Jornal Brasília Capital 342

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Brasília refém da criminalidade

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Marcos Pacco garante apoio de Fonseca

Cuidado com a morfologia!

Ex-administrador de Brasília (foto) será o candidato dos evangélicos a deputado federal

Livre para casar-se

Diga sim à uva passa

Pelaí – Página 3

Páginas 14 e 15 Ano VII - 342

Brasília, 16 a 22 de dezembro de 2017

MONTAGEM DE FOTOS: THIAGO OLIVEIRA

Qual deles merece seu voto?

Aliados de Lula (esq.) prometem “invadir” Porto Alegre. Brasília Capítal acompanhou as visitas dele, de Bolsonaro, Alckmin e Amoêdo pela cidade

Tucanos de Brasília trocam bicadas PSDB está rachado entre dois grupos. Um defende candidatura própria, outro aceita aliança com Rodrigo Rollemberg Página 4

Quem sofre é o marisco Como nos versos à direita, queda de braço entre Legislativo e Executivo só prejudica o povo. Câmara não autoriza uso de R$ 1,2 bilhão economizados com o Iprev para o governo investir em saúde, educação e obras Página 6

Páginas 2, 8 e 9

Rochedo Beth Carvalho

Está mais pra chorar do que sorrir Está mais pra perder do que ganhar Está mais pra sofrer que se alegrar Está mais para lá do que pra cá Amigo, esta vida não tá boa O sufoco vem à proa Desse barco que é a vida E nessa briga da maré contra o rochedo Sou marisco e tenho medo De não ter uma saída


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 16 a 22 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br

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A R T I G O

x p e d i e n t e

Só a lei não chama de campanha Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com (61) 99139-3991 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br

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teve 300 visualizações até o fechamento desta edição.

Júlio Pontes (*)

O que se viu em Brasília na semana que passou nos eventos com os presidenciáveis Lula, Bolsonaro, Alckmin e Amoêdo dispensa o prefixo “pré” exigido pela Justiça Eleitoral para definir o atual momento político. A campanha já começou. Só não vê quem não quer. Estive nos quatro encontros, transmitindo-os ao vivo pela página do Brasília Capital no Facebook. E constatei, sem a menor sombra de dúvida, que todos eles já estão, de fato, com seus blocos na rua. Vejamos: AMOÊDO – Terça-feira (12): o Partido Novo apresentou a 600 convidados uma parte do que será visto na campanha eleitoral de 2018. Frases como “não usamos dinheiro público” e “os candidatos passam por árduo processo seletivo” são mantras para os integrantes da sigla. Alexandre Guerra, pré-candidato ao GDF, é herdeiro da rede Giraffas e terá que aprender com seu correligionário Paulo Roque, advogado e pré-candidato ao Senado, como empolgar os eleitores. Já João Amoêdo, postulante à Presidência da República, não faz discurso. Faz apresentações. Como um empresário tratando de negócios, utiliza power point para orientar suas palavras. Transmissão ao vivo de Amoêdo

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nReguffe Obrigado pelo carinho e pelo reconhecimento! Fiquei feliz. Muito bacana o editorial do Brasília Capital na edição 341. Obrigado pelo reconhecimento ao meu esforço. Senador Reguffe, via SMS Ainda bem que o Reguffe fez essa denúncia. Esse projeto estava para ser aprovado, ia virar o ano e começar a valer esse aumento absurdo e a gente nem ia entender nada. Ele mandou muito bem! Muito or-

gulho de ter votado nele! Jorge Macedo, via Facebook Sobre a manchete e o editorial da edição 341, denunciando do aumento das taxas de cartórios. nGuinada à direita Acreditem... Muitos dos “evangélicos” que votaram no senhor Ronaldo Fonseca (PROS) não votarão mais nele devido ao apoio dele contra a abertura da investigação ao Temer. Ben Helohin, via Facebook

ALCKMIN – Quarta-Feira (13): o recém-eleito presidente do PSDB estava em Brasília, na sede do PSDB Nacional (607 Sul), para tratar da Reforma da Previdência. Entretanto, Geraldo Alckmin não nega a pretensão de ser candidato ao Planalto. E transborda experiência no contato com a imprensa. Nem titubeia ao responder às perguntas dos jornalistas à cata de uma declaração polêmica. Mas sua falta de carisma pode prejudicá-lo. A transmissão ao vivo de Alckmin teve 280 visualizações até o fechamento desta edição. BOLSONARO – Quarta-feira (13): no Clube de Oficiais da PM, Jair Bolsonaro (PSC) foi recebido por Alberto Fraga (DEM) e aproximadamente duzentas pessoas, em sua maioria militares. O “mito”, como o chamam seus apoiadores, mantém postura ereta durante pronunciamentos de seus companheiros. Com um comportamento que foge ao padrão atribuído a ele, Bolsonaro foi comedido ao falar dos adversários. Foi propositivo, ressaltou a segurança pública e garantiu que seu ministro da Defesa seria um general. Também disse que se depender dele, seu velho amigo Fraga será governador de Brasília. Bolsonaro não falou

com a imprensa e parece forçado a ser simpático e posar para selfies. A transmissão ao vivo de Bolsonaro teve 19 mil visualizações até o fechamento desta edição. LULA – Quarta-feira (13): faixas foram espalhadas pela cidade para informar sobre o evento no Sindicato dos Bancários. Lula 13 estava escrito em letras garrafais, enquanto as demais informações foram grafadas com letras menores. Além de vários políticos do partido, mais de duas mil pessoas estiveram presentes. A militância realmente acredita que o ex-presidente é inocente em relação a todas as acusações de que é alvo e que o levaram a ser condenado em primeira instância. Lula recebe presentes e cumprimenta efusivamente quem o presenteou. Lançou a deputada federal Érika Kokay candidata a governadora de Brasília. No entanto, apesar do apoio imediato da plateia, corrigiu e revelou a verdadeira intenção de Kokay: “se eu tinha certeza de que ela seria eleita governadora, ser deputada federal de novo vai ser fácil”. Érika, de fato, pretende concorrer novamente a uma vaga na Câmara dos Deputados. A transmissão ao vivo de Lula teve 3,2 mil visualizações até o fechamento desta edição. (*)Administrador com atuação em markenting político

a r t a s

É sério? E ele pensa que nós esquecemos dele com aquela camiseta do PT? Me poupe! Aqui você não ganha nunca mais. Van Brasil, via Facebook Impressão minha ou a menos de um ano para as eleições ninguém está se entendendo? Marcelo Marques, via Facebook Sobre nota da coluna Pelaí que cita que Rollemberg se aliou a partidos como PROS e PSDB.

nTombamento Isso só serve para mostrar o quão este governo é incompetente e trata a cidade com pouco caso. Marcelo Marques, via Facebook Sobre nota na coluna de Chico Sant’Anna denunciando esquecimento, por parte do governo, do aniversário do tombamento de Brasília. nSaúde Pública Isso é o retrato de uma sociedade pobre e corrompida.

