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Partidos usam mulheres para burlar a lei TSE fiscaliza candidaturas femininas apenas para cumprir cota mínima de 30%. Rayssa Tomaz (foto), do PV-DF, já testemunhou a prática Página 6
Ano VII - 348
EXCLUSIVO
Brasília, 3 a 9 de fevereiro de 2018
ANTÔNIO SABINO
Meio bilhão
só de juros O não pagamento desde 2015 das prestações dos adiantamentos de recebíveis feitos pela Caixa Econômica Federal e pelo banco Santander para o consórcio Centrad, formado pelas empreiteiras Via Engenharia e Odebrecht, que construiu o Centro Administrativo, em Taguatinga, virou uma bola de neve de juros sobre juros. A dívida inicial de R$ 700 milhões está estimada em mais de R$ 1,2 bilhão. O pagamento dos financiamentos deveria ter começado em julho de 2015, seis meses depois da entrega do complexo de 17 edifícios ao GDF. De lá para cá, houve acúmulo de juros e correção monetária. O consórcio vem capitalizando a dívida junto aos dois agentes financeiros. Uma solução em estudo seria a incorporação dos prédios ao patrimônio da Caixa, que transferiria para lá todas as suas atividades técnicas e administrativas. / Páginas 8 e 9 e Pelaí - Página 3 CHICO SANT’ANNA
Tour Eleições das Américas Parceria Brasília Capital e Viés Marketing chega à Costa Rica Adriano Mariano – Página 2
A EPIA Sul é um dos gargalos do trânsito do DF
Brasília é a 10ª cidade mais engarrafada da América do Sul
Confira instruções para concurso da PMDF
Chico Sant’Anna – Página 10
Elias Santana – Página 14
Construído para ser o Centro Administrativo, complexo pode virar a “Cidade Caixa”
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 3 a 9 de fevereiro 2018 - bsbcapital.com.br
E
x p e d i e n t e
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA COSTA RICA
Conservadorismo e moralidade dominam reta final do 1º turno Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com (61) 99139-3991 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br
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Neste domingo (4) acontece o primeiro turno das eleições presidenciais da Costa Rica. Intenções de voto pulverizadas entre 13 candidaturas, descrença na política tradicional por conta de escândalos de corrupção, incapacidade de solucionar os graves problemas de segurança pública e previsibilidade de larga abstenção que, segundo as últimas pesquisas, certamente levará a definição para o segundo turno que, ao que tudo indica, será decidido entre candidatos de centro-direita. A guinada latino-americana à direita vai ganhando força na Costa Rica e acena ao Brasil após a condenação unânime do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Líder isolado nas pesquisas e símbolo histórico da enfraquecida esquerda brasileira, Lula provavelmente estará fora da disputa por conta da Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados em segunda instância. A reviravolta nas eleições costarriquenhas está relacionada com uma pauta conservadora e moralista: a contraposição à igualdade de direitos entre casamentos heterossexuais e homossexuais. A reação se deu por conta do comunicado emitido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que pede a igualdade de direitos. Cerca de 70% do povo costarriquenho declaram-se católicos e 80% consideram a religião um valor importante a ser seguido, o que explica os 65% da
C
nJornalismo moderno Parabéns à equipe do Brasília Capital pelas excelentes edições que vocês têm lançado. Um jornalismo moderno, que vai ao âmago dos problemas que afetam Brasília e seus habitantes. A edição 347 está primorosa, com a reportagem sobre “Monumento ao Desperdício” e a matéria do Júlio Pontes “Quem foi rei...”, uma análise detalhada da situação de ex-detentores de mandatos. Carlos Farias, via WhatsApp
nMonumento ao desperdício Se os responsáveis por tamanho absurdo tivessem sido punidos, com certeza já teríamos tido uma solução. Por que não transformar esse espaço na Cidade Digital, já que os servidores do primeiro escalão se negam a trabalhar longe de suas casas? Marcelo Arrais Mascarenhas, via Facebook Meia dúzia de canalhas ganhou muito dinheiro com isso. O 7x1 foi pouco. Jairo Rodrigues, via Facebook
Adriano Mariano, consultor especialista em marketing político eleitoral adriano@viesmarketing.com.br
população que se dizem contra o casamento de pessoas do mesmo sexo. Com isso houve uma alavancagem da candidatura presidencial do deputado evangélico Fabricio Alvarado, que segundo as últimas pesquisas segue em primeiro lugar nas intenções de voto, com 13,8%, após declarar ser contra a posição da CIDH e que retirará a Costa Rica daquela Corte, caso seja eleito. Alvarado está empatado tecnicamente com Antonio Alvarez, do conservador Partido de Libertação Nacional, que atingiu 13,4%. Diante deste cenário fica evidente que o conservadorismo e
a moralidade dominam a reta final do primeiro turno e poderão definir os rumos da nação. No Brasil, com a condenação e impedimento de Lula, uma avalanche de indefinições invadiu a cena eleitoral que, apesar da histórica possível abstenção apontada pela pesquisa Datafolha divulgada no último dia 31, revela o controverso Bolsonaro em primeiro lugar, com 18% das intenções de voto, seguido pelos tecnicamente empatados Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck, ainda sem partido. Em tempos de acirramento de extremos, surgimento de salvadores da pátria e discursos moralistas que levam ao topo candidaturas presidenciais, ficar de olho no resultado das eleições da Costa Rica e da onda eleitoral dos demais países latino-americanos pode significar conhecer o perfil do que se anunciará como resultado das eleições brasileiras deste ano. (*) No próximo dia 29 de março, embarcamos para San José, capital da Costa Rica, para analisar e trazer informações exclusivas do segundo turno das eleições. Acompanhe o projeto “Tour Eleições das Américas”, da consultoria Viés Marketing Estratégico, que viajará e analisará todas as eleições dos países da América Latina em 2018. Os novos capítulos, postagens, vídeos e artigos deste inédito projeto serão divulgados exclusivamente aqui, no jornal Brasília Capital.
