ÍNDICE
08
Automec
fecha negócios de R$ 6,8 milhões
Setor de transporte de cargas necessita de melhor infraestrutura
20
18
Senai Automotivo: atualização de tecnologias para a reparação
Competições
servem de laboratório para indústria de autopeças
4 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
30
Diretoria Executiva Henrique Steffen Presidente (presidencia@asdap.org) Rogério Mendes Colla Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org) Flávio Telmo Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org) Ricardo Krolikowski Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org) Conselheiros Celso Zimmermann, e Fernando Bohrer Suplentes Marcelo Zambonin e Silvio Cohn Assessor de Imprensa Cristina Rispoli d’Azevedo, R & A Comunicação Associação Sulbrasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: revista@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034 Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati, Silvio Cohn e Thiago Alves
A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor. Editor: Claudio Fontoura Editor Reportagem: Rosangela Groff Diagramação: Carlos Rema Revisão: Daniele Alves Inácio Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Gráfica e Editora Palotti Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.
ENTIDADE
Painel Asdap 2015 debate oportunidades da reposição independente
A
Asdap acerta os últimos detalhes para a realização do Painel 2015: “As Oportunidades e Desafios do Segmento de Reposição Independente”, que acontece dia 10 de agosto no Macro Office (Rua Piauí, 183), em Porto Alegre (RS). Com foco em três grandes temas – Mercado, Marketing & Vendas e Tecnologia –, o encontro terá quatro painelistas para debater com os participantes questões específicas do setor. Segundo o presidente da Asdap, Henrique Steffen, a expectativa para este ano é dobrar o número de participantes da edição de 2014, que foi de
60 pessoas. “Temos a convicção de que será um grande evento, pois estamos todos muito empenhados com a sua organização”, afirma. “O nosso setor precisa de iniciativas nesse sentido. Estamos sempre observando experiências em outras regiões do País e queremos trazê-las aos nossos associados a fim de contribuir para os seus negócios”, comenta. “É uma ação de apoio aos empresários, uma oportunidade de ter uma visão mais ampla do que está acontecendo no mercado, para questionar o momento e agregar conhecimento com as discussões”, complementa. De acordo com o consultor da
6 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
Associação, Thiago Alves, o debate deve durar cerca de uma hora e, após a fase de perguntas e respostas, haverá ainda uma palestra motivacional. Ao final, ocorre um coquetel de encerramento para que os participantes possam trocar mais informações e realizar networking. “A ideia do evento é abordar as tendências do mercado, as expectativas em relação ao cenário econômico e, ao mesmo tempo, fazer uma troca de experiências entre os painelistas e o público participante”, propõe Alves. O consultor acredita que, a partir da discussão do atual momento e do futuro da economia, o empresário possa
ENTIDADE
planejar melhor os seus negócios. “A ideia é difundir esses conhecimentos e atingir o empreendedor para que ele tenha mais informação para aplicar em sua empresa”, especifica Alves. Mais informações sobre o Painel, que inicia às 18h30, podem ser obtidas pelo e-mail atendimento@asdap.org ou pelo telefone (51) 3059-8034. Primeiro Painel A iniciativa teve sua primeira edição em maio do ano passado, com o tema “Os Desafios do Segmento de Reposição e Serviços em 2014 – Visão da Indústria, Distribuição, Varejo e Redes Concessionárias”. O encontro, realizado na Churrascaria Laçador, na capital gaúcha, contou com 60 participantes e a presença de cinco painelistas: Silvio Alencar de Almeida, diretor comercial da América Central e América do Sul da Dayco; José Alquati, gerente operacional da Pégasus; Alexandre Ruga, gerente de serviços da Unidos; Roberval Sebastião da Silva, diretor superintendente da Redemaq e distribuidora Massey Ferguson; Cezar Bresolin, jornalista e colunista de Marcas & Veículos do jornal O Sul. “Foi um evento muito produtivo, que reuniu pessoas com diferentes vivências. Apesar de boa parte ser do segmento de reposição, eram profissionais com uma atuação em um nicho específico de mercado e que trouxeram suas experiências para o debate”, conta Alves. “A diversidade de painelistas também colaborou para a troca de informações, pois tínhamos representantes da indústria, reposição, concessionário, agronegócio e comunicação. Foi muito interessante ter a visão de cada um deles.” De acordo com o vice-presidente da Asdap, Rogério Mendes Colla, o primei-
ro painel realizado, em 2014, teve o objetivo alcançado. “Os assuntos abordados, todos pertinentes ao nosso segmento, proporcionaram muita reflexão aos convidados”, afirmou. “O sucesso tão grande fez a Asdap promover o segundo painel. Já estamos na expectativa para saber quais temas os painelistas abordarão. Num ano de muita cautela, tensão e bastante planejamento, toda questão e informação sobre o nosso segmento é importante para tomar a decisão correta”, considera. Para Colla, o cenário de crise não é novidade. “Crise aparece e desaparece. Precisamos acreditar no avanço, na retomada do crescimento e aproveitar as oportunidades. Esse foi o motivo principal que fez a Asdap promover o segundo painel de debates”, indicou. “É muito natural no mercado de autopeças o segundo semestre ter um cenário melhor que o primeiro. Daí mais um motivo para todos os associados e seus convidados prestigiarem o evento que acontecerá em agosto”, destaca. “Além de informações atualizadas sobre o setor automotivo, o painel sempre proporciona o encontro de gestores que vivem, respiram e preocupam-se muito com o rumo de um dos principais segmentos que movem a economia gaúcha e nacional”, cita o vice-presidente da Associação. Para o diretor financeiro da Asdap, Ricardo Krolikowski, considerando o primeiro painel realizado pela entidade, o evento foi proveitoso, uma vez que é fundamental que se discuta as questões do mercado. “O conhecimento e entendimento das questões econômicas nas quais o país se encontra e como estão interligadas com o setor são fundamentais”, frisa. A excelente integração do grupo foi uma ação louvável e que merece toda a
atenção para o segundo evento”, reforça. Krolikowski destacou a importância de que se valorize a iniciativa, que haja a presença dos associados em peso, pois não é um trabalho fácil. “Mas acima de tudo depende dos associados, da participação de cada um, pois o painel não teria relevância sem a participação dos associados. Foi a base para que façamos um ainda melhor esse ano”, enfatiza. “Iniciativas assim têm que se multiplicar”, reitera o empresário. Ele ressaltou que quanto mais informações o setor obtiver, mais preparado vai estar para enfrentar os desafios econômicos. “Pensando juntos vamos ter soluções para o mercado que está muito desafiador. Devemos somar as capacidades até para se antecipar aos fatos e reagir. Só com conhecimento que se pode tomar as decisões coletivas e individuais necessárias”, conclui. O conselheiro suplente da Associação, Marcelo Zambonin, disse ter se surpreendido com a participação de palestrantes de outros segmentos da área automotiva. “Eram pessoas que a gente não tinha tido antes um contato e foi bom conhecer o enfoque de cada um. É sempre interessante ver os lançamentos, produtos novos, como foi apresentado pelo jornalista, ou vivenciar as tendências do agronegócio também, outra novidade no evento”, salienta. Em relação ao próximo painel, Zambonin espera que o encontro traga informações para nortear o trabalho do associado, já que a economia apresenta outro desempenho em 2015. “É uma outra realidade econômica que estamos vivendo e seria muito importante que o painel mostrasse essas novas direções para atender o mercado, afinado com a situação que vive o país”, reivindica.
