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Economista propõe, ainda, utilização de recursos do Fundo Constitucional do DF para incentivar o empreendimento Chico Sant’Anna - Páginas 10 e 11 Ano VIII - 371
Brasília, 14 a 20 de julho de 2018
ENTREVISTAS Léo Matos
Professor quer criar a Bancada da Educação
“A educação move o mundo, muda a pessoa. É a base de tudo” Léo Matos
Pré-candidato a deputado federal nascido em Ceilândia e morador de Águas Claras quer seguir os passos de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, fundadores do PDT. “Investimento em educação é sinônimo de investimento em segurança no curto e no longo prazos”, ensina. / Páginas 8 e 9
JOE VALLE
Ele agora quer o Senado Presidente da Câmara Legislativa alega problema “pessoal e familiar” para desistir de concorrer ao governo. E reclama de Rollemberg: “Ele não nos deu condições de participar das decisões”. / Páginas 6 e 7
E vai rolar a festa Acabou a Copa. O jogo agora é político. Os 35 partidos com registro no TSE farão suas convenções de sexta-feira (20) a 5 de agosto para aprovar nominatas e coligações. Possível desistência de Jofran Frejat pode mudar tudo. / Pelaí – Página 3 e Júlio Pontes - Página 2
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Estudo propõe instalação de indústria bélica em Brasília
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 14 a 20 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
E
ARTIGO
x p e d i e n t e
Abstenção pode favorecer Rollemberg Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br
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Júlio Pontes
As composições para as eleições de outubro ainda não estão definidas, mas já dá para se ter noção de quem caminhará junto na disputa. Mas, antes do início da campanha oficial, os ataques entre os concorrentes já começaram nas redes sociais. No ambiente virtual, o jogo não fica restrito somente aos debates e conversas de botequim. Publicações em grupos “apolíticos” de WhatsApp e Facebook surgem para minar os adversários e impressionar o eleitor. Circula nas redes imagem dos aliados de Jofran Frejat (PR) que serão o calcanhar de Aquiles do ex-secretário de saúde. Aparecem na montagem o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), o deputado federal Rôney Nemer (PP) e a distrital Celina Leão (PP). Em comum, os quatro, além de serem aliados de Frejat, carregam o peso de serem acusados de envolvimento em esquemas de corrupção marcantes para os brasilienses. Episódios que, certa-
C
nAndré Duda Belo texto, bela homenagem. Parabéns. A propósito, já sugeri à querida amiga Conceição Freitas, nossa ex-companheira de Correio Braziliense, a edição de um livro com memórias do Boldo. Não faltarão escritores. Além dos assíduos frequentadores, tem os que ali iam por ocasião das assembleias
Governador ainda sonha em se aproximar dos pedetistas e assim ser o único candidato de centro-esquerda. Ele conta com articulação nacional para essa costura. Para isso, o PSB precisaria se aliar ao PDT na campanha do presidenciável Ciro Gomes
Ataques contra aliados minam a candidatura de Frejat
no sindicato, antes da grande reforma daquele espaço. O Boldo faz parte da história cultural-etílica-jornalística de Brasília. José Cruz Souza, via bsbcapital.com.br Orlando Pontes, gratidão é o mais nobre sentimento humano. Parabéns pelo texto. Márcio Guimarães, via bsbcapital.com.br Trabalhei muito com o
mente, serão massificados para os eleitores nos próximos dias. Esta será a linha dos adversários para desconstruir a imagem de Frejat, que, até agora, lidera as pesquisas de intenção de votos para governador. Também servirá para a formação de outras alianças que dizem não admitir “fichas-sujas” em suas chapas. Pelo menos é o que declaram pré-candidatos como Eliana Pedrosa (Pros), Izalci Lucas (PSDB) e Joe Valle (PDT). Todos foram cortejados por Frejat, mas devem seguir outros caminhos para não se tornarem “farinha do mesmo saco”. Até o momento, oito legendas
lançaram pré-candidaturas. Dessas, apenas três do campo político do atual governador. Além dele, Peniel Pacheco (PDT) e Fátima Sousa (PSol), que teoricamente está mais à esquerda do que os demais. Rodrigo Rollemberg (PSB) ainda sonha em se aproximar dos pedetistas e assim ser o único candidato de centro-esquerda. Ele conta com articulação nacional para essa costura. Para isso, o PSB precisaria se aliar ao PDT na campanha do presidenciável Ciro Gomes. Enquanto isso, a direita pulveriza seus votos entre cinco fortes opções, o que pode facilitar a trajetória de Rollemberg para chegar ao segundo turno. Outro fator que pode ajudar o projeto de reeleição será a abstenção. Na eleição extemporânea em Tocantins, realizada em junho, quase 50% dos eleitores não compareceram às urnas ou votaram branco/nulo. Nesse momento a máquina pública pode fazer a diferença. Afinal, nenhum cabo eleitoral ocupante de cargo comissionado deixará de votar em Rollemberg para não perder a boquinha. Ou seja, caso o fenômeno de Tocantins se repita em Brasília, os oito candidatos disputarão somente a metade dos eleitores. E uma alta abstenção tende a favorecer Rollemberg.
a r t a s
Duda. Que notícia triste. Força aos familiares. Marleide Neves, via Facebook Grande jornalista. Meus sentimentos aos familiares. Nardeli Pimenta, via Facebook Vá em paz. Meus sentimentos a toda a família. Edi Estácio, via Facebook Sobre o falecimento repentino do jornalista André Duda,
secretário de comunicação de três governos. Atualmente, era assessor de imprensa do deputado distrital Rodrigo Delmasso. nRenovação na CLDF Não tanto por ideal, mas por necessidade de manterem foro privilegiado. Alfredo Bessow, via WhatsApp Pretendem. Falta combi-
nar com os Russos. Ricardo Noronha, via WhatsApp Se depender de meu voto, nenhum destes crápulas se reelege. Alberani Gertudes, via Facebook Sobre matéria mostrando que 16 dos 24 deputados distritais tentarão a reeleição. Seis pretendem disputar outros cargos eletivos. Apenas dois ainda não se decidiram.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 14 a 20 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
PELOS QUILOMBOLAS – A deputada Érika Kokay, presidente do PT-DF, vai ao Ministério Público Federal na terça-feira (17) pedir ajuda dos procuradores com relação ao Quilombo Mesquita, em Cidade Ocidental (GO). A parlamentar apoia os quilombolas na tentativa conter a ameaça de redução de 80% da área do quilombo. O espaço ocupado por 785 famílias poderá ter seu terreno reduzido de 4,1 mil hectares para 761 hectares.
ORLANDO PONTES
Vai ser dada a largada JÚLIO PONTES
Bacalhau com política A tradicional bacalhoada mensal do Bar do Roberto, em Taguatinga, virou point da política na cidade. Na terça-feira (10), quem passou por lá foi o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), a convite de seu correligionário Reginaldo Veras. Frequentador assíduo do espaço, Veras, como sempre, estava cercado de amigos, especialmente professores. COORDENADORES – Na foto, os dois deputados aparecem com os coordenadores regionais de ensino de Ceilândia, Marcos Antônio; de Taguatinga, Juscelino Carvalho; e do secretário de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do GDF, Ricardo Ferreira. REDE E PT – Em outras mesas podia-se trocar ideias com o ex-administrador do Cruzeiro e de Taguatinga, Antônio Sabino, pré-candidato a deputado federal pelo PT, e o presidente da ACIT, Justo Magalhães, que disputará uma vaga de deputado distrital pela Rede.