a r t a s
O grande problema dos governantes é que se não foram eles que iniciaram e terminaram uma obra, ou qualquer outro tipo de programa, esta obra e este programa não prestam. Seja na saúde, educação ou em infraestrutura. Então, no geral todos os governantes são demagogos. Esta obra demonstra a minha tese sobre eles. Leno Sousa, via Facebook O que mais me deixa triste, é que construíram uns prédios
maravilhosos, lindos! E ao lado uma rodoviária que dá nojo, feita nas coxas! Para político um Palácio, e para população uma vergonha! Fica aí a minha indignação e meu pedido ao jornal: mostre a diferença da realidade do povo que padece! Marlene Faleiro, via Facebook Quando o prédio for tomado de invasão não reclame, sr. governador. Flávio Rabello, via Facebook Sobre manchete da edição 347, que mostrou que o Centro
Administrativo de Brasília, deverá permanecer mais um ano ocioso. nPDT quer Frejat Como pode um homem ficha limpa como Frejat se envolver com pessoas que não têm a reputação tão ilibada assim? Marcelo Marques, via Facebook Sobre nota na coluna Pelaí que revelou a vontade do PDT de atrair o pré-candidato do PR ao GDF
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 3 a 9 de fevereiro 2018 - bsbcapital.com.br
No banco dos réus O ex-secretário de Cidades do governo Arruda Geovani Rosa Ribeiro será julgado segunda-feira (5) na 2ª Vara Criminal de Samambaia por peculato,
Menos mordomia O retorno das atividades parlamentares trouxe uma boa notícia para os contribuintes de Brasília. Os cinco membros da Mesa Diretora da Câmara Legislativa assinaram projeto de resolução acabando com a verba indenizatória de R$ 25,3 mil mensais a que os 24 deputados têm direito. A proposta é do presidente da Casa, Joe Valle (PDT), que considera o pagamento uma mordomia. CARNAVAL – Com apoio unânime da Mesa, o projeto chegará ao plenário após o carnaval, depois de passar por comissões. Serão necessários dois turnos de votação. O fim da verba de indenização significa economia de quase R$ 7,3 milhões por ano. Em 2017, houve modificação no pagamento, determinando-se contas exclusivas e personalizadas para os deputados receberem o dinheiro. DIVISÃO – O fim da verba indenizatória divide os parlamentares. Quinta-feira (1°), na reabertura dos trabalhos legislativos, Joe Valle afirmou que menos dinheiro trará, ao contrário do que se pensa, mais produtividade. “Serão R$ 7 milhões a menos por ano, é muito dinheiro”. Ricardo Vale (PT) argumentou que não haverá tanta economia assim. “Cortar só a verba indenizatória é insignificante. Eu propus à Câmara que cortasse mais que esses R$ 3 milhões”, disse. FORA – Dos 24 distritais, cinco já abrem mão da verba indenizatória: Joe Valle e Reginaldo Veras, do PDT; Agaciel Maia, do PR; Celina Leão (PPS) e Chico Leite (Rede). O deputado Chico Vigilante (PT) considera demagogia cortar o benefício justamente num ano eleitoral. “É uma proposta eleitoreira”, reagiu o petista. RESSARCIMENTO – A verba indenizatória reembolsa despesas com locação de imóveis e de veículos, material de expediente, combustível e contratação de consultoria pelo gabinete mediante a apresentação de notas fiscais. Gastos com aluguel de bens, equipamentos e veículos não podem ultrapassar 40% do total. O pagamento para assessores e consultores deverá ter valor inferior a 50% dos recursos.
organização criminosa e fraude em licitação. Dono de um patrimônio que inclui três pousadas em Pirenópolis (GO), Ribeiro responde a outro processo, por lavagem de dinheiro, no Fórum de São Sebastião..
Cidade Caixa Para não executar as garantias dadas pelo consórcio formado pelas empreiteiras Via Engenharia e Odebrecht – leia matéria nas páginas 8 e 9 – a Caixa Econômica Federal pode receber o complexo do Centro Administrativo, em Taguatinga, e concentrar ali todas as suas atividades técnicas e administrativas. IMBRÓGLIO – As negociações estão bastante adiantadas e são vistas, inclusive no Palácio do Buriti, como uma boa solução para o imbróglio da Parceria Público-Privada que construiu o CEAD.
Wellington Luiz na vice de Frejat Parte do MDB de Brasília está disposta a apoiar a candidatura de Jofran Frejat (PR) ao Buriti. Mas quer a vice na chapa para o deputado distrital Wellington Luiz (foto). APADRINHADO – Já o comandante da legenda, ex-vice-governador Tadeu Filippelli, pensa em entregar o posto ao seu pupilo Roney Nemer, que está no PP. RACHA – A pretensão de Filippelli divide os filiados. Ele também não consegue consenso na ideia de lançar o ex-presidente da OAB, Ibaneis Rocha, candidato ao GDF.
Quadro Negro O Informativo do Sindicato dos Professores no Distrito Federal, publicado há 39 anos, chegou ao número 200 neste mês de fevereiro. A capa (foto) traz uma imagem do presidente da República ao lado da manchete “Previdência de Temer: Ódio aos trabalhadores”. CNTE – A 200ª edição de Quadro Negro traz um artigo da diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa, destacando a importância da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE) na luta em defesa do sindicalismo docente desde 1960, sempre seguindo os ensinamentos do pedagogo Paulo Freire, “o maior educador brasileiro”.
Projeção investirá R$ 23 mi em 2018 O Projeção vai investir R$ 23 milhões no centro universitário, nas faculdades e nos colégios em 2018. O anúncio foi feito pelo diretor do grupo, professor Oswaldo Saenger, quarta-feira (31), durante a solenidade de posse de cinco novos diretores – dois da educação básica e três da superior. SUPERÁVIT – “Não existe crescimento sem investimento. Os R$ 23 milhões serão retirados de nosso superávit e aplicados na própria instituição”, destacou Saenger. VERAS E KAROLYNE – Entre os 200 convidados que lotaram o auditório do Campus I estavam o deputado distrital Reginaldo Veras (PDT) e a administradora de Taguatinga, Karolyne Magalhães (foto), ex-aluna do professor-deputado. FAMÍLIA – “Já fiz parte da família Projeção como professor da pós-graduação e me sinto honrado por conhecer e participar de alguma forma da consolidação desta séria e promissora instituição” , discursou Reginaldo Veras.
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No DF, o povo chora e Rollemberg não vê Ao longo desta semana, o segundo maior hospital da rede pública de Saúde do DF, o HRT, foi assunto em quase todos os jornais da cidade. O caos na unidade, que hoje tem, pelo menos, 57 pacientes a mais na internação, chama a atenção pelo descaso da atual gestão do GDF, já que os problemas não são nada recentes. Em agosto do ano passado, iniciei minha Dr. Gutemberg, coluna para o Brasília Capital presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado com o artigo “GDF transforma HRT em depósito de dores e aflições humanas”. E, de lá para cá, nada mudou. Ao contrário. Enquanto Rollemberg e o secretário de Saúde se preocupam em investir na privatização do Hospital de Base para dar vida a um projeto, no mínimo, esdrúxulo, o SUS-DF está sendo massacrado diariamente. Há três dias, uma grávida perdeu seu bebê depois de percorrer três hospitais da rede pública. No Hmib, no meio desta semana, pacientes fizeram um protesto por causa da demora na realização da cirurgia de uma criança com cardiopatia grave.
