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Aniversário Cláusula de vira evento barreira muda político estratégias Rollemberg foi um dos 1,6 mil convidados da festa de Marlon Costa Via Satélites – Página 12
Dirigentes de partidos privilegiam eleição de deputados federais Pelaí – Página 3 Ano VII - 339
Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017
ENTRE QUATRO PAREDES Gravação de reunião de conselheiros do Sesi, Senai e IEL do DF, obtida com exclusividade pelo Brasília Capital, agrava suspeitas de irregularidades no Sistema S. Presidente da Fibra, Jamal Bittar, fala até em gastos com prostitutas Página 9
ENTREVISTAS
Três questões para entender o Cesp
“Façam o jogo, senhores!”
Racismo - atraso espiritual
Eduardo Brandão
Wasny de Roure
Júlio César Reis
Deficitária, Terracap tomará empréstimo de R$ 80 milhões
A importância dos alimentos fermentados
Página 6
Página 8
Chico Sant’Anna - Páginas 10 e 11
Páginas 14 e 15
Presidente do PV defende aliança com Rollemberg
Pré-candidato ao Senado prega autocrítica do PT
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
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A R T I G O
x p e d i e n t e
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O consumo como forma de satisfação Taynã Lizárraga Carvalho (*)
A verdade é que o ser humano é um eterno inacabado e está constantemente em busca de algo para sentir-se satisfeito. Fato é: vontade e necessidade são coisas distintas. Por trás da vontade, estão estímulos externos que, socialmente, despertam a necessidade de pertencer, ser para o outro aceitável, benquisto e bem-visto, como o tido bem-sucedido, que hoje nada mais é que aquele que consome produtos legitimados pelas grandes marcas. Muitas vezes, a busca pela satisfação mascara a real necessidade (aquilo que é essencial para a minha sobrevivência). Então, o que instantaneamente satisfaz, torna-se paliativo para o vazio que se sente. Conhecendo o caminho rápido para o prazer, desenvolve-se um ciclo vicioso de falta-busca-prazer instantâneo, que cada vez mais movimenta o ser humano para fora de si, alimentando um processo de desapropriação (a pessoa vai perdendo-se de si mesma) – “consumo, logo, existo”. A velocidade com que novas coisas chegam ao mercado, a moda, as tendências e a publicidade como indutora do consumo são fortes influenciadores desse processo
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nBiometria facial E o sistema que garante mais ônibus para a população? Garante a segurança dos passageiros, impedindo que os motoristas dirijam feito loucos? Reduz o preço do transporte público que, afinal, deveria ser oferecido de graça para a população? É cada “melhoria” sem pé nem cabeça! Patrícia Floriano,
via Facebook Falta o mais importante para o usuário de transporte público: a localização do ônibus via GPS por aplicativo. O usuário saberá a rota e o horário correto dos ônibus. Entre as capitais, só Brasília não tem esse serviço funcionando. Caio Silva, via Facebook “Redução de 15 a 20% nos custos”? Pergunta se ele vai
Nesse tempo, o valor se perdeu, não se reconhece o próprio eu, se sente vazio e se preenche com aquilo que (pré)ocupa, se engana na sensação de que espaço cheio é contrário de solidão e contribuem para o que podemos chamar de “Era fast-food”, a qual estamos vivendo – consome-se muito, nutre-se quase nada. A falsa sensação de preenchimento que se tem a cada aquisição, deixa de ser uma solução para ser um problema. Hoje, a superficialidade tem sido protagonista das nossas relações, e quando nos referimos a relações estamos atentando para qualquer interação que temos com tudo o que existe. Vivemos tempos de interesses rasos, prazeres ime-
diatos, onde se esquiva do que exige movimento, se acomoda à inércia, coexistindo dentro da própria existência, na tentativa de ser aquilo que desejam que o seja. Nesse tempo, o valor se perdeu, não se reconhece o próprio eu, se sente vazio e se preenche com aquilo que (pré)ocupa, se engana na sensação de que espaço cheio é contrário de solidão. Ao passo que nos damos por satisfeitos com aquilo que rapidamente nos sacia, minamos cada vez mais a nossa coragem de olhar para o nosso interior e nos movimentamos cada vez menos para o que legitimamente necessitamos. Dessa forma, é importante reconhecer que o movimento para a aquisição, quando não legitima nossa real necessidade, nos tira algo de que realmente precisamos. Vale, então, a reflexão e o alerta para que, o que nos falta, não está em qualquer coisa, lugar ou pessoa, mas sim dentro de nós mesmos e na capacidade de identificar, acolher e cuidar para que sigamos inteiros e plenos em nossa existência. (*) Psicóloga – CRP 01/15010
a r t a s
reduzir as passagens. Jonas Cecílio, via Facebook Sobre sistema de biometria facial nos ônibus e metrô que promete impedir fraudes. Previsão é de que até fevereiro todos as linhas contem com o equipamento. nViralizou A piada maior é quando eles ainda querem o direito
de portar arma e serem chamados de “Auditores”. Mas vou parar de falar, antes que me multem por aqui. Yan Costa, via Facebook Muito bem, esse cidadão de bem que paga tudo em dia. Na verdade, ninguém faz nada em prol do menos favorecido, mas pra multar é uma beleza. Manoel Ricardo, via Facebook
Parabéns a quem gravou. O cidadão tem direito de cobrar o melhor serviço ao servidor público. Ernane Braga, via Facebook Sobre filmagem feita por um pedestre que questionou agentes do Detran paradas dentro de uma viatura em frente ao Shopping Pátio Brasil, quando um sinal da W3 Sul estava intermitente.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
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Sinduscon-DF promove, na terça-feira (28), às 19h, a primeira edição do projeto “Caminhos para Brasília”. Confirmaram presenças o governador Rodrigo Rollemberg, o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, e o presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), Guilherme Costa.
DIVULGAÇÃO
Filippelli quer Gutemberg
Embalos de sábado à noite O governador Rodrigo Rollemberg teve uma noite agitada no sábado (18). Ao lado da primeira-dama Márcia Rollemberg, foi a Olhos d’Água, distrito de Alexânia (GO), a 100 Km de Brasília, assistir a um festival de blues e Jazz na praça da igreja da cidade. Na volta, participou da festa de aniversário do administrador de Taguatinga, Marlon Costa (leia matéria na página 12). Paulinho da Viola – No movimentado final de semana em Olhos d’Água, quem também deu o ar da graça foi o portelense-vascaíno Paulinho da Viola. O cantor e compositor aproveitou para dar um abraço no amigo professor Armando Faria, com quem comunga as mesmas preferências carnavalesco-futebolísticas. DIVULGAÇÃO
Depois de levar o ex-presidente da OAB-DF Ibaneis Rocha para o PMDB, o vice-presidente da legenda, Tadeu Filippelli, quer filiar o presidente do SindMédico, Gutemberg Fialho. “Uma liderança com a envergadura dele não pode se contentar em ser candidato por uma legenda nanica”, argumenta.
Chico Leite pode concorrer a deputado federal a pedido de Marina
Cláusula de barreira Os diretórios regionais dos partidos têm sido pressionados pelas direções nacionais para ajudar no cumprimento da nova legislação eleitoral. A regra exige que, para continuar existindo, as agremiações elejam, pelo menos, nove deputados federais em nove diferentes estados. É a chamada “cláusula de barreira”.
Paulinho (dir.) em Olhos D’Água com o amigo Armando
Condenado O deputado Robério Negreiros (PSDB) e seu pai Robério Bandeira Negreiros foram condenados em primeira instância na acusação de assediar empresários para vencer uma licitação de prestação de serviços. O processo é de 2004 VIGILANTE - O petista Chico Vigilante, desafeto de Negreiros, disse ao Brasília Capital que não vai entrar com nenhuma representação na Câmara Legislativa “para não alegarem que se trata de uma briga política”. E completa: “O importante é ele responder na Justiça pelo que fez”.
