DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Defensoria Pública da União ajuda a salvar vidas Há 4 anos, Paulo Roberto (foto) espera cirurgia após decisão judicial Páginas 8 e 9
Ano VII - 350
Brasília, 17 a 23 de fevereiro de 2018
PLANO PILOTO
Mais de 100 prédios correm risco de cair Joe Valle insiste em levar Frejat para o PDT Intenção é dobradinha para disputar Senado e Buriti
Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (Ibap), em parceria com a Defesa Civil, e apresentado em 2017, constatou que 70% dos 163 prédios fiscalizados podem desabar total ou parcialmente. O problema existe também em outras cidades do DF
Pelaí – Página 3
A diferença entre óleo e gordura na hora de cozinhar Caroline Romeiro – Página 15
Páginas 12 e 13
Terra de rachaduras e erosões Elas são resultado tanto de obras públicas quanto de reformas de imóveis privados Chico Sant’Anna – Página 10 www.bsbcapital.com.br
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x p e d i e n t e
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Jurista do PSol nega candidatura ao GDF pelo PT Beatriz Vargas atribui a fofoca e falta de rumo a citação de seu nome como postulante ao cargo de governadora
A jurista Beatriz Vargas, filiada ao PSol, apontada como possível candidata do PT ao Governo do Distrito Federal, nega com veemência qualquer negociação neste sentido. “Não procurei nem fui procurada por ninguém do PT para tratar de candidatura. Não sou candidata nem pelo PSol”, garante. Ela diz que não fez desmentido público porque “não queria dar sequência a especulações sem nenhum fundamento”. Na avaliação da professora da Universidade de Brasília (UnB), esse tipo de notícia, como foi publicado pelo Brasília Capital na edição 349, “cheira a algo plantado”. “Esse tipo de fofoca somente serve ao clima eleitoreiro. Penso também que o momento é de desorientação geral e esse tipo de notícia contribui com essa desorientação”, acrescenta. Beatriz Vargas reafirma sua fidelidade ao PSol. Diz, inclusive, que seu partido tem os melhores candidatos do DF. E como assegura que não será candidata nem de sua legenda, condena informa-
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nJoe Valle no Buriti Credo! Mais um Rollemberg da vida. Ninguém merece. Wanderson Ferreira, via Facebook Tem meu voto não. Cleysson Pinheiro, via Facebook Sobre manchete da edição 349, que revelou o lançamento da candidatura do presidente da Câmara Legislativa ao GDF.
“Muito me honra o bom conceito que companheiros da esquerda, dirigentes do PT, expressam sobre mim. Relações de respeito e confiança são fundamentais. Eu tenho grande admiração por vários dirigentes do PT, seja no DF ou fora daqui”.
Valdeci Rodrigues
nDeus é candango No Brasil, e principalmente em Brasília, foi aclamado um novo santo, que está sendo chamado de São Cimento, que ao longo dos anos tem salvado muitas vidas. Aécio Alves Nascimento, via Facebook Concordo plenamente! Ana Beatriz Torelly, via Facebook
ções que “incrementam o clima de fofoca e mostra que há um vazio político, com muitas pessoas sem rumo”. Ela aproveita para dizer que existem assuntos que são de interesse de todos os moradores e que deveriam mobilizar a atenção de todos, ao invés de um “falso debate”. Momento, então, de discutir propostas para os reais problemas da cidade. Cita como exemplo a queda do viaduto no
Eixão, “o problema mais recente da agenda de interesse público e que pede uma ação eficaz e inteligente”. A respeito do PT, Beatriz afirma: “Muito me honra o bom conceito que companheiros da esquerda, dirigentes do PT, expressam sobre mim. Relações de respeito e confiança são fundamentais. Eu tenho grande admiração por vários dirigentes do PT, seja no DF ou fora daqui”. N.R.: O Brasília Capital não se presta a publicar “notícias plantadas”, tampouco a fazer fofocas. A matéria sobre a possível candidatura da professora Beatriz Vargas resultou de apurações da reportagem junto a dirigentes do PT-DF. O nome da jurista foi lembrado por petistas devido ao seu perfil acadêmico, de pessoa idônea e identificada com o ideal de esquerda, além do fato de ela ter se posicionado como anticadidata a ministra do STF para a vaga de Teori Zavaski e ter participado dos debates em defesa da inocência do ex-presidente Lula. O Editor.
a r t a s
Sobre entrevista com o ex-professor da UnB João Carlos Teatini. Ele atribuiu a milagre o fato de ninguém ter morrido na queda de viaduto da Galeria dos Estados. nChico Sant’Anna Há cidades centenárias que mesmo com tantos problemas ainda estão bem conservadas. O que vemos
em Brasília é o pouco caso com o patrimônio público, vide por exemplo o Teatro Nacional. Marcelo Marques, via Facebook Nossa capital está jogada. Não se vê amor por ela, mas todos têm interesse de ser políticos. Realmente querer cuidar é mais difícil. Maria Lene, via Facebook
Se procurar onde está o dinheiro para saúde, escolas e manutenção da cidade, até eu sei onde está. Está nos cofres dos partidos para comprar os votos dos otários. Leonel Divino, via Facebook Sobre a coluna do Chico Sant’Anna: As pontes estão desabando. Não só as de concreto.
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reso desde 12 de abril de 2016 em Curitiba, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF/foto) deixará a cadeia de Curitiba nesta semana, após cumprir um sexto da pena. Ele foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos em regime fechado
Futebol e política
AOS LEITORES No último sábado (10), o site do Brasília Capital (bsbcapital.com.br) foi alvo de ataques de hackers. Desde então, sofremos com instabilidade da página e perda de arquivos. O backup efetuado pelos técnicos restaurou arquivos de 2014. Contratamos uma empresa especializada em restaurar servidores on-line para reaver todo nosso material. Pedimos desculpas pelo inconveniente e esperamos que em breve o portal volte ao normal.
Administração presente A Administração de Taguatinga lança, no próximo sábado (24), o programa Administração Presente. O evento começa às 9h, na praça da QNL 28, que será entregue totalmente revitalizada durante esta semana. A iniciativa visa levar atendimento e prestação de serviços à comunidade. PEDOFILIA – A administradora Karolyne Guimarães ministrará uma palestra para as crianças a respeito de conscientização contra a pedofilia de forma lúdica, além de promover brincadeiras, interação e doação de brindes.