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 7
8 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l NĂşmero 16
ME R C A D O
Automec
A
fecha negócios de R$ 6,8 milhões
12ª edição da Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços (Automec), realizada de 7 a 11 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, foi marcada por participação de grande público, geração de negócios, lançamentos de tecnologias, debates e apresentação de estudo da área de reparação automotiva. Somente no Premium Club Plus - Programa de Compradores e Rodada de Negócios, foram gerados R$ 6,8 milhões em apenas um dia de negociações, sendo R$ 5,3 milhões com compradores nacionais e R$ 1,5 milhão com compradores internacionais. “Tivemos bons resultados com o Premium Club Plus. A adoção dessa ferramenta pela organizadora atraiu a atenção dos expositores, pois conseguimos selecionar os compradores e fechar bons negócios. É também uma forma de gerar novos clientes”, disse João Paulo
Picolo, diretor da Feira, que é realizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. De acordo com o comprador da Familcar, Jorge Garcia, o Club Premium Plus foi um sucesso. “É muito interessante porque podemos trabalhar diretamente no pouco tempo que ocorre, sermos o mais breve possível e aproveitarmos ao máximo as oportunidades de negócios”, avaliou. Com o público de 68.830 visitantes, a Feira reuniu mais de 1.200 marcas nacionais e internacionais. Ao longo dos cinco dias do evento, a exposição apresentou novidades e soluções para o mercado de autopeças e equipamentos. Participaram do evento mais de 62 países, sendo 80% de visitantes da América do Sul, o que representa um crescimento de 12% na presença de compradores desse continente em relação a 2013, e 20% divididos entre Europa, Ásia, e América do Norte. Um dos dife-renciais desta edição foi a setorização da Feira. A Automec acontece com o apoio do
Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e co-apoio da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap), Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos do Estado de São Paulo (Sicap), Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios de Veículos do Estado de São Paulo (Sincopeças) e Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa). De acordo com Paulo Butori, presidente do Sindipeças, a Automec é importante para incrementar os negócios. “Essa foi a hora de dar um salto e revigorar os números do setor. A Automec é um importante vetor para isso e o espaço ideal para a geração de negócios. Ficamos muito felizes com os resultados obtidos. Podemos dizer que a feira só tem a crescer nas suas próximas edições”, avaliou.
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 9
Com público de 68.830 visitantes, Feira reuniu mais de 1.200 marcas nacionais e internacionais Para o presidente da Andap/Sicap, Renato Gianinni, uma das maiores características da exposição é ser um centro gerador de negócios. “É uma oportunidade de incrementar o mercado de reparação automotiva e mostrar que, mesmo num momento de crise, temos meios e ferramentas para mudar essa realidade e mostrar que somos um mercado em expansão”, ressaltou.
Repercussão positiva O Sincopeças-SP também saiu satisfeito com a Feira. “Todas as ações promovidas pelo Sincopeças repercutiram de forma positiva junto aos varejistas. Por isso, ficamos a vontade para afirmar que nossa participação foi um sucesso”, avaliou Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP. Para o presidente do Sindirepa-SP e Nacional, Antonio Fiola, a 12ª edição da Feira foi bastante positiva para a entidade. “Esta Automec impressionou pelo número de empresas expositoras, o que demonstra a força do setor de reposição em uma época de economia enfraquecida. Diferentemente de outros
países, no Brasil, as oficinas independentes são responsáveis pela manutenção de 80% da frota circulante estimada em mais de 40 milhões de veículos (automóveis, comercias leves, caminhões e ônibus), sem contar motocicletas porque a figura do mecânico de confiança é muito consolidada”, declarou. “Esta edição da Feira ratificou a posição de maior evento do setor de autopeças em toda a América Latina. A presença maciça de empresas sistemistas e também de médio e pequeno porte comprova a importância do evento na geração de negócios para o mercado de reposição independente. As empresas que querem dar visibilidade a sua marca, a seus produtos ou serviços precisam estar na Automec. É um evento obrigatório para o mercado de reposição independente”, afirmou Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças, responsável por mercado de reposição e coordenador do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA). De acordo com as previsões do Sindipeças, a reposição deve representar 19,2% do faturamento total estimado para este ano, de R$ 67,9 bilhões. Essa participação percentual tem crescido nos últimos anos. Em 2010 foi de 14,6% e em 2014, de 17%.
10 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
ME R C A D O
Parceria para prestação de serviços Para que o mercado da reposição automotiva tenha ações conjuntas para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos varejos de autopeças e das oficinas mecânicas, o Sindipeças e o Sindirepa firmaram uma parceria para atender as novas demandas do mercado, oferecendo uma prestação de serviços conjunta e ainda mais eficaz. Entre as iniciativas que estão em curso está a comunicação unificada, reestruturação do site das duas entidades, realização de fóruns e seminários abordando temas comuns às atividades da reparação e da reposição e parceria com o projeto das Missões Empresariais. “Queremos atuar com mais força, para que possamos obter resultados positivos na disseminação das informações que contribuem para o desenvolvimento do mercado de reposição. Todos serão beneficiados, principalmente o consumidor final, o alvo desse trabalho”, afirmou Fiola. Para La Tôrre,
essa união terá bons frutos, pois disponibilizará serviços para diversas áreas da reposição automotiva. “Com os novos desafios que o mercado apresenta, precisamos superá-los e corresponder com competência”, considerou.