CHICO LEITE – O deputado distrital Chico Leite (Rede), que se coloca como pré-candidato ao GDF mas sonha mesmo é com o Senado, recebeu um recado da líder Marina Silva para “pensar com carinho” numa candidatura a deputado federal. Seria sua cota de sacrifício para tentar garantir a sobrevivência do partido. FLÁVIA ARRUDA – O nome da mulher do ex-governador José Roberto Arruda tem sido especulado para vice numa chapa da direita – com Alírio Neto (PTB), Alberto Fraga (DEM), Ibaneis Rocha (PMDB) ou Jofran Frejat (PR). Mas o presidente nacional Valdemar Costa Neto mandou dizer que, para o PR, importante mesmo é garantir uma vaga na Câmara Federal. PROFESSOR ISRAEL – O distrital Israel Batista é candidato a federal pelo PV. A dúvida é quanto à capacidade de a legenda de atingir o quociente eleitoral. Assim, o comandante nacional e ex-candidato a presidente da República Eduardo Jorge (SP) recomenda que Israel e o presidente legenda no DF, Eduardo Brandão, se coliguem ao PSB de Rodrigo Rollemberg.
PAZ – Dr. Gutemberg obteve 8,8 mil votos para deputado distrital em 2014. Neste ano, aproximou-se de Filippelli e admite mudar de partido. Mas quer sair do PPL em paz com o presidente Marco Antônio Campanella. PERFIL – Filippelli argumenta que o PMDB tem estrutura, dinheiro do fundo partidário e tempo de TV para repetir o desempenho da última eleição, quando elegeu três distritais. “Nós vamos ter o governo. Um médico com o perfil do Dr. Gutemberg será fundamental para melhorar a gestão da saúde em nossa cidade”, diz o peemedebista.
Varjão turbina Riella De volta a Brasília depois de uma temporada no Rio de Janeiro, a jornalista Áurea Varjão é a nova colaboradora do Blog do Riella. A parceria começou no início de novembro e já rende uma média de 50 notícias postadas diariamente. Riella até se animou a modernizar o visual da página, que será lançado no início do próximo ano.
Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
InformAção
Você merece saber tudo o que acontece na Câmara Legislativa.
Câmara deve fechar o ano com menor gasto com pessoal desde início da vigência da LRF
O
s gastos da Câmara Legislativa com pessoal devem alcançar, ao final deste ano, um índice de 1,43% da receita corrente líquida (RCL) do Distrito Federal, o que representará o melhor resultado alcançado pelo Legislativo do DF desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) começou a vigorar no ano 2000. A estimativa consta do último Relatório de Gestão Fiscal publicado pela Coordenadoria de Planejamento e Elaboração Orçamentária da Casa.
De acordo com o documento, as despesas com pessoal da Câmara Legislativa totalizaram em setembro deste ano R$ 23,2 milhões, com ligeira queda em relação a agosto, quando registraram R$ 23,4 milhões. No acumulado dos últimos doze meses (outubro de 2016 a setembro de 2017), esses gastos alcançaram R$ 301,1 milhões, comprometendo 1,45% da receita corrente líquida do DF, inferior ao resultado anterior, referente ao 2º quadrimestre de 2017, quando foi de 1,46%, ficando muito abaixo dos limites máximo (1,70%) e prudencial (1,62%) estabelecidos pela Lei de 1,90% Responsabilidade Fiscal. O relatório aponta, ainda, que nos últimos dez anos (2007 a 2017) houve uma redução de cerca de 25% na participação das despesas com pessoal
da Câmara Legislativa em relação à receita corrente líquida do DF. O quadro de pessoal da Câmara é composto por um total de 1.540 servidores, sendo 590 concursados e 946 comissionados (878 de livre provimento e 68 requisitados de outros órgãos). Passagens aéreas – O documento elaborado pelos técnicos da Câmara Legislativa indica que o processo de redução de despesas do Poder Legislativo do DF, iniciado em gestões anteriores, atinge também vários outros serviços. Houve, por exemplo, uma redução de 98% nos gastos dos deputados distritais com passagens aéreas de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Quanto às despesas com correios, a queda alcançou 90,6% em comparação com os dez primeiros meses de 2016. Com o item “manutenção, conservação e instalação de máquinas e equipamentos”, a economia atingiu 81,9% de janeiro a outubro de 2017 em comparação com o mesmo período de 2016. Os gastos com diárias caíram 71,4% neste ano em relação ao ano passado. Houve também redução de despesas em várias outras áreas como: serviços de telecomunicações (26,2%), água e esgoto (19%) e verba indenizatória dos deputados distritais (14,3%).
1,70%
Limite Máximo
1,62%
1,58% 1,53%
10h30
Audiência Pública da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia
16h
Audiência Pública da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia
28/11/2017 | Terça-feira 9h
Diálogos Inspiradores: 1º Fórum de Combate à Corrupção no DF
9h
Sessão Solene - 20 anos da Faculdade de Agronomia e Veterinária
9h30
Reunião Ordinária da CEOF
10h30
Reunião Ordinária da Comissão de Constituição e Justiça
14h30
Reunião da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
15h
Sessão Ordinária
19h
Sessão Solene - Dia do síndico
29/11/2017 | Quarta-feira 10h
Sessão Solene - Aniversário do Cruzeiro
15h
Sessão Ordinária
3º/2010
3º/2011
3º/2012
3º/2013
1,47%
3º/2014
3º/2015
1º/2016
2º/2016
Alerta
1,46% 1,46%
3º/2016
9h
Sessão Solene - Dia do Advogado Criminalista AGENDA SUJEITA A ALTERAÇÕES.
1,53%
1,47%
1,51% 1,48%
1,46% 3º/2009
Limite Prudencial
1,54%
1,48%
1,54%
3º/2008
27/11/2017 | Segunda-feira
30/11/2017 | Sexta-feira
1,68%
3º/2007
AGENDA DA SEMANA
1º/2017
1,45%
1,43%
2º/2017
out/2016 3º/2017 a set/2017 (estimativa)
Participação das Despesas com Pessoal da CLDF em relação à RCL (%)
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Número de cidadãos que compareceram à CLDF de 13/11 a 17/11
3.500
Corrupção no Rio: só Brizola e Alencar escapam em 35 anos Nos últimos 35 anos, apenas dois ex-governadores do Rio de Janeiro, já falecidos, estão fora da mira da Justiça: Leonel Brizola (PDT) e Marcello Alencar (PSDB). Três deles estão presos neste momento: Sérgio Cabral (PMDB) e o casal Anthony e Rosinha Garotinho, ambos do PR. Dos sete eleitos desde 1982, somente dois estão livres – o atual, Luiz Fernando Pezão, e Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Os dois são do PMDB e têm foro privilegiado. Anthony e Rosinha foram presos quarta-feira (22), suspeitos de receber recursos ilegais para financiar suas campanhas eleitorais. Sérgio Cabral já está condenado a penas que somam mais de 27 anos de prisão, envolvido em atos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. O trabalho da Polícia Federal aponta Pezão e Moreira Franco como integrantes do grupo formando para assaltar os cofres públicos no estado. Curiosamente, Anthony Garotinho vinha fazendo críticas em redes sociais a respeito dos peemedebistas implicados no “quadrilhão do PMDB”, inclusive com a postagem de texto um dia antes de voltar para a cadeia pela terceira vez. Ele alega perseguição política e está em cela próxima das que são ocupadas por inimigos seus, inclusive Sérgio Cabral. Outros políticos do PMDB também voltaram para o xilindró: o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani; seu antecessor, Édson Albertassi; e Paulo Mello. Na sexta-feira (17), os colegas deles aprovaram a soltura dos três, à revelia da Justiça. Mas o Tribunal de Justiça do estado mandou-os de volta à prisão.
