Brasília Capital 244

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Ano V - 244

Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016

Zika geral No carnaval de 2016 quem comanda a festa é o:

rei aedes

Mamãe eu quero mamar (No Conselhão!) Dilma anuncia incentivos a investimentos para alavancar a economia. Dos R$ 83 bi, mais da metade virá do FGTS PÁGINA 4

A uma semana do início da folia, quem carrega o Cetro no Brasil é Rei Aedes. Momo foi destronado. Na capital da República, nem a família real escapou de Sua Majestade. Vítima de dengue hemorrágica, uma das três pragas disseminadas pelo Super Mosquito, a enfermeira Maria Cristina Natal Santana, 42 anos, cunhada do vice-governador Renato Santana, faleceu na quarta-feira (27), no Hospital Regional de Brazlândia. Continua nas páginas 2 a 9

Lula puxa o Bloco do Triplo X

Agnelo e Filippelli dançam no TRE

22ª etapa da Lava Jato investiga irregularidades no condomínio do ex-presidente no Guarujá

Ex-governador e vice ficam inelegíveis por 8 anos, acusados de propaganda fora de época

PELAÍ - PÁGINA 2

PELAÍ - PÁGINA 3

Ei você aí, me dá um dinheiro aí! OSs vão gerir a Saúde Rollemberg publica decretos dando a duas Organizações Sociais poderes de executar projetos do GDF PÁGINA 11


E

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e

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Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste,

Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante,

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(GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO) e Luziânia (GO).

Circulação aos sábados. SRTVS Quadra 701, Ed. Centro Multiempresarial, Sala 251 Brasília - DF - CEP: 70340-000 - Tel: (61) 3961-7550 comercial.bsbcapital@gmail.com.br www.bsbcapital.com.br

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CARTAS

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Elogios O projeto gráfico melhor a cada mês. Parabéns. nKleber Sampaio, via WhatsApp O Brasília Capital está lindo. Belíssima produção. Parabéns. nRosane Garcia, via Facebook Parabéns pelo artigo “Quem

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Pelai

Política

Bloco do Triplo X No Reino de Aedes, o mundo está ficando de cabeça pra baixo para o ex-imperador Lula. Na quarta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou a 22ª etapa da Operação Lava-Jato, não por acaso batizada de Triplo X. É que o principal alvo são apartamentos do condomínio Solaris, no Guarujá (SP). No prédio, construído pela OAS, está o triplex supostamente pertencente ao ex-presidente da República. Reprodução facebook

B

ombeiros e fiscais do Detran querem desfilar em motos importadas. Os homens do fogo vão receber, até maio, 10 máquinas da BMW modelo G650 GS (R$ 38 mil cada). Já o pessoal do trânsito queria 14 F800 GS (R$ 46 mil). Mas Rollemberg suspendeu a compra, para frustração dos foliões que entram na avenida com uniformes amarelos.

vai limpar a casa grande”. Teve fundamentação teórica e dados comprovando sua fala. Um texto agradável de se ler e com um final espetacular. “O não limpar a Casa Grande significa construirmos um pais de acesso e permitir que o Brasil seja dos brasileiros de uma forma geral e não de um privilegio de 20% que detém a

O cordão da Elba Se isto ficar comprovado, a turma do juiz Sérgio Moro finalmente terá encontrado o “Fiat Elba de Lula”. Em 1992, a compra de um automóvel com dinheiro do esquema do tesoureiro de campanha PC Farias foi o cordão que derrubou o então presidente Fernando Collor. A suspeita é de que os imóveis do Guarujá tenham sido repassados aos dirigentes petistas, inclusive Lula, como pagamento de propina e lavagem do dinheiro desviado de empresas estatais. A possibilidade disso ocorrer tornou-se uma brincadeira (imagem acima) que viralizou na internet desde quarta-feira (27).

educação de qualidade apenas para eles e sua família.”. Esse final resume muito bem. nAna, via Whatsapp Parabéns ao Jornal pela criação da Coluna “Conversa de Passarinheiro”. Interessante e esclarecedora. Estarei acompanhando com entusiasmo. Elicio Pontes, via Facebook

Sensacional a idéia do “Baile de Mentiras” e do “Brasil de verdade (ou não) publicada pelo jornal Brasília Capital. É importante que uma publicação impressa faça essa contextualização menos factual e mais analítica da situação que vivemos hoje em dia. O que vemos são jornais expondo pontos de vistas e não contex-


Política

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Sob aplausos da ilusão divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) tornou inelegíveis o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB/ foto). Na quarta-feira (27), a Corte entendeu que a dupla cometeu irregularidades na publicidade institucional em 2014, usando a propaganda do GDF para se promover. Embora unânime, cabe recurso da decisão ao TSE. É a esperança que resta a Agnelo e Filippelli para não ficarem de fora dos desfiles eleitorais

Cristovam Buarque (*)

Aedes Brasilis

pelos próximos oito anos, depois de sequer terem disputado o segundo turno no último pleito.

Nas cinzas pude perceber Na segunda-feira (25), a 1ª Vara da Fazenda Pública cancelou a concorrência para exploração das bacias 1 e 4 do sistema de transporte público de Brasília. Os certames foram vencidos pelas empresas Piracicabana e Marechal, respectivamente.

Na apuração perdi você Na quarta-feira (27), a Polícia Civil entrou na passarela e cumpriu mandados de busca e apreensão em Brasília, em Curitiba (PR) e em Alexânia (GO). Foram recolhidos documentos que podem esclarecer possíveis maracutaias na licitação.

Atrás do trio elétrico No gabinete do deputado Ricardo Valle (PT), a polícia foi atrás de provas contra a assessora parlamentar Mara Viegas, suspeita de passar informações privilegiadas a investigados da CPI dos Transportes da Câmara Legislativa. Na capital paranaense o alvo foram o escritório e a casa do advogado Sacha Reck e a sede da Marechal. Já na cidade do Entorno a “visita” foi à casa do presidente da Comissão de Licitação, Galeno Furtado.

tualizações. Parabéns! nDaniel Pereira, via e-mail Tiago Zaidan Tenho em mãos a edição 243 do Brasília Capital (29 de janeiro), onde leio na página 11 o artigo “A caçada como metáfora”, de Tiago Eloy Zaidan. Estou lendo o livro “Moby Dick”, de Herman

Melville. Em verdade, o livro representa a luta do homem contra as forças avassaladoras da natureza. Um épico publicado em 1851, que revolucionou o romance norte-americano. No Brasil está faltando um escritor assim, que escreva sobre a luta dos garimpeiros contra a natureza (formigas,