Informação e tecnologia Como forma de difundir conhecimento e debater assuntos relacionados ao setor de reparação automotiva, foram realizadas várias atividades paralelas como palestras e debates, como o Fórum Reciclagem Automotiva, promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, pelo Sincopeças e Insight Trade. Entre os temas debatidos estavam “Remanufaturado, Recondicionados, Diferenças Vantagens”, “A Lei do Desmonte: Para Que Veio? O que Muda? Caminhos de Regularização”, “Projetos Sustentáveis Ven-
Oficina Modelo foi mais uma vez um dos grandes atrativos da Automec
12 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
cedores”, “Reorganização do Trade”, “Peças Usadas Como Oportunidade para o Varejo”, “Impacto na Reparação”, entre outros. Outro espaço que teve grande aceitação do público visitante foi o Hot Spot, que funcionou como um ciclo de palestras rápidas e gratuitas abertas ao público, divulgando conteúdo de conhecimento técnico. O Sindirepa Nacional também realizou um dia de debates com o tema central “Os Impactos do Meio Ambiente nas Empresas de reparação de Veículos – Riscos e Oportunidades”. A Oficina Modelo foi mais uma vez, um dos grandes atrativos da Automec, cuja intenção é mostrar ao público visitante soluções inovadoras. Este ano o espaço mostrou como funciona o reaproveitamento de peças automotivas e a entender como é todo o processo pelo qual passa para chegar novamente a outro automóvel, além de apresentar equipamentos que podem realizar alinhamento 3D, balanceamento, desmontagem de rodas, entre outros serviços. Quem passou pelo estande pôde aprender também sobre embelezamento automotivo, troca de óleo inteligente, manutenção de ar condicionado, entre outras tecnologias. Durante a Feira, o Sindipeças lançou o aplicativo gratuito Carro 100%, disponível para smartphones, IOS e Android. Com o sistema interativo, o motorista é avisado quando há a necesidade de checar pastilhas de freio, amortecedor, filtros, entre outros componentes de uma lista de 25 itens. O aplicativo, que permite avaliar as condições dos veículos, foi idealizado pelo GMA e faz parte do Programa Carro 100% / Caminhão 100% / Moto 100% que tem como intenção conscientizar o motorista sobre a importância da prática da manutenção preventiva do veículo, destacando os benefícios relacionados à segurança, economia e redução de emissão de poluentes.
Falta de transparência na reposição e baixo nível de serviço foram temas abordados no evento
Reposição
deve crescer 4,6% ao ano O “Estudo do mercado brasileiro de reposição automotivo”, realizado pela Roland Berger em conjunto com o Sindipeças, Sincopeças-SP e Sindirepa-SP e divulgado na Automec, revelou uma série de números do setor, além de uma análise aprofundada do segmento, apontando fragilidades da cadeia automotiva, falta de transparência no setor e baixo nível de serviço. Segundo o levantamento, o mercado de reposição deve crescer a uma taxa próxima dos 4,6% ao ano, com diferenças entre os segmentos. Serviços devem crescer mais. E a elevação será impulsionada pela frota, mudanças regulatórias e comportamento do consumidor. O estudo foi realizado com mais de 50 entrevistas com empresas e passou pelo cenário macroeconômico, perfil da frota circulante, visão geral do mercado de reposição, tendências e recomendações estratégicas. Até 2016, o setor passará por grandes desafios, segundo o es-
tudo, o que será seguido por um período de crescimento moderado. O que afetará a reposição a médio prazo deverá ser o nível de juros que desestimula novos investimentos e o consumo, enquanto a inflação alta dificulta o controle dos custos de produção pela indústria e de estoque na distribuição e varejo. Outro obstáculo é a falta de mão de obra especializada e as dificuldades logísticas. Por outro lado, conforme o levantamento, a economia deve voltar a crescer, ainda que lentamente, chegando a níveis próximos de 2,5% a partir de 2017. Com o aumento da renda disponível nos últimos anos, o potencial de consumo deve se sustentar, embora com evolução lenta. Também o câmbio depreciado é vantagem para a indústria local ao reduzir a competição com importados e estimular as exportações, embora o custo de certos insumos aumenta. A análise considera também que a frota
brasileira de veículos leves e pesados deve crescer próximo dos 3% ao ano até 2020, criando uma boa base para o crescimento do mercado de reposição. A aposta é que, em 2015, esse número seja de 40,3% e 47,1% até 2020. E a frota em operação está passando por mudanças importantes devido às vendas de veículos novos e outros fatores. Há destaque também para a entrada de novas marcas no Brasil o que leva a um rápido aumento no número de modelos em operação no país. Ainda o nível de tecnologia embarcada cresce rapidamente, demandando ações principalmente na rede de reparadores. Em 2014, o mercado total de reposição foi estimado em R$ 23,1 bilhões, incluindo apenas peças e fluídos, fabricadas localmente e importadas, bem como o mercado independente (IAM) e o original (OES). Para frente, os principais fatores que irão influenciar a de-
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 13
ME R C A D O
manda por peças são o crescimento e renovação da frota, crescente aumento do poder de compra, maior valor dos veículos e controle técnico e ambiental sobre os veículos. O único fator contrário a esse crescimento é o aumento da durabilidade das peças, com a evolução tecnológica. Conforme o estudo, a cadeia está se transformando, com tendências a ficar com dois níveis, e para isso o papel dos canais está se modificando. Os distribuidores e varejistas estão se “misturando” enquanto reparadores pequenos perdem espaço para redes e os varejistas começam a oferecer serviços. Por outro lado, OES ganham força com ações mais estruturadas das montadoras assim como os canais on-line demonstram um crescimento lento.
Melhor entendimento
É preciso excelência da operação na gestão profissional, no planejamento estratégico e na eficiência operacional
O estudo revela outras questões que devem ser enfrentadas pelo setor, como o gerenciamento do estoque, onde são identificadas perdas por obsolescência, demandando uma revisão do modelo atual, e a garantia e troca de peças, onde as responsabilidades geram riscos de diferentes níveis que podem ser melhores administrados. Também o baixo nível de profissionalização é apontado pelo levantamento considerando que a maior parte da cadeia é composta por empresas de origem familiar. Há ainda a necessidade de diferenciação com padrões de serviços que passam por treinamentos, agilidade e garantia. A rentabilidade vem caindo em quase todos os níveis da cadeia de distribuição, conforme os dados, devido à crescente competição com o canal OES, importadores independentes, mas também internamente na cadeia independente. O texto evidencia a integração da informação ao serviço para trazer mais eficiência à cadeia e um resultado positivo para o consumidor. Essas tendências identificadas devem ter tempo
14 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
de impacto diferentes em grandes centros urbanos e cidades menores e afastadas. A cadeia deve agir em quatro grandes frentes e 12 questões-chave para suportar o desenvolvimento da reposição automotiva no Brasil, segundo o estudo. É preciso excelência da operação na gestão profissional, no planejamento estratégico e na eficiência operacional. É necessário também a integração da cadeia envolvendo o processo de garantia, a gestão de estoques e o padrão de catalogação. Outra frente é a relação com o consumidor que deve apresentar capacidade técnica, nível de serviço e modelos e canais. E finalmente, a posição na sociedade é item determinante, através da inspeção técnica, de aspectos tributários e conscientização do condutor.
Excelência acima de tudo Especialmente as empresas de reposição independente devem procurar excelência na operação em três pontos principais: gestão profissional, envolvendo pessoas, governança e políticas; planejamento estratégico visando crescimento e parcerias e alavancando escalas; e eficiência operacional, com processos enxutos, automação e sistemas integrados. Todos esses itens resultarão em aumento da capacidade de competir, trarão preparo para as mudanças do mercado e concorrentes e permitirão o acompanhamento das alterações de comportamento dos consumidores. Segundo o estudo, a cadeia de reposição precisa se modificar para estreitar seu relacionamento com o consumidor final, com capacidade técnica, nível de serviço e modelos de negócios, tendo assim maior capacidade de entender as necessidades de mudança e evoluir. O desenvolvimento sustentável do setor e das empresas que o constituem garantirão um melhor relacionamento interno e com seus consumidores diretos e a sociedade como um todo.
