Chico Sant’Anna - Página 10
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pós o apito final da Copa do Mundo no domingo (15), entrarão em campo os políticos. No DF, os pré-candidatos ao Buriti preparam seus times. Os técnicos estão de olho no cargo de governador, mas não descuidam das estratégias para formar fortes elencos na Câmara Legislativa e no Congresso. Também observam as composições nacionais e a disputa pela presidência da República. Rodrigo Rollemberg
Pré-candidato a distrital, Wesley Moura quer reduzir impostos no DF Ano VIII - 370
Agora quem dá a bola são eles
Brasília, 6 de julho de 2018
Entrevista – Página 6
(PSB) tentará a reeleição, enquanto Jofran Frejat (PR) lidera as pesquisas. Izalci Lucas (PSDB) tem como artilheiro o senador Cristovam Buarque (PPS) e os evangélicas na retaguarda. A bola rola pela primeira vez para o general Paulo Chagas (PRP) e para o empresário Alexandre Guerra (Novo). Eliana Pedrosa (Pros) foi a última a entrar em campo, junto com Alírio Neto (PTB) e a família Roriz. O PT sequer saiu do vestiário. / Página 8
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Professora da UnB sofre ameaças por defender Direitos Humanos
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
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ARTIGO
x p e d i e n t e
Eu bebi André Duda Orlando Pontes Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br
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Na década de 1980 e início da de 90, a turma que trabalhava no Correio Braziliense e no Jornal de Brasília se reunia numa birosca que funcionava atrás do Sindicato dos Jornalistas. Era o indefectível Boldo’s Bar, comandado por Dona Ana e seu companheiro do momento, entre eles o impressor que atendia pelo apelido de Passarinho. No terreiro de chão batido em torno do barraco corriam os filhos pequenos de Dona Ana, Cristiane e Cristiano, que eventualmente faziam as vezes de garçons, trazendo uma cerveja gelada ou um copo limpo para
tos partiam para encerrar a homenagem póstuma no Beirute, o “Velho Beira”. Na terça-feira (3), sem mais o Boldo’s e com a maioria dos companheiros daquela época já habitando o outro lado, recebi a notícia da partida de André Duda, jornalista porreta e companheiro fiel. À noite, sentei-me no Bar do Roberto, em Taguatinga, e tomei umas três por ele. Aflorou-me, além da saudade, um profundo sentimento de gratidão por tudo que um dia ele fez por mim. Mas cheguei em casa na certeza de que Duda merecerá um bom lugar para seguir sua missão de fazer o bem aos outros. Vai com Deus, amigo!
Expansão do ensino técnico Cláudio Sampaio (*)
Enquanto as universidades públicas começavam a minguar, diante da escassez de investimentos, e o Ensino Técnico, forte e muito difundido no passado, regredia a olhos vivos, o Executivo Federal passou a conceder, há cerca de quatorze anos, indiscriminadas autorizações para centenas de novas faculdades particulares no Brasil, o que se estendeu por várias gestões. Apesar de parte dessas faculdades terem realizado um investimento sério por um ensino de qualidade, outras tantas se tornaram fábricas disfarçadas de diplomas, nos quais os professores e
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nAgrotóxicos Na verdade, essa comissão tirou o Ministério do Meio e o Ministério da Saúde do processo. Vergonha. Deveriam aumentar as equipes de técnicos dessas duas áreas para ganhar tempo no processo que às vezes dura oito anos para aprovar um agrotóxico. Deixando só o Ministério da Agricultura é um risco. Luiz Sérgio, via WhatsApp
o freguês. Tiragosto, só amendoim salgado ou uma dose de pinga com casca de laranja ou rabo-de-tatu. À sombra da latada de maracujá com chuchu que protegia a mesa de madeira e os dois compridos bancos todos contavam histórias, tratavam das negociações salariais e, principalmente, comentavam as edições dos dois diários. Futebol e política eram pautas obrigatórias. Ali também chora-se as dificuldades e gemiam-se as dores de cada um. E sempre que um companheiro cometia a deselegância de partir desta para a melhor, o bebíamos para recordar os bons momentos vividos juntos em sua passagem por aqui. Era quase um ritual. Dali, mui-
Sobre matéria que mostrou o retrocesso na regularização do uso de agrotóxicos na agricultura no Brasil. Os venenos são causadores de má-formação no feto e mutações genéticas. nTaguatinga Não aceitem uma barbaridade dessa com a população de Taguatinga, pois já tem bastante postos na cidade. Estou do lado do povo e não abro mão dos
professoras não podem sequer cobrar melhor aprendizado e rendimento adequado de seus alunos, sob pena de sumária demissão. Desta forma, o Brasil possui milhões de bacharéis, com curso superior, a maioria desempregados, enquanto há evidente escassez de qualificação técnica e profissionalizante, sobretudo por promoção estatal, em áreas como manutenção informática, mecânica, entre outras, o que é um dos fatores decisivos para o agravamento dos atuais índices de desemprego.
Para que possamos atrair e fomentar polos industriais, criando milhões de postos de trabalho, inclusive com capital externo, além de um sistema tributário que onere menos a produção e de uma legislação compatível com a modernidade, precisamos de expressivo investimento na expansão da qualificação técnica, preferencialmente com integração ao Ensino Médio da rede pública, propiciando, sobretudo aos jovens de baixa renda, o ingresso mais rápido e facilitado ao mercado de trabalho.
(*) Advogado e escritor
a r t a s
nossos diretos. Será que a ganância financeira dos poderosos vale mais do que os estudantes e moradores desta linda cidade? NÃO À CONSTRUÇÃO! Abaixo o poderio! Itamar Bittes, via bsbcapital.com.br É um absurdo construir posto de gasolina em área residencial e próximo a escolas. Isso mostra a extrema ganância por dinheiro. A população merece respeito. Claudemir Cas-
tro, via bsbcapital.com.br Sobre manifestação de moradores, professores, pais e alunos da Escola Classe 15, no Pistão Norte, contra a construção de um posto de gasolina nas proximidades do colégio. nReginaldo Veras Continue assim. Educação de Brasília precisa de um nome como o seu para representá-la. Henri Gray, via Facebook
Sua postura no mandato está super de acordo com os compromissos assumidos enquanto candidato. Melo, via Facebook Boa, deputado. Tem todo o meu respeito. Sueldo De Araujo, via Facebook Sobre entrevista com deputado Reginaldo Veras (PDT), que mostrou seus feitos pela educação do DF, com emendas parlamentares por meio do PDAF.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
ESTRANHO PASSAGEIRO – Um motorista do aplicativo Uber foi chamado para buscar um passageiro no Lago Sul por volta das 22h de terça-feira (3). Bem vestido, o homem contou que participara da festa de aniversário da filha, e pediu para ser deixado à margem da pista, próximo a São Sebastião, onde, segundo conta o chofer, pegaria outra condução. No trajeto, trocou a roupa por um uniforme branco... Quem será esse estranho passageiro?
Decepção e mudanças
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Marivaldo, o maratonista
Em participações em programas de rádio e atividades de pré-campanha, o presidente licenciado do Sindicato dos Médicos, Dr. Gutemberg (PR/foto), tem se deparado com um questionamento constante: as pessoas não vêm no dia a dia o que as propagandas do governo mostram nas unidades de saúde. Os relatos são recorrentes: falta de insumos básicos e de profissionais.
