Jornal Brasília Capital 352

Page 1

www.bsbcapital.com.br

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ENTREVISTA / JOFRAN FREJAT

“Vem pra cá, junta!” Pré-candidato garante que fica no PR, mas quer unir PDT, PPS, MDB, DEM, PP, PTB, Podemos e PSDB Ano VII - 352

Brasília, 3 a 9 de março de 2018

ANTÔNIO SABINO

Página 7

METRÔ

Governo volta a investir 20 anos depois A assinatura da ordem de serviço para conclusão da Estação Estrada Parque é mais uma demonstração da prioridade que o GDF dá à expansão do metrô. O governador construirá o ramal até o HRAN, expandirá 3,2 km em Ceilândia e 3,6 km em Samambaia, numa parceria com o Ministério das Cidades / Página 9

Instituto oferece tratamentos médicos de graça L2 IP, na Asa Sul, ainda tem vagas para pacientes do mal de Alzheimer Página 13

Lixo incomoda o Sol Nascente Página 11

Rollemberg com Marcos Dantas: prioridade ao transporte sobre trilhos

Joe Valle presta contas a Taguatinga Página 6

Ministério das Comunicações dá concessões a empresas sob investigação Secretário de Radiodifusão do MCTIC, Moisés Queiroz, não cessa “farra das outorgas” iniciada por sua antecessora Página 4

Veja os tópicos que poderão cair na prova do concurso do STM Elias Santana – Página 14


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

E

A R T I G O

x p e d i e n t e

A qualidade total na construção e os atalhos para o paraíso (revisitado) Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com (61) 99139-3991 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores

Siga o Brasília Capital no facebook.com/jornal.brasiliacapital

João Carlos Teatini (*) Um dos paradoxos da sinuosa trajetória do Brasil na sua luta incessante pela ascensão ao primeiro mundo é a facilidade com que se incorporam, de forma muitas vezes superficial e até inconsequente, novos conceitos, sem que se tenham superado antigos e sérios problemas.O enorme destaque dado, recentemente, ao Controle Total de Qualidade na Engenharia é, de certa maneira, um exemplo deste fenômeno. Mesmo reconhecendo-se a relevância e urgência do tema, há abordagens específicas relacionadas com a indústria da construção que apontam soluções refinadas. Isso não significa tocar, ou até mesmo evitar, discutir algumas das causas primárias nos inúmeros casos de falta de qualidade nas edificações. Apenas uma das causas, de tão alarmante, é suficiente para introduzir a questão: Pesquisa recente do Departamento de Engenharia Civil da UnB mostra que, em 1992, somente 10% do volume total de concreto utilizado nas estruturas do Distrito Federal passaram por controle tecnológico, como preparo e recebimento de concreto. O controle garante que o concreto alcança a resistência citada no projeto estrutural, e não compromete a segurança, durabilidade e a vida útil de uma edificação. Analogia simples da gravidade do problema seria a inexistência de controle dos materiais de solda das turbinas de avião ou da borracha de um pneu de automóvel. Acreditamos não ser esta uma realidade exclusiva do DF --- deve prevalecer na maior parte do país. Infelizmente, é verídico o episódio, cô-

C

nWasny de Roure Um grande deputado. Íntegro, sério e que sempre esteve à frente das causas da PMDF e do BMDF. Parabéns! Precisamos de homens como o senhor para nos representar no Senado. Pedro de Alcântara, via Facebook E o Agnelo gostava muito de servidor, né? Procon-DF que o diga. Esse povo tem que parar de ser hipócrita.

Político detesta servidor (pelo menos o sério, não o corrupto), porque esse não vai fazer todos os desmandos que eles impõem. André Almeida, via Facebook Quando os militares foram pedir intercessão do Wasny, ele disse para procurar o seu representante! Pois bem, não esqueci, deputado. O meu voto e da minha classe o senhor não terá! Santos

mico se não fosse trágico, de um construtor que, após repetidos resultados insuficientes da resistência do concreto da sua obra, ameaçou para os ensaios futuros só pagar o laboratório caso os resultados fossem satisfatórios. Para efeito de comparação: algum cliente se exporia ao ridículo de querer pagar a um laboratório de análises clínicas somente se os exames de sangue resultassem negativos?! É difícil discutir qualidade sem se referir ao fato de que, salvo exigências específicas de certos órgãos públicos, para se obter o alvará de construção de uma obra junto ao GDF são exigidos como documentação técnica apenas o Projeto de Arquitetura e a Planta de Cargas na Fundação. Somente na requisição do “Habite-se” é solicitada a apresentação dos demais projetos de Estruturas e Instalações, apenas carimbados pelo CREA para anotação da responsabilidade técnica. Em inúmeras obras, os projetos são feitos apenas por desenhistas, não qualificados, tendo agora ao seu dispor potentes, e muito perigosos se mal usados, pacotes computacionais. Não seria difícil exigências dos órgãos competentes, como obrigatoriedade de entrega das memórias de cálculo dos projetos. É hora de se discutir no início da obra, o pagamento de cobertura securitária, que já existe na maioria dos países desenvolvidos. Este “seguro-garantia” foi proposto, há mais de um ano, pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia e Qualidade na Construção (ITQC) com a ressalva: “não pode nem deve ser visto de forma igual àquele convencionalmente praticado pelas seguradoras.” Obviamente, o custo de tal seguro deve

ser inversamente proporcional ao gabarito de todas as equipes técnicas e administrativas de projeto e execução. Isto é, paga mais quem for incompetente, o que vai ser julgado não por um órgão público, mas pelas equipes técnicas das seguradoras, que deverão organizar cadastros do desempenho de profissionais e empresas. Afinal, não estamos, pelo menos no discurso, em um país disposto a modernizar-se e tirar o peso do estado sobre a atividade econômica,deixando, neste caso de forma efetiva, o tão falado mercado regular a produtividade e competitividade? Reconhecendo novamente a relevância da discussão sobre Qualidade Total na Engenharia, deixo aqui a mensagem de que é difícil, talvez impossível, que ela seja alcançada sem se alterar o quadro relativo a problemas tão básicos. Mais ainda: fica aqui um apelo às entidades e órgãos de classe da área para que se integrem, e até liderem, a superação de males crônicos do nosso país, o que, na realidade, nada mais é do que uma extensão da luta pela cidadania e melhores condições de vida e de trabalho para a sociedade. Esclarecimento: Este artigo foi publicado originalmente no Informativo CREA/DF, em julho de 1994 (trechos secundários omitidos). Após o desabamento do viaduto no Eixo Rodoviário Sul em Brasília, em 6/2/2018, o autor encontrou o texto, que entendeu ser atual.

(*) Professor aposentado do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB

a r t a s

Ribeiro, via WhatsApp Não é verdade. Wasny sempre defendeu a categoria e trabalha para garantir melhorias e a correta destinação do Fundo Constitucional do DF. Eliana Araújo, via Facebook Entrevista com o deputado Wasny de Roure (PT), onde ele afirmou que “Rollemberg não gosta de servidor público”.

nRisco Se for fazer reportagem sobre cada obra viária que está enferrujando ou apodrecendo, o pessoal do jornal Brasília Capital vai ter pauta até o ano 2030. Isso, se nesse período não acontecer nenhuma tragédia. Verdade seja dita: a cidade está desmoronando há vários governos, e não é só na infraestrutura. Hoje mesmo, gestantes, mães e recém-nascidos esta-

vam sendo atendidos em colchões nos corredores do Hospital Regional da Ceilândia. Eder Rodrigues, via Facebook Mas o governo só tomará providências quando acontecer alguma tragédia. Patrícia Medeiros, via Instagram (@ brasiliacapital) Sobre matéria do repórter Gustavo Goes mostrando as condições físicas da passarela em várias vias do DF.


Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Psol tem chapa completa O Psol apresentou seus candidatos às próximas eleições num jantar, sexta-feira (2), no condomínio Ilhas do Lago. Os convidados conheceram os

integrantes da chapa encabeçada pela professora Maria Fátima Sousa (candidata a governadora), com o jornalista Chico Sant’Anna para o Senado; Maninha, deputada federal; e Toninho do Psol, distrital.

Agaciel, o equilibrista Estação sairia de graça Em que pese o fato positivo de o governador Rodrigo Rollemberg ter assinado a ordem de serviço para conclusão da estação Estrada Parque (leia matéria na página 9), a realidade é que o Metrô-DF poderia ter economizado os R$ 2,4 milhões que serão gastos na obra, além de ter ficado pronta pelo menos dois anos antes. PPP – Em outubro de 2015, o empreiteiro Arnaldo Campos, que pretendia construir um shopping horizontal e prédios de comércio e serviço nas imediações, propôs uma Parceria Público-Privada (PPP) para concluir a estação. O projeto foi entregue à Companhia do Metropolitano, mas não avançou. DOURADO NÃO QUIS – Pelo projeto, o GDF receberia um valor mensal pela concessão de uso dos terrenos lindeiros (vizinhos) à estação. Após 30 anos, todo o patrimônio passaria para o Estado. No entanto, o presidente do Metrô, Marcelo Dourado (foto), se opôs à ideia. Para ele, seria uma privatização do transporte. Em 2017 a construtora desistiu do projeto. Dourado não atendeu às ligações do Brasília Capital.

DESEMBARQUE – O distrital Bispo Renato Andrade garante não ter cargos na estrutura do Buriti, tampouco o federal Laerte Bessa. Não é o caso de Agaciel, que indicou vários aliados para funções no Executivo, que poderá perder caso saia da base de apoio.

Causa estranheza entre alguns militantes e dirigentes do PR a postura do líder do governo na Câmara Legislativa. Eles cobram de Agaciel Maia uma definição – se apoiará a reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB) ou se ficará no palanque oposicionista de seu correligionário Jofran Frejat. INDEPENDÊNCIA – Mas isso não abala Agaciel. Ele garante que tudo foi acertado com a direção nacional do PR – que informou à regional – antes de ele assumir a liderança do governo. Pelo combinado, o distrital teria independência para apoiar ou não os projetos do Executivo. “Não estou ajudando este ou aquele governo. Meu compromisso é com Brasília”, afirma. LRF – Àqueles que o pressionam, Agaciel tem a resposta na ponta da língua: “Se estou sendo bom para o atual governo, serei melhor ainda para os futuros”. Ele lembra que, em 2015, quando decidiu ajudar Rollemberg, o DF figurava entre as cinco piores unidades da Federação quanto ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), junto com Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. EQUILÍBRIO – “Hoje, estamos entre as cinco melhores”, comemora. Ele cita o equi-

Agaciel garante: “Sempre estarei do lado do meu partido”

Bispo Renato Andrade elogia: “Agaciel Maia é um craque”

líbrio do orçamento do Estado como condição para a realização de concursos públicos e convocação de concursados. FIEL – O deputado, no entanto, garante que permanecerá no PR: “Sempre estarei do lado do meu partido”. Mas aguardará até o último instante. Somente após a realização das convenções

e formação das coligações para outubro – o que ocorrerá de 5 de julho até 5 de agosto – Agaciel decidirá se pedirá afastamento da liderança do governo. ESCOLA – E deixa claro: “Se me chamarem para ajudar, estou pronto. Mas não contem comigo para desconstruir. Minha escola política não é esta”.

MALUCA – Bispo Renato afirma que o PR nunca foi base governista na Câmara, apesar de Agaciel ser líder do governo. Isto, para ele, cria uma situação que classifica de “meio maluca”. “É estranho. Mas o compromisso do Agaciel, quando as coisas fluírem, é caminhar com Frejat”, diz. CRAQUE – Na sua avaliação, o correligionário acabou líder governista porque Rollemberg não tinha pessoas capacitadas para apoiá-lo. “Agaciel é um craque”, elogia. Bispo Renato destaca que houve momentos em que o PR votou a favor do governo, noutros contra. E que isso é normal porque o partido observa os benefícios à população. “Se o PR não ajudasse, a situação no DF seria pior”. OPOSIÇÃO – Bispo Renato salienta que ele próprio foi líder da oposição, para reforçar que o partido nunca foi da base de apoio. “O governo sempre teve a consciência de que temos candidato ao Buriti”, acentua, referindo-se a Frejat.


Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Interferência na comunicação FOTOS: DIVULGAÇÃO

Moisés Queiroz continua mantendo o mesmo procedimento adotado pela antecessora, Vanda Jugurtha, que perdeu o cargo por causa de denúncias

Ministério libera concessões até para empresas sob investigação de envolvimento em outorgas ilegais Da Redação

A

troca de comando na Secretaria de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) não pôs fim ao que empresários do setor chamam de “farra das outorgas”. Os desmandos que provocaram a saída de Vanda Jugurtha Bonna No-

gueira, no início de janeiro, e a entrada de Moisés Queiroz Moreira como substituto – posteriormente efetivado no cargo – não alteraram “procedimentos irregulares” constatados por empresas de comunicação de São Paulo. As constatações sobre violação de exigências técnicas e jurídicas em dezenas de concessões de canais de rádio e TV, que tiraram Vanda da secretaria e serão investigadas por uma comissão do Senado Federal, acentuaram-se com outorgas concedidas a empresas que aparecem beneficiadas pela ex-secretária de forma irregular. Existem suspeitas de que ela ainda estaria comandando as concessões nos bastidores.

Nova gestão na Secretaria de Radiodifusão chega a causar suspeitas em empresários de que Vanda pode estar agindo nos bastidores. Ela já foi advogada de de alguns grupos O MCTIC publicou portarias em 31 de janeiro autorizando, já na gestão de Moisés Queiroz Moreira, a operação da TV Topázio em três cidades no Rio Grande

do Sul: Osório, Balneário Pinhal e Tramandaí. As outorgas foram assinadas pelo ministro Gilberto Kassab. Além dessas três, mais 11 cidades receberam concessões. Em 6 de fevereiro: Curitiba, Osório, Tramandaí e Balneário Pinhal. No dia 8, foi a vez de Ribeirão Preto; e, dia 9, São Carlos. No dia 15, foram as cidades de Florianópolis, Campo Largo, Pinhais e Fernandópolis. Finalmente, no dia 16 de fevereiro foi a vez de Lageado. A TV Topázio pertence à mesma família que controla a Fundação Guilherme Müller e a Fundação Padre Luiz Bartholomeu. As duas fundações são investigadas no esquema que levou à de-

missão de Vanda. Também aparecem na lista de fundações suspeitas de participar do esquema a Fundação Comendador Avelar Pereira de Alencar e a Fundação de Fátima e Emmanuel Telecomunicações Ltda. Com a assinatura destas outorgas aqui referidas, já chega a 11 o número de canais concedidos para as empresas controladas por essa família, que agora alcançam telespectadores em quatro estados, além de mais 59 canais em várias capitais concedidos pela gestão de Vanda, em tempo inédito, favorecendo os grupos Fundação Guilherme Müller e a Fundação Padre Luiz Bartholomeu. As denúncias anteriores serão investigadas pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal, garantiu o presidente do colegiado, senador Otto Alencar (PSD-BA). As irregularidades atribuídas a Vanda Jugurtha, listadas na comissão, ocorreram em 2016 e 2017. As suspeitas sobre os atos de Vanda são reforçados pelo seu currículo: foi advogada de vários grupos de comunicação no País. Para o Ministério das Comunicações nada de errado há, mas mesmo assim a corregedoria da Pasta, apura as denúncias. Ao Brasília Capital, a resposta da assessoria de comunicação social, quarta-feira (28) foi sucinta: “O MCTIC informa que a Secretaria de Radiodifusão não identificou qualquer anormalidade nos processos mencionados. Entretanto, devido às alegações mencionadas, o tema também é apurado pela corregedoria do órgão. O MCTIC ressalta a lisura e transparência dos processos de radiodifusão inseridos no contexto de modernização da Serad”.


Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Chico Machado é pré-candidato do PT ao Senado Sindicalista articula sua pré-candidatura para fazer par com o distrital Wasny de Roure Francisco Chagas Machado Filho, o Chico Machado (foto), acredita que será o segundo candidato do PT ao Senado, junto com o deputado distrital Wasny de Roure. “Já estamos conversando com as lideranças. Tenho de ter o apoio do partido”, afirma. Segunda-feira (5), Machado pretende anunciar, no diretório regional, sua pré-candidatura. De acordo com Chico Machado, até o momento apenas o nome de Wasny está definido e não há nenhum outro político pleiteando a segunda vaga, que ele pretende ocupar. E ressalta o que lhe parece óbvio: precisa do total apoio da legenda porque uma campanha necessita de recursos partidários. Aposentado desde o ano passado do Ibama, o sindicalista está em plena articulação de seu projeto político-eleitoral, fazendo a enfática defesa dos governos petistas, tanto no GDF quanto na Presidência da República. Ex-secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep-DF), sua atuação está estreitamente vinculada ao movimento sindical. Entre vários cargos públicos, Chico Machado foi coordenador-chefe da Coordenadoria das Cidades, então responsável pelo programa Orçamento Participativo, no governo Agnelo Queiroz. Ele integra a tendência Movimento de Reafirmação do Socialismo (MRS), que, ressalta ele, tem mais de 20 anos de existência no PT. Gaúcho, morador de Brasília há mais de 50 anos, Machado considera-se apto a representar o DF no Senado. Para ele, na defesa de Agnelo e do ex-presidente Lula não há meios termos. Classifica as investigações contra os dois como “perseguições, denúncias vazias”. No caso do líder maior do PT, responde que a intenção é mesmo o que seus companheiros sempre dizem: impedir a eleição de Lula. No caso de Brasília, Chico diz que “fizemos um bom governo, um governo íntegro. Agnelo trabalhava demais, tem braço de ferro”. Enfim, considera que tudo não passa de uma grande injustiça as acusações e processos contra o ex-governador e o ex-presidente. “Tenho total certeza de que eles não fizeram nada disso”, sentencia. No seu entendimento, tudo que ocorre contra os companheiros é resultado do linchamento em praça pública de pessoas honestas e trabalhadoras. Atribui os ataques contra Agnelo e Lula a forças políticas de direita, contrariadas com a forma de governar do PT, sempre em favor dos que mais precisam.

A escola do meu filho não tem professor de Educação Física

E AGORA, RODRIGO? Brasília não está no rumo certo. + DE 200 ESCOLAS SEM

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA


Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Expansão da cobertura na atenção primária é fake news do GDF Na contramão da tentativa de combate às fake news, um problema que ameaça diretamente a democracia, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e seu fiel escudeiro, o secretário de Saúde Humberto FonDr. Gutemberg, seca, lançaram, no meio despresidente do Sindicato dos ta semana, mais um boato Médicos do DF e advogado de forma oficial: em entrevista coletiva, eles anunciaram que a mudança no modelo da atenção primária dobrou a cobertura populacional em um ano. Que bom seria se fosse verdade! Basta uma rápida visita ao site do Ministério da Saúde, porém, para verificar que a “boa nova” do GDF não passa de uma fake news. Quando comparados com os dados da pasta, os índices levados para a imprensa local por Rollemberg e por Fonseca tornam-se, no mínimo, duvidosos. No que diz respeito à Estratégia Saúde da Família, os números do ministério mostram uma cobertura populacional, em janeiro deste ano, de apenas 36,55% e não de 69,1% como afirma o GDF.

Em números literalmente populacionais, em vez de uma assistência a mais de 2 milhões de habitantes do DF, como propagam Rollemberg e Fonseca, os dados do Ministério da Saúde revelam que o novo modelo chega a, no máximo, 1,1 milhões de pessoas. Ou seja, como já afirmei antes, trata-se da famosa “mudança X mais do mesmo” adotada pelo atual governo do Distrito Federal desde 2015. Nesse quadro, uma das regiões que, segundo a fake news da dupla Rollemberg e Fonseca, ultrapassa 100% de cobertura se destaca: o Riacho Fundo II. Lá, segundo as contas duvidosas dos atuais gestores do Buriti, as alterações

no modelo de assistência da atenção básica expandiram em 128,1% a cobertura. Aqui, vale até uma pausa para a célebre frase de William Shakespeare: “há algo de podre no reino da Dinamarca”. Segundo servidores da Saúde do Riacho Fundo II, muito provavelmente ela não chega nem a 30%. Isso porque, para calcular a área de abrangência, o GDF teria utilizado como parâmetro dados populacionais de 2013. O problema é que, de acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), apenas de 2013 a 2015 o número de habitantes na região aumentou 14,53%, saltando de 39,4 mil para 51,7 mil pessoas.

Resumindo: o tal salto na cobertura da Estratégia Saúde da Família é mais uma fake news deste governo. E não dá para nos iludirmos: outras virão por aí. Por isso, é imprescindível que estejamos alertas, como venho falando desde o início desta suposta “conversão” de modelo na atenção básica. Rollemberg tentará a reeleição a todo custo e as coletivas de imprensa também são palco da sua pré-campanha. E a próxima fake news que deve vir à tona, podem acreditar, é o Instituto Hospital de Base, outra empreitada meramente eleitoreira.


Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Quais as maiores dificuldades o senhor tem encontrado nas tratativas com possíveis aliados para as eleições de outubro após o lançamento de sua pré-candidatura pelo PR? – Nosso entendimento é o seguinte: nós nos unimos, várias pessoas de vários partidos, com o objetivo de eleger alguém que não fosse do grupo do (Rodrigo) Rollemberg. Nessa reunião estavam Alberto Fraga, Alírio Neto, Paulo Octávio, Eliana Pedrosa, Tadeu Filippelli, Izalci e eu. Foi proposto e decidido que aquele que estivesse melhor nas pesquisas à época da eleição teria o apoio dos demais. Esse momento já chegou? – Ainda não chegou. Porém, partir do momento que o meu nome despontou – por razões simples: o recall da última eleição e o trabalho realizado na saúde – em vez de unir o grupo, nós percebemos algumas resistências. Todos os outros candidatos se lançaram como pré-candidatos, e eu não. Tanto que falavam: “O Frejat não se define”. Depois que todo mundo se lançou, o PR resolveu apresentar o meu nome como pré-candidato. O partido está fechado com o seu nome? – Fechado. Tanto nacional, como local.

