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Desistência de Joaquim Barbosa libera Rollemberg
Saída de cena tem como primeiro ato renúncia ao Senado
Governador volta a sonhar com apoio do PSDB e do PDT
Ex-governador foi inocentado após o caso da bezerra de ouro
Pelaí - Página 3
Senado investiga denúncias no MCTIC Ano VIII - 362
Brasília, 12 a 18 de maio de 2018
Página 4
Foi Roriz que Fez - Página 6
Saudosistas travam o futuro de Taguatinga Opinião - Página 2
Entrevista Wasny de Roure
Corrupção não é monopólio do PT Aprenda normas de ortografia para concursos
JÚLIO PONTES
Elias Santana - Página 14
Justiça condena McDonald’s Caroline Romeiro - Página 15
Fechada pediatria pública no Gama Unidade reinaugurada em 2017 é desativada um ano depois Wasny de Roure visita cidades-satélites para ver problemas da população Chico Sant’Anna - Página 10
Deputado admite que o PT tem, sim, filiados envolvidos com corrupção. Mas que “todos os partidos têm”, inclusive o PPS de Cristovam Buarque. O senador disse, em entrevista ao Brasília Capital, que o PT “é conservador e tornou-se um partido dos sindicatos”. No exercício do sexto mandato entre as Câmaras Legislativa e Federal e pré-candidato ao Senado, Wasny procura não se acomodar ao conforto dos tapetes e dos gabinetes dos palácios do Poder. Ele dedica boa parte de seu tempo a visitas às cidades do DF para conhecer as necessidades da população. E promete manter esse comportamento caso seja eleito senador / Páginas 7, 8 e 9
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 12 a 18 de maio de 2018 - bsbcapital.com.br
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ARTIGO
x p e d i e n t e
Trambolhos do passado Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com (61) 9 8356 1491 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com
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Orlando Pontes Janine Brito é um exemplo de cria de Taguatinga que extrapolou os limites da cidade para mostrar seu talento e sua capacidade empreendedora. Filha de Getúlio Pinheiro, ela assumiu o comando da empresa fundada pelo pai quando este se aposentou. E expandiu os negócios, modernizou a companhia e inseriu-se na corte brasiliense. Na segunda-feira (7), Janine fez um post tão simples quanto instigante em sua página no Facebook. Ao lado de uma fotografia em preto e branco da antiga caixa d’água da entrada da cidade, publicou a imagem colorida do imponente edifício Taguatinga Trade Center, construído por sua família no mesmo local. E lançou o desafio aos saudosistas: “Para quem só gosta dos ‘velhos tempos’, vamos combinar que os ‘novos tempos’ têm o seu charme”. O comentário despretensioso de Janine Brito faz lembrar o movimento de antigos moradores que, à época, se mobilizaram contra a demolição da velha caixa d’água. Foi uma luta pela preservação da História, sem dúvida. Mas foi, também, um embate quixotesco do passado tentando barrar o avanço inexorável a que o futuro nos conduz a todos homens e cidades. Mais de 40 anos após a queda do trambolho, muitos daqueles que se perfilaram contra a derrubada continuam entrincheirados no combate ao progresso de Taguatinga. Organizados em pe-
C
nLeany Lemos Leany foi escalada pelo Rollemberg para bater no Cristovam, que não vai bem, pois hoje é um nome desgastado na política local.Todos os comentários são de pau no governo e na ex-secretária, mostrando que a chance de Leany se eleger senadora é abaixo de zero. Renato Riella, via Facebook
Os funcionários nunca esquecerão que o governador colocou na gaveta um aumento votado e aprovado. Heloisa Maria Pereira Valle, via Facebook Rollemberg acabou com a carreira política do Reguffe. E esse Cristovam vai ser sepultado junto. Antônio Carlos, via Facebook O Cristovam é mais uma
quenas casamatas não mais subterrâneas, mas nas redes sociais, esses ditos “pioneiros” atacam a tudo e a todos que ousem soprar sobre Taguatinga algum ar de modernidade ou de conexão com os tempos atuais. Recentemente, o alvo predileto desses grupelhos passou a ser a administradora Karolyne Guimarães. A jovem advogada é a primeira mulher a dirigir a cidade que completa 60 anos no dia 5 de junho. E é com a sensibilidade juvenil de uma humanista que ela tem tentado implementar ideias inovadoras, de baixo custo econômico, mas de alto benefício social. Tal pretensão, porém, desperta a repulsa dos velhos conservadores de sempre. Ainda mais em ano eleitoral. Creem eles, enganosamente, que este discurso ultrapassado pode lhes render votos. Não estão preocupados com as próximas gerações. Pensam apenas em seus próprios umbigos e nas urnas de outubro. Em menos de cinco meses - assumiu no dia 18 de dezembro de 2017 -, Karolyne criou pelo menos oito projetos diferentes de tudo que já se tinha feito em Taguatinga em seis décadas. A primeira iniciativa, batizada de “Administração Presente”, revitalizou praças localizadas próximas a escolas de educação infantil. Ao entregar o serviço à comunidade, promove uma ação de cidadania, com atendimentos médicos, odontológicos, corte de cabelo, brincadeiras para crianças. Tudo em parceria com empresas e entidades como o Senac. No encerramento, a própria administradora faz
uma palestra contra a pedofilia. Nesse momento, ela usa seus conhecimentos de advogada criminalista. O Movimenta Taguatinga, o Descobrindo Talentos, o Pega Entulho, o Espaço Mulher, o Memorial Taguatinga, o Calçadas Concretas e a Árvore Digital da Praça do Relógio são outras iniciativas inovadoras de Karolyne. Num, envolve centros universitários e academias de musculação para oferecer, gratuitamente, atividades físicas em praças anteriormente sucateadas, como a do Bicalho, a da Vila Dimas e a da QNL 28. Noutro, oferece dignidade e uma real possibilidade de reinserção social a apenados que prestam serviço à Administração Regional num convênio com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap): eles trabalham de segunda a quinta-feira e, às sextas-feiras, fazem cursos de empreendedorismo no Sebrae. Os projetos de Karolyne sofrem, é verdade, da carência de investimentos do próprio governo. Mas certamente trariam muito mais benefícios para todos os taguatinguenses se, ao invés de lhe atirarem pedras e jogarem cascas de banana em seu caminho, os movimentos dos autodenominados “líderes comunitários” lhe emprestassem apoio solidariedade. Mas não dá para esperar deles tanta grandeza e autruísmo. Afinal, como bem definiu Janine Brito, eles continuam agarrados a um passado que poucas saudades deixou, sem tentar descobrir o charme que o futuro pode nos oferecer.
a r t a s
decepção. Está até disposto a se aliar com velhos lobos. É a velha política que só muda de mãos e não muda o rumo. Nil Cunegundes, via Facebook Com certeza iremos lembrar do racionamento. Carlos Augusto, via Facebook Sobre entrevista com ex-secretária de Planejamento e Gestão, Leany Lemos, pré-
-candidata ao Senado. Ela rebateu as críticas do senador Cristovam Buarque e enumerou feitos do governo Rollemberg que, segundo ela, serão lembrados pelas futuras gerações. nPeniel Pacheco Ninguém nem lembra mais dele. O PDT definitivamente perdeu o rumo no DF. Marce-
lo Marques, via Facebook Nem me lembrava mais desse indivíduo. Renata, via Facebook Tem pouca força, não rola. Anderson Coelho, via Facebook Sobre nota no Pelaí que revelou a possibilidade de o PDT lançar o ex-deputado distrital Peniel Pacheco candidato ao GDF.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 12 a 18 de maio de 2018 - bsbcapital.com.br
Trelelê no Palácio dos Bandeirantes Um almoço extra-agenda sexta-feira (11) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, desenhou uma possível chapa presidencial. O governador Márcio França
JÚLIO PONTES
(PSB) recebeu seu antecessor Geraldo Alckmin (PSDB) para um trelelê com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meireles (MDB). No cardápio, a dobradinha PSDB-MDB. De quebra, França fortalece sua candidatura à reeleição, mesmo concorrendo com o tucano ex-prefeito da capital João Dória.