O pré-candidato ao Senado Marivaldo Pereira (PSol/ foto) se destacou ao arrecadar R$ 100 mil até 1º de junho - início da précampanha – com a nova modalidade de vaquinha virtual eleitoral autorizada pelo TSE. Mesmo animado, mandou um recado para seus seguidores no Instagram: “Campanha é maratona, e não 100 metros rasos”.
ESPERANÇA – “As pessoas reconhecem o que estamos apontando há anos: Que a saúde pública não está bem. Não tem propaganda que convença as pessoas de que a realidade é diferente do que aquilo que a gente vive no dia a dia”, afirma. Mas, segundo Dr. Gutemberg, as pessoas estão mostrando esperança de que as eleições vão trazer mudanças positivas para o setor.
Menos filas nos hospitais
Vitória das rádios comunitárias
O GDF divulgou quinta-feira (5) um novo modelo de marcação de consultas e exames na rede pública de saúde. O objetivo é reduzir as filas nos atendimentos. Agora, todo o processo será feito de forma eletrônica, sem a necessidade de o paciente receber ou apresentar guias para ter acesso aos serviços.
Os deputados distritais derrubaram o veto à Lei Distrital 6.017/2017 que trata das rádios comunitárias do DF, o que representa uma grande vitória para o segmento. A finalidade é apoiar a manutenção e o desenvolvimento de projetos continuados realizados por essas emissoras, fortalecer o serviço, favorecer e difundir a cultura local, além de promover a unidade social na diversidade e a defesa dos direitos humanos por meio da liberdade de expressão, informação e comunicação.
Luz na escuridão Ao lado de administradores regionais e de vários pré-candidatos, o governador Rodrigo Rollemberg inaugurou quinta-feira (5) à noite a nova iluminação de LED da Avenida Hélio Prates. O evento – um dos últimos antes do início da proibição de participação em inaugurações, como determina o TSE – foi em frente ao restaurante Comunitário, na divisa entre Ceilândia e Taguatinga.
PROPOSTAS - A iniciativa de Rollemberg chamou atenção de Alírio Neto (PTB / foto), pré-candidato a vice-governador de Eliana Pedrosa (Pros). Em 27 de março, Alírio publicou um vídeo em suas redes sociais propondo a marcação de consultas via aplicativo de smartphones. “O GDF tem tomado minhas propostas pra ele”, reclama. VAI ALÉM - Alírio diz que não foi a primeira vez que isso aconteceu. Segundo ele, a prática começou quando o governador cedeu parte da área da Residência Oficial para o Parque de Águas Claras. “A ideia era minha”, garante. ESQUECIDO - O opositor de Rollemberg aproveitou para atacar o adversário: “É o governo tentando esvaziar as propostas da oposição, mas não dá conta nem de fazer uma ciclovia na EPTG”. E ironizou: “Tudo que começa, acaba pelo caminho. Alguma substância que ele usa provoca perda de memória”.
ARRANCADA – Ou seja, não adianta dar uma boa arrancada e não manter o ritmo ao longo da prova. Marivaldo já tem R$ 155 mil em caixa, montante que não chega à metade do necessário para uma campanha com estrutura mínima. Entre as despesas listadas por ele na mesma publicação estão advogados, eventos, materiais gráficos e comunicação.
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E L E I Ç Õ E S
P R E S I D E N C I A I S
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M É X I C O DIVULGAÇÃO
Adriano Mariano (*)
Q
ue os resultados das eleições presidenciais de um país não influenciam diretamente o ímpeto popular do voto de outros, todos sabemos. Há, no entanto, algo que, quando colocado no espectro regional, diz muito sobre a dinâmica dos movimentos políticos e da forma como as sociedades tendem a conceber o processo eleitoral. Ao somar a isso às realidades locais, o histórico dos candidatos e a avaliação do atual governo, temos o ambiente propício para a continuidade ou para a alternância política. O fato é que o México, que foi às urnas no domingo (1º/7), protagonizou o ineditismo em sua história de eleger a esquerda para a presidência da República, na figura de Andrés Manuel Lopez Obrador, o conhecido AMLO. Ele obteve 53% dos votos, 30 pontos percentuais a mais que o segundo colocado. AMLO também fez a prefeitura da capital Cidade do México, além das candidaturas legislativas de seu partido, o MORENA, triunfarem e darem liderança no legislativo. Isso tudo não aconteceu por acaso. AMLO foi candidato pela terceira vez, fortalecendo pouco a pouco sua musculatura eleitoral. Enrique Peña Nieto, atual presidente, imerso em escândalos de corrupção, tem uma das maiores desaprovações da história, enquanto Donald Trump, em sua megalomania do projeto do muro entre os EUA e o México, instigou a ira e o brio da soberania de um povo que não aceita se render tão facilmente à potência do Norte. Como a política se utiliza de símbolos, AMLO, após a confirmação de sua vitória, ratificou promessas como não se utilizar da residência oficial do presidente, do avião presidencial e nem da guarda presidencial, dizendo que a colocará para cuidar e proteger o povo mexicano. Para responder imediatamente à corrupção, a promessa da austeridade; à violência, o desprendimento de sua segurança pessoal colocada a serviço da nação; à paz, a promessa do di-
O triunfo da esquerda e os símbolos iniciais do populismo Andrés Obrador chegou à presidência na terceira tentativa. No Brasil, mesmo preso Lula pode fazer a diferença com sua liderança no Nordeste
de com o governo álogo com a ONU que agora sofre e até mesmo com oposição do PT? o Papa Francisco. Seria Lula, O populismo que preso há três meo levou à vitória ses, sustentando é o mesmo ingre(*)Adriano Mariano, consultor sua virtual prédiente que utilizaespecialista em marketing -candidatura paurá para iniciar seu político eleitoral tada na briga de governo. adriano@viesmarketing.com.br classes, na suposMas quais pata perseguição juralelos podemos rídica e no slogan traçar com a re“O Brasil feliz de alidade das eleinovo”? Seria Alções brasileiras ckmin, que tenta deste ano? emplacar a ideia Temos enrede que é o mais dos vários, criapreparado para o dos para narratiBrasil, apesar de vas diversas, que ainda patinar nas tentam cooptar o sentimento de desgaste e de opção pe- pesquisas? Seria o governista Meirelles la mudança oposicionista. Mas, após e sua imagem de “resolvedor” de proo impeachment e a ausência de resul- blemas? Ou Ciro e sua metralhadora de tados do governo Temer, tão ou mais ideias e de rompantes emotivos? Mariimerso na mesma corrupção do ante- na e sua requentada nova política? Ou rior, qual liderança assumiria o espa- Bolsonaro e seu discurso extremista? Tudo passará, de fato, pelas alianço político para responder aos anseios e descontentamentos de nossa socieda- ças e pela estrutura partidária que as
campanhas desses candidatos terão. Se o sudeste é responsável por 24% dos votos nacionais e é dominado há mais de duas décadas pelo PSDB de Alckmin, e o Nordeste é responsável por 27% dos votos nacionais e é território de Lula, parece sensato projetar nova polarização entre estes dois partidos. Mas resta saber qual narrativa convencerá ser oposição e qual ator a incorporará de forma crível como candidato. Com Lula na cadeia e Alckmin no retrovisor, o que nos parece certo é que, no Brasil, ao contrário do México, não haverá o domínio majoritário de qualquer um dos concorrentes, e nada de verdadeiramente inédito terá chance de surgir na política nacional nos próximos meses. Nosso projeto agora desembarca no Brasil, com uma série de análises e coberturas exclusivas comparadas com as últimas cinco eleições presidenciais da América Latina, que serão compartilhadas com todos vocês, nas redes sociais da Viés Marketing Estratégico e exclusivamente aqui, no Brasília Capital.