É como um dominó. Se o governo não consegue manter os dois principais hospitais do DF em pleno funcionamento – com um sendo privatizado e o outro abandonado –, toda a rede fica prejudicada. Especialmente porque Rollemberg e Humberto Fonseca conseguiram também acabar com a Atenção Primária. Sem especialistas nas Unidades Básicas de Saúde, o que resta aos cidadãos? As emergências. Se elas ficam superlotadas e não conseguem suportar a demanda, resta ainda aquela opção que nem deveria existir: voltar para casa sem atendimento. Assim, invertendo prioridades, o resultado da conta é o seguinte: o número de óbitos evitáveis aumenta ano a
ano, as denúncias crescem e os pedidos de socorro na Defensoria Pública seguem o mesmo ritmo. E é sobre esse legado que tenho falado insistentemente. Um Distrito Federal destroçado, cujas sobras serão nossas e não de Rollemberg e sua equipe de suposta gestão, que certamente não precisam e nem precisarão do SUS. Agora, para fechar (ou não) com chave de ouro, a desestrutura do Sistema Público de Saúde do DF, o governador Rollemberg e o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, decidiram mudar, sem aviso prévio ou qualquer debate, o funcionamento do Instituto de Saúde Mental (ISM), localizado no Riacho Fundo I. A estrutura, que abriga um CAPs,
atendimento ambulatorial e uma Casa de Passagem, deve ser, de acordo com os planos do governo, diluída para outras regiões. Porém, se isso acontecer, os pacientes já preveem o futuro: sem atendimento. Enquanto isso, nas redes sociais, Rollemberg fala de chorinho. Isso mesmo. O ritmo brasileiro que, segundo ele, leva emoção à alma. Resta saber até quando o governador continuará ignorando o choro da população do DF, que padece esperando, há três anos, pela concretização de suas promessas de campanha.
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Uso e abuso de mulheres ANTÔNIO SABINO
REPRODUÇÃO
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TSE fiscaliza partidos que lançam candidaturas femininas apenas para cumprir a legislação Luiza Figueiredo (*)
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as duas últimas eleições municipais – 2012 e 2016 – mais de 85% dos candidatos sem voto foram mulheres. O dado acendeu o alerta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, a Corte estará atenta para detectar se os partidos estão lançando candidaturas femininas apenas para cumprir a legislação eleitoral brasileira (lei 12.034/2009) e obter o direito de participar do pleito. Partidos e coligações que não seguirem a norma terão que se adaptar adicionando ou desligando candidatos. A proporção obrigatória é que sejam inscritos ao menos 30% de mulheres para 70% de homens. Segundo o levantamento do TSE, 18.577 candidatos não receberam voto nas eleições de 2016. Desse total, 15.957 eram mulheres. FRAUDE – Pela lei, os partidos são obrigados a ocupar pelo menos 30% das vagas com concorrentes de cada gênero. Mas nem sempre eles se preocupam em apoiar as candidaturas femininas para efetivamente eleger suas representantes. Na prática, sequer as apresentam como candidatas. A saída é considerada uma fraude e gerou punição à coligação SD, PMN e Pros em 2016.
Rayssa fala que tradicionalmente há mais investimento em homens de sucesso
Thaynara cobra a criação de “política mais madura” e campanha mais barata
Anjuli afirma que a procuraram porque ela tem capacidade de ajudar a mudar
Fiscalização da lei eleitoral precisa ser aprimorada De acordo com o consultor especialista em marketing político eleitoral Adriano Mariano, diretor-presidente da Viés Marketing Estratégico, é preciso aprimorar a fiscalização da lei para oferecer a verdadeira apropriação e participação das mulheres. “O que vemos é que esta cota obrigatória de 30% de candidaturas femininas é, por muitas vezes, preenchida e simulada, por exemplo, por parentes, amigas ou funcionárias de políticos de carreira para que a lei seja atendida, mas sem a efetiva candidatura, causando distorções na intenção e no efeito social da lei”, afirma Adriano. A secretária de comunicação do Partido Verde (PV) no Distrito Federal, Rayssa Tomaz, que participa de campanhas há oito anos e é pré-
-candidata a deputada distrital, admite ter observado a prática. AVANÇO – “É sabido que, em todo o país, as mulheres emprestam os nomes e não recebem apoio. Tradicionalmente os maiores investimentos são realizados nas candidaturas mais conhecidas ou no perfil do homem de sucesso”, diz Rayssa, assegurando que também vê avanço. “Isso tem mudado. Houve um crescimento no número de mulheres. O momento
pede que outras pessoas participem do processo”, explica. A bibliotecária e bolsista do Renova Brasil - programa de formação que viabiliza a inserção do cidadão no Congresso Nacional - Thaynara Melo, crê que a transformação política será possível quando houver uma preocupação em massa. “Acredito que meus posicionamentos e pensamento colaboraram com essa mudança. Por isso busco participar de movimentos como o Acredito
SAIBA + Há 35 partidos registrados no TSE e outros 73 estão em processo de formação. Em 2008, as mulheres corresponderam a 44.66% dos candidatos sem voto. Em 2012, 86%. E em 2016, 85,9%.
e o Renova BR, que têm como finalidade conscientizar novas pessoas. Precisamos criar campanhas mais baratas, reduzir os gastos do Congresso Nacional e da Câmara Legislativa do DF para criar uma política mais madura”, declara Thaynara. A advogada e auditora federal Anjuli Tostes, pré- candidata a distrital pelo PSol, ressalta a necessidade de homens e mulheres para que a transformação política aconteça. “Fui procurada pelo partido para concorrer à eleição pela real capacidade de contribuir para essa luta por uma política diferente e por um mundo mais justo. Acredito na força das ideias e tenho coragem para lutar a favor da transformação profunda de que o País precisa”, conta Anjuli. (*) Colaborou Júlio Pontes
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Novos nomes no governo Eleições obrigarão Rollemberg a fazer reforma administrativa. Até agora, dez secretários serão candidatos O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) intensificará as trocas no primeiro e segundo escalões e nas diretorias de estatais por causa das eleições de outubro. O prazo para desincompatibilização é 6 de abril. Pelo menos dez secretários serão candidatos. A assessoria de comunicação do Palácio do Buriti não respondeu a questionamentos do Brasília Capital a respeito da entrada e saída de novos auxiliares provocadas pelas disputas eleitorais. Na terça-feira (6), haverá a cerimônia de posse do novo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Luiz Cláudio Barbosa Castro. Como subcomandante, ele já ocupa o cargo desde o dia 11, mesma data em que assumiu a chefia da Casa Militar o coronel PM Márcio Pereira. Em meio a nomeações técnicas, existem as que ajudam a fortalecer Rollemberg (PSB) para disputar a reeleição, como as recentes trocas de administradores regionais. Em Águas Claras assumiu Jerusa da Silva Ribeiro e em Vicente Pires foi empossado Anchieta Coimbra. O coronel Luiz Cláudio Barbosa assume o Para somar forças em favor comando dos Bombeiros na terça-feira (6) de Rollemberg, tudo indica que a reforma administrativa será antecipada, inclusive atendendo a convites do próprio governador, como é o caso das secretárias de Esporte, Leila Barros (PRB), e de Planejamento, Leany Lemos (PSB). Leila deve disputar uma cadeira na Câmara Legislativa, embora também seja cotada para concorrer ao Senado. Já Leany ficou de analisar a proposta do governador. Mas, para dar apoio às duas, Rollemberg ainda depende de articulações políticas que incluem as legendas que comporão a aliança que o apoiará, escolhendo seu substituto eventual, já que está rompido com o atual vice-governador, Renato Santana (PSD). Devem sair para concorrer a cargos eletivos os secretários de Cidades, Marcos Dantas (PSB); de Meio-Ambiente, Igor Tokarski (PSB); da Criança, Aurélio Araújo (PV); de Projetos Estratégicos, Maria de Lourdes Abadia (PSDB); os adjuntos de Turismo, Jaime Recena (PSB); de Ciência e Tecnologia, Thiago Jarjour (sem partido); os presidentes da Novacap, Júlio Menegotto (PSB) e da Fundação de Apoio à Pesquisa, Tiago Coelho (PSB); mais o subsecretário de Mobiliário Urbano e Participação Social, Marlon Costa (PSB). Até abril, outros nomes surgirão.