20 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l NĂşmero 16
ENTREVISTA
Setor de transporte de cargas necessita de melhor infraestrutura
A
insegurança no setor de transporte de cargas no Brasil é geral, tanto pelo momento político vivido pelo país quanto pelas dificuldades financeiras do estado, que tem paralisado diversas obras e, com isso, diminuído a atividade logística e estagnado a economia. O desabafo é do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Afrânio Rogério Kieling, que está à frente da entidade desde janeiro deste ano, e já ocupou o cargo de vice-presidente na gestão anterior do
Sindicato. Kieling descarta o crescimento para o setor que, segundo ele, como um todo, está atravessando um momento difícil pela turbulência que existe nesse momento, sobretudo pelos mandos e desmandos da política do país, que impactam e refletem nas questões econômicas. Conforme o empresário, a maior demanda do setor nestes últimos anos continua sendo a falta de infraestrutura, tendo como principal consequência o alto custo Brasil. O dirigente aponta que as empresas têm enfrentado a crise e encontrado soluções para as dificuldades. “Todas
as empresas estão controlando os seus custos de uma forma muito intensa e, muitas vezes, cortando a própria carne, modelo esse inverso ao seguido pelo nosso governo que na falta de recursos, só sabe aumentar impostos e gerar insegurança no mercado”, argumenta. Kieling fala um pouco sobre a empresa no qual é diretor, a Itaipu Offshore. “A Itaipu atua no mercado nacional de transporte e logística desde o final da década de 70. Somos uma empresa especializada no desenvolvimento e no gerenciamento de processos logísticos, oferecendo aos nossos clientes e par-
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 17
ESPECIAL
ceiros serviços de logística supply chain (gestão da cadeia de suprimentos para a indústria), logística offshore (gestão da cadeia de suprimentos para a produção petrolífera) e logística de carga perigosa (gestão de processos para transporte de carga química)”, afirma o executivo que destaca o pioneirismo no emprego da internet para o rastreamento de cargas. Natural de Tangará (SC), Kieling passou grande parte da sua vida em São Paulo (SP), onde morou por 30 anos. Diretor da Itaipu Offshore, participa também da Stok Armazéns Gerais, da Kodex Express, empresa do ramo aéreo, e da KeD Tecnologia, que atua no segmento de desenvolvimento e implantação de soluções em RFID (identificação por radiofrequência). Foi presidente do Porto Seco Transporte & Logística por três mandatos consecutivos, membro do Conselho de Infraestrutura da Fiergs (Coinfra) e há seis anos, integra a diretoria do Setcergs. “Comecei a trabalhar no setor de transportes na década de 70, na extinta Auto Viação São Cristóvão, em Porto Alegre, e em 1978, fundei a Itaipu, em São Paulo”, completa. Para Kieling, o Brasil tem um potencial enorme de crescimento. “Eu acredito que sem as interferências governamentais, cidadãos, investidores e empresários voltarão a investir no país; voltarão a investir em desenvolvimento,
“Meu maior sonho é que possamos todos trabalhar com um mínimo de planejamento para que este país volte a crescer, pois o nosso potencial é imenso”
18 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
tecnologia, infraestrutura, construções, etc., bem como no aparelhamento das indústrias para que essas se tornem mais competitivas. E o país, consequentemente, retomará o crescimento”, enfatiza. Perguntado sobre qual seria o seu maior sonho em relação ao seu trabalho, o empresário respondeu: “Meu maior sonho é que possamos todos trabalhar com um mínimo de planejamento para que este país volte a crescer, pois o nosso potencial é imenso. E que possamos acabar, de uma vez por todas, com os gargalos nos portos, melhorar a nossa infraestrutura e, assim, aumentar nossas exportações”.
ADMINISTRAÇÃO
2015 segue cheio de novidades por Daisy Machado O ano de 2015 está cheio de novidades e alterações, o que leva as empresas a uma revisão de processos, seja na área fiscal, contábil ou pessoal. O eSocial chegou para ficar, agora já estamos com o leiaute dos arquivos e com o manual do contribuinte, que abrange qualquer pessoa, seja física ou jurídica, devendo entrar em vigor no próximo ano, já com as adaptações e alterações referente às domésticas. A Prefeitura de Porto Alegre instituiu a obrigatoriedade da nota fiscal eletrônica de serviços e liberou o ISSDec, integrado a essas notas fiscais, para apuração do imposto municipal. No estado foi desativada a versão 2.0 da nota fiscal e habilitada a versão 3.1 que introduziu novas regras de validação e que asseguram uma melhoria significativa na qualidade das informações prestadas.
que distribuíram lucro acima do permitido, para não tributar esse excedente, devem fazer envio da escrituração contábil digital até o final de junho, acompanhadas das demonstrações contábeis, além de revisar os dados da contabilidade para ajustar as informações contábeis às fiscais, já priorizando o comparativo da ECD com a ECF. A ECF que será entregue em setembro deste ano, substituindo a DIPJ que entregaríamos em junho, abrange parte da escrituração contábil entregue das empresas em geral, inclusive as empresas de lucro presumido, além de conter a maioria das telas da DIPJ, obriga que imunes e isentas entreguem EFD contribuições, mas dispensa as demais.
(*) Contadora Mais informações www.planper.com.br
Com o término do mês, esse que foi diferente aos dos outros anos, as empresas de lucro presumido e
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 19
FORMAÇÃO
Senai Automotivo:
atualização de tecnologias para a reparação
O
desenvolvimento tecnológico automotivo demanda uma constante atuaatualização. O tempo médio de reparação de um automóvel em 1970, por exemplo, era de aproximadamente 11 horas por carro e estima-se que em 2020 a reparação será de 1 hora e meia. A necessidade do setor de pós-venda é acompanhar a evolução tecnológica, mantendo-se competitiva e sustentável, de acordo com a diretora do Senai Automotivo gaúcho, Suzana Sartori. A executiva reforça que essa atua-
lização é possível por meio de cursos como os do Senai-RS. O Senai Automotivo disponibiliza diversas capacitações para reparadores, com uma programação de cursos nas áreas de mecânica de motocicletas e de veículos leves e pesados, eletricidade de veículos, sistema de conforto e conveniência, funilaria, repintura automotiva e segurança do trabalho. Conforme Suzana, o público que busca as capacitações do Senai é variado, tanto pessoas que queiram ingressar no pós-vendas quantos as que já fazem parte do setor. Os profissionais interessados variam desde ao chefe de
20 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
oficina até o eletricista, além de mecânico de automóveis, orçamentista, consultor técnico, líder de oficina, líder de mecânica, chefe de recepção técnica, instrutor técnico comercial e instrutor de treinamento. Também se interessam pelos cursos o gerenciador técnico de frota, perito de seguros automotivos, técnico mecânico de manutenção automotiva, inspetor de qualidade, supervisor de serviços automotivos, consultor comercial de autopeças, gerenciador técnico de frota, técnico automobilístico, analista de qualidade de serviços automotivos e vendedor técnico.