Brasília Capital Geral 11 Brasília, 25 de novembro a 29 de novembro de 2017 - bsbcapital.com.br Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
Rollemberg promove fome nas escolas e anarquia no SUS A política de desassistência do governo Rollemberg é a prova viva de que o que está ruim pode, sim, piorar. E muito. Nos últimos meses, por exemplo, temos recebido inúmeras denúncias, tanto Dr. Gutemberg, de médicos quanto outros presidente do Sindicato dos servidores da Saúde, soMédicos do DF e advogado bre o desmonte da Atenção Primária e o transtorno que as mudanças promovidas na área causaram em todo o SUS-DF. Por meio da Portaria 386/2017, a atual gestão promoveu, em uma só canetada, a completa desorganização do sistema. Agora, a não ser que os pacientes estejam à beira da morte, a ordem é não atendê-los em hospitais e, sim, encaminhá-los para UPAs e centros de saúde. Mas, sem médicos, como vai ser? A população vai morrer. O número de mortes evitáveis vai aumentar e poderemos ter, ao fim deste ano, um recorde de óbitos nas filas do SUS-DF. Essa é a resposta. E o governador Rodrigo Rollemberg sabe disso. Mas, como outubro de 2018 se aproxima, ele precisa de um enredo político. Ainda
que, para isso, a população fique completamente à mercê da falta de atendimento. Porque, se especialistas, como pediatras, ginecologistas e clínicos gerais estão sendo retirados dos centros de saúde e o déficit de médicos nas UPAs é evidente, não há outro caminho. Mas Rollemberg não está preocupado com isso. Aliás, no que tange a população mais carente do DF, ele parece não estar nada disposto a fazer o dever de casa: a não ser por puro oportunismo. Além da completa anarquia que vem promovendo no SUS-DF, a situação das escolas públicas da região é outro exemplo disso. Na última semana, as falhas, não só na
estrutura dos colégios, como na alimentação dos alunos foram tema recorrente de matérias veiculadas na imprensa. Ainda assim, o GDF nega que há falhas na área e assegura: segundo o governador, o problema do menino que desmaiou de fome em sala de aula é da família e não da escola. Outra mentira de Rollemberg para terceirizar sua gestão. A situação crítica das escolas públicas do DF é denunciada há tempos e os investimentos na área só caíram nos últimos anos. Segundo levantamento do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), no início desta gestão, eram previstos R$ 537.650.122,00
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para obras de infraestrutura na rede pública de ensino até o dia 21 de novembro. Contudo, o valor efetivamente gasto até agora foi de R$ 37.586.256,19. Ou seja, apenas 7% do total. Está bem claro: nem saúde, nem educação, nem segurança estão na lista de prioridades deste governo. Isso não é novidade. O que não se sabia, até então, é que Rollemberg e sua equipe de desgoverno não são capazes nem de oferecer uma alimentação adequada aos alunos das escolas públicas: o cúmulo da falta de vontade de governar para aqueles que mais precisam.
Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
Como foi a reunião com Rollemberg? – O que começou a se desenhar foi uma alternativa para a montagem de chapas com o Rodrigo. Estamos a um ano das eleições e acho que temos que focar nos projetos que vão oferecer à população uma possibilidade de eleição. Este é o momento da política em que os partidos tentam se colocar dentro das suas linhas programáticas, mas também visando os resultados eleitorais. Hoje não tem mais aquela de um lado e outro. Antes, em Brasília, dois anos antes das eleições já se sabia quem seria o candidato A e o B. O vermelho e o azul. Hoje, os partidos estão todos conversando e discutindo projetos viáveis para a população. Quais serão os projetos viáveis para o PV? – O Partido Verde foca na qualidade de vida. Tem a questão urbana e a do campo, das áreas de preservação. O ambientalismo urbano é uma discussão para trazer qualidade de vida. Estamos passando por um problema de recursos hídricos em um lugar que é berço das grandes nascentes do país e das maiores bacias. Por quê? Por falta de planejamento urbano. Não se pode mais se pensar em Brasília (e dividir) em Plano Piloto e cidades dormitórios. Tem que se trazer desenvolvimento para cada uma das cidades do DF, para diminuir esse movimento pendular de casa-trabalho-trabalho-casa. Temos no DF o Plano Piloto super-verde e cidades áridas. A crise hídrica é um reflexo dessa falta de cuidado? – Sem dúvida. Da ocupação desordenada, do fim das matas ciliares. Só existe rio grande porque existe o pequeno. O rio pequeno cria o rio grande. Não somos contra o desenvolvimento, mas que ele seja sustentável. Tem que trazer benefício para o ser humano e para a natureza. Não pode sair ocupando e acabando com a cobertura vegetal de um bioma tão delicado como o Cerrado. A Alemanha tem um cuidado com a preservação e, ao mesmo tempo, o país é uma potência econômica. É o tripé da sustentabilidade: socialmente justo, ambientalmente correto e economicamente viável. A crise hídrica é o principal desafio da gestão Rollemberg? – Acho que
Entrevista – Eduardo Brandão
Este é o grande desafio do governador Rollemberg.
“O momento certo de conversar é agora”
A oposição está em articulação há mais tempo do que os grupos de esquerda. Isso pode representar uma vantagem lá na frente? – Isto pode representar uma vantagem, mas, ao mesmo tempo, existem outras questões. O momento certo de se conversar é agora. Conversar antes é não respeitar a própria população. Ainda tem 13 meses de governo. O objetivo principal dos governantes é cuidar da cidade. Não pode cuidar só de política.
P
Gustavo Goes
residente do Partido Verde no DF, o engenheiro Eduardo Brandão, 57 anos, conta com ao Brasília Capital as articulações da legenda para 2018. Na segunda-feira (20), ele se reuniu com Rodrigo Rollemberg e com representantes do SD, do PSB e do PSDB para tratar de uma possível coligação. Brandão critica as tratativas de grupos de direita que desde o ano passado se reúnem para discutir a sucessão no Buriti. “O momento certo de se conversar é agora”, cutuca. Para ele, o principal desafio do governo para o DF, a “Suiça brasileira”, será criar esperança no eleitor até o fim de 2018. GUSTAVO GOES
A principal crítica de ex-aliados, como PDT e Rede, que desembarcaram recentemente, é de que não foram ouvidos pelo governador. Isto foi exposto na reunião que vocês tiveram? – Isto é uma questão de cada um. No caso do PV, estamos apontando uma aproximação maior agora. O PV não pode alegar que não foi ouvido, pois não participou dessa formação nas últimas eleições. Como vê a aproximação de Rollemberg com os evangélicos? – Acho que todas as forças, que se aproximarem pelo bem, de uma forma republicana, no sentido de construir uma cidade melhor, com uma condição de vida melhor, são bem-vindas.
Brandão que aqui, maior IDH do país, tem como ser uma “Suiça” brasileira
o maior desafio da gestão Rollemberg, neste momento, é criar uma expectativa de esperança no cidadão. Mostrar o que está fazendo. Tipo: estou trazendo a oportunidade de ter uma esperança de um DF sustentável, melhor para a população. Que tenha oportunidade de trabalho, segurança e o verde no convívio. É muito possível. A unidade da Federação mais fácil para se fazer isso é o DF. Somos um quadrilátero pequeno, maior IDH do país. Tem tudo para ser uma “Suíça” brasileira.
