Jornal Brasília Capital 259

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Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 - Ano VI - 259

Dilma foi afastada. Temer assumiu. O Castelo ruiu. O filme do PT teve o seu

The end Cai o rei de Espadas Cai o rei de Ouros Cai o rei de Paus Cai, não fica nada. Ivan Lins Páginas 6 a 9


E

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e

Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). Circulação aos sábados. SRTVS Quadra 701, Ed. Centro Multiempresarial, Sala 251 Brasília - DF - CEP: 70340-000 - Tel: (61) 3961-7550 comercial.bsbcapital@gmail.com.br www.bsbcapital.com.br

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CARTAS

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São todos uns Filhos da Pátria “Excelente capa! É uma verdade, porém é hora de fazer um roque (troca de peças no xadrez), quem sabe assim melhora”. n Luís Sérgio, via Whatsapp “Gostei da nova interpretação de FDP, mas a

Pelai

Política 2 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Á

guas Claras completou 13 anos no dia 6 de maio e as comemorações vão até 5 de junho. Na quartafeira (11), começaram as apresentações de artistas do projeto Sarau nas Praças e o Trilho Musical, nas três estações de metrô na cidade. Serão 21 shows organizados pela Oscip Centro Oeste Vida Verde, que não tem apoio financeiro do GDF.

pátria deve estar chateada. Pois, assim como eu, também acha mais gostoso falar FDP do modo antigo, que só tem um significado! nAciol, via Whatsapp. É verdade, são todos Filhos da Pátria. Temos que mudar isso e erradicar a esquerda.

divulgação

Quem com ferro fere... Há quatro anos, quando da cassação de Demóstenes Torres (DEM-GO), em 2012, Delcídio do Amaral (foto) acusava o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDBAL), de negociar vantagens com o ex-senador goiano.

... com ferro será ferido Agora, antes da abertura do processo contra si no Conselho de Ética, Delcídio tentou negociar com Renan sua permanência no mandato. Aos berros, o cacique alagoano lembrou do caso Demóstenes e enxotou o exlíder do governo de seu gabinete.

Questão de antiguidade Renan jogou a pá de cal sobre Delcídio na segundafeira (9). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tentou adiar a votação de sua cassação para depois da apreciação do impeachment de Dilma. Mas o presidente da Casa foi irredutível: só apreciaria o de Dilma após a cassação de Delcídio, por se tratar de um processo mais antigo.

Até 2027 E assim, Delcídio foi cassado e está proibido de disputar eleição até 2027 – incluindo os três anos que restavam de seu mandato e os oito em que ficará inelegível.

nA. Campos, via Whatsapp Lei Áurea Em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo a escravatura no Brasil. Foi uma abolição gradual, porém relativamente rápida, de 1822 a 1888. A escravidão não era mais

necessária, por causa da revolução industrial. As pessoas tinham que receber um pagamento por seus serviços para consumirem os produtos das fábricas. Os escravos não podiam gastar dinheiro porque não recebiam pagamento. Por isso os ingleses exigiam sua libertação, para que se


Política

3 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Ineditismo Nunca antes na história deste país se viu tanta coisa que nunca se havia visto antes na história deste país. Nem os mais experientes assessores legislativos do Congresso Nacional sabiam, por exemplo, o que aconteceria com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após seu afastamento da presidência da Câmara. divulgação

Oposição: o retorno Internamente, alguns petistas já enxergam um fato positivo no afastamento da presidente Dilma. A ideia deles é matar a saudade de fazer oposição e “infernizar” o governo Temer. Lula já tem uma equipe pronta para montar um poder paralelo ao do Planalto. E se isto não puder ser feito no Palácio do Alvorada, pretende alugar uma casa no Lago Sul.

Andar com fé eu vou!

Os especialistas também precisaram retornar aos estudos para entender o que aconteceria com a presidente afastada. Afinal, no episódio mais recente de impedimento de um presidente, Fernando Collor renunciou antes da votação definitiva no Plenário do Senado.

Recém-empossado ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o Pastor Marcos Pereira já esteve preso entre 2013 e 2014. Quatro testemunhas afirmaram ter sofrido abuso sexual por parte do líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em 2006. O pastor foi preso por estupro e coação e, depois, solto por uma decisão do Supremo Tribunal Federal de conceder um habeas corpus ao acusado.

tornassem consumidores dos produtos fabricados na Inglaterra. Para evitar uma guerra civil, como ocorreu nos Estados Unidos e em outros países, o imperador Dom Pedro II decidiu abolir a escravidão por etapas: a proibição do tráfico (1850), a Lei do Ventre Livre (1867), a Lei dos Sexagenários

um homem negro bonito montado em um cavalo, com uma espada em punho a gritar “liberdade”. Na Bíblia: “Deus enaltece os fracos para humilhar os fortes”. Os republicanos se sentem frustrados por causa disso. nEmanuel Lima – Por e-mail

Monocrático Muito menos imaginavam que seu sucessor, Waldir Maranhão (PP-MA), pudesse tentar anular, com uma decisão monocrática, todo o processo em que a Casa aprovou, por ampla maioria, o envio ao Senado do impeachment de Dilma Rousseff.

De volta aos livros

(1885) até a Lei Áurea. A Princesa Isabel passou para a História como a redentora de nossos negros. Apesar de todo o machismo da sociedade brasileira, os escravos foram libertados por uma mulher branca, franzina e de saúde frágil, completamente diferente do idealismo romântico de

João Batista Pontes (*)