PGR quer enviar delação de João Santana para Moro A Procuradoria-Geral da República pediu à Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que envie para o juiz Sérgio Moro os documentos e depoimentos da delação premiada do marqueteiro João Santana; de sua esposa, Mônica Moura; e de André Luís Reis Santana, funcionário do casal. TOFFOLI – O recurso é contra a decisão da Segunda Turma, que enviou apenas para a Justiça Eleitoral do DF o conteúdo das delações. Os ministros entenderam inicialmente que os crimes relatados pelo trio dizem respeito apenas a caixa 2 e estelionato eleitoral. Para a PGR, por se tratar de repasses da Odebrecht, o caso tem relação com as investigações da 13ª Vara Federal de Curitiba. O relator do caso é o ministro Dias Toffoli.
Terminou a Copa do Mundo de futebol. O jogo, agora, é político. A partir de sexta-feira (20) e até o dia 5 de agosto, os 35 partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estarão liberados para realizar as convenções que definirão quais pré-candidatos terão legenda para disputar uma vaga nas urnas de outubro. No DF, além do governador e do vice, serão eleitos dois senadores, oito deputados federais e 24 distritais. COLIGAÇÕES – Mas não basta montar um bom time. É necessário organizar um grupo de aliados para formar uma coligação capaz de agregar aspectos importantes, como recursos do fundo partidário e tempo no horário eleitoral no rádio e na televisão. ESCADA – Essa estratégia passa pela avaliação do potencial de votos de cada um. Não é interessante unir-se a quem pouco acrescente. Também não vale a pena estar ao lado de alguém que sabidamente terá uma votação acachapante, a ponto de tornar os aliados em meras escadas para sua ascensão. AQUECIMENTO – Na corrida ao GDF, estão no aquecimento oito pré-candidatos: O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tentará a reeleição, Jofran Frejat (PR), Izalci Lucas (PSDB), Eliana Pedrosa (Pros), Alexandre Guerra (Novo), general Paulo Chagas (PRP), Fátima Sousa (PSol) e Peniel Pacheco (PDT). DESISTÊNCIA – Após vários meses de tratativas e
pré-campanha, o cenário pode sofrer uma completa reviravolta na reta final antes das convenções. Na quinta-feira (13), o líder nas pesquisas, Jofran Frejat (foto), ameaçou desistir da candidatura. Telefonou para o presidente nacional do PR, Valdemar Costa Neto, para anunciar a decisão. MONGE – Mas atendeu ao apelo de Valdemar para repensar. Assim, passará o fim de semana “recolhido como um monge”. DIABO – Frejat alegou estar sendo pressionado por correligionários, especialmente o ex-governador José Roberto Arruda. E avisou: “Não vou vender minha alma ao diabo”. FALTA UM – Nesse cipoal ainda falta o candidato do PT. O partido vai se reunir para escolher entre o economista Júlio Miragaya e o bancário Afonso Magalhães.
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Debate entre buritizáveis fica capenga sem representantes do PT e do PDT Orlando Pontes
O
primeiro debate entre buritizáveis, promovido segunda-feira (9) pelo portal Metrópoles, no auditório da LBV diante de um auditório com 500 pessoas, foi um encontro capenga. Não por culpa da organização, conduzida com profissionalismo pela jornalista Lilian Tahan. Mas devido à ausência de representantes de segmentos importantes da política brasiliense, principalmente do PT e do PDT. Desde o início dos anos 1990, quando da primeira eleição de Joaquim Roriz pelo voto direto, os principais adversários da direita se abrigaram nessas duas legendas. Já no primeiro pleito, em 90, um ilustre desconhecido chamado Saraiva e Saraiva surgiu do nada e, com o apoio da militância petista, polarizou com Roriz. Pelo PDT, o nome à época era do ex-presidente da secção do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Maurício Corrêa, que chegou a ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). PROTAGONISMO – Em 1994, o PT foi buscar o reitor da Universidade de Brasília (UnB), o hoje senador Cristovam Buarque (PPS), para derrotar o candidato de Roriz, então senador Valmir Campelo, agora ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Roriz retornou em 98, superando
Naquela mesa faltaram eles Cristovam Buarque no segundo turno. Em 2002, mesmo derrotado, o PT foi para o segundo turno com Geraldo Magela contra Roriz. Perdeu por diferença de pouco mais de um ponto percentual. Na eleição seguinte, em 2006, a dupla José Roberto Arruda/Paulo Octávio não deu chances a ninguém, vencendo o rorizismo e o petismo ainda no primeiro turno. Mas em 2010 o PT voltou ao protagonismo. Atraiu o médico Agnelo Queiroz, que se elegera seguidamente deputado distrital e federal pelo PCdoB e tornara-se homem de confiança do ex-presidente Lula, de quem foi ministro do esporte.
FIASCO – Como governador, Agnelo encerrou o mandato em baixa e sequer disputou o segundo turno em 2014. Mas isto não significa o fim do petismo na capital da República. Rodrigo Rollemberg (PSB), que sempre esteve nos palanques do PT, elegeu-se com o apoio de dois expoentes pedetistas – os senadores Cristovam Buarque e José Antônio Reguffe (sem partido). Agora, em busca da reeleição, ainda sonha em ter o PDT em seu palanque. Mas a única chance de realizá-lo seria por um acordo nacional em que o PSB apoiasse o presidenciável pedetista Ciro Gomes. Desa-
pontado com Rollemberg, os pedetistas brasilienses se apressaram em lançar candidato próprio ao Buriti – o ex-distrital Peniel Pacheco, conforme antecipado pelo Brasília Capital. Assim, arma o palanque para Ciro e atende ao desejo do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, de disputar uma vaga no Senado. Os outros dois distritais da legenda, Cláudio Abrantes e Reginaldo Veras, também apoiam a estratégia. Acreditam que, assim, terão mais facilidade em renovar seus mandatos. Já o PT, mesmo com os desgastes sofridos durante os escândalos do
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Durante mais de três horas, os sete pré-candidatos ao Buriti debateram propostas para Brasília. Da esquerda para a direita: Izalci Lucas, Eliana Pedrosa, general Paulo Chagas, Fátima Sousa, Rodrigo Rollemberg, Jofran Frejat e Alexandre Guerra
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nha nacional pelo Palácio do Planalto. MESA COMPLETA – Aí, sim, a mesa capenga do primeiro debate se tornará um cenário mais real do que é a política brasiliense, com representantes da direita – general Paulo Chagas (PRP); da centro-direita – Jofran Frejat (PR), Izalci Lucas (PSDB) e Eliana Pedrosa (Pros); do centro – Alexandre Guerra (Novo); da centro-esquerda – Rollemberg (PSB), Peniel Pacheco (PDT) e o candidato do PT; e da esquerda – Fátima Sousa (PSol). Quando isto acontecer, finalmente não estará faltando mais ninguém naquela mesa...