A oposição afirma que Brasília parou. O senhor concorda? – Temos que analisar no contexto nacional. O país inteiro descarrilou. Não podemos exigir em local nenhum que haja crescimento econômico em uma crise nacional. Entendo também que algumas questões poderiam ser fomentadas para que, dentro deste contexto que falei antes, de uma cidade estável de maior IDH, a gente pudesse ter soluções inteligentes para manter o crescimento e a cidade funcionando.
O deputado Professor Israel diz que será candidato a deputado federal. Como estão se articulando? – Nós entendemos que, hoje, o PV tem muita condição. Apostaria em dizer que o PV vai eleger dois distritais e um federal. Tenho certeza de que o Israel, pelo que tem mostrado, é um grande candidato a deputado federal, extremamente competitivo. Em minha opinião, vai ser um dos mais bem votados em Brasília. Considero o PV “biodegradável”. Pega tudo que é sujo e limpa. Obviamente, vamos pleitear uma vaga majoritária em qualquer aliança que viermos a fazer. O PV entende que, tendo um deputado federal bem pontuado e dois distritais fortes, vamos exigir naturalmente um cargo majoritário. Nas proporcionais, nos garantimos. Só nos interessa se for um projeto bom para a cidade.
O GOVERNO DE BRASÍLIA FAZ OBRAS IMPORTANTES PARA TODOS NO DF. São obras viárias, hídricas, da área da saúde e da educação. E vai continuar trabalhando para fazer mais.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA O problema está sendo enfrentado com a captação e distribuição de água do ribeirão Bananal, uma importante obra, recém-inaugurada, que veio ampliar o abastecimento das regiões atendidas pelo Sistema Santa Maria/Torto, beneficiando cerca de 200 mil moradores. Além disso, a captação do lago Paranoá foi entregue e a obra de Corumbá IV está bem encaminhada no DF.
TREVO DE TRIAGEM NORTE E LIGAÇÃO TORTO-COLORADO 26 obras, entre pontes e viadutos, que trarão mais agilidade e segurança para 200 mil pessoas.
DF 001 29 mil veículos circulando por dia.
HOSPITAL DA CRIANÇA 2º bloco do Hospital da Criança com obras em fase final.
EDUCAÇÃO NO RUMO CERTO E o Governo de Brasília também realiza muitas outras obras. Confira algumas delas: Balão do Morro da Cruz | Ciclovias | BRT Oeste | Reforma das Estações de Tratamento do Rio Descoberto e de Águas Lindas | Parque Tecnológico | Centro de Dança do DF | Aterro Sanitário Hospital do Câncer | Escola Verde.
Trabalho certo. Trabalho sério. Trabalho que você vê.
Foram entregues 23 creches, 11 escolas, quase uma por mês, além da Escola Técnica do Guará.
Brasília Capital n Política n 8 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
Entrevista – Wasny de Roure
“Precisamos aprender com os erros do passado” FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Qual sua avaliação do atual governo? – Rollemberg sempre atuou na cidade querendo demonstrar uma diferença na maneira de fazer política. Mas ele sempre teve dificuldade de manter seus quadros políticos, de valorizá-los e eles crescerem. Como o senhor definiria um perfil do governador? – Eu não saberia interpretar o motivo pelo qual as pessoas que se aproximam dele acabam não encontrando espaço para crescer politicamente. Outra questão desconfortável é a sua postura autoritária de tratar as questões públicas e a falta de respeito à divergência de opinião. Essa é uma das grandes fraquezas dele no modo de gerir.
candidatura ao Senado tem que ter capacidade e sensibilidade de aglutinar nomes. Principalmente para quem não tem estrutura econômica para enfrentar uma campanha desse porte. Vai ser no debate, no convencimento de ideias e história. O PT sofreu desgastes muitos grandes após o governo Agnelo e o impeachment de Dilma. Mas o senhor tem um histórico de candidato Ficha Limpa. Como avalia seus possíveis adversários que não têm esse histórico? – Não sou daqueles que acham que precisa fazer propaganda de honestidade, seriedade, probidade. Estou no meu sexto mandato. Tenho todas as condições de a população avaliar desde o meu imposto de renda na internet até minha trajetória de projetos, debates na cidade e negócios. Essa postura é a minha criação, meu compromisso com a população. Honestidade não é um requisito da política. É um requisito da vida.
E ele não mudou depois de assumir o Buriti? – Aquilo que ele condenava é o que ele mais aplica, que é a tentativa de comprar lideranças. Por exemplo, a história da (Maria de Lourdes) Abadia. Se avizinhando o início do processo eleitoral, quer trazer um partido com nome, patrimônio, quando se deve formatar um leque de alianças naturais de maneira programática, e não fazer arranjos de cargos para que entre “Rollemberg tem com seu nome, história e os caradotado a postura gos que ele vai oferecer. E assim de que Brasília não está fazendo com alguns nomes, inclusive no meio evangélico ligatem candidato à do ao cenário político, e na Câmaaltura da tarefa. ra Legislativa. Ele tem adotado a Mas pode ser postura de que Brasília não tem surpreendido” candidato à altura da tarefa. Mas pode ser surpreendido.
Wasny: “Honestidade não é um requisito da política. É um requisito da vida”
M
Orlando Pontes
ais de 800 pessoas lotaram o auditório da Câmara Legislativa na noite de quinta-feira (23) na plenária para avaliar o mandato do deputado Wasny de Roure (PT). Ao final, elas gritaram “já tenho lado. Wasny pro Senado!”. A manifestação da plateia referenda a pretensão do parlamentar, reafirmada em visita à redação do Brasília Capital, em Taguatinga. Mas ele pondera que este é um debate interno de seu partido. “Não é honesto alguém querer se apresentar sem a anuência político-partidária. Então eu me coloco como pré-candidato”, disse. Nesta entrevista, Wasny critica o governador Rodrigo Rollemberg (PSB): “Ele é autoritário”.
O PT está em condições de atacar os adversários? – A vida pública é muito complexa para tentarmos, sem conhecer, descredenciar outras pessoas porque não pensam igual a gente. Esse é um dos erros da maneira de se fazer política em Brasília. Faço a autocrítica no PT e na esquerda. Acham que outros não têm valor. Isso é uma estreiteza dessa complexidade que é a política. O senhor já colocou seu nome como candidato ao Senado? – Isto é um debate interno no PT. Tenho que fazer essa ponderação porque não é honesto alguém querer se apresentar sem a anuência político-partidária. Então, eu me coloco como pré-candidato. E como estão as conversas com possíveis aliados de outras legendas... – Tenho conversado com pré-candidatos e partidos. Isso é fundamental. Candidatura majoritária tem que se conversar com o maior número. Inclusive, com partidos que podem não estar com a gente. Numa
Quais serão os principais eixos de sua candidatura? – O primeiro é o financiamento da cidade. Temos uma cultura de perdão fiscal extremamente perniciosa. E uma negligência em algumas áreas, bastante condescendente com alguns e bastante oneroso com outros. Acho que há a necessidade de o país fazer um acerto disso, no sentido de revisão da estrutura tributária. O segundo tema que considero importante para Brasília é, no caso do Fundo Constitucional, fazer uma luta para que ele possa transferir o seu superávit para o ano subsequente. Hoje, é devolvido. O mesmo tem que ser feito com os recursos da saúde, além de torná-los mais flexíveis. Nas suas andanças pelo DF, quais são as principais demandas dos brasilienses? – Existe um problema crucial hoje em Brasília que é o debate do equacionamento habitacional. O atual governo atrasou muito esta agenda, por não tomar iniciativas firmes e encontrar soluções. Existem algumas medidas que o governo precisa tomar de maneira mais célere e enfrentar essas ocupações. Estive na Vila do Carroceiro, em Santa Maria. A área, cedida pela Secretaria de Agricultura, era destinada à ocupação para carroças e cavalos. Hoje, moram 400 pessoas. Em Samambaia, entre a expansão da época do Roriz e a expansão da época do Arruda, tem 700 famílias que invadiram parte do Parque do Gatumé. Tem a invasão da 611 de Samambaia. Temos no Córrego do Atoleiro, em Planaltina. No Paranoá tem uma ocupação muito acentuada atrás da estação da Caesb.