Eu bebo sim... Em meio a tantas quedas e tropeços, só quem tem a comemorar é Rei Aedes. Sem alarde, mas com muito trabalho e criatividade, o mosquitinho transformou seus produtos em poderosas marcas tipo exportação para 23 países americanos. E tem planos de expansão de mercado. A Organização Mundial de Saúde prevê 4 milhões de infectados pelo Zika Virus (causador da microcefalia em fetos) no continente, sendo 1,5 milhão no Brasil. Sem contar o crescimento da dengue e da chikungunya. E assim Rei Aedes Aegypti vai vivendo. Tem gente que não se cuida e vai morrendo...

cobras, escorpiões, piranhas, jacarés e a febre amarela). Tivemos alguém parecido: Pedro Bandeira, mas não tão bom como Herman Melville. No livro, o obstinado capitão Ahab luta contra um monstro inatingível, que é seu próprio destino, e é tudo tão humano, como sua derrota. nEmanuel Lima, via e-mail

O Aedes aegypti é um produto do Aedes brasilis: os brasileiros imprevidentes com saneamento e educação cívica. A consequência do casamento entre estes dois Aedes é o sofrimento de milhões de doentes contaminados com o vírus da dengue, e milhares com o vírus zika, que, possivelmente, provoca a tragédia da microcefalia. O cérebro humano cresce três gramas por dia durante o terceiro trimestre de sua gestação; depois, mais dois gramas diários durante os seis primeiros meses de vida, dependendo da alimentação e de estímulos físicos e educacionais. A partir daí, continua crescendo lentamente, ao longo de alguns anos iniciais de vida, mas seu potencial intelectual cresce indefinidamente graças aos diversos meios de educação, sobretudo na escola. Raramente, a natureza interrompe o crescimento natural do cérebro, mas no Brasil, nós o interrompemos pela omissão como tratamos o locus do seu desenvolvimento: na escola. Desde a Proclamação da República, provocamos limitações intelectuais em dezenas de milhões de brasileiros, contaminados pelo Aedes brasilis que induz analfabetismo, impedindo brasileiros de reconhecer a própria bandeira, por não serem capazes de ler “Ordem e Progresso”. Este é o grau mais violento, mas não o único, na interrupção do crescimento intelectual do cérebro, provocado pelo Aedes brasilis. Também é vítima do Aedes brasilis cada criança jogada para fora de uma escola de qualidade antes do fim do ensino médio. Ao longo de nossa história, a maioria da nossa população vem sendo contaminada por um zika social transmitido pelo Aedes brasilis. Ainda mais grave para um país que se diz republicano, o Aedes brasilis seleciona a vítima conforme a renda familiar. As crianças de alta renda dispõem de recursos para protegerem-se do vírus da microcefalia intelectual, são vacinadas em boas escolas, enquanto as crianças da baixa renda ficam condenadas ao vírus social. A tragédia pessoal destes milhões de contaminados se transforma em tragédia histórica, porque, ao impedir a população de desenvolver plenamente seus talentos intelectuais, o Aedes brasilis limita o aproveitamento de centenas de milhões de cérebros, provocando uma microcefalia social que impede transformar o Brasil em um potente centro de desenvolvimento científico e tecnológico. As consequências desta microcefalia social são o atraso econômico e social; além de dificultar o avanço político e a construção de uma sociedade democrática, eficiente e harmônica. Ainda mais, é a microcefalia intelectual que impede o Brasil de ter os sistemas de saneamento e de educação cívica propiciando o desenvolvimento do Aedes aegypti. O Aedes brasilis provoca microcefalia social, que termina sendo a principal causa das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e todas as demais formas de pobreza intelectual. (*) Senador (PDT-DF)


Política

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Dá chupeta pro bebê não chorar O

desafinado governo Dilma Rousseff começou o segundo ano de mandado à busca de um novo ritmo de trabalho. O tom foi dado na quinta-feira (28), durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CBES), o Conselhão, após um ano e meio – a última ocorrera em junho de 2014. Tentando retomar o comando do país e superar a ameaça de impeachment, a presidente regeu a orquestra formada por 92 membros com firme batuta. Após ouvir as considerações de ministros das áreas econômica e social, a presidente soltou a voz com firmeza e anunciou a liberação de R$ 83 bilhões para investimentos que podem alavancar a economia ainda em 2016. Me dá um dinheiro aí- O trabalhador brasileiro, por meio do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), bancará R$ 49 bilhões do total prometido pela presidente. O pagamento dos outros R$ 34 bilhões será rateado entre o Banco do Brasil, o BNDES e a Caixa Econômico Federal. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, defendeu a iniciativa que, segundo ele, “pode beneficiar o setor privado”. Barbosa propôs criar uma banda fiscal que poderá reduzir a meta do superávit primário. Mas também defendeu que o governo diminua os gastos com o Estado. Para isto, um dos cinco grupos de trabalho criados pelo Conselhão terá a incumbência de propor ações para o país reduzir os gastos com o governo em curto e médio prazos. Outros carnavais -Assim como as últimas políticas econômicas brasileiras, a ideia do atual ministro da Fazenda também tem como foco o crédito para a população. “A

Dilma atende demandas do setor produtivo, libera verbas do FGTS, do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa para incrementar economia e dar um baile na crise ainda em 2016 lula marques/ agência pt

Conselho é comandado pela presidente Dilma Rousseff e reúne representantes do governo e da sociedade civil recuperação do Brasil depende da liberação de crédito na economia”, afirmou. Este é o principal objetivo da disponibilização dos R$ 83 bilhões, “engajando bancos públicos na estratégia de abertura de linhas de crédito”. O consultor político Francisco Almeida avalia que as iniciativas estão na mesma linha das últimas ações econômicas do governo. “Embora as medidas não produzam efeitos imediatos, o anúncio de Barbosa endossa seu pensamento con-

ciliatório e heterodoxo: um claro ponto de inflexão se comparado às políticas de seu antecessor, Joaquim Levy”, diz o especialista. “Dentre as medidas anunciadas, a reforma fiscal detém o maior peso e importância para enfrentar a atual recessão econômica”, finaliza. CPMF-A presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião do Conselhão, que possui grandes empresários em seu quadro, e defendeu a volta da CPMF, Contribuição Provisória sobre

Movimentação Financeira. Ela pediu “encarecidamente” que os empresários refletissem sobre a volta do imposto. Segundo Dilma, a cobrança será provisória. Um dos maiores empresários do país, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, durante a reunião, segundo outros conselheiros, defendeu a CPMF “para o bem do país”. Já quando saiu, aos jornalistas, usou um tom mais cauteloso e afirmou que “o Congresso vai avaliar” a volta do imposto do cheque.