Desistência de Barbosa agita Brasília DIVULGAÇÃO
Dedo na ferida: Pontes (dir.) falou sobre o mercado publicitário no DF
SOS Brasília O editor do Brasília Capital, Orlando Pontes, abriu o verbo sobre as dificuldades do mercado editorial do DF em entrevista ao programa SOS Brasília, que vai ao ar às 15h de domingo (13) pela TV Brasília. O jornalista Ricardo Noronha recebe ainda os convidados Padre Moacir Anastácio, líder da festa de Pentecostes em Taguatinga, e Dona Ricardina, falando sobre o Dia das Mães. Uma reportagem especial conta a história da troca de figurinhas da Copa 2018 na banca 106 Norte e alerta para a possível greve dos caminhoneiros.
Ademir fica mais quatro anos Adelmir Santana, que preside a Fecomércio-DF há 17 anos, será reconduzido ao cargo no próximo dia 21. Os 26 sindicatos aptos a votar na eleição da entidade terão como única opção a chapa “Novo Amanhã”, encabeçada por Santana. Mesmo após cumprir os quatro anos do mandato que receberá, Santana não superará a marca do presidente da Confederação Nacional do Comércio. Antônio Oliveira Santos comanda a CNC com mão de ferro desde 1980. E não pretende largar o osso tão cedo... A votação ocorre das 10h às 14h, na sede da Fecomércio. Além de Adelmir, serão eleitos um vice-presidente e secretários.
Pescadores de voto Teve mais candidato do que bacalhau, terça-feira (8), na tradicional bacalhoada mensal do Bar do Roberto, em Taguatinga Sul. Passaram por lá Antônio Sabino (PT), Bena Domingos (PP), Dr. Charles (PTB), Justo Magalhães (Rede) e Reginaldo Veras. Apenas os dos últimos têm o hábito de frequentar o ambiente. Os demais são “pescadores de voto”.
A desistência do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa de entrar na corrida sucessória à presidência da República agitou os bastidores políticos de Brasília. Sem ele, o PSB voltou a cogitar alianças com o PSDB, para apoiar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, ou com o PDT, que terá Ciro Gomes (CE) na disputa pelo Planalto. LIVRE – O governador Rodrigo Rollemberg passou a sentir-se livre para reabrir tratativas com o PDT, o que é impossível caso o PSB tenha candidato próprio à presidência. Também pode voltar a conversar com Alckmin, oferecendo-lhe um palanque na capital da República. DIVIDENDOS – Há muito tempo o chefe do Buriti reconhece em Alckmin o perfil mais talhado para suceder Michel Temer (MDB). Mas sabe que, no DF, o PDT poderia lhe garantir maiores dividendos eleitorais. O principal deles seria ter o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, como candidato ao Senado. ESFORÇOS – Rollemberg não medirá esforços nesse sentido. Até porque o PSB deve liberar os diretórios estaduais para negociar acordos dentro das realidades lo-
Ciro (esq.) e Alckmin: governador do DF tende a apoiar o tucano
cais. Assim, encontro com o presidente nacional do PDT Carlos Luppi pode ser agendado para os próximos dias. MÁS COMPANHIAS – O presidente regional Georges Michel é simpático à aliança com o PSB. Ele, como Ciro, é contra a aproximação com Frejat devido às suas “más companhias” – leia-se o ex-governador José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice Tadeu Filippelli (MDB), entre outros. EXCEÇÃO – Pragmático, Lupi diz que o DF é uma exceção à regra interna do PDT. É nisso que Joe Valle e seu grupo se apegam para insistir na parceria com Frejat. PLANO B – Caso isto não ocorra, o PDT-DF trabalha com o Plano B, que seria lançar nome próprio ao Buriti. En-
tre os cotados estão o jornalista Hélio Doyle, ex-supersecretário de Rollemberg, e o ex-deputado distrital Peniel Pacheco. UNIÃO – Da parte de Frejat o interesse pelo acordo com o PDT é total, mas inconfessável. Até o momento, as duas vagas ao Senado estão prometidas para o empresário Paulo Octávio (PP) e para o deputado federal Rogério Rosso (PSD). Mas este já avisou que, em nome da união do grupo, abre mão, e concorre à reeleição. CAUTELA – Aí entra outro complicador: o ego de Arruda. Diante das críticas do PDT, o ex-governador rejeita a aliança. Para dissuadi-lo, Frejat pisa em ovos. Ou seja, não deixa o assunto morrer, mas cuida dele com a máxima cautela.
Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 12 a 18 de maio de 2018 - bsbcapital.com.br
Senado quer explicação sobre as outorgas de TV suspeitas DIVULGAÇÃO
Audiência pública em comissão ouvirá representantes do MCTIC e empresários
A
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal aprovou terça-feira (8) requerimento do senador Magno Malta (PR-ES) para realizar audiência pública com a finalidade de esclarecer denúncias contra a Secretaria de Radiodifusão do Ministério das Comunicações (MCTIC). Elas apontam irregularidades nas concessões de outorgas para Retransmissoras de Televisão Digital (RTVD).
CIA revela assassinatos da ditadura no Brasil Memorando tornado público quinta-feira (9) pela CIA – agência de inteligência dos Estados Unidos – revelou que o ex-presidente Ernesto Geisel (foto/1974/79) autorizou assassinatos de opositores da ditadura militar no Brasil. O documento elaborado em abril de 1974 relata que o Brasil não poderia ignorar “ameaça terrorista” e que métodos “extralegais” deveriam continuar. No ano seguinte, 103 pessoas foram sumariamente executadas pelo Exército. O governo brasileiro não confirma os dados do memorando da CIA, alegando que os documentos sigilosos relativos à época foram destruídos.
Bonna Nogueira. Já as outras quatro são ligadas às empresas que aparecem nas denúncias como beneficiárias das possíveis irregularidades. São Juliana Zanetti de Souza Zampini (representante da Funda-
ção Guilherme Muller); João Lucas Alvarenga Zampini (da Guilherme Muller e da TV Topázio Comunicações Ltda. – EPP) e Mário César Degrázia Barbosa (representante legal da empresa Quadrante – Consultores em Radiodifusão e Telecomunicações). Uma das motivações do senador Magno Malta é a de que os seis relacionados no seu requerimento devem prestar esclarecimentos acerca das circunstâncias em que foram concedidas as autorizações de RTVD às empresas relacionadas. O parlamentar alega que as denúncias são conhecidas e precisam ser esclarecidas. “Saltam aos olhos que as denúncias mencionam a suposta utilização de fundações e demais entidades para o favorecimento das empresas e pessoas acima declinadas, com a participação, inclusive, de engenheiros supostamente ligados à senhora Vanda Jugurtha, para a aquisição ilegal de canais”, diz Magno Malta no requerimento.
Caso Marielle está na “etapa final”
Ex-estudante da UnB é preso em Curitiba
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirma que a investigação do assassinaato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, em 14 de março, “está chegando na sua etapa final”. A respeito da participação do vereador Marcello Siciliano (PHS), e do ex-policial Orlando Oliveira Araújo no crime, “o que posso dizer é que estes e outros, todos são investigados”, disse Jungmann. O vereador nega participação no duplo homicídio.
O ex-estudante da Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Valle Silveira Mello, 32 anos, foi preso em Curitiba. Ele ficou nacionalmente conhecido ao ser flagrado, em 2012, planejando, pela internet, ataque a uma festa de alunos. Por esse episódio, ficou mais de um ano preso. Em 2013, foi para o semiaberto. Ele não deixou de praticar crimes de ódio e agora responderá por associação criminosa, ameaça, racismo e incitação ao crime. Em 2005, escreveu mensagens no Orkut dizendo que negros eram “burros, subdesenvolvidos, incapazes e ladrões”. Na ocasião, recorreu da decisão e foi absolvido.