A verdadeira razão para o Impeachment O lobo bebia água num riacho. O cordeirinho também começou a beber, um pouco mais para baixo. O lobo arreganhou os dentes e disse ao cordeiro: “Como tens a ousadia de sujar a água que estou bebendo?”. “Como sujar? A água corre de cima para baixo, logo eu não posso estar sujando sua água”. “Não me responda! Pois sei também que você estragou o meu pasto!”. “Como posso ter estragado seu pasto, se nem dentes eu tenho? “. “Além disso, fiquei sabendo que você andou falando mal de mim há um ano”.”Como poderia falar mal do senhor há um ano, se nem nascido eu era?”. O lobo, não tendo mais como culpar o cordeiro, usou sua razão de animal faminto: pulou sobre o pescoço dele e o devorou.” (Fábula de Esopo) Os fatos oficialmente usados para fundamentar o impeachment da presidente Dilma não constituem crime. Para serem tipificados como crime faltam-lhes elementos essenciais, tais como: dolo, desvio de recursos públicos, enriquecimento ilícito, aplicação de recursos em obras ou serviços não constantes da Lei Orçamentária Anual – LOA. Mas nada disto ocorreu e nem foi alegado pelos acusadores. Relembre-se que créditos suplementares são simples acréscimos de dotação em rubricas já existentes na LOA e que a abertura deles por decreto do Executivo é, tradicionalmente, autorizada previamente na própria Lei Orçamentária, obedecidas certas condições. O que se alega é que uma dessas condições (obtenção do meta fiscal) não foi observada. Um detalhe discutível que, afinal, foi regularizado pelo próprio Congresso Nacional, que aprovou a alteração da referida meta. Portanto, os referidos atos administrativos, por não causarem quaisquer prejuízos ao Erário, quando muito poderiam caracterizar uma irregularidade na execução orçamentária e financeira e jamais crimes de responsabilidade. Ademais, relembre-se, tais procedimentos vinham sendo praticados há anos por governos anteriores, sem que ninguém visse nelas qualquer problema. É estranho que, após procurarem com tanto empenho, não tenham encontrado fatos mais consistentes que pudessem, sem qualquer contestação, fundamentar o impeachment da Presidente. Será que eles não existem? Estou plenamente convicto de que todos eles – os julgadores – sabem que os fatos alegados não constituem crime. Na realidade, Dilma já estava previamente condenada, antes mesmo da abertura do processo. E a principal razão é ter ela vencido as eleições, esgrimando as mesmas armas usadas secularmente por eles. Estão sendo movidos, unicamente, pela razão de lobos famintos de poder! Portanto, de nada adianta argumentar, demonstrar e afirmar que os fatos alegados para fundamentar o impeachment não constituem crime. A esse respeito, lembramo-nos na fábula de Esopo. Não por achar que existe semelhança plena entre os personagens, mas para lembrar que nenhuma justiça, nem razões, valem para livrar um inocente das mãos de poderosos, implacáveis e parciais julgadores. Ou seja, contra a força não há argumento que prevaleça. (*)Consultor inativo de orçamento do Senado Federal e geólogo


Cidade

4 n Brasília, 7 a 13 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Distrito Federal

Sindivarejista pede a Rollemberg melhorias para Taguatinga A revitalização do centro de Taguatinga e a melhoria da mobilidade urbana na cidade foi o tema da audiência do presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Edson de Castro, com o governador Rodrigo Rollemberg, quinta-feira (12), no Palácio do Buriti. Castro encaminhou as reivindicações da classe empresarial acompanhado de diretores da entidade, entre eles os empresários Talal Abu-Allan, Janine Brito e Marcio Faria. O governador se comprometeu a ampliar o debate sobre as mudanças no projeto de infraestrutura. E garantiu que ouvirá a classe empresarial e os representantes da sociedade civil antes de colocar as mudanças em prática. Entre os projetos, o

Brasília perde seu eterno Jardineiro Morreu no domingo (8), aos 72 anos, o homem que coordenou o plantio de mais de 3 milhões de árvores no DF. O agrônomo Francisco Ozanan Coelho sofreu enfarte em casa, no Lago Norte. Por 30 anos, ele esteve à frente Departamento de Parques e Jardins (DPI) da Novacap e transformou Brasília em cidade-parque, mesmo com as dificuldades o clima e do solo. Seu corpo foi cremado e as cinzas, espalhadas pela cidade.

sdcc GDF pretende adotar o sistema binário, com sentido único nas avenidas Comercial e Samdu e construir um túnel e viadutos no centro de Taguatinga. “Muitas opiniões contrárias se dão por desconhecimento da proposta. Vamos ampliar o debate, pois eu considero essa uma das mais importantes

obras de mobilidade urbana da minha gestão, e é imprescindível ouvir a comunidade”, disse Rollemberg. Talal Abu Allan relatou, ainda, o sentimento de insegurança na avenida Comercial. “Algumas pessoas descem na Samdu para se deslocar até a Comercial e ficam vulneráveis. Assal-

tos são constantes nessa área. Eu mesmo já fui vítima”, revelou. Para ele, essas alterações no trânsito vão diminuir o trajeto e, consequentemente, coibir a ação dos criminosos. Um novo encontro será marcado, com a presença do secretário de obras do GDF, Júlio Cesar Peres, “para tirar dúvidas técnicas”, segundo Rollemberg. “Será uma reunião construtiva, para que sejam tomadas as ações mais importantes para a população”, salientou. “O governador afirma que irá fazer o que o povo quer. Essa é uma mensagem de muito otimismo não só para o empresariado, mas para todos os moradores de Taguatinga”, concluiu Edson de Castro.

Sebrae capacita 10.754 microempreendedores

Câmaras da Fecomércio estimularão o setor produtivo

A Oitava Semana do Microempreendedor Individual, realizada pelo Sebrae no DF, terminou no sábado (7). Foram atendidas 10.754 pessoas nos 23 pontos espalhados pelas Regiões Administrativas, superando a meta inicial de 9.960. No DF, o evento ofereceu 134 oficinas, 26 palestras e quatro clínicas, resultando em 8.263 orientações, 520 empresas formalizadas e 2.491 pessoas capacitadas. Entre os temas abordados, a formalização, educação financeira, linhas de crédito, formação de preço e boas práticas na manipulação de alimentos.

O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, informou ao governador Rodrigo Rollemberg, na quartafeira (11), no Palácio do Buriti, que foi criada, no âmbito da entidade, uma câmara de tecnologia da informação e que pretende lançar, até julho, uma de turismo e hospitalidade, além da Câmara Especial de Articulação de Projetos Estruturantes para o Desenvolvimento do DF. Esses fóruns reunirão o empresariado e elaborarão propostas de políticas públicas e outras ações para resolver os gargalos desses setores.

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Escola Técnica abre 1.280 vagas Estarão abertas a partir de segunda-feira (16) até sexta-feira (20) as inscrições para os cursos profissionalizantes de eletrônica, eletrotécnica, informática e telecomunicações do Centro de Educação Profissional/Escola Técnica de Brasília. Ao todo, são oferecidas 1.280 vagas, para as quais podem se matricular estudantes que concluíram o Ensino Médio, os que estejam cursando o 2º ou o 3º ano ,ou aqueles que finalizaram o terceiro segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA). As aulas são gratuitas e começam no próximo semestre. As inscrições devem ser feitas na própria escola, na Avenida Águas Claras, QS 7, lotes 2/8.