O dinheiro: • R$ 10 bilhões para pré-custeio da safra agrícola 2016/2017 via Banco do Brasil; • R$ 10 bilhões em recursos do FGTS para instituições financeiras contratarem novas operações de crédito imobiliário; • R$ 22 bilhões em recursos do FIFGTS (fundo de investimento do

FGTS) em crédito para operações de infraestrutura; • R$ 5 bilhões do BNDES para capital de giro para as micro e pequenas empresas; • R$ 4 bilhões em linhas de préembarque para exportações via BNDES; • R$ 15 bilhões do BNDES para

refinanciamento das operações que estão vencendo do PSI e do Finame com taxas de mercado, sem subsídio; • R$ 17 bilhões (estimativa do governo) em recursos do FGTS para consignado ao setor privado com garantia da multa por demissão e 10% do saldo dos depósitos existentes.


Política

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Rollemberg não cumpre acordo e aposentados continuam sem receber

N

a última quarta-feira (27), professores e orientadores educacionais fizeram uma vigília em frente ao Palácio do Buriti. Ao final do dia, a Comissão de Negociação do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro) se reuniu com representantes do GDF. O Sindicato exige que o governador Rodrigo Rollemberg cumpra a lei e pague a pecúnia de professores e orientadores educacionais que se aposentaram entre junho e dezembro de 2015. O calote é inadmissível.

Fernando Pinto (*)

Força-Tarefa é contra a liberação da jogatina

“Quando a greve dos professores foi suspensa, o Governo assinou um documento no qual garante que faria este pagamento e não fez. Mais de 400 professores e orientadores educacionais estão sendo prejudicados e nós não aceitaremos este desrespeito com quem trabalhou durante tanto tempo pela educação no Distrito Federal”, diz Silvia Canabrava, diretora do Sinpro. Durante o encontro, o governo não apresentou um cronograma para o pagamento e apenas sinalizou que em fevereiro e março, fará o depósito de quem se aposentou em junho e julho do ano passado. Portanto, o GDF continua em débito com a maioria. O governo está reinterpretando o acordo de greve, dizendo que o empenho de pagamento é para quem se aposentou até julho do último ano. Esta atitude é um verdadeiro retrocesso no processo de discussão, já que o GDF diz que os professores que se aposentaram de agosto a novembro não serão pagos até março, conforme o entendimento no documento que suspendeu a greve.

foto: Deva Garcia

O Sinpro protestou com veemência o posicionamento do governo e continua exigindo uma reunião com o governador Rodrigo Rollemberg para tratar do assunto. O diretor Cleber Soares enfatizou que no momento que o governo não faz o pagamento mês a mês, o Sindicato é obrigado a afirmar que o GDF está descumprindo a lei. “No processo de negociação realizado durante a greve de 2015, em todas as falas do governo foi afirmado que haveria pagamento da pecúnia a cada mês. Exigimos que este acordo seja cumprido e os créditos pagos com celeridade”, afirma.

Esta foi a manchetinha publicada no CB na edição do domingo (20), acrescentada com o subtítulo: “Proposta tramita no Congresso Nacional, mas encontra resistência dos procuradores que atuam na investigação da operação LavaJato por facilitar a lavagem de dinheiro”. Francamente, não dá para entender que esses senhores, alfabetizados e doutores em Direito, e que no mínimo deveriam conhecer a realidade de países do primeiro mundo que arrecadam fortunas com seus cassinos, proporcionando milhares de empregos diretos ou indiretos, atraindo shows espetaculares, além de ser essencial fonte tributária e de incentivo à chamada Indústria do Turismo. Basta lembrar os famosos cassinos de Atlantic City e Las Vegas (uma cidade de cassinos), nos Estados Unidos; e o cassino Monte Carlo, a principal receita do Principado de Mônaco. E deveriam saber, também, que milhares de turistas sobrevoam o Brasil e vão jogar nas nossas fronteiras com países sul-americanos, a exemplo do movimentado hotelcassino uruguaio de Rivera, separado apenas por uma rua da cidade gaúcha de Santana do Livramento. Amigos leitores, convém lembrar que sou dos tempos dos então badalados cassinos do Rio de Janeiro, entre os quais os da Urca, Copacabana Palace, Atlântico, Quitandinha (Petrópolis) e Icaraí (Niterói) -, sem falar nos que funcionavam em luxuosos hotéis nas cidades mineiras hidrominerais de Caxambu, Poços de Caldas, São Lourenço e Araxá. E todos fecharam as portas, somando aproximadamente 60 estabelecimentos no território nacional, graças ao Decreto Lei 9.215, assinado em abril de 1946 pelo marechal Eurico Gaspar Dutra (que marcou sua gestão como o pior presidente da República), a pedido de sua mulher Carmela, católica carola que ganhou o apelido de Dona Santinha. Enquanto isso, hipocritamente, é o próprio governo federal que banca os jogos de azar em todos os estados, através das Quinas, Lotofácil, Megassena, Lotomania, Lotogol e Loteria Federal -, em prejuízo dos bolsos do povão, inclusive de um otário que persegue a sena da Mega há mais de dois anos, em vão: eu! É o caso de repetir, pela milésima vez: pô, que país é este? PS – Convém lembrar que, em porta de cassino, trabalhador não entra, simplesmente porque não pode sequer pagar o preço da entrada. (*) Fernando Pinto é jornalista e escritor