Brasília Capital n Política n 9 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
Diálogos comprometedores Reunião de conselheiros do Sesi, Sesc e IEL mostra abordagem à má gestão no Sistema S
A
s suspeitas de irregularidades no Sistema S são abordadas em reunião de conselheiros do Sesi/DF, Sesc/DF e IEL/DF comandada pelo presidente da Federação das Indústrias (Fibra-DF) Jamal Bittar. Foram citados vários aspectos que se referem à má gestão das entidades. Todos, de acordo com áudio captado em gravação a que o Brasília Capital teve acesso, originados em administrações anteriores. Entre eles, gastos excessivos em viagens, uso de hotéis luxuosos, excesso de pessoal no Sesi e no Senai, e pesadas críticas ao presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, feitas por Jamal. Ele aborda até gastos com prostitutas. A reunião ocorreu em 4 de maio deste ano. O áudio, em pendrive, com degravação de 41 páginas, foi incluído no processo trabalhista, de natureza pública, 1269.56.2017.5.10.0008, na 8ª Vara do Trabalho, em que Sesi/DF demanda contra um dirigente sindical. Sobram críticas também à Confederação Nacional da Indústria (CNI), com cobrança de “respeito” por um conselheiro. Ele entra no que mais interessa – o dinheiro. E comenta patrocínio de times de futebol, viagens com “hotel caro, com passagens de primeira classe, para passar dias lá fora. (...) A CNI até onde se sabe, e é sabido pelos jornais, tem bilhões de reais guardados. (...) Com R$ 4 bilhões guardados”. A irritação com a CNI é por causa de exigências de estudos técnicos, aparentemente para que a Fibra e seus subordinados Sesi e Senai recebam recursos da Confederação. “O que eles querem fazer com a gente?”, indaga. Depois, o menosprezo: “(...) com
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aquela montanha de dinheiro que se despejava (...) e agora não tem e nós conseguimos atender os nossos sindicatos melhor que até antes atendia. Tamos fazendo mágica”.
Jamal Bittar faz comentários sobre gastos com prostitutas e pagamento de hotéis luxuosos
Presidente da Fiesp é classificado como louco Na reunião da Fibra, em 4 de maio deste ano, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, é qualificado por Jamal Bittar como “insano” (louco) por ter defendido o fim do imposto sindical. “(...) Por quem quer nos ver com o pires na mão, para execução do cabrestão, pelo insano Paulo Skaf, que tem a instrução de que não precisa de recurso, e com o discurso mais ridículo do mundo, de cortar na própria carne (...)”. Atitudes assim, de acordo com Jamal, enfraquecem os sindicatos. “(...) Os sindicatos vão ficar fragilizados, vão pedir às suas federações, que não têm recursos, e as
federações vão pedir no pires da CNI, isso é coronelismo, promoção do coronelismo. Burro e pior (...)”. Ele entende que Skaf estimula os que criticam o Sistema S. Vai “instigar aqueles potenciais inimigos do sistema que agora deram todo Sistema S”. “(...) aí fica aquele complicado do Paulo Skaf defendendo com aquele patinho amarelo corrompido, atingindo quem? Nós, nós, nós, que já tá na Lava Jato, vai preso.Uma das acusações mais objetivas e comprovadas, o próprio Paulo Skaf que tá patrocinando a campanha dele para governador de São Paulo, com papo furado de cortar na própria carne (...)”.
SUSPEITAS - Uma conselheira sublinha: “E a gente tem muito (sic) história malcontada dentro do Sistema no Distrito Federal”; e enumera “(...) compras, prazos de pagamento atrasados dentro do Sistema. Isso nunca aconteceu!”. Jamal endossa as críticas à CNI, que, para ele, se diferencia da Fibra. “(...) CNI, que é gestão atual e outras anteriores também, né?”. Neste caso, os conselheiros entendem que na gestão de Jamal não há mais irregularidades. Depois de chancelar a ideia de que tanto a atual diretoria da CNI quanto a anterior têm “simbiose definitiva” e que a Fibra “luta no orçamento deficitário”, Jamal cita a prostituição. A respeito de despesas de sindicatos ele fala “(...) De viagens milionárias para frequentador de puteiro, desculpe a expressão, mas é fato (...) Essas orgias foram promovidas e não (...) e eu não queremos pagar a conta (...)”. SIGILO – A Fibra não quis comentar os diálogos da reunião. A advogada Vanessa Dumont Bonfim Santos respondeu ao e-mail do jornal afirmando que a gravação é de “reunião privada do Conselho Regional do Sesi/DF, Senai/DF e IEL/DF (...)”. “Foi obtida de forma ilícita” e que, por isso, “serão tomadas medidas cíveis e criminais para descobrir os autores do fato, assim como serão tomadas providências cabíveis contra aquele que de alguma forma concorrer para sua divulgação”. A CNI não se manifestou até o fechamento desta edição.
Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
T
radicional financiadora dos projetos de urbanização e de investimentos, a Terracap vai, pela primeira vez em sua história, ao mercado captar R$ 80 milhões para financiar a elaboração de novos projetos imobiliários no DF. A situação da empresa repercute em projetos tocados pelo GDF. No primeiro semestre de 2016, a Terracap só pôde repassar ao governo R$ 1,604 milhão – recurso que mal dá para construir um centro de saúde. E, em 2017, R$ 3,694 milhões. Para se ter uma ideia, em 2012 esses repasses representaram R$ 460 milhões (R$ 412 milhões só para o Estádio Mané Garrincha). Em entrevista exclusiva à coluna, o presidente da empresa, o engenheiro agrimensor Júlio César Reis, informa que a situação é preocupante, mas que a estatal “está com todos os pagamentos a fornecedores e servidores em dia”. “Em 2018, sairemos do vermelho”, promete. O balanço com o resultado financeiro do primeiro semestre de 2017 aponta uma perda de receita na venda de imóveis e de outros serviços de 43,45%, quando comparado ao mesmo período de 2016. Foram R$ 74.134.043 em 2017 contra R$ 131.102.221 no ano anterior. Uma receita a menor de R$ 57 milhões. No mesmo período, as despesas cresceram 13,82% (de R$ 125,2 milhões para R$ 219,5 milhões). A diferença entre receitas e despesas vem sendo coberta pelas gorduras acumuladas na empresa. “Essa gordura agora acabou”. A explicação para esse quadro inédito na empresa que já foi “o principal banco do DF” é, segundo ele, baseada na crise econômica que reduziu as vendas de imóveis, a falta de produtos atrativos para o mercado imobiliário e na herança maldita do Estádio Mané Garrincha, que sugou R$ 1,3 bilhão da Terracap.