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Mensalão e do Petrolão, do fiasco de Agnelo e das investigações que pesam sobre a gestão 2010-2014, não é carta fora do baralho. Terá um forte candidato ao Senado (o distrital Wasny de Roure) e pode montar uma dupla com origens que sempre deram bons frutos ao partido – a academia (UnB) e o movimento sindical, com o professor Júlio Miragaya e o bancário Afonso Magalhães. Além da defesa do legado de Lula, que comove muita gente. Tudo isso sem descartar, inclusive, uma aliança PT-PDT, caso Ciro Gomes e Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo) se entendam para uma dobradi-
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Entrevista / Joe Valle
“Rollemberg não nos deu condições de participar das decisões” JÚLIO PONTES
As candidaturas do PDT são um contraponto ao governo Rollemberg? – De forma alguma. Na realidade, são uma construção na busca de uma harmonização do partido. Por que o senhor desistiu de disputar o governo? – Isto foi em função de problema pessoal, estritamente pessoal e familiar, apesar de o partido ter dado todas as condições e apoiado bastante. A gente então vem para ajudar nesse processo com o lançamento de uma candidatura própria para compor com nossa nominata para deputado federal e distrital. Neste caso, o senhor sairá candidato ao Senado? – A gente também quis compor todo o processo. Acho que o importante é ajudar a governar essa cidade. E a oportunidade desse trabalho foi dada num determinado momento quando participamos do governo. Mas o governo não teve essa receptividade com o PDT nem conosco. A gente não teve a oportunidade de dar a nossa contribuição. Portanto, houve o rompimento e agora uma candidatura para fazer o contraponto ao governo... – Nesse sentido a gente realmente tem um projeto para a cidade. E esse projeto foi colocado partidariamente. A gente quer compor para ajustar com os nossos quadros no sentido de fazer um governo à altura da Capital da República, que é a maior realização dos brasileiros. Como se chegou ao nome de Peniel Pacheco? – O nome do Peniel vinha sendo discutido na executiva, já foi colocado e a gente pretende realmente apresentar todas as nossas propostas e as propostas do PDT para o eleitor e para a cidade para serem analisadas e, se
Orlando Pontes O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), abriu mão da candidatura a governador de Brasília em função de problema “estritamente pessoal e familiar”. Mas continua disposto a colaborar na construção de pautas importantes para a cidade, como a reforma fiscal e a sustentabilidade. “Esta já está na minha gênesis”, como a alimentação com produtos orgânicos, que “está no meu DNA”. Nesta entrevista ao Brasília Capital, Joe reforça sua intenção de disputar uma vaga de senador do DF nas eleições de outubro. “Esta é a lógica que a gente quer defender e propor, e colocar à disposição o nosso currículo e a nossa folha serviços para que as pessoas possam ter mais esta opção para escolher seus dois representantes no Senado”. Na última semana antes do início das convenções partidárias que definirão as coligações, Joe lembra que o PDT saiu da base do governo quando de seu afastamento da Secretaria do Trabalho. “O governador não conseguiu nos ouvir e fazer as reuniões necessárias, que pudessem nos dar condição de participar das decisões”. Por causa disso, acha pouco provável uma nova aliança com Rollemberg. Mas não descarta uma aproximação com o PT.
“Gostaríamos de compartilhar nossas propostas com partidos progressistas”
JÚLIO PONTES
o maior prazer de sentar e negociar as nossas relações e as nossas interações no intuito sempre de melhoria de qualidade de vida da cidade de uma forma mais republicana.
for o caso, escolher o PDT como a opção para governar a cidade. Com quais partidos o PDT admite se coligar – A gente tem conversando com muitos partidos, mas acho que ainda não há definição na cidade. A gente gostaria de compartilhar nossas propostas com aqueles partidos que se acharem à vontade, que compartilharem com essa questão progressista, humanista, mas também ligados a um modelo de cidade que possa dar liberdade e condição das pessoas decidirem seus rumos coletivamente. A gente tem
“Decidimos sair realmente do governo porque não tivemos eco e reciprocidade no sentido de poder participar de fato das decisões”
O PDT apoiou Rollemberg e hoje está rompido com o governo. Há alguma possibilidade de reaproximação? – Na questão do Rollemberg, juntamente com os senadores Reguffe e Cristovam Buarque, que na época eram do PDT, fomos apoiadores de primeira ordem. Mas depois de um certo tempo houve uma incompatibilidade por não
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concordarmos com o programa que estava sendo tratado e trilhado. Mas o senhor era tratado como um super secretário... – Na verdade a gente se propôs a governar juntos. Partidariamente a decisão foi tomada. Eu fui o único deputado que foi ao governo e se colocou à disposição como um quadro para fazer esse modelo de gestão coletiva e ajudar a governar. Não foi bem entendido. À época o governador não conseguiu nos ouvir e fazer as reuniões necessárias, que pudessem nos dar condição de participar das decisões. Mas isto não deveria ter sido combinado antes de o senhor assumir o cargo? – Foi uma questão mais de uma decisão, naquele momento, de um correligionário assumir uma vaga na Câmara Legislativa como suplente e tocar o governo da forma dele, sem ouvir os partidos que estavam em volta. Dez meses depois decidimos sair realmente do governo, porque não tivemos eco e reciprocidade no sentido de poder participar de fato das decisões. Este foi o único fator que levou o PDT ao rompimento com o Buriti? – Especificamente, isso nos levou a sair do governo e fazer o rompimento, baseado no programa que foi apresentado à população e que não estava sendo seguido. Nós demos as razões, demos o prazo. E esse prazo para cumprir pelo menos 50% das opções não foi cumprido. A partir daí a gente não viu como mais ficar colaborando com o governo, já que tínhamos outras propostas. Até porque foi o momento em que teve a eleição para a mesa da CLDF e eu não fui o candidato apoiado pelo governador, que optou pelo Agaciel Maia. Estranho, pois era um candidato do PR que tem candidato a governador (Jofran Frejat). O PDT e o PT, que em todas as eleições passadas no DF tiveram papel importante, não participaram dos primeiros debates deste ano. Mesmo após o lançamento do nome do Peniel Pacheco, o senhor vê alguma possibilidade de aproximação entre os dois partidos? – Eu acho que nacionalmente é uma questão de discussão. Sempre houve uma aproximação ente PDT e PT nacionalmente. E também com o PSB. Todos esses processos que estão acon-
“Já conversamos com nosso presidente Carlos Luppi sobre nossa candidatura própria, mas ele ainda está numa discussão nacional para fazer os acertos finais, porque a gente tem uma pretensão grande e um bom candidato a presidente”
tecendo, logicamente têm uma dependência nas discussões nacionais, já que o PDT tem um candidato a presidência da República, que é o Ciro Gomes. Essas conversas estão acontecendo nacionalmente, muito em torno de uma construção de proposta para o Brasil. Então a gente está aguardando. O Haddad pode ser vice do Ciro ou vice-versa? – Essas conversas já aconteceram, estão acontecendo, e a gente está aguardando. Até porque o nosso presidente nacional (Carlos Luppi) nos pediu que aguardássemos. Já conversamos com ele sobre nossa candidatura própria, mas ele ainda está em uma discussão nacional para fazer os acertos finais, porque a gente tem uma pretensão grande e temos um bom candidato a presidente. Qual sua mensagem para Brasília como pré-candidato ao Senado? – Quero fazer uma construção com a cidade, com pautas bastante importantes: A reforma fiscal, a sustentabilidade - pauta que eu defendo que já está na minha gênesis. Nesse processo, logicamente que está ligada à alimentação produtos orgânicos que está praticamente no meu DNA. Estas são as pautas que a gente quer levar, mas também, logicamente, trazendo um peso de uma representação no Senado para a questão do chão de fábrica do DF. Essa é a lógica que a gente quer defender e propor, e colocar à disposição nosso currículo e nossa folha serviço para que as pessoas possam ter mais essa opção a escolher, já que são duas vagas.
