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Distribuição gratuita Ano V - Nº 211 - Brasília, 6 a 12 de junho de 2015
E
x p e d i e n t e
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e
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CARTAS
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Alírio neto A falta de deputados distritais oposicionistas com voz representativa na CLDF levou o exdeputado Alírio Neto a apontar sua artilharia pesada contra o Palácio do Buriti. Seria ele um francoatirador ou percebeu o vácuo oposicionista sem
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Pelai
Política
Cai aprovação de Rollemberg
Circulou esta semana a segunda pesquisa de avaliação do governo Rodrigo Rollemberg. Em comparação com o levantamento do Instituto Veritá, de 14 de abril, o estudo do Instituto Paraná revela uma queda na aprovação de 68% para 45,7% - o que significa 22% a mais de brasilienses que reprovam a gestão que acaba de completar cinco meses. Já são 46,7 os que desaprovam e 7% os que não souberam opinar.
Metodologia contestada
Embora feitos por institutos diferentes, os dois levantamentos usaram a mesma metodologia, que é contestada pelo jornalista Renato Riella, especialista em análise pesquisas. Ele escreveu em seu blog que “a pesquisa é fajuta” e “induz o público a interpretação errada, muito a favor do governo, que hoje enfrenta momento dificílimo”.
Sim ou não
A
conteceu em Nova Russas, pequena cidade do sertão do Ceará. Acusado de corrupção e desvio de recursos públicos, o prefeito Gonçalo Diogo (PMDB) foi afastado do cargo pela Câmara de Vereadores. Assumiu o vice, Sérgio Brito, do PT. Tudo leva a crer que o PMDB tenta dar o troco tentando derrubar a presidente Dilma Rousseff, que deixaria a vaga para o vice Michel Temer...
representação na Câmara e no DF em geral? nMarcelo Filho, via email Boa entrevista do exdeputado ao Brasília Capital! Não sou partidário do ex-deputado Alírio Neto, mas considero sua postura política e determinação para
Riella recomenda que “não se leve a sério” as duas pesquisas. Segundo o jornalista, são apresentadas ao público apenas duas questões – sim ou não. “É errado! Nessa condição primária de manipulação de resultados, a divulgação do índice de 45,7% de positivo, neste momento, visa fazer média com o governador e com sua área de marketing”. E completa: “a única pesquisa que usa o SimNão é aquela feita pelo padre, no altar, perante uma platéia e um casal de noivos”.
De ótimo a péssimo Segundo Riella, a metodologia correta, que vem sendo aplicada à presidente Dilma Rousseff, indica cinco respostas: Ótimo, Bom, Razoável, Ruim e Péssimo. “Como aceitação (Ótimo e Bom), o governo Rollemberg deve registrar hoje menos de 30%, o que poderá ser demonstrado breve numa pesquisa tradicional de Datafolha ou do Ibope. “Na verdade, um percentual elevado da população do DF nem sabe quem é Rodrigo Rollemberg – e por isso não poderia ter votado no Aprova-Desaprova. Mas o cidadão que anda na rua sabe que este resultado está sendo puxado para cima, com metodologia torta de pesquisa”.
“sacudir” o mundo político da capital que anda muito “morno”! nJoão Moura, via email Agefis bloqueadora Enquanto a diretora da Agefis trava o governo, um monte de placa de “aluga-se” é espalhada pela cidade. Uma cliente
minha, que formou em Odontologia, desistiu de abrir uma clínica ao receber a resposta de que não estava liberado seu alvará. Detalhe: no mesmo andar da clínica dela já existem três outros consultórios de dentistas. Falta emprego. Nós, contadores, podemos
Política
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Experiência O alerta do O Kujuba coincidiu com uma perguntinha que levantou outra dúvida nos miolos de Rollemberg: “será que a dupla Thiago-Bruna tem alguma experiência de ter administrado pelo menos um boteco na beira da EPTG?”. Calado ouviu, calado ficou.
Volta, Celina!
O Kujuba O Kujuba, um demoniozinho que de vez em quando buzina ao pé do ouvido de Rodrigo Rollemberg, alertou-o esta de que o governador poderia ajudar sua própria sorte. O bichinho vociferou que é preciso acabar com a paralisia do GDF, começando por combater a ineficiência da Secretaria de Habitação, que tem à frente o paralisador Thiago Andrade (foto), e a gestão desastrada da bloqueadora da Agefis, Bruna Maria Peres Pinheiro.
O rompimento da presidente da Câmara Legislativa Celina Leão (PDT) com o governo trará sérios problemas para Rodrigo Rollemberg. Correligionários reclamam que o governador não ouve pessoas do seu partido, o PSB, mas segue conselhos de petistas, arrudistas, rorizistas e outros “sapos”. Só depois de uma passada da “Madame Limpadora” para fazer um descarrego dentro, Celina reavaliará sua decisão. Mas dizem que por lá habita um certo “sapo maldito”...
Impasse no PSB O congresso do PSB, realizado sábado (30/5) chegou a um impasse. Estava tudo acertado para a recondução de Marcos Dantas (foto) à presidência regional do partido. Mas a militante Bernadete dos Anjos, da zonal do Plano Piloto, se recusou a sair da sala para que os integrantes do Diretório elegessem a Executiva, conforme prevê o estatuto. O encontro foi suspenso e não tem data para ser retomado. Segundo o vice-presidente Francisco das Chagas do Nascimento, o Chaguinha, será difícil programar um encontro sem a presença de Bernadete. Um filiado sugeriu que se crie um “aparelho secreto”, a exemplo do que a esquerda fazia durante a ditadura militar...
