Porto Alegre, Julho de 2016 - Informativo do Sindirepa-RS - www.sindirepa-rs.com.br
Sindirepa-RS sedia encontro histórico entre Câmaras de Colisão e seguradoras O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio Grande do Sul (Sindirepa-RS) sediou no dia 16 de junho encontro nacional que reuniu o Sindirepa Nacional, as Câmaras de Colisão dos sindicatos de diversos estados brasileiros, a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e empresas seguradoras de veículos como Generali, Porto Seguro, BB Mafre e Tokio Marine. Nos próximos meses, o Sindirepa-RS também realizará reuniões sobre o tema e convida o Grupo de Colisão do sindicato gaúcho a participar dos eventos que ocorrem nos dias 16 de agosto, 27 de setembro e 22 de novembro (terças-feiras) às 14h.
Encontro abordou temas específicos de funilaria e pintura Na pauta das discussões durante todo o dia foram apresentados o Código de Ética, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), Lei da Livre Escolha, Seguro Popular, Lei do Desmonte, Orçamentação Terceiro Ciclo do S.A.O, projeto Pit Stop, peças e salvados. Participaram do encontro representantes dos Sindirepas de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, além do presidente do Sindirepa-RS, Enio Guido Raupp, do Diretor Alexandre Ruga e do executivo Renê Zanini. Raupp, que realizou a abertura do fórum, afirmou que o sindicato gaúcho estava honrado em receber a reunião que era aguardada com muita expectativa. “É uma satisfação para nós porque sempre tivemos vontade de trabalhar com afinco esse tema. É importantíssimo o que vamos fazer hoje e avançar com as nossas conversações”, ressaltou. Antônio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional, fez um registro sobre o Rio Grande do Sul. “Aqui é um lugar onde nós reparadores ainda não encontramos o caminho que gos-
taríamos de permear no aspecto colisão. As oficinas ainda têm muito receio da exposição perante às seguradoras por medo da retaliação. Mas essa reunião da FenSeg e do Sindirepa Nacional mostrou que o mercado pode ter um lado bom na parte do associativismo, da união de categoria”, apostou. O diretor procurador do Sindirepa-RS e coordenador da Câmara de Colisão, Alexandre Ruga, definiu o evento como histórico. “É o primeiro encontro com esse grupo de trabalho, com o Sindirepa Nacional e todas as Câmaras de Colisão dos sindicatos. É uma reunião itinerante que vai percorrer todos os estados e agora é a vez do RS, com temas específicos de funilaria e pintura que envolvem as seguradoras e, por sua vez, impactam na vida do consumidor”, classificou. Segundo Ruga, há pontos divergentes entre os reparadores e as seguradoras, que pagam o serviço, e é necessário um diálogo permanente. “Temos muito o que conversar. Estamos
2 reunidos de uma forma organizada com uma pauta positiva para construir uma relação pró-eficiente, proativa para resolver ponto a ponto os problemas que a gente têm. Não vamos resolver tudo nessa primeira reunião mas vamos trabalhar nos próximos meses construindo e oferecendo para o segurado o que interessa: o bom atendimento e a solução de seus problemas quando envolvido em uma colisão”, completou. Para o coordenador, a categoria é muito divergente e existem muitos pontos de vista de como deve ser operada uma oficina de funilaria e pintura e como se deve atender a questão dos seguros. “Há muito tempo estamos no Sindirepa-RS tentando organizar isso. Estamos seguindo um modelo nacional consonante com o que está sendo feito no resto do Brasil e a gente quer criar essa referência dessa forma, de conversar e de resolver as demandas, e que seja melhor para todo mundo. Que seja positivo para o reparador, para a seguradora e para o consumidor”, argumentou. Abelardo de Queiroz Guimarães Filho, coordenador da Subcomissão de Sinistros na Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), primeiramente agradeceu ao presidente do Sindirepa-RS e aos seus diretores pela “hospitalidade e oportunidade de participar de importante iniciativa de aproximação entre os dois mercados”. De acordo com ele, este tipo de ação é muito importante e colaborativa no sentido de permitir o esclarecimento de que o mercado segurador não deve ser visto como um opositor aos reparadores e sim um importante integrante da cadeia de reparação. “Como o mercado está se tornando cada vez mais complexo, a necessidade de melhoria de uma comunicação de forma clara e objetiva entre os reparadores e as seguradoras se tornou ainda mais importante. Portanto, a iniciativa do Sindirepa Nacional em expandir o trabalho das Câmaras de Colisão nos diversos estados, a exemplo do Rio Grande do Sul, tende a cada vez mais melhorar o relacionamento entre os mercados de reparação e segurador, privilegiando acima de tudo nosso comum cliente, os segurados e terceiros”, salientou Guimarães Filho.