Segóvia na berlinda O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, ficará frente a frente com o ministro Luís Roberto Barroso segunda-feira (19). O relator do inquérito vai cobrar explicações sobre as declarações de Segóvia a respeito das investigações contra o presidente Michel Temer (MDB). IMPRÓPRIA – O inquérito apura se Temer recebeu vantagem indevida da empresa Rodrimar em troca de favorecimento no chamado Decreto dos Portos. Para Barroso, a entrevista do diretor da PF à agência Reuters foi “manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal”. Certo mesmo é que o diretor desagradou os colegas de corporação. Em nota, a Associação dos Delegados (ADPF) diz que “independentemente da posição que ocupe na instituição, nenhum dirigente deve se manifestar sobre investigações em andamento”.
por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça. Mas o TRF-4 reduziu a pena para 11 anos e 8 meses. Gim, segundo a LavaJato, cobrava propina de empreiteiras para blindálas na CPI Mista da Petrobras.
Joe com Frejat
O treinador da seleção brasileira anunciou que não virá a Brasília, “nem na ida nem na volta, nem ganhando nem perdendo”. Segundo Tite (foto), o futebol não pode ser usado para alimentar a popularidade de políticos. “Entre a política limpa e o esporte, a prioridade é a política, para a gente ter um Brasil melhor”, conclui.
Após retornar de férias, o primeiro compromisso político do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), neste início de semana, será um encontro com Jofran Frejat (foto), pré-candidato do PR ao Buriti. CONVITE – Joe vai convidar Frejat para o lançamento de sua pré-candidatura ao GDF no dia 8 de março e, mais uma vez, abrirá as portas do PDT para o republicano. Se Frejat topar mudar de partido, Joe será candidato ao Senado. OPÇÃO – Frejat vai esperar até o último momento pela unidade dos partidos de centro-direita (MDB, PSDB, DEM, PTB, PP, entre outros) em torno de seu nome pelo PR. Caso isto não ocorra, a mudança para o PDT será uma opção.
PT faz congresso O PT-DF realizará um congresso extraordinário no dia 18 de março para definir a tática eleitoral para outubro. Até o dia 31 daquele mês o partido receberá inscrições para candidaturas proporcionais e majoritárias e receberá novas filiações até o dia 7 de abril. OTIMISMO – Além de concorrer ao GDF com candidatura própria, a expectativa (otimista) da direção do PT é eleger um senador (Wasny de Roure), dois deputados federais (Érika Kokay puxando votos para fazer um segundo nome) e cinco distritais. NOMES – Para a Câmara Legislativa, os principais nomes são Chico Vigilante, Ricardo Valle, Arlete Sampaio, Geraldo Magela, Roberto Policarpo e o presidente da CUT-DF, Rodrigo Brito.
Pretexto A crise de segurança no Rio de Janeiro virou desculpa do governo federal para justificar a derrocada da reforma da Previdência. Balela. A intervenção militar na segurança pública do estado nada tem a ver com a falta de votos para aprovar as novas regras para aposentadoria. MINISTÉRIO – O fiasco da reforma é fruto do enfraquecimento de Temer e da proximidade das eleições. Agora, o foco do Planalto será em ações de segurança - com a possibilidade eminente de criar um ministério exclusivo para este fim.
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Quem tem, põe; quem não tem... Norma baixada pelo TSE permite que candidatos usem recursos próprios na disputa eleitoral de outubro Valdeci Rodrigues
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andidatos que quiserem gastar seu próprio dinheiro começarão na frente nas campanhas eleitorais deste ano. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite o uso de recursos próprios – o autofinanciamento –, além do que pode vir do partido e de doações de pessoas físicas. Estarão liberados ainda para obter como doação seus próprios bens. Os limites estabelecidos ficam por conta das unidades da federação e dos cargos disputados.
Outra novidade da regulamentação é a possibilidade de financiamento coletivo da campanha por meio de plataformas na internet. Mas a plataforma deverá ter cadastro prévio na Justiça Eleitoral. Serão exigidos, ainda, o recibo da transação, identificação obrigatória, com o nome completo e o CPF do doador; o valor das quantias doadas individualmente; forma de pagamento e as datas das respectivas doações. “O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gas-
tos estabelecido para o cargo ao qual concorre”, estabelece o texto da resolução do TSE. Na disputa para a Presidência da República, pode-se gastar legalmente até R$ 70 milhões. Para governador, os valores variam de R$ 2,8 milhões a R$ 21 milhões, de acordo com o número de eleitores em cada um dos 26 estados e do Distrito Federal. No caso do Senado, os valores vão de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões. Para deputado federal, o limite é de R$ 2,5 milhões e de R$ 1 milhão para as eleições de deputado estadual
ou distrital. As doações ficam limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. No caso dos bens próprios do candidato, é necessário que eles já façam parte do patrimônio antes do pedido de registro da candidatura. No caso das doações bancárias, deverá constar o CPF do doador. Já “as doações financeiras de valor igual ou superior a R$ 1.064,10 só poderão ser realizadas mediante transferência eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário da doação.” Essas informações deverão ser disponibilizadas na internet, devendo ser atualizada instantaneamente a cada nova doação. Os dados deverão ser enviados imediatamente à Justiça Eleitoral. A polêmica em torno do autofinanciamento começou em dezembro do ano passado, quando o Congresso Nacional
derrubou o veto do presidente Michel Temer que liberava o uso de recursos próprios sem restrição nas campanhas. Na ocasião, os parlamentares entenderam que isto poderia favorecer os candidatos com maior poder aquisitivo. A derrubada ocorreu a menos de um ano da eleição, o que poderia ensejar insegurança e disputa jurídica. Por isso, o TSE editou a norma com as regras. Pelo calendário eleitoral de 2018, o tribunal tem até 5 de março para confirmar todas as normas para o pleito de outubro. Até lá, tanto esta quanto outras resoluções poderão sofrer ajustes. O autofinanciamento irrestrito de campanhas é contestado em duas ações no Supremo Tribunal Federal em 2017 pelo PSB e pela Rede. Os partidos argumentam que a regra desequilibra a disputa em favor dos candidatos mais ricos. O PSB acionou o TSE também contra o que está na resolução do próprio tribunal. Desde 2015, as doações empresariais para campanhas estão proibidas. Com isso, somente pessoas físicas podem doar. Pela nova resolução do TSE, as doações serão limitadas a 10% do rendimento bruto do doador no ano anterior ao da eleição. “A doação acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa de até 100% da quantia em excesso, sem prejuízo de o candidato responder por abuso do poder econômico”, diz o texto. EXATIDÃO – O TSE divulgará, na internet, em 31 de maio, a quantidade de eleitores em cada município para que se faça o cálculo do limite de gastos. Também será conhecido o número de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais.