testemunhar quantas rescisões têm sido executadas. nWendell Oliveira, via Facebook Ilegalidade Vale lembrar que neste momento de crise econômica em que diversos comércios fecham
as portas, principalmente por causa do aluguel alto demais, os food trucks são um tipo de economia alternativa que faz girar a moeda na nossa cidade, produzem emprego - mesmo que pouco, incentivam a diminuição da exploração do valor do aluguel e, com isso,baixam
o valor do aluguel, e os comerciantes fixos poderão abrir suas portas novamente. Então, acaba sendo um ponto positivo para os comerciantes fixos, na medida em que significa uma pressão para que os alugueis voltem aos valores justos. nLily Barros, via Facebook
Por Cristovam Buarque (*)
Desajuste fiscal
O
ajuste fiscal é o principal tema nacional do momento, mas pouco se discute sobre as causas e responsabilidades pelo desajuste fiscal que caracteriza o presente e sobre as bases históricas do desajuste estrutural. Há décadas o Brasil adia reformas estruturais. Há anos alertamos sobre os riscos provocados por decisões irresponsáveis com as finanças públicas, mas os alertas foram repudiados. A euforia ilusória que o atual governo propagandeou à opinião pública, realimentando-se dela, impediu que a realidade em marcha fosse vista. Além da cegueira, a lógica de governar para atender reivindicações imediatas de grupos específicos e a ganância eleitoral levaram a irresponsabilidades desajustadoras. O resultado é a triste necessidade de ajustes, que, além de trazer retrocessos para a economia e a sociedade, ainda enfrentam resistências que talvez impeçam seu êxito. A primeira dificuldade para superação do atual quadro está no fato de que o ajuste é patrocinado e executado pelo mesmo governo que provocou o desajuste. A presidente parece não ter entendido a dimensão do problema nem aceita reconhecer que a crise decorre de seus erros. Assim fica difícil conseguir entendimento para formular e credibilidade para executar as medidas necessárias. A segunda dificuldade decorre do tamanho do país. Em outros tempos, já estaríamos de volta ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter empréstimo que cobrisse o déficit fiscal. Mas nossos problemas são maiores do que as soluções que os organismos internacionais podem proporcionar. Tampouco podemos contar com receitas extras, como as do Pré-sal, pois o Brasil não cabe num poço de petróleo. Nossa dívida bruta é de R$ 3,48 trilhões. A conta de juros nominais do setor público, que exigiu R$ 396,6 bilhões nos 12 meses terminados em março de 2015, supera o PIB de 116 países. Isso dá a dimensão do problema a ser enfrentado para controlarmos o crescimento da dívida e podermos pensar em retomar minimamente os investimentos. A terceira dificuldade para superação da crise vem da falta de um sentimento nacional. O país está dividido em corporações e grupos preocupados com interesses específicos e imediatos, banqueiros ou trabalhadores, sem considerar o interesse coletivo e do futuro. Isso se agravou com a radicalização da política e com o uso de instrumentos marqueteiros, sectários e descomprometidos com a verdade, como aqueles a que recorreu a presidente Dilma durante a campanha eleitoral de 2014. Mas a maior dificuldade decorre dos desajustes estruturais e históricos de uma sociedade que não fez as escolhas certas no passado, não teve a devida responsabilidade, nem fiscal nem social, aceitando cair na inflação, na desigualdade e na ineficiência. O Brasil é grande demais, imediatista demais, descrente demais e desgovernado demais para superar as atuais dificuldades sem um entendimento político, necessário para ajustar nossas contas públicas e corrigir nossos desajustes estruturais.
(*) Professor Emérito da UnB e Senador pelo PDT-DF.
Política 4/5 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Rollemberg qu 13 estatais a pr Orlando Pontes Por trás da cortina de fumaça do discurso de endividamento e da suposta quebradeira do Estado – a chamada “herança maldita” recebida de seu antecessor, Agnelo Queiroz (PT) –, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) encaminhou à Câmara Legislativa, no dia 25 de maio, o projeto de lei 467, que autoriza o Distrito Federal a alienar participação societária de suas empresas. Seriam colocadas à venda ações das doze estatais da estrutura do GDF com o objetivo de arrecadar em torno de R$ 2,5 bilhões – o que equivale a cerca de 50% dos R$ 5 bi estimados para o total do patrimônio das estatais do DF. O dinheiro, em tese, seria usado para equilibrar as contas do governo e pagar as dívidas com servidores e fornecedores. No entanto, a manobra de Rollemberg é vista por trabalhadores e deputados distritais como uma verdadeira dilapidação do patrimônio público. “Este é o pior momento para se vender as ações de nossas empresas. Elas estão muito desvalorizadas e com tendência de baixa, tanto pela crise como pelo discurso do próprio Governo de Brasília de que o Estado está endividado e sem meios para honrar seus compromissos”, dispara o deputado Wellington Luiz (PMDB). Esta posição é compartilhada pelo petista Chico Leite. Na terça-feira (2), o peemedebista recebeu uma comissão de trabalhadores da Caesb e, após tomar conhecimento do proble-
Este é o pior momento para se vender as ações de nossas empresas. Elas estão muito desvalorizadas e com tendência de baixa, tanto pela crise como pelo discurso do próprio Governo de Brasília de que o Estado está endividado e sem meios para honrar seus compromissos”. Wellington Luiz Deputado Distrital (PMDB)
ma, protocolou um requerimento para realização de audiência pública no próximo dia 22 para debater o assunto. O Sindicato dos Empregados da Caesb (Sindágua) distribuiu uma Carta Aberta à População e entregou cópias aos 24 deputados distritais denunciando a manobra de Rollemberg. “O governo pretende negociar as ações das empresas por intermédio da Bolsa de Valores. Mas não esclarece como isto será feito – se vendendo ações preferenciais ou ordinárias”, questiona o diretor de imprensa do Sindágua, Afrânio Luz. A diferença entre uma e outra é que as ações preferenciais são vinculadas exclusivamente ao lucro ou prejuízo do investidor. Já as ordinárias dão aos seus adquirentes direito a voto e decisão sobre a gestão da empresa. Como o PL 467 não especifica uma coisa nem outra, o governo pode, após aprová-lo, vender qualquer tipo de ação e, assim, entregar o comando das estatais à iniciativa privada. Leia-se: privatizaria as empresas públicas do DF. E o pior: a preço vil, muito abaixo do seu real valor de mercado, segundo o diretor do Sindágua. Mesmo sem saber quanto vale o patrimônio de empresas como o Arquivo Público do DF, Ceasa, Codhab, Codeplan, Terracap, Novacap, Emater, Jardim Botânico, TCB, BRB, Metrô, Caesb, Belacap e CEB, o diretor de Relações Externas do Sindágua, Pedro Cerqueira, mais conhecido pelo apelido de Catitu, também estima que os R$ 2,5 bilhões que o governo arrecadaria com a venda
O governador encaminhou o PL 467 à Câmara Legislativa. Se aprová-lo, ganhará um “cheque em branco” dos deputados distritais para vender ações das estatais e arrecadar R$ 5 bilhões. O valor, porém, é muito menor do que o real valor de mercado do patrimônio pertencente à população do Distrito Federal
er privatizar eço de banana divulgação
de ações de suas 12 estatais é um valor irrisório. “Estão querendo entregar o patrimônio público a preço de banana”, brada ele. Segundo Catitu, só a Caesb tem mais de R$ 1,74 bilhão em recebíveis. Em contas atrasadas, são R$ 108 milhões do próprio Governo do DF (Secretarias e outros órgãos), R$ 140 milhões de órgãos públicos do governo federal, R$ 230 milhões de usuários privados (residenciais e indústrias) e R$ 833 milhões de reconhecimento de glosa na tarifa pela Adasa. A Terracap deve R$ 440 milhões da Terracap à Caesb. Estes recursos são de obras de infraestrutura feitas pela Companhia de Saneamento em áreas comercializadas pela Terracap, que deveria reembolsar os serviços executados com o dinheiro obtido com a venda de lotes e projeções, o que não tem sido feito com regularidade. Afrânio Luz complementa esses dados apontando que a Caesb vai receber, a partir deste ano, R$ 1 bilhão de recursos do governo federal pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de infraestrutura em várias localidades do DF e R$ 30 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Somados aos investimentos próprios anuais da Caesb, que chegam a R$ 100 milhões, o volume total ultrapassa o R$ 1,7 bilhão, que precisariam ser computados como patrimônio da empresa. Ele lembra, ainda, que a Lei 2.416/1999, criada justamente para pro-
teger o patrimônio público da onda privatista do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), determina que o GDF “poderá alienar ações disponíveis que tiver como capital social da Caesb, desde que mantenha o controle acionário da Companhia, reservado aos empregados 10% do total a ser alienado”. E a Carta Aberta dos empregados da Caesb denuncia: “o parágrafo único do artigo primeiro do PL 467/15 representa verdadeiro ‘cheque em branco’, com o agravante de que o Executivo induz a erro os parlamentares, tendo em vista a clara oposição entre os dispositivos mencionados”. Diz a proposta encaminhada pelo governo à Câmara: “a alienação a que se refere o caput poderá ser realizada diretamente a fundo de investimento ou garantidor, mediante subscrição de integralização de cotas, criado com a finalidade de prover garantia a operações financeiras do DF, inclusive no âmbito de Parcerias Público Privadas”. “A aberração é evidente. Como poderia o Distrito Federal vender cotas de estatais de forma direta? E a Lei de Licitações? E a Constituição Federal? Ainda que se argumente que o PL 467, se transformado em lei teria o poder de autorizar a tal venda direta, é certo que o produto da aprovação parlamentar estaria eivado de flagrante e irremediável vício de constitucionalidade, transformado os distritais em verdadeiros coautores de tamanho despautério”, completa o documento do Sindágua.