Estudantes da rede oficial do DF conquistam cada vez mais vagas em universidades públicas Os estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal novamente fizeram bonito no vestibular da Universidade de Brasília (UnB). Na lista dos aprovados divulgada na quinta-feira (1º), um grande número de alunos dos centros de Ensino Médio 1 e 2, de Brazlândia e Ceilândia, respectivamente, e de outras escolas públicas ingressaram na UnB por meio do Programa de Avaliação Seriada (PAS) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O resultado positivo é fruto do esforço de professores, orientadores educacionais e diretores de escolas, que têm desenvolvido um trabalho voltado para o ingresso dos alunos no ensino superior. O esforço realizado por professores e diretores é, também, uma resposta à falta de incentivo e de recursos do Governo de Brasília à educação pública, que a cada dia sofre com este descaso. Fatores como o número insuficiente de magistrados; a carência de materiais pedagógicos em sala de aula; o desrespeito ao pagamento de recursos às escolas, exemplo do PDAF; e a falta de verba para a reforma de escolas prejudicam a busca por uma educação pública de qualidade. A oferta de aulas de reforço no turno contrário ao das aulas regulares, a realização de simulados, avaliações ao longo do ano letivo e um trabalho direcionado aos estudantes do terceiro ano do ensino médio resultaram neste sucesso. Segundo o diretor do CEM 02 de Ceilândia, Wilson Venâncio, a escola teve uma estudante aprovada em Medicina e outros que passaram para cursos concorridos, como
engenharia, fonoaudiologia, farmácia e administração. Ao todo, 51 estudantes da escola foram aprovados na UnB. “Uma das alunas aprovadas é Deficiente Intelectual (DI), o que mostra que as dificuldades podem ser superadas. O sucesso que obtivemos neste vestibular mostra que, apesar da falta de recursos do governo, a dedicação da categoria tem feito muitos frutos”, ressalta. “Esse resultado também é fruto de uma luta da categoria e do movimento estudantil, quando, em 2012, durante o governo Dilma, nós conseguimos a aprovação da Lei de Cotas para alunos de escolas públicas, que foi essencial para a ampliação da presença desses alunos nas universidades públicas”, afirma Yuri Soares Franco, diretor do Sindicato dos Professores no Distrito Federal. Para o coordenador da Secretaria de Imprensa do Sinpro, Cláudio Antunes, o número de aprovações de estudantes da rede pública em universidades federais é fruto do conjunto de professores do jardim de infância, das escolas classe e dos centros de ensino fundamental, além dos professores do ensino médio. “Este sucesso representa a soma do esforço de uma categoria que se dedica integralmente por uma educação pública de qualidade”, analisa Cláudio.
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Dívida do Centro Admini Em três anos, falta de pagamento das prestações pelo GDF vira “bola de neve” de juros sobre juros na Caixa e no Santander Gustavo Goes e Orlando Pontes
A
dívida inicial de R$ 700 milhões do consórcio formado pelas construtoras Via Engenharia e Odebrecht junto à Caixa Econômica Federal e ao banco Santander pela antecipação de recebíveis da obra do Centro Administrativo já ultrapassa R$ 1,2 bilhão. A estimativa é de técnicos envolvidos no projeto, que preferem não se identificar. A Caixa antecipou R$ 600 milhões e o Santander R$ 100 milhões. Os financiamentos deveriam começar a ser pagos em julho de 2015, seis me-
ses após a entrega do Centrad ao GDF, que ocorreu em dezembro de 2014. BOLA DE NEVE – Como nenhuma parcela foi paga nesse período, e tendo em vista o acúmulo de juros e correção monetária, o consórcio vem renegociando com as duas instituições financeiras a capitalização do débito. Ou seja, a cada mês o valor que deveria reduzir o total é somado ao débito já existente, causando uma espécie de bola de neve de juros sobre juros. As empreiteiras foram obrigadas a tomar essa providência desde que o Governo de Brasília se recusou a receber o complexo de 182 mil m² edificado em Taguatinga, deixando de pagar as parcelas mensais acertadas de R$ 17 milhões. Pelo contrato, o GDF quitaria o débito de cerca de R$ 4,5 bilhões em 22 anos, quando o Centrad passaria a ser propriedade do Estado.
Prestações atrasadas desde julho de 2015 O Centro Administrativo foi licitado em 2008 e o contrato assinado em 2009. O objeto da Parceria Público-Privada (PPP) foi a construção, operação e manutenção do CEAD, com capacidade para receber 15 mil servidores. A inauguração ocorreu em dezembro de 2014, que representou o último ato do governo Agnelo Queiroz (PT). A partir dali, o GDF seria obrigado a arcar com uma prestação de R$ 17 milhões mensais. A primeira parcela deveria ter sido paga em julho de 2015. A contraprestação (R$ 17 milhões) foi desmembrada em duas modalidades – a fixa e a variável. A fixa corresponde a R$ 10,2 milhões para custear o equipamento, que se tornaria público. A variável é para pagar os serviços, como vigilância, limpeza, e manutenção de sistemas como bombas, ar-condicionado, entre outros. Mobiliários e itens de comunicação não estavam previstos no contrato e seriam licitados pelo GDF.
GARANTIAS – O edital previa um investimento que contemplava garantias – definidas em recebíveis da Terracap e terrenos às empreiteiras que construíram o empreendimento. O contrato original, de 2008, fazia menção ao montante de R$ 508 milhões de recebíveis da Terracap e R$ 900 milhões em terrenos. Em 2011, contudo, o GDF e a Terracap afirmaram não ter terrenos regularizados em estoque para abater o montante de R$ 900 milhões. Com isso, inverteram-se os valores de garantia: R$ 508 milhões em terrenos da estatal e R$ 900 milhões em recebíveis. Assim, ainda em 2011 foram aprovadas as minutas do contrato e a majoração pela Procuradoria-Geral do DF e em diversas instâncias da Terracap, como a diretoria colegiada e o Conselho de Administração. As assinaturas ocorreram em dezembro de 2012.
Rollemberg alega irregularidades Logo no início de seu governo, Rollemberg recusou-se a receber o equipamento, inaugurado no último dia da gestão anterior. Houve uma representação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que alegava supostas irregularidades no contrato de garantias porque não eram as mesmas do edital e não se equivaliam em montante ao valor investido. A CEF respondeu Brasília Capital que “a operação de crédito relativa ao Centro Administrativo de Brasília está amparada pela lei de sigilo bancário (Lei Complementar n° 105/01). Eventuais esclarecimentos adicionais podem ser obtidos junto ao tomador da operação”. O GDF, a Secretaria de Planejamento e a Terracap preferiram não se pronunciar sobre o assunto.