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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Maioria aliada resiste Presidente da Câmara articulava junto a votação até o dia 28. Intervenção no Rio muda tudo
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presidente da Câmira dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretendia colocar em votação a reforma da Previdência Social até o final deste mês. A emenda constitucional, que enfrenta resistência de muitos parlamentares, começaria a ser discutida a partir de terça-feira (20), mas não conta com apoio sequer entre a maioria governista. Agora, a previsão ficou incerta. A intervenção militar na Segurança do Rio de Janeiro impede votação de emenda constitucional. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, diz que o texto seria votado mesmo se não houver votos suficientes para sua aprovação. “Tenho convicção de que, independentemente dos votos que tivermos na segunda-feira, a discussão se inicia na terça”, afirmou. São necessários, no mínimo, 308 votos. Pelas contas da base governista, eles, hoje, não passam de 270 entre os 513 parlamentares. O governo está disposto a fa-
zer “ajustes”. De acordo com Marun, está havendo negociações com agentes penitenciários e servidores públicos que ingressaram na carreira antes de 2003. O professor de direito previdenciário André Oliveira da Silva diz que se não houver modificações no texto da proposta de emenda constitucional, a primeira grande mudança será o fim da aposentadoria por tempo de serviço. “Os segurados do INSS, ou seja, a população como um todo que antes tinha o direito de se aposentar com 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se mulher, simplesmente não mais terão esse direito”, explica. André enumera mais vários pontos que são prejudiciais aos trabalhadores , como a modificação no critério do cálculo da aposentadoria: “A partir de agora, na proposta da reforma, ele vai se aposentar com 60% do valor, ou seja, houve uma perda considerável de 85% para 60%”, quantifica. Perdem, de acordo com ele, entre outros, o trabalhador rural, os professores e os pensionistas.
Rosso, o “coveiro” Vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF / foto) está sendo apontado pela base de Michel Temer (MDB) como um dos “coveiros” da reforma da Previdência na Casa. Quem deu o título a Rosso foi o também vice-líder Darcísio Perondi (MDB-RS). O deputado do DF, que tem base eleitoral entre servidores públicos, teme os prejuízos que a reforma da Previdência lhe trarão na campanha deste ano. Rosso já pediu para Temer adiar a reforma. Ele diz não
concordar com o texto do projeto, nem com a campanha do governo contra os servidores públicos. “Não posso ser coveiro de uma reforma que já nasceu morta”, afirma. Rosso foi presidente da Comissão do Impeachment - que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e levou Michel Temer ocupar o cargo mais alto da República. O deputado defendeu a reforma trabalhista e foi considerado homem forte de Temer na Câmara, tornando-se vice-líder.
A saúde acabou.
E AGORA, RODRIGO? Brasília não está no rumo certo.
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Júlio Pontes
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governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é um homem de sorte. Mas vive uma inegável maré de azar. Os fatos confirmam isto. Em 2014, na disputa eleitoral, o socialista era considerado a terceira força, atrás do então governador Agnelo Queiroz (PT) e de José Roberto Arruda (depois substituído por Jofran Frejat, ambos do PR). No começo da campanha, Rollemberg teve dificuldades de formar a chapa majoritária. Na escolha do vice, ouviu recusas do presidente do PV, Eduardo Brandão, e do ex-deputado distrital Olair Francisco, então no PTdoB. O primeiro alegou que havia participado da equipe de Agnelo e seria traição, enquanto o partido de Olair não chegou a um acordo com o PSB. A partir da aliança com Rogério Rosso (PSD), a vaga de vice foi entregue a Renato Santana. O acordo rendeu a Rollemberg importante tempo no horário gratuito no rádio e na TV. Mas não demorou a ocorrer o racha,
Rollemberg, o azarão protegido pela sorte Governador passa por momentos difíceis, fica isolado, mas continua no páreo da reeleição Foto: Júlio Pontes
e Santana se tornou oposição ao ex-aliado. Embora tenha declarado durante a campanha que o problema do GDF era gestão e não falta de dinheiro, ao assumir o governador mudou o discurso. Diante do rombo nas contas do governo, congelou salários e atrasou pagamentos de fornecedores. E passou a atribuir
ao antecessor toda a inércia da máquina pública nos primeiros seis meses de 2015. Veio a crise hídrica. A falta de chuva fez com que, pela primeira vez na história, Brasília sofresse com o racionamento de água a partir de janeiro de 2017. A medida ainda não tem data para acabar. A Rollemberg restou rezar e pedir que
São Pedro mandasse chuva. Em maio do ano passado, grupos de todo o País ocuparam a Esplanada dos Ministérios para protestar contra o governo Temer e as reformas trabalhista e previdenciária. A quebradeira escancarou o despreparo da Polícia Militar. Temer recorreu às Forças Armadas para controlar a baderna.
Já em novembro, um bombeiro “em surto aparente”, segundo policiais, roubou uma viatura e seguiu em direção ao Congresso Nacional. O militar foi contido antes de atingir seu objetivo, não feriu ninguém e acabou preso. Fevereiro de 2018 pode ser o pior para a gestão Rollemberg. A garagem de um prédio na 210 Norte cedeu e esmagou mais de vinte carros. Três dias depois, o viaduto sobre a Galeria dos Estados, no Eixão Sul desabou em pleno horário de almoço. Toda esta sequência de episódios pode levar os pessimistas a pensar que o governador é azarado. Mas acreditem: a sorte está com ele. Entre mortos e feridos, como diria o adágio popular, ninguém se feriu. Assim, embora abalada, a candidatura à reeleição de Rollemberg não foi soterrada junto com os carros da 210 Norte e, tampouco, pelos escombros do viaduto do Eixão Sul. E não se pode dizer que, mesmo isolado politicamente, o governador esteja sozinho. Tudo leva a crer que ele continua protegido por sua inseparável amiga sorte.