Política

6 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Sebastião Nery O samba do Advogado doido RIO - Em 12 de dezembro de 1964, o “Correio da Manhã” publicou: - “Justiça reintegra cassados na Bahia” – “O Tribunal de Justiça da Bahia concedeu por unanimidade mandado de segurança a Ênio Mendes e Sebastião Nery, para que regressem aos mandatos de deputados. Tiveram os mandatos cassados por determinação do comando da 6ª Região Militar”. “O deputado Orlando Spínola, presidente da Assembleia, foi chamado à 6º Região e ouviu do general João Costa que os deputados Ênio Mendes e Sebastião Nery não podem reassumir seus mandatos, “pois foram cassados pela Revolução, cujos atos só podem ser julgados pela história”. “Era a primeira vez, desde o golpe de 31 de março, que um Tribunal do País anulava um “ato revolucionário”, e por unanimidade. O relator foi seu presidente, o desembargador Renato Mesquita, antigo líder integralista, homem integro e respeitado em todo o Estado. Os advogados eram os consagrados professores Josafá Marinho e Milton Tavares”. Depois de vários meses preso em três quartéis (Barbalho, na verdade um campo de concentração, Mont Serrat e 19º BC), sem uma só acusação séria contra mim, foram obrigados a me soltar. Mas avisaram: - “O senhor está proibido de sair de Salvador e toda semana deverá comparecer ao quartel da Marinha, em Amaralina. Se recorrer à Justiça para voltar à Assembleia, será preso novamente”. Desafiei-os. Recorri ao Tribunal de Justiça. Sabia que eles jamais deixariam a Assembleia cumprir a decisão judicial. Quando o Tribunal decidiu, a Auditoria Militar decretou novamente minha prisão. Deram batidas em todo canto e não me encontraram. E pior: cercaram a Assembleia, humilhando os acovardados deputados. Em 13 de dezembro, o “Correio da Manhã” continuava:

- “Bahia: Comando veta posse de deputados” - “O Comandante da 6ª Região Militar reafirmou ontem que os deputados Sebastião Nery e Ênio Mendes, beneficiados com mandado de segurança concedido unanimemente pelo Tribunal de Justiça, não podem reassumir seus mandatos e a decisão do Tribunal não pode ser cumprida”. Na ditadura era assim. Hoje, o leviano presidente do IAB (Instituto dos Advogados do Brasil) diz que “a Lava-Jato é pior do que na ditadura”.

Técio Lima e Silva: “a Lava-Jato é pior do que a ditadura”

FERNANDO - No dia 17, o “Correio” trazia manchete de primeira página: - “Deputados baianos cassados novamente”. - “O fundamento da nova fórmula foi “falta de decoro parlamentar”, “não no sentido moral, como explicou ao “Correio da Manhã” o deputado Orlando Spínola, presidente da Assembleia, mas, numa interpretação mais ampla do texto constitucional, no sentido da inconveniência da permanência dos dois deputados no exercício de seus mandatos, face à situação atual e ao ambiente revolucionário. Os votos contrários à cassação foram dados pelo PSD, PL e PST. O primeiro a falar foi o deputado João Borges, do PL, contra a nova cassação. No dia seguinte, 18 de dezembro, o talentoso jornalista, cronista e escritor baiano de Ilhéus, Fernando Leite Mendes, escreveu no “Correio” uma

crônica magistral, inesquecível: - “Decoro e decoração” – “É tempo de muita palavra com sentido novo, nestes dias de lexicógrafos fardados incursionando pela semântica, com a baioneta das neodefinições. O presidente da Assembleia baiana teve o cuidado de informar à reportagem que seus pares haviam “ampliado o conceito de decoro parlamentar que, no caso, seria a inconveniência de permanecerem na Assembleia os dois deputados face à situação atual e ao ambiente revolucionário”. “Isto quer dizer que, para os legisladores baianos, quebra do decoro é, simplesmente, não concordar com o estado de coisas instaurado no País. Pois, pelo critério baiano, os deputados servem para ornamentar a cena política com os seus de-acordos e os seus améns”. Repórter Petrobras - À noite, o “Repórter Petrobrás”, da Rádio Sociedade da Bahia, o de maior audiência do Estado, divulgou violenta entrevista minha dizendo que os militares “não respeitam a Justiça e a Assembleia não se respeita”. O esquema estava antecipadamente bem montado. Enquanto o “Repórter Petrobrás” punha no ar minha entrevista, gravada com minha voz, eu já chegava a Feira de Santana, escondido no banco traseiro de um carro, e ouvia a entrevista no rádio, de luzes apagadas. Naquela noite o Exército da Bahia, com algumas dezenas de patrulhas, revirou a cidade tentando pegar-me. Eu já estava longe. Humilhei-os no Tribunal e na fuga. Técio - Quem viveu aqueles duros e turvos dias não pode tolerar que o estranho presidente do IAB (Instituto dos Advogados do Brasil), advogado Técio Lins e Silva, venha dizer que “a Lava-Jato é pior do que a ditadura”. Devia respeitar a memória do bravo ex-presidente do IAB, o inesquecível Hermann Baeta, morto esta semana, que tanto resistiu à ditadura. Não se joga a Historia de uma Nação dentro de um cofre.

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Cidades

8 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

No tempo fotos: GETULIO ROMÃO

Crescimento do carnaval de rua de Brasília faz desaparecer o glamour dos bailes nos clubes, que embalavam os foliões dos anos 1970 a 2000. Gustavo Goes

C

om mais de 50 blocos e R$ 780 mil investidos pelo Governo de Brasília, o Eixo Monumental, o Parque da Cidade, a praça do DI (Taguatinga) são os espaços públicos oficialmente reservados para os foliões brasilienses. O carnaval 2016, a exemplo do de 2015, será na rua. Mas nem sempre foi assim. Em vez de ocupações urbanas, entre 1970 e 2000, os festejos aconteciam predominantemente em clubes, até surgirem os primeiros blocos, que se tornaram a marca do carnaval da capital da República nos últimos anos. Os duelos de orquestras e bandas dos clubes animavam o carnaval dos candangos, que lotavam os salões nas noites de sábado a terça-feira. Alguns clubes ainda resistem e são procurados, principalmente por sócios, como a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), o Iate Clube e o Minas Tênis Clube. Outros, no entanto, sucumbiram às más administrações e foram varridos do cenário, a exemplo do Primavera, do Clube do Comércio e Indústria de Taguatinga (CIT) e da Associação Portuguesa. Talvez

isto explique o fato de o público ter migrado para os blocos de rua. Mas os clubes remanescentes acabaram se adaptando às mudanças. A AABB preparou uma feijoada para adultos no sábado (6), às 12h, e duas matinês para jovens, no domingo (7) e na terça-feira (9). Este será o único evento destinado a esse público. O Minas também terá apenas uma festa para adultos no domingo (7), às 12h, que será liberada a presença de crianças. O Iate seguiu a mesma tendência de outras associações. Pela primeira vez em sua história, não fará festas para adultos, apenas uma matinê para crianças e jovens.