Política
6 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
O até breve de Celina Leão PDT acredita que rompimento da presidente da Câmara Legislativa com o GDF não é definitivo divulgação
Da Redação
D
irigentes e militantes do PDT do Distrito Federal terminaram a semana apostando num retorno da presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão, à base de apoio ao governo. Esta convicção ganhou corpo após tomarem conhecimento de detalhes das conversas da parlamentar com o governador Rodrigo Rollemberg na segunda-feira (1º) à noite, antes do pronunciamento de Celina, na tarde de terça (2), e, principalmente, do encontro dos dois no evento Visão Capital, promovido pelo Jornal de Brasília, na quarta-feira (3). Pedetistas históricos desconfiam que Celina foi mal orientada por alguns assessores, tanto que a notícia foi antecipada pelo blog de um antigo adversário dos senadores Cristovam Buarque e José Antônio Reguffe. “Esse blog tem ligações perigosas com pessoas do submundo da política brasiliense”, assinalou um trabalhista, pedindo anonimato e se recusando a citar o nome do veículo online. O próprio discurso de Celina, feito quarta-feira na tribuna da Câmara, dá margem à interpretação de que o seu rompimento não era um adeus, mas um até breve. Ela não passou para a oposição. Declarou-se independente até que Rollemberg faça a primeira reavaliação de seu governo. Esta “reavaliação” significa a demissão de servi-
Na terça-feira (2), a presidente da CLDF (esq.) rompeu a parceria com o governo de Rollemberg (dir.)
dores ligados ao PT que continuam lotados em pelo menos seis instâncias do Buriti, principalmente no Gabinete Civil comandado por Hélio Doyle. “É inadmissível sermos obrigados a conviver com gestores petistas quem continuam ocupando cargos estratégicos no governo”, disparou Celina Leão. Ela reclamou, ainda, que os senadores Cristovam Buarque e Reguffe não são consultados sobre as ações do governo. “O PDT participou desde o primeiro momento da coligação que elegeu Rollem-
berg apostando num novo projeto para Brasília. E esse grupo que continua tomando decisões estratégicas para a cidade fazia parte da gestão que foi rejeitada ainda no primeiro turno pela população”. Ao declarar-se independente, a presidente da Câmara disse que não quer continuar num projeto no qual não acredita. “Pegamos a cidade numa crise criada por essas pessoas e não é possível que elas continuem a tomar decisões estratégicas”, reiterou.
Após dar seu recado de forma contundente, Celina reassumiu a presidência da sessão e imediatamente passou a palavra para o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), que chegara ao plenário poucos minutos antes dela. Parecia que estava tudo ensaiado. O tucano, antipetista declarado, emendou: “O GDF continua aparelhado com servidores que já foram reprovados pela opinião pública. São pessoas que antes de terem compromisso com a cidade têm compromisso com um partido político”.
Securitização – Aproveitando as galerias lotadas por trabalhadores de cooperativas de ônibus de transporte público e de caminhões prestadores de serviços à Novacap, Celina Leão inaugurou sua fase de independência, no comunicado de líderes, hipotecando apoio às duas categorias, que tentam receber seus pagamentos do governo. “É inadmissível dar aumentos para outros trabalhadores e não pagar as cooperativas. Elas não visam lucro e, sim, dividem os resultados entre seus membros. É como se fosse salário”, discursou, para receber aplausos da platéia. Em seguida, recebeu solidariedade de vários parlamentares. Entre eles, Rodrigo Delmasso (PTN): “desde já nosso partido está em obstrução a todos os projetos de iniciativa do governo enquanto não pagar as cooperativas”, assegurou. Ainda aproveitando o desfraldar da bandeira da independência, Celina Leão deu voz aos colegas que criticavam o projeto de securitização das dívidas do GDF. Os mais exaltados eram Welligton Luiz e Rafael Prudente, do PMDB, e Dr. Michel, do PP. Eles questionam, principalmente, o fato de o governo não dar ao BRB a preferência na operação. “Por que estão falando em fechar negócio com o Banco de Minas Gerais (BMG) antes mesmo de ouvir a proposta do BRB?”, quis saber Welligton Luiz, que depois recebeu apartes de apoio de Prudente e de Michel.
Política
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divulgação/ agência cldf
Consultório
Cláudio Sampaio (*)
Corretagem na berlinda
N Funcionários de cooperativas de ônibus foram à Câmara Legislativa protestar contra os 11 meses de salário atrasado
Greves à vista Trabalhadores da mobilidade urbana prometem parar caso governo não cumpra acordos Da Redação
A
insatisfação de categorias-chave para a mobilidade urbana com o governo pode gerar transtornos à população. Os sindicatos dos metroviários e dos rodoviários farão assembléias no domingo (7) para decidir se param ou não na segunda-feira (8). Até sexta-feira (5), tudo indicava que as categorias cruzariam os braços, já que as propostas do GDF e dos empresários não contemplavam suas reivindicações. Os metroviários exigem a contratação de novos servidores concursados e os rodoviários querem 20% de aumento salarial trabalhadores. “Contrata comissionados, mas não chama os aprovados”, diz a convocação do sindicato. “Tem
uma falta de profissionais absurda, não tem gente para atender os passageiros nas bilheterias, e não chamam os aprovados em concurso?”, reclama o bibliotecário Sérgio Lopes, 31 anos. As cooperativas de transporte também estão em rota de colisão com o GDF, que lhes deve valores relativos a serviços prestados em 2014. O atraso no pagamento pode chegar a 11 meses. A Câmara Legislativa aprovou um requerimento solicitando ao governador Rodrigo Rollemberg providências para o pagamento imediato das dívidas. Também foi aprovada uma moção de apoio às reivindicações dos caminhoneiros e trabalhadores prestadores de serviços à Novacap. As proposições receberam 14 votos favoráveis, com dez ausências. Na terça-feira (2), funcio-
nários das cooperativas encheram os corredores e as galerias da Câmara Legislativa pedindo apoio dos deputados. Para o deputado Chico Vigilante (PT), o governo não paga porque não quer. Segundo ele, o Sistema de Acompanhamento de Gestão Integral do GDF (Sigo), que cuida da movimentação financeira do governo, registrava, naquele dia, um saldo em caixa de R$ 1,9 bilhão. Desse total, R$ 868 milhões podem ser usados para qualquer tipo de pagamento. “Não paga os trabalhadores, mas pagou as grandes empresas”, criticou. O líder do Governo, deputado Júlio César (PRB), questionado por Vigilante, comprometeu-se a articular uma reunião dos representantes das duas categorias com os secretários de Fazenda e Planejamento.