ENTREVISTA / JOFRAN FREJAT

“Vem pra cá, junta!” Pré-candidato ao Buriti garante que não sai do PR, mas quer PDT, PPS, MDB, PP, DEM, PTB, Podemos e PSDB no mesmo barco

Orlando Pontes

L

íder nas pesquisas de intenção de votos para suceder o governador Rodrigo Rollemberg, o ex-deputado Jofran Frejat (PR) estranha que aliados tenham reagido mal ao lançamento de sua pré-candidatura. “Todos os outros candidatos se lançaram como pré-candidatos, e eu não. Tanto que falavam: ‘O Frejat não se define’. Depois que todo mundo se lançou, o PR resolveu apresentar o meu nome como pré-candidato”, conta, em entrevista exclusiva ao Brasília Capital. Mas alerta: “Temos que manter a união. Se nos desunirmos, seguramente daremos espaço para o adversário”. JÚLIO PONTES

Frejat quer unir toda a oposição para derrotar Rollemberg

Mas há críticas de que é o senhor que está se lançando... – A partir do momento em que foi lançada a pré-candidatura e o nome apareceu, já me colocam como o cara que está “se lançando”. Coisa nenhuma. Disse: se tiver alguém em melhor condição, não tem problema. Vou respeitar o acordo.

bem, e em boa condição. Aí resolveram, numa nova reunião, que deveria ser feita outra pesquisa, com um instituto de fora de Brasília, porque muitos não acreditavam na pesquisa local. Por mim, sem problemas.

Em que o senhor se sustenta para manter sua pré-candidatura? – As pesquisas apresentam meu nome

Mesmo assim, pelo visto, as divergências não cessaram... – Eu disse, numa entrevista, que não es-

tava sendo mantido o entendimento anterior. Nada pessoal contra ninguém. Mas, se não mantém o entendimento agora, como a gente fica? Faça uma pesquisa. Não tenho nenhum problema. Temos que manter a união. Se nos desunirmos, seguramente damos espaço para o adversário. O senhor fez uma sinali-

zação de que poderia encabeçar uma aliança de centro-esquerda, com o PPS e com o PDT. Isso significaria o senhor ir para o lado de lá ou atrair esses partidos para o seu lado? – Evidentemente, trazê-los para cá. Já me convidaram para vários partidos. Eu digo: “vem pra cá, junta!”. Sair do PR está fora de cogitação? – Não tenho interesse nenhum. Todo mundo conversou com o Cristovam Buarque, com o Joe Valle, com o Valmir Campelo... Eu não posso? Conversar eu converso. Ontem mesmo me convidaram para mudar de partido. Para qual? – Para o PDT, novamente. E eu digo: “Não, vem para cá!”. O Valmir tentou me levar para o PPS e eu disse a mesma coisa. Acha que é possível unir essas legendas em torno do seu nome? – Claro! Mas não preciso mudar de partido. É o que eu digo pra eles. Aqui eu tenho apoio nacional e local. Para que eu vou para um partido onde não sei se terei o apoio? O que eu quero é estar aqui no PR e dizer: Vem MDB, vem PDT, PPS, DEM, PSDB, vem PTB, todo mundo! Junta aqueles que estão entendendo que o governo atual não está correspondendo. Num eventual governo

“Escolha do vice será no momento certo: pessoa qualificada, leal e em perfeita sintonia com quem nos apoia”

do senhor teriam espaço aliados fichas-sujas? – Vou usar uma expressão que um amigo me ensinou: nós procuramos pessoas “qualificadas”. Esse entendimento é consenso no nosso grupo político. E o seu vice? Se ainda não tem um nome, tem pelo menos um perfil? – A escolha do vice será no momento certo. A prioridade agora é manter a união do nosso grupo. Mas posso adiantar que será uma pessoa qualificada, leal e em perfeita sintonia com as forças que apoiam nossa candidatura. Qual é a sua perspectiva para Brasília a partir de 2019, após o processo eleitoral? – Brasília foi criada com o rótulo de “capital da esperança”. E nós estamos perdendo a esperança. As pessoas, em vez de fazerem uma escolha equilibrada, onde política e moral tenham que estar confundidas entre elas, só estão preocupadas em reclamar. Reclamar não resolve nada. Temos que mudar nossa cabeça. Brasília tem que ser o modelo, para ser o exemplo. Aqui é a Capital da República. O atual governo está atendendo às expectativas da população? – Esta é uma pergunta que a população está respondendo todo dia. Ele tem muita dificuldade em corresponder. Não é meu estilo bater em ninguém. Faço minhas colocações daquilo que eu acho que deve ser dito. Durante a campanha de 2014 eu disse o tempo todo que ele não tinha experiência para administrar Brasília, pois não conhece a cidade e seus problemas. Nunca administrou outra coisa. Agora, o povo é que vai avaliar se eu tinha ou não razão quando falei aquilo. Aí, alguém diz: “Ah, você não fala mal do Rodrigo!”. E precisa?


Brasília Capital n Política n 8 n Brasília, 24 de fevereiro a 2 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Partidos em primeiro lugar Joe Valle afirma que disputas político-partidárias paralisam projeto Câmara em Movimento GETULIO ROMÃO

Da Redação

D

isputas político-partidárias têm impedido que as reivindicações dos moradores do Distrito Federal, feitas no âmbito do projeto Câmara em Movimento, sejam atendidas. Esta foi a justificativa do presidente da Casa, Joe Valle (PDT), para explicar o porquê de demandas dos habitantes de Taguatinga, apresentadas em junho de 2017, não terem sido totalmente atendidas. O deputado durante a prestação de contas, segunda-feira (26), quando apresentou as respostas obtidas junto aos órgãos do governo. “Em certas demandas, conseguimos resultados satisfatórios, mas nem sempre é possível alcançar a solução ideal. É papel da Câmara Legislativa fazer a mediação entre a população e o governo, mas, por causa de disputas político-partidárias, algumas ações só começaram a andar agora”. Na sessão ordinária itinerante realizada em junho do ano passado foram enumeradas dez demandas principais para Taguatinga. De acordo com a administradora da cidade, Karolyne Guimarães, “o GDF tem abarcado todas as semanas o que a Câmara em Movimento trouxe. Principalmente, a reforma do Centro de Taguatinga e da Praça do Relógio”, disse ela ao Brasília Capital. Uma semana antes, o que foi apresentado na segunda-feira em Taguatinga havia sido discutido numa comissão geral realizada na Câmara Legislativa. A “demanda

Joe Valle explica, durante sessão na Administração de Taguatinga, o que foi possível atender com a intermediação dos deputados distritais

número um” é a reivindicação de creches para crianças da QNL. Karolyne disse que o GDF está fazendo uma licitação para construir três centros de educação para a primeira infância na QSE/QSF, no Setor J Norte e no Setor L Norte. A criação de uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher foi negada pela Secretaria de Segurança Pública, sob alegação de falta de servidores. “Diante da impossibilidade de criação de uma nova delegacia específica, nós disponibilizamos uma emenda ao orçamento para criação do espaço com pessoal qualificado para atender as mulheres vítimas de violência”, afirmou Joe Valle. Também foi solicitado a ampliação de horário para atendimento desse tipo de ocorrência.

“É papel da Câmara Legislativa fazer a mediação entre a população e o governo, mas, por causa de disputas políticopartidárias, algumas ações só começaram a andar agora” Joe Valle

A respeito da requalificação do Taguacenter e do Mercado Norte, Joe Valle relatou que o governo interrompeu a elaboração do projeto de revitalização por encerramen-

to de contrato. Ele disse que a Câmara Legislativa vai monitorar a retomada do projeto de revitalização e informará a população sobre o seu andamento. A ampliação do quadro de médicos do Hospital Regional de Taguatinga também foi uma exigência da comunidade. A Secretaria de Saúde respondeu que desde janeiro de 2017 foram contratados 17 novos médicos para a unidade. Também informou que está trabalhando em algumas reformas de salas e ambulatórios com previsão de que a licitação termine em meados deste ano. “Fizemos visitas técnicas ao HRT e enviamos ofícios à Novacap. A Câmara Legislativa apresentou R$ 4 milhões em emendas orçamentárias para efetivar a obra”, infor-

mou Joe. O alargamento da Avenida Samdu, de acordo com a Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth), não há possibilidade de sua realização, mas o governo informou que vai realizar obras de requalificação e de melhorias de acessibilidade. “Precisamos de um projeto de longo prazo para a cidade. O modelo de gestão precisa ser modificado com urgência. É importante que a população participe de audiências na Câmara Legislativa e que pressione os deputados para atender as demandas da comunidade”, aconselhou o presidente. E frisou que “é fundamental a aproximação entre o Executivo, o Legislativo e a população para que os problemas que enfrentamos sejam realmente solucionados”.