Norte
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Cordão do Rollemberg: Nota... Zero! E se o viaduto da Galeria dos Estados não tivesse desabado? Nove dias após a queda, que escancarou a fragilidade do governo Rollemberg, fica evidente que, caso o desastre não tivesse acontecido, outras estruturas do Distrito Federal poderiam ceder – algumas ainda correm esse risco. É o caso, por exemplo, de parte da Estrada Parque Guará (EPGU), que está com uma faixa Dr. Gutemberg, interditada por causa do risco presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado de desmoronamento. Há, agora, uma verdadeira corrida para evitar um ciclo de tragédias anunciadas: as pontes Honestino Guimarães, Bragueto, Juscelino Kubitschek e das Garças estão sendo vistoriadas. Pena que o governador tenha esperado tanto tempo para fazer esse dever de casa. É o estilo Rollemberg de governar. E, ao que tudo indica, o governador do Distrito Federal é daquele tipo atento somente às manchetes dos jornais. Por isso, cumpre a agenda da imprensa e não a da população. Para o povo, as cinzas. Aos jornais, a tentativa de recuperar a imagem de um governo desastroso e sem rumo. Em pleno Carnaval, o socialista (que não dia-
loga com seus eleitores) vestiu a fantasia de bom moço e decidiu explorar, a seu próprio favor, claro, o caos que ele mesmo provocou. O resultado disso são entrevistas, tanto dele quanto de seus foliões, também conhecidos como “equipe de governo”, justificando o injustificável. E assim segue o “Cordão do Rollemberg”. Enquanto algumas estruturas do DF passam por vistorias, outras, não menos importantes, não recebem sequer uma rápida visita do governador. No dia 07 deste mês, por exemplo, parte do teto da sala de medicação do Posto de Saúde da Família da Estrutural desabou. A sorte é que o incidente ocorreu à noite, quando somente o segurança da unidade estava no local. Além dessa obra, a Es-
cola Classe 59, de Ceilândia, é outra que está, literalmente, caindo aos pedaços: fotos mostram o teto de uma das salas de aula totalmente desgastado. A instituição tem, em média, 500 alunos e a promessa do GDF é remanejá-los para uma reforma. Mas, a pergunta dos pais é: por que isso ainda não foi feito? Vão esperar por uma nova tragédia? À luz dos recentes acontecimentos, é importante ampliar o debate – para além das estruturas - e lembrar das vidas que se perdem nas mãos de um governo sem rumo, que brinca como se estivesse em um eterno Carnaval. A mais recente vítima do desmonte do SUS-DF foi o pequeno Vitório Paiva. O bebê, que tinha cardiopatia congênita complexa e precisava com urgência de uma cirurgia, aguardou um
mês para realizá-la e sua família teve que buscar a Justiça para conseguir uma vaga em UTI neonatal. Hoje, estima-se que 100 crianças aguardam por cirurgias pediátricas cardíacas na rede pública do DF: algumas estão há mais de dois anos na fila. De tudo isso, tira-se pelo menos uma lição: abrir alas para a incompetência é um caminho sem volta. Se Rollemberg escolheu comportar-se, nos últimos três anos, como um Arlequim irresponsável – cujas aventuras sempre acabam prejudicando as pessoas -, devemos ir às urnas, em outubro, certos de que não há mais espaço no DF para “brincar” de governar. Todo Carnaval tem seu fim.
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Mesmo com determinação judicial, acumulam-se casos em que tratamentos médicos são negados pelo Estado Valdeci Rodrigues
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á quatro anos, o restaurador de móveis antigos Paulo Roberto da Conceição Morais, 36 anos, está impossibilitado de trabalhar. Ele espera por uma cirurgia de reconstituição dos intestinos, após retirar um tumor cancerígeno do aparelho digestivo, em 2015. Desde então, usa uma bolsa de coleta devido à colostomia – uma abertura no abdome por onde elimina as fezes. O Hospital Regional de Ceilândia (HRC) não faz o procedimento alegando não ter anestesista nem grampeador para fechar a incisão. Sem trabalhar, Paulo se mantém com o auxílio-doença de um salário mínimo, com o qual também sustenta a família – mulher e duas filhas. A renda é complementada com a ajuda de amigos. Nessas condições, ele recorreu à Justiça e, sem dinheiro para pagar advogado, contou com o apoio da Defensoria Pública da União (DPU). Isto o levou a conhecer outra realidade que piora ainda mais sua situação: o desrespeito do serviço público a decisões judiciais. A situação de Paulo, porém, não é um caso isolado. Milhares de cidadãos passam provações desumanas. “Conseguimos ganhar causas, mas é difícil haver a efetivação da decisão judicial”, diz o defensor público federal Gilmar Menezes da Silva Júnior. Mesmo com os exemplos de cidadãos que só obtêm atendimento médico por interferência da Justiça, o defensor público afirma que “a pior saída é a judicialização”. Exatamente porque, mesmo
Nem a Justiça resolve “Quem não pode contratar advogado, nos procura”
Neide Conceição: uma das duas cirurgias que p
Raquel Brodsky Defensora pública
“Conseguimos ganhar. Difícil é a efetivação da decisão judicial” Gilmar Menezes Defensor público
com causa ganha, são frequentes os casos como os relatados por Paulo Roberto. O pedreiro Francisco Eudes Vasconcelos Souza, 46 anos, também ganhou na Justiça o direito de rece-
ber tratamento para câncer no pulmão. O médico recomendou uso de medicamento específico a cada 15 dias durante dois anos. O remédio, que cura 70% de casos semelhantes ao seu, custa R$ 23 mil. O resultado
Francisco Eudes: sem medicamentos para c
precisa
câncer
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Paulo Roberto espera reconstituição dos intestinos. “Do câncer, estou curado desde 2015”, diz. A bolsa, que usa no abdome para recolher as fezes, precisa ser trocada a cada três meses. A situação era prevista para um período de três a seis meses