os últimos dois anos, o setor imobiliário tem enfrentado um período de consideráveis ajustes. Nesse período, preços, práticas e conceitos estão sendo reavaliados. Em tal contexto, corretores e imobiliárias tornaramse alvos de milhares de ações nas quais adquirentes, mesmo admitindo a prestação do serviço, pedem a restituição das comissões que pagaram pela intermediação na compra de imóveis, sob a alegação de venda casada ou falha na informação. Entretanto, não cabe a alegação de venda casada ou prejuízo aos compradores, pois há liberdade de escolha e, sabidamente, os honorários de corretagem compõem o preço do imóvel, inexistindo acréscimo ou cobrança além do valor de tabela. Nesse passo, mostram-se relevantes as imobiliárias, pois, com suas estruturas e sites, servem como vitrines para empreendimentos de diversos padrões, autorizados pelas incorporadoras, sendo oportuno lembrar que a intermediação da compra de imóveis, por empresas e profissionais credenciados, é atividade regulamentada por lei. Quanto ao corretor, é aquele profissional que identifica as necessidades dos interessados e apresentalhes opções diferentes de empreendimentos, de acordo com os respectivos perfis e desejos, lutando, tão logo seja realizada a escolha do imóvel, por descontos e por condições mais viáveis de pagamento para os adquirentes. Verifica-se, assim, que além de a comissão não encarecer o imóvel, traz à cena a importante contraprestação de um profissional especializado, o qual, inclusive pelo caráter liberal de sua atividade, com remuneração pelo êxito, comumente se empenha na busca de satisfação e vantagens para o comprador. Sobre o eventual lapso informativo, para os fins do artigo 6º, III, da Lei nº 8.078/90, somente se verificará quando o corretor, agindo com inequívoca má-fé, omitir a circunstância de o adquirente ficar responsável pelos honorários de intermediação. Desta forma, havendo cláusula contratual, ou declaração de ciência do comprador, sobre o pagamento da comissão de corretagem, sepulta-se a possibilidade de cobrança abusiva, porquanto, de acordo com o artigo 724 do Código Civil, as partes possuem o direito de, livremente, deliberarem sobre a responsabilidade e a forma do referido comissionamento. (*) Advogado, sócio-fundador da Sampaio Pinto Advogados e presidente da Abrami-DF. claudio.sampaio@sampaiopinto.adv.br.
Cidades
8 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Lojas fecham, camelôs crescem
Enquanto esbelecimentos fecham suas portas, comerciantes ilegais se aproveitam da ausência fiscalização para ampliarem seus negócios
Gustavo goes
Gustavo Goes
mão de obra escrava. Essas mercadorias entram nos países de forma ilegal, acompanhadas do tráfico de drogas, armas e seres humanos”, disse Adelmir Santana, presidente da Fecomércio.
A
falta de fiscalização do Governo de Brasília tem favorecido a expansão do comércio informal e a prática de ilegalidades por todo o Distrito Federal. E quem mais sofre com isso são os comerciantes estabelecidos, que concorrem com camelôs e ambulantes vendendo, muitas vezes nas portas de suas lojas, produtos a preços mais baratos, por não terem obrigações com o pagamento de impostos, salários de funcionários, alugueis e outras despesas. Segundo a Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), apenas no Plano Piloto foram fechados 1.345 estabelecimentos no último mês de abril. Isto equivale a 13,2% de um total de 8.845 lojas existentes na capital. O número é reflexo da forte queda no setor, que perdeu 2.153 lojas em dezembro de 2014 (21,13% do total). E a situação tende a piorar. Antes exclusividade de cidades como Ceilândia, Taguatinga e Brasília, hoje a distinção entre centro e periferia não pode mais ser feita pela quantidade de comércios de rua, já que a informalidade está disseminada por todo o Distrito Federal. A situação chegou ao ponto de os próprios ambulantes se incomodarem com a grande quantidade de concorrentes. “A concorrência está gran-
Setor Comercial Sul é um dos pontos de concentração dos ilegais, que reclamam da concorrência de até para quem vende nas ruas, pois o número de vendedores está crescendo muito. Tive que diminuir a quantidade de produtos por não conseguir vender tudo”, disse uma vendedora, que preferiu não se identificar. Uma das áreas com maior incidência de comércio ilegal é o Setor Comercial Sul de Brasília, onde os pedestres têm que dividir as calçadas com moradores de rua e camelôs. O aumento no número de ambulantes no local afeta diretamente o comércio na W3 Sul, que, em abril, registrou o fechamento de 128 lojas. Isto representa 18% do total de estabelecimentos comerciais da avenida.
“A falta de fiscalização é um estímulo para a informalidade, que é um dos fatores desse crescimento gigantesco no número de lojas fechadas no DF. A situação, que já estava ruim, é a pior nos últimos seis meses”, disse Cleber Pires, presidente da ACDF. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista, a isenção de impostos e os locais estratégicos utilizados pelos vendedores de rua tornam a concorrência não apenas desleal, mas predatória. “A concorrência com feiras e ambulantes tem que ser fiscalizada, porque senão o comerciante legal e estabelecido estará sempre em desvantagem. Esperamos providências da Agefis, princi-
palmente nas rodoviárias do Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia, que são pontos críticos do DF”, disse Edson de Castro, presidente do Sindivarejista. Além da ACDF e do Sindivarejista, a Federação do Comércio também manifestou repúdio à falta de fiscalização. Porém, fez questão de separar os ambulantes dos comerciantes ilegais. “Alguns vendedores ambulantes possuem registro e autorização e, portanto, estão em situação regular. O que nós combatemos é a pirataria e a informalidade. Na sua quase totalidade, eles vendem um produto falsificado, produzido em fábricas clandestinas ao redor do mundo a partir do uso de
Desafio - Abrir um novo estabelecimento comercial no DF se tornou um desafio. Não pelos riscos naturais que um empreendimento próprio possa trazer, e sim, por problemas gerados pelo governo, como inflação, falta de segurança, falta de infraestrutura nas ruas e o aluguel de lojas. “Um vendedor de rua tem as mesmas condições de lucro que um comerciante com estabelecimento regularizado. Eles colocam seus produtos para vender em frente à sua loja. É uma injustiça”, disse Elenice dos Santos, que possui um estabelecimento na Asa Sul. A Agefis, por meio de sua assessoria de imprensa, declarou que uma programação fiscal de combate aos ambulantes, para desobstruir área pública e liberar a passagem de pedestres, está em execução desde março. “A ação já passou pela rodoviária do Plano Piloto, arredores do Hospital de Base, Rodoviária Interestadual, Setor Comercial Sul e outros pontos. A primeira etapa atinge os locais com maior concentração de ambulantes. Em um segundo momento, a programação fiscal chegará às demais regiões administrativas”, disse o órgão.