Moisés teria dado continuação a irregularidades patrocinadas pela antecessora
O documento aprovado lista nomes de seis pessoas para serem ouvidas na CCT, entre elas o atual secretário de Radiodifusão do ministério, Moisés Queiroz Moreira, e sua antecessora no cargo, Vanda Jugurtha-
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Falta pediatra no SUS porque o atual patrão é ruim
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ove unidades de saúde do Distrito Federal detêm o título de “Amigo da Criança”, entre elas está o Hospital Regional do Gama (HRG), que no auge da sazonalidade das doenças respiratórias, que tanto atingem as crianças, teve o serviço de Pronto Atendimento Infantil (PAI), fechado. É mais um capítulo de uma novela que envolve o HRG e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e se arrasta há anos. Em 2014, fecharam a pediatria em Santa Maria para concentrar o atendimento no Gama – não deu certo. No final de 2016, foi o Gama que ficou sem o serviço, o qual foi reativado, após uma reforma que custou R$ 150 mil,
em março de 2017. Um mês depois, já não havia médico suficiente para que o serviço continuasse funcionando. O resultado é que a população das duas cidades e os usuários do Entorno são mal atendidos. Faltam pediatras? Não. A publicação Demografia Médica no Brasil, do Conselho Federal de Medicina de 2018 mostra que o DF chegou ao final do ano passado com 1.508 pediatras, contra 1.347 que existiam em 2014 – um aumento de 10%. Na rede pública de saúde, o movimento é inverso: em abril de 2014, eram 684 – que já eram insuficientes. Em fevereiro deste ano, a quantidade desses especialistas era de 587. Ou seja, 97 menos pe-
diatras em três anos de governo. Esses números mostram que existem pediatras no mercado de trabalho, mas o governo não quer ou não consegue contratar. Houve contratações no período? Sim, mais da metade dos médicos contratados de 2015 ao início deste ano não ficaram. Por que não ficaram? Por falta de condições adequadas para prestar atendimento (medicamentos, equipamentos, exames, leitos, até cadeira falta), sobrecarga de trabalho e por insegurança nas unidades de saúde. Desesperados, cansados e se sentindo abandonados pelo Estado, os usuários da saúde pública se revoltam e, às vezes, perdem a cabeça.
Do lado dos direitos do trabalhador tem mais: no atual governo, tem havido cortes e diminuição de gratificações, atraso de meses no pagamento de horas extras, apropriação do dinheiro das aposentadorias e muita reclamação de assédio moral do trabalho. Quem quer um patrão que, além de não dar condição de trabalho, ainda dificulta a vida financeira do empregado? Enquanto permanecer essa péssima relação entre o governo e os servidores e não se fizer contratação em quantidade que permita uma melhor divisão do trabalho, com os meios para o exercício profissional com dignidade, a situação vai continuar. Mesmo com um mercado onde já não há tantas vagas na iniciativa privada, as vagas do serviço público continuarão sem ser
Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado
preenchidas. As condições salariais para permitir a renovação do quadro de médicos a Secretaria de Saúde foram estabelecidas em 2013, num acordo firmado entre o Sindicato dos Médicos e o governo, que a atual gestão desrespeitou. O que não se teve foi vontade política e competência para fazer o resgate da saúde pública.
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Renúncia, o começo do fim
FOI RORIZ QUE FEZ
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Roriz deixa o Senado para não ter mandato cassado, num escândalo em que acabou inocentado pela Justiça
Da Redação
G
overnador do Distrito Federal mais popular da história de Brasília, Joaquim Roriz deixou o cargo durante seu quarto mandato. Desincompatibilizou-se em 2006 para candidatar-se ao Senado Federal. Eleito, assumiu em 1º de fevereiro de 2007, mas renunciou depois de envolver-se no escândalo que ficou conhecido como “Bezerra de Ouro”, com suspeita de desvios no Banco de Brasília (BRB). Roriz deixou o Senado para evitar a provável cassação, que o tornaria inelegível durante oito anos por quebra de decoro parlamentar. Mas não abandonou a política. O jornalista Renato Riella, seu ex-secretário de Comunicação, diz que o ex-governador jogou fora uma das biografias mais valiosas entre políticos do Brasil. No entendimento de Riella, Roriz não precisaria deixar o mandato. “Foi mal assessorado, desmoronou e se desmoralizou, virando motivo nacional de piadas”, lamenta. O ponto de vista que defende ganha mais vigor com a absolvição de Roriz, pelo juiz Jansen Fialho, da 3ª Vara de Fazenda Pública do DF, que considerou improcedente a ação do Ministério Público (MPDFT). Se Roriz tivesse continuado no exercício do mandato, não se tornaria inelegível pela Lei da Ficha Limpa, editada dois anos depois. A renúncia para evitar possível cassação enqua-
Roriz. Ex-secretário diz que a assessoria falhou ao permitir o pronunciamento
drou-o nessa legislação. O ex-assessor conta que tentou demovê-lo da renúncia, propondo um pronunciamento com outro enfoque. Ao invés de deixar o Senado, explicaria de forma convincente o que aconteceu. Riella lembra que os promotores apontaram ilegalidade na operação de desconto no BRB de um cheque do Banco do Brasil no valor de R$ 2,2 milhões, emitido pelo empresário Nenê Constantino. Mas não houve nada de ilegal. Para complicar, Polícia Civil e MPDFT interceptaram diálogos entre Roriz e Constantino a respeito da partilha do dinheiro resultante do desconto do cheque. A suspeita foi porque houve um saque de alto valor para compra do embrião de uma bezerra. Daí, se-
gundo Roriz, houve empréstimo no valor de R$ 300 mil para a aquisição do animal. “Os recursos eram de Constantino, dono da Gol e de muitas outras empresas, homem que tem uma fortuna avaliada em muitos bilhões de reais. A quantia de R$ 2,2 milhões não representa nada para ele, diante de tanto dinheiro em seu poder”, argumenta Riella. A história que o ex-secretário avaliza é a de que Roriz apenas intercedeu junto ao então presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, para que o desconto fosse mais rápido. “No entanto, essa operação foi feita de forma deselegante por assessores trapalhões do próprio Roriz, que levaram todo o dinheiro em espécie, despertando suspeita de
trambique”, argumenta Riella. O ex-secretário também sustenta que “Roriz sempre comprou matrizes bovinas de elevado valor, para reprodução, em sociedade com amigos ricos”. E que o ex-governador era frequentador de leilões de animais, amigo de Constantino desde a inauguração de Brasília e que “o BRB tinha obrigação de dar atendimento privilegiado ao pedido de um correntista bilionário, do porte de Constantino. Qualquer banco privado faria da mesma forma, pois os clientes especiais merecem ser bem atendidos”. Nas palavras de Riella, “nada disso foi explicado e ficou parecendo que Roriz usou o dinheiro de Constantino para comprar uma vaquinha de churrasco”. Sobre o discurso que redigiu para que o ex-governador usasse a tribuna do Senado, lamenta que o texto tenha ficado retido nas mãos de assessores e não chegou às mãos de Roriz. “Ele perdeu o mandato de senador por nada”, afirma. Em 2010, o Tribunal Regional Eleitoral indeferiu nova candidatura de Roriz ao GDF, com base na Lei da Ficha Limpa. Ele chegou a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Como havia possibilidade de perder, e ainda não ter tempo de trocar de candidato ou não poder assumir um mandato que tudo indicava seria seu novamente, desistiu. Sua mulher, Weslian, ocupou seu lugar. Mas não era a mesma coisa. Problemas de saúde, porém, afastaram Roriz de vez da vida política. Complicações que se acentuaram muito a partir de 2017. Atualmente, aos 81 anos, ele sequer tem noção de quantos políticos desejam ser brindados como herdeiros de seu espólio político e, assim, levar os votos de eleitores que lhe são fiéis até hoje.