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Política

6 n Brasília, 7 a 13 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Mudam os atores, mas o espetáculo é o mesmo José Cruz/Agência Brasil

Gustavo Goes

A

redução de 31 para 21 ministérios pelo governo de Michel Temer não escondeu a manutenção da “velha política”. A nova configuração da Esplanada terá velhos conhecidos. A equipe teve poucas mudanças. Nove nomes do primeiro escalão já compuseram o governo Lula ou trabalharam com Dilma Rousseff. E vários já tiveram passagem por gestões anteriores, entre elas a de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cujo partido derrotado na campanha de 2014 pelo PT. O núcleo duro do governo Michel Temer é formado por Eliseu Padilha (PMDB-RS), na Casa Civil, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) na Secretaria de Governo, e Moreira Franco (PMDB-RJ), na Secretaria Especial para investimentos ligados à Presidência. De novidade, nada. Volta ao posto Henrique Alves (PMDB), que chefiou a pasta do Turismo e se licenciou do cargo após o desembarque de seu partido do governo Dilma. O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, até dezembro de 2015 fez parte da equipe do segundo mandato de Dilma, na Aviação Civil. Na articulação

Temer (C), com Padilha (esq.) e Meirelles (dir.): museu de grandes novidades política do governo, Geddel já ocupou dois cargos nos governos Lula e Dilma. Em 2007, foi nomeado ministro da Integração Nacional. E em 2011, foi para a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Moreira Franco também conseguiu dois cargos nos governos petistas: ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, de março de 2013 a janeiro de 2015, e da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, de janeiro de 2011 a março de 2013. A interlocução entre o Planalto e o Con-

gresso ficará a cargo de Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro da Previdência Social, em 2005, durante o primeiro mandato de Lula, e ex-líder do governo no Senado em 2006 e 2011. Salvação Nacional - Para que a máxima “salvação nacional”, adotado pelos novos governistas, se torne realidade, as mudanças passam pela economia. A aposta é em Henrique Meirelles na Fazenda, com a autonomia de ter escolhido os comandantes do Banco Central, Ilan Goldfajn, e do

Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Meirelles comandou o BC nos dois governos Lula. E, a convite de Dilma, assumiu o Conselho Público Olímpico para coordenar os investimentos para a realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 2014. Gilberto Kassab (PSD-SP) e Ricardo Barros (PP-RS) também ocuparam cargos na gestão da recém-afastada presidente da República. Kassab foi nomeado ministro de Cidades e deixou a pasta em 15 de abril. Agora ocupa o ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicações. Barros ocupou a Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul até março de 2014. Hoje é ministro da Saúde. O último a ser anunciado foi Helder Barbalho (PMDB-PA), que vai comandar o ministério da Integração Nacional. O filho de Jader já esteve à frente da Pesca e Aquicultura, em 2015. A facilidade com que foi feita a ampla coalizão que tirou Dilma da presidência vai se refletir na hora de contemplar os correligionários. O PMDB vai ter de dividir o poder com partidos que apoiaram a coligação do PT para as eleições de 2014, como PSD, PP e PRB. Além de siglas da oposição, como PSDB e DEM.

CLDF

Câmara Legislativa instala a CPI da Saúde Cláudio Caxito A primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará indícios de malversação de recursos públicos na Secretaria de Saúde, de janeiro de 2011 a março deste ano, será realizada na segunda-feira (16), às 10h. A CPI da Saúde na Câmara Legislativa será presidida pelo deputado Wellington Luiz (PMDB). O vice será Cristiano Araújo (PTB). Lira (PHS), primeiro dos 18 signatários do requerimento de criação da CPI, foi indicado co-

mo relator. Os outros titulares são Robério Negreiros (PSDB), Wasny de Roure (PT), Roosevelt Vilela (PSB) e Bispo Renato Andrade (PR). Embora Lira reitere que a iniciativa de criar a CPI não visa atacar o governo (tanto o atual quanto o anterior, de Agnelo), mas buscar meios para acabar com o caos na área, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) exonerou, na terça-feira (10) o administrador de São Sebastião, Jean Duarte de Carvalho, e outros indicados do deputado. A decisão foi vista por alguns parlamentares

como retaliação. A medida pode ser vista também como recado à base governista de que Rollemberg não tolerará iniciativas contrárias às orientações do Buriti. Atuando como conciliador, Agaciel Maia (PR) defende que a comunidade de São Sebastião precisa do apoio de Lira e do GDF e que a desagregação é ruim para todos. Lira, morador de São Sebastião, diz que não cometeu nenhuma deslealdade com Rollemberg e que apenas defendeu os interesses da população ao exercer a função fiscalizatória, uma

prerrogativa dos distritais. Ele desabafou na sessão de terça-feira: “quando o governador se posiciona contra a minha pessoa, acaba indo contra as pessoas de São Sebastião. Tenho a consciência tranquila de que sempre fiz tudo o que pude para ajudar o governo a resolver os problemas da cidade”. A presidente da Casa, Celina Leão (PPS) defendeu o colega: “quando um parlamentar é ameaçado por cumprir sua função precípua, é muito grave. Um deputado não pode ser perseguido por ter coragem de fiscalizar”.


Plítica

7 n Brasília, 7 a 13 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Divulgação

Lula, o Rei de Paus, bate o punho fechado sobre a mesa. - Tá decidido! Dilma será minha sucessora, a próxima presidente do Brasil...

O Castelo de Cartas da Rainha de Ouros

C

omo num roteiro de filme baseado no jogo de Tarot, o Castelo de Cartas do governo Dilma Rousseff, a Rainha de Ouros, não resistiu às maldades de Eduardo Cunha, o Rei de Espadas. Nem mesmo a proteção de Lula, o Rei de Paus, evitou sua queda, consumada na madrugada de quinta-feira (12), por 55 votos a favor e 22 contra no plenário do Senado Federal. Seu aliado Renan

Calheiros, o Rei de Ouros, capitulou. José Eduardo Cardozo, o Cavaleiro de Paus, seu fiel escudeiro, também caiu. Ao longe o futuro rei se aproxima ao nascer do dia. O Rei de Copas, Michel Temer, precisará renovar a esperança do povo ainda atordoado. A Carta 13 (a Morte), transformação e fim necessário, abre espaço para o Sol (Carta 19), que surge na Alvorada, enquanto as Moiras, fiandeiras do destino, tecem os novos rumos do reino chamado Brasil.


Cidade

O Castelo de Cartas... Episódio 1, cena 1, tomada 1

Lula, o Rei de Paus, bate o punho fechado sobre a mesa. - Tá decidido! Dilma será minha sucessora, a próxima presidente do Brasil... Era o ano de 2010, e depois de quatro meses de campanha, Dilma, a Rainha de Ouros, vence José Serra e se torna a primeira mulher presidente do país. Apoiada por muitos e desprezada por outros tantos, inicialmente continuou o governo Lula, o ex que, na verdade, nunca se afastou do poder. Na segunda metade de seu primeiro mandato, Dilma resolve colocar suas próprias idéias em prática, e aos poucos vai se distanciando de seu mentor. De temperamento forte, pouco ouvia. Aproximava-se do Congresso quando desejava algum acordo e logo depois desconsiderava os políticos de sua base e seguia soberana, senhora de si. Impôs-se ao partido como candidata à reeleição e, juntamente com seu criador, prometeu fazer “o diabo” para se reeleger. Era o ano de 2014. Em seu castelo de cartas, a do Diabo poderia representar sorte, dependendo de sua posição no jogo. Mas também poderia representar dificuldade de comunicação. E as contas desse pacto começaram a chegar no dia seguinte da eleição...

