiocar. As atividades da feira se realizam em um hotel, onde também se hospedam os expositores e distribuidores convidados. A exposição ocorre nas salas de eventos, nas quais cada empresa expositora tem direito a um espaço de iguais proporções para to-
Dino Imagens/Divulgação
dos. De acordo com Morschbecher, a sistemática planejada para esse evento dispensa a montagem de grandes estruturas, o que reduz significativamente o custo. O distribuidor, no entanto, adquire o direito de participar se for convidado pela organização do evento, sendo que os convites ocorrem por indicação dos expositores. “Uma vez convidados, os distribuidores têm suas despesas com transporte, alimentação e hospedagem custeadas pelo evento. Isso torna o contingente de participantes bem seleto”, conclui o diretor da empresa distribuidora de Cachoeirinha. Também presente em todas as edições do evento, Marcelo Zambo-
26 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Durante três dias, participantes, vindos de todo o Brasil, estiveram conhecendo as últimas novidades em equipamentos de som e acessórios automotivos. O evento aconteceu em São Paulo e reuniu cerca de 600 participantes.
FEIRAS
nin, da Dalcobre, considera as atividades da feira bastante produtivas, bem de acordo com os interesses das empresas do setor. “Seria interessante, porém, se tivesse um número expressivo de fabricantes”, salientou o diretor da empresa de Canoas. No decorrer dos três dias de atividades, conforme afirma Morschbecher, o ENAN apresenta programações similares, porém bastante atrativas. Na abertura, por exemplo, a coordenação da feira explana as expectativas e objetivos dos expositores. Já na se-
gunda noite normalmente acontece uma palestra de um especialista do setor ou áreas afins. A palestra deste ano foi proferida por Walter Longo e teve como tema “Era Pós Digital”. Walter Longo é administrador de empresas com pós-graduação pela University of Southern Califórnia (USC). Também é um dos maiores especialistas do país em comunicação, inovação e na utilização de tecnologia como força competitiva na disputa do mercado. Atualmente é presidente da Grey Brasil e mentor de estratégia e inovação do
anuncio 05
Grupo Newcomm. Para o diretor da Audiocar, a integração entre fornecedores e distribuidores é um dos principais destaques desse modelo de feira. “Durante a feira a concorrência fica em segundo plano. Por essa característica e, também, por outras peculiaridades, tais como a objetividade no que se propõe, na medida em que fomenta a realização de negócios e o fortalecimento de parcerias, penso que esse modelo de evento deveria ser trazido aqui para o estado”, conclui.
RETROVISOR
28 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Arquivo Pessoal
RETROVISOR
E
m 10 de outubro de 1974, em Guarulhos, na grande São Paulo, era fabricada a primeira motocicleta brasileira: a Yamaha RD 50, apelidada carinhosamente pelo público de “cinquentinha”. Apresentada como a “Yamaha mais moderna do mundo”, a moto seria produzida até 1979, mas ficaria para sempre no coração de seus proprietários. E com a “cinquentinha” era lançada a primeira fábrica de motocicletas instalada no país, além de ser a primeira planta da marca fora do Japão, consolidada hoje entre as maiores montadoras do país. O mercado à época se mostrou favorável para essa iniciativa. Estava em pleno crescimento, com uma demanda por motocicletas cada vez maior e o cenário político já demonstrava sinais de que os impostos sobre produtos importados iriam aumentar. Além de incentivos fiscais, a malha rodoviária passou por ampliação, incentivando a indústria automotiva. E a definição da cilindrada da primeira moto produzida aqui se deu pelo fato de a RD 50 trazer muito potencial. Era uma moto de simplicidade técnica para viabilizar a produção de componentes nacionais. Ainda que seu quadro fosse de aço tubular igual aos das motocicletas mais sofisticadas da época, tinha um motor potente de 6,2 cv e câmbio de 5 marchas. E a “cinquentinha” fez um público fiel, adoradores do modelo, que até hoje relembram com carinho suas experiências ao pilotar a moto. Muitos ainda trafegam com o modelo, orgulhosos. Um exemplo desses apaixonados pela RD 50 é o Miguel Angelo Quaggio, vendedor, 48 anos, que mora em Bauru (SP). Ele adquiriu sua Yamaha RD 50 em 2007. “Minha moto é uma das primeiras