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JÚLIO PONTES
Entrevista Wasny de Roure Como pré-candidato ao Senado, o que o faz acreditar que o senhor pode ser um bom representante de Brasília no Congresso? – Creio que é um espaço muito importante para Brasília levar suas demandas enquanto comunidade e sociedade. Nós temos, por exemplo, a crise extremamente grave na saúde e, enquanto isso, o Fundo da Saúde onde parte significativa dos recursos é devolvida. Embora, felizmente, em dezembro tenha havido uma pequena mudança. Na educação temos desafios gigantescos, tanto no conteúdo quanto no financiamento, seja na infantil ou técnica, seja na educação universitária. Portanto, são temas que temos que aprofundar, fazer uma avaliação de como os recursos têm sido utilizados, como podem ser melhor utilizados e como ampliar esses investimentos. O senhor está no sexto mandato parlamentar como deputado distrital e federal. Acredita que essa experiência o ajudará para disputar uma vaga no Senado? – Nesses últimos anos, nos especializamos no debate do Fundo Constitucional do DF. Inclusive, um mês atrás apresentei um trabalho no Tribunal de Contas do DF para ser examinado e, eventualmente, se concordarem com nossa tese, encaminhar ao TCU. Esta semana tenho um encontro com o secretário da Fazenda para discutir o assunto. O que se observa é que temos grandes autoridades responsáveis por assuntos tão relevantes, mas
“Cristovam se aproximou muito de Temer” Wasny de Roure diz que o senador Cristovam Buarque não mostrou a diferença que construiu na política e ainda se aproximou de Temer
Orlando Pontes
O
deputado distrital Wasny de Roure, um dos cinco pré-candidatos ao Senado pelo PT, está em seu sexto mandato parlamentar nas Câmaras Legislativa e Federal. Diferentemente da maioria dos políticos, tem o hábito de visitar as cidades-satélites e conviver com os problemas da população, principalmente a mais pobre. Nesta entrevista exclusiva ao Brasília Capital, ele defende seu partido dos ataques do
que acabam não debruçando sobre o conteúdo técnico ou legislativo, e não percebem o volume de recursos que Brasília tem perdido por ter dificuldades na execução dos recursos. Perder o recurso também
ex-correligionário Cristovam Buarque (PPS), para quem “o PT é conservador, não representa o povo e é um partido dos sindicatos”. Caso estivesse no lugar de Cristovam, Wasny garante que teria votado contra a PEC 95, do teto dos gastos.“Ele se aproximou muito das teses defendidas pelo governo Temer. Num momento crucial da história brasileira, não mostrou a diferença que ele construiu na política. Como senador, anuiu o afastamento de uma presidenta legitimamente eleita sem mostrar um mínimo de razão, de fato, para ser
é desconhecimento da realidade da cidade? Os contatos com a comunidade facilitaria o possível trabalho do senhor no Senado? – Isso é uma parte da verdade. Acho que há dois elementos. Primeiro, é conhecer a ponta da cidade. A
afastada da presidência. O ex-governador e atual senador se distanciou inclusive de medidas que ele alega ter enorme acúmulo, como a educação e políticas que ele desenvolveu em sua gestão no governo do DF”. Embora seja crítico do governo de Rodrigo Rollemberg, Wasny discorda de Cristovam quando ele diz que a atual gestão do Buriti não deixará um legado para Brasília. “Não entendo que o governo dele seja um desastre do ponto de vista de legado. Pergunta-se: qual legado do governo Cristovam? A faixa de pedestre?”.
gente é muito estimulado a estar acomodado nos tapetes da estrutura (Câmara Legislativa, Federal ou Senado). Isso é próprio do ser humano. Não cabe a mim condenar ninguém. Temos que estar sempre motivados a ir aos rincões da cida-
de. Brasília não é mais o Plano Piloto. É um equívoco aqueles que transitam nas asas do Plano Piloto achando que está conversando com a cidade. A cidade hoje é Pôr do Sol, é Ceilândia, com mais de 600 mil habitantes; Gama, que tem uma
Brasília Capital n Política n 8 n Brasília, 12 a 18 de maio de 2018 - bsbcapital.com.br
Entrevista Wasny de Roure ampliação silenciosa com a Ponte Alta, Planaltina, que tem uma cidade silenciosa que pulsa, que amplia e que não dialoga com nossa classe política. É importante que nós saibamos os pontos de estrangulamento. Mas é com essa classe política que o senhor também precisará compor sua candidatura majoritária. Como está o seu planejamento de campanha do ponto de vista dos apoios de candidatos a deputado federal, distrital e governador? – Confesso que estou na expectativa de uma definição do partido. Sou pré-candidato. O partido só deve definir isso no início de junho. O que estou fazendo é conversando. Tenho uma história de serviço prestado à cidade, sempre muito cuidadoso com minha conduta na vida pública, e estou dialogando com a cidade, com as lideranças, para saber como estão entendendo esse momento. E o que senhor tem ouvido por aí? – O que nós temos é que uma parte significativa da classe política de Brasília se associou ao governo Temer, e se associou às medidas de retirada de direitos, retiradas de orçamentos e procedimentos, principalmente das áreas da Saúde e Educação. Um governo que até recentemente ameaçou a Previdência, sem mostrar um reconceituar aquilo que de fato ele deveria agir na Previdência. Foi penalizando sobretudo os menos favorecidos, além das medidas que to-
maram com relação à redução de direitos trabalhistas de uma forma abrupta, muito baseada num Congresso já bastante descredenciado, sem muita interlocução com a sociedade civil. O senhor vai enfrentar alguns nomes de peso na política local. Um deles é o senador Cristovam Buarque, que, em entrevista ao Brasília Capital, criticou o PT. Qual sua leitura dessas críticas? – O Cristovam, a quem tenho respeito pela sua história, inclusive trabalhei com ele, mas tenho algumas observações. Em primeiro lugar, ele se aproximou muito das teses defendidas pelo governo Temer. Segundo, ele, em um momento crucial da história brasileira, não mostrou a diferença que ele construiu na política. Como senador, anuiu o afastamento de uma presidenta legitimamente eleita sem mostrar um mínimo de razão, de fato, para ser afastada da Presidência. Nós temos um conjunto de perguntas sem respostas que nos convençam. Há um outro elemento: o ex-governador e atual senador se distanciou inclusive de medidas que ele alega ter enorme acúmulo, como a educação e políticas que ele desenvolveu em sua gestão no governo do DF. Além do PT, também sobraram críticas para o governador Rollemberg, a quem ele acusa de ter se isolado... – O Cristovam se ausentou, e aí atribui ao Rollemberg, ao PT. O que eu considero grave na entrevista dele é que acusa o PT de corrupção. E, me parece, inocenta todos os demais. Creio que para fazer uma análise, tem que fazer uma análise da crise da política brasileira. Nós temos problemas no PT, sim, como eu creio que todos os partidos, inclusive o dele, têm, e respondem por isso, inclusive na nossa cidade. Creio que
“É um equívoco aqueles que transitam nas asas do Plano Piloto achando que está conversando com a cida
ele, para fazer acusações de corrupção, tem que dizer fatos, nomes, e que medidas ele fez, enquanto senador, para apurar esses problemas que ele considera tão graves no PT. Então, não basta ele dizer e fazer as críticas ao PT, sem que, enquanto senador, enquanto fiscalizador da República, tenha tomado medidas objetivas com relação à corrupção no País. O senhor considera justas as críticas do senador ao governo Rollemberg? Por exemplo, dizer que a gestão dele não deixaria legado para Brasília? Rollemberg realmente passará em branco dessa for-
O que considero grave na entrevista dele (Cristovam) é acusa o PT de corrupção e, me parece, inocenta todos os demais
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FOTOS: JÚLIO PONTES
Entrevista Wasny de Roure pulação do DF. Ele não é tanto o senador do povo. Acho que, nesse sentido, ele deveria ter um pouco mais de consideração com as entidades e as organizações dos movimentos sociais. Ele perdeu o diálogo com esses movimentos, com os sindicatos e, o pior, perdeu o diálogo com seus antigos companheiros da UnB. Ele deveria lembrar disso, que ele poderia reencontrar a sua caminhada política e entender porque ele acabou se afastando da universidade, porque se aproximou demais do governo Temer para justificar o espaço que seu partido adquiriu no governo federal.