8 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

O Castelo de Cartas... Episódio 2, cena 2, tomada 1

Como uma brisa leve, os versos de Ivan invadem o ambiente... Nos dias de hoje é bom que se proteja Ofereça a face pra quem quer que seja Nos dias de hoje esteja tranquilo Haja o que houver pense nos seus filhos A Rainha de Ouros se manteve em seu castelo de cartas já não tão firmes. Muitas haviam sido trocadas de lugar, outras manuseadas demais e, meio quebradiças, se apoiavam entre si para sustentar todas as que estavam acima. Tal sustentação oscilava... Nesse cenário, se deparou com outro Rei, o de Espadas, que, contrariado tornou-se seu antagonista. De intelecto poderoso era capaz de qualquer coisa. Com sua inteligência arguta e sua imensa capacidade de planejamento e sistematização, organizou seu próprio reino e traduziu aos seus súditos o que parecia complexo e impossível. Definiu seu plano, fortaleceu seu exército e partiu em guerra contra o reino de Ouros. Grande estrategista Eduardo Cunha, o Rei de Espadas, se apoiou no povo, que o reconhecia como vilão, mas sabia que ele era o único que poderia ajudar na derrubada da Rainha. Sim, Dilma já não era tão querida. Em seu reino, outrora rico e que partilhava essa riqueza com os seus habitantes, agora não controlava mais a inflação e as oportunidades de trabalho se tornaram cada vez mais escassas. Mais de 11 milhões estavam desempregados.

O Castelo de Cartas...

O Castelo d

Episódio 3, cena 1, tomada 2

Episódio 4 cena 3, tomada 2

Como um vento leve, os versos de Ivan balançam as cortinas e resfriam o ambiente...

Como um vento ca as janelas, os ver tomam conta do a

Não ande nos bares, esqueça os amigos Não pare nas praças, não corra perigo Não fale do medo que temos da vida Não ponha o dedo na nossa ferida

Nos dias de hoje não l Porque na verdade eu Tenha paciência, Deus Deus está conosco até

Um dia, A Justiça,a Carta 8 do Tarot, chega perto do Castelo. Mas o Rei de Ouros, Renan Calheiros, socorre Dilma. Organizado, empreendedor e com habilidade administrativa, ele entende de modo muito natural a maneira como as coisas funcionam. Persistente e metódico, consegue, por seu poder, alcançar seus objetivos e controlar seu reino. Mas... As Moiras, fiandeiras do destino, já estavam trabalhando e a Carta 10, a da Roda da Fortuna, logo se moveria rumo ao declínio que sucede ao apogeu. Grandes acordos são feitos para que o Rei de Espadas, Cunha, não se torne o mais poderoso da região. E a Carta da Justiça, ronda novamente os três reinos.

Lula, o Rei de P com as posições q tiça tem conquista de Ouros e, num ca beira de um lago a no de Paus. Muitos retorna e com ele poderes ignorand da de Cunha que cabeça de Dilma. A carta da Jus posições. O povo sua rainha ocupa reino cujo ouro tem O Rei de Ouros, já não consegue m alto da torre de seu Em fúria, o Rei ra guerra à Rainha

Elenco Juca Varella Agência Brasil

Lula, o Rei de Paus

Marcello Casal Jr Agência Brasil

Dilma, a Rainha de Ouros

Fábio Pozzebom

Cunha, o Rei de Espa


Cidade

9 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

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Segunda te O Castelo de Cartas...

O Castelo de Cartas...

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Episódio 6, cena 1, tomada 1

Episódio 5, cena 4, tomada 3

O Reino de Copas Trailer Cena 1, tomada 1

capaz de bater rsos de Ivan ambiente

Como a ventania que bate portas, os versos de Ivan tomam conta do ambiente

Quase como um furacão que revolve tudo, os versos de Ivan tomam conta do ambiente

Como uma brisa leve, os versos de Joaquim e Francisco tomam o ambiente

lhes dê motivo te quero vivo s está contigo é o pescoço

Já está escrito, já está previsto Por todas as videntes, pelas cartomantes Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas No jogo dos búzios e nas profecias

Cai o rei de Espadas Cai o rei de Ouros Cai o rei de Paus Cai, não fica nada.

E o sol da liberdade, em raios fúlgidos Brilhou no céu da Pátria nesse instante

Paus, preocupado que a Carta da Jusado, volta ao reino astelo vermelho à azul, instala o reis visitam o Rei que e negociam novos do a força da espajá estava sobre a

José Eduardo Cardozo, o Cavaleiro de Paus, fiel escudeiro da Rainha de Ouros, trava a batalha com a Carta da Justiça, enquanto o Cavaleiro de Ouros, Moro, chega aos muros do castelo que, já sem muitas de suas cartas, deixam vulnerável a torre onde se refugia a Rainha. A espada do Rei cai sobre a cabeça de Dilma. Renan, o Rei de Ouros, se fecha em seu reino e se associa a outro senhor. O Rei de Paus, Lula, já sem reino e sozinho, não consegue mais vencer as Moiras, que impiedosamente tecem cada vez mais rápido as teias do destino.

A justiça afasta o Rei de Espadas de seu trono O Rei de Ouros e seus súditos depõem a Rainha Dilma, que não abdica A Justiça se aproxima do Rei de Ouros O castelo de cartas vem ao chão com o girar da Roda da Fortuna, que completa o seu ciclo com o trabalho das Moiras. Ao longe, um novo rei se aproxima no nascer de um novo dia. O Rei de Copas, Temer, chega, apeia de sua montaria e se dirige ao Palácio. Será preciso reconstruir o reino e recuperar o ouro perdido, renovando a esperança do povo que ainda está pelas ruas do reino. Fim da primeira temporada.

tiça avança mais o insatisfeito com a os caminhos do m sido roubado. , Renan, balança e manter a Rainha no u castelo. de Espadas declaa de Ouros.

bom Agência Brasil

adas

Jonas Pereira Agência Senado

Jonas Pereira Agência Senado

A Carta 13, A Morte, transformação e fim necessário, abre espaço para a Carta 19, O Sol, que surge a leste numa nova Alvorada enquanto as Moiras tecem um novo destino.

Quadro Alegoria, por Strudwick, 1885

Temer, o Rei que chega ao amanhecer para instalar o Reino de Copas com a missão de corresponder às esperanças do povo Renan, o Rei de Ouros

Sérgio Moro, o Cavaleiro de Ouros

Moiras. as fiandeiras do destino

ASCOM/VPR

de Cartas...