lançadas pela fábrica (1975). A maioria dos seus componentes era importada do Japão e, por isso, bastante rara e valorizada. Mas ele já alimentava o sonho de ter uma “cinquentinha” há mais tempo. “Sempre quis ter este modelo, mas procurava por um exemplar em bom estado de conservação. E a moto que comprei estava praticamente original - eu seria o terceiro dono (a adquiri de um amigo que foi o segundo dono)”, conta. “É uma moto histórica: foi a primeira motocicleta a ser fabricada no Brasil e a primeira Yamaha a ser fabricada por aqui. Para a época, isso significou muito. Foi considerada um marco para a indústria nacional e uma importante opção de economia - estávamos em plena crise do petróleo”, considera. Quaggio explica porque a paixão pela motocicleta. “É muito legal passear com ela e ser abordado pelas pessoas que conhecem e lembram do modelo. Faço um monte de novos amigos por causa dela”, afirma. “Hoje ela está ultrapassada. Temos no mercado modelos mais modernos, com melhor performance. Mas ela ainda tem um charme que é só dela: suas linhas e seu valente motor 2 tempos. Sua manutenção é bastante simples e ainda encontramos muitas peças
30 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Foi a primeira motocicleta a ser fabricada no Brasil e a primeira Yamaha a ser produzida por aqui. Para a época, isso significou muito. Foi considerada um marco para a indústria nacional e uma importante opção de economia - estávamos em plena crise do petróleo
RETROVISOR
disponíveis no mercado”, especifica o vendedor.
Histórias de vida Ele tem muitas histórias de vida que envolvem a “cinquentinha”. “Não tive esta moto quando era garoto. Não tinha a grana necessária. Me lembro que, quando era criança e depois adolescente, esta pequena moto era o sonho de consumo dos garotos de minha idade - uma moto do tamanho dos garotos e com “cara de moto”. Quem tinha uma desfrutava de grande status na turma e fazia muito sucesso com as meninas”, ressalta. Segundo Quaggio, as Mobiletes também eram o sonho da garotada, mas quem tinha uma “cinquentinha” realmente ficava em outro nível. “Hoje
em dia, pela raridade e pelo seu “jeitinho”, ela chama muito a atenção das pessoas. Num mundo cheio de motos gigantes e supervelozes é engraçado quando uma roda de motociclistas simplesmente para de conversar e todos se voltam para a pequenina moto quando ela chega”, destaca. Com toda essa notoriedade que a RD 50 criou junto aos seus proprietários, grupos se mobilizam para falar sobre o assunto e trocar experiências na Internet, através dos blogs e redes sociais. “Há alguns anos fui procurado por uma revista de Portugal especializada em motos de época. Eles estavam fazendo uma matéria sobre as pequenas Yamahas e encontraram minha moto na Internet. Me pediram para contar um pouco da história do
modelo no Brasil. Enviei a eles matéria para a revista e minha RD 50 foi capa daquela edição”, cita. “Notando o interesse das pessoas pelo modelo, criamos uma página no Facebook dedicada ao modelo. A página é um sucesso, tanto entre os mais jovens como entre aqueles que curtiram o modelo na sua época”, argumenta. Para Quaggio, a Yamaha RD50 é uma motocicleta que marcou época. “Era uma moto para uso diário (no trabalho e até em viagens) e para lazer. Ainda hoje tem uma legião de fãs, saudosistas que lembram do modelo e garotos que a consideram ainda atual e arrojada. É um prazer enorme passear com ela nos finais de semana e notar o sentimento que ela desperta nas pessoas”, completa.