VERMELHO – O balanço financeiro só não está no vermelho brilhante pelo fato de ela ter se valido de um recurso contábil, considerado legal, mas que ao olho da sociedade causa estranheza. A empresa se valeu de uma gleba em São Sebastião, internamente denominada Papuda I, com 5 mil hectares, e a lançou sob o título “Receita de Avaliação ao Valor Justo – Propriedade para Investimento”, no valor de R$ 217,594 milhões. Caso não tivesse feito isso, o balanço teria apresentado um déficit de R$
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Por Chico Sant’Anna
No vermelho, Terracap pegará empréstimo 88.830.942. Para corrigir esse rombo, a empresa vem reduzindo as despesas de pessoal. Incentivou a aposentadoria de 226 servidores. E repôs apenas 33. Mas esse programa de demissão incentivada gerou uma despesa extra de pessoal de R$ 34,898 milhões. INADIMPLÊNCIA – Até Black Friday a Terracap fez desconto para quem pagasse os atrasados. O maior problema é em relação às comercializações ocorridas antes de 2012. De cada dois lotes vendidos, um está inadimplente. E as regras da época não exigiam garantias fiduciárias. Desta forma, a empresa não pode nem retomar os imóveis. Outro problema é a falta de imóveis atrativos, “filé mignon” como são chamados internamente. Atualmente, só tem osso, lotes que não geram muitos recursos, a aceitação é pequena junto aos empreendedores. Como os consumidores de baixa renda não têm o hábito de participar das licitações, ficam encalhados. Basicamente, o que há de melhor são algumas projeções remanescentes no Noroeste e lotes residenciais no Setor Jardim Botânico. De 2008 a 2015 nenhum projeto imobiliário foi aprovado e registrado para que pudesse ser comercializado. Por isso, a busca de recursos no mercado financeiro para custear novos projetos. TAQUARI – A empresa, que deixou de ser chamada Companhia Imobiliária de Brasília para ser denominada Agência de Desenvolvimento do DF, vai priori-
zar o patrimônio já existente. Produto novo, somente a Etapa 2 do Taquari 1, conhecida como Serrinha do Paranoá. “Já está pronta para ser vendida”. Contrariando recomendação do Ministério Público, que é contra o loteamento, em abril de 2018 os primeiros lotes deverão ser ofertados em licitação. A iniciativa também é contestada por ambientalistas. Afirmam existir ali mais de cem nascentes. Com um discurso bem alinhado com o do governador Rodrigo Rollemberg, Júlio Reis diz que a área está sendo tomada pela grilagem. Sem tempo e sem recursos para preparar novos projetos imobiliários, bus-
Júlio César Reis: projetos como o Taquari 2, na Serrinha do Paranoá, serão usados para amenizar a crise financeira da Terracap
Brasília Capital n Cidades n 11 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 5 a 11 de agosto de 2017 - bsbcapital.com.br
cará o que está pronto na prateleira e expor aos potenciais consumidores. Na lista, estão o Estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo aquático Cláudio Coutinho. Juntos ganharam a denominação de Arena Plex e serão colocados em oferta pública. O Autódromo Nelson Piquet será alvo de um projeto em separado. Um estudo de potencialidades está sendo feito. O Cine Drive-In será preservado, mas é possível que a área do Autódromo ganhe estabelecimentos comerciais e até um hotel de trânsito. Nessa mesma linha de privatização – nome que a Terracap não concorda – está o Parque de Exposições da Granja do Torto. Uma subsidiária da Terracap irá administrar a Cidade Digital, rebatizada de Biotic – Parque Tecnológico. Essa empresa poderá ter a participação de investidores externos. CONDOMÍNIOS – Outra linha de captação de receita está baseada na venda direta dos imóveis nos condomínios regularizados - Ville de Montagne, Jardim Botânico e Solar Brasília. Outras áreas públicas invadidas no passado deverão reforçar o caixa. Dentre elas, Vicente Pires, Bernardo Sayão e Arniqueiras. Até lotes comerciais em áreas consideradas sociais, como Sol Nascente e Por do Sol, deverão ser vendidos. Os lotes residenciais serão concedidos. Para o segmento empresarial, um dos projetos elaborados pela empresa Jurong deve sair do papel. É o Polo de Logística, rebatizado de Polo Atacadista, entre o Recanto das Emas e Samambaia. Ali, lotes serão ofertados para atacadistas. FUTURO – Ao contrário do informado pela Secretaria de Meio Ambiente, a Terracap não abriu mão de dois outros projetos elaborados pela Jurong, a chamada Cidade Financeira, às margens da DF-140, na antiga Fazenda Santa Bárbara, e a Cidade Aeroportuária, em Planaltina, onde seria instalado um aeroporto de carga. São projetos para o futuro. Segundo Reis, em dez anos o aeroporto JK estará com a capacidade saturada e é preciso ter outra opção. Os projetos devem ser revistos. Contudo, a instalação de moradias na Cidade Financeira não será mais contemplada, e na Cidade Aeroportuária, onde se previa uma população de até 900 mil habitantes, será reduzida.
ESCRAVIDÃO NO DF E ENTORNO
Livro da Comissão da Verdade é lançado em audiência na Câmara
O
auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados foi o palco escolhido para o lançamento do livro ‘A verdade sobre a escravidão negra no DF e Entorno’, na terça-feira (21), durante audiência pública. O lançamento da obra, que já está disponível virtualmente no portal do Sindicato, foi prestigiado por quilombolas da região, além de representantes do movimento negro e estudantes de escolas públicas da capital. “Apresentar essa obra na casa do povo foi emocionante e necessário. Estar aqui é mostrar a nossa verdadeira história, contada e registrada por nós”, avaliou Jeferson Meira, vice-presidente da CVN. Presidida pela deputada federal Erika Kokay, a audiência pública contou a apresentação do relatório final pelo relator da Comissão, Mário Theodoro. “É um prazer fazer parte dessa obra que resgata nossa trajetória de forma clara e verdadeira. Esse é um passo ideal para contarmos
nosso passado e construir um futuro mais justo”, afirmou Mário. Durante a cerimônia, a deputada, que também é empregada da Caixa e ex-presidenta do Sindicato, leu diversos depoimentos dos membros da CVN, que trabalharam voluntariamente por meses na construção desse importante documento. “Um dos encontros mais emocionantes que presenciei. Em iniciativas como essa podemos recuperar nossa fé em dias melhores para todos os povos. Parabéns aos envolvidos”, disse Erika Kokay. O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, destacou a importância de se resgatar a memória do povo negro da região para que haja autonomia para contar as próprias histórias e garantia de reparação pelos danos causados pela escravidão das pessoas negras. “O Sindicato sempre atua apoiando as minorias e os vulneráveis. Esse trabalho certamente foi um dos que mostraram o quanto ainda temos que trabalhar para promover a igualdade”, concluiu ele.
Brasília Capital n Cidades n 12 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
Cratera interdita via A via de ligação da QNL com a Samdu ficará interditada até o dia 4 de novembro devido a um buraco de cerca de 5 metros de profundidade aberto no asfalto, na altura do Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (Senai), no sentido Samdu Norte. As alternativas para os motoristas são as avenidas Elmo Serejo e Hélio Prates. Segundo os moradores, a cratera sempre aparece em períodos chuvosos. O risco era de que o asfalto cedesse por 150 metros ao longo da via.