ade. A cidade hoje é Pôr do Sol, é Ceilândia, Gama, Planaltina”
ma? – Eu tenho várias divergências com o método, o modo e a leitura de prioridades do governador Rollemberg. Não entendo, contudo, que o governo dele seja um desastre do ponto de vista de legado. Pergunta-se: qual legado do governo Cristovam? A faixa de pedestre? De fato, ele construiu 1.100 salas de aula. De fato, o governo Rollemberg não teve a mesma postura de investimento, houve um recuo nos investimentos. Mas o momento da cidade é totalmente diferente. Creio que há medidas que foram importantes para Brasília, como creio que foi um governo que teve uma postura de retaliação ao servidor
público e de absoluta crucificação ao pobre, ao menos favorecido que mora numa situação constrangedora, irregular, e que entende que tem que ser na base da demolição. Isso que é grave. Cristovam disse que ele é um parlamentar do povo, mas que o PT não é do povo, e sim dos sindicatos. O senhor concorda com isso? – Em primeiro lugar, ele deveria respeitar os sindicatos, porque são organizações dos trabalhadores. Têm defeitos? Isso é do processo. Agora, ele tem que ter a leitura que ele há muito tempo não dialoga com a po-
Como senador, o senhor votaria a favor da PEC 95, do Teto dos Gastos? – De forma alguma. Creio que é um crime contra a Educação e contra a Saúde. Se o Cristovam defende tanto a educação, deveria refletir no que há de concreto. Defender o equilíbrio das contas é correto. Agora, defenda e perceba onde há perdas de recursos. Por que se vota perdão fiscal como o Congresso tem votado de maneira vergonhosa contra o povo? Ou seja, perdoar aos infratores, estimulando quem é correto a ser negligente. Não sentir que vale a pena ser correto nos recolhimentos tributários. Uma das coisas mais vergonhosas no País, que infelizmente nosso Legislativo tem dado anuência, é o processo de endividamento fiscal daquele recurso tributário que caberia ao povo receber na forma de políticas públicas eficientes.
O senador alega que, nesse novo formato que a PEC 95 trouxe, caberia a cada área lutar por seus recursos. O senhor acha que é uma luta igual as pessoas cobrarem recursos para educação contra, por exemplo, o lobby da construção civil por grandes obras do governo? – Não consigo entender quem critica os sindicatos, que tem como uma das tarefas fazer exatamente essa luta, ao mesmo tempo dizer que eles vão ter que lutar para garantir os recursos para essas áreas. Quem são os grupos que ele imagina lutando por esses recursos? Servidores? Crianças? Estudantes? O que aconteceu na última semana, quando os estudantes da UnB foram recebidos a pauladas pela polícia? Qual foi o discurso feito no Senado Federal para contraditar essa agressão à educação superior e à UnB, que vive uma crise orçamentária de grande magnitude? Ele foi negligente? – Creio que ele poderia ter sido mais eficiente. Uma pessoa de grande visibilidade, uma presença dele, uma atitude numa crise dessas seria totalmente dife-
Nós temos condições de superar tudo isso. Eu acredito no povo desta cidade. Acredito que iremos superar todas as dificuldades
rente. Defender a universidade de onde ele é oriundo, para a qual tem muito contribuído e pode contribuir muito mais. Creio que temos que ter um pouco de humildade ao analisar o problema e ao tentar enfrentar e como encontrar saídas para esse problema. Qual sua mensagem para Brasília como pré-candidato ao Senado? – Este é um ano de repactuar nossas esperanças. Nós temos que entender que nós recebemos uma cidade do povo brasileiro, e temos um dever com o povo brasileiro de preservar essa cidade. Brasília nos tem dado muito, como saúde, educação. Nós temos problemas sim, mas temos que encontrar saídas para eles. Não é fugir dos problemas. Nossa classe política tem que se debruçar sobre os pequenos problemas para entender os grandes problemas. Às vezes querem entender os grandes problemas nacionais, mas não entendem os problemas da escola local, não encontram pequenas soluções para reforma de banheiros, cobertura de quadras, por exemplo. É aí onde está a ausência da nossa classe política. Felizmente, alguns começam a se movimentar para recuperar esse tempo perdido. Os parlamentares de Brasília teriam que exercer, também, o papel de vereadores? – Exatamente. Brasília é estado e município ao mesmo tempo. Portanto, não podemos fugir daquilo que é o nosso dia a dia. O que temos que fazer é andar, conhecer, ter contatos, dialogar com professor, com policial, com servidor da saúde, ver como enfrentar essa crise tão nefasta que estamos vivendo. Nós temos condições de superar tudo isso. Eu acredito no povo desta cidade. Acredito que iremos superar todas as dificuldades.
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Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com
Por Chico Sant’Anna
N
os anos 1970, um clássico da música candanga, de Renato Matos, dizia que, para quem mora no Gama, um telefone era muito pouco. Mas é a isto que a população da cidade deve recorrer se precisar de socorro pediátrico. Ligar pro Samu ou pro Uber e correr pro Plano Piloto. O governo do Distrito Federal decretou que as crianças do Gama não têm direito à saúde. Na cidade de mais de 150 mil habitantes, dos quais cerca de 40 mil são crianças e adolescentes, o GDF simplesmente fechou integralmente a pediatria no Hospital Regional do Gama (HRG), uma das unidades clínicas mais tradicionais do DF e que ainda atendia uma parcela considerável de pacientes provenientes dos municípios goianos do entorno. Reinaugurado em março de 2017, com todas as festas que sugere o marketing político, o pronto-socorro infantil, pouco mais de um ano depois, não existe mais. Todas suas instalações foram esvaziadas. Não sobrou uma maca sequer. Tudo foi levado para Santa Maria. PROMESSAS – Quando reabriu o pronto atendimento infantil, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) prometeu alocar ali 22 profissionais do quadro da Secretaria de Saúde, em jornada de 40 horas semanais, e chamar vinte outros em contratos temporários. A pediatria desempenhava cerca de cinco mil atendimentos por mês. O seu fechamento agora se dá, segundo o GDF, por falta de pessoal. Onde foram parar os profissionais prometidos? Mais: o GDF acaba de anunciar a contratação de cerca de 1.500 profissionais de Saúde, sendo 108 pediatras. Por que não alocar parte desse contingente para a continuidade da assistência pediátrica no Gama? A decisão foi centralizar em Santa Maria. Entretanto, na cidade vizinha, segundo reportagem do SBT, a pediatria ainda não está funcionando. O go-
Hospital do Gama fica sem pediatria DIVULGAÇÃO
Além de não poder contar mais com a pediatria, a comunidade do Gama cobra a conclusão da reforma do Centro de Saúde nº 8 da cidade. Iniciada em maio de 2015, a um custo, à época, de R$ 3,273 milhões, com recursos da Caixa Econômica Federal, a obra deveria ter ficado pronta em maio de 2016. Agora, maio de 2018, o que se vê são ruínas abandonadas, tomadas pelo abandono. Não há um operário sequer no local. Moradores sem teto tomaram conta do espaço para sua moradia. O conselheiro de Saúde do Gama, João de Lima, atesta que o posto de Saúde desempenhava um importante trabalho e de qualidade. A Câmara Legislativa já cobrou explicações da Secretaria de Saúde, mas não há respostas até o momento.
UPA esquecida
Rollemberg (no alto 2º à esq.): a reinauguração e o fechamento em apenas um ano vernador e sua equipe gestora da saúde esquecem ainda o princípio básico da boa gestão de saúde que é a regionalização da assistência. Os especialistas recomendam não centralizar os ser-
viços, pois, além de dificultar a assistência de quem mora mais distante, o acúmulo de demanda não permite um atendimento digno e eficaz porque sobrecarrega os profissionais.