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Entrevista Professor Léo Matos O que move um jovem professor de 36 anos, nascido em Ceilândia, a tentar se eleger deputado federal? – Coragem demais para enfrentar mais um desafio e indignação com o cenário político atual. Desde a minha infância em Ceilândia passei por muitas dificuldades. Assumir o desafio de ser candidato é ter a coragem que muitos não têm. Todo mundo quer mudar o país, mas não tem coragem de correr atrás disso. Qual será sua bandeira como político? – Sem dúvida, a educação. A educação move o mundo, muda a pessoa. É a base de tudo. A educação levada a sério pode mudar completamente uma pessoa, como mudou a minha vida. Nasci na Ceilândia, não tive muitas condições, estudei em escola pública. Com o crescimento das redes sociais, você se tornou uma referência como professor de informática para concursos. Como foi isso? – Meus seguidores nas redes sociais são exatamente pelo meu trabalho em cursinhos preparatórios para concursos. Trabalho com isso há 15 anos. Mais de 100 mil alunos já passaram pelas minhas aulas. Nas redes sociais tenho 50 mil seguidores no Facebook, 23 mil no Instagram e 30 mil no YouTube. Quantos são do Distrito Federal? – A metade deve ser daqui do DF. Caso se eleja, pretende negociar cargos no Executivo ou cumprir integralmente o mandato? – O objetivo de ser deputado federal é representar a população. E a função do deputado é legislar e fiscalizar. Não teria essa mudança. Tenho interesse em continuar no cargo do início até o final do man-
Ele quer criar a Bancada da Educação Orlando Pontes
L
éo Matos é um idealista. Um professor daqueles que lembra os tempos em que Darcy Ribeiro liderava a defesa da educação no Congresso. Aos 36 anos, o jovem nascido em Ceilândia, que dá aulas de informática desde os 22 anos, se apresenta como pré-candidato a deputado federal. Gestor dos cursos Espaço Campus e Estúdio Aulas (este online), preparatórios para concursos, Léo Matos, não por coincidência, filiou-se ao PDT, partido fundado por Darcy e Leonel Brizola. “A educação move o mundo, muda a pessoa. É a base de tudo. Levada a sério, ela pode mudar completamente uma pessoa, como mudou a minha vida”, diz. Léo Matos estudou em escola pública até passar no vestibular da Universidade Católica. Além de sua própria história, ele se baseia no exemplo do pai, Luís Matos, falecido há um mês, que começou a vida como servente de pedreiro e chegou a diretor do Sindicato dos Hoteleiros e juiz classista da Delegacia Regional do Trabalho . Casado com Amanda e pai de Leandro, de 14 anos, e Ithan, de seis, o morador de Águas Claras há seis anos quer chegar à Câmara dos Deputados para liderar a criação da Bancada da Educação. “Se elegermos um parlamentar em cada estado, já faremos barulho pela reforma do ensino no Brasil”, aposta. Nesta entrevista ao Brasília Capital ele revela que espera contar com o apoio de mais de 100 mil seguidores nas redes sociais.
dato. Não tenho interesse em cargos do Executivo ou de fazer esse troca-troca. O objetivo é propor e votar leis que favoreçam a educação. No Congresso existem as bancadas evangélica, da bala, ruralista... Qual seria a sua? – Meu objetivo é criar Bancada da Educação, que é o que falta na Câmara. Estou levantando uma bandeira, fazendo pré-campanhas para outros deputados em nível nacional também ligados à educação. Se o povo se unir e eleger alguém da educação em cada estado, a gente cria essa bancada e começa a reforma que a educação tanto precisa. Faltam investimentos em educação no Brasil? – O Brasil investe muito em educação. Só que de maneira errada. É aquela coisa: Você
vai comprar um carro. Se investir no carro errado terá prejuízo. O Brasil, hoje, investe 5,7% do Produto Interno Bruto em educação e ocupa o 53º lugar no PISA, o programa internacional de avaliação de alunos. Ou seja, proporcionalmente, investe mais que os Estados Unidos, que estão em 17º lugar. Então, se a gente for analisar, o Brasil é um dos que mais investe, mas é um dos que têm menos retorno. A que você atribui esse fenômeno? – O Brasil não tem um programa de capacitação de professores, que são desmotivados pela falta de bons salários. A gente pode mudar isso melhorando o salário dos professores. Claro, dentro da realidade do país. Tem que saber de onde tirar para fazer esse investimento.
Léo Matos: “Investimento em educação é s
Qual seria sua proposta para esta questão? – Já estamos nesse processo de qualificação dos professores. O professor hoje passa em concurso público e simplesmente é jogado na sala de aula. Não tem uma estratégia de ensino, um projeto de capacitação profissional. Entra sem saber nem como começar a preparar uma aula. Por isso que a qualidade do ensino no Brasil está tão baixa. Muitos candidatos, antes mesmo de eleitos, anunciam que destinarão suas emendas para determinadas áreas. Você enviaria todas as suas emendas para a educação? – Muitos deputados usam as emendas parlamentares como forma de manter o apoio político. Destinam para aquela bandeira que levantam. Minhas emendas serão destinadas ao
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ANTÔNIO SABINO
aumentar a segurança. Uma criança na escola não terá tempo para se envolver com criminosos. E um cidadão bem formado dificilmene cometerá crimes. Então, investir em educação é sinônimo de investir em segurança no curto e no longo prazos. Ao se eleger, o parlamentar, muitas vezes, perde o contato com as pessoas. Como você faria para continuar tendo esse sentimento de povo, de rua? – Claro que não posso falar de uma realidade que não conheço. Mas hoje, se for comparar, eu sou gestor cinco empresas. Tenho cinco escolas na área concurso público. Dou aulas, porque sou professor do curso. Não fico só na parte do canetão e do carimbo. Eu sinto na pele o mesmo o que o professor sente. E mesmo assim consigo visitar minha família, ir a alguns eventos da comunidade. Então, quando assumir o mandato, a gente tem que sentir na pele a agenda da Câmara para saber o que pode ser feito.