Geral

10 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Fernanda Sampaio (*)

Crises: uma grande oportunidade de transformação

A

s crises são consideradas, de uma maneira geral, como algo ruim. São aqueles momentos nos quais as pessoas não querem viver. Os precavidos fazem de tudo para que elas não aconteçam e o mundo sempre teme por esse momento e suas consequências. De toda forma, elas acabam batendo em nossa porta em determinado momento, queiramos ou não. Conseguimos controlar só até certo ponto a sua existência. Isso acontece simplesmente porque as crises fazem parte do mundo, da natureza. São dificuldades que acontecem visando uma reorganização, e sempre

levam a uma oportunidade de crescimento. É fato que uma crise pode gerar grandes catástrofes. Mas tudo vai depender da forma como a percebemos em nossas vidas e do jeito que a direcionamos. Óbvio que é muito ruim quando construímos uma casa que achamos sólida e com o tempo percebemos várias falhas estruturais que podem colocá-la em perigo. Outras vezes, a estrutura da casa

Nutrição

(¨*) Psicóloga, psicodramatista, terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR.

em pelo menos seis refeições diárias, de forma equilibrada, dificilmente você passará fome para emagrecer. Uma ingestão muito aquém da taxa de metabolismo basal faz com que o corpo desacelere, ou seja, fica mais lento, e a tendência é que o organismo guarde mais energia e aumente o peso na forma de gordura. Então, comer faz parte do processo de emagrecimento, e não passar fome! A qualidade nutricional dos alimentos que escolhemos para fazer parte da nossa dieta é que faz toda a diferença. Alimentos com alto teor de água e fibras têm menor densidade calórica e contribuem para a saciedade sem contar muitas calorias.

Frutas e hortaliças em geral são os melhores exemplos nesse caso. Fazer apenas uma ou duas refeições no dia faz com que a fome seja enorme no momento dessas poucas refeições. Por isso, comer várias vezes ao dia é interessante para emagrecer, pois ajuda no controle da fome. Horários definidos com alimentos nutritivos, nada de beliscar entre as refeições! Portanto, para emagrecer de forma saudável e sustentável, é importante comer de forma equilibrada, com intervalos regulares e alimentos que nos deem mais saciedade. Procurar um nutricionista sempre otimiza a perda de peso! Fica a dica!

Caroline Romeiro

É preciso passar fome para emagrecer? uantas vezes você já ouviu alguém falando que para emagrecer é preciso passar fome? Faço aqui um desafio: todas as vezes que você ouvir isso, pergunte se há um nutricionista por trás desse processo. Aposto que não! Essa ideia é ultrapassada, e a prática, mais ainda. Claro que se estivermos falando de pessoas com distúrbios alimen-

necessidades sem excessos e nem falhas. Se a crise bateu em sua porta, não se lamente. Procure vê-la como uma oportunidade de reavaliação. Procure rever suas escolhas antigas. Será que foram elas que trouxeram essa crise? Talvez não tenham ocorrido erros no passado. Às vezes a vida simplesmente muda e pede nova direção, um novo fluxo. De toda forma, uma crise sempre tem muito a ensinar. E quando sabemos passar por ela, certamente sairemos mais fortes e mais sábios para viver o presente e colher bons frutos no futuro. Faça da sua crise o ponto crucial da sua mudança e agradeça a ela.

é até realmente boa, porém não tão forte para vencer a força de um furacão. E furacões acontecem na vida da gente. Mas uma coisa é certa: quanto maior a crise, maior a oportunidade de aprendizado. E nenhuma crise vem sem que de fato possamos passar por ela. A crise sempre vem nos dizer algo, e precisamos entender o que ela quer nos dizer, para que não haja a necessidade de sua repetição na nossa história. Ou seja, no fundo a crise é uma grande oportunidade de mudança. Dependendo da crise, ela pode nos levar a uma profunda transformação, e esperamos que essa transformação sempre seja para melhor. A oportunidade nos ensina a aproveitar a maturidade que vem com a idade e experiências da vida, e construir uma casa que seja ainda mais confortável, mais aconchegante e que atenda as nossas

tares, como a compulsão, ou pessoas ansiosas, talvez a redução da ingestão comparada à ingestão habitual de alimentos leve essas pessoas a terem essa percepção. Mas, na maior parte das vezes, quando um nutricionista planeja uma dieta, fracionada


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Mario Pontes (*)

Bolas e bagulhos Criada em meados do século XIX, a moderna literatura policial-detetivesca (antes existia a literatura criminal, que parecia, mas não era a mesma coisa) sofreu um racha no início da década de 1920, e a partir daí seguiu duas diferentes linhas de criação. Em uma, acomodaram-se aqueles que, como seus antepassados, romanceavam crimes cometidos em castelos, mansões, hotéis de luxo, paraísos turísticos... A outra foi ocupada por autores que, cansados da mesmice daquele mundo dourado mas frequentemente vazio, resolveram tirar o protagonismo das mãos do detetive particular e entregá-lo ao profissional, o que desce à rua para duelar com os criminosos e, se possível, levá-los para a cadeia. Desde então, é das mãos dos autores do segundo grupo que saem os

melhores romances detetivescos, as histórias mais próximas da realidade do mundo moderno, as personagens mais ricas em humanidade, não meras figurinhas carregadas de cacoetes, engraçadas mas pouco consistentes. E não é assim apenas na Europa ou nos Estados Unidos. É assim nos quatro cantos do mundo, ou pelo menos em três e meio... No Brasil ainda são poucos os autores que cultivam essas flores do asfalto. Entre eles, destaque para Muniz Sodré. De saída, convém saber que Muniz não começou sua carreira de escritor como ficcionista. Doutor em sociologia da informação,estreou em 1971 com A comunicação do grotesco, ensaio sobre a televisão, até hoje lido com interesse. Publicou em seguida A ficção do tempo, outra abordagem ensaística, dessa vez sobre a chamada

Fernando Pinto (*)

Meus livros, meus tesouros Tudo leva a crer que me alfabetizei muito cedo, porque lembro que meu pai colocou uma Bíblia nas minhas mãos por volta dos quatro anos de idade. Desde então, o hábito da leitura ficou sendo o meu lazer preferido. Só a lamentar que, hoje, com a magra aposentadoria pelo INSS de pouco mais de dois salários mínimos, não tenho numerário disponível para comprar livros usados no Sebinho da 407 Norte, até porque mal sobra para os remédios.