Brasília Capital n Política n 9 n Brasília, 24 de fevereiro a 2 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Da Redação

O

descarrilamento de um trem jogou mais luz sobre as deficiências na Companhia do Metropolitano do DF e realçou o que o governo pode apontar como conquista da atual administração: 20 anos depois de entrar em operação, começa a haver investimentos no Metrô. Coincidentemente, o acidente – sem vítimas – aconteceu em Águas Claras, mesma cidade onde, um dia antes, o governador Rodrigo Rollemberg assinara ordem de serviço para conclusão da Estação Estrada Parque. “Vai beneficiar as comunidades de Águas Claras, Taguatinga e Vicente Pires. Além disso, tem o aspecto da geração de empregos, pois estamos ampliando a cada ano a capacidade de investimento, e isso tem permitido que o DF tenha um volume de obras maior, contribuindo para a retomada da economia”, discursou Rollemberg, terça-feira (27). Na quarta (28), houve o descarrilamento do vagão com problemas nos freios, apenas com o piloto a bordo, sem feridos. Em duas décadas, os governantes que passaram pelo Buriti não consideraram prioridade a construção de novas estações, como admite a própria companhia. A Estação Estrada Parque retrata a situação, cuja estrutura está pronta há 20 anos, faltando pouca coisa para entrar em operação. De acordo com o Metrô, as obras de quase R$ 2,5 milhões durarão seis meses e beneficiarão 8,5 mil usuários ASA SUL – Outro exemplo foi a assinatura da ordem de serviço, dia 15 de fevereiro, para concluir as obras da

Duas décadas sem investimentos Depois de 20 anos, com deficiências expostas até em descarrilamentos de vagões, o Metrô-DF volta a receber atenção do governo ANTÔNIO SABINO

Na solenidade, Rollemberg (C) estava acompanhado de Júlio Meneghoto (Novacap), dos distritais Luzia de Paula, Telma Rufino e Delmasso, e do presidente do Metrô, Marcelo Dourado

Estação 110 Sul, iniciadas e paralisadas nos anos 1990. Cerca de três mil pessoas serão beneficiadas. Entre os trabalhos haverá construção de acessos de superfície e de passagens para pedestres sob Eixinhos e Eixão. Em janeiro, Rollemberg esteve em solenidade no Palácio do Planalto. Houve ali, o anúncio de que o governo federal estava liberando R$ 289,2 milhões do PAC Mobilidade Grandes Cidades, num termo de cooperação em que o GDF comprometeu-se a investir R$ 43,7 milhões de recursos próprios. Pelo termo de cooperação, foram listadas moderniza-

ções na Linha 1; criação de duas linhas em Samambaia, com a expansão em 3,6 km do trecho; construção de duas estações em Ceilândia, que ampliará em 3,2 km a via dos trens; a conclusão da primeira estação da Asa Norte, pró-

“Modernizar esse que é o transporte mais bem aprovado pela população será um legado muito importante para a nossa cidade” Rodrigo Rollemberg

xima ao HRAN; construção de um viaduto na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), em ligação do Parque da Cidade ao Setor Sudoeste; dentre outras melhorias. “Esta oportunidade de licitar a expansão do metrô, levando-o para outras quadras de Samambaia, e de modernizar esse que é o transporte mais bem aprovado pela população, será um legado muito importante para a nossa cidade”, disse Rolemberg, durante o evento Palácio do Planalto. CONCURSO – Mesmo em solenidade, os problemas marcam presença. Terça

(27), por exemplo, aprovados em concursos do Metrô compareceram para cobrar a nomeação pelo governador. Egberto Lima, no protesto, conta que chegou a trabalhar durante cinco meses na companhia, por meio de uma liminar, derrubada pela Justiça no dia 8 de fevereiro. No caso das nomeações, Rollemberg disse que aguarda aprovação de projeto enviado por ele â Câmara Legislativa para recompor o orçamento do GDF. Enquanto isso, o presidente do Metrô, Marcelo Dourado, dizia que muitas outras obras serão feitas, e que pretende abrir outro concurso em 2019. FALHAS – Rollemberg, Dourado e secretários, como o das Cidades, Marcos Dantas, enfrentam uma realidade em que o que há de negativo no sistema é de conhecimento dos usuários e de quase toda a população do DF. A diretora de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Renata Campos, aponta falhas graves e frequentes. “A manutenção é precária em vários aspectos. Adquirem peças usadas, que não têm a mesma durabilidade, e há o sucateamento dos trens”, exemplifica a sindicalista. O governo tem expectativa de reduzir em 20% o número de falhas até o final deste ano. Por exemplo, com a compra de rádios para melhorar a comunicação entre os pilotos e a central de controle. Apesar de não ter o quantitativo, segundo o sindicato, as falhas são graves e frequentes. A responsável pela manutenção do Metrô é a MPE Engenharia. Porém, nos últimos 20 anos o GDF não investiu na modernização do sistema.


Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por Chico Sant’Anna

DESCARTE DE VIDRO

Comunidades se organizam para fomentar o reúso

I

ndignados com a falta de destino sustentável para os resíduos em vidros descartados, brasilienses organizam-se para dar novos usos às embalagens. Brasília produz diariamente 150 toneladas de lixo em vidros. Embora a lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, defina que o vidro deve estar dentro do princípio da logística reversa – quem vende produtos embalados com vidro se responsabiliza em recolher e dar destino adequado ao material – na Capital Federal inexiste estrutura que dê vazão a tanto lixo vítreo. A quase totalidade vai parar nos aterros sanitários, inclusive no recém-inaugurado de Samambaia. Sai bem mais barato enterrar (cerca de R$ 63 a tonelada), do que reciclar (R$ 140 a 160 a tonelada). Os grupos utilizam redes sociais, onde são mostradas embalagens de vidros disponíveis ou desejadas. Só combinar a retirada. Tudo de graça. Pode ser garrafa, vidro de perfume, de medicamentos, potes. Só não pode vidros quebrados e planos. Algumas pessoas disponi-

bilizam seus endereços para servir como entreposto. Na maior parte dos casos, o destino é o artesanato. Seja para embalar novos conteúdos (doces, compotas, pastas...), seja para a criação de peças decorativas. Com criatividade, um pote de maionese ou de geleia transforma-se em candelabro. Como diz Célia Akiko, residente no Park Way, “tudo é muito fácil de fazer: você pega uma taça que quebrou e cola um pingente, um enfeite, uma pedra, um pedaço de madeira. E tudo se recria, se transforma”. Também moradora do Park Way, a artista plástica Luíza Dornas possui um estúdio de fundição de vidro. Trabalha tanto com matéria-prima original quanto com a sucata de