Nós brasileiros temos nojo de nossos representantes. Estamos contando os dias para saída desse desgoverno Rollemberg acabar. Andreza Paz, via Facebook Rollemberq quer privatizar a saúde. Primeiro sucateia para ter o apoio do povo e depois privatiza a preço de banana. Carlos Carvalho, via Facebook Sobre artigo do Dr. Gutemberg, que perguntou para onde vai a verba destinada ao SUS-DF.


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o embalo da minirreforma eleitoral, que reduziu de 12 para seis meses o prazo de registro de partidos no TSE, está em gestação o Partido Republicano Cristão. De cara, a legenda contaria com 24 deputados federais das convenções das Assembleias de Deus nacionais.

Cinzas da Previdência A votação da reforma da Previdência Social na Câmara dos Deputados ficou para fevereiro. O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) marcou para o dia 5 o início da discussão. A votação só acontecerá dia 19, após a Quarta-Feira de Cinzas. IMPOPULAR – Maia acredita que até lá o governo conseguirá o mínimo de 308 votos para aprovar a matéria. Enquanto isso, a oposição se mobilizará para rejeitá-la. O principal trunfo é o desgaste que os deputados poderão sofrer por votar a favor de um projeto impopular num ano eleitoral. PRIVILÉGIOS – “Queremos que o governo prove que está retirando privilégios, porque nós vamos provar que ele está retirando direitos”, afirma o líder do PT, Carlos Zarattini (SP). O Palácio do Planalto trabalha para que todos os partidos aliados fechem questão. REPRODUÇÃO TWITTER

Fonseca abençoa Marcos Pacco DIVULGAÇÃO

O ex-administrador do Plano Piloto e ex-secretário de Desenvolvimento Humano e Social Marcos Pacco é o escolhido do deputado Ronaldo Fonseca (Pros) para sucedê-lo como representante dos evangélicos do DF na Câmara dos Deputados a partir de 2019. BÊNÇÃOS – O parlamentar tem visitado igrejas e congregações ao lado de Pacco. Em Taguatinga, o pastor Orcival Xavier, da Assembléia de Deus (ADET), apresentou o professor de português a milhares de fieis e abençoou as candidaturas dele e do Pastor Iolando, que concorrerá a distrital. DISTRITAIS – Pacco dá aulas em cursinhos e teve 28 mil votos em 2014. Iolando concorreu à Câmara Legislativa e recebeu 9 mil votos. Em 2018, Fonseca apoiará Stênio Pinho, que é de sua igreja, para a Câmara Legislativa. Ele teve 5 mil votos na eleição passada.

Cristovam tenta colar imagem à de FHC O senador Cristovam Buarque (DF/foto esq.) tenta aproximar sua imagem à do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP). Após ficar mal com o eleitorado de esquerda por apoiar o impeachment de Dilma Roussef e trocar o PDT pelo PPS, o parlamentar definitivamente mudou de lado. EDUCAÇÃO – Cristovam publicou em seu Twitter: “Tanto eu quanto o ex-presidente FHC apontamos a educação como o melhor caminho para o Brasil reduzir as desigualdades sociais, ampliar o acesso da população à saúde e enfrentar um quadro de violência nas principais capitais do país”. Uma foto dos dois lado a lado embasou o comentário.

Pastor Orcival Xavier (C) com Stênio Pinho (esq.) e Marcos Macco

PEREGRINAÇÃO – Na peregrinação em busca do apoio evangélico, Pacco também foi apresentado durante o projeto Governo dos Justos, no Terceiro Congresso Imersão na Visão, das igrejas em células do M12 Brasília. Só desta congregação, cujo líder nacional é o apóstolo Renê Terra Nova, ele espera obter cerca de 15 mil votos. COLIGAÇÃO – Pacco (ainda fi-

liado ao PSB) e seus aliados estão tentando construir uma frente que poderá contar com partidos como a Rede, o Pros e o PSC. FILA – Mas a fila em busca dos votos dos evangélicos é enorme. Entre outros, estão nela os distritais Júlio César (PRB) e Celina Leão (PPS), a ex-distrital Eliana Pedrosa, o ex-vice-governador Paulo Octávio (PP) e até o senador Hélio José (Pros).

Caesb quer reaver lote

Filippelli e Ibaneis

A Caesb notificou o vice-presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (PMDB), pela suposta ocupação de um lote da empresa. O deputado, por sua vez, processa a estatal por usucapião.

Os peemedebistas Tadeu Filippelli e Ibaneis Rocha, pré-candidatos a governador e a deputado federal, respectivamente, combinaram de ajustar suas agendas. A iniciativa é de Filippelli. Assim, ao tempo que tornará seu correligionário mais conhecido nas cidades-satélites, aproveitará para tentar buscar apoios para sua própria campanha.

POSSE – Segundo a Caesb, a residência do parlamentar no Park Way ocupa 10.000 m² destinados à edificação de reservatórios e que a área estaria na rota de abastecimento d’água proveniente de Corumbá 4. Wellington Luiz afirma que “exerce a posse mansa e pacifica do imóvel há mais de 15 anos”.

DIVULGAÇÃO


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Guerra de tucanos

Disputa entre Abadia e Izalci Lucas racha o PSDB-DF AGÊNCIA BRASÍLIA

rantir o apoio necessário à candidatura de Alckmin ao Planalto. Outras lideranças da legenda, como o deputado distrital Robério Negreiros, o ex-secretário de Obras Márcio Machado, o ex-deputado Milton Barbosa e Virgílio Neto compactuam com este pensamento. Em contrapartida, não assumiria o protagonismo em territórios conquistados pelos socialistas, como o DF e Pernambuco. “A executiva nacional é quem dá as autorizações e o nosso projeto é de Brasil. Mas, tudo com ele é na canetada. Ele não consulta seus pares. Como eu havia dito, ele quer se autoproclamar governador”, disse Abadia.

Gustavo Goes

A

indefinição sobre candidatura ao Governo de Brasília em 2018 causa alvoroço no ninho tucano. Enquanto o presidente do PSDB-DF, deputado federal Izalci Lucas, e seu grupo defendem candidatura própria, outras lideranças da sigla, como a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, querem uma aliança com o PSB, para formar palanque para o presidenciável Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. O divisor de águas será a convenção que escolher o próximo presidente do diretório, provavelmente em fevereiro. Se a eleição de Geraldo Alckmin à presidência nacional do PSDB diminuiu o racha interno, a convenção que empossou o pré-candidato ao Planalto, no dia 9 de dezembro, causou turbulência no diretório regional. O quebra-pau, que para Abadia “foi uma vergonha nacional” e “apequenou o partido”, evidenciou uma questão ainda sem resolução: com quem os tucanos se aliarão em 2018? A permanência de Izalci na presidência e a nomeação de Abadia para a Secretaria de Projetos Estratégicos do GDF são os dois episódios que levaram à divisão do partido. A secretária quer o PSDB de mãos dadas com o PSB para ga-

Rollemberg (esq.) e Alkmin: união tem como objetivo as eleições presidenciais AGÊNCIA BRASÍLIA

Abadia ao lado do PSB do governador

AGÊNCIA CÂMARA

Izalci deseja sua própria candidatura

Briga pela presidência O PSDB está desde 2011 sem eleições internas em virtude de uma intervenção nas zonais. No dia 29 de setembro, Izalci determinou outra intervenção, por 120 dias, que podem ser prorrogados pelo mesmo período. O motivo foi a ausência de lideranças do partido, que não puderam comparecer devido à antecipação da data do encontro. Sendo assim, os nomes foram escolhidos sem o consentimento de todos os integrantes da cúpula do PSDB local. “O partido não aguenta mais viver de intervenção. Ele se distanciou de todos depois que assumiu a pre-

sidência. Ele nunca quis concorrer e quer ser ungido presidente. Está bem nítido que vamos estar juntos com o PSB nas próximas eleições. Nosso foco é a presidência da República. Temos que eleger o Alckmin”, disse Virgílio Neto. Izalci afirmou que desde 1998, quando entrou no PSDB, as intervenções são comuns, e que, quando há eleições, houve combinação na hora do voto. “A democracia, de fato, não existia”, disparou.