Os foliões se deslocavam para os clubes após pularem de carnaval nas ruas. O baile do preto e vermelho, do p branco e do Havaí animavam os brasilienses no antigo


Cidades

9 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

o de Dondon

m os blocos preto e o Primavera

fotos: divulgação

Duelo de orquestras “O carnaval era mais em clubes e saídas de frevo na W3 Sul, semelhante aos blocos de carnaval que existem hoje em dia. Era o Vassourinha. Os clubes eram o auge da folia entre 1970 e 1985, onde as bandas e maestros da capital disputavam a supremacia da melhor festa e cerca de 5 mil pessoas compareciam, em média, por noite. Eu era maestro da orquestra

Espetáculo democrático “Meu carnaval era no Clube Primavera e no CIT, onde o pessoal de Taguatinga e de vários outros lugares se encontrava. Entre 1980 e 2002, saíamos no Pacotão e no Galinho, que acontecia à tarde, e emendávamos nos clubes à noite. Também existiam grandes carnavais na AABB, no Minas, no Clube do Exército, na Aruc e no

Divisão de ritmos Antigamente, o samba era o principal ritmo musical em Brasília com a grande quantidade de servidores públicos vindos do Rio de Janeiro para a nova capital federal. Um exemplo disso foi a apresentação que o Salgueiro fez na inauguração da capital, em 1959, e o primeiro desfile de escolas de samba aqui, três anos depois. Acredito que um dos componentes

Conic ninguém pode “Quando cheguei em Brasília, em 1970, quase não se ouvia falar em blocos de carnaval nas ruas. Entendo que o carnaval acompanhou as mudanças estruturais da sociedade. Hoje em dia, é muito mais difícil as pessoas irem aos cinemas, pois preferem assistir filmes em casa, por ser prático e barato. O mesmo acontece com

na AABB, no Clube dos Previdênciários, na APCEF (Clube Caixa Econômica) e no Country Club. A concorrência era o carnaval do Iate Clube e do Minas Tênis Clube, que era comandado pelo maestro Zuza. A festa começava às 23h e terminavaàs 5h da manhã. Na época, Brasília ainda tinha características de cidade pequena, mas hoje, infelizmente, a violência e a criminalidade se equiparam ao Rio de Janeiro e São Paulo”

Maestro Paixão, 80 anos

Sodeso Sobradinho. No Primavera, a festa acontecia à tarde para as crianças e à noite para os adultos, sempre na sexta, sábado e domingo de carnaval. Como a maioria dos que frequentavam os clubes morava em Taguatinga e os tempos eram outros, quase todo mundo se deslocava a pé. Acredito que o fortalecimento dos blocos representa uma evolução para o carnaval, já que é um espetáculo mais democrático”.

Marta Lima empresária e ex-jogadora de vôlei

para a migração das pessoas do clube para a rua foi o crescimento do Axé Music com o apoio institucional dado pelo ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães, que fez crescer Gilberto Gil, Caetano Veloso e Luiz Caldas. Isso acabou dividindo o carnaval de Brasília e, após isso, a oferta de folia também estava na rua com o axé. Por incrível que pareça, essa migração para as ruas também ocorreu no Rio de Janeiro.

Eduardo Monteiro, 55 anos, historiador

os blocos de carnaval. Esse movimento também está ligado a essa nova estética do jovem ocupando as ruas. Se não existe mais carnaval nos clubes e as escolas de samba ainda não se consolidaram, os blocos são o caminho para a festa se popularizar em Brasília. Para o ano que vem, planejamos o bloco “Conic Ninguém Pode”. Quem sabe, a cidade vira uma referência do carnaval nacional, assim como Salvador se tornou?”

Flavia Portela, 54 anos, prefeita do Conic e presidente do Conselho de Segurança de Brasília (Conseg)


Cidades

10 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

CEILÂNDIA

DISTRITO FEDERAL

Ceilandense é campeão europeu de Jiu-Jitsu

Folhinha acima do peso

O morador de Ceilândia Pedro Maia, 16 anos, conquistou o primeiro lugar no Campeonato Europeu International Brazilian Jiu-Jitsu Federation 2016 (IBJJF) na categoria Juvenil II. A competição foi realizada entre os dias 20 a 24 de janeiro, em Portugal. Maia disputou o título com atletas de vários países, como Alemanha, Rússia, França, Suécia e Portugal. O campeão pratica o esporte há três anos. Seu sonho é chegar ao UFC. “Comecei a lutar apenas para aprender uma defesa pessoal. Não imaginava chegar aonde cheguei”, conta o garoto. “É muito bom ver meu filho se destacar,

Brasília vai receber a Campus Party em 2017 Confirmado: Brasília será a sede da Campus Party 2017. A Campus é um dos maiores eventos de tecnologia do mundo. O anúncio foi feito na terça-feira (26) pelo governador Rodrigo Rollemberg, em São Paulo. Ainda em 2016, haverá no Distrito Federal um evento teste. Até agora, apenas Recife e São Paulo sediavam edições da Campus Party.

principalmente sendo de uma cidade tão estigmatizada pela violência como é Ceilândia”, afirma o vigilante Gleudes de Souza, 40 anos, pai de Pedro. O campeonato Europeu IBJJF reuniu mais de quatro mil atletas nas categorias juvenil, adulto, máster e sênior.

áGUAS CLARAS

Debaixo d’água Não foi só nas tesourinhas que o brasiliense teve a sensação de estar navegando no asfalto. Na quadra 103 de Águas Claras, o leitor Eduardo Araújo flagrou a situação da pista durante a chuva de segunda-feira (26). Porém, apesar do susto, aproximadamente uma hora depois a rua já estava seca. “Enquanto isso, não tinha como sair de casa”, conta o estudante.

Nada de mulheres no padrão de beleza das borracharias de beira de estrada. O calendário de 2016 vai unir rock e modelos plus size para demonstrar a diversidade da capital federal. As doze modelos posaram em pontos turísticos de Brasília e em cada página do calendário se juntam a trechos de músicas de ídolos do rock brasiliense, como Cássia Eller, Legião Urbana, Raimundos, Capital Inicial e Renato Russo. A Miss Plus Size das Américas, Janaína Graciele, é a idealizadora do projeto, que já conta com duas mil mulheres acima do peso. Elas fazem reuniões mensais com a ajuda de nutricionistas, psicólogos e voluntários. Segundo Janaína, o objetivo do projeto é “ajudar mulheres reais que vivem presas a padrões estabelecidos por uma sociedade preconceituosa”. A renda do calendário será revertida para ações do grupo BSB Plus Size.

Sobre pedras e macaco

Procon autua 54 escolas particulares

Mais uma vez, um morador de Águas Claras estacionou o carro e, ao voltar, o encontrou sem as rodas. O crime já é recorrente na cidade. Desta vez aconteceu na quadra 210. Os moradores contam que o carro foi o segundo a ser roubado apenas na última semana. Os motoristas que precisam pegar o metrô e deixam seus veículos em estacionamentos abertos próximos à estação acabam sendo os alvos preferidos dos bandidos. A Polícia Militar diz que os estacionamentos escuros e em locais de pouco movimento facilitam a ação dos ladrões.