Mas sem essa de chororô. Afinal, sou dono de verdadeiro tesouro acumulado por obras assinadas por excelentes escritores e que, acredito, ainda não foram suplantados, da mesma forma como os filósofos gregos. Essas joias da literatura estão bem guardadas nas estantes embutidas nas paredes da sala e dos quartos aqui de casa, inclusive ao alcance de minhas mãos no escritório de dois metros quadrados, meu pedaço terrestre de paraíso.

ficção científica. Desde então, publicou vários outros livros sobre literatura, problemas culturais, coletâneas de contos. A ficção policial só entraria para seu currículo na década de 1990, com a novela Bola da vez, cujo palco é o Rio em suas mais diferentes feições: centro e periferia, morros e subúrbios distantes. Locais onde pode faltar educação e comida, mas não a violência. Em especial a violência de grupos que alimentam e se alimentam de diferentes formas de crime. O que impõe à polícia a ação como resposta. Nas mãos do narrador, as ações de Bola da vez se sucedem num ritmo atordoante, mas sem perda de coerência. E é no curso dessa rápida torrente de peripécias que os personagens de constroem. Seu surpreendente protagonista é o detetive Timóteo, negro com 1m80 de altura, que por motivos profissionais costuma disfarçar-se de motorista de táxi. Mas ninguém se engane: além de valente, arguto e honesto, ele é um homem culto, capaz de ler e conversar em várias línguas. Nas páginas de Bola da vez, a tarefa atribuída ao nosso herói – que o leva a expor a vida em bairros classe a,

No rol desses autores bem-amados, um dos mais profícuos é o australiano Morris West. Após sua morte aos 83 anos, ele deixou o acervo de nada menos que 26 romances, alguns dos quais caracterizando o modus-operandi de países do mundo inteiro. Em “Alecrim”, por exemplo, revela como grupos poderosos conseguem interferir na economia de nações capitalistas, manipulando fraudes nos computadores para controlar a oscilação nas Bolsas de Valores, aliado ao respectivo domínio da mídia na imprensa. Em “Advogado do Diabo” e “As Sandálias do Pescador”, West realça o poderio do Vaticano e os dramas de consciência de padres e bispos. Permanecendo 12 anos internado num mosteiro de frades, em sua autobiografia, “Do Alto da Montanha”, confessa que renunciou ao sacerdócio

morros, favelas, subúrbios distantes – é neutralizar um grupo de poderosos contrabandistas. Em Bagulho, que acaba de ser publicado, Timóteo recebe o encargo de proteger um estrangeiro, que se encontra no Rio supostamente para apoiar uma campanha em favor de crianças carentes. Como na história anterior, Timóteo é envolvido por um vendaval de circunstâncias arriscadas, do qual consegue sair com vida e vitorioso. A ficção de Muniz Sodré não se distingue apenas pela habilidade com que constrói as narrativas. Surpreende pela sua riqueza humana, pela presença das minorias raciais – em especial as que vieram com os navios negreiros –, suas crenças (a anos luz de distância daquelas repassadas por grupos dedicados à mera embromação religiosa), a criatividade evidenciada em suas manifestações artísticas. A incorporação de variados elementos da cultura popular dá grande vigor à prosa de Muniz, sem prejuízo da leveza e agilidade, comparáveis às de um jogo de capoeira bem jogado.

(*) Escritor, tradutor e ex-editor do Caderno Ideias do Jornal do Brasil

quando descobriu que estava sendo vítima de “lavagem cerebral” da parte de seus superiores. Sempre transformando fatos reais em ficção, no romance “O Embaixador” revela a trama de um Golpe Militar no Vietnan e o investimento em 1 milhão de dólares por uma potência estrangeira, comprando o apoio de um pequeno grupo de generais. Aliás, igualzinho o que foi tramado em nosso País, em 1964; e no Chile, em 1973. Com sua espantosa premonição, é uma pena que não sobrou tempo para que Morris West escrevesse mais um livro, dando as dicas de como o Brasil poderia sair do atoleiro político, econômico e social em que se encontra, atualmente.

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor


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Reservatórios enchem e Cemig adota tarifa verde

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epois de um período prolongado de seca, os principais reservatórios brasileiros apresentam elevação dos níveis de armazenamento d’água em 2016. Isto contribui para assegurar a geração de energia pelas hidrelétricas e reduzir o valor da conta de luz, com a bandeira tarifária verde. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste estão com 57,55% de sua capacidade. O índice é bem acima dos registrados no mesmo período do ano passado. Em Minas Gerais, considerada a caixa d’água do País, as principais usinas também apresentam, de forma geral, um desempenho melhor do que em 2015. Nos últimos anos, a Cemig,

divulgação

Usina Hidrelétrica de Três Marias registra 37% do volume útil em conjunto com o ONS e a Agência Nacional de Águas (ANA), adotou alguns procedimentos para preservar o enchimento das barragens, implementando uma política operativa coerente com o regime de escassez hídrica, como aconteceu na Usina Hidrelétri-

ca (UHE) de Três Marias. A UHE de Três Marias enfrentou períodos críticos nos últimos dois anos, especialmente por causa do pequeno volume de chuvas na bacia do rio São Francisco. Em 2014, ao final do período seco, o volume armazenado na represa

atingiu apenas 2,57%. No ano passado, o reservatório continuou com níveis bem abaixo do ideal. Hoje, no final do período úmido 2015/2016, o reservatório registra 37,54% do volume útil. “Tivemos que fazer a gestão da água para garantir o abastecimento nessa estação seca, que vai começar agora, para que não haja prejuízos aos usuários”, destaca Ivan Sérgio Carneiro. O engenheiro da Cemig recorda, ainda, a importância do reservatório para o abastecimento das cidades próximas. Já a Usina de São Simão – a maior do parque gerador da Cemig, com capacidade instalada de 1.700 MW – opera com 89,54% de capacidade, uma alta de 29,19% em relação ao mesmo período do ano passado.

Tocha olímpica percorre 2,7 mil Km em Minas P

reocupada com o meio ambiente e com a saúde pública, a Prefeitura de Itajubá, no sul do estado, oferece gratuitamente o serviço Cata Treco, que retira das residências objetos sem uso, como sofás velhos, móveis quebrados, eletrodomésticos, latas vazias e demais itens considerados entulho. O serviço é vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e atende a cerca de 100 pedidos ao mês.

A

celebração da chegada da tocha olímpica a Pirapora, no norte do estado, na segunda-feira (9), foi marcada com muita emoção.Osímboloolímpicosaiu da Grécia para percorrer 369 cidades brasileiras, com início em Brasília, no último dia 3, e chegada prevista no Rio Janeiro para o dia 5 de agosto, para abertura oficial dos Jogos 2016. O percurso de dois quilômetros partiu do Centro de Convenções até o vapor Benjamim Guimarães,norioSãoFrancisco.