Quarenta anos de mercado Nesses 40 anos de fundação, a Yamaha lançou mais de 140 modelos, despertando o desejo e atendendo a paixão dos brasileiros pelas duas rodas. Logo após a “cinquentinha”, vieram a RD 75, evolução natural da primeira, e a RS 125, montada com peças e acessórios todos fabricados no Brasil. A companhia introduziu vários segmentos de motocicletas no mercado brasileiro, como as primeiras Trail, Cross e Racing nacionais, contribuindo e caminhando junto com a história do segmento no Brasil. Ainda na década de 70, a TT 125 foi a primeira Trail brasileira, com amortecedores “superdimensionados”, maior curso e resistência e com garfo dianteiro mais longo. Na categoria Cross, a DT 180, logo depois rebatizada como DT180 Super – que foi campeã de inúmeros enduros (principalmente, o En-
duro da Independência). E a RD 350, que ainda é buscada por muitos colecionadores, foi a primeira Racing nacional. Fabricada entre 1986 e 1993, foi febre e formou muitos pilotos. Na década de 90, dois modelos icônicos passaram a ser importados pela marca, apresentando o que há de melhor sobre duas rodas em todo o mundo. A V-Max, trazida em 1994 e até hoje referência em motocicleta que entrega o máximo nos quesitos força, desempenho, conforto e potência. E em 1998 – menos de um ano depois do lançamento mundial - a YZF-R1, modelo moderno e que representa a busca dos engenheiros da marca de integrar homem e máquina em um único símbolo, ou seja, a extensão do motociclista. A Yamaha foi pioneira dessa ideia e hoje todas as esportivas,
influenciadas por esse conceito, seguem de uma maneira ou outra o tom que essa motocicleta trouxe no seu lançamento.
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 31
Superesportivo com motor de 1.500 cv
A montadora sueca Koenigsegg apresentou no Salão de Genebra, na Suíça, sua nova máquina voadora: o superesportivo Regera, equipado com motor de 1.500 cv de potência. Segundo a montadora, o carro foi projetado para ser um veículo de extremo luxo e muita esportividade, sendo um carro de competição vestido para desfilar nas ruas. Destaque para o sistema de motorização, reunindo um motor 5.0 litros V8 e mais três blocos elétricos de motores que, juntos, desenvolvem mais de 1.500 cv de potência. A aceleração vai de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e bate os 400 km/h em 20 segundos. A velocidade máxima não foi revelada. Serão produzidas apenas 80 unidades do Koenigsegg Regera.
32 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
O sistema de escapamento mais caro do mundo
Que o superesportivo Bugatti Veyron é um dos automóveis mais caros do mundo, todos sabem, agora que seu sistema de escapamento é também o de maior valor do mercado global foi uma confirmação recente. A britânica QuickSilver Exhaust Systems revelou que o sistema de escape do Bugatti Veyron Grand Sport Vitesse custa 26.700 libras, o equivalente a R$ 116 mil. Ou seja, dá para comprar quatro carros populares no Brasil com o preço de um escapamento do Bugatti. A justificativa é que o escapamento é feito todo de titânio, contribuindo para salientar o ronco do motor W16 de 1.200 cv de potência do Bugatti Veyron.
O futuro da
Fórmula 1 Perfil familiar com vocação
esportiva
Buscando novos segmentos de mercado, a Kia Motors está desenvolvendo uma station wagon de perfil esportivo. Chamada de Sportspace, a nova criação foi mostrada no Salão de Genebra, na Suíça, e poderá entrar em produção nos próximos dois anos. Seu design destaca a valorização da aerodinâmica, com frente inclinada e traseira com teto de perfil baixo, além de grandes entradas de ar na dianteira e traseira, maçanetas retráteis, saída dupla de escapamento e rodas destacadas. A expectativa é por motores turbo de alta potência.
O futuro da Fórmula 1 poderá ter carros diferentes dos usados atualmente nas pistas mundiais. A equipe italiana Ferrari apresentou projeto com sua visão dos carros do futuro para a categoria máxima do automobilismo mundial. Desenvolvido em parceria com o departamento de aerodinâmica da Ferrari, o Fórmula 1 apresenta detalhes como o capacete do piloto se encaixando na carroceria, laterais com carenagens esculpidas protegendo os pneus e parte frontal com asa dupla. No visual, o futuro da Fórmula-1 está mais atraente que muitos carros atuais.