sinônimo de investimento em segurança no curto e no longo prazos”
que for necessário e urgente. Se precisar reformar um hospital, manda para lá. Se precisar reformar uma escola, manda para lá. Não necessariamente para uma área específica, mas para aquelas que necessitam naquele momento. Conhecedor das necessidades dos moradores da periferia de Brasília, o que você faria, como deputado, para melhorar a qualidade dessa população? – Se você olhar para as áreas mais carentes, verá que o pai começa a trabalhar muito cedo. Com isso, pode ser que a criança fique muito tempo sozinha e não tenha um apoio pedagógico e familiar adequado. Por isso, eu me esforçaria muito para construir creches, reformar escolas. Creio que todos os esforços seriam no sentido de não deixar as crianças na rua, na casa
do vizinho, e assim por diante. A reforma política tem que começar do ensino infantil até o ensino superior. É esse cenário de crianças na rua que você vê na periferia da Capital da República? – Sem dúvida. As escolas na Ceilândia naturalmente têm uma demanda muito alta por reforma, melhorias na infraestrutura. Eu acredito que esse projeto de reforma do sistema educacional já beneficiaria muito a galera da Ceilândia também. Mas na Ceilândia falta muita creche. Nessas cidades mais carentes eu acho que tem que ter mais creches exatamente pelos pais terem uma necessidade maior de deixar seus filhos para irem trabalhar. E, existindo boas creches, eles fariam isso com mais tranquilidade. A educação também tem este condão de
Qual sua visão sobre o Fundo Constitucional do DF? – Lutaria pela manutenção e ampliação. O Fundo Constitucional é muito importante. Brasília faz parte de um todo. Se a gente batalha para reformar o sistema educacional, e foi por isso que eu escolhi ser pré-candidato a deputado federal, foi não só lutar por Brasília, mas lutar em nível nacional, porque Brasília está incluída aí. Se você faz uma reforma política nacional, tudo isso vai refletir em Brasília. E aqui a gente tem o deputado Reginaldo Veras, um distrital já defendendo a bandeira da educação. Só que ele não consegue fazer muita coisa, exatamente porque a educação é mais da legislação federal. Por isso a gente optou por disputar esse cargo. Em entrevista ao Brasília Capital, o deputado Reginaldo Veras falou que uma andorinha só faz verão. Ele, na Câmara Legislativa, conseguiu mudar muita coisa, inclusive a cabeça dos colegas... – Como o Reginaldo falou: Uma andorinha pode fazer verão. Ele fez muita coisa sim, mas realmente ainda tem muito para ser feito. Se tivesse uma bancada - distrital e federal - as coisas mudariam.
O PDT lançou candidatura própria ao GDF. Você defende uma aliança com outras legendas? Ou seria pela chapa puro-sangue? – Toda campanha política precisa de uma coligação. Até mesmo pelo coeficiente eleitoral. O PDT está procurando essas coligações. Mas o que eu gosto de deixar claro é que às vezes você pode estar se coligando com pessoas do mal, que não têm uma história tão boa na cidade. Então, mesmo que ocorram essas coligações – eu já andei conversando com o Reginaldo e outros do PDT –, eu quero ficar um pouco mais livre para apoiar quem eu quiser para os cargos majoritários. Até para não influenciar também na minha história de vida. Eu não vou apoiar alguém que não tenha o nome limpo. Não vou apoiar alguém que não tenha projetos viáveis. Tem gente que vai falar de projeto na educação e não tem responsabilidade para avaliar se realmente o orçamento dá, de onde vai tirar, etc. O nosso objetivo é fazer uma campanha séria, com objetivos reais e com participação mesmo da sociedade. Como será feito isso? – A gente vai fazer reuniões com a sociedade para ver o que as pessoas podem dar de opinião. Os professores que estão à minha volta são especialistas em suas áreas. A gente vai fazer projetos viáveis e que sejam realmente alcançáveis. Então já existe uma plataforma dos projetos que você vai defender como parlamentar? – Exatamente. Já tem essa plataforma em andamento. Não podemos publicar nada agora, até porque sou só pré-candidato. Mas quando começar a pegar no batente, vamos anunciar e mostrar que há viabilidade. Qual a sua mensagem para Brasília? – Uma mensagem de esperança. Ainda existe possibilidade. A renovação política deve ser feita. Nós não podemos deixar de acreditar. Pode ser que a gente não consiga usufruir dessa mudança, porque ela é em longo prazo. Mas a gente tem que começar. Eu acredito na educação. Acredito que a educação pode mudar a vida das pessoas. Vamos criar uma bancada da educação na Câmara Federal. E se possível também na Câmara Legislativa, apoiando o nosso deputado Reginaldo Veras.
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Por Chico Sant’Anna
Estudo propõe polo de indústria bélica no DF Economista sugere uso do Fundo Constitucional para incentivar o empreendimento
D
iante de um contingente de desempregados que ultrapassa a casa das 320 mil pessoas, começam a ganhar visibilidade diferentes e sui generis projetos para dinamizar a economia do Distrito Federal. Embora na Capital da Esperança seja proibido a produção e comercialização de armas de brinquedo, um desses projetos vai muito além: propõe a criação
de um “Complexo Industrial Militar de Brasília - CIMB”. Isso mesmo: Tornar Brasília num polo da indústria bélica nacional. E, o que é mais grave, para incentivar tal empreendimento, usar recursos do Fundo Constitucional do DF, criado para que a União custeie as despesas de Saúde, Educação e Segurança Pública. A proposta do economista e auditor do Tesouro Nacional,
Thiago Mendes Rodrigues, sugere que sejam destinados até 5% das dotações do FCDF a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação da área de Indústria de Defesa no DF. Com base nos valores de 2017, quando a União transferiu para Brasília R$ 15,8 bilhões pelo FCDF, essa fatia proposta representaria um montante de R$ 790 milhões anuais para fomentar uma indústria bélica no Planalto Central.
Isenções fiscais e lotes da Terracap A fórmula prevê ainda que a Terracap facilite, com lotes, a implantação dessas empresas, que poderiam ficar na Cidade Tecnológica, agora rebatizada de (BioTIC), próximo a Sobradinho. As empresas contariam ainda com isenções fiscais, já que existe uma lei federal de fomento à indústria de Defesa. Embora não seja de autoria de nenhum técnico do GDF, o projeto obteve o segundo lugar no Terceiro Prêmio de Trabalhos Técnico-Científicos, promovido pela Companhia de Desenvolvimento do Planalto – Codeplan. A empresa é responsável pelo planejamen-
to do desenvolvimento do DF, e, nesta condição, apresentada a um público de especialistas no auditório da estatal. O tema não causou perplexidade à maior parte da plateia, que reuniu especialistas da Codeplan e de representantes da Federação das Indústrias, da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste e da Receita Federal, dentre outros. Nem quanto ao produto a ser produzido, nem quanto ao uso de recursos do FCDF. Pelo contrário, a Sudeco apontou ainda a possibilidade de se usar verbas do Fundo do Centro-Oeste – FCO, uma linha de
crédito em condições especiais do Banco do Brasil. Para o economista, a criação do CIMB é uma opção de industrialização intensiva, com possibilidade de repercussão, absorção e atração de mão de obra especializada à Capital Federal, bem como a criação de cadeias produtivas locais, encadeadas de maior complexidade, geração de renda e valor agregado. “A criação do complexo industrial integrado a centros de pesquisa e universidades serviria como polo difusor de conhecimento e tecnologias, favorecendo retornos a longo prazo no produto”, ressalta.
