Estrutura do Metrópoles sendo retirada
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Ano VIII - 366
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
GABRIEL JABUR/AGÊNCIA BRASÍLIA
GDF remove painel de empresa de Luiz Estevão: censura ou ilegalidade?
Brasília, 9 a 15 de junho de 2018
Página 6 FOTO: WELLINGTON PULGA
Entrevista Paula Belmonte
Prioridade à criança Frejat, a noiva desejada por todos da oposição Pelaí Página 3
O misterioso duto do Aeroporto JK Placas na Epia e na Epar indicam existência do canal que, se funcionasse, evitaria desabastecimento de querosene de aviação Chico Sant’Anna Página 10
Sentimento de desamparo leva jovens ao suicídio Página 13
Mãe de seis filhos, précandidata a deputada federal se compromete a dedicar todas as suas emendas parlamentares para construção de creches públicas Páginas 8 e 9
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 9 a 15 de junho de 2018 - bsbcapital.com.br
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ARTIGO
x p e d i e n t e
Desrespeito no transporte para pessoas com deficiência Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramador Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 99117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes bsbcapital50@gmail.com Tiragem 50.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br
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Cláudio Sampaio (*)
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nquanto estive na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB/DF, vivenciei de perto a existência de vasta legislação em favor da inclusão social deste importante segmento de cidadãos. No entanto, igualmente vivenciei o quanto a legislação é descumprida no dia a dia, de forma que a acessibilidade nas vias e no transporte público permanece sendo sofrível, além da ainda vacilante inclusão nas áreas educacional e trabalhista. Nesse passo, a bola da vez do desrespeito aos mencionados direitos é o transporte interestadual nas vias terrestres, eis que as companhias de ônibus encontraram um odioso artifício para burlar o Decreto nº 3.691/2000, que regulamenta a Lei nº 8.899/94 e garante o passe livre para as pessoas com deficiência de baixa renda. Como o Decreto prevê que as vagas gratuitas devem ser disponibilizadas em ônibus convencionais, as empresas estão utilizando quase todos seus veículos em padrão dito “executivo”, com diferenciais mínimos (quando existem), de modo
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nAlberto Fraga Gente, se esse ser se eleger ao Senado vou ter certeza de que o Brasil merece o que tem e o que está passando. Elizabeth Morais, via Facebook E nós temos medo é de vocês, políticos. Adelina Alves dos Santos, via Facebook Quer se reeleger para continuar pagando seus empregados com dinheiro público? Sr.
Alberto Fraga, respeite o povo! Leonardo Alves da Silva, via Facebook Medo das “maldades” do Rudrigu? Que deputado é você? Marcelo Marques, via Facebook Meu Deus! Que vergonha! José Antonio Dias, via Facebook Sobre entrevista com o de-
As empresas de ônibus encontraram um odioso artifício para burlar o decreto que garante o passe livre que as pessoas com deficiência têm encontrado enorme limitação e dificuldade para visitar parentes e/ ou empreenderem tratamentos de saúde fora de seus domicílios. Devemos lembrar que, além dessas normas, a Constituição Federal e a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência asseguram que a dignidade, a liberdade, a mobilida-
de, a acessibilidade e a saúde são inescusáveis na vida desta parcela da população. Desta forma, revela-se inadmissível a falta de sensibilidade dos empresários do setor de transporte de pessoas. E, nessa esteira, não pode haver permissividade das autoridades, em especial do Ministério dos Transportes e da Agência Nacional dos Transportes Terrestres quanto a esta burla mesquinha. Se a consciência e o sentimento humanitário infelizmente não têm imperado no cotidiano das companhias de ônibus, que atuam sob concessão e fiscalização do Estado, o cumprimento da lei deverá ser buscado por meio de manifestações e iniciativas das pessoas com deficiência. Mas isto não isenta as entidades que as representam, tendo o Ministério Público, fiscal da lei e protetor dos direitos coletivos, fundamental papel nessa empreitada.