McLaren
para fortes emoções nas pistas Inspirado no F1 GTR que venceu a prova 24 Horas de Le Mans, na França, em 1995, a McLaren criou o superesportivo P1 GTR. O superesportivo desenvolvido para as pistas é 50 kg mais leve que o modelo de rua. C Com motor V8 biturbo especialmente preparado para gerar 800 cv de potência, mais um propulsor elétrico de 200 cv, o carro chega aos 1.000 cv.
Para este carro, a McLaren criou um programa de pilotagem, que permite aos proprietários do P1 GTR participarem de sessões de teste nos circuitos de Silverstone (Inglaterra) e da Catalunha (Espanha).
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 33
COLUNA
Inglaterra
proíbe fumo em carro com criança
Vem aí mais uma montadora
chinesa
A chinesa Zotye confirmou via Facebook seu ingresso no mercado brasileiro ainda neste ano de 2015. O modelo escolhido é o utilitário esportivo T600. Equipado com motor 2.0 turbo de 177 cv, o jipão tem opções de câmbio manual de cinco velocidades ou automática de seis marchas. No ano passado, durante o Salão de São Paulo, a marca mostrou também o automóvel compacto Z100 e o utilitário-esportivo T200, ambos equipados com motores de tecnologia Mitsubishi. O 1.0 três cilindros rende 68 cv e o 1.5 desenvolve 110 cv. A Zotye já anunciou que pretende contruir uma fábrica na região de Colatina, no Espírito Santo, e quer ter uma rede com 30 concessionárias.
Cada vez mais as restrições ao fumo estão cercando os fumantes. O governo da Inglaterra anunciou que, a partir de outubro, motoristas e passageiros de veículos que estiverem transportando crianças não poderão fumar no interior do carro. A nova legislação prevê multa de 50 libras, algo em torno de 220 reais, para quem for pego fumando. A lei foi aprovada com 342 votos a favor e somente 74 contra e foi considerada uma grande vitória pela Fundação Britânica de Pulmões. De acordo com pesquisa da Universidade de Cardiff, uma em cada dez crianças inglesas sofre exposição à fumaça do cigarro dentro de carros.
Sofisticação
nos modelos compactos Marca de luxo da Toyota, a Lexus está desenvolvendo um carro compacto com requinte de gente grande. É o Lexus LF-SA, que deverá estar nas ruas em três anos. Com linhas modernas e estilo agressivo, o LF-SA é um hatch pequeno, com enorme grade frontal, faróis de Led e lanternas traseiras destacando-se da carroceria. A possibilidade de o carro ofereça versões de motorização híbrida. 34 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
COLUNA
Acelerando
na terra e na água O sonho de andar de carro sobre as águas ganha novas opções. A empresa norte-americana WaterCar (carro da água), comemora o sucesso de seu jipe anfíbio Panther. Feito em fibra de vidro e tendo como atração as laterais preenchidas com um tipo de isopor especial que impede que o carro afunde, o Panther atinge velocidades de até 140 km/h na terra e de 72 km/h na água. O motor é um V6 de 250 cv de potência e cãmbio manual de quatro velocidades. Seu preço é de 135 mil dólares, algo em torno de 390 mil reais.
Yamaha
vai fazer automóveis Tradicional fabricante de motocicletas, a japonesa Yamaha vai entrar no mercado de automóveis com a produção do compacto modelo Motiv. Criado pelo designer Gordon Murray, conhecido engenheiro de carros da Fórmula-1, o projeto da Yamaha é um carro supercompacto para a cidade, com opções de motor a gasolina ou elétrico. Com previsão de estar nas ruas em quatro anos, o Yamaha Motiv utiliza quadros tubulares de aço ligados a painéis compostos leves, oferecendo rigidez estrutural e segurança com o menor peso possível.