Pelo projeto discutido na Codeplan, as empresas fabricantes de armas poderiam ficar na Cidade Tecnológica, rebatizada de (BioTIC), próximo a Sobradinho, e contariam com isenções fiscais, já que existe uma lei federal de fomento à indústria de Defesa
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Indústria inapropriada Já a técnica da Codeplan e especialista em Planejamento do Desenvolvimento, Celeste Dominici, considera “totalmente inapropriada” a instalação de indústria de armamento por essas bandas. “A Capital foi pensada para ser um centro de inteligência, de cultura. Na era pós-industrial, em que o mundo está vivendo, não tem sentido implantar uma atividade dessa natureza, sendo que as necessidades que a cidade tem, e também o país, são de outra natureza, que exigem conhecimento, criatividade e tecnologia”, salienta. Rodrigues argumenta que não será necessariamente um centro de produção de armas e muni-
ções, mas sim “investimento em inteligência e inovação, em áreas de possível proveito civil: energias renováveis, integração de sistemas, robótica, sistemas espaciais, inteligência de máquinas, radares, novos materiais, transmissão de dados, biotecnologia”. Não soube, contudo, mensurar quanto em emprego e renda seria gerado em Brasília. E esta é mais uma crítica de Celeste Dominici: “O desemprego no DF atinge principalmente pessoas com baixo nível de escolaridade. Ademais o efeito da implantação de uma indústria como essa, se realmente criasse empregos de alta qualificação, provavelmente resultaria na atração de mais pessoas de outras regiões para cá”.
Território pequeno com pouca água Seguindo os passos de Recife Especialista em área militar, Pedro Paulo Rezende considera a ideia interessante, embora rejeite o uso do FCDF para tal fim. A concessão pelo GDF de incentivo fiscal na área do ICMS seria suficiente. Para ele, Brasília pode seguir os passos de Recife, que já fornece softwares militares. A cidade contaria com ofertas de empregos bem remunerados e capazes de absorver mão-de-obra local disponível na área de informática, engenharia, tecnologia da informação e eletrônica. Acha, inclusive, que universidades como a UnB deveriam participar do projeto. Mas ressalta que as Forças Armadas precisam mudar seu padrão de compras que hoje prioriza, segundo ele, compras de equipamentos norte-americanos de segunda mão. Vale lembrar que em Formosa, no Entorno do DF, o Exército deu início à criação do Forte Santa Bárbara, que abrigará o Sistema Astros 2020, dotado de Grupos de Mísseis e Foguetes, Bateria de Busca de Alvo e o Centro de Instrução de Artilharia de Foguetes e Mísseis.
Embora com um território reduzido e, agora, vivendo a pressão da crise hídrica, o DF vem sendo alvo de múltiplos trabalhos que focam na Indústria como a solução de desenvolvimento e geração de empregos. Um polo industrial está longe do que foi pensado para Brasília. Mesmo assim, especialistas como Aldo Paviani, Doutor em Geografia Urbana, consideram a indústria candanga incipiente e defendem a atração de investimentos para novas indústrias e ampliação das existentes. “A vantagem para essa medida é o mercado de Brasília, que é receptivo e pode ser ampliado. Mas falta responder a outras questões: a) quais ramos industriais serão vetados, por serem agressivos à natureza? b) há recursos para ampliar as infraestruturas — água, energia, meios de transportes etc.?; e, por fim, d) como capacitar os trabalhadores com a educação formal, necessária ao suprimento das atividades industriais exigentes em mão de obra qualificada?”, pondera Paviani.
É neste foco que Celeste Dominici salienta que, para atender às necessidades de geração e renda na Capital Federal, existem “muitos outros setores onde a inovação e a pesquisa estão presentes, como, por exemplo, a cultura, a biologia, a ciência da informação, e a informática com inúmeras possibilidades”. SEM VOCAÇÃO – Independentemente para onde levar o desenvolvimento candango, esse estudo premiado pela Codeplan nos traz dois alertas. O primeiro se refere à opção indústria. Será mesmo esta a vocação desta cidade? Os setores de comércio e serviços, em especial nos ramos do turismo, cultura e comunicação, não serão mais apropriados? Segundo, estão de olho gordo nos recursos do FCDF voltados para assegurar o tripé social mais demandado pelos brasilienses: Educação, Saúde e Segurança. Por que sacar recursos destinados a estas áreas que estão longe de alcançar os níveis de excelência desejados?
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IFB OFERECE CURSOS GRATUITOS – O Instituto Federal de Brasília está com 99 vagas remanescentes nos cursos técnicos de Eletromecânica e Manutenção e Suporte em Informática na modalidade subsequente ao Ensino Médio, e em Artesanato, modalidade Proeja. Os cursos serão ofertados neste segundo semestre. Os interessados devem comparecer ao Registro Acadêmico do Campus Taguatinga (QNM 40, Área Especial nº 1, de 12 a 20 de julho, das 9h às 12h ou das 14h às 17h.
POR ELIANE ARAÚJO Entre em contato com a Coluna Via Satélites. Este espaço é aberto para as demandas da comunidade. Críticas, sugestões ou sugestões de pautas, envie para o e-mal elianegaa@gmail.com
ÁGUAS CLARAS
TAGUATINGA
VICENTE PIRES
Moradores reclamam da falta de acessibilidade
Pizzaria dá refrigerante para leitores
Uma viagem pelo mundo
A Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac) reclama que, próximo à estação Arniqueiras, na Praça Condor, as faixas de pedestres estão posicionadas num local e as rampas de acessibilidade a três metros de distância. Na rua Pitangueiras não há rampa na faixa nem nas proximidades, o que obriga o usuário a escalar obstáculos para cruzar a rua. A Associação pediu à Administração Regional uma solução para o problema que afeta cadeirantes e toda a comunidade.
Violência assusta o Areal Moradores em alerta. Oito das doze casas da QS 5 do Areal já foram assaltadas neste ano. Os criminosos assaltaram até o motoqueiro responsável pelas rondas noturnas.
Dez de julho é o dia mundial da pizza. Para comemorar a data, a Sancho Pizzas e Massas dará um 1,5 litro de Coca-Cola ou Guaraná na compra de uma pizza grande. Para participar, basta mostrar ou dizer que leu esta notícia no Brasília Capital e escolher sua pizza preferida. A promoção é válida até sexta-feira (20) para compras na loja e pelo delivery. Importante: a casa oferece outras promoções, o cliente poderá participar somente de uma delas cada pedido. Serviço: Funcionamento: das 18h às 23:30; Endereço: Quiosques no Pistão Norte, primeira entrada do Taguaparque; Tele-entrega: 33527232 ou 99317-5550 (WhatsApp)
População exige posição do MP O grupo Defensores de Taguatinga protocolou, terça-feira (10), requerimento cobrando manifestação do Ministério Público do Distrito Federal sobre a construção dos postos de gasolina da Rede Braga na QNA 25 e na QND 46. O objetivo é que o MP se pronuncie sobre a legalidade e legitimidade das duas obras, devido à sua proximidade com residências e escolas públicas. Em junho, o Brasília Capital mostrou que o muro que separava uma casa do posto da QNA desmoronou, colocando em risco a vida de uma família. GETULIO ROMÃO
DISTRITO FEDERAL
Dia Mundial da Limpeza O Dia Mundial da Limpeza, ou World Cleanup Day, será comemorado no dia 15 de setembro e é uma iniciativa do Let´s do it!, que surgiu há dez anos na Estônia e ganhou o mundo. Hoje são mais de 150 países participantes do evento, todos com os mesmos objetivos: Sensibilizar e chamar a atenção para os problemas causados pelo descarte incorreto do lixo. http://www.teoriaverde. com.br/noticias/id-765601/organize_o_ dia_mundial_da_limpeza_na_sua_ cidade_e_seja_um_lider_ambiental
O comandante do 2º BPM, major Elias Costa, foi abraçar Karolyne Guimarães
Parabéns para a administradora Mais de 400 pessoas foram comemorar o aniversário da administradora Karolyne Guimarães, terça-feira (10), no restaurantre Nu Céu, no Taguaparque. O padrinho político de Karolyne, ministro Ronaldo Fonseca, compareceu acompanhado do pré-candidato a deputado federal professor Marcos Pacco. Também marcaram presença a administradora do Plano Piloto, Riane Vasconcelos; o secretário do Trabalho, Wilson Rodrigues; o conselheiro federal da OAB, Severino Cajazeiras; e o comandante do 2º Batalhão da PM de Taguatinga, major Elias Costa (na foto com a aniversariante).