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des quis dar a entender que somente os desfavorecidos ou desclassificados norte-americanos buscavam Cuba para estudar, e perguntou a opinião do colega apresentador. Mas como a realidade não é bem essa, foi aí que o economista entrou em curto-circuito e disse que em Cuba só três coisas funcionam: “Segurança, educação e saúde”, num claro ato falho. O comentário de Amorim viralizou nas redes sociais e provocou muitos comentários. Em um deles, um internauta foi taxativo: “Tudo que todo e qualquer país sonha em ter: Saúde e educação de qualidade e de graça. Isso com 30 anos de bloqueio do império e aliados”, escreveu. Este preconceito esteve claramente visível nas manifestações que levaram ao impeachment da presidenta Dilma. Ironicamente, os manifestantes de então pediam segurança, educação e saúde e criticavam Cuba. Hoje, esses serviços essenciais à população cubana são reconhecidos internacionalmente. Depois dessa fica uma pergunta: Bora pra Cuba???
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Ops!!! Ato falho... Em um dos seus programas mais reaças – o Manhattan Connection – a porta-voz oficial do liberalismo econômico no Brasil, a Rede Globo de televisão, fez um elogio rasgado aos sistemas de saúde, educação e segurança em Cuba. Só isso... Apresentado por figuras como Lucas Mendes, Diogo Mainardi (criador do site O Antagonista e crítico ferrenho de políticas populares) e pelo economista Ricardo Amorim, o programa Manhattan Connection (exibido na Globo News) se propõe a debater política, economia e comportamento sob uma perspectiva liberal a partir da ótica do Instituto Millenium, além de dar dicas sobre Nova York, através de informações diversificadas dos principais assuntos da semana no Brasil e no mundo. Pois foi justamente nessa de analisar o governo Trump e o fenômeno da debandada de estudantes americanos rumo a Cuba para cursar Medicina que ocorreu o apagão nos apresentadores durante o programa exibido no domingo passado (1º/7). Na tentativa de dar mais uma desqualificada na ilha caribenha, o âncora Lucas Mendes levantou a bola para que Ricardo Amorim batesse no governo cubano. Men-
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Entrevista Wesley Moura Qual a sua relação com Brasília? – Nasci em Brasília, mas meus pais moravam na Cidade Ocidental (GO). Morei lá até os 6 anos. Depois meu pai se formou em Contabilidade e trouxe a família para o Guará. Eu tinha 5 anos. A memória da minha infância é no Guará. Comecei a trabalhar aos 12 anos entregando jornal. Minha carteira de trabalho foi assinada como office-boy quando eu tinha 12 anos. Depois me tornei auxiliar de Receita Fiscal num escritório de contabilidade. Quando você começou a trabalhar com seu pai? – Só depois que me formei ele me convidou para trabalhar com ele. Eu estava cheio de novas ideias e passei a atuar na captação de novos clientes. Mudamos o nome da empresa de Walter Contabilidade para Evolução Contábil e expandimos a área de atuação. Hoje, somos especialistas em lucro real e em Brasília poucos escritórios atuam nessa área. Demos uma nova roupagem à empresa e hoje somos um dos maiores escritórios do DF, com de mais de 400 clientes. Por que decidiu se candidatar à Câmara Legislativa? – Sempre me envolvi com trabalhos sociais. Agora, acho que chegou o momento de tentar ampliar esse trabalho entrando na política. Você é evangélico? – Sou cristão. Minha mãe congrega em uma igreja evangélica e eu sempre ajudei. Meu pai é católico e minha mãe é pastora. Ela tem sua própria congregação, a
Reduzir a carga tributária para criar novos empregos
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esley Moura viu o pai estudar e trabalhar muito como cobrador de ônibus e pintor de parede. Seguindo o exemplo, formou-se em Contabilidade e tornou-se um homem solidário. Casado, pai de uma menina de nove anos, o ex-entregador de jornal, ex-office-boy e auxiliar da Receita Fiscal hoje distribui sopa e apoia voluntariamente o desenvolvimento do esporte e da cultura. Este brasiliense de 36 anos tentará, pela primeira vez, se candidatar a de-
putado distrital, em outubro pelo PSDC. Filho de pastora evangélica, o pré-candidato tem percorrido o DF em busca de motivar os eleitores a não desistirem da política. Além do esporte e da cultura, Moura tem como bandeiras a geração de emprego e renda e o atendimento social aos mais necessitados. O escritório de contabilidade de sua família atende mais de 400 empresas. Nesta entrevista ao Brasília Capital, revela-se otimista com o futuro da cidade. “A redução da carga tributária fará o DF voltar a crescer, atraindo novas empresas”, acredita.
Por todo o DF, Wesley Moura (à direita) apoia projetos sociais, como escolinhas de esportes Deus Proverá. Foi por meio dela que comecei a me envolver com projetos sociais. Que projetos são esses? – Atuamos muito na distribuição de sopas. Hoje desenvolvemos esse projeto em sete cidades. No Paranoá, onde tem uma igreja Deus Proverá, há 5 anos o projeto é desenvolvido e eu estou há três anos à frente dele. Eu gosto de ir lá e fazer. Além desse trabalho, o que mais você faz nos proje-
tos? – Atuo com projetos voltados para o esporte e a cultura. Sempre gostei porque as pessoas desses setores promovem seus eventos sem a ajuda do governo. É um trabalho voltado para o resgate dos jovens. Isto me encanta. E são investimentos baratos que podem salvar vidas, livrando os jovens de se envolver com coisas erradas. Em que cidades, além do Paranoá, vocês desenvolvem esse trabalho? – Comecei no Guará ajudando os campeo-
natos de futebol amador. Hoje apoio projetos na Estrutural, em Ceilândia, em São Sebastião e no Paranoá. Na área da cultura já atuamos em praticamente todo o DF com quadrilhas juninas. Foi a partir desses contatos que surgiu a inspiração para a candidatura? – Sem dúvida. Um dos motivos são esses projetos. Penso que é a hora de contribuir mais, e uma maneira de expandir essa atuação é por meio da política.
O que pretende fazer para convencer as pessoas a sair de casa para votar em você? – Venho trabalhando isso há três anos. Tenho explicado que se estão insatisfeitas com a política, então elejam pessoas novas, que tenham novos pensamentos. Quais são suas propostas para Brasília? – A falta de emprego preocupa muito a população de um modo geral. Brasília precisa reduzir a carga tributária visando a criação de novas empresas e a atração de investimentos de fora para gerar mais emprego e renda. O DF precisa oferecer incentivos fiscais para que as empresas se interessem em vir para cá. Temos que dar dignidade para as pessoas por meio do trabalho. Um distrital consegue resolver um problema como este? – Sozinho, não. Mas poderei ajudar a mobilizar as pessoas para que o governo faça isso. Recentemente, cerca de 28 mil empresas fecharam em Brasília. Se conseguirmos resgatar isso e trazer as empresas que foram para Goiás já seremos vitoriosos. É uma bandeira minha porque vivencio isso no nosso escritório. Defendo que a reforma tributária seja feita o mais rápido possível. Sei que esse é um tema a nível de governo federal, mas o GDF pode ajudar reduzindo encargos. A geração de empregos resolveria os demais problemas do DF? – Em muitas cidades ainda falta infraestrutura, saneamento, educação, saúde, cultura, lazer, emprego. Enfim, um pouco de tudo. Por isso, defendo a renovação. E percebo que tem sido ótima a receptividade a esse discurso, inclusive entre meus clientes. Eles estão clamando por renovação. Tem gente que me diz que não vai votar, mas depois que eu converso e exponho minhas propostas tem mudado de opinião.
Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
Existe mesmo renovação política? Maioria dos deputados do DF pretende se manter no cenário político JÚLIO PONTES
Júlio Pontes
A
renovação política é assunto para praticamente todos os pré-candidatos. Aqueles que ainda não conseguiram mandatos se aproveitam do mau momento da classe política no País para surfar na onda, apresentando-se como “novidade”. Mesmo quem já ocupa cargo eletivo fala em “renovação de ideias” para uma suposta “nova política”. Porém, como diz o ditado, contra fatos não há argumentos. Na Câmara Legislativa, dos 24 atuais deputados, dezesseis devem tentar a reeleição; seis disputarão cargos no Congresso Nacional; e dois ainda não se decidiram, mas provavelmente estarão na disputa - Joe Valle (PDT) depende do seu partido e Liliane Roriz (Pros) ainda não tem posicionamento (veja quadro). Na Câmara dos Deputados, dos oito eleitos em 2014, cinco querem voltar
Joe Valle é um dos distritais que não decidiram que cargo vão disputar em outubro na próxima legislatura, dois serão candidatos a cargos majoritários e Ronaldo Fonseca (Pros) assumiu recentemente a secretaria-geral da Presidência da República e não concorrerá. Para cargos majoritários, a tendência é a mesma: os dois senadores que
encerram seus mandatos este ano querem permanecer no Congresso. Cristovam Buarque (PPS) é pré-candidato a reeleição e Hélio José (Pros), que herdou vaga de Rodrigo Rollemberg, almeja a Câmara Federal. O governador também pretende se reeleger.
Saiba +
O QUE QUEREM OS DISTRITAIS
Em 2014, metade dos 24 distritais eleitos em 2010 se mantiveram no cargo. Rôney Nemer (PP) se elegeu deputado federal. Dos onze que ficaram sem mandato, Arlete Sampaio (PT), Paulo Roriz (PSDB), Cabo Patrício (PDT)e Washington Mesquita (PTB) tentarão voltar à CLDF. Olair Francisco (PP) se lançará para federal, enquanto Eliana Pedrosa (Pros) e Alírio Neto (PTB) disputarão, juntos, os cargos de governadora e vice, respectivamente. Doutor Michel hoje é conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Apenas Evandro Garla, Benedito Domingos e Aylton Gomes não disputarão as eleições.
Pré-candidatos a reeleição como deputados distritais: Agaciel Maia (PR); Bispo Renato Andrade (PR); Chico Vigilante (PT); Cláudio Abrantes (PDT); Cristiano Araújo (PSD); Juarezão (PSB); Lira (PHS); Luzia de Paula (PSB); Professor Reginaldo Veras (PDT); Rafael Prudente (MDB); Raimundo Ribeiro (MDB); Ricardo Vale (PT); Robério Negreiros (PSD); Rodrigo Delmasso (PRB); Sandra Faraj (PR); Telma Rufino (PROS) e Wellington Luiz (MDB). Pré-candidatos a deputado federal: Celina Leão (PP), Julio Cesar (PRB) e Professor Israel (PV). Pré-candidatos ao Senado: Chico Leite (Rede) e Wasny de Roure (PT). Ainda não decidiram: Joe Valle (PDT) e Liliane Roriz (PROS).
População dificulta trabalho de pesquisadores Os entrevistadores do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/Fibra), que presta serviços de coleta de dados à Codeplan, estão tendo dificuldades em obter informações das populações de maior poder aquisitivo residentes nos Lagos Sul e Norte, Sudoeste, Noroeste e Asas Sul e Norte. “É necessário que o morador dispense alguns minutos de seu tempo. Receber o pesquisador e responder com veracidade às perguntas do questionário é um ato de cidadania”, diz o gerente de Pesquisas Socieconômicas da Codeplan, Jusçânio Umbelino de Souza. Segundo ele, os dados da pesquisa permitem identificar nível de escolaridade, renda per capita, estrutura etária, índice de percepção de segurança, empregabilidade, condições de infraestrutura e um rol de informações fundamentais para entender a dinâmica histórica e evolutiva de cada Região Administrativa. PERFIL – A coleta de dados foi iniciada em março e o resultado do trabalho será publicado no final do ano. Os entrevistadores já passaram por Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Candangolândia, Riacho Fundo II, Gama, Santa Maria, Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Varjão e Paranoá, e estão em campo nas RAs de Brasília (que inclui Lagos e setores Sudoeste e Noroeste), Sobradinho, Cruzeiro e Brazlândia. Na sequência, o questionário será aplicado nas regiões administrativas restantes. A PDAD mostram as características demográficas, carências e prioridades apontadas pela população nas áreas de educação, saúde, segurança, transporte, emprego e cultura. Leia a integra no www.bsbcapital.com.br
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Os donos da bola Quem manda no jogo agora são os políticos Orlando Pontes
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Copa do Mundo de Futebol termina domingo (15). Sairão de campo os craques dos gramados. De agora em diante, até outubro, quem vai dar a bola são os políticos. Pelo menos oito concorrentes se apresentam como pré-candidatos ao Palácio do Buriti. E mais de mil querem disputar as duas vagas de senador, oito de deputado federal e 24 de distrital. O momento é de montagem dos times (nominatas). Muito mais do que conquistar a torcida (eleitores), os treinadores (dirigentes partidários) estão preocupados em formar suas comissões técnicas (coligações). Para a maioria dos pré-candidatos majoritários, qualquer aliança é bem-vinda. Já para os proporcionais (federais e distritais), o importante é fazer contas para organizar alianças que lhes assegurem mais chances de vitória, mesmo que marquem menos gols (votos) do que esperam antes da partida (a campanha) começar . ZEBRA – A primeira chapa consolidada na disputa ao Buriti foi a do PSol, que tem à frente a ex-diretora da Faculdade de Saúde da UnB, Fátima Sousa. Ela é vista como zebra num campeonato curto. Sua principal missão será tornar-se conhecida em apenas 45 dias e com pouquíssimo tempo de propaganda no rádio e na TV. Sua vice, a assistente social e conselheira tutelar Keka Bagno, também não é uma figura pública de grande projeção. Quem já demonstrou não querer ser expulso de campo é o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Mesmo amargando altos índices de rejeição, voltará para o segundo tempo com uma substituição no ataque: Sai
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Rollemberg: Contratando o PDT
Eliana Pedrosa: Torcida Azul
Frejat: Favorito ao título
Izalci: Desfalque na direita
Guerra: Talento no centro
Paulo Chagas: Ponta direita
Magalhães: Reserva de luxo
Miragaya: Preferido do técnico
Renato Santana (PSD) da vice e entra Eduardo Brandão (PV). Rollemberg ainda busca uma contratação de peso – o PDT. Para isso, negocia diretamente com os principais cartolas do partido – o presidente nacional Carlos Luppi e o presidenciável Ciro Gomes. ADVERTÊNCIAS – Pelos prognósticos da crônica especializada e dos institutos de pesquisa, o principal adversário do atual chefe do Executivo é o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR). Mas este tem no elenco alguns atletas advertidos com cartão amarelo – Arruda e Filippelli – que podem receber a segunda advertência e o cartão vermelho. Isto complicaria em muito a imagem do time e reduziria as chances de conquista do título. Em compensação, conta com dois reforços de peso como pré-candidatos ao Senado: O deputado Alberto Fraga (DEM) e o empresário e ex-vice-governador Paulo Octávio (PP). A ala direita, o forte de Frejat, estará desfalcada com a venda de jogadores para equipes menores. Eliana Pedrosa (Pros) e Alírio Neto (PTB) encabeçaram