Entre os dias 20 e 26 de janeiro, os fiscais Procon-DF visitaram escolas da rede particular de ensino no DF para fiscalizar listas de material escolar e contratos de prestação de serviço. Das 65 instituições fiscalizadas, 54 foram autuadas. No ano passado, o Procon autuou 65 das 71 unidades de ensino particulares vistoriadas. A operação foi batizada como ‘Na Ponta do Lápis’ e já tinha averiguado o preço de 59 papelarias da cidade. As principais irregularidades encontradas foram a ausência do plano de execução, a indicação de marcas na lista de material e a falta de informação sobre a entrega dos materiais de forma parcelada. “É preocupante que a gente ainda registre um índice tão alto de infração, acima dos 80%. O intuito da fiscalização do Procon é pacificar a relação entre pais e escolas, cobrando das instituições de ensino que respeitem a legislação vigente”, afirma o diretor-geral do Procon-DF, Paulo Marcio Sampaio.


Cidades

11 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Organizações Sociais vão embalar a Saúde no DF

Consultório

Cláudio Sampaio (*)

divulgação

Da Redação

Assédio moral no ambiente de trabalho

D

ois decretos publicados no Diário Oficial do DF na terça-feira (26) qualificam Organizações Sociais (OS) a executarem projetos e programas do Governo de Brasília na área de Saúde. O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) e o Instituto Santa Marta de Educação e Saúde (ISMES) poderão atuar nos hospitais públicos e postos de saúde, segundo especificações do governo. Os sindicalistas vão contra o uso das entidades filantrópicas. Segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro), o texto, que já está em vigor, significa “abrir as portas à terceirização de atividades do Estado”. Mesmo tendo passado por diversas etapas de análise, inclusive pelo Conselho de Gestão das Organizações Sociais (CGOS), a implementação das organizações sociais ainda vai passar por um estudo do Executivo local. “Ser classificado como OS não significa que a entidade fará gestão de algum aparelho ou serviço público. Portanto, não se trata de transferência de gestão de alguma área”, disse a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. A eficácia das Organizações Sociais para sanar os inúmeros problemas da saúde pública é uma incógnita. O exemplo mais claro fica a 200 quilômetros do Palácio do Buriti. Os quatro maiores hospitais de Goiânia adota-

Rollemberg aposta nas OSs para sanar os problemas da Saúde ram essa nova forma de atuação e apenas um apresentou melhora nos indicadores de qualidade. Normalmente, em parcerias como esta, o Estado arca com equipamento, medicamentos e insumos, e as entidades ficam com a gestão de recursos humanos e manutenção dos prédios. As OSs buscam em doações a verba para executar seus trabalhos. Sindicato - As organizações sociais são escolhidas por um procedimento ordinário da administração. Com sua atuação, abertura de edital, apresentação de propostas, divulgação e contestação dos resultados característicos de um processo licitatório seriam dribladas. Segundo o Sindicato dos

Médicos (Sindimedicos-DF), essa mudança abre brecha para a corrupção, por falta de controle social. Além da corrupção, a entidade reforça que é função do Estado dar assistência à Saúde. “A atuação das OSs limita o acesso da população, já que o aumento nos gastos do governo com essas instituições reduziria o repasse de verbas para a melhoria dos hospitais”, afirma o presidente do Sindimedicos, Gutemberg Fialho. A responsabilidade do servidor público e do administrador é outra questão levantada pelo sindicato. Segundo a entidade, se acontecer algum problema crítico, as OSs passam a ser os principais responsáveis e o Estado fica em segundo plano.

A Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988 pelo saudoso Ulysses Guimarães, irradiou sobre o ordenamento jurídico pátrio princípios fundamentais, como o da dignidade da pessoa humana, a liberdade e a isonomia. Houve, a reboque disso, uma evolução do pensamento jurisprudencial sobre o dever de indenizar os chamados danos morais, assim conhecidos como os efeitos decorrentes de atos ilícitos que causam significativo prejuízo à imagem, à honra, à dignidade e à integridade física ou psíquica do ofendido. No Judiciário Trabalhista, o conceito em questão se estendeu também como decorrência de uma espécie denominada assédio moral, segundo a qual o patrão, utilizando-se de sua ascendência hierárquica, adota reiteradas condutas, inclusive ao arrepio da primordial urbanidade, no sentido de coagir, humilhar, ameaçar ou tornar insustentável a permanência do obreiro em seu ambiente profissional. Todavia, para que o excesso patronal gere a obrigação de pagar indenização, é imprescindível, conforme iterativos julgamentos dos Tribunais, que haja provas do caráter repetitivo de tal conduta e do efetivo dano psicológico ao empregado. Sem dúvida, não é fácil provar, com testemunhas ou documentos, o assédio por parte do empregador, mas os juízes impuseram o referido degrau probatório como forma de não deixar o instituto ser banalizado por melindres ou desavenças eventuais, entendidos como aborrecimentos naturais na convivência humana, ou, tampouco, como instrumento de enriquecimento sem causa. Mas deve-se salientar que a postura do Judiciário, prezando pela segurança jurídica, não tem deixado de cumprir seu papel em prol da humanização das relações laborais, incentivando as práticas de valorização dos funcionários e de moderna gestão, consoante já é perceptível com o ranqueamento das melhores empresas para trabalhar, o qual, em 2015, contou com duas empresas sediadas no Distrito Federal, sendo um tradicional laboratório e uma fábrica de refrigerantes. (*) Advogado e consultor jurídico, fundador da Sampaio Pinto Advocacia e presidente da Abrami-DF


Geral

12 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

OMS afirma que zika vai se espalhar pelas Américas O Globo – 25.1- A Organização Mundial de Saúde (OMS), em comunicado emitido na segunda-feira, alertou que o vírus zika vai se espalhar por todo o continente americano. Segundo a organização, Canadá e Chile são as únicas duas exceções. De maio até agora, 21 países do continente haviam registrado ocorrências do vírus. A OMS considera que a falta de imunidade natural no continente seria um dos fatores para que o vírus se espalhe tão rapidamente. “O vírus zika continuará a avançar e provavelmente alcançará todos os países e territórios na região onde mosquitos Aedes são encontrados”, afirma a OMS.

“Nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha” Marcelo Castro, ministro da Saúde, em entrevista na segundafeira (25) se referindo ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika.