Cidades
9 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Águas Claras
MP manda comunidade discutir melhorias Ordem é criar mais dois parques na cidade Da Redação
os investimentos em equipamentos públicos. “O grupo de edificações era muito menor. Hoje, “Cidades devem ser feitas para as pesso- vemos que isso se perdeu. Na verdade, se peras, e não para o dinheiro”. É com essa justifi- deu o controle da cidade completamente”, opicativa que o juiz Carlos Frederico, da Vara de na. Segundo ele, hoje a cidade é uma das que Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e têm piorado a qualidade urbana no DF. “DiFundiário do DF, determinou que a Agência ria que chega a quase 100% de deformidade. de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ter- Apenas a linha do metrô está intacta. As áreas racap) pare de parcelar ou alienar o espaço, públicas foram as mais afetadas com o crescimento. As calçadas e as com obrigação de prepraças quase não exisservar a área, evitando divugação/Unb agéncia tem”, completa. invasões e tentativas de A previsão inicial uso privativo do solo. era de que Águas Claras Para discutir os rumos contasse com edifícios a ser tomados, o juiz em torno de oito paviconvocou como amicus mentos, mas atualmencuriae (veja saber juríte existem prédios com dico) a Associação dos mais de 30 andares. O Amigos e Moradores de professor, porém, coÁguas Claras e o profesmemora a oportunisor Frederico Flósculo, dade de se discutir os da Faculdade de Arquirumos da cidade de fortetura e Urbanismo da ma comunitária, afasUnB, para dar opiniões “Apenas a linha do metrô está intacta. As tando-se um pouco dos e trazer conhecimento áreas públicas foram as mais afetadas interesses econômicos técnico ao debate. com o crescimento. As calçadas e as das construtoras. O MPDFT determipraças quase não existem” nou também que o InstiDebate- Começa nestuto Brasília Ambiental Frederico Flósculo Professor doutor de Urbanismo na UnB te sábado (6) o diálogo (Ibram) crie dois novos entre a comunidade e parques ecológicos em o professor Frederico Águas Claras. O Ministério Público se refere aos Parques Central e Flósculo sobre os rumos de Águas Claras. Às Sul. O prazo para o cumprimento desta norma 10h o professor estará na sede da Associação é de um ano, sob pena de improbidade admi- dos Moradores para debater os problemas urnistrativa dos agentes competentes. A decisão banísticos da cidade. No dia 13 de junho, o deputado Joe Valle ainda cabe recurso. Na prática, algumas áreas referentes aos parques já estão ocupadas por (PDT) estará em Águas Claras para receber deimóveis que tiveram a destinação do terreno mandas da população e levar à Câmara Legisalterada. O edifício One, na Rua das Paineiras, lativa. A audiência pública acontecerá no hotel por exemplo, está ocupando uma área que se- S4 a partir das 9h. ria do Parque Central. O professor Frederico Flósculo é um estu- Saber jurídico dioso da região de Águas Claras e pretende De acordo com o Superior Tribunal Federal (STF), amicus ajudar para o que classifica como “desordem curiae significa “Amigo da Corte”. Os escolhidos como amiurbana”, porque os governos das últimas duas cus curiae não são partes do processo, mas atuam como décadas diminuíram de maneira substancial interessados na causa e podem se manifestar nos autos.
Fernando Pinto (*)
Calabar, o elogio da traição
I
nspirado pelo título acima, lembro da peça musical produzida em 1973 por Chico Buarque e Rui Guerra, tendo como protagonista o pernambucano Domingos Fernandes Calabar, apontado como o maior traidor da História do Brasil, ao se tornar informante do exército holandês que invadira o Nordeste em 1632. Na verdade, como à época dessa exibição no palco de um teatro no Rio de Janeiro, vigorava rigorosa censura a manifestações públicas contra a ditadura militar, a referida apresentação valera como um sensacional drible nos torturadores nas prisões e como advertência a possíveis delatores sobre a localização de líderes estudantis que se encontravam na clandestinidade. Na fase imperial sob a coroa portuguesa, não consta se Calabar recebera alguma recompensa financeira dos invasores holandeses. Apenas, com certeza, ele pagou com a vida, ainda jovem, com 35 anos, por seu ato abominável, ao ser preso por tropas luso-brasileiras, quando se encontrava em companhia dos invasores estrangeiros. Em julgamento sumário, foi condenado à forca e seu corpo foi esquartejado. Historicamente, o maior dedo-duro da Humanidade foi, curiosamente, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, Judas Iscariotes, que identificou o Mestre aos guardas do Sinédrio, beijando-o na face. Muito embora tenha recebido 30 moedas de prata pela traição, a consciência do delator punira-o com o suicídio, enforcando-se no galho de uma figueira. A propósito, como neste país ocorrem decisões surrealistas que até Deus duvida, nossos legisladores instituíram favorecimento legal para criminosos que se dispuserem a denunciar membros da própria quadrilha, mediante a promessa de que suas penas terão substancial redução do tempo que deveriam mofar na cadeia. Vai daí o sucesso da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014 pela Polícia Federal, na qual há um número crescente de indiciados, boa parte dos quais apontados pelos tais delatores premiados. Não sou juiz de ninguém, porém concordo que corruptos precisam ser punidos, incluindo os muitos políticos envolvidos que continuam intocáveis. Mas, considero que essa prática funciona um tanto quanto fora da ética. E imaginem as consequências, caso essa jocosa lei passe a funcionar tal qual a da bandidagem dos morros cariocas: “dedo-duro morre cedo”!
(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor
Cidades
10 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
DISTRITO FEDERAL
TAGUATINGA
Maio amarelo flagra 1.766 bêbados ao volante
Precariedade
Taguatinga comemora 57 anos A cidade mudou muito desde 1957. Hoje, os primeiros moradores continuam por lá e criam filhos, netos e bisnetos. São artistas, médicos, professores, estudantes e muitos outros que formam uma cidade diversa e acolhedora. É a característica de vida de cidade de interior que atrai e mantém gerações de taguatinguenses apaixonados, como é o caso da família de Raimunda Silva Costa, 88 anos, a Dona Mundica, como todos a conhecem. Ela chegou à cidade em 1960 com os cinco filhos. Enquanto ela trabalhava na equipe de limpeza do Hospital de Base e o marido na construção da nova capital, uma das irmãs cuidava das crianças no barraco de madeira em que moravam, em Taguatinga Sul.
O descaso no sistema de saúde do DF é grave. Uma das medidas primordiais, a assepsia, não é realizada e os casos de contaminação se perpetuam. A Secretaria de Saúde informou que o pronto-socorro de Clínica Médica, Ortopedia, Cardiologia e Cirurgia Geral do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) foi reaberto na terça-feira (2), e desde então o atendimento está normalizado na unidade e não há risco de contaminação dos pacientes. Contudo, mais um paciente faleceu na mesma terça-feira, às 18h. M.A.S.R, 79 anos, foi o primeiro caso
Eleita a nova miss O concurso para escolher a Miss Taguatinga lotou o auditório do Taguatinga Shopping na sexta-feira (29). Com direito a kits de beleza e um cheque no valor de R$ 3 mil, Ana Lígia Rezende, de 21 anos, recebeu a premiação, que foi entregue pela superintendente do shopping, Eliza Ferreira. Entre os convidados estavam Ricardo Lustosa, administrador de Taguatinga, e o senador Hélio José (PSD-DF).
de infecção pela bactéria multirresistente enterococo. A confirmação foi divulgada na quarta-feira (6). Este é apenas um dos casos entre os seis já comprovados, só no HRT. “Não há motivos para alarde; A contaminação se dá apenas por contato físico e, por causa do isolamento, não há risco de a bactéria se alastrar”, afirmou o diretor do HRT, Benvindo Rocha Braga. No Hospital Regional do Guará (HRG) já foram comprovados dois casos. E há suspeitas de contaminação também nos hospitais do Gama (HRG) e de Sobradinho (HRS).