DESCARTE
Destinação incorreta
O
de pneus e óleos pode causar graves danos ao meio ambiente
s pneus inservíveis, isto é, aqueles que estão “carecas” ou sofreram algum tipo de dano que inviabiliza o uso com segurança, transformaram-se nos últimos anos em um grande passivo ambiental devido à irresponsabilidade de diversos agentes desta cadeia, que deixam pneus em margens de rios, lagos, estradas, entre outros locais. De acordo com Bruno Zanatta, especialista em engenharia ambiental
da DPaschoal, “o pneu é um grande vilão em questões ambientais“. Sua queima, quando não controlada, libera diversos poluentes e componentes químicos pesados na atmosfera, sendo que alguns são classificados como os mais tóxicos já produzidos pelo homem. “No local onde foram queimados, além das cinzas, vai permanecer uma parte líquida, que pode contaminar águas subterrâneas. Outro ponto que merece destaque na destinação incorreta é o abandono de pneus em lugares
36 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
públicos, como beira de estradas e terrenos baldios, onde estará sujeito a criação de vetores de doenças, como a dengue”, afirma ele. Mas, além dos pneus, devemos nos preocupar com o descarte incorreto de óleos lubrificantes, segundo Zanatta. O óleo, ao cair no solo, pode impactar negativamente ou inutilizar totalmente uma agricultura, por exemplo. Pode ainda atingir lençóis freáticos e aquíferos. Apenas uma gota de óleo pode chegar a contaminar até 1.000 litros de água.
Dicas para o consumidor O engenheiro ambiental dá dicas sobre como o consumidor pode contribuir pelo meio ambiente. Tanto para a troca de óleo quanto para os pneus, os consumidores devem buscar empresas que tenham uma preocupação não só com a venda do produto, mas também com todo o ciclo da logística reversa dos resíduos gerados no processo. A logística reversa é o conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. O prestador de serviço deve ter como parceiras empresas devidamente homologadas pelos órgãos competentes para a destinação final destes. Com o advento de legislações ambientais, a questão tornou-se um pouco mais complexa e controlada. A principal é a Conama 416/2009, na qual é exigida a comprovação da destinação ambientalmente correta de 70% dos pneus produzidos ou importados (30% é considerado como um fator de desgaste do pneu), ou seja, se um fabricante produzir ou um importador importar 1.000 quilos de pneus, ele será obrigado, em um prazo máximo de três meses, a comprovar a destinação de 700 quilos de pneus. No Relatório de Pneumáticos 2014, disponibilizado pelo Ibama e que contempla dados consolidados de 2013, esperava-se a destinação nacional de 535.267.800 quilos, mas os fabricantes e importadores comprovaram a destinação de 491.653.020 quilos, não atingindo a meta. “O último relatório de pneumáticos
disponibilizado pelo Ibama nos mostra que desde que criado (em 2010), os fabricantes vem cumprindo sua meta, enquanto que os importadores não chegaram a 100% em nenhum destes anos. Ainda podemos observar uma grande queda na destinação nos últimos dois anos dos importadores (de 79,58% para 62,70%), o que provavelmente acarretará em uma fiscalização intensa destes por parte do Ibama neste ano de 2015”, completa Zanatta. No Brasil são mais de 40 empresas homologadas pelo Ibama para realizar diversos tipos de destinação dos pneus. Como tecnologias de destinação ambientalmente adequadas, o Instituto
considera a utilização da borracha como combustível em fornos de cimenteiras (54,40%), granulação da borracha para ser comercializada como matériaprima (33,68%), laminação dos pneus para utilização com cintas de sofá e outras utilizações (8,92%) e outras como industrialização do xisto, pirólise, regenaração da borracha (3%). A fiscalização da destinação do óleo também é legalizada pelo Conama, artigo 11º nº 363, que obriga o Ministério do Meio Ambiente a manter e coordenar um grupo de monitoramento permanente. Além disso, há o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL). Fotos: Banco de Imagens
Apenas uma gota de óleo pode chegar a contaminar até 1.000 litros de água
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 37
COMPETIÇÃO
MG Pneus,
25 anos de desenvolvimento de equipamentos para o kartismo
38 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Idalicio Umpierre
E
m entrevista à Revista ASDAP, Marcelo Ventre, diretor da indústria gaúcha MG Pneus, falou sobre a empresa, os principais desafios do empreendimento, produtos e o atendimento de mercado.