é que, em um ano, ele só o tomou duas vezes. Eudes, a exemplo de Paulo, já tem seu tratamento comprometido. É o mesmo que ocorre com a auxiliar de serviços gerais Neide Conceição Paes Landim, 47 anos. Mãe de cinco filhos, ela diz sofrer dores quase insuportáveis nas pernas e esperava duas cirurgias vasculares desde 2013. Ação do DPU permitiu-lhe fazer uma das operações no início deste mês. “Só Deus sabe como estou vivendo sem poder trabalhar há quatro anos”, lamenta. A sobrevivência dela e de seus cinco filhos vem de doações. Neide conta que só está convalescendo agora, com a uma perna enfaixada, “porque o juiz pediu a cirurgia”. E agradece à Defensoria: “eles ajudam mesmo”. Seu sonho neste momento é conseguir logo a operação na outra perna, já que, por enquanto, sua passagem pelo bisturi resolveu apenas parte da “dor muito forte” que a atormenta há anos. Neide, como Eudes e Paulo, também passa por apertos para adquirir medicamentos. Uma despesa de R$ 180 para ela é uma fortuna. Igrejas lhe dão roupas usadas para que faça um bazar e, assim, ir sobrevivendo dia a dia. Além do tratamento que só conseguem em parte na Justiça, os três sonham em voltar a ter condições de trabalhar para garantir o sustento. A PIOR SAÍDA – A defensora Raquel Brodsky explica que a busca por tratamento médico é comum na Defensoria Pública da União. Ela reclama que, quando há decisão favorável no Judiciário, por causa da responsabilidade solidária na atenção à saúde, existe um jogo de empurra entre órgãos federais e distritais, no caso de Brasília. “Quem não pode contratar advogado, nos procura”, diz Raquel. Junto com a questão da saúde, ela aponta como muito comum, no DPU, processos para garantir direitos previdenciários. As pessoas conhecem a Defensoria sob as mais variadas formas de informação –
boca a boca, internet e divulgação noutros órgãos públicos. Gilmar Menezes destaca que saúde é direito dos cidadãos garantido na Constituição e dever da União, estados e municípios. De acordo com seus relatos, há de 20 a 30 processos com pedidos de vaga em UTI por semana. Quando o atendimento é feito, surge outro problema porque o beneficiado fura uma fila de pacientes. Existem ações até para se conseguir remédio que custa R$ 10. “O problema é a má gestão pública no País inteiro”, sintetiza Gilmar. Há muitos exemplos, como a interferência do Judiciário para que se faça radioterapia, um tratamento impensável para a esmagadora maioria da população fora da saúde pública: cerca de R$ 10 mil. Gilmar conta que o DPU se esforça para conseguir resolver os problemas sem acionar a Justiça. E que tudo que for possível fazer desta forma é feito, como acordos noutra área de muita demanda. “Priorizamos a solução extrajudicial. A cada 15 dias, por exemplo, tentamos acordo com a Caixa Econômica Federal de pendências diversas, desde FGTS até financiamento da casa própria”, revela. DIREITO DE TODOS – No site do DPU, quando o assunto é saúde, a Defensoria explica que “é direito de todos e dever do poder público. Por meio de políticas públicas e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), você tem acesso a medicamentos e procedimentos, desde os mais simples, obtidos no posto de saúde, aos mais complexos, a exemplo de tratamentos contra o câncer”. Informa ainda que o órgão “atua com muita frequência na área da saúde, com auxílio gratuito ao cidadão de baixa renda na busca por atendimento em casos como solicitação de medicamentos e insumos não fornecidos pelo SUS; pedidos de cirurgias e procedimentos negados pelo Poder Público; marcação de consultas com especialistas e exames; procedimentos emergenciais de saúde; tratamento fora de domicílio; fisioterapia e reabilitação em geral; e tratamento domiciliar”.
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CHICO SANT’ANNA
Por Chico Sant’Anna
A capital das rachaduras
Bloco A da SQS 112 apresenta rachaduras de fora a fora JOEL RODRIGUES
A inoperância dos últimos governos vai sair caro ao contribuinte. Obras de reparo, como no Eixão, são muito mais dispendiosas do que as de prevenção
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rasília vem se transformando num cenário apropriado para filmes de aventura catastrófica. Tipo A Falha de San Andrés, que mostra a Califórnia rachando, com tudo caindo aos pedaços. Embora por aqui não haja terremotos, cada vez mais são presentes erosões, rachaduras e trincas, tanto em obras públicas quanto em obras privadas. Certamente o que vemos não são imagens hollywoodianas, mas sim o realismo catas-
trófico de erros passados e presentes. Depois dos episódios dos desabamentos do viaduto do Eixão e da laje do Bloco C da SQN 210, três outras estruturas assustam os brasilienses: a Ponte JK, um prédio residencial na SQS 112 e a Estrada Parque Guará (EPGU). O problema na Ponte JK é simples. Se houvesse rotina de manutenção não haveria esse alarde todo. Placas de borracha que vedam as juntas de dilatação do platô da ponte se desgastaram e se soltaram. Elas servem justamente para vedar o
DRONE ESPIÃO Moradores da Quadra 28 do Park Way estão assombrados com um drone que resolveu fuçar a intimidade dos lares. Não importa a hora, lá está o bicho bisbilhotando tudo. Um casal foi acordado às três da manhã com o drone filmando da janela o interior do quarto. Relatos demonstram que ele sobrevoa piscinas, jardins, podendo verificar a rotina doméstica e até a existência de cães e câmeras de segurança. Além da irritação pela invasão da privacidade alheia, moradores temem que os sobrevoos sirvam para que marginais venham depois roubar as residências. O caso já foi levado à Administração Regional e à delegacia de polícia. Falta só a Anac. Até agora, nada! E o zumbido continua perturbando a comunidade...
Na EPGU, próximo ao Zoológico, uma faixa foi interditada espaço entre uma placa e outra do piso da ponte. Bastaria um acompanhamento rotineiro e material em estoque para que nada tivesse ocorrido. Mas não foi o que aconteceu. O segundo caso, lembra-nos o da Asa Norte. Na SQS 112, o piso do piloti do bloco A apresenta rachaduras longitudinais e transversais de fora a fora. Uma trinca percorre toda
a lateral do imóvel, dotado de caros apartamentos vazados, com 100 metros quadrados. As imagens assustam moradores e quem por ali passa. Não se tem informações sobre a extensão do dano e se já foram tomadas as providências necessárias. VOÇOROCA – É sobre o Córrego Guará, nas imediações da Es-
trada Parque Guará (EPGU) que brotam as mais novas preocupações. Uma faixa da via de intenso tráfego foi interditada. O asfalto trincou, uma fenda paralela à pista surgiu e uma área extensa da vegetação lateral já não existe mais. O medo de uma voçoroca, de uma erosão que desmorone a EPGU é grande. Questiona-se se a drenagem do local foi feita com eficiência, quando houve construção da estrada, e se foi feita a devida manutenção. Uma erosão ali pode acarretar danos ambientais de grande magnitude, carreando terra para os cursos d’água, assoreando o córrego do Guará e o Lago Paranoá. As fendas brotam como erva daninha. Há, ainda, a relação de nove outros viadutos e passagens de pedestres apontados pelo Tribunal de Contas como situação crítica e demandando, desde 2012, um reparo emergencial. A inoperância do GDF nesses últimos governos vai sair caro ao contribuinte candango. As obras de reparo, como se vê no Eixo Rodoviário, são muito mais dispendiosas do que as de prevenção. Mas o comportamento de ignorar o perigo parece não ser apenas das autoridades públicas, é também do cidadão comum, como demonstra o prédio da SQN 112.