Divulgação/SENAI-RS
Unidade móvel em Mecânica de Automóveis é uma iniciativa que atende o Estado com diversos cursos
“O Senai conta hoje com 178 pontos de atendimentos, sendo 130 fixos e 48 móveis, alcançando todas as regiões do Rio Grande do Sul e com infraestrutura para atender as demandas de todos os setores da indústria. Estamos sempre atentos às necessidades do mercado, podendo oferecer cursos de forma customizada de acordo com a necessidade de cada empresa”, ressalta Suzana. Uma das capacitações destacada pela diretora do Senai-RS é o Técnico em Manutenção Automotiva com duração de dois anos (1.640 horas). Esse curso habilita ao profissional com as competências para coordenar processos de manutenção e manter sistemas automotivos, planejando seu trabalho, seguindo normas e procedimentos técnicos, de qualidade, de produtividade, de preservação ambiental e de saúde e segurança no trabalho. O técnico formado por esse curso tem condições de realizar a manutenção dos sistemas de suspensão, de direção e freios, de partida, carga e recarga, de conforto, conveniência e entretenimento, de sinalização e ilu-
minação e dos sistemas de segurança. Está apto a manter sistemas automotivos mecânicos e eletrônicos, realizando a manutenção dos sistemas de motores, transmissão e de gerenciamento eletrônico. Também pode coordenar a manutenção do sistema estrutural automotivo, orientando e monitorando os processos manutenção, de remoção e instalação de tapeçaria, de vidraçaria, de funilaria, de pintura e prestando suporte técnico. Unidade móvel Outra iniciativa do Senai é a Unidade Móvel em Mecânica de Automóveis. ”Em 2015 iniciamos o funcionamento da Unidade que passa a atender a todas as regiões do Estado do Rio Grande do Sul com os cursos: Básico de Mecânica (50 horas), Básico Injeção Eletrônica (50 horas), Básico de Mecânica de Freios/Suspensão e Direção (60 horas), Básico Eletricidade Automotiva (40 horas), Ferramentas de Diagnóstico (24 horas) e Básico Suspensão e Geometria (45 horas)”, especifica a diretora Suzana Sartori.
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 21
E
stilo, espaço e conforto. Tendo essas características como algumas de suas inúmeras qualidades, o Aero Willys foi um dos veículos pioneiros no Brasil. Lançado em 1960, era praticamente o Aero Wing americano, que foi fabricado nos Estados Unidos, em 1956. De acordo com José Rogério de Simone, um dos autores do livro Aero Willys, o carro que marcou época, da editora Alaúde, mesmo sendo um automóvel já defasado, ele fez muito sucesso no Brasil, pois naquele tempo o consumidor não tinha muitas opções de escolha. “A quase totalidade dos automóveis eram veículos que vinham da Europa e dos EUA, fora de linha naqueles mercados”, afirma o autor. “Na realidade, a empresa Willys em si foi muito importante no Brasil, já que foi uma das pioneiras a se instalarem por aqui, e também tinha uma gama de veículos que ajudou a motorizar o país. Quem quisesse um carro pequeno, comprava um Dauphine. No estilo perua, tinha a robusta Rural. Para os mais aventureiros ou os que trabalhavam na roça, a opção era o quase indestrutível Jeep”, aponta. Segundo José Rogério, em 1963 a Willys realizou um projeto pioneiro no Brasil, que foi a modernização do Aero Willys, chamado de “Projeto 213”. Pela primeira vez no país, uma fábrica oferecia ao público um carro genuinamente brasileiro. O projeto 213 começou a ser trabalhado em 1961, dando origem ao Aero Willys 2.600, em 1963. “Apesar de a
22 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
RETROVISOR
mecânica ser praticamente a mesma, a carroceria era totalmente nova, e fez muito sucesso, agradando não só ao público, mas também agradando à imprensa especializada”, relata. Conforme o autor, outro produto importante da Willys foi a criação da versão mais luxuosa em 1966, que foi batizada de Itamaraty, uma referência direta ao Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. Local que sediou durante muitos anos o Ministério das Relações Exteriores. A fachada do prédio foi reproduzida na capa do manual do proprietário. “O Itamaraty tinha a grade da frente modificada, novos frisos e lanterna na traseira, além de muito luxo na parte interna, entre outras características, também tinha luzes de leitura semelhante ao de aviões, além disso, havia um apoio escamoteável no encosto traseiro, transformando o banco traseiro em duas confortáveis poltronas. A partir de então, o Itamaraty foi o carro preferido entre as classes mais ricas, fazendo sucesso também entre vários órgãos de governo”, descreve. Em 1967, outra criação ousada da Willys foi a versão limousine do Itamaraty, destinada a clientes de alto nível e às autoridades. Foram fabricadas 27 unidades desta versão, sendo que várias delas sobrevivem até os dias de hoje nas mãos de colecionadores. Nesse mesmo ano, a Willys foi comprada pela Ford, mudando assim os rumos da empresa. “O Aero e o Itamaraty foram fabricados até 1971, guardando para sempre seus nomes na história automobilística no Brasil”, Especifica José Rogério. “Fato curioso é que, apesar da
importância histórica do Aero Willys, ele foi um dos carros que mais demorou a se tornar um item colecionável. Somente de alguns anos para cá é que foi possível encontrar carros da marca nas mãos de colecionadores, atualmente já temos notícias de vários exemplares em fase de restauração. Felizmente, agora o Aero está tendo o devido reconhecimento de sua grande importância na nossa indústria automobilística”, reforça o autor. Confiabilidade e disputa O Aero não era um carro de luxo. Neste quesito perdia para seus concorrentes Simca e FNM. Embora, tinha uma vantagem mercadológica importante: a confiabilidade. O carro da Willys era equipado com a base mecânica do Jeep, que lhe rendeu o apelido de Jeep de gravata. De acordo com o José Rogério, o motor era o ‘quase indestrutível’ 4 cilindros em linha, 2.638 cm³, que rendia 90 cv. “Em matéria de desempenho, não era dos melhores: atingia 120 km/h, e acelerando de zero a 100 km/h em 24,4 segundos. O Aero não foi feito para correr, mas em compensação ia Fotos: Editora Alaúde
RETROVISOR Banco de Imagens
seguintes, sempre se distanciando dos concorrentes. A fábrica estava instalada em São Bernardo do Campo (SP)”, observa o autor. Sucessores
O Aero Willys, lançado no dia 25 de março de 1960, tinha como concorrentes o Simca Chambord e o FNM JK. Durante alguns anos foi o campeão folgado na sua categoria
longe, e exigia pouca manutenção. Além disso, dispunha de boa assistência técnica através de revendedores Willys espalhados por todo o Brasil”, especifica. “Quanto ao design, de 1960 a 1963 estava um tanto desatualizado, já que era idêntico ao americano de 1956. Mas a partir de 1963, com a série 2.600, o carro ficou com o visual muito mais moderno, agradando aos consumidores e críticos”, avalia. O Aero Willys, lançado no dia 25 de março de 1960, tinha como concorrentes o Simca Chambord e o FNM JK. Durante alguns anos foi o campeão folgado na sua categoria. Para citar como exemplo, em 1961 o Aero vendeu 5.930 carros, enquanto o Simca e o FNM venderam respectivamente, 3.381 e 431 carros. “As vendas cresceram nos anos
“O Aero só começou a perder fôlego, em 1968, estando com um projeto um tanto desatualizado. A Ford, que era a nova dona da Willys, não se mostrava muito interessada na sua continuação, principalmente porque já havia lançado no Brasil um Ford de ‘verdade’, o enorme e luxuoso Galaxie”, comenta José Rogério. A partir de então, as vendas do Aero e do Itamaraty foram caindo, principalmente em 1969, quando a General Motors lançou o Opala, mais moderno, o que foi um duro golpe para os pioneiros da Willys. Até que, em 1971 saiu o último exemplar das linhas de montagem. Durante os 19 anos de existência da Willys do Brasil, onze anos da linha Aero e cinco anos da linha Itamaraty, foram produzidos 99.621 Aeros e 17.216 Itamaratys. Em 1968, a Ford havia lançado o Galaxie, que era maior que o Aero, considerado médio. A Ford sabia que o Aero e Itamaraty não tinham mais fôlego para concorrer nesta faixa de mercado, e decidiu a sua descontinuidade em 1971, não havendo um carro para substituí-lo. A partir de então, a Ford preparou um projeto, para futuramente fabricar um carro no Brasil, virtual concorrente do sucesso da GM. Em 1973, esse projeto deu origem ao Maverick, que curiosamente veio ao mercado equipado com o motor do Itamaraty.