No Setor Leste do Gama, também foi abandonada a construção da UPA. No local, apenas vestígios das fundações. Projetada para atender uma população duas vezes maior do que a do Gama, a UPA teve sua obra, orçada em R$ 10 milhões, iniciada, em dezembro de 2013, pelo então governador Agnelo Queiroz (PT). A previsão era ficar pronta em maio de 2014. Ali seriam realizados exames de imagem (raios X), de laboratório, eletrocardiografia e atendimento em clínica médica e pediatria. Na campanha eleitoral, o governador Rodrigo Rollemberg chegou a assumir o compromisso de concluir as obras da UPA no Gama e construir outras sete. Faltando poucos meses para o fim de sua administração, no Gama, só mesmo os “pitocos”, como são definidas as estacas de fundação pela população, permanecem no local. Os “pitocos” já consumiram R$ 1,4 milhão, mas obra nova por lá só a pintura de cal do meio fio.
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Temer anuncia reforma da Previdência para outubro de 2018, mas isso depende do seu voto A cinco meses das eleições gerais de 2018, o Palácio do Planalto anuncia que não desistiu e vai aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano. Avisou aos parlamentares da base governista que a campanha para aprovar a proposta voltará “com tudo” em outubro, após as eleições. É a cobrança da fatura, afinal, como diz a nota do Jornal de Brasília, “o Palácio liberou bilhões de reais em emendas e atendeu a interesses partidários e a cargos para apadrinhados nos redutos dos aliados. Não vai sair barato”. A pressão para aprovar a reforma da Previdência não para por aí. Os presidentes das entidades supermercadistas Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e Associação Paulista de Supermercados (Apas), numa cerimônia no Palácio do Planalto, nesta segunda, elogiaram as duas reformas que destruíram direitos sociais e trabalhistas – a reforma trabalhista e a do congelamento - , mas cobraram a reforma da Previdência ainda neste ano. A mídia, por sua vez, mostra um Brasil ameaçado pelas agências de classificação de risco de crédito – empresas ligadas ao sistema financeiro – caso a reforma da Previdência não seja votada. Tais empresas alegam que, sem os recursos financeiros da Previdência, a Emenda Constitucional nº 95/2016 (EC 95/16) não será plena. Ou seja, não basta congelar os
investimentos do dinheiro público brasileiro nas áreas sociais, como saúde e educação: os banqueiros querem o superávit da Previdência também. Eles querem tudo e todo o dinheiro que os brasileiros pagam de impostos ao Estado para ter seus direitos sociais assegurados. Para os banqueiros e rentistas e empresários devedores do INSS, agora, é a hora de acabar com o direito à aposentadoria. Há centenas de políticos que trabalham para o sistema financeiro. Justamente os que votaram nas reformas em curso e que aguardam ser reeleitos em outubro para prosseguirem na execução do saqueio ao Estado brasileiro. “Cabe à população analisar em quem votar. Se votar em parlamentar que aprovou o impeachment e todas as reformas que eliminaram direitos e instalaram no país o Estado policial de exceção, certamente, irá enterrar o país no mais tenebroso atraso e condenará a classe trabalhadora a não ter direitos, como o direito à aposentadoria, ao trabalho com carteira assinada e outros, conquistados a duras lutas no século XX”, analisa a diretoria do Sindicato dos Professores no Distrito Federal.
Sindicato dos Jornalistas faz parceria com a BBB Saúde As seguradoras BBB Saúde e Unimed fecharam uma parceria com o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal para oferecer benefícios exclusivos à categoria. Durante o mês de maio, os profissionais sindicalizados e seus dependentes terão 100% de desconto na cobertura odontológica caso adquiram o plano da BBB Saúde, e descontos na cobertura com internação e atendimento nacional da Unimed. O coordenador-geral do Sindicato dos Jornalistas, Wanderlei Pozzembom, comemorou a parceria com as duas operadoras. Segundo ele, “a falência da saúde pública no Distrito Federal obriga as pessoas a se associarem a algum tipo de empresa que ofereça cobertura de saúde privada”, e que esta opção oferecida agora aos jornalistas profissionais de Brasília era uma das mais importantes demandas da categoria. Ainda de acordo com o diretor do Sindicato dos Jornalistas, a opção pela BBB e pela Unimed se deu por dois motivos básicos: a boa avaliação dos usuários das duas operadoras e os preços mais atra-
entes do que os propostos pela concorrência. Ainda de acordo com Pozzembom, contratar o serviço da BBB Saúde e da Unimed em nome do sindicato possibilita valores mais atrativos do que os planos individuais. A BBB Saúde iniciou suas atividades no Distrito Federal em julho de 2017 e tem como objetivo atender a mais de 30 mil usuários até o final deste ano. O grande atrativo são as mensalidade a partir de R$ 134,98 e as parcerias com segmentos específicos. O diretor da BBB Saúde Renato de Paula comemora a aceitação de seus produtos em diversos segmentos. Afirma que todos os trabalhadores e suas famílias merecem uma atenção especial à sua saúde, coisa que o poder público não tem sido capaz de oferecer. Por isso temos nos esforçado para disponibilizar propostas possíveis de atender a todas as faixas de renda. E brincou: “os jornalistas merecem cuidados com a saúde; eles trabalham muito”. Corretoras: Paula Borges 9 8646-0940 Tatiane Maline 9 8499-8835
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MUDANÇA NO TRÂNSITO – O trânsito em Taguatinga Sul será alterado de 13 a 17 de maio devido a Semana de Pentecostes. As interdições ocorrem nas ruas ao redor da Paróquia São Pedro (QSD 28). Cerca de 20 mil fiéis são esperados.
DISTRITO FEDERAL
ÁGUAS CLARAS
Rifa para ir a campeonato A atleta de karatê Isabela Araújo está pedindo ajuda para participar do Campeonato Brasileiro, em São Luís (MA). Ela faz parte da Federação de Karatê do DF, e está vendendo rifas a R$ 5. Porém, qualquer quantia será válida. Conta para depósito: agência: 0655; operação: 013 C/P: 00895079-6. DIVULGAÇÃO
Justiça anula multas no DF A Justiça do DF mandou os órgãos de trânsito cancelar as multas aplicadas a quem dirigiu com faróis desligados (foto) em rodovias na área urbana e devolver o dinheiro aos motoristas. No entendimento do juiz Thiago de Moraes Silva, da 7ª Vara da Fazenda Pública, a regra só é válida nas áreas rurais. A decisão não é definitiva e ainda cabe recurso. A Procuradoria-Geral do DF diz que não foi notificada.
VICENTE PIRES / Por Eliane Araujo JÚLIO PONTES
Passarela parece que será realidade Após um início tortuoso, as obras para a construção de três passarelas na Via Estrutural agora parecem seguir em frente. Iniciadas em julho do ano passado, depois de um impasse entre o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), apenas 20% do empreendimento foi concluído. Vamos ver se com o fim das chuvas as passarelas ficam prontas.
Incêndio está em investigação Um incêndio atingiu um apartamento do quarto andar do Residencial Rivoli, na avenida Jequitibá (foto), segunda-feira (7), e causou danos em unidades do terceiro e quinto andares do edifício. O Corpo de Bombeiros
PLANALTINA
controlou as chamas após 50 minutos. Não houve feridos. Animais de estimação foram resgatados com vida. De acordo com os bombeiros, a estrutura do prédio não foi comprometida. As causas estão sendo investigadas. DIVULGAÇÃO
SEM VIADUTO – O que a comunidade mais sonha, no entanto, é com a construção de pelo menos um viaduto de entrada na cidade, pela Estrutural, além de uma ponte sobre o córrego Vicente Pires. Mas parece que essa bandeira, que vai beneficiar toda região, não tem sensibilizado o GDF e os deputados distritais. Quem vai ser o pai da criança? OBRAS X PACIÊNCIA – Os transtornos com as obras da galeria pluvial na Vicente Pires iniciadas em 2017 começam a esgotar a paciência dos moradores. Todos sabem que as obras fazem parte do projeto de legalização das moradias, mas a demora e a falta de informação para a comunidade deixam moradores irritados e apreensivos. TRADIÇÃO – A nova Cozinha 143 inova no conceito de restaurante em Vicente Pires. Um mini shopping onde você pode comer bem, com preço justo, dar uma geral no carro, ir na barbearia, curtir um happy hour ou jogar um pôquer. No espaço você encontra uma comida maravilhosa, com pratos executivos a partir R$ 11,90. O espaço é amplo e arejado e oferece estacionamento para clientes.