CENTRAD BUSCA SOLUÇÃO Por meio de nota, a Concessionária do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) respondeu que segue em tratativas com o GDF a fim de encontrar solução para o contrato do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF): “O empreendimento, entregue em junho de 2014, foi construído por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e está 97% concluído. O investimento feito até o momento, de mais de R$ 1,2 bilhão, ficou a cargo da Concessionária, que custeia mensalmente as atividades mínimas para garantir a guarda e a conservação do complexo. A Centrad reforça que vem atendendo às exigências legais impostas no escopo da PPP e demais solicitações do Poder Concedente relacionadas ao projeto”.
O complexo de 17 prédios na área
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istrativo chega a R$ 1,2 bi FOTOS: ANTÔNIO SABINO
a de 182 mil m² está pronto: apesar da inauguração em 2014, o GDF não pagou nenhuma das parcelas de R$ 17 mi
Sinduscon vê “dano profundo” A não utilização do complexo de 17 prédios do Centro Administrativo do DF (CEAD), em Taguatinga, construído pelo consórcio Odebrecht-Via Engenharia, é “um dano profundo para a sociedade”. A avaliação é do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), Luiz Carlos Botelho. O Brasília Capital mostrou nesta semana que o GDF não tem projetos para ocupar o Centrad em 2018. Enquanto isso, os prédios ficam sem qualquer utilidade e causam prejuízos a empresários e comerciantes que investiram nas redondezas apostando no aumento do fluxo de pessoas a partir de sua inauguração. Por tudo isso, o presidente do Sinduscon classifica a frustração na primeira grande parceria público-privada (PPP) do Governo de Brasília como “um multiplicador de perdas ao GDF”, pois o Estado terá dificuldades em futuras negociações com a iniciativa privada. Os três anos da falta de utilização do complexo do Centrad, na visão de Luiz Carlos Botelho, representam um agravante para essa relação entre o público e o privado. O presidente do Sinduscon afirma que o investimento precisa oferecer um equilíbrio econômico-financeiro com o atendimento do objetivo central do empreendimento. “Quando você não conclui ou não põe em utilização, não há retorno do capital. Não havendo esse retorno, há um dano profundo para a sociedade. Um dano duplo: primeiro, porque a sociedade não se beneficia daquele investimento; segundo, o capital, ao não se reproduzir não permite novos investimentos”. PPPs – Apesar de negar que o mau resultado do Centro Administrativo seja um reflexo do desempenho ruim da construção civil no DF, Luiz Carlos Botelho garante que isso impacta na viabilização de novas PPPs. Mesmo não descartando a possibilidade de novos investimentos por parte dos empresários, acredita que isto será muito mais difícil a partir de agora. “Tira o aspecto psicológico de que o Estado cumpre a sua parte na responsabilidade do investimento. Há um reflexo muito alto na viabilização de outras PPPs. Afinal, foi feita uma, produzido o investimento e os resultados são profundamente negativos para os investidores. O outro ator não cumpriu sua parte e não caminhou para buscar outro destino”.
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UIRÁ LOURENÇO
Por Chico Sant’Anna
A capital dos engarrafamentos
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oncebida com grandes ruas e avenidas, Brasília - quem diria? -, entupiu suas artérias aos 58 anos de idade e hoje é a décima cidade sul-americana mais engarrafada, segundo a empresa de gestão de GPS TomTom, que monitora o fluxo de trânsito no mundo inteiro. Ela mede engarrafamentos em 390 cidades de 48 países. Ela mensura o que chama de “tempo extra de viagem”. As campeãs de engarrafamento na América do Sul são, pela ordem, Rio de Janeiro, Santiago, no Chile; e Buenos Aires, na Argentina. A pesquisa afere apenas o tempo em transporte individual. Outros modais não são contabilizados. No caso de Brasília, não são levados em conta os engarrafamentos do Entorno. Isto pode tornar a espera ainda maior. Cinco outras cidades brasileiras estão na lista mais crítica: Salvador, Recife, Fortaleza, São Paulo e Belo Horizonte. Porto Alegre, Brasília e Curitiba – pela ordem -, abrem a relação de cidades que estão com o sinal amarelo aceso. Se no passado diziam que a Capital Federal havia sido projetada para seres dotados de cabeça, tronco e rodas, em 2017, com uma frota de
1.716.406 veículos registrados no DF, as rodas travaram. O brasiliense gastou, em média, 20% a mais do seu tempo retido em engarrafamentos. A perda de tempo chegour a 35% nos horários de pico matutinos e a 50%, nos vespertinos. Em 2017, o trânsito reteve os motoristas por 97 horas além do necessário. É como se o motorista tivesse ficado quatro horas preso dentro de seu veículo. E a cada ano a demora aumenta. Em 2016, o tempo preso no trânsito nos horários de pico era 10% e 5% menor pela manhã e tarde, respectivamente. “A cidade projetada por Lúcio Costa pode se transformar num previsível inferno viário”, vaticina o urbanista e professor na UnB, Frederico Flósculo. A Estrada Parque Núcleo Bandeirante é a campeã de retardamento. A EPTG; a EPDB (no trecho que vai do Balão do Aeroporto à Floricultura do Núcleo Bandeirante); a EPIA Norte, próximo à Água Mineral; a EPIA Sul, próximo ao Catetinho; a EPIG, e diversos pontos da EPCT (DF-001) também são gargalos críticos. Há diferença também dentre os dias da semana. Pela manhã, os engarrafamentos são mais intensos às segundas e
As famosas grandes ruas e avenidas de Brasília entupiram-se como artérias doentes aos 58 anos de idade
terças-feiras. À tarde, as quintas e sextas-feiras são os dias mais intricados. POUCO INVESTIMENTO – Essa realidade do trânsito no DF decorre da falta de investimentos em transporte público. Embora tenha sido incluída no PAC do Crescimento em 2007, no PAC da Copa em 2009 e no PAC da Mobilidade em 2014, Brasília não soube usar os recursos e perdeu a oportunidade de expandir a linha do metrô e de implantar o Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT).