24 - Revista da Asdap l Março/Abril 2015 l Ano 3 l Número 15
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l NĂşmero 16 - 25
Motor 1.0
com mais de 200 cv??? Os motores 1.0 ganharam impulso nos chamados “carros populares”, pois oferecem motor de menor cilindrada, são mais econômicos, além de redução de impostos e menor preço final. No Brasil, os primeiros motores 1.0 mal conseguiam chegar aos 50 cv de potência. Mas a tecnologia evoluiu e hoje, já temos motores 1.0 compactos de três cilindros com potência de 85 cv, enquanto no mercado global existem versões acima dos 100 cv. Recentemente, “vazou” um projeto da Volkswagen, que estaria preparando um motor de três cilindros, com dois turbos e uma ajuda do sistema elétrico E-Booster, capaz de chegar aos incríveis 272 cv de potência.
Motor de 25 cv de Fusca 1943
Na foto um recente motor três cillindros da marca VW
26 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
Brasil cai para sétimo
no ranking mundial A crise que está freando o mercado automotivo brasileiro empurrou o país para a sétima colocação no ranking mundial dos mercados que mais comercializam veículos. Segundo a pesquisa da JATO Dynamics, os emplacamentos de apenas 648 mil unidades no primeiro trimestre de 2015 derrubaram o Brasil, com uma perda de três posições em comparação a 2014 e fomos ultrapassados pela Grã-Bretanha, Alemanha e Índia. A liderança mundial continua com a China, com 5,7 milhões de carros no trimestre, com o crescimento de 11,5%, seguida por Estados Unidos com 3,9 milhões e o Japão, com 1,5 milhões de veículos.
Esportividade
aumenta o brilho da estrela de três pontas
Mais modelos Jeep,
produzidos no Brasil, estão vindo aí Os motores 1.0 ganharam impulso nos chamados “carros populares”, pois oferecem motor de menor cilindrada, são mais econômicos, além de redução de impostos e menor preço final. No Brasil, os primeiros motores 1.0 mal conseguiam chegar aos 50 cv de potência. Mas a tecnologia evoluiu e hoje, já temos motores 1.0 compactos de três cilindros com potência de 85 cv, enquanto no mercado global existem versões acima dos 100 cv. Recentemente, “vazou” um projeto da Volkswagen, que estaria preparando um motor de três cilindros, com dois turbos e uma ajuda do sistema elétrico E-Booster, capaz de chegar aos incríveis 272 cv de potência.
Jaqueta airbag
para proteger motocicletas Fabricante de carros e motos de luxo, a alemã BMW está investindo em equipamentos de segurança para motocicletas e prepara a chegada de uma jaqueta com airbag para motocicletas. Usando a tecnologia Tech-Air da Alpinestars, a jaqueta oferece uma proteção para a parte superior do corpo, incluindo os ombros, costas e dorso frontal, durante um eventual acidente com a moto.
A Mercedes terá uma nova estrela nas ruas brasileiras. Nas próximas semanas começa a desembarcar em nossas ruas o super esportivo Mercedes AMG GT. Com preço a partir de 800 mil reais. O novo veículo Mercedes AMG GT tem motor V8 biturbo com 510 cv de potência, câmbio automático de sete velocidades, sendo capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos e atinge a velocidade final de 310 km/h.
Chevrolet
que roda sozinho A marca norte-americana Chevrolet apresentou no Salão de Xangai, na China, o seu projeto de carro autônomo que pode rodar sem a presença do motorista. Com linhas futuristas. O Chevrolet FNR Concept possui dois motores elétricos, um avançado sistema de radar no teto e diversos sensores espalhados pelo carro para mostrar o caminho que o veículo deve seguir. Os bancos são totalmente reclináveis e giram em até 1800, oferecendo mais conforto e comodidade aos ocupantes.
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 27
VENDAS
Saber negociar:
questão de sobrevivênvia por Eduardo Ferraz Quase todo indivíduo, mesmo sem perceber, executa dezenas de negociações no dia a dia: o horário dos filhos dormirem; a compra ou a venda de um carro ou imóvel; um reajuste salarial com o chefe ou subordinado; quando tirar férias; a troca de um fornecedor. Pesquisa recente da Pactive Consultoria, realizada com mais de 1200 pessoas de todo o Brasil, apontou que 57,4% da população negocia frequentemente em seu dia a dia, seja em âmbito pessoal (com cônjuge, filhos, amigos etc.) ou profissional (chefe, clientes, subordinados etc.) Nessa mesma pesquisa, as pessoas apontam os conflitos (45,3%), a falta de material apropriado (24,5%), a falta de preparo (20,6%) e a vergonha em defender seus interesses (9,7%), as principais razões para as dificuldades em alcançar melhores resultados. Essas dificuldades são comuns, pois em muitas negociações costumam surgir várias dúvidas: Será que não deveria ter insistido mais? Não fui muito duro ou muito complacente? Paguei mais caro do que deveria? Será que não cedi demais? Causei boa impressão na apresentação de um projeto? Fui convincente na entrevista de emprego? Se mal conduzidas, muitas negociações podem render mágoas, rupturas, conflitos ou impasses. Se bem administradas, podem estreitar o relacionamento entre as partes envolvidas. Por falta de preparo, mui-
28 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
tos agem contaminados pelas emoções e sem objetivos claros. Desse modo, deixam de ganhar, perdendo pequenas e grandes oportunidades, ou pior, concordando com situações prejudiciais, por receio de desagradar ao interlocutor. A verdade é que, para alcançar bons acordos, mais que intuição é preciso dominar técnicas que funcionem para negociar qualquer coisa e que possam ser utilizadas com qualquer pessoa. Negociar bem não significa ganhar sempre, mas chegar a acordos mutuamente vantajosos. Um bom acordo pode ser uma recusa à proposta de sociedade de um grande amigo, sem magoá-lo, ou até mesmo, convencer o cônjuge que ronca alto a procurar um tratamento, de bom grado. Por meio de técnicas eficazes é possível conseguir bons acordos financeiros e vantajosos; impor limites; mais oportunidades profissionais; relações pessoais mais saudáveis; menos retrabalho; segurança para dizer não; além do reconhecimento como ótimo negociador. A realidade é que saber negociar o básico se tornou questão de sobrevivência. ................................................................... (*) consultor em Gestão de Pessoas há 25 anos e autor recém-lançado “Negocie qualquer coisa com qualquer pessoa”, pela Editora Gente.