INTERESSES– O deputado federal Izalci Lucas afirma que o PSDB tem controle. Ele diz que “existem tucanos com os interesses pessoais à frente dos do partido e em busca de cargos”. Para ele, a aproximação do Palácio do Buriti ao PSDB é uma forma de combater o principal adversário em 2018. “Apenas o PSDB pode tirar o atual governador de lá”, avalia. “Só falta ele colocar nos classificados: secretaria disponível. O pré-requisito é ser do PSDB, contra o Izalci. Esse discurso de apoio ao Alckmin é conversa fiada. O vice dele é totalmente diferente do Rodrigo (Rollemberg). O PSB daqui já caminhou com o PSDB? Nunca. Eles caminham com o PT. Ele não vai apoiar o Alckmin porque não cumpre o que promete. E, se apoiar, com essa rejeição de 90%, é pior”, disse Izalci. O objetivo do deputado é lançar sua candidatura ao GDF no ano que vem para o PSDB voltar ao “protagonismo”. Em 2014, segundo ele, o candidato Luiz Pitiman foi lançado de forma isolada e sem o seu consentimento. “Tive mais votos para deputado do que ele para governador. Sabia que teria. Estou preparado para ser governador. Desde 2012 tenho um projeto para cada cidade a partir de consultas à comunidade”.


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Pior para o povo Câmara recusa-se a incorporar R$ 1,2 bilhão economizados com Iprev no orçamento do GDF para 2018 DÊNIO SIMÕES / AGÊNCIA BRASÍLIA

Gustavo Goes

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impasse entre a Câmara Legislativa e o governo pela aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) deixa a população de Brasília na mesma situação do marisco na briga da maré contra o rochedo, como diz a música da cantora Beth Carvalho. Na sessão de quinta-feira (14), os distritais oposicionistas não aceitaram votar a inclusão de R$ 1,2 bilhão que virá da economia que o Executivo fará com a fusão dos fundos de contribuição do Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev) – já aprovada pelo Legislativo – aos R$ 42,4 bilhões na previsão orçamentária. Os deputados – à frente o presidente da Casa, Joe Valle (PDT) – alegam que a proposta defendida pelo líder do governo, Agaciel Maia (PR), tem objetivos eleitoreiros. Por isso, querem apreciá-la somente em 2018. Já o Buriti não se contenta em fragmentar o texto. A LOA voltará a ser discutida terça-feira (19), mas a votação da emenda provavelmente ficará mesmo para o ano que vem. O adiamento da votação da LOA, após as discordâncias e confusões entre governistas e oposicionistas, piorou a já desgastada relação entre os dois Poderes. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) assegura que a aplicação dos recursos será fundamental para investimentos em saúde, educação e obras, e para a contratação de servidores. “Não poderemos fazer isso se a Câmara não retomar a votação da proposta original, tão importante para nossa cidade”, defendeu. Autor da emenda que desagradou a oposição e levou ao segundo adiamento da votação da LOA, Agaciel chegou a se desentender com Ro-

Rollemberg (esq.) e Joe Valle numa queda de braço entre dois poderes. Governo garante que dinheiro irá para saúde e eduação

bério Negreios (PSDB). “Ele começou e terminou o ano traindo. Ao menos é coerente”, disparou, fazendo alusão à mudança de voto de Negreiros que lhe tirou a chance de presidir a Câmara, perdendo a disputa para Joe Valle. Negreiros reagiu chamando Maia de “safado” e “parlapatão” (mentiroso). O governista encerrou a discussão: “não vou baixar o nível para discutir com você. Não preciso adjetivá-lo. Todos sabem quem você é”. A folga no orçamento permitiria ao GDF investimentos e licitações. Com a verba retida, o Buriti só consegue gastar com despesas obrigatórias, como pagamento da folha e custeio da máquina pública. De acordo com a Lei Orgânica do DF,

a atividade legislativa não pode ser interrompida sem a aprovação da LOA. Sendo assim, os distritais não teriam recesso de fim ano ou férias em janeiro. A tendência é que eles adotem um “recesso branco” e cumpram um expediente de fachada. CONFUSÕES – A destinação dos recursos da emenda de R$ 1,2 bilhão para infraestrutura, nomeações ou até o casamentos comunitários foi o principal argumento utilizado pela oposição para derrubar a proposta. O voto de Minerva foi dado pelo presidente Joe Valle, que prefere a discussão do texto no que vem. Ele subiu o tom ao falar da relação com o GDF: “o Legislativo sempre foi chamado de puxadinho do Buriti. Hoje, não é”.

O GDF divulgou uma nota rebatendo a acusação dos oposicionistas. “A decisão da CLDF, com nítido caráter eleitoral, cortou recursos importantíssimos para áreas como saúde, segurança, educação e obras, entre outros setores atingidos pela nefasta ação do Legislativo Distrital”, diz o texto. Segundo o Buriti, a não aprovação compromete a posse de servidores da Secretaria de Saúde, de agentes penitenciários e outros; a entrega de mais 202 leitos infantis do Hospital da Criança prevista para abril; a área de educação será afetada em cerca de R$ 287 milhões; e deixarão de ser reformados e construídos 500 abrigos de ônibus em todo o DF.


BrasíliaBrasília CapitalCapital  Geral  11  Brasília, 16 de dezembro a 20 de dezembro de -2017 - bsbcapital.com.br n Política n 9 n Brasília, 16 a 22 de dezembro de 2017 bsbcapital.com.br

Um governo tão fake quanto suas propagandas No início desta semana, ao falar sobre a ameaça das fake news à democracia em um seminário no Senado Federal, o diretor e documentarista Rodrigo Cebrian afirmou: “as notícias falsas constituem-se Dr. Gutemberg, também de promessas falpresidente do Sindicato dos sas”. A frase imediatamenMédicos do DF e advogado te lembrou-me da atual situação do Distrito Federal e, em consequência, do governador Rodrigo Rollemberg, que busca, a todo custo, a reeleição. E prova disso é a mais recente revelação feita pela imprensa local: “quase três meses após usar a ameaça do fatiamento de salários do funcionalismo para aprovar a reforma da Previdência, o GDF tenta liberar recursos do Iprev com o objetivo de financiar as mais variadas atividades”. O valor desses recursos é de nada menos do que R$ 1,2 bilhão. E as mais variadas atividades são o tal dever de casa que ele não fez/faz, do qual venho falando há três anos: “reconstrução de escolas, reforma em unidades de saúde e remanejamento da estrutura de secretarias-adjuntas.”