(*) Advogado e coordenador da Caravana do Bem. Ex-vice-presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência da OAB/DF
a r t a s
putado federal e pré-candidato ao Senado,que declarou ter “medo das maldades de Rollemberg”. nTransporte As cidades brasileiras precisam se reinventar, ou modernizar. Não dá para depender de caminhões. Enockh Pétros Baptysta, via Facebook
BRT foi a pior coisa que fizeram ao transporte de Brasília. Wau Silva, via Facebook Sobre nota da coluna do Chico Sant’Anna que trouxe à tona a necessidade de um trem regional em Brasília nParalisação Não jogue a culpa nos caminheiros. Essa questão é de
má gestão pública. E ocorre há muito tempo. A paralisação terminou cadê os remédios? Leonel Divino, via Facebook Sobre artigo de Gutemberg Fialho, dizendo que a greve dos caminhoneiros atingiu a saúde do DF e, segundo ele, “mostrou o despreparo” do Governo de Brasília em situações extremas”.
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VACAS GORDAS - A nova modalidade de arrecadação para campanha eleitoral, o crowndfunding, ou
vaquinha eletrônica, virou moda entre os políticos de esquerda. O ex-presidente Lula (PT), mesmo preso desde 7 de abril, lançou sua plataforma na quarta-feira (6) e tinha arrecadado, até o fechamento desta edição, R$ 111.744,75. O pré-candidato ao Senado do PSol em Brasília Marivaldo Pereira bate recordes nos concorrentes ao legislativo nacional: já dispõe de mais de R$ 100 mil para sua campanha.
MAX ALENCAR
A autora Martha e seu personagem autografaram o livro lado a lado
Provocações de Cristovam Provocações de Cristovam Buarque é o título do livro organizado pela jornalista Martha von Dollinger Régnier, lançado terça-feira (5), no Carpe Diem. São 112 páginas com 204 pensamentos impactantes do professor-senador, ex-reitor da UnB) e ex-governador do DF, autor de mais de 40 livros, milhares de artigos e de centenas de discursos. PASSEIO NO FUTURO – Martha separou o pensamento de Cristovam em temas como ética, democracia, educação, política, terrorismo, economia, globalização, meio ambiente. A obra publicada pela editora Intersaberes tem 17 capítulos. No prefácio, o acadêmico Joaquim Falcão assinala: “Ler ou conversar com Cristovam é passear no futuro. Passear no futuro a partir do Brasil”. MALABARISTA – Ao tomar conhecimento do livro, o ex-administrador de Taguatinga e do Cruzeiro Antônio Sabino pré-candidato a deputado federal pelo PT, comentou: “Cristovam Buarque é um artista da palavra. Com ela faz malabarismos. Sabe como ninguém seduzir através de construções verbais eloquentes, pausadas e cheias de perspectivas... EXERCÍCIOS – “Poderia incluir em seus inúmeros exercícios verbais os temas ‘Apoio a Aécio Neves’ e ‘Deposição de uma presidente legitimamente eleita’”.
Frejat, a noiva J
JÚLIO PONTES
ofran Frejat (PR/foto) passou a ser, de longe, a noiva mais cortejada da política brasiliense. Mas tem encontrado dificuldades em firmar compromisso com seus pretendentes devido ao grau de exigências de cada um. COMPROMETIDO – Enquanto isso, mantém a palavra empenhada com os companheiros de primeira hora – Tadeu Filippelli (MDB) indica o vice da chapa, e Alberto Fraga (DEM) e Paulo Octavio (PP) disputam o Senado. Fora disso, são apenas conjecturas. PRINCÍPIOS – O senador Cristovam Buarque (PPS) é um dos que sonham casar com Frejat. Mas, a reboque, tenta arrastar Rogério Rosso (PSD), Vanderlei Tavares (PRB) e Izalci Lucas (PSDB). Ou seja, para ter Cristovam, Frejat precisaria abandonar Filippelli, Fraga e PO, o que, pelos princípios do republicano, está fora de cogitação.
NÃO VAI ROLAR – Desiludido com Rodrigo Rollemberg (PSB), o PDT acena para Frejat. O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, aposta numa dobradinha em que ele próprio fique com uma das vagas ao Senado. Mas sofre resistência de alguns correligionários devido à composição do palanque do PR com MDB, PP e DEM. Ou seja, tem tudo pra não rolar uma relação mais íntima...
PEDROSA – Toda essa indefinição pode favorecer a ex-deputada Eliana Pedrosa (Pros). Ela se posiciona como pré-candidata ao Buriti, com o apoio do clã Roriz. Mas, se conseguir o aval de Filippelli, pode garantir a condição de vice de Frejat.