TAGUATINGA
Confiança nasce ao volante Festa do administrador de Taguatinga reúne 1,6 mil pessoas. Ele garante que não é campanha Valdeci Rodrigues Uma festa de aniversário para 1,6 mil convidados, incluindo o governador Rodrigo Rollemberg, proporciona muita satisfação ao aniversariante, mas dá o que falar. O administrador de Taguatinga, Marlon Costa, não nega que é político e que uma confraternização desta magnitude lhe serve para se tornar mais conhecido. Apenas repele com veemência que a confraternização tenha sido um ato de pré-campanha eleitoral, sábado (18), numa casa de shows em Águas Claras. “A gente está na política. Há conotação política, sim. Mas não é eleitoreira. Foi uma festa. Preciso fazer meus contatos”, disse Marlon ao Brasília Capital. “Vou lançar candidatura. Não sou hipócrita. Mas só será definida em 2018, a deputado federal ou distrital”. Para realçar que seu aniversário de 36 anos não foi iniciativa eleitorei-
Paixão e tinta fresca
ra, fala que não houve nenhum discurso com conotação político-partidária – apesar das palavras de Rollemberg, de quem é correligionário no PSB. “Apenas o governador falou um pouco sobre as dificuldades que teve coragem de enfrentar no governo”. Ele diz que a festa foi muito bonita e que Rollemberg gostou. Salienta que, apesar do sucesso neste ano, é o quarto aniversário que comemora de forma semelhante. HISTÓRIA – Marlon aponta características que anulariam qualquer conotação eleitoreira, como cobrança de ingresso de R$ 20 e pagamento das bebidas consumidas. Até então, o número maior de convidados ele só obtivera foi em 2015, com 900 pessoas, nos mesmos moldes. Sublinha que o valor do ingresso custeou o aluguel da casa noturna. Estruturas como banner, caricatura etc. foram iniciativas de amigos.
Marlon ao microfonte. Depois diz: “Há conotação política, sim”
Marlon, ao lado da esposa, recebe o “padrinho” Rollemberg
“Motorista, sim. Com muito orgulho” A proximidade com Rollemberg começou como motorista, quando o governador era deputado federal e, depois, senador. Um trabalho que fez até 2014. Garante que não é protegido pelo chefe e que se chegou até a Administração de Taguatinga é por sua competência. Apesar de dizer “ele é meu maior padrinho!”, ressalva que o governador é “extremamente técnico”, que “dá muita importância ao perfil técnico”. Marlon conta que tirou mais um aprendizado da festa de aniversário: “Vou tomar cuidado porque, às vezes, gera muito ciúme. Despertou a atenção de muita gente”. “Fui motorista, sim, com muito orgulho”. A afirmação de Marlon Costa é reação a algumas pessoas que lembram seu histórico profissional com o intuito de diminuí-lo. Ao contar a sua trajetória, entende-se o porquê de ele hoje estar tão próximo do governador. A proximidade aconteceu porque outros motoristas não gostavam de conduzir Rollemberg à fazenda. “Comecei a levá-lo, e ficava à disposição nos finais de semana. “Por conta disso, conquistei a confiança dele”, revela. O ex-motorista termina neste ano o curso superior de Publicidade. E, se tudo depender de seus planos, obterá em 2018 um mandato parlamentar. Filiado ao PSB há dez anos, ele conta com o auxílio do governador na empreitada.
As pichações e a sujeira nos 130 metros lineares do muro do Centro de Ensino Fundamental 15, na QSA 5, em Taguatinga Sul, darão lugar à arte do grafiteiro Aeros (foto). Desde segunda-feira (20), o artista ceilandense pinta seus desenhos. O trabalho ficará pronto segunda-feira (27). É a quinta intervenção de Aeros – seu nome é Francisco Batista – em colégios de Taguatinga. Em Ceilândia, foram 18. Com 37 anos, Aeros está há 20 anos no ramo e há 12 revitaliza escolas do DF. Aeros já passou por projetos sociais, como o extinto Picasso Não Pichava. Atualmente, atua com oficinas para pessoas em situação de vulnerabilidade. Para o artista, a educação é a principal virtude e ele sente falta disso no reconhecimento do seu trabalho. “Muitas pessoas picham minha arte. O governo não consegue coibir isso”, disse. A tinta usada por Aeros dura 10 anos. Mas o sol, a chuva e outras ações do tempo encurtam o prazo de validade para cinco anos.
Brasília Capital n Cidades n 13 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
A
crise hídrica motivou dois cidadãos da Asa Norte a criar mecanismos para captar água da chuva e reduzir o consumo do produto fornecido pela Caesb. O aposentado Benon Peixoto, de 82 anos, da Quadra 510, utiliza um sistema para irrigar a horta coletando o recurso hídrico por meio de uma calha canalizada até a caixa d’água. O militar reformado Edil Argolo, de 54 anos, na Quadra 516, junta água em tonéis de 250 litros ligados ao encanamento da calha da casa para cuidar do seu jardim e do vizinho. Os exemplos de Edil e Benon seguem recomendações da Diretoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Em ambos os casos, o manuseio da água ocorre por uma torneira no fundo da caixa
CRISE HÍDRICA
Conscientização e criatividade d’água e dos tonéis, evitando o abrir e fechar da tampa superior. Além disso, uma tela nos espaços abertos impede a entrada do inseto. Edil garante que já sentiu a diferença no bolso, com uma economia de R$ 100 por mês. “Além de diminuir os gastos com a conta de água, aproveitamos um recurso que é totalmente desperdiçado na maioria das vezes”, relata. A Vigilância Ambiental orienta os moradores e faz um trabalho direcionado para conscientizá-los, já que recipientes de armazenamento
doméstico, como barril, caixa d’água, tambor e tonel podem ser foco do Aedes aegypti quando usados de forma inadequada. A recomendação é que toda a reserva de água da rede da Caesb seja feita em locais limpos e devidamente fechados. É necessário, ainda, que se faça uma limpeza semanal com bucha e sabão. No caso do estoque pluvial, as orientações são as mesmas do reservatório para fins domésticos, com a ressalva de que não se pode consumir essa água, mas utilizá-la apenas para lavar a área, irrigar o jardim e outros usos externos.
CONFERÊNCIA - Cuidando das Águas é o tema da Conferência Distrital do Meio Ambiente de 2017, nestes sábado (25) e domingo (26). Haverá a participação de 65 servidores do Governo de Brasília e de 144 delegados que representarão a sociedade civil, eleitos nas pré-conferências de junho a outubro. O evento será realizado no Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (Eape), 907 Sul. Houve seis encontros prévios, divididos por região e bacia hidrográfica, para ouvir a população sobre questões
ambientais e para colher sugestões dentro dos eixos: clima; biodiversidade e cerrado; educação ambiental, cidadania e participação; gestão territorial e gestão hídrica; resíduos sólidos, saneamento e saúde; e usos econômicos da água. Os seis temas serão colocados em pauta. No sábado, serão debatidas as 340 propostas feitas durante as etapas prévias e, no domingo, escolherão 10 de cada eixo. Essas sugestões integrarão o relatório final da Conferência Distrital do Meio Ambiente, a ser encaminhado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, elas servirão de base para a elaboração do Plano Distrital de Proteção do Meio Ambiente. A escolha do tema desta edição do evento também é uma forma de preparação para o 8º Fórum Mundial da Água, no próximo ano, em Brasília.
Brasília Capital n Geral n 14 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria concordância com o termo composto “dos médicos e da população” (R.2). Gabarito: CERTO. O sujeito da forma verbo “acreditava” é “grande parte dos médicos e da população”. Como o núcleo possui semântica partitiva (“parte”), a gramática permite a concordância com este ou com seu determinante, que é “dos médicos e da população”. Portanto, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Minha dica: saiba TUDO sobre sujeito para o Cespe! É um assunto garantido, em vários formatos! 2. Partícula SE
(2016/Cespe/SEEDF) Texto: São duas maneiras de chegar ao mesmo lugar. São duas gramáticas distintas, uma em que a pluralidade é marcada em todos os termos da oração, outra em que o plural aparece marcado apenas no artigo. 5. Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas” (l.8) fosse reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes. Gabarito: ERRADO. No trecho reescrito, o “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito. Sabemos disso por dois motivos: não há um agente da ação verbal e o verbo é transitivo indireto. Por isso, o correto seria “trata-se”. Minha dica: duas funções pronominais do “se” são muito exploradas pelo Cespe: partícula apassivadora e índice de indeterminação do sujeito. Domine as duas! Além disso, ao estudar aquela, aproveite para estudar vozes verbais – pois também cai muito! 3. Conjunções (2016/Cespe/FUB) Texto: Se a tecno-
logia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, representar um aumento do trabalho para muitos. A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso a palavra “Se”, que inicia o terceiro parágrafo, fosse substituída por como. Gabarito: ERRADO. No trecho original, a conjunção “se” possui valor condicional. Colocar um “como” significa alterar a semântica (de condição para causa). Minha dica: decore as conjunções e suas semânticas! O Cespe ama esse assunto! Se você ainda não tem acesso à tabela de conectivos, vá a este link: bit.ly/ conectivoselias. Com essas três questões, indiquei a você um caminho seguro para entender o Cespe! Agora, faça a sua parte! Estude com afinco!