AUTOMOBILISMO
Competições
A
servem de laboratório para indústria de autopeças
s competições automobilísticas, ao longo da história, serviram como laboratório para a indústria automotiva, montadoras e fabricantes de autopeças. Atualmente, os diversos componentes que são utilizados pelos veículos de passeio, foram no início, criados e desenvolvidos para carros de competição, presentes em itens de aerodinâmica, em componentes de motorização e suspensão. A categoria StockCar representa a mais importante competição automobilística de carros de turismo no Brasil. Contando com os melhores pilotos, equipamentos e carros desenvolvidos exclusivamente para as corridas, em chassi tubular, revestidos por bolhas em fibra, representando algumas das maiores montadoras de veículos do país. Trata-se de um trabalho perfeito. Um conjunto de esforços, que envolve carro e piloto; palco onde empresas brasileiras e fabricantes de autopeças, utilizam para desenvolver e testar os seus produtos. São componentes que em breve farão parte dos veículos em circulação por nossas
Carros na pista são fundamentais para pesquisa 30 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
estradas, ruas e avenidas. A gaúcha Viemar A empresa gaúcha Viemar, após um ano desenvolvendo uma barra de direção exclusiva, tornou-se a fornecedora oficial do Campeonato Brasileiro de Turismo em 2015, com 100% dos carros da categoria utilizando essa peça. A participação da equipe Motortech, patrocinada pela empresa, pelo segundo ano consecutivo, foi fundamental durante o processo de pesquisa e desenvolvimento em campo. A presença da Viemar nessa categoria transmite valores como superação e desafio para a marca, bem como seus produtos. Fremax na StockCar Em 2003, atendendo a uma solicitação de equipes e da organização da StockCar, a empresa Fremax Brakes iniciou o desenvolvimento de um novo projeto de disco de freio, dianteiro e traseiro, para os carros da categoria. Nessa época, os discos utilizados não ofereciam a segurança necessária, visto que cada equipe fazia sua adaptação, no eixo dianteiro, com os discos do Corvette, e no eixo traseiro, com os discos da F4000. Ambas as peças eram fornecidas pela TRW Varga. Não havia um padrão, e tão pouco qualquer estudo e análise em função da potência e desaceleração necessárias. Além disso, havia certa dificuldade em substituir esses discos no que diz respeito ao diâmetro e encaixe no eixo dos carros, sendo que era comum, os veículos rodarem múltiplas etapas sem substituí-los, o que provocava quebras e acidentes frequentes. A participação da Fremax trouxe para as competições os novos modelos de discos, desenvolvidos em liga especial de alta resistência mecânica e térmica, oferecendo excelente capacidade de dissipação de calor. O design adotado, o
AUTOMOBILISMO
sistema de flutuante e o dimensionamento correto, ainda considerando o peso, potência e desaceleração dos carros, proporcionaram uma frenagem eficiente e segura, reduzindo a possibilidade de vibrações. Outro ponto favorável do projeto desenvolvido foi a facilidade na substituição, devido a padronização dos freios, além da fixação dos discos, proporcionando igualdade na capacidade de frenagem de todos os carros. Após um curto período de testes, os discos foram aprovados e homologados pelas equipes e pilotos. Em 2004, a Fremax passou a ser a fornecedora exclusiva da StockCar em contrato firmado com a Vicar, empresa organizadora e promotora dos eventos da categoria. O resultado final foi o aumento da confiança dos pilotos nos freios dos carros, o que permitiu reduzir o tempo por volta em até 3 segundos. Com mais segurança os pilotos passaram a frear mais próximo das curvas, aumentando a velocidade média nos circuitos, e a competitividade da categoria. A cada duas etapas os discos são substituídos, não por desgaste, mas para garantir a eficiência e a segurança dos freios. A partir da constante evolução dos veículos, a Fremax vem desenvolvendo novos projetos, sempre com o objetivo de garantir segurança e excelência nos freios da StockCar. A Vicar promove outras competições com outras categorias, a exemplo do Campeonato Brasileiro de Turismo, a Copa Petrobrás de Marcas, a Fórmula 3 Sul Americana e a Mercedes Challenge. Em todas essas categorias, a Fremax é a fornecedora exclusiva dos discos de freios, o que transformou a marca em referência nas competições automobilísticas. Produtos da ECOPADS O Grupo EBF/VAZ sempre foi pioneiro na produção de estampados fineblank (corte fino) para fabricação de materiais metálicos automotivos e outros segmentos. Visando ampliar seu portfólio de produto, em 2005 iniciou a instalação de uma fábrica de material de fricção moderna com tecnologia definida ecologicamente correta. Com a entrada de uma nova marca era necessário ter um
Discos de freios tornaram-se referência em segurança nas competições automobilísticas
algo mais e resolvemos investir no automobilismo começando em 2006 na categoria Junior Stock Car e no ano seguinte, partimos para V-8 Stock Car categoria principal e coisas foram evoluindo e desde 2008 estamos em todas as categorias do automobilismo brasileiro. Temos vários compostos que são utilizados na fabricação de mais de 50 itens diferentes atendendo os requisitos de cada categoria, variando o nível de atrito de 0,20 até 0,70. Os compostos para competições são desenvolvidos em dinamômetros, considerando uma melhor eficiência de frenagem, a resistência térmica, a resistência mecânica e a durabilidade. São muitos experimentos em dinamômetros para chegar o composto eficiente capaz de suportar um regime de temperatura de 350/ 700 graus. Temos a preocupação com o meio ambiente e os produtos da ECOPADS, não contendo nenhuma substância prejudicial à saúde como amianto, chumbo, antimônio ou cromo livre.
Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16 - 31
Periscópio
Sindipeças e Poli-USP assinam termo de cooperação O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) assinaram termo de cooperação para atender às demandas de âmbito tecnológico das fabricantes de autopeças e promover a for-
Magneti Marelli entra na Open Automotive Alliance A Magneti Marelli passou a integrar a Open Automotive Alliance (OAA), uma aliança global de empresas líderes do setor automotivo e de tecnologia, comprometidas em disponibilizar as soluções Android para os carros. O anúncio foi feito durante o Google I/O, conferência de desenvolvedores da Google ocorrida recentemente em São Francisco, nos Estados Unidos. A empresa fornecerá sistemas de Infotainment automotivo equipados com esse recurso a partir do final de 2016. O Android
mação de excelência de profis-
Osram fornece faróis originais para modelos Renault
sionais do setor. Com duração de cinco anos, até 2020, o termo de cooperação prevê a informação e promoção de programas de fomento para projetos de inovação tecnológica, por pesquisadores da Poli-USP, em parceria com as empresas associadas do Sindipeças. A universidade também oferecerá programas de educação continuada para os profissionais de autopeças, nos graus de especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Auto leva a experiência do sistema Android para dentro dos carros através de aplicativos e serviços acessíveis na tela de centrais multimídia e é projetado para transmitir as informações de que o motorista necessita de maneira mais fácil e segura.
A empresa Osram, que oferece tecnologia de faróis para montadoras como Ford, Honda e Renault, disponibiliza para os novos Sandero e Logan as lâmpadas originais no farol alto (H1), fabricado pela M Marelli. Os dois veículos estão entre as principais apostas da montadora francesa para o ano. O portifólio da companhia abrange toda a cadeia de produtos do setor, de componentes – incluindo lâmpadas, semicondutores ópticos como diodos emissores de luz (LED) – a reatores eletrônicos, além de luminárias completas, sistemas de gerenciamento e soluções em iluminação. “Nossos parceiros reconhecem o trabalho global da Osram, e o nosso pioneirismo no lançamento e desenvolvimento de novas tecnologias para lâmpadas automotivas. Além disso, aprovam a preocupação da empresa em sempre desenvolver lâmpadas focando na qualidade,
32 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
máxima performance e segurança na estrada. É uma grande satisfação integrar projetos marcados pela modernidade assinados por grandes montadoras”, comenta Ricardo Leptich, gerente de Vendas e Marketing da Divisão de Lâmpadas Automotivas e Especiais para a América Latina.
Periscópio
Perfect: Débora Coronaro é promovida a gerente de marketing A Perfect Brasil anunciou a promoção de Débora Coronado (foto) ao cargo de gerente de Marketing. Na nova função, Débora manterá a responsabilidade por Estratégia, Marketing e Comunicação Corporativa e assumirá áreas como Planejamento de Mídias, Controle de Metas, Campanhas Internas e Mapeamento de Vendas. Graduada em Administração de Empresas com especialização em Trademarketing, Débora explica que o sucesso vem da atenção aos detalhes, ter o entendimento macro do negócio, determinação e vontade para vencer. “Em momentos críticos temos a grande oportunidade de de-
senvolver a nossa criatividade e inovação sempre controlando os custos. A instabilidade econômica é uma oportunidade de crescer com criatividade”, afirma. Durante seus oito anos na Perfect Brasil, Débora ocupou vários cargos. Iniciou como recepcionista, passou pelo Departamento de Compras e de Desenvolvimento de Produtos até chegar a área de Marketing. “Espero sempre ter desafios para enfrentar e que
possa superar expectativas das tarefas propostas em minha atuação profissional, porque afinal é isso o que nos impulsiona a viver”, diz a executiva que terá sua equipe composta por onze colaboradores.
Periscópio
Susin Francescutti tem novas peças para pesados A empresa Susin Francescutti, de Caxias do Sul (RS), fabricante de virabrequins e comandos de válvulas, lançou duas peças: o virabrequim VB370 para caminhões modelo FH e FMX 13, com motores Volvo D13, e o comando de válvulas CO583 para aplicação em caminhões Ford e Volkswagen com motores eletrônicos Cummins ISBe 3.9. Os produtos são fabricados em aço forjado, material que garante mais resistência e durabilidade. É possível conferir informações técnicas e outros itens no catálogo eletrônico disponível para download no site www.sufran. com.br, onde a marca apresenta toda a sua linha de forma detalhada e interativa. A empresa produz peças para motores a gasolina e diesel dos mercados: automotivo, agrícola, aeronáutico, de construção, energia estacionária e competições. Também produz eixos especiais para prensas, máquinas e compressores,
Nakata amplia linha de terminais axiais Ampliando a cobertura de itens, incluindo modelos de veículos novos, a Nakata, fabricante de componentes para suspensão, transmissão, freios e motor, lança terminais axiais para Hyundai i30 (2007 a 2012) direito e esquerdo com código N 99103. Para o modelo Mitsubishi L200 (2008 a 2014) apresenta o terminal axial N 99186. Também novidade no portfólio, os terminais axiais N 92035 e N 92036 são destinados ao veículo Ford Transit (2009 a 2015), esquerdo e direito, respectivamente. Responsável por transmitir o movimento entre o mecanismo da caixa de direção e do terminal de direção e item de segurança do veículo, o terminal axial, recebe constantes impactos, sendo recomendável a avaliação periódica.
34 - Revista da Asdap l Maio/Junho 2015 l Ano 3 l Número 16
além de prestar serviços de tratamento térmico e usinagem de precisão.
Freudenberg lidera mercado da indústria automotiva A Freudenberg-NOK Sealing Technologies chega ao ano de 2015 consolidando no Brasil a liderança que exerce no mercado global de vedações para a indústria automotiva. Neste ano, a empresa registra um market share de 70% para as suas peças fornecidas as montadoras instaladas no país. “O grande salto ocorreu nos últimos três anos. Em 2013, a nossa participação era um pouco superior a 40%; em 2014, evoluiu para 60% e, este ano, cresceu ainda mais e conquistamos mais 10% da fatia do mercado nacional”, conta George Rugitsky, presidente da companhia na América do Sul. Para as montadoras, o portfólio da Freudenberg-NOK inclui retentores, selos, anéis de vedação, selos de haste de válvulas, juntas e coifas. Os itens de vedação que equipam os veículos nas montadoras também estão disponíveis no mercado independente de reposição brasileiro. Para este segmento, a Freudenberg-NOK atua por meio da divisão de negócios Corteco, que fornece uma linha completa para atender veículos leves, pesados e motocicletas em termos de vedação.
Agenda
Painel Asdap 2015:
As Oportunidades e Desafios do Segmento de Reposição Independente”
Simpósio SAE Brasil de Máquinas para Infraestrutura da Mobilidade 2015
10 de agosto,
8 de julho,
Local: Macro Office (Rua Piauí, 183), em Porto Alegre (RS).
Local: FIERGS - Sala D1100 - Av. Assis Brasil, 8787, Sarandi, Porto Alegre (RS)
3º Fórum Marketing na Indústria Automobilística 28 de setembro,
Local: Milenium Centro de Convenções Rua Dr. Barcelar, 1043 São Paulo (SP)