Durante as operações de fiscalização do Maio Amarelo, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Departamento de Trânsito (Detran), em conjunto com o Batalhão de Trânsito (BPTran) e o Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) flagraram 1.766 condutores embriagados nas rodovias distritais e vias urbanas do DF. Em 31 dias, foram mais de 120 blitzes, que também flagraram 1.162 motoristas sem habilitação, com CNH vencida ou suspensa. Ao todo, foram removidos ao depósito 2.161 veículos. Outras infrações, como o não uso do cinto de segurança e uso de celular ao volante somaram 11.050 autuações. As ações do Maio Amarelo 2015 influenciaram diretamente na redução do número de acidentes, se comparado ao mesmo período de 2014. Ano passado, foram 28 acidentes, com 35 vítimas fatais. Este ano, os dados indicam 25 acidentes, com 27 mortes. Esses números mostram redução de 22% no número de óbitos e 10% no número de acidentes fatais em todo o DF.
ÁGUAS CLARAS
Administração pede ônibus e calçada Em reunião com o secretário adjunto Maurício Canovas, da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, a administradora de Águas Claras Patrícia Fleury pediu a construção de 23.700m² de calçadas e de passarelas para pedestres e ciclistas sobre a linha do metrô. Para interligar os bairros Arniqueiras, Areal e ADE (Área de Desenvolvimento Econômico) à parte vertical com micro ônibus, foi solicitada a criação de linhas especificas nesses percursos. O projeto também irá beneficiar os moradores das quadras na área verticalizada com linhas circulares exclusivas para as estações do metrô. As demandas serão repassadas ao setor técnico da Secretaria de Infraestrutura para estudos e definições para execução das obras
Cidades
11 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Pró-DF terá novas regras
Governo envia decreto visando acabar com a venda irregular de terrenos vendidos com subsídios como incentivo a empresas Divulgação
Da Redação
O
secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes, anunciou mudanças no Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo (Pró-DF) durante audiência na terça-feira (2) na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Legislativa. O convite foi uma iniciativa do deputado Cristiano Araújo (PTB). “As novas regras são para moralizar e democratizar, a partir de uma nova visão de política de desenvolvimento econômica para o Distrito Federal, sem desmandos e favorecimentos”, afirmou. Segundo o secretário, “o novo decreto combate corrupções identificadas, segrega funções administrativas cujos poderes decisórios eram concentrados em um só ex-servidor e garante a fixação de critérios objetivos para a seleção das empresas e a concessão dos lotes que integram o patrimônio público”. Presidente da comissão, o deputado Cristiano Araújo declarou apoio à iniciativa do governo. “O que vemos é a preocupação deste governo em dar maior transparência e democratizar programa, incluindo pequenos e microempresá-
O secretário Arthur Bernardes atendeu a convite do deputado Cristiano Araújo e respondeu a questões levantadas por Chico Vigilante rios, sempre deixados de lado no passado”. Arthur Bernardes observou que o decreto vai sanar irregularidades, como, por exemplo, os casos de empresários beneficiados pelo programa que estavam vendendo os lotes recebidos. “A distribuição dos lotes fun-
cionava assim: o empresário que alimentava a ciranda da corrupção via a pré-indicação de seu terreno mantida. Aqueles que não forneciam propina tinham seus processos arquivados”, disse Arthur Bernardes. O secretário anunciou que nos próximos dias, sairá
um decreto específico para pequenas e microempresas. Representantes do setor lotaram a sala de reunião das comissões e reclamaram, principalmente, do processo de regularização de lotes. Depois de ouvir reclamações de vários líderes empresariais, entre eles o presidente da As-
sociação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), Justo Magalhães, o secretário garantiu que, em sua gestão não permitirá a especulação com lotes. “Queremos dialogar com o setor produtivo sobre a nova política de desenvolvimento para o DF”, encerrou.
Geral
12 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Blatter renuncia ao cargo de presidente da Fifa Uol – 2.6 Menos de uma semana após ter sido reeleito presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter renunciou ao cargo. Uma nova eleição será realizada entre dezembro de 2015 e março de 2016. Até lá, Blatter seguirá no comando. A decisão de deixar a Fifa ocorre em meio ao maior escândalo da entidade, que resultou na detenção de sete dirigentes às vésperas da eleição, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
Pizzolato deve ser extraditado ao Brasil O Globo – 4.6 O Tribunal Administrativo Regional do Lazio negou o recurso da defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que tentava impedir a extradição do mensaleiro. Com a decisão, publicada na quinta-feira (4) pela justiça italiana, o petista condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão pode ser extraditado para o Brasil, onde cumprirá pena no presídio da Papuda, em Brasília. A informação foi confirmada pelo representante do Ministério da Justiça da Itália, Giuseppe Alvenzio.
Hospital do DF isola 16 pessoas infectadas Navio de cruzeiro com mais de 450 a bordo naufraga na China G1 – 2.6
“Nenhum jogador é tolo para não entender o que está acontecendo no país. Mas, vestindo essa camisa, estamos representando a CBF e de forma nenhuma podemos ir contra ela” Thiago Silva, zagueiro da seleção brasileira sobre os escândalos de corrupção na CBF e na Fifa
Um navio de cruzeiro chinês com 458 pessoas a bordo naufragou no Rio Yangtze, na província chinesa de Hubei, na noite de segunda-feira (1º), informou a agência estatal de notícias “Xinhua”, que cita como fonte a administração de navegação do rio. Mais de 400 pessoas estão desaparecidas. Os passageiros e tripulantes são todos chineses, segundo as autoridades locais. A agência de notícias chinesa Xinhua informou que até agora 15 pessoas foram resgatadas com vida, incluindo o capitão e o engenheiro da embarcação, no que pode ser o pior acidente naval chinês em quase 70 anos.
Agência Brasil – 3.5
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou na quarta-feira (3) que 16 pacientes foram isolados no Hospital Regional de Santa Maria após exames detectarem uma bactéria multirresistente, a Acinetobacter baumannii. Segundo a direção do hospital, dois pacientes passam por tratamento com antibióticos. A bactéria foi encontrada em 14 pessoas, mas não causa infecção. O quadro clínico de cada paciente não foi detalhado
Suspeitos de tentar matar Malala são libertados O Globo – 5.6
A polícia paquistanesa confirmou que oito dos dez acusados da tentativa de assassinato da estudante Malala Yousafzai foram liberados. A soltura secreta havia sido revelada na sexta-feira (5) pela imprensa britânica. Em abril, um tribunal do Paquistão condenou dez militantes do Talibã a penas de prisão de 25 anos por envolvimento no atentado a tiros contra a ativista, em 2012, enquanto ela lutava pelo direito de meninas de frequentarem escolas. No entanto, apenas dois dos homens julgados foram sentenciados. Malala, que na época tinha um blog no qual defendia o acesso de meninas à educação, se tornou um símbolo de desafio ao radicalismo e ganhou o prêmio Nobel da Paz de 2014.