TRE cassa governador do Amazonas Folha de S. Paulo – 25.1 -O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas cassou o mandato do governador José Melo (Pros) e de seu vice Henrique Oliveira (SDD), em sessão realizada na segunda-feira (25). Por cinco votos a um, os juízes aceitaram as denúncias de compra de voto pela campanha de reeleição de José Melo, em 2014. A acusação foi protocolada pelo seu adversário direto à época, o hoje ministro Eduardo Braga (Minas e Energia). A decisão tem efeito suspensivo, o que garante a permanência de Melo no governo até o julgamento de recurso pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele vai recorrer.

“Pimenta no Cunha dos outros é refresco”

Crianças em zonas de conflito

Congresso Em Foco – 26.1- As tensões e o folclore que marcaram a política em 2015 se tornaram um prato cheio para a criatividade de foliões e viraram temas de sátiras e marchinhas de carnaval. Um dos principais alvos dos blocos de rua deste ano no DF é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ/foto). O peemedebista inspirou a criação do bloco “Pimenta no Cunha dos outros é refresco”, que sairá na segunda-feira (8) na Asa Norte, em Brasília. Com o mandato ameaçado por um processo que se arrasta desde outubro no Conselho de Ética por falso testemunho e por omissão de patrimônio em declaração de bens, Cunha também integra a lista de políticos acusados de participar do esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava-Jato.

Agência Brasil – 26.1- Cerca de 250 milhões de crianças no mundo, o equivalente a uma em cada nove, vivem em países afetados por conflitos. A informação foi divulgada na terça-feira (26) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A entidade pede perto de US$ 3 bilhões para ajudar as mais vulneráveis. A agência da ONU indicou que precisará em 2016 de US$ 2,8 bilhões (2,6 bilhões de euros) para ajudar as crianças. Segundo o Unicef, seu orçamento duplicou em três anos com os conflitos e as condições meteorológicas extremas que forçaram um número crescente de crianças a deixar suas casas e a expor milhões delas a graves falhas alimentares, à violência, às doenças e aos abusos.

MARCELO RAMOS

o que está achando do Brasília capital? Fale conosco: 3961-7550 ou redacaobsbcapital@gmail.com Facebook.com/jornalbrasíliacapital

O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder de segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410 Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br


Geral

13 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

José Matos

Mulher, salve seu casamento!

N

ada mais triste do que fim de casamento de boas pessoas. Boas pessoas que se programaram para viver juntas e superar suas dificuldades. E essas separações têm acontecido por descuido dos casais que não dialogam para melhorar a relação. Com a chegada dos filhos, muitas mães dedicam-se integralmente a eles e deixam o marido em segundo plano. O marido sente-se, de certa forma, traído, e torna-se aborrecido

e sem inciativa de alertar a esposa, ou alerta-a e é ignorado. A situação tende a agravar-se muito com a chegada dos netos. Agora é a vez deles, e o marido vai para terceiro plano. A situação pode ficar insustentável. Esse companheiro poderá desenvolver a “síndrome de coitadinho”, e achar que não é amado, pondo o casamento em risco. Mulher, acorde! Seu marido, voltou a ser criança e sente os filhos e netos como competidores. Competi-

ção na qual, no entendimento dele, está em larga desvantagem. Experimente abraçá-lo, acarinhá-lo, e verá que ele tomará a mesma postura de uma criança carente. Ah, mas um homem maduro comportando-se como uma criança?, dirá você. Sim, e para onde foi a criança que ele foi um dia? Para nenhum lugar, continua dentro dele e, em certas situações como essa, se manifestará. A programação existencial inclui

também o casamento, quando este faz parte. Embora a separação possa acontecer, só se deve adotá-la como medida extrema, na impossibilidade de convivência civilizada. Razão teve o poeta Renato Russo quando afirmou: “você culpa seus pais por tudo. Isso é absurdo. São crianças como você. O que você vai ser quando você crescer?”. O conselho do poeta dirigido aos filhos vale também para as esposas: “são crianças...”.

Afinal, o que significa dieta?

A

palavra “dieta”, do grego díaita, significa “maneira de viver”. Interessante, né? Mais interessante é perceber a forma distorcida com que as pessoas lidam com essa palavra. Historicamente, a palavra dieta sempre esteve ligada a algum tipo de restrição alimentar, e traduzida com muita frequência como algo que exclui alimentos da vida das pessoas. Ou seja, uma relação muito forte com proibições. Vale lembrar que nada disso deveria representar essa palavra. Afinal, “dieta” significa hábito de vida.

A maioria das pessoas lida mal com suas dietas. É por isso que temos quadros alarmantes de doenças e morbidades associadas aos maus hábitos de vida. Atualmente, a ciência da nutrição está tentando resgatar o significado real dessa palavra, mostrando aos indivíduos que planejar uma dieta é dispor de alimentos de forma organizada e baseada em critérios científicos, culturais e pessoais. Até mesmo os profissionais da área têm evitado usar esse termo para evitar algum tipo de recusa ou preconceito por parte de seus

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Saúde e Nutrição pacientes. Mas a verdade é que “cardápio”, “plano alimentar” ou “planejamento dietético”, todos es-

ses termos se referem à mesma coisa. Convido você, leitor, a refletir sobre sua dieta e o reflexo disso em sua saúde. Você está satisfeito? Se a resposta for não, essa é a hora de procurar uma ajuda profissional. Não é todo mundo que precisa de um nutricionista e, na verdade, até quem precisa provavelmente não vai precisar a vida toda. O nutricionista pode lhe ajudar a fazer melhores escolhas para compor sua dieta e, com o tempo, você terá mais autonomia para fazer escolhas saudáveis.