Arruda, Rosso, Agnelo e Rollemberg perderam o bonde da oportunidade e, de legado, deixaram engarrafamentos. Nessa década, a frota de carros particulares triplicou no DF. Agora, o GDF conseguiu da União a quarta parte dos recursos ofertados no passado. Dos quase R$ 1,2 bilhão, receberá R$ 276 milhões, o que só dá para fazer 3,6 km de linha do metrô, mais duas estações em Samambaia e modernização da existente linha 1. Se não houver novas frustrações,
CHICO SANT’ANNA
Falta de prioridade ao transporte público complica ainda mais
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em 2021 essas duas novas estações estarão operando. Especialista em mobilidade urbana, Paulo Cesar Marques, da Universidade de Brasília, analisa que o trânsito no DF se deteriora paulatinamente em consequência da opção pelas soluções rodoviaristas. Desde o governo Arruda, o GDF opta pelos ônibus modelo BRT. Muito dinheiro foi investido na adaptação da EPTG e da EPIA e, agora, na Saída Norte. Pouco se investiu em metrô, VLT e em trem regional. “É uma política que agrava o problema da saturação do sistema viário em vez de resolvê-lo. A saída é a priorização do transporte coletivo e a adição de medidas restritivas ao uso do automóvel e, em longo prazo, políticas que reduzam a necessidade de viagens” – diz ele. “Sempre centralizaram os recursos em serviços de ônibus e entregaram a um grupo restrito de empresários, que, por sua vez, sempre bloquearam a ideia de transporte público de massa que sirva ao conjunto da população e integre estruturalmente todos os bairros da cidade”, salienta Flósculo.
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PASSE LIVRE – O Passe Livre Estudantil para os alunos da rede pública volta em 15 de fevereiro, no início do ano letivo. As instituições de ensino privadas tiveram de informar o período de férias e a relação de alunos matriculados. Com isso, o benefício volta assim que as aulas começam. Caso o cartão não esteja funcionando, o estudante deve verificar com a instituição de ensino se seu nome foi enviado ao DFTrans.
TAGUATINGA
DISTRITO FEDERAL JÚLIO PONTES
Menos perda de água
Fora do lugar adequado, tudo que é descartado pela população causa prejuízos enormes ao meio ambiente
Lixo ameaça nascentes Um vídeo feito pelo líder comunitário Ronald Filgueiras mostrou o acúmulo de lixo ao lado da cerca do Parque do Cortado, próximo à sede da Associação Comercial de Taguatinga (Acit). O depósito indevido de lixo fica próximo ao conjunto de prédios residenciais Top Life, no setor QI. De acordo com Ronald Filgueiras, a imagem é recor-
rente no local, e o maior prejuízo é para o meio ambiente. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) recolheu o material terça-feira (30). Em nota enviada ao Brasília Capital, o órgão reforçou o pedido para que a população evite o despejo de lixo e entulhos em áreas públicas. “Existem locais adequados para descarte desses materiais”, diz a nota.
A Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) comemora a “diminuição significativa” nas perdas de água no sistema de abastecimento do DF. De acordo os indicadores da estatal, em 2017 o desperdício caiu de 391 litros por ligação diariamente em janeiro para 325 litros em outubro. Pela média dos últimos três meses, esse indicador aponta uma redução ainda maior, passando de 372 litros por ligação por dia em janeiro para 307 litros por ligação por dia em outubro. O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, afirma que esses dados apontam uma diminuição consistente nos índices de perdas no sistema de abastecimento. A companhia atribui essa redução aos investimentos que estão sendo realizados com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de R$ 170 milhões, principalmente na substituição de hidrômetros e de redes de água, e a instalação de válvulas redutoras de pressão. De acordo com a Caesb, a redução foi alcançada porque houve o desenvolvimento de estratégias de combate às perdas reais (vazamentos) e às perdas aparentes.
Licitação do Mané é suspensa A licitação para gestão privada da Arena Plex – complexo esportivo formado pelo estádio Mané Garrincha, ginásio Nilson Nelson e complexo aquático Cláudio Coutinho – foi suspensa segunda-feira (29). A Terracap republicará o edital nos próximos dias. A suspensão foi motivada por solicitações de esclarecimentos de interessados em participar do certame e de recomendações de melhoria por órgãos de controle. O edital da ArenaPlex foi lançado em 22 de dezembro do ano passado. O prazo seria de 45 dias para que os interessados apresentassem suas propostas e acabaria em 8 de fevereiro.
ESTRUTURAL
GUARÁ
1.448 toneladas de entulho
Escolinha Gênesis completa 21 anos
A unidade de recebimento de entulhos, no antigo Lixão da Estrutural, começou a operar segunda-feira (29). Foram deixadas 1.448 toneladas de entulho no primeiro dia, com o auxílio de 129 caminhões de 57 empresas. Com
o fechamento do lixão, o lugar fica restrito ao descarte desse tipo de material, até que sejam concluídas as licitações para áreas de triagem. O funcionamento é de segunda a sábado, das 7h às 19h.
Fundada em 1997, a escola de futsal Gênesis, que funciona no ginásio do Cave, completa 21 anos em fevereiro. Nas duas décadas de trabalho, a Gênesis revelou atletas para o futebol de campo profissional e para grandes equipes das quadras.
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Moradores fazem vaquinha para manter praça limpa Entrequadras em Taguatinga são mantidas por vizinhos
Rollemberg lança revitalização de escolas
FOTOS: JÚLIO PONTES
Os moradores das QNAs 32 e 43 de Taguatinga resolveram se unir para melhorar a aparência da pracinha que separa as duas quadras. Eles fazem uma vaquinha mensal para manter custear a limpeza do espaço. “É algo que varia de R$ 50 a R$ 70. Depende de quantas pessoas contribuem e com quanto cada uma pode colaborar”, explica o corretor de imóveis Heraldo Queiroz, que está vendendo uma casa na QNA 43. Ele diz que a praça é bem cuidada e isto valoriza os imóveis de todos os moradores. Na panificadora em frente à casa de Heraldo a atendente Ana Cília, 24 anos, diz que a praça
Júlio Pontes
bem cuidada “melhora o movimento, pois as pessoas são motivadas a andarem aqui, já que está sempre limpo”. ABANDONO – Já na praça entre as QNAs 27 e 39 – onde funcionava, de um lado, um escritório de advocacia e do outro está o Centro de Atenção Psicossocial 2 – a situação é de abandono. “Quando eu tinha mais tempo, cuidava pessoalmente, mesmo sabendo que é incumbência do Estado”, lamenta o morador José Luís Lopes, 54 anos, perito da Polícia Civil, lembrando que, quando criança andou de carrinho de rolemã, e hoje sua mãe, de 88 anos, não pode sequer caminhar na calçada.
Benefício além da própria praça é a valorização dos imóveis em volta
Próximo passo é a segurança pública O grupo Defensores de Taguatinga fez reunião sexta-feira (2) com o coordenador regional de ensino, Juscelino Nunes de Carvalho. “A finalidade é levantar todos os proble-
mas das escolas”, diz José Luís Lopes (foto), um dos coordenadores do grupo, que tem apoio do Brasília Capital. Em seguida haverá encontro com todos os chefes
de delegacias de polícia para debater a segurança. Os moradores têm acesso a cupom (veja abaixo) e escreverão o que a satélite necessita para melhorar a vida de todos.