Uma garrafa de vinho que iria para o lixo vira uma bela fruteira

Reúso: pelas mãos de artesãos, o vidro que seria lixo vira arte vidro. O reúso, explica ela, exige uma quantidade maior de vidro de um mesmo tipo, para que se encontre o ponto adequado de fusão. Encontrado o ponto, a beleza ressurge. De uma garrafa de vinho que iria parar no lixão, nasce uma bela fruteira. Os cacos de vidros temperados – usados em box de banheiro e que

não são aceitos pelas recicladoras –, renascem como travessa. Os usos artísticos são infinitos, envolvendo até o campo da moda, na produção de bijuterias. As comunidades nas redes sociais têm exatamente esse objetivo: mostrar a potencialidade de se reutilizar os vidros no lugar de colocar na lixeira. Estudos demonstram que o vidro le-

va mais de cinco mil anos para degradar-se. Por outro lado, é o único material 100% reciclável, infinitas vezes. A reciclagem economiza água e energia e evita agressões ambientais, já que o vidro original é feito a partir da areia, de onde é retirada a sílica; da barrilha e do calcário. O uso dos rejeitos vítreos também emite menos poluentes na atmosfera. No DF, surge agora a Green Ambiental, empresa que pretende participar da reciclagem do vidro. Não há outras e sua capacidade é limitada (500 toneladas/mês), se comparada com o descarte local que chega a 4.500 toneladas/mês. Mesmo assim, ela está com capacidade ociosa, pois não há coleta seletiva do vidro. Isto a levou a instalar ecopontos, em parcerias com entidades civis. Contêineres recebem exclusivamente o descarte de vidros (não são aceitos vidros temperados). Depois de acumulado, tudo é triturado em Águas Claras e enviado para São Paulo. Entretanto, todas estas iniciativas estão longe de resolver o problema. O GDF necessita criar uma efetiva política de coleta de vidro. A coleta seletiva, que ora o governo reinicia, não dá um destino sustentável ao descarte vítreo. Está parado na Câmara Legislativa um projeto que obriga as empresas que embalam em vidro seus produtos a recolherem os vasilhames. Os distritais parecem pouco preocupados com o tema.

Intervenção na velha e na nova Capital

Serviço:

Não é só o Rio de Janeiro que teve a segurança submetida à intervenção federal. Brasília, também. A medida provisória que cria o Ministério da Segurança submete à nova pasta a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil do DF. Diz o artigo 40-A, que compete ao novo ministério a

•Green Ambiental: www.greennambiental.com.br •Grupo Re-vidro: https://www.facebook.com/ groups/833625960150631/?ref=br_rs •Reuso de vidro entreposto: Espaço Kyanpo. Av. W.3 Sul, Qd 513, Bl. A - ent. 63. Ligar antes: 98583-5360

política de organização e manutenção das três corporações. Esta interferência na autonomia do DF tende a se ampliar. O deputado Rogério Rosso (PSD) anuncia emenda à MP para federalizar a competência de gerir o Fundo Constitucional do DF que custeia as áreas de Segurança, Saúde e Educação.

Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com


Brasília Capital n Cidades n 11 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Lixo ofusca o Sol Nascente Moradores descartam resíduos em áreas impróprias e formam lixões

JÚLIO PONTES

Gustavo Goes

M

oradores do Sol Nascente e QNP’s, em Ceilândia, vivem cercados de lixo. Sem acesso para os caminhões recolherem os resíduos na porta das casas, a sujeira acumula-se em depósitos improvisados a céu aberto. Em pouco mais de um quilômetro, a reportagem do Brasília Capital encontrou cinco terrenos baldios lotados de detritos, restos de alimentos e até carcaça de animal. Entulhos chegam a medir 4 metros de altura e ficam a menos de 20 metros das casas. Há 15 anos morando na Chácara 142, no Sol Nascente, José Holanda, conhecido como Galego, de 66 anos, convive com o lixo em seu ambiente de trabalho. O quiosque onde vende frutas e legumes fica dentro do terreno onde a sujeira é depositada. Por lá, passam carroceiros, moradores e donos de estabelecimentos comerciais que jogam fora o que não tem mais utilidade. Galego garante que o Serviço de Limpeza Urbana passa semanalmente no local. Porém, não é o suficiente. “Piorou nos últimos quatro meses. Construíram um campo de futebol num terreno baldio aqui perto e o lixo, que era despejado lá, veio para cá. Perco clientes porque tem muito lixo e mosquito perto das minhas frutas. Faz três dias que o governo passou com seis caminhões para recolher o entulho e já está cheio novamente”, reclamou Galego.

Lixão: a sujeira fica espalhada em vários pontos do Sol Nascente e no Setor P, desde entulhos e pneus velhos até carcaças de animais mortos (no detalhe)

Doenças – Moradora da QNP 28, a estudante Tamara Alves, de 20 anos, afirma que o problema é antigo e reflete na quantidade de pessoas que contraem vírus transmitidos por mosquitos. Em 2013, ela própria ficou impossibilitada de estudar por conta da dengue. “Moro com quatro pessoas e, diariamente, passamos por essa área onde se acumula o lixo. E ainda tem o problema da fumaça. Queimam lixo a todo momento”, disse Tamara. No momento em que a estudante reclamava, um ho-

mem ateava fogo em uma pilha de lixo doméstico. Segundo a Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998, artigo 54), essa prática é proibida por causar risco à saúde humana, segurança dos animais e destruir a flora. Alternativa – Há quem aproveite os materiais dispensados. O vendedor Robson Portugal, de 42 anos, recolheu seis pneus em meio ao lixão para plantar sua horta. Para evitar a ação de animais, em vez de fazer canteiros, ele cultiva frutas e verduras dentro dos

pneus. Ele mora há um ano na QNP 28 e sempre consegue os materiais necessários em oficinas e no lixo. SLU – Em nota, a assessoria de comunicação do SLU informou que há um cronograma de limpeza de pontos críticos de descarte irregular em Ceilândia duas vezes por semana, e que, na QNP 28 e QNN 29, a população pode contar com o papa-lixo, que recebe até um metro cúbico de resíduo por demanda. “Quanto ao lixo domés-

tico, algumas ruas do Sol Nascente são muito estreitas, o que dificulta o trânsito dos caminhões de coleta. Pensando nisso, o SLU instalou 21 papa-lixos na região, para que a população possa descartar os resíduos corretamente, evitando-se assim a exposição e proliferação de vetores. A coleta nos papa-lixo é realizada pelo menos duas vezes ao dia”, diz a nota. A empresa garante que está prevista a instalação de mais 350 papa-lixos em pontos de difícil acesso dos caminhões.


Brasília Capital n Cidades n 12 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

CIL É INAUGURADO – O Centro Interescolar de Línguas (CIL) do Riacho Fundo I foi entregue à comunidade na segunda-feira (26), com aula inaugural ministrada através da Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante. A solenidade ocorreu na Escola Classe Verde, na QS 14, onde o centro de línguas funcionará. O novo CIL terá aulas apenas no período noturno (18h45 e 20h15), com quatro turmas para cada idioma – duas nas segundas e quartas-feiras e duas nas terças e quintas-feiras.

DISTRITO FEDERAL

TAGUATINGA REPRODUÇÃO

Estão abertas as inscrições para o Movimenta Taguatinga. A iniciativa é da administração regional e visa incentivar a prática de atividades físicas pela comunidade. As aulas serão orientadas por professores do Conselho Regional de Educação Física. O projeto quer receber homens e mulheres sedentários maiores de 18 anos que pretendem mudar o estilo de vida.

Alerta contra o Aedes aegypti

C

om índice de infestação predial de 2,05%, o Distrito Federal encontrase em situação de alerta, segundo o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti, de fevereiro, divulgado terça-feira (27). Segundo a Secretaria de Saúde, o número não representa aumento nos casos de dengue e outras arboviroses. O índice monitora a quantidade de focos de criadouros do inseto nas regiões. No mesmo período do ano passado, o valor registrado foi de 0,9%.