Gabinete desmontado
Pediatra na política
R$ 4,29. Este o valor que servirá como base de cálculo para cobrança do ICMS da gasolina no DF. A decisão foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (4), quando o governador Rodrigo Rollemberg desmontou o gabinete de crise criado para acompanhar a greve dos caminhoneiros encerrada no final de semana. A Secretaria de Fazenda publicará diariamente os preços do combustível cobrados nas refinarias e destilarias.
Com mais de 100 mil seguidores nas redes sociais, onde dá dicas para as mamães, a pediatra Dra. Fabiana Mendes (foto) é pré-candidata a deputada distrital. Ela trabalha no Hospital Materno e Infantil (Hmib) e defende melhorias na saúde pública e renovação política. Ela pode ser encontrada na página Bem Pediátrico, no Facebook, no Instagram e no YouTube.
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Denúncias de censura e autoritarismo são rotina de Rollemberg
A
retirada do painel eletrônico do Portal Metrópoles motivou acusações ao governo Rollemberg pela prática de censura. Com variações, dicionários da Língua Portuguesa definem censura como o “exame de trabalhos artísticos ou de material de caráter informativo, a fim de filtrar e proibir o que é inconveniente, do ponto de vista ideológico ou moral” – esta é do Michaelis. O exercício da autoridade é inerente ao ato da censura – para o bem ou para o mal. Uma acusação dessa natureza deveria causar espanto, mas esta só coroa uma sequência de queixas contra o atual governo, des-
de 2015, por censura, abuso de autoridade, arbitrariedades, perseguições, ameaças e assédio moral. Em 19 de fevereiro de 2016, o Correio Braziliense registrou que “em atitude autoritária, a Secretaria de Saúde se recusou a responder a pedidos de esclarecimentos feitos pelo Correio. O secretário Humberto Fonseca também determinou à assessoria de imprensa da pasta que não repasse informação ao repórter Otávio Augusto” (https://bit. ly/2sH5DZb). Em 04 de junho deste ano, a Associação de Blogueiros de Política do DF e Entorno repudiou a censura, por meio de ação judicial, a uma matéria do
blog Política Distrital sobre a morte de um bebê por omissão do Poder Público. Em fevereiro deste ano, o partido do governador tentou impedir a veiculação da campanha “E agora, Rodrigo?”, do Sindicato dos Professores do DF. Em maio, foi a vez do arquiteto Carlos Magalhães da Silveira (um homem de 83 anos!) protestar por ter sido ameaçado de processo judicial pelo escritório de advocacia da filha do governador Rollemberg, por ter postado críticas ao governo local em seu perfil no Facebook. Nas secretarias de Estado de Saúde de Educação e da Criança e do Adolescente portarias proibiram servido-
res de veicular informação contendo denúncias e críticas a esses órgãos. Em 2015, o governador chegou a classificar o fato como “equívoco” – mas seu governo continua equivocado desde então. As denúncias de perseguição e assédio moral no ambiente de trabalho por parte do governo Rollemberg já foram objeto de Comissão Geral na Câmara Legislativa, no dia 17 de agosto de 2017. Dirigentes sindicais de diversas categorias profissionais relatam as mesmas práticas abusivas por parte de prepostos do governador – o autoritarismo e a arbitrariedade imperam desde o gabinete número um do Palácio do Buriti até as chefias diretas e motivam uma demanda nunca vista pelas assessorias jurídicas dos sindicatos. Entre muitos problemas, o governo Rollemberg demonstra falta de habilidade
Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF
para lidar com gente: rejeita conceitos como o direito à liberdade de opinião e expressão, à justa remuneração pelo trabalho e à busca das condições ideais de exercício da atividade profissional e da cidadania. O atual governo é uma página mal escrita da história que, apesar disso, deve ser lida com atenção, sem censura, e lembrada como um exemplo a se evitar no futuro.
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Cartão de Todos oferece consulta médica a R$ 20 ANTÔNIO SABINO
A unidade de Taguatinga da Cartão de Todos já conta com mais de 10 mil associados. A franquia está em todos os estados do Brasil e promete diminuir em 50% a fila do SUS em Brasília. Após se cadastrar, o titular pagará R$ 19,50 por mês e terá um cartão que lhe dará descontos em todos os parceiros da empresa. Por exemplo, uma consulta com um clínico geral sai por R$ 20 e uma especialidade a R$ 28 para os clientes da Cartão de Todos na rede filiada. O casal Eliane Martins da Silva, 43, e Marcos Renei Maciel, 34, adquiriu o cartão de descontos no dia da inauguração da loja e fez questão de indicá-lo aos amigos, que também aderiram ao programa. “Temos descontos em tudo que vamos fazer, da faculdade até tratamento estético”, afirma Eliane. Já o aposentado Ercival Pereira de Almeida, 63 anos, comemora a escolha de se tornar cliente. Segundo ele, o que
ANTÔNIO SABINO
Eliane e Marcos indicam para amigos
Ercival (dir.) opta por economizar em consultas médicas
investe de mensalidade no cartão - menos de R$ 0,70 por dia - recebe em descontos em consultas na rede de clínicas Amor Saúde, que podem ser utilizados por ele e sua família. “A clínica é muito boa e vale muito a pena”, conclui.