O governo de Brasília lançou quinta-feira (1º) um projeto de revitalização das unidades públicas de ensino. O programa Escolas Limpas é uma extensão do Cidades Limpas, que já teve 30 edições desde o ano passado. O lançamento foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg no Centro de Ensino Médio 3, em Ceilândia. Nesta primeira etapa, serão atendidas 12 instituições naquela região administrativa. “Esse programa tem fundamental importância. Com as férias e as chuvas, serviços como poda de árvores e roçagem são imprescindíveis”, disse o coordenador da Regional de Ensino de Ceilândia, professor Marco Antônio. Depois do CEM, Marco Antônio visitou a Escola Classe 8. O coordenador garante que serão feitas ações continuadas e por isso não tem um calendário fixo a seguir. Apesar de ser oposição ao governo na Câmara Legislativa, o deputado Reginaldo Veras (PDT) elogiou a ação: “é uma boa iniciativa. Melhor ainda que seja feito antes do começo do ano letivo”. Também compareceram ao evento os secretário das Cidades, Marcos Dantas; e de Educação, Júlio Gregório Filho.
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ÁGUAS CLARAS
Campanha pede autonomia do parque
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om o mote “O Parque é Nosso”, centenas de moradores de Águas Claras estão colhendo assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue ao governador de Rodrigo Rollemberg (PSB) solicitando que o Parque Ecológico da cidade saia da administração do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Conforme o idealizador da campanha, João Carlos Bertolucci, depois que as unidades de conservação ambientais de cada Região Administrativa passaram para a responsabilidade do instituto, “a precariedade na manutenção desses espaços de convivência é assustadora”. O jornalista relata que, nos últimos anos, o Parque de Águas Claras, um dos mais frequentados do DF, está “com cara de abandono”. Em razão disso, mesmo com a sede do Batalhão da Polícia Ambiental
DIVULGAÇÃO
instalada dentro da unidade, pequenos delitos acontecem com certa frequência no local, criando um sentimento de medo em seus frequentadores. “A campanha visa demonstrar ao governo que o Parque de Águas Claras está abandonado em função de a gestão do Ibram ser ineficiente. Os frequentadores reclamam constantemente do aspecto de abandono e da falta de políticas estruturais e de manutenção”, afirma Bertolucci. O parque é uma manta verde de 80 hectares que representa 10% da área total de Águas Claras, tornando-se o maior parque ecológico do DF, além de ser um dos principais pontos de convivência dos moradores da cidade. A advogada Emanuela Marques ressalta a importância do parque para a população da cidade. “O parque é a extensão da minha casa. Praticamente o quintal, já que moro em aparta-
Bertolucci: “Os frequentadores reclam do aspecto de abandono” mento. Aqui, faço as minhas caminhadas e observo o quanto o parque está sujo e com os equipamentos deteriorados. Um local tão lindo e que recebe pouca atenção do Ibram”, afirma. O parque de Águas Claras é dotado de dezenas de equipamentos para a prática de esportes. O mais antigo é o futevôlei,
que começou a ser praticado no início de 2000. Vôlei, futebol society, de areia e futsal são outras práticas que mais têm adeptos. No entanto, conforme o engenheiro civil Odilon Alencar, frequentador assíduo e praticante de futevôlei, nos últimos anos a precariedade das quadras é lamentável. Uma
das suas maiores queixas é o modo autoritário que o Ibram usou para desligar a água das quadras esportivas. “Tínhamos quatro duchas instaladas aqui. Inclusive, fomos nós que arrecadamos dinheiro para colocá-las, e também as torneiras. Com a crise hídrica, o Ibram retirou tudo. Quando faz calor, não temos como praticar o esporte, pois a areia fica superquente. Do mesmo modo que fazem o rodízio de abastecimento de água nas cidades, deviriam fazer aqui. Foi uma atitude lamentável”, desabafa. Para Bertolucci, uma administração independente, desvinculada do Ibram, dará mais celeridade para tomar decisões que possam melhorar a qualidade de vida dos frequentadores do parque. Além disso, salienta o jornalista, existe a possibilidade de realizar várias obras estruturais em curto, médio e longo prazos.
CARNAVAL
Prêmio de consolação para falta da avenida PEDRO VENTURA / AGÊNCIA BRASÍLIA
O Brasília Samba Show, sexta-feira (2), que teve como destaques os cantores cariocas Xande de Pilares e Mart’nália, foi o “prêmio de consolação” das escolas de samba de Brasília, cujo desfile na avenida não faz parte do calendário oficial da folia desde 2014. Segundo os dirigentes das principais agremiações do DF, o formato de show “apequenou” as escolas. Cada uma levou cerca de 150 componentes para o palco, enquanto os desfiles no sambódromo tinham até
1,2 mil integrantes. “Não consideramos isso carnaval”, disse o presidente da Acadêmicos da Asa Norte, Jansen de Mello. No desfile de 2014, a Acadêmicos ostentava a faixa de tricampeã. “Quem tem poder, manda. Quem não tem, recolhe-se à sua insignificância. Se Rollemberg governar de novo, o carnaval não volta”, completou. EVOLUÇÃO – O presidente da Aruc, maior campeã do carnaval brasiliense, Moacir de Oli-
Moa (esq.sentado) afirma que sonha com a volta dos desfiles no DF
veira, o Moa, economizou nas críticas, mas afirmou que “sonha” com a volta dos desfiles. Ele vê o Brasília Show como uma evolução, uma vez que em 2015 e 2016 foi cortada qualquer apresentação. “Faltou sensibilidade de todo o GDF, e não só do Rollemberg, que demonstrou interesse em investir nas escolas. O DF tem 20 escolas, se somados todos os grupos, e isso é inviável para o governo bancar. Tem que enxugar e descobrir um modelo viável”, disse Moa.
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dois grupos: as esperadas e as surpreendentes. Isso é importante ao longo da preparação, uma vez que a banca, em algumas oportunidades, explora assuntos raros. Veja:
Instrução para aprovação na PMDF Quem vai fazer a prova da Polícia Militar do Distrito Federal sabe: o tempo é curto e a matéria é longa. Além disso, tradicionalmente, em provas de carreiras policiais, os candidatos não costumam ter bom desempenho em língua portuguesa, uma vez que passam grande parte do tempo se dedicando às disciplinas de direito. Há, todavia, a certeza de que a IADES irá propor uma quantidade significativa de questões de gramática e texto, e isso tende a ser um diferencial nesse concurso. Nas organizações militares, as tarefas e lições são dadas por meio de instruções. Então, preparei a primeira instrução para os que querem ser aprovados na PMDF: como estudar língua portuguesa para a IADES.