Visibilidade gera novas oportunidades Fiola fez questão de assinalar os fatores motivadores da reunião com os Sindirepas e as empresas de seguro. “Todas as seguradoras, através de seus representantes, estão aqui desde o início da semana visitando as oficinas. Quando temos uma reunião regionalizada, isso nos dá a oportunidade de fazer o mercado ser mais conhecido nacionalmente. Então, as oficinas estão numa vitrine para todas as seguradoras que que passaram a semana visitando essas empresas. E isso traz uma riqueza muito grande para todos”, assinalou. “Além disso, o RS é um dos nossos berços e o pessoal do Sindirepa-RS é mais do que companheiro de trabalho, são amigos nossos”, complementou. O presidente da associação dos Sindirepas estaduais abordou o Código de Ética que, segundo ele, está formado tanto para oficinas quanto para seguradoras. “É importante termos entre nós, em primeiro lugar, a confiança nesse relacionamento, e depois abordar problemas que podem acontecer eticamente dentro das nossas instituições”, citou. Em relação ao Termo de Ajustamento de Conduta, o dirigente explicou que o Sindirepa-SP assinou no Ministério Público um compromisso de instruir os reparadores a jamais utilizar peças usadas, de mercado paralelo, em veículos segurados. “Acertamos um termo de colaboração no sentido de orientar o setor sobre as práticas que são legais”, frisou. Fiola discutiu também no evento a Lei da Livre Escolha promulgada pela Assembleia Legislativa pernambucana. “Conforme essa legislação qualquer pessoa que tiver seguro pode arrumar o carro na oficina que quiser. Essa lei é muito forte lá e o Procon aplica com muita força e fez com que o Sindirepa-PE se fortalecesse muito a ponto de as seguradoras trazerem para cá o desejo de um relacionamento mais estreito para amenizar as penalidades que essa lei está causando”, relatou. “Gostaríamos que esta lei esteja em todos os estados e vamos trabalhar para isso.” O Seguro Popular, modalidade que veio junto com a Lei do Desmanche, segundo Fiola, foi outro assunto debatido. “Isso é uma coisa que nos preocupa muito porque é compra e venda de peças usadas que vão ser aplicadas no carro que tiver o Seguro
Reunião entre seguradoras e Sindirepas gerou muitas expectativas Popular. Pode haver problemas de procedência e a gente quer alertar muito bem o setor. O seguro é mais acessível se o segurado aceitar peças usadas”, explicou. O coordenador da Câmara Nacional, José Nogueira, falou do trabalho desenvolvido em reuniões dos sindicatos no ano passado e que tinha prosseguimento nos encontros de 2016. Ele também evidenciou a importância do orçamento que define a relação financeira do atendimento do sinistro. “Essa ferramenta evoluiu e é importante na relação, e não pode ser usada como um vetor tendencioso e sim técnico”, especificou. Já as autopeças são parte integrante do trabalho de reparação, que tem uma malha de complexidade, conforme Nogueira. “É uma rede de situações mal resolvidas, e que no dia a dia se paga o preço da não conformidade, seja por uma ação judicial ou pela demora do carro na empresa, uma série de problemas com seus efeitos colaterais. Deve ser tratada constantemente”, aconselhou. Salvados, assim como as questões de receita, também foram citados da apresentação do coordenador da Câmara Nacional, que ainda tratou do software de orçamentação, a comparação dos sistemas do mercado, performance do produto e possíveis distorções que prejudicam o mercado reparador.