O problema, além do fato de que essas “variadas atividades” já deveriam ter sido realizadas em três anos de governo, é que esse dinheiro - R$ 1,2 bilhão - pertence única e exclusivamente à aposentadoria dos servidores públicos do Distrito Federal. Mas disso Rollemberg não fala. Em suas redes sociais e até na agência de notícias oficial de sua gestão não há qualquer comentário em relação à intenção de retirar verba da aposentadoria dos servidores para cobrir os gastos daquilo que já deveria ter sido feito. Porque, trocando em miúdos, essa é a verdade. Só que Rollemberg não gosta de verdades. Ele só

“trabalha” com o chamado ilusionismo político. É um governo de promessas falsas, que nada mais são do que discursos falsos e discursos falsos não passam de fake news e notícias falsas são, como bem lembra o seminário promovido no Senado, uma ameaça à democracia. E democracia não é o forte do nosso governador. Mais uma vez, a exemplo do que vem ocorrendo nos últimos três anos, Rollemberg tentou ativar seu rolo compressor na Câmara Legislativa para aprovar a tal proposta que retiraria recursos da aposentadoria dos servidores do DF e financiar uma gestão que não foi feita até agora. Os hospitais estão

caindo aos pedaços, os pacientes estão morrendo na fila do SUS, as unidades de Saúde estão sem médicos, não há segurança na cidade (nesta semana, um estudante da UnB foi assassinado em frente ao Buriti) e a educação pública vai de mal a pior. Felizmente, a Câmara Legislativa vetou a tentativa de mais um saque milionário do Iprev. Mas, não se enganem, o governo das fake news continuará sua tentativa de nos iludir, com propagandas, discursos ensaiados e novas promessas que não serão cumpridas. Como até agora não foram.


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Com Lula, onde Lul RICARDO STUCKERT/AGÊNCIA PT

“Invasão” de Porto Alegre foi um dos principais temas na visita de Lula a Brasília. Estiveram aqui também outros três presidenciáveis: Bolsonaro, Alckmin e Amoêdo Gustavo Goes e Júlio Pontes

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metade azul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, viveu dias de euforia desde novembro com a conquista da Copa Liberdadores e a disputa do Campeonato Mundial de Clubes pelo Grêmio Futebol Porto-Alegrense. Um dos versos do hino do clube, escrito pelo poeta Lupicínio Rodrigues, diz que “até a pé nós iremos / para o que der e vier / mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver”. A militância petista adotará o lema da torcidagaúchaparaapoiarLuísInácioLula da Silva. O ex-presidente da República terá recurso julgado contra a sua condenação a nove anos e seis meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP), pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR). A decisão será em 24 de janeiro de 2018, pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da Quarta Região e, nesse dia, os militantes estarão presentes em Porto Alegre, onde fica o TRF-4. A “invasão” da capital gaúcha foi a tônica dos discursos das principais lideranças do PT, como os senadores Lindberg Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR), e a deputada Érika Kokay, presidente da legenda no DF, durante ato de apoio a Lula, quarta-feira (13). A manifestação, na sede do Sindicato dos Bancários, reuniu mais de dois mil simpatizantes de Lula, de acordo com os organizadores. Em seu pronunciamento, o ex-presidente reiterou sua inocência e foi ovacionado pela platéia. “Eu não quero que vocês tenham um candidato a presidente que esteja escondido na sua candidatura por-

que é culpado e não quer ser preso. Eu quero ser inocentado pra poder ser candidato”, disse Lula. E prosseguiu: “Se eles apresentarem provas contra mim em todas as acusações, eu terei a satisfação de fazer uma reunião da bancada e dizer que não posso ser candidato a presidente”. PRESIDENCIÁVEIS – Lula não foi o único presidenciável presente em Brasília. Na mesma quarta-feira, estiveram aqui os pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Bolsonaro foi recepcionado no Clube dos Oficiais da PM pelo pré-candidato ao GDF deputado Alberto Fraga (DEM), na presença de cerca de 200 pessoas. Alckmin participou de reunião da executiva nacional do PSDB para definir o posicionamento do partido sobre a reforma da Previdência Social. O nome de Lula esteve presente no discurso de Bolsonaro. O parlamentar fluminense foi comedido nas críticas ao adversário. Ele aposta na polarização e na possível condenação em segunda instância do petista, o que o tornaria inelegível. O discurso conservador, de valorização da família, defesa da segurança pública e de ética na política inflamou o auditório ocupado por policiais e bombeiros. “Não podemos admitir que nossos filhos aprendam besteiras na sala de aula. Aquilo que seus pais não querem. Temos que valorizar a família e respeitar as religiões. O Estado é laico e vai continuar sendo. Mas, 90% dos brasileiros são cristãos. Respeitamos as outras religiões, inclusive, quem não tem”, discursou Bolsonaro.

LULA Foi presidente da República por oito anos e fez Dilma Rousseff como sucessora. Desponta como líder nas intenções de voto: 36%. GUSTAVO GOES

ALCKMIN Está em seu segundo mandato como governador de São Paulo e foi escolhido presidente do PSDB. Candidatou-se à Presidência em 2006 e perdeu para Lula. Aparece com 7% nas pesquisas de intenção de voto

Apesar de usar a reforma da Previdência como justificativa de sua presença em Brasília, Geraldo Alckmin, a terceira força nas pesquisas de intenção de voto, fez propaganda de sua viagem apontando para as eleições. Em suas movimentações nas redes sociais, divulgou o trabalho partidário como #PreparadoParaoBrasil.

Na véspera, terça-feira (12), o pré-candidato pelo Partido Novo, João Amoêdo (RJ), veio a evento do correligionário Alexandre Guerra, postulante à sucessão de Rodrigo Rollemberg (PSB) no Buriti. Os organizadores calcularam mais de mil pessoas no auditório. Amoêdo afirmou que, como gestor, daria destaque ao


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la estiver JÚLIO PONTES

HIV/AIDS: A luta contra o preconceito é todo dia

BOLSONARO Deputado federal por sete mandatos, o parlamentar fluminense aparece nas pesquisas como o principal adversário de Lula, com 18%. JÚLIO PONTES

AMOÊDO O pré-candidato do Novo é ex-vice-presidente do Unibanco. Atualmente é membro do Conselho de Administração da João Fortes. Tem menos de 1% das intenções de voto em pesquisas

tripé saúde, educação e segurança pública. HISTÓRICO – O eleitorado brasiliense é disputado com unhas e dentes pelo PT e pelo PSDB durante as eleições. No DF, eles não têm bases tão sólidas quanto São Paulo, onde os tucanos comandam a prefeitura da capital e

o governo do estado. No Maranhão, o PT emplacou quase 80% dos votos no segundo turno nas últimas duas eleições. Em 2014, o candidato Aécio Neves (PSDB) superou Dilma Rousseff (PT) no DF, com 61,9% dos votos válidos. Quatro anos antes, Dilma tinha ganhado de José Serra, com 52,81%.