O momento é de montagem dos times (nominatas). Muito mais do que conquistar a torcida (eleitores), os treinadores (dirigentes partidários) estão preocupados em formar suas comissões técnicas (coligações) a última defecção, arrastando com eles a tradicional torcida organizada Força Azul, da família Roriz. Antes, o time havia perdido Izalci Lucas (PSDB) para a formação capitaneada pelo senador Cristovam Buarque (PPS) e várias lideranças evangélicas, entre elas o pastor Wanderley Tavares (PRB). ALA DIREITA – As revelações das divisões de base, que pela primeira vez disputarão a categoria profissional, são o general Paulo Chagas (PRB) e o
empresário Alexandre Guerra (Novo). O condecorado candidato atua como ponta aberto na extrema-direita e sonha com um lançamento em profundidade do armador do setor, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O “outsider” joga pelo centro e precisará apresentar um talento que, até agora, não demonstrou, nem nos treinos nem nos amistosos preparatórios. ESTRELA VERMELHA – Por último vem o PT. Desgastado pelos escândalos do Mensalão e da Operação Lava Jato, além da questionada gestão do ex-governador Agnelo Queiroz. Com tudo isso, o partido de Lula ainda não saiu do vestiário. A comissão técnica está reunida para definir entre o bancário Afonso Magalhães e o economista Júlio Miragaya, ex-presidente da Codeplan. Mas as principais estrelas do time da estrela vermelha já avisaram que vão preferir jogar na defesa, em busca de vagas nas Câmaras Legislativa e Federal. Apenas o distrital Wasny de Roure pediu camisa de titular para enfrentar a disputa majoritária. Mas para o Senado. Governo, nem pensar!
(MobilizAção)
Saiba mais:
www.cl.df.gov.br
Violência doméstica. Não deixe que ela fique entre quatro paredes. Denuncie.
Quem agride a
mulher machuca toda a família.
CANAIS DE DENÚNCIA: Procuradoria Especial da Mulher da CLDF: 3348-8296 Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher: 3207-6195 Disque-Denúncia: 197 | Central de Atendimento à Mulher: 180
Agressão familiar também é violência contra a mulher. A violência contra a mulher faz mais vítimas do que você pensa. Ela está em toda parte e se revela de diversas formas. No DF, os estupros, a violência doméstica e o feminicídio não param de crescer. É por isso que a Câmara Legislativa não mede esforços para garantir os direitos da mulher, propondo e aprovando leis em sua defesa. Faça também a sua parte. Se for vítima ou testemunha de alguma ocorrência, denuncie. • IMPLEMENTAÇÃO DO BOTÃO DO PÂNICO • VAGÃO EXCLUSIVO PARA MULHERES NO METRÔ • PROCURADORIA DA MULHER DESDE 2013 • POSTOS DE TRABALHO PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA • UMA DELEGACIA DA MULHER EM CADA REGIÃO ADMINISTRATIVA
Você significa tudo
Brasília Capital n Política n 10 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
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Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress. com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com
Por Chico Sant’Anna
Professora da UnB sofre ameaças por defender Direitos Humanos
A
antropóloga, pesquisadora e professora Débora Diniz, da Universidade de Brasília, vem sendo alvo de ameaças anônimas. Segundo nota do Centro de Ensino Multidisciplinar (Ceam), da UnB, “discursos de ódio e ameaças de violência física têm sido transmitidos via redes sociais contra a professora que faz a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”. Cientista Social com mestrado e doutorado em Antropologia, Débora Diniz é um dos grandes nomes do meio acadêmico brasileiro. Em 2016, foi considerada pela revista norte-americana Foreign Policy uma dos cem pensadores globais, ao lado de personalidades engajadas na defesa de temas sociais mundo afora. As ameaças começaram em abril e retomaram com mais intensidade nos últimos dias. Débora Diniz é a coordenadora da Pesquisa Nacional do Aborto, principal estudo nacional sobre a magnitude do aborto ilegal no país e seus danos e riscos à saúde das mulheres. A docente é uma das articuladoras da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, impetrada pelo Psol questionando no Supremo Tribunal Federal arti-
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Débora Diniz coordena pesquisa sobre os riscos do aborto à saúde da mulher
gos do Código Penal que criminalizam o aborto e que requer o reconhecimento de sua descriminalização até a décima-segunda semana de gestação, enquanto direito da mulher.
As ameaças à professora já foram comunicadas as autoridades policiais. No período de 3 a 6 de agosto, ela será uma das expositoras da audiência pública convocada pelo STF para debater a (ADPF) 442.
Mais um ano de arrocho salarial Os servidores públicos federais e os servidores da Saúde, Educação e Segurança do DF – que têm seus salários pagos pela União -, deverão enfrentar mais um ano sem reajuste salarial. A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, que baliza a confecção do Orçamento para 2019, não deve prever nenhum centavo para
correção salarial e mesmo para a criação de novos cargos no setor público. Isso é o que promete o senador tucano Dalírio Beber (PSDB-SC), relator da LDO. De 2014 até agora, a inflação do Brasil já acumula cerca de 30%. Vamos ver como irão se comportar os três senadores do DF na votação final da LDO.
População carcerária ultrapassa os 16 mil na Capital
DF de cela cheia O Distrito Federal tem 16.363 pessoas privadas de liberdade. Esta é a população carcerária da Capital Federal divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ, por meio do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões - BNMP. Deste total, apenas 648 são mulheres. Pelo BNMP, do total de internos, 4.022 estão em detenção provisória - ainda não receberam a sentença em definitivo. Brasília registra cinco detentos foragidos e 2.050 mandatos de prisão aguardam a sua efetivação pelas autoridades policiais. Cada preso custa, em média, R$ 2 mil por mês. Desta forma, a população carcerária custa mensalmente aos cofres públicos R$ 32,7 milhões, ou quase R$ 400 milhões por ano. Os dados do CNJ estão inseridos nesse Banco de dados que busca ter um retrato integral da realidade penitenciária brasileira. Até agora, 15 Unidades da Federação, incluindo o DF, já contabilizaram seus presos. O número nacional de detentos incluídos no BNMP chegou, em 29 de maio, a 430.178. Equivale a toda a população da Ceilândia, por exemplo. Quando todo o relatório estiver pronto, deverá apontar para uma população de presidiários de quase 800 mil pessoas. O Brasil é hoje o terceiro país do mundo com mais presos, perdendo apenas para Estados Unidos, China, já tendo ultrapassado a Rússia. No Brasil, nove de cada dez detentos são homens. Os números nacionais revelam que para cada 100 presos, 35 estão em detenção provisória, aguardando a conclusão de seus processos. Nessas quinze Unidades da Federação, a polícia possui, ainda, 111.485 mandados de prisão emitidos contra pessoas que estão sendo procuradas.