1.Indubitavelmente, haverá questões de análise de textos. Sugiro duas tarefas: •Resolva provas anteriores da IADES – uma por semana (no mínimo), apenas questões de texto, na ordem em que elas aparecem. •Leia textos sobre segurança pública – textos recentes (de jornais e revistas) e textos reflexivos acerca do assunto. A IADES tem o padrão de sempre abordar, em suas provas, textos que tenham afinidade com o órgão fomentador do concurso. Dica importante: toda semana, leia os textos que são publicados no site pmdf.gov.br. Eles usaram textos institucionais na prova do CHOAEM. 2.Divido as questões da IADES em
“...Eu nunca vou por aí!...” Esta crônica vai começar com um pesadelo-tiroteio que vivenciei a noite passada em São João de Meriti, onde cobria, como repórter do jornal carioca Última Hora, e testemunhava o assassinato de uma pessoa bastante conhecida, que reapareceu no meu último livro autobiográfico O Menino que Tinha Medo de Gente. A ilusória vítima era um ex-colega de seminário presbiteriano paulistano, bri-
lhante poeta e declamador, de quem no livro omiti o nome para protegê-lo de prisão por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), embora esse meu reencontro tenha ocorrido bastante tempo após a faculdade de Teologia e respectivo ingresso na Juventude Comunista, de onde eu saí e ele ficou. No último ano de frequência universitária, ele foi o premiado no Concurso de Poesias, ao declamar o épico “Cântico
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
Questões esperadas •Acentuação (com Novo Acordo) •Morfologia •Concordância •Regência e crase •Colocação pronominal •Vozes verbais •Funções do QUE •Semântica das conjunções Questões surpreendentes •Emprego do hífen •Processo de formação de palavras •Tempos verbais compostos •Emprego dos tempos e modos verbais •Orações reduzidas Por esse motivo, faça uma boa ges-
Negro”, do lusitano José Régio, que na Literatura portuguesa faz páreo duro com Luiz de Camões na porfia de poemas imortais. O colega dava ênfase na impostação da voz, neste trecho do poema que me arrancava lágrimas: “Quando me dizem vem por aqui! / Eu olho-os com olhos lassos. / Há nos meus olhos ironias e cansaços / Então eu cruzo os braços / E respondo: Eu nunca vou por aí!...” Usando a técnica de associação de ideias de Freud, localizei o tiroteio que de fato ocorreu no subúrbio de São João de Meriti. Realmente, houve tiroteio, mas sem mortes, na troca de tiros entre a polícia carioca e o temível bandido conhecido pela alcunha de Mineirinho. No que se refere aos embates literários que aquele meu colega sempre era
tão do tempo ao longo da sua preparação. Gaste mais tempo (e não todo o tempo) com as questões esperadas, mas não deixe de revisar os tópicos surpreendentes. 3. A IADES se aproxima da metodologia de duas Bancas: Universa e Cespe. Aproveite também questões dessas outras bancas, caso seu estoque de IADES já esteja esgotado! 4. Treine duas redações por semana, sempre se baseando no critério de correção adotado pela banca (está no edital). Dê muita atenção à “elaboração crítica”. É a pontuação que a maioria dos candidatos perde! Não caia também nessa armadilha! Agora, a missão é sua! Desejo que você seja o 01, desde o começo dessa jornada!
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
o favorito, detalhe relevante que na certa chamou a atenção do Partidão liderado por Carlos Prestes, atraindo-o como um alçapão atrai um passarinho -, isso não constituía novidade porque também acontecia no lado oposto político, aqueles que eram classificados por nós como fascistas. No meu caso, depois de ter renunciado ao sacerdócio presbiteriano por motivos absolutamente particulares, o que ganhei como prêmio foi uma temporada numa prisão do DOPS paulista, incluindo a taxação de “perigoso comunista”, que ficou gravada como uma nódoa na minha vida, até hoje.
Fernando Pinto Jornalista e escritor
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Não alimente e nem justifique suas fragilidades que geram os desejos e permitem as tentações
Tentações ou desejos? Tentações acontecem em momentos de fragilidade. Olho vivo com esses momentos. A tentação encontra ressonância no desejo latente ou atual. Num momento de carência, porque está faltando interesse sexual do parceiro/parceira, pode acontecer a traição porque alguém olhou pra você de forma simpática ou lhe elogiou. Dificuldades financeiras podem favorecer o endividado a apossar-se dos recursos dos outros ao receber oferta de propina. Má vontade com a
mediunidade pode afastar o médium do centro após pequeno atrito com colegas ou dirigentes. Má vontade de viver pode propiciar o suicídio após a perda do emprego, fim do casamento, namoro, “bomba” no concurso, vestibular ou vergonha, após uma descoberta de falcatruas cometidas. Descubra seus pontos fracos pelo autoconhecimento e trabalhe-se para se fortalecer sozinho ou com ajuda de terapeutas, mas não alimente e nem justifique suas fragilidades que geram
O voto é a arma do cidadão honesto, sendo covardia ficar em casa, sem exercer tão fundamental direito, sob o receio de fraudes ou a justificativa de haver apenas candidatos “ruins”
Renovação política Pesquisas têm revelado que grande parte da população brasileira não gosta de política e faz questão de não tomar conhecimento das decisões tomadas no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo. Contudo, a deterioração das instituições públicas pela corrupção e ineficiência dos atuais po-
os desejos e permitem as tentações. Jesus não sofreu tentação, no sentido literal, porque ele não tinha escuridão em seu ser para entrar em ressonância com o mal. Isso foi apenas um simbolismo para nos alertar sobre as nossas fragilidades e consequentemente buscarmos sabedoria, que é a luz da consciência. Sabedoria se adquire com o conhecimento aplicado e experiência,
líticos não encontra precedentes, verificando-se que, a reboque de uma tímida melhora na economia, a voz das ruas praticamente silenciou-se. Resta, assim, para os cidadãos de bem que querem ver suas cidades e a Nação voltarem aos trilhos, o poder do voto, principalmente do voto de re-
novação em busca da mudança. O voto é a arma do cidadão honesto, sendo covardia ficar em casa, sem exercer tão fundamental direito, sob o receio de fraudes ou a justificativa de haver apenas candidatos “ruins”, fechando os olhos para as opções de renovação.
mas é preciso superar o encantamento com o erro, com o fácil que prejudica o próximo. A ação, sem levar em conta o outro, nos coloca na roda do carma, e quanto mais forte, mais difícil é sair dela. Aproveite sua vida e tenha como meta também a prática da Lei de Progresso e da Lei de Solidariedade. O cumprimento dessas duas leis lhe dará sentimento de dignidade, utilidade e gratidão. A vida é dada para que cada um de nós, além das tarefas que veio desempenhar, desenvolva-se em amor e sabedoria, como ensinava Emmanuel. É o amor e a sabedoria que nos fortalecem e eliminam os desejos e as tentações.
José Matos Professor e palestrante
Há uma expectativa de que novos candidatos, para vários cargos, se habilitem nas iminentes eleições. E é dever de quem quer demonstrar sua indignação votar em homens e mulheres sem vícios políticos, que, com competência, com a ficha limpa e com muita vontade, venham decididos a arejar o combalido quadro político atual. Não é hora de as pessoas de bem desistirem! Pelo contrário. As urnas serão a nossa chance e a nossa voz!
Cláudio Sampaio Advogado
Com muito trabalho, o governo desobstruiu 1,7 milhão de m² das margens do lago. A orla está livre e o lago voltou a ser todo nosso. Os desafios foram grandes, mas, com o seu apoio, conseguimos. Agora, vem aproveitar o que é seu: curta o Deck Sul, as trilhas, os parques e prepare-se para as muitas novidades que estão por vir. Brasília está mais viva e ainda mais linda. Comemore: a orla é sua, a orla é nossa.
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