MG Pneus? VENTRE: A MG Pneus é uma empresa brasileira fundada em 1989, sendo o escritório comercial - localizado na cidade de Novo Hamburgo e a fábrica dos pneus na cidade de Barra do Ribeiro, ambas próximas a Porto Alegre.
REVISTA ASDAP: Qual foi a motivação que levou à realização desse empreendimento? VENTRE: A MG Pneus surgiu da paixão da nossa família pelas competições automobilísticas, que culminou com a instalação da fábrica de pneus para kart.
REVISTA ASDAP: Quais foram as principais dificuldades encontradas para o desenvolvimento da fabrica? VENTRE: No inicio não tivemos muitas dificuldades, pois já conhecíamos os processos de fabricação tanto para a mistura dos produtos para a composição da borracha como na instalação do maquinário importado. As dificuldades maiores foram para se adaptar ao crescente aumento na comercialização dos pneus durante esses anos.
REVISTA ASDAP: Quando e onde começou a funcionar a fábrica da
REVISTA ASDAP: Além de pneus de competição para kart, quais os
outros produtos desenvolvidos pela MG Pneus? VENTRE: A MG Pneus só trabalha na produção de pneus de kart e desenvolve muito dos ferramentais necessários para produção dos pneus. REVISTA ASDAP: Qual o tamanho do mercado brasileiro de kart, comparado com os demais mercados em países da Europa e nos EUA? Para os karts indoor e os de competição profissional? VENTRE: Atualmente, A MG Pneus está presente em todos os continentes e são mais de 35 países em que se utilizam os nossos pneus em competições. O mercado brasileiro é grande se comparado a outros países mas ainda estamos muito aquém do consumo como nos EUA. Os pneus utilizados no kartismo indoor também são importantes para nossa produção, já que são construídos para durar muitas voltas, se comparados aos de
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 39
COMPETIÇÃO
competição profissional. REVISTA ASDAP: Como é realizado o desenvolvimento dos pneus de competição na MG Pneus? Existem equipes e ou pilotos contratados para auxiliar nesse trabalho? Os testes na pista são fundamentais? Onde eles ocorrem? VENTRE: São 25 anos de investimento em pesquisa e
desenvolvimento de equipamentos para o kartismo de competição e de lazer. Estabelecemos os mais altos padrões de qualidade, conquistando inúmeras vitórias e atingindo os mais altos níveis de performance de relação custo/ benefício nos diversos países onde a marca está presente, e sempre testamos nossos pneus nas pistas antes de serem comercializados.