Brasília Capital n Cidades n 11 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
Taguatinga aponta suas prioridades Grupo de defensores da cidade entrega carta aberta a pré-candidatos com as demandas da população
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Júlio Pontes
O
grupo Defensores de Taguatinga entregou uma carta aberta a oitenta pré-candidatos a cargos eletivos nas próximas eleições. As demandas foram depositadas pela comunidade em 100 urnas distribuídas por pontos estratégicos da cidade desde o início do ano. Além disso, o grupo realizou reuniões semanais para ouvir de diversas categorias o que pretendiam em Taguatinga. Foram recolhidas cerca de 400 sugestões pontuais, como reformas de praças e criação de pistas de caminhada. Mas os organizadores do
A entrega da carta aberta com sugestões de ações para Taguatinga aos pré-candidatos ocorreu no auditório da Faculdade Projeção
documento definiram como principais reivindicações a autonomia da administração regional – desde a escolha do nome até a gestão dos recursos – e os limites da cidade, a serem definidos pelo Plano Diretor de
Ordenamento Territorial do DF – PDOT. A cerimônia de entrega da carta aberta, no auditório da Faculdade Projeção, contou com a presença da administradora regional Karolyne Guimarães, de autoridades locais e
políticos com e sem mandato. Nenhum deles discursou, mas todos os futuros candidatos gravaram de um vídeo de um minuto a ser publicado no canal dos Defensores de Taguatinga no Youtube.
Brasília Capital n Cidades n 12 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
O
presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Édson de Castro (à direita na foto), e o empresário Hélio Queiroz foram empossados no Conselho Deliberativo do Sebrae-DF. O presidente do conselho, Luís Afonso Bermúdes, ladeado pelos empossados.
ELIANE ARAÚJO ÁGUAS CLARAS
VICENTE PIRES
DISTRITO FEDERAL FOTOS: DIVULGAÇÃO
Comunidade ganha ampliação do Parque
Entregue obras do Hospital da Criança
O Parque Ecológico de Águas Claras terá sua área aumentada em 34,5 hectares. O decreto que prevê a destinação de parte da Residência Oficial de Águas Claras foi assinado no dia 30 de junho pelo governador. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) agora fará um plano de manejo para estudar a nova área e definir qual será sua destinação. Com a medida, o parque, criado em 15 de abril de 2000, passará a ter 130 hectares. Ele possui trilhas, dois lagos e quadras de vôlei e futevôlei, além de uma sede da Escola da Natureza e um batalhão de policiamento florestal.
As famílias de crianças que fazem tratamento oncológico têm motivos para se alegrar. As obras do Bloco 2 do Hospital da Criança de Brasília José Alencar foram entregues quarta-feira (4) ao GDF pela Organização Mundial da Família. Os trabalhos incluem a estrutura do bloco, mobília sob medida, móveis hospitalares, equipamentos médico-hospitalares especializados, enxoval, utensílios e acessórios.
Areal sem faixas de pedestres Além dos buracos nas pistas, a população do Areal reclama da falta de faixas de pedestres numa das vias de maior movimento, entre a QS 6 e a QS 11, por onde passam diariamente moradores e estudantes. O risco é grande para quem tenta atravessar a rua.
GUARÁ
Iniciadas obras de novos parquinhos Iniciadas as obras de implantação dos novos parquinhos na cidade. A instalação dos equipamentos começou pelo Parque Denner e a Praça Itajubá, na QE 40. Os locais foram mapeados de acordo com a demanda dos moradores.
Charles Guerreiro: “Vicente Pires é o maior canteiro de obras do país”
O tocador de obras Em março, o administrador de empresas Charles dos Santos, conhecido como Charles Guerreiro, assumiu a Administração da cidade e quer deixar sua marca de “gestor de resultados”. Morador local desde 1995, ele garante que Vicente Pires é “o maior canteiro de obras em vias urbanas do país”. De capacete amarelo e colete, Guerreiro adotou o estilo “tocador de obras”, gravando vídeos que são espalhados por grupos de whatsapp. Assim, ele se aproxima dos moradores e ganha tempo para inaugurar as obras. Afinal, tanto o administrador quanto o governador têm pressa, já que a Lei eleitoral proíbe a participação de candidatos em eventos de inauguração nos três meses que antecedem a eleição. “A poeira e as máquinas atrapalham a rotina, mas a comunidade vê as obras acontecendo”, diz ele.
Mudanças nos ônibus Com o início das férias escolares e a redução do número de passageiros, o DFTrans mexe nos itinerários de 447 linhas de ônibus até o dia 29 de julho. A frota de coletivos com 2,7 mil veículos, distribuídos em 860 linhas. Atualmente, 900 mil passageiros utilizam esse tipo de transporte todos os dias.
RIACHO FUNDO
Comidinhas de feira
Inaugurada a Policlínica
Quem gosta de um típico “pé sujo” e ainda na feira, precisa provar os caldos e a deliciosa comida do restaurante “Come em Pé”, na Feira do Produtor, em Vicente Pires. Os irmãos nordestinos preparam a comida no Box 31 e o almoço e tiragostos são servidos a preços justos. Já na feira do Guará, além dos bares e restaurantes, a dica são os pasteis mais famosos de Brasília, apreciados por grandes nomes da culinária da cidade. A variedade de sabores e o caldo de cana da Universidade do Pastel são imperdíveis.
A Secretaria de Saúde recebeu do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal um imóvel no Riacho Fundo I onde foi instalada e inaugurada a Policlínica da cidade. Localizada na QS 16, a unidade oferecerá especialidades da atenção secundária, como ginecologia, pediatria, gastroenterologia, homeopatia e acupuntura. A capacidade de atendimento será de, em média, 450 pessoas por semana.