Improviso para impedir desmoronamento O muro do Centro Educacional Stella dos Cherubins, em Planaltina (foto), corre risco de cair. A direção do colégio, que tem 1,3 mil alunos matriculados, improvisou estacas de
madeira para evitar acidentes, e solicitou a realização de vistoria técnica. A Secretaria de Educação esclareceu que uma avaliação foi feita e que não há risco de o muro desabar.
SERVIÇO: O Cozinha 143 fica na Marginal da Estrutural Telefone: 3547.5747 / WhatsApp: 9 9244.8668 Funcionamento: Almoço de segunda a sábado, à partir de 11h às 15h. Nas sextas, o horário é estendido para happy hour.
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Reforma da Previdência (Anti-Social) Cláudio Sampaio (*) No atual momento, o presidente Michel Temer está com seus canhões recolhidos quanto à polêmica reforma previdenciária que, há até alguns meses, insistiu aprovar a toque de caixa, sem a devida transparência e um amplo debate perante a população. Não se duvida, do ponto de vista econômico, que há relevantes distorções e erros na gestão da Previdência, mas o que não se admite, afigurando-se covardia, é que se resolva penalizar, em primeira iniciativa, sem planilhas confiáveis e sem estudo de outras alternativas, os trabalhadores, que já tanto contribuem e são vítimas de um sistema ineficiente, deixando impunes os grandes conglomerados financeiros e empresariais que devem bilhões ao sistema estatal. Será que uma fiscalização mais eficiente e proativa contra fraudes, somada a mais rigor na cobrança de grandes devedores, já não muito reduziria o alegado déficit? Outro ponto que o projeto do governo não atacou foi a questão daqueles milhões de brasileiros que trabalham sem carteira assinada ou ficam muito tempo relegados ao desemprego, gerando um drama social ainda maior, especialmente para as camadas carentes, que não têm condições de buscar seguros e previdência privada. Por fim, quando se fala de uma reforma, que pode voltar à pauta quando for eleito o próximo presidente da República, não se pode esquecer que a Previdência Social se tornou uma cruel máquina de indeferimento de benefícios devidos, seja por despreparo de alguns servidores, seja por uma política asquerosa de economia exagerada e desprezo à população carente, muitas vezes sob a conivência do Judiciário. Se a reforma for realizada em um futuro breve, que seja feita sem ter as armas voltadas contra os já exauridos contribuintes, mas, diferentemente, que se vise tornar a gestão eficiente, reduzir óbices burocráticos, reduzir os efeitos da informalidade, humanizar o atendimento ao público e, por fim, diminuir odiosos privilégios, especialmente de notórios financiadores de campanhas. Qualquer projeto que vise alterar estruturas sociais deve ser aberto, transparente, claro e completo, sujeito à franca discussão na mídia, pois a visão apressada e (propositadamente) míope servirá apenas para tornar ainda mais anti-social uma Previdência que já faz, na prática, muito menos do que deveria em favor dos milhões de cidadãos que dela dependem.
(*) Advogado e coordenador da Caravana do Bem
Fotografias retratam os 15 Anos de Águas Claras
A
4ª Exposição Fotográfica Grandes Águas Claras faz parte da comemoração de 15 anos da cidade como região administrativa, com imagens que retratam sua jovialidade, beleza e pluralidade. O dia do aniversário propriamente dito foi domingo passado (6), mas a coleção de mais de 80 fotos foi aberta ao público terça-feira (8). A mostra poderá ser vista até 8 de junho, no Espaço Cultural do DF Plaza Shopping. As fotos registram momentos desde o início da cidade, da década de 1990, com as desapropriações de 53 chácaras da extinta Zoobotânica para a construção do metrô, até os tempos atuais. Algumas imagens de arquivo, feitas há 28 anos, trazem lembranças da saga que foi construí-la. Há várias fotos captadas por lentes de fotógrafos amadores e profissionais, moradores e profissionais, residentes ou
Vista noturna da cidade que já registra mais de 160 mil habitantes
não de Águas Claras, retratando os mais diversos ângulos da cidade. É possível identificar, através de várias imagens, o crescimento gradual dos bairros Arniqueira, Areal e da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE), todos pertencentes à 20ª Região Administrativa do Distrito Federal. Águas Claras tem mais de 160 mil habitantes, espalhados pelas centenas de prédios e casas em seus mais de 800 hectares. Na abertura da exposição no DF Plaza, na Rua
Baile promovido pela ACIT festeja 60 anos de Taguatinga A 3ª edição da Taguatinga Festeja Taguatinga acontecerá dia 9 de junho, a partir das 21h no salão de festas do Lions, AE 18, Setor QSE, Taguatinga Sul. O baile, que exige traje social completo, comemora o aniversário de 60 anos da mais importante cidade-satélite de Brasília. O convite individual custa R$ 100, com buffet e bebidas inclusos. A animação é da Banda
Naftalinas. Informações e reservas de mesas pelo telefone 3354-3000 ou pelo e-mail www.acitdf.com.br. A Associação Comercial e Industrial (ACIT) promove o baile junto com o Movimento Taguatinga Unida (Movitu), lideranças comunitárias e entidades representativas dos moradores. Convites com antecedência: Armildes (9 8413-7994) e Salustiano (9 8589-7994).
Copaíba, estiveram presentes importantes lideranças da região administrativa, incluindo a administradora regional, Jerusa Ribeiro; o ex-administrador e presidente da Aciac, Valdeci Machado; o presidente da Amaac, Roman Dario Cuattrin; e o diretor Marcelo Marques, além de empresários e personalidades da imprensa. A exposição é organizada por Bertolucci JC e curado pelos repórteres fotográficos Oswaldo Reis e Wanderlei Pozzembom.
Maio é o mês da defensoria pública no DF Para comemorar o dia do defensor público, no próximo sábado (10), a associação da categoria em Brasília lançará Maio Verde – Mês da Defensoria Pública. A comemoração contará com inúmeros programas, palestras e divulgação de acordos de cooperação entre a Defensoria Pública e órgãos do GDF e outras instituições. Entre os projetos previstos está o da Residência Jurídica.
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O que é ortografia O conjunto de regras que estebelece a forma correta de escrever as palavras. Portanto, está atrelada diretamente à língua escrita Por mais incrível que possa parecer, muitas pessoas me perguntam sobre o que estudar quando, em um edital, aparece o tópico “ortografia”, sobretudo por não encontrarem aulas acerca do tema. Resolvi, portanto, fazer um artigo acerca do assunto, para dirimir quaisquer dúvidas existentes sobre esse tema. Veja qual é a definição do Aurélio para ortografia: o conjunto de regras que, para uma determinada língua, estabelece a grafia correta das palavras; maneira de representar as palavras por meio da escrita. Note, pois, que a ortografia está atrelada diretamente à língua escrita. O decreto nº 6.583 – tam-
bém conhecido como o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – tem a finalidade de alterar apenas a escrita de algumas (e poucas) palavras. Vou, agora, apresentar o que você deve considerar quando uma banca cita, em um edital, o que você deve estudar (e como estudar) para atender ao conteúdo acima exposto: 1. Emprego das letras. Em linhas gerais, significa identificar a grafia correta de um determinado vocábulo. Saber que o certo, por exemplo, é exceção, excesso, expectativa, prodígio, manjericão, alisar, deslize. Como citei acima a palavra “editais”, sei que este artigo é
Parabéns, Dona Dôra! Ela chamava a atenção pelos seus cabelos brancos, fazendo lembrar uma frondosa árvore que deu bons frutos: oito filhos, 15 netos e 8 bisnetos Para festejar o 90º aniversário de Maria das Dores Soares Romariz, mais conhecida como Dona Dôra, tudo começou com a missa para comemorar a sua data natalícia, realizada no início da noite de sábado (25), na Paróquia Nossa Senhora do Rosário. O templo ficou lotado de parentes e amigos. Sentada no centro da nave, Dona Dôra chamava a atenção pelos seus cabelos brancos, fazendo lembrar uma
frondosa árvore que deu bons frutos, que se multiplicaram na terra fértil, produzindo nada menos que oito filhos, 15 netos e 8 bisnetos. Mas a festividade atingiu o auge mesmo foi na bonita mansão de Dóris Marize, onde o saxofonista João recebia as dezenas de convidados com os acordes de seu instrumento, complementado por um afinado conjunto musical.