Ivo Lima/ ME

Cerimônia no vapor Benjamin Guimarães agitou Pirapora Durante o percurso os participantes foram agraciados com

números musicais e artísticos. Uma das condutoras do

símbolo olímpico foi a indígena Iguaracema Kátia Sulamita da Silva. Ex-moradora de rua e mãe de oito filhos, ela desenvolve um projeto social voluntário. Às margens do Velho Chico, ela dá aulas de zumba e é figura ilustre entre suas dezenas de alunas. Durante dez dias, do Triângulo Mineiro à Zona da Mata, o comboio olímpico vai percorrer mais 2.700 quilômetros de rodovias em território mineiro até partir em direção ao litoral brasileiro. O tour no estado será encerrado no dia 16, em Muriaé.


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Alexandre Massi (*)

Russos estão perdendo estigma de ateus

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esde o fim da União das Repúblicas Socialistas (19221991), os russos passaram a assumir um novo comportamento diante das religiões, que eram perseguidas pelo Estado. E isso vem se intensificando. Hoje, os cidadãos assumem que esperam por ajuda divina ou falam sobre a predestinação das pessoas por Deus duas vezes mais que nos últimos 25 anos, de acordo com pesquisa realizada pelo VTsIOM (Centro de Pesquisas de Opinião Pública da Rússia). O estudo entrevistou 1.600 pessoas que vivem em 130 áreas povoadas das 46 regiões da Rússia. O levantamento foi feito de 23 a 24 de abril des-

te ano. No âmbito da pesquisa, 67% dos entrevistados disseram que, de algum modo, esperam pela ajuda de Deus em sua vida - um aumento de 18% desde 1991, quando apenas 49% faziam tal afirmação. Também caiu o número de pessoas que disseram não acreditar em Deus - de 21%, em 1991, para 14%, neste ano. Enquanto 11% disseram não esperar por ajuda divina. Comparando os dados aos de 1991, os russos passaram a acreditar mais em fenômenos associados à religião. 50% disseram acreditar em milagres, um aumento de 18% em relação a 25 anos atrás, quando 32% sustentavam tal afirmação.

Mau humor, agressividade e infelicidade Sistemáticos é como eram conhecidos os mal-humorados de antigamente. Hoje, sabe-se que os mal-humorados crônicos são pessoas doentes, deprimidas. Vivem sempre a queixar-se; reclamam de tudo e de todos. Porém, como não se consideram doentes, não bus-

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder de segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410 Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br

cam tratamento e não percebem que contaminam os filhos. A causa dessa infelicidade vem do inconsciente profundo. São revoltados com a vida atual. Noutras vidas foram ricos, bajulados e abusaram do poder. Hoje, numa condição de resgate, muitos são

Enquanto 42% disseram-se confiantes de que existe vida após a morte, esse índice não ultrapassava os 33% há 25 anos. E se 40% agora acreditam em demônios e no inferno, eram apenas 25% e 24% que o faziam há duas décadas e meia. Ao responder sobre se a vida humana é predestinada por forças divinas, 48% disseram que sim, contra os 25% de 1991. Naquele ano, 45% dos entrevistados diziam que a vida humana não dependia dos planos de Deus, enquanto agora apenas 26% sustentam essa afirmação. Igrejas cheias - O crescimento do sentimento religioso entre os cidadãos é notado, principalmente, pela Igreja Ortodoxa Russa. O número de paróquias está crescendo não só em quantidade, mas também qualitativamente, de acordo com o porta-voz da Igreja, Aleksandr Volkov. “Experimentamos a primeira onda de religiosidade logo após o perí-

pobres, feios e, às vezes, têm de amargar a solidão ou viver com familiares agressivos, que também são infelizes. Se não acordarem para a necessidade de tratamentos, perderão a atual existência. Esta vida de nada lhes valerá. Como ninguém está abandonado, sempre encontrarão, ao longo de suas vidas, pessoas para ajudá-los, alertá-los e, às vezes, tolerá-los. Uma das marcas do infeliz é a ingratidão, que resulta em agressividade, mesmo com seus beneméritos. A inveja também faz parte de suas jornadas, porque não suportam ver os outros com aqui-

odo soviético, quando multidões de pessoas foram às igrejas. Mas nem sempre foi um esforço consciente. Agora, as pessoas estão fazendo isso com mais disposição”, disse Volkov à Gazeta Russa. Nos últimos cinco anos, Moscou aumentou significativamente seu número de paróquias: de 894, em 2012, para 1.110, em 2015. Mas isso não é o suficiente, de acordo com Volkov. “Entendemos que precisamos de muito mais igrejas. Nenhum dos templos construídos está vazio. Aliás, a maioria deles está até superlotada”, diz.

(*) Professor de Relações Internacionais

Este material foi originalmente publicado pelo portal Gazeta Russa, parte do projeto RBTH, que leva notícias da Rússia para 17 línguas, em 29 países, inclusive o português brasileiro. www.gazetarussa.com.br

lo que não têm ou não recebem. Como são ingratos, só vêem o que lhes falta e, por isso, são infelizes. Razão teve o filósofo Huberto Rhoden quando ensinou: “Se o louco não conscientizar-se de sua loucura, não poderá curar-se”; e o psiquiatra Jorge Andrea viu, ao longo de sua atividade clínica, que muitos pacientes que não melhoravam com as medicações, recuperavam-se quando aceitavam participar de grupos de ajuda a outros necessitados. Há 2000 anos, o grande psicólogo Jesus Cristo enunciou a Lei do Mérito: “O que quiseres receber, faça-o ao teu semelhante”.


Lazer

14 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

ENTRETENIMENTO Cruzadas

Tancredo Maia Filho (*)

A

celso almeida

s aves apresentam diversas formas e estratégias para obter o alimento necessário para a sua sobrevivência. E, de acordo com esses hábitos alimentares, elas são classificadas. A saber: Frugívoros – são as aves que se alimentam de frutos (sanhaçus, saíras, sabiás, periquitos). Granívoros – se alimentam de grãos e sementes (baianos, pombas, rolinhas, canários, bicos-de-lacre). Insetívoros – se alimentam de insetos capturados durante o voo ou no solo (bem-te-vi, suiriris, andorinhas, bacuraus). Nectarívoros – se alimentam, principalmente, do néctar das flores, entre elas estão os beija-flores e as cambacicas. Carnívoras – se alimentam de carne de animais vivos. São os grandes predadores, como os gaviões, falcões e águias. Piscívoros – alimentam-se de peixes: martins-pescadores, atobás, garças-brancas, águias-pescadoras. Necrógafas – se alimentam de carnes de animais mortos: realizam a limpeza do ambiente natural (urubus). Onívoros – têm hábitos generalistas, com alimentação bastante diversificada. Podem

comer insetos, frutos, grãos, etc (gralhas, pardais, pombos-domésticos). PAPAGAIO-GALEGO (Alipiopsitta xanthops – Spix, 1824) – Vive no cerrado, caatinga e mata de galeria. Voa em bandos de até 10 aves e é muito comum no Distrito Federal, podendo ser visto no campus da UnB, às margens do Lago Paranoá, no Parque Ecológico Ezequias Heringer (Guará), no Parque de Águas Claras, no Altiplano Leste. Faz o ninho em oco de árvore, de palmeiras ou buracos de cupinzeiros. A fêmea põe de 2 a 4 ovos. É o casal, quase sempre junto, que cuida dos filhotes que nascem nus e cegos. Estudos recentes apontam diformismo sexual, isto é, características físicas não sexuais marcadamente diferentes.