MARCELO RAMOS
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O REPÓRTER DO POVÃO
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Geral
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José Matos
Maioridade penal e os órfãos de pais vivos
D
iscute-se atualmente no Congresso Nacional, e fora dele, a questão sensível da redução da maioridade penal. O debate foi apimentado após o assassinato, por menores, de um médico no Rio de Janeiro por menores. Pauta controversa porque opõe militantes dos direitos humanos contrários à medida e conservadores, acomodados e insensíveis de todos os tipos que desejam apenas combater os efeitos deste tipo de violência. A omissão da sociedade (conjunto
de sócios que deveriam ser solidários) ao longo do tempo agravou os efeitos na forma de agressão violenta por parte desses menores. Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já tenha mais de vinte anos, ele nunca foi implementado. A verdade é que precisamos de repressão. No entanto, mais do que isso, precisamos de escolas de tempo integral que eduquem nossas crianças também de forma integral, condição que a elite brasileira não aceita porque nada ela aceita que possa
melhorar a vida dos pobres. O que a elite deseja mesmo, e não têm coragem de dizer, é que defende a pena de morte. É a mesma mentalidade da época da escravidão. O velho capitão de mato é agora o policial. O problema da violência do menor deve ser de interesse de toda a sociedade. E deste debate não podem faltar escolas, universidades, igrejas – estas oferecendo cursos mais bem elaborados sobre casamento, família etc. Assim, contribuiriam para reduzir a omissão dos casais que geram órfãos de pais vivos.
Sem dúvida, este é um item dos mais importantes. É preciso que os pais acompanhem os filhos em todos os setores desde o nascimento e sejam seus amigos, dando-lhes apoio e bons exemplos. Em São Paulo, de quase mil casos de violência sexual de pais contra filhas, nenhum deles cuidou delas na infância, não desenvolvendo, assim, amor paternal. Relembremos Jesus, o Mestre maior do amor: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque é para os que se assemelharem a elas o Reino de Deus”.
Caroline Romeiro
que eu fazia parte do grupo que desconhecia esse esporte. Há vinte anos existe o Arnold Sports Festival, nos Estados Unidos. O evento leva o nome do famoso ator e político Arnold Schwarzenegger, anfitrião da competição. Este ano, tivemos a terceira edição do Arnold Classic Brasil, no Rio de Janeiro, e eu tive a oportunidade de participar de cursos que aconteceram paralelamente à feira e às competições. Certamente mudei muitos dos meus conceitos e passei a respeitar muito os atletas dessa modalidade, que, como tantos outros, abrem mão de muitas coisas buscando o primeiro lugar.
O fisiculturismo no Brasil
O
exercício resistido com levantamento de peso já era praticado em Roma e na Grécia antiga, mas não existem registros precisos de quando essa prática surgiu. O fisiculturismo emergiu na Europa no final do século XIX, e nesse mesmo período também ocorreram as primeiras manifestações de halterofilismo no Brasil, mais especificamente com a chegada de imigrantes alemães. O fisiculturismo, ou culturismo, além de ser considerado um esporte,
é visto como a forma mais efetiva de fortalecer e desenvolver os músculos do corpo. Como modalidade esportiva, demonstra-se um incrível esforço atlético envolvido em treinar e desenvolver o físico para prepará-lo para uma competição, utilizando-se movimentos para demonstrar o tamanho muscular em uma proporção equilibrada dentro de padrões e regras estabelecidas. É o máximo que um atleta atinge de sua musculatura corporal associado à definição extrema. Muita gente não vê com bons olhos
Sáude e Nutrição essa modalidade, principalmente por não compreender a prática. Confesso
Lazer
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ENTRETENIMENTO Cruzadas
tirinha
Um gorila entra no bar e pede um suco de laranja. O balconista quase morre de susto, mas serve o “freguês”, que toma o suco civilizadamente. Na hora de ir embora o bichão paga com uma nota de 50 reais. Já refeito do susto, o balconista resolve tirar proveito da situação, imaginando que o animal podia até ser adestrado para beber suco numa lanchonete, mas não para saber fazer contas. E dá como troco uma nota de 5 reais. O gorila pega o dinheiro e se levanta
Piadas
sem dizer nada, exatamente como o homem esperava. Deslumbrado com o ocorrido, mas preocupado com a freguesia, o balconista comenta com um cliente: - Não vá ficar impressionado com o que viu? É muito raro gorilas virem aqui! - Não é pra menos! Com a laranjada 45 reais... – responde o gorila, já na calçada. O jogador baixa ao departamento médico com a perna em frangalhos, mas não para de rir.
Respostas - O que houve, meu filho? Você com essa perna toda machucada e ainda ri? -perguntou o médico. - É que nós fomos jogar no interior. Sabe como é que é. Campo pequeno, todo esburacado, sem alambrado, a torcida adversária em cima da gente. Fui bater o escanteio e um torcedor trocou a bola por uma pedra e acabei quebrando a perna. - E você tá rindo do quê? - Do centroavante que fez o gol de cabeça!
Lazer
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divulgação
P.H. Almeida E por falar de amor sem dor Quer saber, vá ser feliz! Quer saber? A gente tem que aprender a respeitar as coisas que a vida oferece, as horas que o destino programa, o nublado que cai num dia de sol. Há horas de paz, há noites de agitação. O resultado não é o caminho que vemos, as coisas costumam ser só depois que a gente pega a direção. Quer saber? E daí que ele era o cara errado, a felicidade nem sempre anda de mãos dadas com a perfeição. Esteja pronto para o amor da sua vida e encontre-o antes de mesmo de conhecer alguém: o amor não é o outro, aprenda a ser sentimento, antes de querer ser extensão. Não se preocupe com as horas quebradas, com o tempo que ficou pra trás da cortina de olhos presos na janela, esperando abrigo, em busca de redenção. O mundo gira, a sorte faz a curva. O sol brinca de montanha russa com a noite escura, o tempo atravessa no meio e se quer saber, saiba:a vida é aquilo que se movimenta e o que há de ser vai ser, o destino não pede permissão. Tenha em mente que dar um passo largo e um sorriso frouxo é a linha tênue entre seguir em frente ou ficar parado à espera da salvação. Mas, saiba: não adianta esperar que, num dia desses sem compromisso marcado, você vai levantar e olhar pra janela e ver uma vida nova à sua espera, sem qualquer esforço de sua parte. O mundo lá fora é sim fruto da nossa espera, mas ele só se mostra com a nossa preparação. Seja grato às oportunidades de seguir em frente. E siga. Não se perca, não se se aborreça. Seja justo com os obstáculos. Acredite sempre. Ah, e agradeça. A vida é a reciprocidade da nossa gratidão. Um dia é assim mesmo, a gente acorda e descobre que o que tem no bolso mal é suficiente pra ir até a padaria da esquina. A fé é o nosso pão. Coloque nas mãos de Deus, mas caminhe com as suas pernas. Ele age, mas nós temos que ser o instrumento da sua atuação. Não se desespere. Ou desespere-se pouco. Saiba que a loucura tem que ser até o suficiente. Pire quando preciso, mas mantenha seu foco e concentração. Seja mais. Vá atrás. Tenha cautela na urgência e encontre paz ao seguir. Quer saber? Saiba: não adianta enfiar a cara no travesseiro, aos prantos que trazem soluços, mas não revelam a solução. Durma mais, sonhe muito, realize o dobro. Não se afaste dos seus planos, mas não ignore o que a vida te diz. Só se conhece o que é bom pra gente depois que a gente alcança. Não morra pela expectativa quebrada, às vezes, é juntando os cacos que ficaram que a gente encontra a forma de ser feliz. Vá de encontro com o que sempre quis. Não desista dos teus sorrisos. A vida não te disse não.