Periscópio
Mastra tem novos produtos para as linhas leve e pesada
Corteco lança retentor traseiro do virabrequim para motor VW G5 A Corteco anuncia o lançamento do retentor traseiro do virabrequim para aplicação em veículos da Volkswagen: Gol G5, Saveiro G5 e novo Voyage (motores BTJ BPA AT Power 1.0L, 1.6L 8V – a partir de 2006). Trata-se do Retentor 5200T, peça original de montadora que chega ao mercado brasileiro com a chancela da divisão de reposição automotiva da empresa mundial de vedações, a Freudenberg-NOK Sealing Technologies. O Retentor 5200T traz a confiabilidade e a tecnologia de ponta que a empresa fornece à montadora. Sobre a peça, a Corteco destaca a excelente fixação no virabrequim por meio da roda fônica reforçada; uso de teflon de alta performance, que proporciona maior vida útil devido à baixa interferência com a pista de trabalho; e maior resistência gerada pela flange em alumínio injetado. Além
disso, a peça chega aos reparadores junto com uma bula técnica, que é um “passo a passo” com todos os detalhes do seu processo de montagem para facilitar a aplicação. O portfólio da Corteco é formado por itens originais desenvolvidos e fabricados pela Freudenberg-NOK, que são fornecidos para todas as montadoras. São produtos que aliam a alta tecnologia para atender os grandes desafios da indústria automobilística, tanto para veículos leves como comerciais, pesados e motocicletas. Ao todo, a marca possui mais de 120 mil itens de vedação em seu catálogo, que estão presentes em mais de 70% da frota mundial. Além de retentores, a linha de peças inclui selos, anéis de vedação, selos de haste de válvulas, juntas, kits de reparo para transmissões, rodas e direção e coxins convencionais e hidráulicos. Divulgação
A Mastra, complementando linhas de produtos e aumentando o portfólio oferecido para o setor de reposição, traz lançamentos para as linhas leve e pesada. Dentre as novidades, a empresa apresenta tubo extensor e traseiro para o Palio EVO 1.0/1.4, 2012 em diante; tubo dianteiro e conversor catalítico para o Fiorino 1.3, 2003 a 2006, e tubo dianteiro e conversor catalítico para o Captiva 2.4 16V 4 cil, 2008 em diante, atendendo a linha de veículos leves. Já para a linha pesada, os itens lançados são para os modelos Ford Cargo 2622E e 2628E (silencioso com ejetor); Mbb Axor 2035/2040/2044/2540/2544/2640 (tubo dianteiro); Volvo VM 210/260/310, 2006 em diante (silencioso); Iveco Eurotech 450E37/ Stralis 4 ½” (silencioso); Scania T/R 114 320HP 98 4 ½” (tubo traseiro); caminhão 124 ...2002 4 ½” (tubo traseiro) e caminhão 124 2003... 4 ½” (tubo traseiro). Vale lembrar que somente os produtos fabricados pela Mastra têm a tecnologia Duramax, que utiliza o Galvalume, um material de alta resistência, incluindo corrosão, sendo uma das únicas empresas fornecedoras do mercado de reposição que possui um ano de garantia, inclusive contra corrosões, e todos os seus catalisadores são homologados pelo Inmetro e estão em conformidade com a resolução do Conama 282 de 2001, conferindo à marca confiabilidade e qualidade de produção.
Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15 - 41
Periscópio Divulgação
Certificação do Inmetro nos componentes da Viemar A Viemar Indústria Automotiva, empresa 100% brasileira, fabricante de componentes de direção e suspensão, informa a seus clientes que, atendendo ao cumprimento da Portaria 268/13, certificou seus produtos terminais de direção e articulação axial. Os produtos Viemar foram submetidos a uma grande variedade de ensaios mecânicos e químicos e obtiveram êxito em sua primeira submissão, garantindo à empresa ser a primeira fabricante certificada quanto a essas famílias de produtos, recebendo do órgão regulador Inmetro a autorização para fabricar e comercializar seus produtos em todo o território nacional. A Portaria 268/13 traz as datas a serem cumpridas por todos os elos da
cadeia de reposição. Aos fabricantes e importadores a data limite para fabricar e importar produtos fora dos requisitos definidos na portaria é de 28 de novembro de 2014, além disso, fica definido que os mesmos têm até 28 de maio de 2015 para comercializar os produtos fabricados antes do início da vigência da norma. Aos demais setores da cadeia – distribuidores, comércio de autopeças e aplicadores –, o prazo final para comercialização de seus estoques é 1º de janeiro de 2017. A partir dessa data, somente poderão ser comercializados, dentro do território nacional, os produtos que atendam aos requisitos da Portaria e que contenham o selo de qualidade autorizado e fornecido pelo Inmetro.