Quatro escolas de Vicente Pires - duas particulares e as escolas públicas 1 e 2 - serão as representantes do Brasil no projeto do livro “The Way We Are”, que surgiu de Sundern, uma escola pública da Alemanha, e aborda os desafios no momento: A educação e integração de crianças refugiadas que passaram a frequentar a escola. A participação delas ajuda a resgatar em cada uma a dignidade perdida e a esperança. Projetos Internacionais na escola ajudam os alunos a compreender e respeitar diferenças. O projeto une crianças de todos os continentes. São 46 escolas de 26 países.
Invasões aumentam em período eleitoral De julho a setembro, o número de invasões aumenta consideravelmente em várias regiões do DF. Os grileiros se aproveitam para fazer promessas e desmatar novas áreas. Vizinho de Vicente Pires e da Estrutural, o Assentamento 26 de Setembro cresce a olhos vistos, assim como o Sol Nascente, na Ceilândia. A Agefis precisa atuar com o mesmo rigor que usou ao longo do governo.
Levanta poeira Morar em Vicente Pires requer paixão e persistência. As obras que estão sendo tocadas em toda a cidade formam uma imensa nuvem de poeira. A limpeza das casas se tornou impossível e os moradores podem ser identificados de longe pela sujeira dos carros e dos sapatos.
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A velha “nova política” da semântica
A
três meses da eleição, finalmente o governador do Distrito Federal começou a deixar evidente do que se trata sua tão anunciada “nova política”: ressignificar modelos de gestão. Vou exemplificar. Primeiro, usaram a palavra “instituto” para começar o que, na verdade, é uma “terceirização” dos serviços no Hospital de Base. Agora, em vez de “expulsão”, eles usaram o termo “remoção” para “devolver” à Secretaria de Saúde os servidores do instituto. Ou seja, no fim das contas, o significado da expressão “nova política de Rollemberg” pode ser compreendido também como “semântica”. A princípio, pode até parecer complexo. Mas, na
prática, a semântica política de Rollemberg é nada mais do que papo furado de quem não fez o que devia na hora certa. E, agora, em vez de assumir os erros, resolve colocar em cartaz a peça de teatro “Estamos Atendendo ao Interesse Público e às Necessidades de Saúde da População”. Não estão mesmo. E nem pretendem fazer isso. Na verdade, é o oposto. E é justamente por isso que a semântica é necessária: para não revelar a verdadeira face das intenções. O Instituto Hospital de Base (IHBDF), como o SindMédico-DF sempre afirmou, é, na verdade, uma artimanha deste governo para terceirizar e não se responsabilizar pelo futuro
Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF
do mais importante hospital do DF. E, vale ressaltar, não apenas terceirizar como quarteirizar, já que as empresas contratadas certamente solicitarão outras
para tentar suprir a demanda. Uma demanda que aumenta a cada dia, especialmente com a interrupção de serviços, como as consultas oncológicas, como aconteceu em abril. E enquanto Rollemberg e o secretário de saúde, Humberto Fonseca, brincam de gestão, a principal prejudicada é a população. A expulsão de profissionais experientes, que querem continuar no Instituto Hospital de Base, vai diminuir a qualidade do atendimento e as remoções nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) – outra surpresa do GDF esta semana - torna ainda mais precário o serviço da assistência primária à saúde: é o que eles querem.
Mas, a semântica da “nova política” de Rollemberg não vai vencer. O que nós queremos, tanto os servidores públicos quanto a população, é o SUS-DF reerguido, pronto para atender a todos com dignidade. E a nossa vontade, em outubro, vai vencer toda e qualquer tentativa de tirarem de nós o que é direito. Não nos renderemos aos desmandos deste governo. Porque sabemos que, mais adiante, um novo DF começará. Sem semânticas. Vamos nós, também, usar da “ressignificação” para nos dar outra chance: a chance de vencer velhas “novas políticas”.
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Te vejo na praia! Seguramente, esse é o título de um dos eventos mais badalados atualmente da Capital Federal! Apesar de ser realizado também em outras localidades, o apelo em torno da edição brasiliense é forte, uma vez que os habitantes daqui estão muito distantes do incrível litoral brasileiro! Nesta semana, ao olhar para o nome do projeto, inúmeras reflexões linguística povoaram a minha cabeça. Gostaria de compartilhá-las com vocês! 1.O sujeito da forma verbal “vejo” é classificado gramaticalmente como elíptico, desinencial ou oculto. Pode-se
Não vale a pena chorar! Até porque esgotei todo o meu estoque de lágrimas na tragédia da Copa de 1950 Na base da associação de ideias do neurologista austríaco Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, esta Copa do Mundo de futebol, realizada na Rússia, me fez lembrar da Copa do Maracanã, em 1950. No que se refere ao jogo de sexta-feira (6), entre o Brasil e a Bélgica, eu não chorei ao testemunhar
perceber que, implicitamente, há um eu (primeira pessoa do singular) antes do verbo. Se, por acaso, o nome do evento fosse eu te vejo na praia, o sujeito seria classificado como simples, uma vez que está verbalmente expresso. 2.Chama a atenção também o fato de o nome do evento começar com “te”. Segundo a norma padrão, é proibido o uso de pronomes oblíquos átonos em início de frase – portanto, há uma incorreção gramatical. Opções gramaticalmente corretas seriam vejo-te na praia (com o pronome em posição enclítica) ou eu te vejo na praia (a presença do sujeito licenciaria a próclise). Todavia, as formas gramaticalmente corretas não possuem o mesmo
apelo mercadológico. Usar adequadamente uma língua exige discernimento. O objetivo do evento é promover entretenimento, e não prescrever regras linguísticas. Você já ouviu falar em licença poética? Chamarei o que os criadores do projeto fizeram de licença comercial. Nesse caso, o marketing deve falar mais alto! 3.O pronome “te” foi empregado com a função sintática de objeto direto, pois quem vê, vê alguém! E há algo legal nisso: Como esse pronome é de segunda pessoa, faz referência à pessoa com quem se fala! Então, o título dialoga com o próprio receptor da mensagem – que é o objetivo de qualquer propaganda! É um objeto direto em contato direto com o potencial cliente! 4.“Na praia” – que é inclusive a abreviatura comumente usada entre as pessoas que prestigiam o evento – funciona como um adjunto adverbial de lugar! Por estar em posição canônica, poderia
a derrota por 2 a 1, a favor dos belgas. Relembrei a derrota para os uruguaios, em 1950, no estádio construído para 200 mil torcedores, 99% dos quais vestindo a jaqueta verde-amarela e chorando de fazer dó, diante de uma fragorosa derrota, também por 2 a 1. Em 50, como agora em 18, o Brasil entrou em campo como favorito, depois de termos vencido nas semifinais a Suécia por 7 a 1; e a Espanha por 6 a 1. Sendo chamada, então, de “locomotiva”, que rebocava um plantel de jogadores espetaculares, tal qual o até então invencível goleiro Barbosa; o super-craque
Zizinho, que driblava com os dois pés; o defensor Augusto, que lembrava o físico do Homem de Aço; o artilheiro Ademir de Menezes, que não perdia uma bola na grande área; o botafoguense Nilton Santos, o catedrático de futebol; o “cabecinha de ouro”, Baltazar (não perdia uma bola por cima); o perigoso avante Friaça; e o velocíssimo ponta paulistano que tinha o apelido de “Bigode”. Ou seja: Um timaço pra nenhum técnico adversário botar defeito. Quanto aos nossos adversários, os uruguaios, jogadores com nomes desconhecidos, entre os quais o goleiro Máspoli, o avante Ghiggia, Júlio Pérez, Schiafino e Obdúlio Varela, não davam pra meter medo a ninguém. Além do que, tínhamos a vantagem do empate. E já no começo do segundo tempo, conseguimos marcar o primeiro gol, que saiu dos pés do Friaça.