Esperando Godot, digo, Lula Como na peça do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, os partidos de Brasília, em especial o PT, aguardam o desfecho da situação judicial de Lula. Se o pior acontecer para os petistas, já se comenta internamente no partido a possibilidade de Fernando Hadad vir a ser o candidato a vice de Ciro Gomes (PDT). Entendem ser melhor sair com quem já tem 10% de aceitação do que partir do zero. Caso isso ocorra, tudo pode mudar na política candanga. Uma coligação nacional PT-PDT forçaria um repeteco no DF. Assim, a articulação de
Joe Valle (PDT) com partidos como a Rede, de Chico Leite, e o PPS, de Cristovam Buarque, pode ir pro brejo. Nesse caso, como ficariam os partidos que apoiam hoje o nome de Joe Valle? Voltariam para os braços de Rollemberg? Somariam forças a Frejat e às agremiações de direita? Tentariam voo solo? Em Esperando Godot, o foco é a espera daquilo que nunca chega. Os personagens tentam fazer com que o tempo passe, na busca incansável do sentido das coisas.
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PAZ – A Campanha da Fraternidade 2018, lançada pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) quarta-feira (14), tem como tema “Fraternidade e Superação da Violência”. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, apesar de possuir menos de 3% da população do planeta, o Brasil responde por quase 13% dos assassinatos.
DISTRITO FEDERAL
GUARÁ
Alerta contra doença de Chagas O período de chuvas é propício à proliferação do barbeiro, transmissor da doença de Chagas. Isso ocorre por causa da variação da umidade e elevação da temperatura. Para evitar o aumento da quantidade do inseto, a Secretaria de Saúde recomenda que a população avise à Vigilância Ambiental, caso o encontre, para que sejam feitos a inspeção e o controle. Em 2017, foram capturados 617 barbeiros. Desses, 538 foram encontrados no primeiro quadrimestre do ano. No período de seca (maio, junho, julho e agosto), não houve registro de nenhuma captura. Para prevenir a doença, é necessário fazer o controle do besouro nas residências. Isso inclui frestas em paredes, assoalho ou forro, buracos, entulhos encostados em muros, atrás de quadros
Possível desabamento fecha pista A pista que liga o Guará 2 à L4 Sul, no Plano Piloto, passando pelo Jardim Zoológico e pela Reserva Ecológica do Guará foi interditada na Quarta-Feira de Cinzas (14) por suspeita de possível desabamento no trecho, sentido Plano Piloto, perto do cruzamento com a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), há “um risco de movimentação de terra, o que faz necessária a interdição, para início do monitoramento”. A área foi vistoriada pelo presidente do DER, Márcio Buzar. Ele justificou a necessidade da intervenção na pista porque ela foi construída em cima de uma barreira de terra e está cedendo com as chuvas e o tempo. Não há previsão para a liberação da via.
SAMAMBAIA REPRODUÇÃO / TV
ou embaixo de colchões. Travesseiros, términos de paredes com sancas (parte do telhado que se apoia sobre a espessura da parede) que permitam locais escuros e que sirvam de esconderijo também são ambientes ideais para abrigá-lo. Deve-se ainda ter atenção com os ambientes de criação de animais domésticos, como camas de cachorros e de gatos, gaiolas de pássaros e de roedores, galinheiros e chiqueiros.
Menos foliões
Sujeira do Carnaval
Pelo menos 746 mil pessoas foram às ruas do DF neste ano para curtir os 229 eventos de carnaval cadastrados pela Secretaria de Cultura. O governo esperava dois milhões de foliões. O número refere-se aos dias da festa oficial e ao período de pré-folia. A Secretaria de Segurança Pública registrou de sábado (10) até as 6h de quarta-feira (14), 437 ocorrências, contra 562 no mesmo período do ano passado. Os dados constam do balanço apresentado pelo governo. Para o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Cristiano Barbosa Sampaio, a festa foi uma das mais tranquilas que a cidade já teve.
No pré-Carnaval e nos dias oficiais de folia, foram recolhidas 117,5 toneladas de resíduos. A informação é do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). De acordo com o órgão, apenas nos cinco dias de festa, de 9 a 13 de fevereiro, foram coletadas 86,2 toneladas. O restante foi recolhido em eventos prévios de Carnaval, a partir de 20 de janeiro. O efetivo empregado foi de 2.425 garis. Além disso, foram disponibilizados 46,5 mil sacos para recolhimento de resíduos. Pelo quarto ano consecutivo, o SLU reconhecerá o mérito dos blocos carnavalescos que se empenharam em garantir um ambiente livre de sujeira durante a folia.
Elson Magalhães disparou spray de pimental contra 15 crianças
Sargento PM abusa da autoridade Um sargento da PM aparece nas redes sociais usando spray de pimenta contra 15 crianças que brincavam de queimada na rua em Samambaia. As imagens mostram Elson Magalhães, de boné e camiseta, disparando o produto. O caso ocorreu no conjunto 8 da QR 408, por volta das 23h de terça-feira (13). Tudo começou com bate-boca entre vizinhos, depois que o filho do policial pediu para “maneirar” o barulho numa festa de aniversário. O PM chegou, de acordo com vizinhos, e disparou o spray. O policial alega que se sentiu ameaçado e foi defender sua família. A PM informou que não houve registro de nenhuma ocorrência sobre o fato.
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Reformas internas em apartamentos ameaçam mais de 100 prédios no Plano Piloto Orlando Pontes
B
rasilienses correm o risco de ficar debaixo de escombros não apenas quando atravessam pontes e viadutos ou estacionam em garagens subterrâneas. Moradores de mais de 100 prédios residenciais do Plano Piloto convivem, sem saber, com a ameaça de desabamento da própria casa. Levantamento feito em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (Ibap) em 163 prédios do Plano Piloto, em parceria com a Defesa Civil, mostrou que mais de 70% deles apresentavam “risco de modificação estrutural significativa”. Ou seja: poderiam cair parcial ou inteiramente. O estudo do Ibap, coordenado pelo engenheiro civil Iberê Pinheiro, foi apresentado em 2017 durante um congresso internacional de engenharia em Lisboa (Portugal) e será levado em março a outro encontro profissional, o Iceubi, na Espanha, pelo professor João Pantoja. “O trabalho é sobre alvenaria autoportante, um tipo de construção predominante nas quadras 400 do
QUEDA TOTAL OU PARCIAL Plano Piloto, mas também presente em vários outros pontos do Distrito Federal. Nela, o elemento de vedação serve de estrutura de sustentação”, diz Iberê Pinheiro.