E

m apoio a campanha de combate ao HIV/AIDS, o Sindicato dos Bancários de Brasília iluminou a fachada do seu edifício sede com a cor do movimento (vermelho). A iluminação será mantida durante todo o mês de dezembro. O HIV/AIDS – sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – é uma epidemia que já provocou mais 35 milhões de mortes desde a sua descoberta. No Brasil, é oferecido – ainda que de forma insuficiente – tratamento para a doença. Mas o preconceito existente continua sendo uma das principais barreiras para que os infectados se tratem. E isso deve ser lembrado neste 1° de dezembro, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate à Aids. Pesquisa mundial, chamada ATLIS (AIDS Treatment for Life International Survey ou Pesquisa sobre Tratamento para a AIDS em Âmbito Internacional), realizada com cerca de 3 mil pessoas soropositivas em 18 países (inclusive o Brasil), mostra que o maior medo dos pacientes HIV po-

sitivos é com o preconceito e a exclusão social. Por isso, cerca de 34% dos entrevistados havia largado a terapia por temer os efeitos colaterais e 26% nem chegaram a iniciar o tratamento pelo mesmo motivo. Hoje em dia, quem é soropositivo pode trabalhar, estudar, casar e até ter filhos. Mas, por causa do preconceito e da discriminação, os diagnósticos costumam ser tardios, o que adia o início do tratamento e mantém ativa a cadeia de transmissão do vírus HIV. Outro grande problema enfrentado no combate à aids no Brasil é a falta de acesso aos tratamentos adequados e de qualidade. Pesquisa realizada pela Unaids revelou que apenas 55% dos brasileiros infectados recebem tratamento medicamentos necessários. O tratamento é feito com diversas drogas, entre elas um antirretroviral chamado Sulfato de Atazanavir. Este medicamento é utilizado no início do tratamento e é distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 45 mil pessoas recebem o remédio e essa distribuição é feita há 16 anos.


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América Latina em análise

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Projeto Tour Eleições das Américas, parceria do Brasília Capital com a Viés Marketing Estratégico cobrirá campanhas presidenciais em seis países

ADRIANO MARIANO

A

consultoria paulista Viés Marketing Estratégico analisará, in loco, as eleições presidenciais no Chile, Costa Rica, Paraguai, Colômbia e México. A cobertura em toda a América Latina será feita pelo especialista em marketing político e marketing eleitoral Adriano Mariano, idealizador do projeto Tour Eleições das Américas. Todo o conteúdo será publicado com exclusividade no Brasil pelo Brasília Capital. Adriano Mariano é ex-diretor de atendimento da Consultoria Chico Santa Rita & Associados. Idealizador do Tour Eleições das Américas e tradutor de textos para a língua espanhola, ele publicará suas análises a cada quinze dias, observando o panorama político-eleitoral da América Latina nas eleições presidenciais. Seu primeiro trabalho será no Chile, onde o segundo turno ocorre neste domingo (17). O Tour Eleições das Américas termina em outubro do próximo ano, quando ocorrerão as eleições no Brasil.

CONHEÇA A CONSULTORIA VIÉS Visão Estratégica em Marketing e Comunicação Institucional e Eleitoral Uma década de experiência e cases expressivos de sucesso no mercado de comunicação pública e marketing político governamental e eleitoral. É com este gabarito que a Viés Marketing Estratégico, consultoria paulista especializada em marketing e comunicação institucional e eleitoral, lança-se ao mercado de Brasília com a junção de grandes e consagrados nomes do mercado. Empenhada em oferecer consultoria especializada e soluções completas para eleições e instituições, a Viés Marketing Estratégico apresenta estrutura completa no desenvolvimento de estratégias e prestação de serviços na área, com um leque que perpassa desde a produção gráfica, audiovisual e digital, treinamentos de equipes de comunicação e mobilização, até a criação de estratégias mestras, cruciais para campanhas institucionais e eleitorais no atual cenário do país.

Objetivos do projeto Com uma série de coberturas e artigos quinzenais específicos em nosso jornal e portais, queremos captar e apontar as tendências e movimentos políticos e sociais das nações das américas que passarão por eleições presidenciais, cujas disputas e resultados poderão mudar o panorama político da América Latina e influenciar o futuro que os brasileiros darão ao país nas eleições de 2018.

Adriano Mariano: uma década de experiência em marketing estratégico

Outros desdobramentos Além da cobertura presencial e análise sistemática e exclusiva do panorama político, eleitoral e social das eleições presidenciais pela América Latina, buscando conhecer os rumos das eleições e política das américas para buscar entender o futuro das eleições e da política brasileiras, o projeto Tour Eleições das Américas e toda sua cobertura pelo jornal Brasília Capital darão origem a um livro escrito pelo consultor em marketing político Adriano Mariano, para registrar e difundir o conhecimento adquirido com o inédito projeto.

Próximos passos Serão milhares de quilômetros percorridos, culturas visitadas e contextos políticos analisados. Nossa próxima parada será Santiago, a capital do Chile, um dos países mais desenvolvidos e escolarizados da América do Sul. Confira os próximos capítulos desta turnê eleitoral pelas américas, exclusivamente aqui no jornal Brasília Capital.

Diretor-presidente e fundador da Viés Marketing Estratégico, é bacharel em Tradução pela UNESP, tem MBA em Comunicação Integrada e é consultor especialista em Marketing Político e Propaganda Eleitoral pela USP. Com uma década de experiência, atualmente é consultor em marketing e comunicação de diversas instituições em Brasília e no País. Nos últimos anos atuou como diretor de atendimento da Chico Santa Rita & Associados, uma das mais renomadas consultorias em marketing político do Brasil.

FREDERICO LOPES Diretor de Arte e Branding da Viés Marketing Estratégico, é designer gráfico com mais de uma década de experiência. Há 5 anos atua como social media e é também sócio proprietário na Frelo Design, empresa especializada em design de marcas, editorial e marketing digital. A Frelo possui cases de relevância regional e nacional, sendo responsável pela criação da marca “Papa Rango”, adquirida por um dos maiores players do mercado de delivery online, o iFood.

EMMANUEL GUEDES Diretor de Criação da Viés Marketing Estratégico, é designer gráfico há mais de uma década. Desenvolveu projetos para o Colégio São José e para o SESC - São José do Rio Preto. É mestre em História do Design pela UNESP de Bauru e professor universitário. Atualmente, é parceiro do escritório Frelo Design, onde atua principalmente no desenvolvimento de marcas e de projetos editoriais.


Brasília Capital n Cidades n 11 n Brasília, 16 a 22 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br

BURITI CONTRA A AIDS – O governo de Brasília aderiu à campanha nacional Dezembro Vermelho, de prevenção à Aids, na segunda-feira (11). Até o fim do mês, o Palácio do Buriti permanecerá com iluminação na cor símbolo do movimento, vermelha.