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
voltado para pessoas já alfabetizadas. Por isso, a melhor maneira para estudar esse assunto é ler muito, produzir textos e consultar o dicionário. Assim, seu cérebro assimilará, gradativamente, a escrita correta de muitas palavras. Não vale a pena – na fase da vida em que estamos, gastar tempo e energia tentando entender regras de emprego das letras (até porque é nesse segmento da gramática que moram muitas regras cravejadas de exceções). Além disso, conforme-se: nem você e nem eu nunca saberemos a forma correta de escrever todas as palavras do português! Por isso, meu amigo, tenha sempre um dicionário com você (eu mesmo tenho dois físicos). 2. Emprego do hífen. Aqui sim está um assunto que facilmente pode ser estudado! É preciso conhecer as regras que definem que palavras como super-homem, micro-ondas e guarda-roupas devem receber hífen, assim como saber por que motivo autoescola, coautoria e dia a dia dispensam o uso desse sinal gráfico.
E a festa prosseguiu animada, com os garçons servindo comes e bebes aos presentes, enquanto Dona Dôra recebia o carinho de todos, cercada do amor de filhos e netos, alguns deles vindos de longe para participar do ágape familiar da aniversariante. Dona Dôra nasceu em São Miguel dos Campos (Alagoas), em 25 de maio de 1928, casou-se aos 17 anos com José Romariz, 17 anos mais velho, ficando viúva aos 40, para cuidar sozinha dos oito filhos, enfrentando dificuldades, porém sem esmorecer. A propósito, essa trajetória sofrida foi lembrada pelo filho Luíz Antônio, hoje cinquentão, o primeiro a empunhar o microfone para agradecer à Dona Dôra pelos tantos ensinamentos recebidos, através do amor materno. Daí em diante, rebocados pela emoção, membros da família Romariz ex-
3. Acentuação gráfica. Além de ser um assunto que pode ser estudado, é o tópico da ortografia mais explorado em provas (aliás, o artigo está organizado em ordem crescente de prioridade). Você deve saber como (e se deve) empregar os acentos agudo e circunflexo em determinadas palavras. Atenção: tudo isso deve ser estudado à luz do Novo Acordo Ortográfico! Não gaste seu precioso tempo estudando o que acontecia em nossa língua antes de 2009! Por fim, é válido saber como cada banca gosta de explorar ortografia. A FCC, por exemplo, nunca dá atenção ao assunto; para ESAF e FGV, os três tópicos são importantes; para o Cespe (e para a maioria das bancas), acentuação gráfica resolve quase tudo. Bons estudos!
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
travasaram a sua emoção, lembrada no texto da “sobrinha do coração” Vera Romariz: “Tua força quase solar, em meio a lutos e lutas penosas, cozinhaste teus sabores e afetos, com talento e persistência e temperos de bem querer. Assim sobreviveste!” Os oradores se sucederam, atraindo também não-familiares. A sequência de prédicas emocionantes foi encerrada com as palavras de Dona Dôra, com os olhos banhados em lágrimas. Ela reprisaria seu agradecimento, mais uma vez, na hora de apagar as velinhas enfiadas no bonito bolo de aniversário, ponto e vírgula da inesquecível festa que entrou pela madrugada!
Fernando Pinto Jornalista e escritor
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Suicídio: a ignorância do cientista Como grande parte dos mortais ignorantes deste planeta, achava que a pessoa só merece viver se estiver produzindo Semana passada foi notícia no mundo a decisão de suicidar-se manifestada pelo cientista australiano David Goodall. Aos 104 anos de idade, e desgostoso porque não pode continuar trabalhando na universidade, tomou essa decisão de viajar para a Suíça, onde a legislação permite o suicídio assistido. Quanta ignorância! Aposentado e sem necessidade de trabalhar, Goodall poderia passar a dedicar-se a muitas
coisas que o alegrassem, livre de horários e de cobranças. O cientista, como grande parte dos mortais ignorantes deste planeta, achava que a pessoa só merece viver se estiver produzindo. É a visão coisificada do ser humano. Não somos coisas. Somos espíritos vivendo uma experiência na matéria em busca de educação da nossa alma neste Planeta-Escola chamado Terra. Como diz um pensamento aborígene-aus-
McDonald’s foi condenado Essa decisão reforça o entendimento de que é preciso proteger as crianças e o espaço escolar onde elas passam a maior parte do dia A rede de fast foods McDonald’s foi condenada em São Paulo por publicidade velada dentro das escolas. Essa decisão reforça o entendimento dos especialistas e da Justiça de que é preciso proteger as crianças e também o espaço escolar. A escola é o local onde as crian-
ças passam a maior parte do dia, e muitas atividades educativas e lúdicas acontecem nesse ambiente. Desse modo, a atração “Show do Ronald McDonald”, um teatro que a empresa levava a escolas de todo o Brasil com o pretexto de falar sobre meio
traliano: “Somos visitantes deste lugar. Viemos observar, aprender, realizar, e depois voltar pra casa”. Faltou filosofia ao cientista. Se ao longo da vida ele tivesse parado para olhar o céu à noite, o nascer do sol que mantém a vida, a chuva que permite o nascimento das plantas e a vida dos seres vivos, o trabalho dos insetos para polinizar as flores que se transformarão em frutos, no mínimo, entraria em indagação. E a dúvida o levaria, no mínimo, a buscar o lado metafísico da existência. Quem sou eu? O que vim fazer aqui? Vou para algum lugar após a morte ou vou desaparecer? Então, a dúvida e a busca o levariam a continuar. Alexandre, antes de invadir a Índia, ouviu de um sábio: “O que você pensa que irá conquistar? Você só tem um reino a conquistar. É seu reino inte-
ambiente, ciência, cultura e prática de exercícios, está proibida de acontecer pelo menos nas escolas de São Paulo depois que a Defensoria Pública do estado ajuizou uma ação, e esta foi aceita pela Justiça. A decisão foi comemorada por parte dos conselhos federais e regionais de nutricionistas e outros especialistas na área de saúde pública. Afinal, a associação do palhaço do McDonald’s com a alimentação infantil traz muitos riscos associados à saúde, tais como obesidade, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares. O ambiente escolar é extremamente
rior”. Antes de morrer, contam que Alexandre pediu para ser enterrado com as mãos pra fora do caixão. “Por quê?”, perguntaram-lhe. Para que as pessoas vejam que não estou levando nada. Naturalmente que esse pedido possa ter ocorrido em virtude de Alexandre ter recebido educação formal de Aristóteles, o maior filósofo da época. Um pouquinho de reflexão e interesse, e o velho cientista teria conhecido e dado sentido à vida, com o pensamento de grandes luminares que passaram na terra, falaram da vida eterna, e deixaram rastros de sabedoria para sempre. Entre eles, Jesus, Buda, Gandhi, São Francisco, Santo Agostinho, Victor Frankl, Osho, etc.
José Matos Professor e palestrante
vulnerável a práticas semelhantes às empregadas pelo McDonald’s e, com esta sentença, a Justiça reafirma a necessidade de a fiscalização para proteger as crianças. Mais do que isso, ela abre precedente para que outras ações tenham o mesmo desfecho. Pais, mães e educadores têm um papel importante nessa fiscalização. Vamos exercer nosso dever e garantir a saúde das nossas crianças!
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)