Brasília Capital n Geral n 13 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
Inteligência x opressão FOTOS: DIVULGAÇÃO
Hitler, Stálin, Mussolini e Franco viraram cinza de uso imprestável. Em contrapartida, a memória e a obra de criadores com a estatura mental de Walter Benjamin continuam a iluminar as mentes e aquecer corações Mario Pontes (*)
H
avia anos ele estava quieto em uma das minhas estantes. Aliás, quieto não é bem o termo. Pois cada vez que eu passava por ele, dava-me uma piscadela e perguntava por que não o lia, se já havia lido alguns dos seus colegas de prateleira. Na semana passada, após longa conversa com amigos sobre as manifestações de saudosistas de regimes ditatoriais, resolvi finalmente descobrir o que havia em suas páginas. Escrito entre fins de 1926 e começos de 1927, o livro intitula-se Diário de Moscou; e seu autor, Walter Benjamin, começava a ser lido e admirado, ainda que somente em círculos restritos. Filho de judeus, Benjamin nasceu em 1892, na capital alemã. Cedo revelou grande inteligência e forte interesse pelas letras e artes de várias épocas e lugares. Depois de traduzir para o alemão obras-primas da literatura francesa, como os Quadros parisienses, de Baudelaire, e Em busca do tempo perdido, romance-rio de Proust, escreveu belos ensaios de crítica, entre os quais Origens do drama barroco alemão e A obra de arte na era de sua
reprodutibilidade. À semelhança dos muitos que haviam sofrido com o desastre da I Guerra Mundial e agora testemunhavam o fortalecimento do nazismo, Benjamin se tornou simpatizante do socialismo; e como tal se interessava pelo que ocorria na Rússia, transformada em União Soviética pela revolução de 1917. Contudo, só se dispôs a visitá-la em 1926, quando o governo soviético instaurou – em caráter provisório – a NEP, um programa de reintrodução de alguns princípios da economia capitalista, o que também resultaria em um pouquinho de afrouxamento na área intelectual. A primeira anotação no Diário data de 9 de dezembro, três dias após a chegada a Moscou. Logo aparecem registros de conversas com amigos. De um deles, o dramaturgo Bernard Reich, recebe informações básicas sobre os funestos resultados da “reacionária alteração de rumo do Partido em assuntos culturais”. Outras viriam, todas elas frutos da política que o ex-seminarista Joseph Stálin, novo Senhor de todas as Rússias, resolvera aplicar na área da cultura: A criação e o julgamento das obras de arte não obedeceriam mais às leis da estética, e sim aos ditames da censura político-policial, que não poupava sequer a memória dos grandes gênios da literatura e das artes russas dos séculos anteriores. A última anotação do Diário data de 1 de fevereiro de 1927. Com ela Walter despede-se de Asja, a letã por quem se apaixonara; e de Moscou, cidade que o fascinara com sua arquitetura, suas igrejas, seus teatros e museus, seus vende-
Benjamin: Para escapar do regime nazista, escritor cometeu suicídio, mas deixou eternizadas obras primas, como Diário de Moscou (detalhe)
dores de artesanato nas calçadas. Voltou para Berlim, onde, poucos anos depois Hitler instalaria sua ditadura, ou como a denominava, seu Reich de mil anos; que apesar da imensurável capacidade de matar e destruir, não chegou a durar nem um quarto de século. Em 1935, para escapar da perseguição hitlerista, o escritor refugiou-se em Paris, onde fez
amizades e pôde retomar seu trabalho. Em 1940 a França foi ocupada pelos soldados e carrascos de Hitler. Como tantos outros artistas, escritores e cientistas, Benjamin tratou de fugir para os Estados Unidos, via Lisboa, passando pela Espanha. Mas ao chegar à fronteira soube que a polícia de Franco estava prendendo ou matando, logo na entrada, os que tentavam escapar de Hitler. Afinal, em 1937 o ditador alemão ajudara, com homens e armas, o então candidato a ditador espanhol a tomar o poder. Para não ser apanhado pelos nazistas, Benjamin tirou a própria vida.
Historicamente, Hitler, Stálin, Mussolini e Franco viraram cinza de uso imprestável. Em contrapartida a memória e a obra de criadores e críticos com a estatura mental e moral de Walter Benjamin – aliás não tão raros quanto alguns imaginam – continuam a iluminar as mentes e aquecer os corações de um número cada vez maior de leitores espalhados pelas sete partidas do mundo. Ainda bem!
(*)Mario Pontes, ex-editor do Caderno Livro do Jornal do Brasil, ficcionista e tradutor de obras de ficção e ensaio. Mora no Rio
Brasília Capital n Geral n 14 n Brasília, 6 de julho de 2018 - bsbcapital.com.br
Casos especiais de crase (parte 4) Não se usa crase entre palavras repetidas. Existem locuções formadas por repetição de palavras que, de fato, não admitem o emprego do acento Chegamos à quarta e última semana dedicada a casos especiais de emprego do acento grave. Neste artigo, quero falar acerca de um entendimento praticamente pacificado entre os que dominam esse conhecimento gramatical: Não se usa crase entre palavras repetidas. Há locuções formadas por repetição de palavras que, de fato, não admitem o emprego do acento. Veja comigo:
(1) Dia a dia, aprendo mais sobre o nosso vernáculo. (2) Pouco a pouco, a esperança chegava ao coração daquele povo. (3) Eles enfim estavam frente a frente. (4) Pé a pé, a criança andava pela casa. Essas locuções são indissolúveis, ou seja, é impossível separá-las, mesmo com a mudança da ordem direta. Faça os testes: Primeiramente, pegue ca-
O sempre jovem repórter Estou preparando um novo livro com temas sobre as memórias de um “velho” repórter, ainda que amigos e colegas esperem convencer-me a mudar o conteúdo, alegando que “não há no Brasil jornalista mais jovem do que você”. O saudoso jornalista e escritor Carlos Chagas, que embarcou recentemente para o Oriente Eterno, foi o melhor redator-chefe que conheci em toda a minha longa vida profissional de 70 anos no jornalismo. Passei a admirá-lo quando trabalhei às suas ordens na sucursal da revista Manchete, aqui em Brasília, não só por sua competência, mas sobretudo no trato com seus subordinados, o que evi-
denciava educação de berço. Vasculhando livros nas minhas estantes de parede, o que já se tornou um hábito, acabei reencontrando o colega no generoso prefácio assinado por ele na minha coletânea de crônicas A Cidade do Medo, publicada pela Editora Thesaurus, em 1984. E eis adiante o generoso texto de CC, na íntegra, que o faço como uma das alternativas para matar as saudades:
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
da uma das expressões sublinhadas e coloque-as no início ou no final de cada período; em seguida, tente deslocar somente parte da locução. Apenas a primeira experiência será bem-sucedida. Agora, veja os seguintes exemplos: (5) É preciso dar vida à vida. (6)Eu quero ter disposição à disposição. Se você for se basear em “macetes”, provavelmente dirá que o emprego do acento grave, nas duas ocorrências, é inadequado; as orações 5 e 6, todavia, estão gramaticalmente corretas! Dessa vez, não se trata de locuções indissolúveis, mas sim de trechos sintaticamente independentes entre si! Em 5, o verbo “dar” é transitivo direto e indireto. O OD é “vida”; o indireto, “à vida”! É possível deslocar um dos complementos (à vida, é preciso dar vida). É uma construção semelhante a é preciso dar cor à vida; dar emoção à vida; dar vivacidade à vida.
“Fernando Pinto é a imagem do repórter. Ou será que o repórter é a imagem do Fernando Pinto? Confundem-se classe e indivíduo, numa simbiose que desperta em nós, da velha guarda, uma pontinha de inveja; e dos jovens que se lançam na profissão, a esperança de um dia se transformarem em Fernando Pinto. O repórter, dizia Alves Pinheiro, um mestre de todos nós, é aquele que se dispõe a tudo numa Redação. Ou quase tudo. De manhã, pode estar entrevistando o presidente da República, mas, á tarde, viaja para o sertão, onde, em lombo de burro, subirá uma serra desconhecida e perigosa para encontrar, lá em cima, uma comunidade de negros, ex-escravos, desligada da civilização. Sem tirar nem pôr, esse é Fernando Pinto. Cresceu no RJ, onde fez seu curso universitário na Faculdade Nacional de Filosofia, conhecida como a réplica brasileira da famosa Sorbonne,
Em 6, situação semelhante ocorre! O verbo “ter” é transitivo direto. O OD é “disposição”. “À disposição” é um adjunto adverbial que indica o modo como se quer ter a disposição. O deslocamento é novamente permitido (à disposição, eu quero ter disposição). É como dizer eu quero ter vitalidade à disposição ou eu quero ter disposição disponível. A cada dia, certifico-me mais de que a nossa prática linguística cotidiana é um grande laboratório, e que nós somos os cientistas responsáveis por usá-lo. A língua e suas interações devem ser experimentadas, e não meramente prescritas.