São vários parceiros cadastrados que oferecem descontos aos clientes da Cartão de Todos, entre eles a UP Time Escola de Inglês, Droga Rina, Óticas Brasiliense, Nacional Esportes, Clínicas Amor Saúde, UNIP
EAD, Estácio Pós-Graduação, Instituto Embelleze, Viva Bem - Instituto de Beleza, entre outros. Serviço: Cartão de Todos – cartão de descontos Endereço: QNA 16 Lote 8, Avenida Comercial Norte WhatsApp: (61) 98491-5715 Telefones: (61) 3553-8899 ou 3553-8799
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Censura ou ilegalidade? GDF remove painel do Grupo Metrópoles e instiga debate: cerceamento ou aplicação da lei? GABRIEL JABUR/AGÊNCIA BRASÍLIA
Gabriel Pontes
Painéis ferem Plano Diretor de Publicidade
A remoção de um painel de LED de 253m² do portal Metrópoles no Setor Bancário Sul criou uma polêmica entre o Governo de Brasília e a empresa do ex-senador Luiz Estevão, que cumpre pena de 31 anos de prisão na Papuda. O debate acabou envolvendo vários segmentos divididos entre duas opiniões: O GDF, por meio da Agência de Fiscalização (Agefis) cumpriu a lei ou praticou censura contra o veículo de comunicação. A dúvida ganhou corpo porque no sábado (2), dia do início da retirada das primeiras placas, o painel veiculava uma campanha do SindSaúde com ataques ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB), além de conteúdos jornalísticos – não raro com notícias negativas contra a atual gestão do Buriti. SOLIDARIEDADE - Os argumentos contrários à retirada do engenho, capitaneados pelo próprio Metrópoles, contaram com a solidariedade do Sindicato dos Jornalistas, de profissionais da imprensa e de veículos de comunicação. Renderam, inclusive, uma moção de repúdio na Câmara dos Deputados, apresentada pelo deputado Goulart (PSD-SP) junto à Comissão de Ciência e Tecnologia, da qual ele é presidente. Todas elas batem na tecla da censura, alegando que o governo está cerceando a liberdade de imprensa e acusando o golpe das matérias negativas estampadas no centro da capital. Em editorial, a editora-chefe do Metrópoles, Lilian Tahan, foi enfática: “O governador
A desmontagem do painel do Metrópoles pelo Corpo de Bombeiros foi acompanhada de perto pela Polícia Militar e pelos agentes da Agefis, enquanto crescia a polêmica entre o GDF e a empresa de Luiz Estevão
Rollemberg lançou mão de expediente antidemocrático, característico de regimes ditatoriais, na tentativa de calar um veículo de comunicação que, desde a sua fundação, em setembro de 2015, adota postura de independência em relação ao Palácio do Buriti”. Na visão da cúpula do Metrópoles e também de parte da imprensa, a ação do governo é uma retaliação à campanha publicitária do SindSaúde. A peça descreve a precariedade dos serviços públicos no DF.
Na Justiça, onde também o caso movimentou autoridades, a 5ª Turma Cível do TJDFT determinou, na quarta-feira (6), por unanimidade, a suspensão da retirada do painel digital. “Houve falta de bom senso”, destacou o o desembargador Marco Antônio da Silva Lemos. LEGALIDADE – O governo Rollemberg está acostumado a polêmicas, desde a desobstrução da orla do Lago Paranoá até as rusgas com o vice-gover-
nador Renato Santana (PSD). No caso do painel do Metrópoles, a Agefis alegou, em nota, que foi uma operação rotineira de remoção de engenhos publicitários colocados de forma irregular nas empenas e fachadas dos prédios do centro da cidade. “O principal objetivo da operação é o de preservar a cidade e impedir que a ilegalidade vigore”, diz o texto. “Qualquer outra interpretação é uma clara postura equivocada, desinformada ou de má-fé”, completa o GDF.