Mudança para a rodoviária Os donos dos restaurantes da Galeria dos Estados atingidos pelo desabamento do viaduto no Eixão Sul receberam convite do GDF para instalarem quiosques, provisoriamente, na Rodoviária do Plano Piloto. A área do viaduto está interditada para obras. O governo prometeu pagar indenização pelos danos materiais e pelo “lucro cessante” – o quanto os comerciantes deixaram de lucrar desde 6 de fevereiro. O valor vai depender das negociações entre as partes. PEDRO VENTURA AGÊNCIA BRASÍLIA

Febre amarela O primeiro caso do ano de febre amarela em humano no DF foi confirmado pela Secretaria de Saúde na quarta-feira (28). É a quarta pessoa contaminada desde 2017. A notificação ocorreu em janeiro e o vírus foi contraído em Brasília, já que o paciente não se deslocou para fora do DF nos 15 dias que antecederam o início dos sintomas (entre 8 e 10 de janeiro), período em que esteve em seu local de trabalho, na Granja do Torto.

Contra o sedentarismo

A antiga galeria foi demolida. GDF promete indenizar os comerciantes

VANTAGENS – Quem participar do programa contará com acompanhamento de nutricionistas e professores de educação física, além de exame de sangue (hemograma) gratuito. No momento da inscrição, o participante escolhe o horário e a praça em que pretende fazer suas atividades físicas; ganha o direito de fazer um exame gratuito na Policlínia de Taguatinga ou no Laboratório Exame para levar os resultados na primeira aula e ser consultado por um nutricionista. O projeto terá duração de dois meses.

Serviço: Início das inscrições: dia 1º/3 Término das inscrições: 23/3 Data final para realizar avaliações físicas e nutricionais: 30/3 Lançamento do projeto no Taguaparque – 7 de abril Locais: Praça da Vila Dimas, da Vila Matias, do DI, do Bicalho, do Relógio e praças a serem escolhidas na QNG, M-Norte, QNL/QNJ e Nova QNL e no Taguacenter Site: www.movimentataguatinga.com.br Mais informações: 3451-2505


Brasília Capital n Geral n 13 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

Tratamentos médicos gratuitos BRASÍLIA CAPITAL

Instituto de Brasília desenvolve pesquisas para doenças graves. Pacientes são voluntários para estudos

Orlando Pontes

O

Instituto de Pesquisas L2 IP, que funciona na quadra 611, na Avenida L-2 Sul, em Brasília, oferece tratamento gratuito para portadores do mal de Alzheimer, doença renal diabética, insuficiência cardíaca, doença de Chron, retrocolite ulcerativa e outras trinta patologias. A gerente de projetos do L2 IP (antigo CCBR Centro de Pesquisas), Anna Ribeiro, explica que esse atendimento gratuito é possível porque o instituto precisa de voluntários para desenvolver, atualmente, 35 projetos em diversas áreas terapêuticas. De acordo com a coordenadora médica do instituto, Suzara Souto Lopes, o paciente recebe acompanhamento de equipes multidisciplinares, com acesso gratuito a exames de imagem e medicamentos, além da assistência de médicos especialistas. “É um serviço prestado à população”, diz ela. NOVO ACESSO – Na quarta-feira (7 ), haverá uma reunião, em Brasília, para esclarecimentos aos médicos encaminhadores do mal de Alzheimer. Este projeto, que é desenvolvido em 22 países de cinco continentes, atenderá 750 pacientes em todo o mundo. São 185 centros de pesquisas envolvidos. Atualmente, estão preenchidas 229 vagas. Como a procura tem sido acima do esperado, a expectativa é de que as vagas estejam todas preen-

Suzara Souto, Eduardo Vasconcelos e Anna Ribeiro estão na coordenação do L2 IP

chidas até o final de março. No L2 IP, continuam sendo atendidos 26 dos 32 pacientes iniciais. Mas há vagas ainda disponíveis. Os pacientes já passaram por duas fases do experimento. Na terceira etapa do estudo, que se inicia agora, serão avaliados os eventos adversos (efeitos colaterais) do medicamento que vem sendo testado, chamado de Crenezumabe. DOSE-RESPOSTA – Trata-se de um anticorpo monoclonal que vem sendo bem tolerado pelo organismo dos pacientes. Ele causa menos reações como desarranjos gastrointestinais e alterações de peso, comuns nos tratamentos já conhecidos. Estes, no entanto, não barram a progressão do Alzheimer , uma doença neurológica degenerativa progressiva. Conter o avanço do mal de Alzheimer é o maior objetivo do Crenezumabe, que na fase 2 (a anterior) já foi

testado em pacientes acometidos pela doença. Nessa etapa, os pesquisadores buscaram encontrar a dose-resposta (a forma ideal e a quantidade de prescrição do remédio). O diretor do L2 IP, Eduardo Freire Vasconcelos, esclarece que o tratamento que vem sendo feito pelos médicos assistentes não é interrompido. No instituto, esses pacientes passam, em paralelo, a ter acompanhamento dos seus médicos e da equipe de pesquisadores. “A segurança é que os pacientes não terão deixado de usar os fármacos que já vinham usando anteriormente”, completa Vasconcelos.

Paixão por Taguatinga Valdeci Rodrigues O livro Ao Encontro da Esperança, que será lançado quarta-feira (7), faz um retrato da vida em Taguatinga praticamente desde o início da cidade. A história é contada por um apaixonado pela satélite, o economista aposentado Álvaro Calzá. O título, de acordo com ele, foi escolhido porque simboliza a saída de qualquer lugar para um local onde jorra a esperança, simbolizada por uma foto onde brilha o Sol contra silhuetas dele e mais três parentes. “Sou bairrista. Desde 1961 estou aqui. Taguatinga adotou-me. Adotei Taguatinga”, diz bem-humorado. Paixão maior do que pela cidade, ele não esconde, só pela mulher, Célia Puttini, com quem convive há 50 anos. Ao Encontro da Esperança começa em 1955, quando o então presidente Juscelino Kubitscheck assumiu o compromisso de construir a nova capital. São mais de 160 fotos em preto e branco. Álvaro, além de escrever, fala sobre sua juventude em Taguatinga. A renda com a venda do livro será revertida em prol do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde, no Salão Nobre, será feito o lançamento da obra. “O livro é uma abordagem sobre o início da construção de Brasília, como nasceu Taguatinga, sua formação, primeiros tempos e uma história romântica, tudo junto e misturado”, escreve Álvaro na capa.

SERVIÇO SERVIÇO L2 Instituto de Pesquisas Clinicas Endereço: SGAS 613 lote 95 Ed L2 Centro Médico Hospitalar, sala 6, subsolo Telefone: (61) 3445-4300 / 3445-4305

Lançamento: Quarta-feira (7), Das 17h às 22h Local: Santuário Nossa Senhora Perpétuo Socorro (Salão Nobre) Preço: R$ 30


Brasília Capital n Geral n 14 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

•SE (1) •Morfologia (2)

O que esperar Tópicos que podem estar na prova que ocorrerá do STM A partir desta semana, lançarei uma nova série de artigos, cujo nome será “o que esperar”. Esses textos serão sempre publicados às vésperas de algum grande concurso público, e a finalidade é apresentar tópicos que podem estar na prova que ocorrerá. Para tanto, sempre vou me basear em alguma prova recente aplicada pela banca organizadora. Para começar, tentarei apresentar pistas do que podemos esperar da prova do STM. Para tanto, usarei a prova do TRF1.