Paralelamente ao meu voto, aritmeticamente, há vários argumentos favoráveis. O mais evidente é que dos 194 países da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 50 proíbem jogos de azar. Outra realidade a favor é que o pequenino (territorialmente) Uruguai consegue uma arrecadação bilionária espalhando cassinos por todos os lados, inclusive na fronteira com o Brasil. No rol dos infantis argumentos da
proibição, alguns parlamentares pretendem “defender a bolsa do povo brasileiro”, quando se sabe que o trabalhador no Brasil jamais terá acesso aos iluminados salões de roletas, simplesmente porque o salário-mínimo de R$ 937 que recebe mensalmente mal dá para sustentar a família. De acordo com o autor do projeto, senador Ciro Nogueira (PP-PI), a idéia é arrecadar tributos em cima de uma atividade que acontece ilegalmente “em cada esquina do país”. Nogueira estima que há mais de 200 mil caça-níqueis em funcionamento, além de cassinos clandestinos e outras modalidades, como as apostas on-line. “Não tenho a menor atração ou simpatia por jogo de azar, mas não regulamentar acaba sendo pior. Nos Estados Unidos, por exemplo, se arrecada
95% do que se aposta”, compara. Historicamente, o fechamento dos inúmeros cassinos localizados em vários estados brasileiros aconteceu em 30 de abril de 1946, por decreto do então presidente Eurico Gaspar Dutra. E a proibição, indiretamente, partiu da então primeira-dama Carmela Dutra, que, de tão carola, era mais conhecida como Dona Santinha. E o mais incrível é que essa lei retrógada permaneça até hoje, ao contrário do que ocorre na Argentina, país do Papa Francisco, onde milhares de brasileiros vão lá despejar o seu santo dinheirinho -, inclusive eu, no tempo em que era viciado. Agora não!
Três questões para entender o Cespe Como você sabe, o Cespe é uma das maiores (e melhores) organizadoras de concursos púbicos do Brasil. Nunca é demais conhecer o perfil das questões elaboradas por ela. Nesta semana, haverá prova do TRF1. Por isso, escolhi, para este artigo, três questões muito importantes para que você possa entender corretamente o que essa banca quer de você. 1. Concordância verbal (2016/Cespe/Anvisa) Texto: Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo contato com roupas, suor, sangue e secreções de doentes. A forma verbal “acreditava” (R.3) está flexionada no singular para concordar com a palavra “parte” (R.2), mas
“Façam o jogo, senhores!” Depois do forte apelo de uma comitiva de governadores, tendo à frente Rodrigo Rollemberg, afinal o Senado colocará no plenário nesta semana a votação do Projeto de Lei 186/14, que, tudo indica, será aprovado, a julgar pelas primeiras pesquisas. Em minha opinião, ainda bem, levando em conta que essa decisão incrementará a economia e, por tabela, o turismo com a abertura dos cassinos em todo o território nacional.
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
Fernando Pinto Jornalista e escritor
Brasília Capital n Cultura n 15 n Brasília, 25 de novembro a 1 de dezembro de 2017 - bsbcapital.com.br
Racismo – atraso espiritual A imprensa erra muito ao chamar injúria racial de racismo. Racismo é muito mais grave, e a pena é maior. Injúria é insulto. Racismo é impedimento. Xingar um negro por usar o elevador social é injúria. Impedi-lo de usá-lo é racismo. Um médico xingar um negro é injúria. Recusar-se a atendê-lo é racismo. Espíritas, umbandistas, budistas e induístas de verdade (porque acei-
tam a reencarnação) não praticam nenhuma dos dois crimes. Sabem que cor da pele, sexo, condição sexual, etnia e condição social são experiências passageiras de todos no caminho para Deus. O branco de hoje é o negro de amanhã. O rico de hoje é o pobre de amanhã. O pobre de hoje é o rico de amanhã. O feio de hoje é o lindo de amanhã. O machão de hoje, que maltrata
A importância dos alimentos fermentados O processo de fermentação dos alimentos acompanha a evolução da nossa espécie. Isso porque os seres humanos utilizavam desse processo para conservar alimentos, especialmente os de origem animal, quando ainda não havia energia e, consequentemente, não havia geladeiras. Muitas culturas passaram a ter
alimentos fermentados como parte de sua alimentação, inclusive pela presença de microorganismos, chamados atualmente de probióticos, que são benéficos e contribuem para o equilíbrio da nossa saúde. Quando falamos em alimentos fermentados, a maior parte das pessoas lembra apenas dos laticínios, como
mulheres e impede seus direitos, é a feminista de amanhã. O ativista homossexual de hoje é o agressor e discriminador de homossexuais de ontem. O príncipe de hoje é o mendigo de amanhã. O empresário explorador do trabalhador de hoje é o trabalhador explorado de amanhã. Como encerra-se o ciclo? Com a reparação (caridade contrária ao mal feito) que gera a educação e a transformação. Os teus pecados te são perdoados porque você muito amou (reparou). Não peques mais para que algo pior não te aconteça, ensinou Jesus. O racismo e a injúria racial são, em regra, aprendidos no lar, e repetidos, porque os filhos não avaliam e não se libertam dos efeitos nocivos da educação recebida.
A partir de 2018, em São Paulo, empatia - capacidade de se colocar no lugar do outro - estará nos currículos escolares da rede pública. Empatia é a chave para uma convivência saudável; é meio para a compaixão, como pedia Buda; é meio para o amor ao próximo, como pedia Jesus. Coloque-se no lugar do outro e veja se gostaria de ser discriminado, injuriado. Aprenda com Luis Sérgio: “o objetivo da vida é o aprendizado da arte de amar”. “Quem é meu inimigo? Eu mesmo”, ensina Dalai Lama.
aquela famosa bebida láctea açucarada que teve o slogan “lactobacilos vivos” como marca por muitos anos. Agora o slogan foi substituído por “lactobacilos probióticos”. O que muita gente não sabe é que diferentes vegetais, tubérculos, grãos e sementes, frutas, carnes, e também os leites, podem ser fermentados. Exemplos mais conhecidos são: iogurte, Kefir, chucrute, picles, kombucha e chutney. De forma geral, os alimentos fermentados podem promover maior diversidade de bactérias intestinais. Eles também ajudam na desintoxicação, ajudando a eliminar toxinas e metais pesados no intestino e cola-
boram na melhora da saúde mental, reduzindo quadros de ansiedade, melhora do sistema imune e redução da inflamação, melhorando o metabolismo do hospedeiro. Os alimentos fermentados igualmente contribuem para a redução dos quadros de obesidade e outras doenças inflamatórias associadas ao excesso de peso. Se você ficou interessado em incluir alimentos fermentados para melhorar sua saúde, procure um nutricionista!
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
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RI: 30/3/2010, R.5 - 266.578. Empreendimento concluído, conforme Cartas de Habite-se nº 26/2014 (Torres A e B), 17/2016 (Mall), nº 07/2017 (Torres C e D) e 04/2017 (Torre E).