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
de Paris. Trabalhou nos principais jornais, e nas revistas cariocas O Cruzeiro e Manchete, onde recebeu Menção Honrosa no Prêmio Esso de Jornalismo, em 1963, com a matéria “Deus Esqueceu o Nordeste”, viajando 40 dias no porão do navio Raul Soares, então pau-de-arara flutuante, encarregado de despejar de volta à região os nordestinos desiludidos com o Sul-Maravilha. (*) Estou preparando um novo livro para seguir-se à Cidade do Medo, com temas que – adianto aqui – sobre as memórias de um “velho” repórter, ainda que amigos e colegas esperem convencer-me a mudar o conteúdo. Afinal, alegam eles, a verdade é que “não há no Brasil jornalista mais jovem do que você”.
Fernando Pinto Jornalista e escritor
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Você não é corpo físico Mas, sim, o ser que o habita provisoriamente para fazer um aprendizado, encontrar pessoas, evoluir e voltar à fonte original Felizmente, os meios de comunicação estão usando a expressão correta “enterro do corpo” e não “enterro da pessoa”. Você não é o corpo. Você é o ser que habita provisoriamente um corpo físico para fazer um aprendizado, encontrar pessoas, realizar uma série de tarefas, passar por experiências, evoluir e voltar à fonte original. Isto é o que os mestres da espiritu-
alidade denominam “programação existencial” ou “Dharma”. Vejamos o que diz o Mestre Sri Prem Baba em sua obra Transformando o Sofrimento em Alegria: “A Terra é uma escola de amor consciente, o que significa que você está aqui para aprender a amar. Talvez a melhor palavra não seja aprender, mas sim, lembrar.
Alimentação para uma vida longa A qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos repercutem na saúde, influenciando na disposição, no estado emocional e na qualidade de vida A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e essencial para nossa sobrevivência. Uma alimentação saudável é fundamental para a manutenção da vida e da saúde. A qualidade e quantidade dos alimentos ingeridos
repercutem na saúde, influenciando na disposição, no estado emocional e na qualidade de vida. Por isso, o velho ditado “você é o que você come”. E cada pessoa é, portanto, o resultado da sua nutrição, pois uma alimentação sau-
“Contudo, essa escola tem etapas. Primeiro você se apega à matéria, desenvolve máscaras para ser bem visto, e se deixa envolver pelo véu da ilusão. Esse apego cria um círculo vicioso que dá origem à falsa identidade e ao sofrimento. “A identificação com o corpo bloqueia o processo de evolução espiritual, não apenas por despertar o medo da morte, mas porque também dificulta a experiência da crença em Deus. “Estando identificado com o corpo, não é possível acreditar em Deus. Agindo a partir desse condicionamento de que somos um corpo, não é possível praticar o altruísmo (verdadeira caridade). “A desidentificação com o corpo acontece quando conseguimos nos reconhecer como manifestações divinas habitando um veículo corporal. Agora, você se torna um raio de realização e
sua profissão se transforma num veículo para a realização do propósito maior através da doação de seus dons e talentos. “Toda a atenção deve ser dedicada a reconhecer que somos a encarnação do amor divino e procurar enxergar essa mesma luz em todos os seres. Assim, você se ilumina, e se torna um trabalhador da luz a serviço do despertar coletivo. Seu despertar alimenta o campo que facilita o despertar de outros seres. Dessa forma, você realiza seu Dharma. “Oro para que esse conhecimento se transforme em sabedoria na sua vida. O conhecimento se transforma em sabedoria quando colocado em prática”.
dável é a base para uma boa saúde. A construção de hábitos começa na primeira infância e está diretamente vinculada ao ambiente social, cultural e, principalmente, no âmbito familiar no qual a criança está inserida. Durante todas as fases da vida, em especial a fase adulta, deve-se manter hábitos alimentares saudáveis. As alterações fisiológicas durante o processo de envelhecimento podem ter relação com o estado nutricional do idoso, principalmente devido à presença de doenças ou de acordo com os hábitos de vida. Por isso uma boa nutrição durante essa fase é de extrema importância, além de cuidados específicos com a alimentação. Para os idosos, as principais reco-
mendações são: Manter um consumo de água adequado, evitando a desidratação; aumentar o consumo de cereais integrais, como arroz integral, pães integrais, aveia, e que possuem boas quantidades de fibras, que auxiliam na melhora do quadro de constipação intestinal (sintoma comumente apresentado em idosos); consumir boas fontes de cálcio e magnésio, como leite e derivados, vegetais folhosos escuros e leguminosas, protegendo os ossos da osteoporose.
José Matos Professor e palestrante
(*) Texto elaborado pelos estudantes do curso de Nutrição da Universidade Católica de Brasília (UCB) - Jamile Braz, Rhaylane Gomes, Bárbara Miguel e Juliana Almeida.
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E agora, governador?
D
esde que o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou, lá em 2015, uma série de desfalques ao Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev-DF), estamos avisando: o DF vai perder o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP). E, agora, o aviso virou uma realidade: o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu o pedido de liminar do governo local para manter a regularidade do Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev). Trocando em miúdos, Rodrigo Rollemberg não conseguiu, ao contrário do que pretendia, legitimar seus erros. E agora, governador? Sem o certificado, o GDF fica
impossibilitado, por exemplo, de celebrar acordos, contratos e convênios como, por exemplo, empréstimo para grandes obras com determinados bancos, como as do Sistema Produtor Corumbá 4 e as Intervenções no Hospital da Criança de Brasília. O certificado atesta o cumprimento das normas de boa gestão dos Estados e do Distrito Federal, garantindo, assim, o pagamento dos benefícios previdenciários aos seus segurados. Sem ele, são muitas as limitações. E a população é a principal prejudicada. Só que o GDF preferiu ignorar o fato de que, mais cedo ou mais tarde, iria perder o certificado de regularida-
Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF
de e seguiu em frente, retirando, nos últimos três anos, nada menos do que R$ 1,7 bilhão do Iprev: sem qualquer garantia viável de
reposição. Neste ano, aliás, um dos argumentos utilizados para o novo saque foi que parte do dinheiro iria também para a educação, além de ser utilizado para investir em obras, como a construção de creches e unidades de saúde. Onde? Quais? Inclusive, me lembrei, fazendo, novamente, todo esse retrocesso de como chegamos ao ponto em que estamos, do presidente licenciado do SindMédico-DF, meu amigo, Dr. Gutemberg, avisando, lá atrás que não se deve mexer no dinheiro que servirá para pagar a aposentadoria dos servidores. “Retirar esse dinheiro é postergar o problema”, ele disse.
Agora, o governo local já avisou que vai recorrer da decisão do STF. No entanto, acredito, não existe qualquer argumento que possa devolver o Certificado de Regularidade Previdenciária do DF. Afinal de contas, como bem lembrou o ministro relator Luís Roberto Barroso, que foi quem negou o pedido do GDF, “benefícios excessivos concedidos no presente comprometem as gerações futuras”. E, para além dos problemas de hoje, existe o amanhã e, ao contrário do nosso governador, precisamos, sim, pensar no futuro.