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MÚSICA Mafaro – Showfilme de André Abujamra Projeto Mafaro – “alegria” na língua do Zimbábue. Participação de Zeca Baleiro e Luiz Caldas(foto). 5 a 7 de junho, sexta-feira e sábado, às 20h: domingo às 19h. Ingressos: R$20 e R$ 10 (meia). Teatro da Caixa / Classificação: maiores de 12 anos. Samba de Bamba - Makley Matos Show Makley Matos. 9 de junho, terça-feira, às 20h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia) / Teatro da Caixa / Classificação maiores de 12 anos. Quinteto Violado canta Dominguinhos Homenagem a Dominguinhos com a participação de Cezzinha. 10 junho, quarta-feira, às 20h. Ingressos: R$ 20 e 10 (meia) / Teatro da Caixa / Classificação maiores de 12 anos. Solo Música - Ken Zuckerman O norte-americano Ken Zuckerman, instrumentistas de sarod. Dia 15/6, segunda-feira, às 20h, no Teatro da Caixa. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) EXPOSIÇÃO Movimentos “Movimentos” é um panorama visual das manifestações políticas do Brasil, Turquia, EUA e Grécia através de uma série de vibrantes retratos políticos em silkscreen. 3/6 a 29/7 segunda, quarta, quinta, sábado e domingo. Classificação livre. CCBB / Entrada Franca Bracher - Pintura e Permanência Exposição retrospectiva e interativa do pintor mineiro Carlos Bracher. A mostra, multimídia, conta com a exibição de vídeo-documentários sobre o artista. 10 a 27; segunda,
quarta, quinta, sexta, sábado e domingo - 9h às 21h. Classificação livre; CCBB / Entrada Franca. TEATRO A Costureira - Gardi Hutter Espetáculo a Costureira é resultado de uma parceria entre Gardi Hutter e Michael Vogel. 11/6 a 14/6; Quinta a sábado, às 20h / Domingo, ás 19h. Ingresso: R$ 20 e 10 (meia) / Teatro da Caixa /Classificação maiores de 12 anos. “Tem Gente Que Acredita...” – Teatro de Bonecos Com Jorge Crespo, acontecerá no dia 14 de junho, às 19h30. Shopping Sul, Val Paraíso de Goiás. O Evento Contará com outras atrações. Mais informações: (61)9234-3080 CINEMA Dogma 95 Dogma 95 e a obra de seus três cineastas mais famosos: Lars Von Trier, Thomas Vinterberg e Susanne Bier. 3 a 15 de junho. Ingressos R$ 2 meia / R$ 4 inteira / CCBB. http:// culturabancodobrasil.com.br/portal/distrito-federal/ Mostra de Filmes da Austrália Este é o quarto ano da mostra. Transitando entre os gêneros drama, suspense, policial e comédia e abordando temas como conflitos étnicos e de gênero. 17 a 22 de junho, CCBB /Entrada Franca. SHOWS Festa Joanina Atrações: Pedro Paulo & Matheus, Bonni & Belluco, Trio Cajazeiras. Ingressos a partir R$ 40. Pontos de venda Zimbrus / Mormaii / Casa do Cowboy / Bilheteria Digital. Informações: (61) 3342-2232. Classificação 18 anos.
Esporte
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Um drible nas dificuldades
Projeto Social com base no futebol protege 400 crianças e jovens dos perigos das ruas em Sobradinho II
Divulgação/ Jornal de Sobradinho
Gabriel Pontes
H
á doze anos, um campo de terra batida ao lado da Administração Regional de Sobradinho II virou a segunda casa de centenas de jovens carentes. É o projeto Rogerinho Social, que usa o futebol para afastar crianças e jovens do crime e das drogas. Hoje, 400 crianças e garotos, de três a vinte anos, são atendidos. A iniciativa não tem patrocínio governamental e é mantido pelo próprio professor, Rogério da Costa, com apoio de empresários locais. De acordo com o professor, o objetivo não é criar apenas atletas e projetar voos maiores aos possíveis futuros jogadores, mas formar cidadãos de bem. “A gente prepara essas crianças e jovens para a vida por meio do esporte, mostrando que a educação é o melhor caminho de mudança para o nosso país”. Além da parte esportiva, o projeto inclui o diálogo com as famílias. “Proporcionamos aos nossos atletas a sua segunda família, que é o nosso time”, diz Rogério. O professor é nascido e criado em Sobradinho II e conta que sempre viu a carência de esporte, lazer e cultura como um dos problemas mais sérios da cidade. Para ele, a iniciativa
Atletas têm entre 5 e 20 anos e são atendidos não só dentro, como fora do campo de jogo começou como uma brincadeira e virou algo sério. “Aos sete anos de idade eu já treinava aqui. A minha vida foi toda voltada para o esporte,
tá no sangue. Esse projeto é minha segunda família. Sem ele eu não sou nada”. Não é porque as atividades são recreativas que não
A gente prepara essas crianças e jovens para a vida por meio do esporte, mostrando que a educação é o melhor caminho de mudança para o nosso país”. Rogério da Costa Responsável pelo projeto
há cobrança, explica Gabriel Souza, 13 anos. “Se a gente não for bem na escola, ele suspende por um tempo”. Antônio dos Santos, pai de um aluno matriculado no projeto, diz que Rogério é exigente com as crianças, cobra muito, conversa muito e está sempre dando apoio. “A luta do professor é diária.” Ajuda com troco- Desde que o projeto foi criado, Rogério busca melhorias, como oferecer um lanche para os jogadores, pois muitos não têm o que comer em casa. “Nós já tivemos vá-
rias propostas de deputados e administradores. Porém, o apoio é só durante as eleições. Além do mais, eles querem nos ajudar dando materiais. E isso não nos interessa. Gostaríamos que eles oferecessem cursos profissionalizantes ou lanche para os meninos”. Ele reclama também das trocas que os possíveis patrocinadores públicos pedem. “Eles querem que eu peça voto, ou devolva uma parte do dinheiro do patrocínio e isto eu não faço. Se for assim, prefiro continuar com o projeto do jeito que está”, afirma o professor. Além das práticas esportivas, a iniciativa realiza várias ações para a comunidade. Entre elas a campanha do agasalho, distribuição de sopas, doação de roupas usadas e visitas a asilos.
Serviço As aulas são oferecidas às terças e quintas-feiras, de manhã e à tarde, para crianças até 14 anos no campo sintético ao lado do ginásio de esportes de Sobradinho II. Às terças e quintas-feiras, jovens de 15 a 20 anos treinam no campo de terra ao lado da Administração Regional. Quem quiser ajudar o projeto pode entrar em contato pelo telefone (61) 9209-2368, com o próprio professor Rogério.