DISTRITO FEDERAL

Escassez d’água em 2018 DIVULGAÇÃO

O brasiliense deve preparar-se para mais um ano de escassez e racionamento d’água, inclusive com a possibilidade de as 24h semanais de corte no fornecimento subirem para 48h em 2018. O volume do reservatório do Descoberto dobrou o nível em um mês, mas significa 50% sobre muito pouco – passou de 5,3% em 7 de novembro, o mais baixo percentual da história, para 14,2% sexta-feira (15). A expectativa da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) é de que até o fim do período chuvoso, em maio, o Descoberto chegue a 50% de seu volume total. Em maio de 2017, foi de 56%. O racionamento, que completa um ano, não tem data para acabar. O reservatório de Santa Maria recupera-se percentualmente mais devagar. Foi de 21,9% para 24,8%, de 7 de novembro a 15 de dezembro. De acordo com a Adasa, “a economia de água tem que ser mais forte agora, pois este é o momento de recuperação dos reservatórios. A Caesb bate na mesma tecla. “A escassez de água é um problema mundial e sua solução requer a participação de toda a sociedade”, diz o presidente Companhia, Maurício Luduvice.

Restaurante comunitário O Restaurante Comunitário de Ceilândia Centro reabriu as portas na terça-feira (12). O local voltou a funcionar de segunda a sexta, das 11h às 14h. As unidades do Gama e do Sol Nascente também foram reabertas. A próxima é a de Sobradinho.

IPTU reajustado

Descoberto chegará, na hipótese otimisma, a 50% de sua capacidade em maio do próximo ano

Inscrições no Sisu

Minilivros como convite

As inscrições na primeira edição de 2018 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) terão início no dia 29 de janeiro e vão até as 23h59 de 1º de fevereiro. Serão oferecidas 239.601 oportunidades em 130 instituições, entre universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais. O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação pelo qual as instituições públicas de educação superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O escritor brasiliense radicado em Curitiba Luís Gabriel Sousa lança seu segundo livro – Vendo a vida com as mãos – dia 3 de fevereiro, na livraria Sebinho (Asa Norte). Ele divulgará o evento a partir da primeira semana de janeiro, distribuindo minilivros. As peças serão entregues em festas pela cidade, servindo como convite para o lançamento. A publicação tem o apoio cultural do Brasília Capital.

Inimigo Meu Os criminosos daqui / são mais perigosos que os que estão de fora. / Os criminosos da imaginação, do silêncio e do medo são vampiros a devorar as vísceras do meu equilíbrio e da minha parciência./ Os criminos daqui são os criminosos de mim mesmo, atormentando meu eu. (Poema) Elias Costa

A Câmara Legislativa fixou o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o próximo ano na quarta-feira (13). O índice de correção será de 1,94%, ante os 3,68% propostos pelo governo. A correção leva em conta o índice mais recente do INPC. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) seguirá os valores da Tabela Fipe.

Cidades Limpas A força-tarefa do programa Cidades Limpas, capitaneado pelo secretário de Cidades, Marcos Dantas, está executando suas ações no Sudoeste, Octogonal e Cruzeiro. A atuação seguirá até o dia 22 de dezembro com o apoio de 192 trabalhadores de 16 órgãos distritais. Durante as 28 edições do programa, foram removidas 93,1 toneladas de entulhos, 16,1 mil árvores podadas; 2,4 mil pontos de rede elétrica foram reparados e 747 carteiras de identidade emitidas.


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Capital da carestia

Por Chico Sant’Anna

T

ermina mais um ano da administração Rollemberg e mais um ano que Brasília fica privada de seus principais espaços culturais. Teatro Nacional, Museu de Arte, Espaço Renato Russo..., tudo fechado esperando por reformas que nunca acontecem. A história da recuperação desses espaços seria cômica, se não fosse trágica. Bem ao estilo dos dramas outrora apresentados nos palcos das salas Martins Pena e VillaLobos. Para ampliar a tragédia, os produtores culturais da cidade tomaram conhecimento de que os R$ 106 milhões do Fundo da Cultura, usados pelo GDF em 2015 e 2016 para cobrir déficits internos não serão devolvidos ao FAC. A Lei Orgânica da Cultura - LOC sancionada pelo governador, em seu artigo 81, sacramenta a não devolução dos recursos do FAC. Rollemberg tenta mostrar preocupação com a cultura. No dia 7 de dezembro, organizou uma solenidade para reabrir o foyer do Teatro Nacional e sancionar a LOC. Mas a reabertura do foyer não é pra valer. Por ora, só serve para visitas de turistas. Nada de mostras, saraus, lançamentos de livros. A previsão é de que isto volte a ocorrer no ano que vem, após definir as diretrizes de ocupação cultural. Até lá, Brasília continuará sem uma de suas tradicionais galerias de artes. Como nos anos que se passaram, Rollemberg voltou a prometer para o ano seguinte a entrega dos demais espaços culturais recuperados. Ficariam

Brasília sem espaços para a cultura

Durante evento no foyer do teatro: artistas protestam contra o GDF

prontos o Centro Cultural de Dança, o Espaço Cultural Renato Russo e o Museu de Arte de Brasília. Em janeiro de 2016, o secretário de Cultura, Guilherme Reis, declarou ao programa Revista Brasília que, naquele ano, o foco principal da sua pasta era a retomada das obras do Museu de Arte e do Teatro Nacional. Passaram-se 2016 e 2017, chegamos a 2018 e, como numa telenovela mexicana, o epílogo para essas reformas nunca acontece. JOGO DE MÃOS – Num passe de mágica, a mimica oficial oferece com uma mão e retira com a outra. Denúncia da presidente do

Conselho Popular de Cultura do DF, Cleide Soares, revela que na mesma ocasião em que acontecia a reabertura do foyer à visitação pública, o GDF destinava o espaço da Galeria de Artes Athos Bulcão, no anexo do teatro, à instalação de gabinetes e escritórios da Secretaria de Cultura. Desde 1981, a Galeria é destinada a exposições de pinturas, esculturas e outras formas de expressão das artes visuais. Agora, prevalece a arte da burocracia e dos serviços administrativos. A medida, segundo ela, desrespeitaria a Lei Orgânica do DF e a LOC. O assunto já foi levado ao Ministério Público.

Brasília volta mais uma vez ao topo das cidades mais caras do país. O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referentes a novembro. Em ambos couberam à Capital Federal as maiores taxas acumuladas no ano e nos últimos doze meses. O IPCA mede a inflação de quem ganha até 40 salários mínimos, cerca de R$ 39 mil. Já o INPC apura o custo de vida de quem ganha até cinco salários mínimos, cerca de R$ 4.9 mil. Medida pelo IPCA, a inflação acumulada no ano no DF chegou a 3,15% e, nos últimos doze meses, a 4,31%, bem acima das outras metrópoles e da média nacional, que foram, respectivamente, de 2,5% e 2,8%. Um dos fatores que puxaram para cima a inflação no DF foi a alimentação fora de casa, que ficou quase dez vezes mais cara do que a média nacional. No Brasil, esse grupo de despesa apresentou alta de 0,21%, enquanto em Brasília foi de 2,06%. Quem também apertou o bolso do brasiliense foi a CEB. A energia elétrica teve reajuste médio de 6,84%. Comparando-se novembro com outubro, os vilões foram os custos com habitação e vestuário. Medida pelo INPC, o retrato da inflação candanga não foi muito diferente: 2,92%, nesse ano até novembro, e 3,81%, nos últimos doze meses. A taxa anual é, praticamente, o dobro da média nacional, 1,95%. Além das despesas de habitação e vestuário as despesas com transportes foram as que mais impulsionaram o custo de vida de outubro a novembro.