TMD/Cobreq apresenta as novas pastilhas de freio dianteiras A TMD Friction do Brasil, com a referência Cobreq N-1204, colocou no mercado nacional de reposição as pastilhas de freio dianteiras para os discos ventilados do comercial leve Kia Bongo K788 modelo 2015. O motor é um 2.5 16V turbodiesel de 130,5 cv a 3.800 rpm com transmissão de seis marchas sincronizadas. A capacidade de carga do veículo é de 1.812 kg e utiliza suspensão dianteira
independente com barras de torção, barra estabilizadora e amortecedores a gás e, na traseira, eixo rígido com feixes de molas semielipticas e amortecedores a gás. Já o chassi e carroceria são formados por longarinas de aço estampado, travessas tubulares e cabine e carroceria em chapa de aço estampado. O Kia Bongo foi desenvolvido para atender às mais diversas necessidades e utilidades de uso diário, inclusive a
42 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Brasil e México assinam novo acordo comercial automotivo Os governos do Brasil e do México assinaram novo acordo comercial automotivo, válido por quatro anos, que prevê que cada país importe até 1,56 bilhão de dólares nos próximos 12 meses sem imposto de importação, sendo que este montante subirá 3% ao ano a partir de 2016. Para a divisão das cotas por empresa, ficou acordado que cada um dos países definirá 70% de sua cota de exportação e os 30% restantes serão de responsabilidade do país importador. Para o presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, a celebração do novo acordo fortalece as relações comerciais brasileiras. “Este novo acordo é fundamental para os objetivos de fortalecer as relações comerciais externas brasileiras. Parabenizamos ainda a postura do governo brasileiro durante as negociações, sempre aberto ao diálogo e com o objetivo claro de buscar as melhores soluções para a conclusão do acordo”, afirmou. Divulgação
de ser um veículo VUC (Veículo Urbano de Carga). Assim, nos centros urbanos das grandes cidades, onde há restrições para caminhões grandes, o Bongo tem a vantagem de poder circular.
Agenda
Seminário de Propulsões Alternativas 29 de abril,
das 8h às 18h. Local: Instituto Mauá de Tecnologia – Auditório H201 – Praça Mauá, 01 – Mauá – São Caetano do Sul (SP)
A mobilidade urbana é hoje um dos maiores desafios, nas grandes cidades brasileiras, para motoristas, cadeia automotivas e autoridades governamentais, por ser uma das principais causas de emissão de poluentes, pelos altos preços dos combustíveis, pelo tempo perdido em congestionamentos e pela falta de infraestrutura viária. A consequência é o estresse diário por conta da redução de tempo com a família e dedicação ao trabalho. Estes e outros temas ligados a soluções que podem minimizar esses problemas são o foco do Seminário de Propulsões Alternativas, que terá apresentações sobre veículos híbridos, elétricos, alternativas e novas tecnologias que estão disponíveis ou que virão a ser em futuro próximo.
Interauto apresentará lançamentos da indústria 12 e 13 de maio,
Seminário da Reposição reúne cadeia automotiva 18 de agosto,
13h30 às 19h10 Local: Fiesp - Teatro Ruth Cardoso - avenida Paulista, 1.313 - São Paulo (SP)
A 21ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, promovida pelo Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), reunirá representantes de todos os elos da cadeia – fabricantes, distribuidores, varejistas e reparadores O Centro de Interação e Relacio- – para apresentar tendências e discutir namento com a Indústria de Auto- questões relevantes e que influenciam peças do Brasil - Interauto 2015 já o setor. Mais informações podem ser conta com indústrias confirmadas: obtidas no site www.seminarioautoSulcarbon, DNK Automotive, Viemar motivo.com.br. Indústria e Comércio e Arpe Indústria Eletrônica. O evento reunirá profissionais e empresários do setor de autopeças e motopeças para trocar informações e conhecer lançamentos de indústrias do segmento. Os interessados em reservar espaço para apresentar seus produtos podem entrar em contato pelo telefone (51) 3337-7977, com Eduardo de Oliveira (Remot Auto Peças), ou pelo e-mail eduardo@remot.com.br.
Local: Unik Eventos Av. Viena, 375, São Geraldo, Porto Alegre/RS