COLUNAS E VIGAS – Nesse tipo de alvenaria, não são usadas colunas e vigas de sustentação. No entanto, muitos proprietários optam por modificar suas unidades, quebran-
do ou mesmo derrubando as paredes para adaptar o imóvel às suas necessidades. Assim, comprometem a segurança do prédio como um todo.
Bessa destina R$ 3 mi para Taguatinga
(HRT) e na infraestrutura urbana. A solicitação ao parlamentar foi encaminhada pelo grupo Defensores de Taguatinga, que tem o apoio do Brasília Capital. “Foi a primeira grande vitória objetiva de nosso grupo. Agora, vamos acompanhar a elaboração dos projetos e a aplicação correta dos recursos”, comemorou um dos coordenadores do Defensores de Taguatinga, José Luís Lopes.
A administradora regional Karolyne Magalhães, que recebeu o parlamentar e alguns representantes dos Defensores em seu gabinete prometeu se empenhar na preparação dos documentos necessários para a liberação das emendas. Ela aproveitou para elogiar o trabalho do grupo. “A comunidade unida torna-se mais forte”, disse.
O deputado federal Laerte Bessa (PR) destinou duas emendas, de R$ 1,5 milhão cada, para benfeitorias em Taguatinga.
Para que o dinheiro seja liberado, a Administração da cidade precisará apresentar projetos de melhorias no Hospital Regional
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Segundo Iberê Pinheiro, nos últimos anos as demolições mais comuns ocorreram para instalação de hidrômetros individuais nos apartamentos. Mas também são fre-
ESCOLAS – A subcomissão de educação dos Defensores de Taguatinga se reuniu com diretores de escolas no auditório do colégio Cemab. Os educadores prometeram apresentar até o dia 5 de março sugestões para melhorar o funcionamento da rede pública da cidade.Qualquer pessoa pode encaminhar sugestões. Basta recortar o cupom publicado nesta página e depositar nas urnas espalhadas em mais de 50 pontos de Taguiatinga.
quentes as reformas para aumento de janelas, ampliação de cômodos ou simplesmente para a passagem de cabos para instalação de TVs por assinatura. O especialista lista os onze principais sistemas dessas obras: elétrico, hidráulico, estrutura, alvenaria de vedação, equipamentos (ar-condicionado e elevador), cobertura, esquadrias (portas e janelas), instalação de forros (gesso), sanitários, pintura e piso. A vantagem dos prédios das quadras 400, que reduz o risco de desabamentos, é o fato de serem edificações baixas (no máximo três andares). No entanto, um especialista da Defesa Civil, que pede para não ser identificado, afirma que existe muita irresponsabilidade de proprietários e de “pseudo-especialistas” na hora de fazer obras nas unidades residenciais. “É gente irresponsável orientada por profissionais incompetentes”, dispara. “Saem quebrando tudo, derrubando paredes, sem avaliar os riscos. No Natal, precisamos interditar um prédio inteiro na 407 Norte para fazer escoramento”, diz o oficial dos Bombeiros. Ele conta que a Defesa Civil convocou uma reunião com os síndicos, mas poucos compareceram. “Nós trabalhamos por denúncia ou por solicitação. Não temos como vistoriar todos os apartamentos”. E finaliza: “tocar nesse assunto é mexer num vespeiro. Afinal, estamos falando da desvalorização imobiliária no centro da capital da República”.
REPRODUÇÃO
Desabamento no centro do Rio de Janeiro O desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro em janeiro de 2012 foi provocado por obras, inclusive irregulares, no mais alto deles, o Liberdade (foto), de 20 andares. Na queda, levou dois edifícios vizinhos, um de 17 e outro de quatro andares. Dezessete pessoas morreram, cinco ficaram desaparecidas. A constatação de que havia obras que não deveriam estar sendo feitas já foi apontada pela polícia durante a investigação. Outros fatores podem ter contribuído para o desastre, como a sobrecarga resultante de um acréscimo de cinco pavimentos e uma inclinação na estrutura decorrente das obras do metrô, na década de 1970.
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O riso, o sorriso e a língua De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
(Vinicius de Moraes)
É próprio da mulher o sorriso que nada promete e permite tudo imaginar.
(Carlos Drummond de Andrade)
Uma das marcas mais evidentes da felicidade são os risos e sorrisos que as pessoas ostentam – por isso, são garantidos em qualquer texto literário. E você sabia que, denotativamente, existe uma sensível diferença entre rir e sorrir? Vamos analisar o que há de linguístico por trás dessas atitudes. Segundo o Houaiss, sorrir significa
Você sabe o que é pequi? “Nunca vi, nem comi / Eu só ouço falar!...” O caviar pode ter fama internacional, porém não consegue fazer o milagre de multiplicar a produção de filhos, tal qual o pequi Muito embora seja uma árvore bem brasileira, natural do cerrado que envolve a pequena área geográfica do DF e que produz um fruto amarelo de forte sabor nas refeições do povo de Goiás, curiosamente, o pequizeiro não é tão conhecido em Brasília, pelo menos em relação às respostas negativas na pesquisa que fiz com amigos residentes próximo à 113 Sul, à exceção apenas de dois aprecia-
dores daqui de casa: eu e meu genro Marcus Paranhos. De tal maneira, todos ignoravam ou respondiam que eram avessos aos pratos de pequi, que o único jeito foi recorrer à letra do samba do Zeca Pagodinho, cujo tema se refere ao caviar, tido como comida de ricos: “Você sabe o que é Caviar? / Nunca vi, nem comi / Eu só ouço falar!...”. Para falar a verdade, faz tempo que
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
rir sem fazer ruído, com ligeira contração muscular da boca e dos olhos (ou seja, “mostrar os dentes”). Em contrapartida, rir é equivalente a contrair os músculos faciais e emitir som característico. Nota-se, portanto, que sorriso é o que estampa os rostos dos felizes, ao passo que é riso é o que se emite em uma atração cômica. Há, todavia, algo morfológico que une os dois verbos. Ambos admitem a ocorrência de pronome expletivo (um elemento dispensável de realce). É correto dizer “ela sorriu para os amigos” ou “ela se sorriu para os amigos”. De modo análogo, é adequado “ele riu da peça” ou “ele se riu da peça”. Lembre-se de que, em ambos os casos, a posição do pronome é regida
pelos princípios de colocação pronominal. Como são orações absolutas dotadas de sujeito expresso, pode-se empregar a próclise ou a ênclise. Mas vale ressaltar que, independentemente do verbo, o importante é que nossos risos e sorrisos possam invadir nossos dias. Que a nossa visão esteja ativa para reconhecer sinceros sorrisos e retribuí-los; que nossa audição esteja ávida por risos de alegria. Que nossa vida seja uma metáfora da felicidade!