Salários e empregos Se de um lado os preços sobem para o brasiliense, de outro o nível do desemprego continua elevado e o valor do salário médio daqueles que ainda estão contratados vem caindo. São mais de 300 mil pessoas desempregadas no DF. Segundo o IBGE, no terceiro trimestre deste ano a taxa de desocupação na Capital Federal foi de 12,3%. Mas essa taxa não considera desocupado quem vive de bico. Assim o desemprego real pode ser ainda maior. O ganho médio do assalariado candango foi reduzido em 3,34%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em números isso significa uma queda de R$ 3.772 em 2016 para R$ 3.646. A cada mês, R$ 126 a menos na carteira. E isso para quem tem carteira assinada, pois o rendimento médio dos trabalhadores por conta própria é bem menor: R$ 2.080.

Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com


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Pressão faz Temer recuar e adiar votação da Previdência Cristovam: voto a favor da MP

Hélio José: ausente na “hora H”

R$ 1 trilhão para petroleiras A Medida Provisória 795/2017, denominada MP do Trilhão, por conceder benefícios fiscais de R$ 1 trilhão às empresas estrangeiras que irão explorar o petróleo do pré-sal, foi aprovada terça-feira (12) no Senado com 27 votos favoráveis e 20 contrários. Trinta e um senadores não apareceram para votar. Dentre os votos favoráveis ao benefício fiscal às multinacionais estava Cristovam Buarque (PPS-DF). Outro brasiliense, Hélio José (Pros), estava entre 31 ausentes. Apenas Reguffe (sem partido) votou contrariamente à medida que já gerou repercussões negativas internacionalmente. Notícias publicadas pelo jornal britânico The Guardian dão conta de que o presentinho de Natal às petroleiras teria como principal interessada a também inglesa Shell, e que o ministro das Relações Exteriores da Inglaterra teria feito lobby pela edição da MP. SOBERANIA – O valor estimado das reservas do Pré-Sal é de 10 trilhões de dólares. Capaz de transformar o Brasil no terceiro maior produtor mundial. Até 2016, toda exploração dessa riqueza tinha a obrigatoriedade de garantir uma participação de 30% à Petrobrás. O modelo segue as regras dos países nórdicos, pois garante soberania nacional e benefícios com a extração. Em 2016, contudo, projeto do senador José Serra (PSDB-SP) acabou com a exigência. EMPREGOS NO EXTERIOR – As recentes medidas do governo Michel Temer (PMDB) também eliminaram a obrigação de que um percentual dos equipamentos a serem usados na exploração fossem feitos no Brasil. Agora, eles poderão ser comprados em qualquer parte do Planeta. Detalhe: a MP do trilhão isenta de impostos a sua importação. Ou seja, é dinheiro do contribuinte brasileiro para financiar emprego e renda em outros países. FUNDO CONSTITUCIONAL - Perdão de pagamentos do Fundo Constitucional, que a União repassa ao GDF. Ele é fixado a partir de um percentual das receitas obtidas com os impostos federais. Com uma arrecadação desfalcada de R$ 1 trilhão, a ausência dessa quantia repercutirá nos repasses. Mas a maioria da bancada do DF parece não ter se preocupado com isso. Além de Reguffe, no Senado, na Câmara apenas os deputados Erika Kokay (PT) e Augusto Carvalho (SD) se opuseram à medida. Ronaldo Fonseca (Pros), Laerte Bessa (PR), Alberto Fraga (DEM), Rogério Rosso (PSD) e Izalci Lucas (PSDB) votaram a favor da Bolsa Petroleira. A MP foi aprovada na Casa por 264 contra 227.

A pressão do movimento sindical contra a aprovação da Reforma da Previdência obrigou o governo a recuar e retirar da pauta da Câmara dos Deputados a nova proposta de desmonte da aposentadoria, que deveria ser colocada em votação no dia 6 de dezembro. Esta é, sem dúvida, uma importante vitória da CUT e das demais centrais sindicais. Mas ainda não é definitiva. A orientação da direção da CUT para os sindicatos, federações, confederações e toda a base permanece a mesma: manter a mobilização e o estado de vigilância, fazer pressão nos aeroportos, nos eventos onde um deputado ou senador estiver presente, além de pressionar nas bases de cada parlamentar. O presidente da CUT, Vagner Freitas, lembra ainda que precisamos continuar usando o site NA PRESSÃO para mandar recados por WhatsApp e e-mail, além de preparar os trabalhadores para a greve que será marcada assim que a Câmara colocar a reforma na pauta. “A nossa palavra de ordem continua a mesma: se botar pra votar, o Brasil vai parar”, diz o dirigente. A mobilização é fundamental para pressionar os deputados – a maioria, de olho na reeleição de 2018 – acrescenta Vagner, que alerta: “o governo Temer continua trabalhan-

do para conseguir os 308 votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência, medida rejeitada por 85% dos brasileiros, como apontou a última pesquisa CUT-Vox Populi, o que é inaceitável”. Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, “o adiamento da votação é uma vitória, mas parcial. Vamos continuar mobilizados, pressionando os parlamentares e preparando os trabalhadores e trabalhadoras para a greve. A luta continua”, conclui. Mesmo gastando mais de R$ 171 milhões em propaganda, fora os custos com os jantares para convencer deputados, o golpista e ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) não conseguiu a quantidade de votos favoráveis necessários para aprovar o fim da aposentaria, lembra Vagner Freitas. “As milhares de mobilizações que fizemos nos municípios, estados e aeroportos impediram que ele conseguisse os votos necessários para aprovar o fim da Previdência”.


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Cuidado com a morfologia! Estudar morfologia significa, em linhas gerais, conhecer as dez classes gramaticais (substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição). Muitas pessoas apresentam terríveis dúvidas sobre a nossa gramática por não conhecerem a fundo esse assunto. A morfologia é o principal pré-requisito para compreender questões de sintaxe do período simples ou composto. Só que toda análise morfológica depende de contexto. Não é seguro querer determinar a classe de uma

palavra isoladamente, sem enxergar o sintagma em que ela se insere. Acompanhe comigo: (1) O jovem professor explicava a matéria. (2) O jovem deve cuidar do seu futuro. Nos dois exemplos acima, uma mesma palavra foi empregada (“jovem”). Todavia, a classificação morfológica em cada uma das ocorrências não é a mesma. Em 1, o vocábulo foi empregado para caracterizar “professor”. Por isso, “jovem” é um adjetivo do substantivo “professor”. Já em 2, “jovem” foi