Na prova do TRF1, houve 20 questões de língua portuguesa (10 de gramática, 4 de análise de textos e 6 híbridas). Elas estavam subdivididas nos seguintes assuntos: •Análise de textos (3) •Tipologia textual (1) •Reescrita (2) •Substituição/entendimento vocabular (4) •Regência/crase (2) •Análise verbal (3) •Conectivos (2)

Mecenas de Brasília sai do pesadelo Recentemente, escrevi aqui no Brasília Capital sobre o sonho cultural de Victor Alegria que estava correndo o risco de virar pesadelo, naufragando junto com a sua Editora Thesaurus por causa de um maremoto de dificuldades financeiras, justamente uma produtora que chegou ao record com mais de três mil títulos publicados, para orgulho de nosotros, cidadãos brasilienses, por conquistar o cetro de uma das mais importantes empresas culturais do País, senão a mais importante.

De repente, com data deste mês de fevereiro, deixando bem claro que está retomando as atividades em 2018, a Thesaurus lança o Jornal Livros & Cultura, de quatro páginas bem diagramadas em formato tabloide, tendo como editor responsável o próprio Victor Alegria. Os textos resumem excelentes matérias, a exemplo de “O Sexo do Homem Idoso”, “De Amor & Traição”, “O Brasil não precisa de Estados”, “Perspectiva Histórica da Corrupção” e Concursos Lite-

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas

Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br

Os textos usados na prova tinham linguagem expositiva e argumentativa e foram retirados de revistas (Nova Escola) e sites institucionais (Senado). Para exemplificar, comentarei duas questões da prova. Acredito que essa abordagem estará na prova do STM. (Texto) A pergunta a respeito da exigibilidade ou não de procedimento licitatório prévio para a contratação de serviços profissionais de advocacia não comporta uma resposta genérica, seja em sentido positivo, seja em sentido negativo. (Item) A substituição da expressão “a respeito da” por a cerca da manteria a correção e o sentido do texto. Gabarito: ERRADO. Para que houvesse a correta substituição, deveria ser empregado acerca da, que é sinônimo de sobre.

rários, nacionais e internacionais. E tudo leva a crer que foram redigidos por jornalistas que entendem do ofício, inclusive o Editorial. Por citar o Editorial, qualquer leitor assíduo sabe que se trata da identidade de uma publicação periódica, eis porque precisa ser redigido com o maior capricho, o que justifica a presença de um redator especializado, que, além de bem-informado, segue à risca a pauta do editor-chefe. E, diga-se de passagem que o Editorial inserido nesta edição está perfeito, na argumentação do tema relacionado às discrepâncias do magistério, iniciando com três interrogações: Por que todo poder aos professores? E que poder seria esse? O de só pedir aumento de salários? Nesta última indagação, seria medíocre mercantilismo.

“Cerca de” é semelhante à aproximadamente. (Texto) nem se pode afirmar que toda e qualquer contratação de advogado deve ser precedida de licitação, em face do princípio da isonomia. (Item) A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso a expressão “em face do” fosse substituída por devido o. Gabarito: ERRADO. Há, antes de tudo, um erro de regência. É necessário empregar a preposição a; o adequado, portanto, é devido ao princípio da isonomia. Faça uma excelente prova! Fique com Deus!

Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)

E faz o confronto desigual: distante apenas 30 Km de Brasília, fica o Estado de Goiás. E os professores de lá, salvo raras e honrosas exceções, não ganham nem 50% do que recebem os docentes do Distrito Federal. Ser professor é teimosia profissional e dedicação cega. O consciente e versátil Dr. Google sabe o valor de um professor coreano, japonês, norte-americano ou até mesmo luso. O prestígio social e financeiro deles é indiscutível, ao contrário do Brasil, onde esse ideal está morrendo. Só nos resta dar parabéns ao Victor Alegria, o Mecenas de Brasília, pela abordagem do oportuno assunto!

Fernando Pinto Jornalista e escritor


Brasília Capital n Geral n 15 n Brasília, 3 a 9 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

A responsabilidade que liberta “Enquanto você não compreender e aceitar suas imperfeições, sempre haverá alguém que o incomodará” A Terra é um planeta de pessoas infantis. Perplexo com a conduta infantil da humanidade, Jesus afirmou: “A quem eu comparo esta geração? A crianças brincando em folguedos”. A maturidade acontece somente quando o indivíduo assume seus atos, corrige-se quando preciso for, e age com honestidade e solidariedade, em relação ao próximo. Mahatma Gandhi ensinava que “a pessoa que guarda em casa coisas de que não precisa e são necessárias a alguém, é ladrão”.

O Mestre Tobias, no livro “Libertação”, de Chico Xavier, afirma que dois terços da humanidade retorna ao além sem nada acrescentar ao seu espírito; verdadeiras “encarnações perdidas”. Vieram e voltaram como mendigos espirituais. Ao alegar que tinha doado tudo para os pobres, um ricaço foi advertido por um anjo: “Você não doou. Deixou, porque não pode trazer”. Sai Baba, no livro, “Flor do Dia”, comenta sobre o jogo de acusação de uns

Já ouviu falar em “dieta baseada em vegetais”? A dieta baseada em vegetais tem ganhado muitos adeptos nos últimos tempos. Seguir esse tipo de padrão alimentar não significa tornar-se vegetariano ou vegano. Porém, a maior parte dos alimentos da sua dieta será, sim, à base de vegetais. Frutas, verduras, cereais inte-

grais, cogumelos, castanhas, sementes fornecem fitoquímicos, vitaminas, minerais, fibras, aminoácidos que mantêm o corpo saudável. Trocar a maior parte dos alimentos processados por alimentos de origem vegetal traz benefícios à saúde em pouquíssimo tempo.

Momento difícil. Pobreza, violência, corrupção... tudo isso é um chamado para reflexão: onde estamos errando? sobre os outros, numa interminável guerra entre as pessoas. Vejamos: “Estamos atravessando um momento difícil. Pobreza, violência, corrupção... tudo isso é um chamado para a reflexão: onde estamos errando? É muito limitado pensar que toda a maldade do mundo está somente no coração dos criminosos, dos terroristas. A verdade é que nós somos co-criadores de tudo o que acontece. “Quando deixamos de procurar culpados pelo nosso sofrimento e compreendemos que não somos vítimas, que-

Trocar a maior parte dos alimentos processados por alimentos de orgiem vegetal traz benefícios à saude em pouquíssimo tempo Os benefícios são inúmeros, desde a redução de peso, melhora do perfil lipídico com redução de risco para doenças cardiovascula-

bramos o círculo vicioso do sofrimento, do vitimismo. O resultado do vitimismo é a ingratidão. A vítima é incapaz de agradecer. É da ingratidão que nascem os pactos de vingança e os jogos de acusação. Essa é uma das raízes da guerra. “O principal instrumento de aferição para saber onde estamos na jornada evolutiva é o relacionamento afetivo. Por meio dele você toma consciência do que precisa mudar em si mesmo e desenvolve humildade para fazê-lo, descobrindo os pontos que precisam ser purificados. “Enquanto você não compreender e aceitar suas imperfeições, sempre haverá alguém que o incomodará; mas quando você aceitar partes de sua personalidade que foram negadas, ocorrerá uma cura, e você se tornará capaz de viver em harmonia com o outro, não importa o lugar”.

José Matos Professor e palestrante

res, melhora da função intestinal, e melhora do humor! Sim, melhora do humor... E você achando que só chocolate interfere no humor, né?! Equilibrar os alimentos na dieta e incluir preparações com vegetais para diversificar o cardápio do dia a dia faz parte do trabalho do nutricionista. Então, se você tem interesse em seguir esse tipo de “dieta” procure um nutricionista!

Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.