(*) Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www.observaves.blogspot.com.br / conversadepassarinheiro@gmail.com

Respostas

Piadas O matuto viajou para o Rio de Janeiro e três meses depois retornou para rever a família trazendo uma câmera moderna, dessas que se programa pra dar tempo de sair na foto, mas que é preciso sair correndo. Reuniu a família perto de uma cerca, e quando o grupo estava na posição certa, ele programou a câmera e correu pra sair na foto. Os parentes saíram correndo, gritando e

pulando a cerca. E o matuto gritou: - Ei, vocês vão pra onde? O pai respondeu: - Se você que conhece o bicho está correndo, imagina a gente! Dois loucos viajavam de trem. Um olha para a janela e comenta com o outro: - Nossa, como as árvores andam depressa! O outro responde:

- Da próxima vez nós vamos é de árvore! Calmamente, uma menina de sete anos admitiu para seus pais que Joãozinho havia lhe dado um beijo depois da aula. - E como aconteceu isso? perguntou a mãe. - Não foi fácil - admitiu a garotinha. Mas três meninas me ajudaram a segurá-lo.


Lazer

Programação divulgação

15 n Brasília, 14 a 20 de maio de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Microconto Por Luís Gabriel Sousa Os enganos de Niemeyer

Shows Banda Roupa Nova (foto) no Nilson Nelson, sexta-feira (20), às 21h. Ingressos: R$ 70 a R$ 200, vendas online no www. bilheteriadigital.com. Informações: (61) 3342-2232 / 99612232. Classificação: 16 e 18 anos. Forró do Timbalada no Aloha Day Club, sábado (21), às 16h. As bandas Rastapé e Só Pra Xamegar também se apresentarão. Ingressos: R$ 60 (feminino) e R$ 80 (masculino). Informações: (61) 3342-2232. Classificação: 16 anos. Chá da Preta Gil no Hípica Hall, quarta-feira (25), às 23h. Ingressos: R$ 30 a R$ 90. Informações: (61) 9552-2891 / 3340-3007. Classificação: 18 anos. Teatro “Não é grande coisa”, com André Santi, sábado (21) e domingo (22) no Teatro Brasília Shopping. Sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Ingresso: R$ 30 (meia). Informações: (61) 2109-2122. Classificação: 14 anos. “Sra. Margareth” – Cisne Negro Cia. de Dança, sexta-feira (20), sábado (21) e domingo (22) no Teatro da Caixa Cultural Brasília. Sexta-feira e sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Ingressos: R$ 10 (meia). Informações: (61) 3206-6454. “De perto, ela não é normal”, com Suzana Pires no Teatro Unip (913 Sul), sábado (21), às 19h30, e no domingo (22), às 19h. Ingressos: R$ 50 (meia), vendas pelo site www.bilheteriadigital.com. Informações: (61) 3522-9521. Classificação: 14 anos. Exposições O Corpo Tântrico, até dia 17 de junho, na Casa da Luz Vermelha – Clube ASBAC, no Setor de Clubes Sul. De segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 19h. Domingos, das 12h às 16h. Entrada gratuita. Informações: (61) 3878-9100. Um novo olhar sobre Brasília – Mostra de Fotografias de Ana Volpe. De 18 de maio a 3 de junho na Galeria do Senado. De terça-feira a quinta-feira, marcar horário pelo telefone: (61) 3303-2994. Entrada franca. Informações: (61) 3303-2286.

(...) Eu e tia Joaninha descemos do ônibus na Rodoviária do Plano Piloto e começamos nosso passeio. Visitamos a Torre de TV, a feira de artesanatos, e continuamos a caminhada. Fomos andando em direção à Catedral de Brasília, que não chegava nunca, ainda que a avistássemos todo momento. Conheci a ilusão de ótica que Niemeyer causa nos turistas e nas crianças. Parecia 1 metro de distância, mas era uma légua. Não reclamei e continuamos andando debaixo do sol forte, clima seco e

céu azul. Sentamos sob a sombra de uma das árvores do cerrado na Esplanada e vimos que não dava mais pra continuar. Cansamos mais rápido do que imaginávamos. A visita aos pontos turísticos da Capital ficou pela metade. Niemeyer não deve ter pensado nas crianças quando fez a esplanada. Arquiteto egoísta! Minha tia me prometeu voltar para me apresentar os lugares que faltaram. Tive que voltar sozinho. Acho que ela esqueceu! Mas eu não esqueci que foi ela quem me mostrou como é bom viajar, mesmo tão perto como no quintal de casa!

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: redacao.bsbcapital@gmail.com).

FilmeS Mulheres no Poder Gustavo Acioli

O Conto dos Contos / /Matteo Garrone No reino de Longtrellis, o rei e a rainha vivem com uma frustração, já que não podem ter filhos. Eles entram em contato com um mago, que oferece uma receita: é preciso capturar o coração de um monstro marinho e fazer com que uma virgem o cozinhe, sem que alguém esteja por perto. Entretanto, ele faz um alerta: toda vida criada exige uma perda, para que o equilíbrio seja mantido. Gênero: Fantasia.

Senadora corrupta, Maria Pilar vê uma grande oportunidade de ganhos na licitação do projeto “Brasil Brasileiro”. Após entrar em contato com a ministra Ivone Feitosa em busca de mais informações, Maria é orientada a conversar com a secretária-executiva do ministério, Madalena. Mal sabe ela que Madalena tem seu próprio plano para se dar bem sozinha. Gênero: comédia.

Literatura Uma fotógrafa de rua / / Vivian Maier Vivian Maier foi uma babá profissional que, entre os anos 1950 e 1990, tirou mais de 100.000 fotografias pelo mundo - da França aos Estados Unidos e a dezenas de outros países - e não as mostrou a ninguém.

As fotos são incríveis, tanto pela amplitude do trabalho quanto pela ótima qualidade das imagens. “Vivian Maier - Uma fotógrafa de rua” reúne o melhor de sua incrível obra.


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