Brasília continua refém da criminalidade Sem dúvida alguma que a violência é chocante: mas corolários de assassinatos publicados três dias consecutivos nas primeiras páginas do Correio Braziliense, é de estarrecer e meter medo em qualquer valentão. Eis as manchetes, por ordem de edição: “Aluno da UnB morre após ser esfaqueado em assalto”, “Morte expõe falta de segurança no centro do poder em Brasília”, “Vizinho mata pai e filho no condomínio”. No primeiro caso, a vítima foi Arlon Fernando da Silva, 29, doutorando

em Física, que veio de Curitiba para tirar seu diploma na UnB, e que morreu esfaqueado quando trafegava em sua bicicleta em pleno Eixo Monumental, na noite de quinta-feira, 7. Depois de atacá-lo a facadas, o assaltante fugiu montado no veículo que acabara de roubar, sem deixar qualquer pista à polícia que continua às escuras, tal qual o trecho mal iluminado da ciclovia onde ocorreu o assassinato. No que se refere à segunda manchete, caracterizando a insegurança da população, moradores e co-

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas

Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br

empregado como nome atribuído a um grupo de pessoas situadas em uma determinada faixa etária. Em outras palavras, “jovem” é substantivo na oração 2. Vamos verificar uma outra situação: (3) O empresário vai viajar a negócios. (4) O viajar é fundamental aos curiosos. Mais uma situação em que uma mesma palavra é empregada em contextos diferentes – com consequências diretas para a classificação morfológica. Em 3, “viajar” é um verbo (compõe uma locução verbal, em que “vai” é o auxiliar e “viajar”, principal). Na oração 4, o mesmo vocábulo – por meio de um processo chamado de derivação imprópria – é empregado como substantivo (e isso é perceptível pela presença do artigo definido masculino e singular anteposto). Nessa hora, você talvez se pergunte: Elias, mas, se o artigo determinou que “viajar” é um substantivo em 4,

por que “jovem” não é substantivo em 1? Simples: em 1, o adjetivo está deslocado, uma vez que foi colocado entre o artigo e o substantivo, e a gramática admite esse deslocamento. O artigo é um recurso poderoso para determinar substantivo, mas isso não significa que a palavra imediatamente após um artigo é substantivo. Este artigo não tem a finalidade de resolver todos os seus problemas com morfologia (até porque essa missão exigiria páginas e páginas de explicações e estudos), mas tem o objetivo de chamar a sua atenção para a importância dessa matéria! Estude-a com carinho! Assim, você terá mais facilidade com conteúdos mais profundos da nossa gramática!

merciantes das imediações onde o estudante da UnB foi morto por causa de uma bicicleta reclamam da rotina de assaltos no SIG e no Sudoeste. Ceilândia e Taguatinga também não dormem, com receio dos bandidos. Quanto à manchete sobre a briga de vizinhos, o fato ocorreu entre dois moradores dos lotes 21 e 23 do Condomínio Estância Quintas da Alvorada. E o mais surpreendente foi o móvel do crime, simplesmente uma lixeira coletiva. O que poderia ser apenas desentendimento terminou com duas mortes: Anderson Ferreira de Aguiar, 49, e Rafael Macedo de Aguiar, 21, pai e filho, foram alvejados por sete tiros de pistola, disparados por Roney Ramalho, 43. Felizmente, o assassino foi preso quando se encontrava num bar das proximidades.

Mais uma vez, volto ao assunto: se a pena de morte existisse no Brasil - a exemplo dos Estados Unidos, país democrático em que 33 dos 50 Estados, incluindo Nova York, têm pena capital. E como perguntar faz parte da profissão de repórter, insisto: é possível acabar com assassinatos a céu aberto? Afirmo que sim, caso haja leis de forca ou cadeira elétrica. E dou exemplo histórico: o então prefeito de NY, Rudolf Giuliane, 1994/2002, pulverizou a criminalidade nas ruas da maior cidade do mundo simplesmente com a campanha Tolerância Zero, do que, aliás, Brasília está precisando, urgentemente!

Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)

Fernando Pinto Jornalista e escritor


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também as motivações erradas para o casamento, tais como: necessidade sexual, de abrigo, de sobrevivência financeira, de medo das críticas desta sociedade hipócrita. Casamento, com poucas exceções, nunca deu certo. As pessoas não se suportavam, mas não podiam separar-se porque a igreja, a família e a sociedade condenavam. Isso só mudou a partir dos anos 1960, quando a mulher passou a trabalhar fora, a ter seu

próprio dinheiro e coragem para livrar-se da opinião conservadora. Entretanto, o problema não está na instituição casamento. O problema reside no atraso espiritual dos habitantes da Terra, que pode ser melhorado desde que haja apoio psicológico. Se as pessoas fossem analisadas antes do casamento, não teríamos tantas separações. Quem carrega mágoas, frustrações, revoltas, complexos e traumas tem pouca chance de se entender com alguém. Não é possível carregar esses lixos e ter paciência e compreensão com o outro. Quando não se separam, se arrastam, às vezes, até o final da vida sempre acusando um ao outro. As boas faculdades de psicologia oferecem análises gratuitas realizadas por es-

tudantes do último ano. Entretanto, se você puder pagar, procure um profissional competente que faça uma viagem com você desde os primeiros anos da infância para que possa se libertar dos gargalos que lhe desequilibram, inquietam, impacientam, desanimam e lhe tornam agressivo (a), intolerante e insuportável. Não adianta trocar de parceiros. O outro vai te tolerar até descobrir teu “eu” verdadeiro. Relembrando Dalai Lama: “quem é meu inimigo? Eu mesmo”. Mude, e o mundo muda, inclusive o casamento.

amantes versus os adversos a uma frutinha comum nas comidas típicas deste período: a uva passa. É bem interessante ver como uma frutinha tão inocente divide opiniões. Eu particularmente gosto dela, e vou tentar te convencer a gostar também. Se não for pelo pa-

ladar, será pelas suas propriedades nutricionais. A uva passa nada mais é do que a uva desidratada, e é importante ressaltar que não tem adição de açúcar. Porém, ao ser desidratada, apresenta o teor natural do açúcar da uva concentrado. Com isso, o sabor doce é acentuado. Mas não apenas o açúcar, e sim todos os nutrientes ali presentes, como vitamina A, Complexo B e vitamina K, além de um teor apreciável de fibra alimentar estar presentes. Além desses micronutrientes, ela tem fotoquímicos concentrados, como o resveratrol, com potente

efeito antioxidante e protetor para doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. A uva passa pode ser usada em preparações doces para ajudar a adoçar sem adicionar açúcar, ou em preparações mais exóticas, que misturam sabores doce com salgado, bem típicas de final de ano. E você, é contra ou a favor da uva passa nas receitas de final de ano?

Livre para casar-se A única coisa certa é que o homem não aprende, ensinava o mestre Gurdieff. O casamento é uma instituição em decadência, e as pessoas e instituições não tomam nenhuma providência para estancar essa queda. A igreja católica está há décadas com o mesmo cursinho de noivos, sem apoio psicológico, o que é inútil porque não analisa as causas dos desentendimentos no casamento. Além dos conflitos individuais, há

Diga sim à uva passa As comemorações de final de ano estão se aproximando, os grupos de WhatsApp para o Natal em família estão sendo formados, e escolhidas as receitas para as datas comemorativas. Ao mesmo tempo em que tudo isso acontece, estamos vendo um movimento nas redes sociais de

José Matos Professor e palestrante

Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)



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