Lazer

14 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

ENTRETENIMENTO Cruzadas

Tancredo Maia Filho (*) A observação de aves, também chamada de passarinhada, pode ser praticada no local em que você mora, no caminho para o trabalho, nas praças e jardins de sua cidade. Convide seus familiares e amigos para observar aves. Faz muito bem! Conforme falamos na semana passada, os “equipamentos” mais importantes para a observação de aves são nossos olhos e ouvidos. Mas outro equipamento básico para a observação de aves é o binóculo. Com ele é possível observar detalhes que seriam difíceis de ver a olho nu. O critério para aquisição de um binóculo não é quanto maior o alcance, melhor. Um aumento de 8 a 10 vezes é suficiente, além de uma boa luminosidade. Os mais usados são o 8x42 e o 10x42. O preço varia entre R$ 300 e R$ 500. ALMA-DE-GATO (Também conhecida omo rabilonga, rabo-de-palha e chincoã). A alma-de-gato é marrom avermelhada nas costas, pescoço e cabeça. O pescoço, garganta e parte do peito são alaranjados; peito e barriga cinzentos. O bico é amarelo esver-

deado; olhos e anel ocular vermelhos. Mede cerca de 50 centímetros contando a cauda. Alimenta-se de insetos, principalmente lagartas, mas também come frutinhas e ovos de outras aves. Anda em casais e desloca-se através das copas das ávores e arbustos. Pula de galho em galho como o caxinguelê ou o sagui. As penas da cauda são pretas, com grandes manchas brancas na ponta das penas, que possuem tamanhos diferentes – as mais longas no centro e diminuindo para as bordas. Seu voo é elegante, especialmente quando bate as asas e plana intercaladamente. Quando plana, a cauda fica aberta, o que ajuda muito o voo. Seu canto característico parece um gato miando, daí seu nome popular, mas também imita o canto de outras aves, especialmente o do bem-te-vi. Pode ser visto em todo o Brasil.

(*) Junte-se à nós; seja um observador de aves. Informações em: www.observaves.blogspot.com.br Observaves – Observadores de Aves do Planalto Central - 11 anos ajudando a preservar o meio ambiente.

A loira chega na autoescola vestida de goleira. O instrutor, curioso, pergunta: - Por que você está vestida assim? - Você disse que o Celta estava ocupado e que iria me treinar no gol... O português dirigia por uma estrada e viu uma placa “Curva perigosa à esquerda”. Não teve dúvidas: virou à direita. Um amigo perguntou ao outro:

Piadas

- E aí, José? Você se dá bem com sua sogra? - Olha, ela me trata como um deus! - Caramba! É a primeira vez que eu escuto alguém falar bem da sogra. Ela te trata como um deus, mesmo? - Ô! Ela sabe que eu existo, mas não pode me ver! A professora pergunta: - Joãozinho que tipo de mulher você admira? - Eu gosto de mulher igual à lua... - Que lindo, uma mulher linda e que brilhe como a

Respostas lua, né?! - Não, que venha passar a noite e que de dia caia fora... A professora pergunta a um aluno: - Vamos ver, Joãozinho! O que acontece se eu cortar uma orelha? - A senhora fica meio surda! - E se cortar a outra orelha? - Aí fica cega, fessora! - Cega? Por quê?


lazer

Programação Domingo (31/1) Bloco Libre, às 14h, na Funarte – Eixo Monumental. Aberto ao público Bloco Agoniza, Mas Não Morre, com Alexandre Equi, às 14h, na 209/210 Sul. Ingresso R$ 20 Bloco Falta Pouco, às 16h, na Praça dos Prazeres – 201 Norte. Aberto ao público Bloco Eixão 44, às 16h, no Eixão – 107 Norte. Aberto ao público Bloco Falta Pouco, às 16h, na Praça dos Prazeres – 201 Norte. Aberto ao público Quinta-feira (4/2) Abre Alas, com Du Rio, Leo Justi, Tucho, Dj A e New Chicks On the Block, às 22h, na Ascade – SCES Trecho 2. Ingresso R$ 40 Concentra Que Entra, com Dennis DJ, DJ Shark, Carnavália e DJ Jonnes Veloso, na Villa Mix – SHTN Trecho 2 (ao lado do Espaço da Corte). Ingresso Frente Palco feminino R$ 50 e masculino R$ 70; Camarote feminino R$ 70 e masculino R$ 100. Classificação 18 anos Bloco Engenhoca, às 14h, na 206 Sul. Aberto ao público Sexta-feira (5/2) Concentra Que Entra, com Dennis DJ, DJ Shark, Carnavália e DJ Jonnes Veloso, na Villa Mix – SHTN Trecho 2 (ao lado do Espaço da Corte). Ingresso Frente Palco feminino R$ 50 e masculino R$ 70; Camarote feminino R$ 70 e masculino R$ 100. Classificação 18 anos Bloco Engenhoca, às 14h, na 206 Sul. Aberto ao público Sábado (6/2) Festival de Carnaval Sete Belos: Terror e Comédia, às 21h, no Centro Cultural Sesi- QNF 24. Ingresso R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Classificação 14 anos Moranga em Bloco, com Bilis Negram, Cookie Valentino, Deltafoxx, Gustavo Bill, Ivan Bicudo e Vitão $$. Ingresso R$ 30. Classificação 18 anos Mamãe Taguá, às 14h, na Praça do DI. Aberto ao público Babydoll de Nylon, com DJ’s do Bailito Soudsystem, na Praça do Cruzeiro – Eixo Monumental. Aberto ao público Galinho de Brasília, às 14h, na praça da Matriz da Caixa Econômica – 202 Sul. Aberto ao público Bloco Concentra Mas Não Sai, às 12h, na 404 Norte. Aberto ao público

15 n Brasília, 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Microconto Presente eterno (...) 5 anos de pura simpatia. Meu pai pediu que eu me arrumasse para irmos comprar o presente de aniversário. Vesti a melhor roupa, segurei na mão dele e saímos com destino certo. Entramos na padaria, ele olhou para mim e permitiu que eu escolhesse o que eu quisesse. Peguei meu quindim, sentamos, comi. Meu

Por Luís Gabriel Sousa presente acabou em 5 minutos e a comemoração em 1 dia. Minha gratidão ao meu pai por me proporcionar o melhor aniversário da minha vida? Ah, essa vai durar pra sempre. (Baseado na leitora Lilian Lima – Curitiba/PR) Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: redacao.bsbcapital@gmail.com).

Filme Samba & Jazz / /Jefferson Mello divulgação

A geografia os separa: um brasileiro, o outro americano. Os intrumentos musicais também são diferentes. Mas há algo mágico e rítmico que une o samba e o jazz. E para mostrar essa semelhança, o olhar de quem entende do assunto. O diferencial é que o sambista estará em Nova Orleans e o jazzista no Rio de Janeiro. Não importa a distância, os dois tem algo em comum: a paixão pela música e pelas manifestações populares que se desenvolvem nos mundos do Samba e do Jazz.

Literatura Depois de você / / Jojo Moyes Quando uma história termina, outra tem que começar. Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, o livro é um complemento de “Como eu era antes de você”, que conta a história do relacionamento entre Will Traynor e Louisa Clark. O fim trágico deixou de coração apertado os milhares de fãs da autora Jojo Moyes. Em Depois de você, Lou

ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também lhe permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.


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