conheci o pequizeiro de abóbadas amplas, particularmente quando em conjunto de três ou mais árvores, como as que vi pela primeira vez quando fui fazer uma reportagem para a revista Manchete sobre um grupo de hippies que estavam habitando com suas famílias em barracas de lona na serra das Araras, que circunda a cidade de Pirenópolis, onde chegamos após uma cansativa caminhada. Era hora do almoço para as crianças, o que proporcionou lindos flagrantes sacados pelo fotógrafo Gervásio Baptista. De minha parte, iniciei as entrevistas com os pais hippies, que me explicaram que ali era o local ideal para a farta sobrevivência por algum tempo: os pequis, alimento que seus filhos adoravam. Com sua conhecida filosofia de viver em contato com a natureza, eles demonstraram fraternidade ao nos convidar para almoçar pequi com arroz, que provei e gostei. Mas, como toda moda é temporá-
ria, os hippies sumiram do mapa. Os pequis, no entanto, continuam abastecendo as mesas dos nossos vizinhos goianos. Portanto, limitei-me a fazer uma pesquisa no Google, fixando-me no item “Os 15 benefícios do pequi”. E me surpreendi ao deparar com a relevante informação: além das benesses, o pequi consegue incrementar a relação sexual de casais. Só então deu pra entender por que Goiás é a região brasileira com a maior produtividade de crianças, tanto assim que precisou ser dividido em dois, criando o estado do Tocantins. Concluindo: o caviar pode ter fama internacional, porém não consegue fazer o milagre de multiplicar a produção de filhos, tal qual o pequi, levantando o moral dos maridos goianos!
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
Fernando Pinto Jornalista e escritor
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Riqueza material e fracasso espiritual “Devia ter amado mais, trabalhado menos, complicado menos, ter me importado menos com problemas pequenos, aceitado as pessoas como elas são, ter visto o sol se pôr...” Em geral, as tradições espiritualistas colocam como provas mais difíceis para seus discípulos aquelas relacionadas ao sexo, dinheiro e vaidade. Especificamente, sobre o perigo da riqueza, Jesus referiu-se a ela em várias passagens, notadamente na parábola do rico e de Lázaro. É muito difícil encontrar alguém que, sendo rico, procure pre-
enchimento espiritual. Quanto maior o atraso espiritual maior é o encantamento com a ilusão de poder e superioridade que o dinheiro proporciona. Ricos, em geral, são pessoas que vivem apenas para acumular, ostentar, permanentemente preocupadas em passar imagens de conforto e abundância. Dificilmente param para apreciar
O que precisamos saber sobre os óleos para cozinhar? Primeiro, é importante diferenciar óleos de gorduras. Muitas pessoas falam de um e de outro como se fossem a mesma coisa. Porém, os óleos, à temperatura ambiente, apresentam maior teor de ácidos graxos insaturados. Por isso, aparentam estado fluido. Já as gorduras têm um teor maior de ácidos graxos saturados. Assim, à temperatura ambiente ficam em estado sólido, como
é o caso da gordura das carnes quando não submetidas ao calor. Há muitos anos, usava-se gordura animal para o preparo de alimentos. Mas, nas últimas três décadas, os óleos vegetais ocupam o primeiro lugar dentre as recomendações de organismos internacionais quando o quesito é preparo de alimentos. A discussão de hoje não está em qual seria o melhor a ser
uma boa música, um bate-papo agradável, um bom livro, sem preocupação com negócios e bolsas de valores, especialmente agora, com o maldito celular. Quando a morte se aproxima, lamentam a forma equivocada como viveram. Achavam que o dinheiro era tudo. Que todos os meios para ganhá-lo eram lícitos. Podiam gritar, humilhar, corromper, esquecidas do sentimento de solidariedade que manda ao que tem mais ajudar e elevar o que tem menos. Quantas vezes a vida as levou a observar e terem companhias de pessoas agradáveis e sábias, e delas nada tiraram para melhorar sua vida e seu viver. A obsessão estava apenas em acumular, fosse sonegando impostos, explorando empregados, trapaceando para vender ou ganhar concorrências e ignorando a própria saúde.
E Jesus, pergunta: Insensato! hoje mesmo levarão tua alma, e o que acumulaste para que servirá? De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Pobres ricos. “São tão pobres que só têm dinheiro”, dizia Chico Xavier. A morte se aproximando cada vez mais e, de uma rádio distante, “coincidentemente e sincronicamente”, chegam os acordes da música dos Titãs, que se torna uma tortura: “devia ter amado mais, trabalhado menos, complicado menos, ter me importado menos com problemas pequenos, aceitado as pessoas como elas são, ter visto o sol se pôr...”.
usado, mas, sim, sobre os tipos de óleos vegetais que temos para cozinhar. Os principais óleos usados são os de soja, milho, canola, algodão e até o azeite de oliva. Um ponto importante está relacionado à acidez dos óleos. A principal forma de deterioração dos óleos consiste na oxidação, que ocorre quando o oxigênio do ar reage com os ácidos graxos insaturados. A oxidação lipídica é responsável pelo desenvolvimento de sabores e odores desagradáveis, tornando os alimentos impróprios para o consumo, além de provocar outras alterações que irão afetar não só a qualidade nutricional, mas também a integridade e segurança do alimento, através da formação de compostos potencialmente tóxicos.
Não é à toa que, quanto menor o índice de acidez do óleo, mais caro ele é. O azeite de oliva é um óleo que apresenta uma variação muito grande no mercado quanto ao nível de acidez – repare quando for ao supermercado. As frituras são contraindicadas à saúde, especialmente a saúde cardíaca, pois elas aceleram o processo de oxidação lipídica. O ideal é usar óleo ou gordura em pequena quantidade no preparo dos alimentos, e o azeite de oliva extra-virgem deve ser usado para finalizar preparações.
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)