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
ser ou não isolado por vírgula. Mas, convenhamos: o sinal de pontuação não deixaria o título tão atraente! Viu como a língua portuguesa está em diversos contextos? E mais: viu como ela deve ser moldada para cada uma das suas finalidades? A língua é um instrumento, e cabe ao usuário saber o que quer extrair dela! Aposto que a sua próxima visita ao “Te vejo na praia” não será mais a mesma – pelo menos do ponto de vista linguístico! Logo na entrada do evento, você vai se divertir imensamente com as possibilidades de análises sintáticas ligadas aos letreiros e flyers! P.S.: Acho que nunca fiz um texto tão nerd!
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
Mas, como alegria de pobre dura pouco, os uruguaios logo a seguir empataram a partida e os lances posteriores ficaram sob o comando do capitão Obdúlio Varela, na base dos gritos, amedrontando nossos jogadores, até mesmo o Augusto, que tinha peito de aço. Poucos minutos antes do final, Ghiggia desempatou, para a empolgação de Máspoli, o goleiro uruguaio, que pulava que nem macaco. Diante do que ficou caracterizado pelo pejorativo de Maracanazo, eu concluí que não valia a pena chorar ao assistir a derrota do Brasil para a Bélgica. Até porque esgotei todo o meu estoque de lágrimas na tragédia da Copa de 1950.
Fernando Pinto Jornalista e escritor
Brasília Capital n Geral n 15 n Brasília, 14 a 20 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
Liberte-se, e viva feliz! “Vá atrás dos seus objetivos. Você nasceu para brilhar da sua maneira!” Há muita insatisfação no mundo. Insatisfação com o corpo, com a família, com o salário, com o país, etc. Insatisfação não é ruim, desde que lhe motive a crescer e superá-la. Porém, se lhe desanima e revolta, procure resolvê-la o mais rápido possível. Há três atitudes geradas pela insatisfação que nos derrotam: Culpar os outros, culpar-nos e justificar os atos erra-
dos. Vá à luta com disposição, até sentir três sentimentos: De utilidade, de dignidade e de gratidão. O escritor Marcelo Cezar, no livro “Acorde pra Vida”, analisa outros pontos. Vejamos: “A vida pode ser boa. Você pode ter saúde, prosperidade, amor, amizades, sucesso. Mas, precisa saber selecionar os pensamentos. Não deixe que pensamentos ruins sobre você lhe atormentem.
Inflexibilidade metabólica e obesidade Como na história do ovo e da galinha, a dúvida é saber qual das duas vem primeiro Já ouviu falar em inflexibilidade e/ ou flexibilidade metabólica? A flexibilidade metabólica consiste na eficiência do organismo em utilizar diferentes substratos energéticos de acordo com a disponibilidade de nutrientes.
Esta aptidão fisiológica é dependente da capacidade oxidativa e da sensibilidade à insulina em tecidos periféricos, como músculos e tecido adiposo, e apresenta-se comprometida em inúmeras situações patológicas.
“O universo conspira a seu favor, porque as forças divinas só podem se realizar por meio de você. Contudo, o drama e o medo precisam ser deixados de lado. “Você tem pavor que façam comentários negativos a seu respeito, ofende-se com qualquer coisinha. Não adianta ficar com raiva do mundo porque o mundo não vai ser como você sonhou. As pessoas não vão ser como você as idealizou. Aceite o mundo e as pessoas do jeito que elas são. Aceitar o que não se pode mudar revela sabedoria e maturidade espiritual. “Uma pessoa que odeia o próprio corpo vai atrair o quê na vida? Um príncipe encantado montado num cavalo branco? Não. Só vai atrair desamor, porque você espalha essa energia por onde passa, e essa energia atrapalha o fluxo do dinheiro, impede o crescimento pro-
fissional e as boas amizades. “Entenda que, se você melhorar, o outro também melhora, e o mundo fica melhor. Em vez de ficar pensando nas dificuldades da vida, pare com as lamentações e vá ao encontro daquilo que deseja, do que gosta, do que lhe faz feliz. “Deus nos criou a todos com o mesmo amor, e na hora da ajuda, Ele estende a mão do mesmo jeito. Ocorre que, se você burlar as Leis de Deus, perderá, temporariamente, a proteção divina. Cultive a maledicência e atrairá os maldosos; cultive bons pensamentos e atrairá boas pessoas e boas energias ao seu redor. “Reaja! Não se compare com ninguém. Vá atrás dos seus objetivos. Você nasceu para brilhar da sua maneira!”
Nessas situações patológicas encontramos, então, um quadro de inflexibilidade metabólica. Muito tem-se falado sobre a inflexibilidade metabólica na obesidade. Porém, ainda não conseguimos identificar qual é a causa. O indivíduo começa a acumular tecido adiposo e a apresentar quadro de resistência a insulina, aumento de triglicerídeos circulantes, e aumenta cada vez mais a adiposidade corporal. Mas temos casos em que a resistência a insulina contribui para o desenvolvimento da obesidade. É como a história do ovo e da galinha... não sabemos quem vem primeiro. A intervenção se faz com hábitos alimentares saudáveis e exercícios físicos. Se você é daqueles que acredita que po-
de comer alimentos não saudáveis que o exercício vai resolver tudo, tenha cuidado. Você pode estar contribuindo para um quadro de inflexibilidade metabólica, pois, em muitos casos, nosso corpo responde com inflamação quando comemos determinados alimentos, especialmente os ultraprocessados ricos em açúcar, gordura e sódio. Se quiser saber mais sobre inflexibilidade metabólica e obesidade, procure um nutricionista!
José Matos Professor e palestrante
(*) Texto elaborado pelos estudantes do curso de Nutrição da Universidade Católica de Brasília (UCB) - Jamile Braz, Rhaylane Gomes, Bárbara Miguel e Juliana Almeida.
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