Os painéis desrespeitam o Plano Diretor de Publicidade do Plano Piloto. Segundo a lei 3.035/2002, nos lotes edificados das entrequadras norte e sul, bem como dos Setores de Administração Federal norte e sul, Administração Municipal, Autarquias Norte e Sul, Bancário norte e sul, Comercial norte e sul, Hoteleiro norte e sul, é admitida apenas a instalação de meios de propaganda para identificação do edifício, dos órgãos, entidades ou de estabelecimentos ali instalados. Na linha da legalidade, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/DF) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) defenderam a retirada dos painéis. “Somos a favor da imprensa livre e da manifestação total e irrestrita de opiniões, mas o direito particular não deve se sobrepor a prerrogativas sociais. A instalação de painéis nas empenas dos edifícios na Asa Sul usurpa tais prerrogativas e deturpa os entendimentos da lei”, afirma nota assinada pelas entidades.
NOTA DA REDAÇÃO – O Brasília Capital repudia veementemente qualquer tentativa de censura. Este semanário já foi vítima de ataque do Palácio do Buriti, em 2015, e da Federação das Indústrias do DF (Fibra), em 2017, quando foi proibida sua distribuição nas dependências das sedes do GDF e da entidade empresarial. Atitudes contra a imprensa remetem aos anos de chumbo – rechaçados por nós. Contudo, entendemos que a lei deve ser cumprida por todos.
Quando a relação é de respeito, o final é feliz.
Motoristas e ciclistas precisam seguir regras para uma relação amistosa: • A bike também é um veículo. • Ciclistas e motoristas devem sinalizar suas manobras. • O motorista deve sempre respeitar a distância de 1,5m, na ultrapassagem. • O ciclista deve andar no sentido da via, respeitar a sinalização e descer da bicicleta quando for atravessar a faixa. O respeito é o segredo para que, no fim, tudo acabe bem.
No trânsito, somos todos responsáveis.
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Entrevista Pa
Com coragem Pré-candidata a deputada federal pelo PPS destinará todas as suas emendas parlamentares para a construção de creches públicas ALEXANDRE MOTTA
Júlio Pontes O que a motivou a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados? – A indignação tem me motivado bastante. Eu e grande parte da população brasileira estamos revoltados com a política da forma como vem sendo feita nos últimos anos. Acho que pessoas com princípios éticos e familiares precisam sair da zona de conforto de ser apenas mais um eleitor e entrar de verdade na política. Estou entrando para fazer diferente. E fazer melhor. Quero trabalhar pela população do DF, que há muitos anos espera atitude de seus líderes.
Em Brasília, o orçamento anual da educação é de R$ 7,9 bilhões. É muito dinheiro, mas o que vemos são escolas sem a qualidade ideal
Como fazer uma boa política? – A política, quando feita com ética e responsabilidade, ajuda as pessoas. Um bom deputado ou senador deve ter respeito pelo dinheiro público, abrir mão das regalias, que não são poucas, mas principalmente fazer o trabalho de fiscalização.
cargos no governo e ficam calados diante dos problemas. Outros, quando estão na oposição, se limitam a falar mal e atrapalhar qualquer que seja o projeto, mesmo que positivo para a cidade ou para o país. Não é assim que se deve fazer política. Por isso mesmo é urgente a renovação política.
Como deve ser essa fiscalização? – A função principal de um parlamentar é vigiar como o dinheiro público está sendo gasto. Infelizmente, não acontece como deveria ser. O deputado, por conveniência, critica ou elogia o governo. Muitos têm
Você usa muito a palavra renovação. Como isso deve ocorrer? – Ótima pergunta. Acredito que muito mais do que renovar os nomes, é preciso uma renovação de princípios. Muitos políticos com sobrenome conhecido estão disputando
eleições para garantir a continuidade do império dos parentes. A obrigação de quem chega na política é ter bons valores e passado limpo. Mas para promover a mudança é preciso trazer ideias novas e comprometimento com o eleitor. Por que o compromisso de priorizar a infância? – Sou mãe de seis crianças e posso entender o quanto deve ser difícil para uma mulher não ter condições de atender os filhos da maneira que gostaria. É muito duro a mulher ter que trabalhar e não ter um local adequado para deixar seu filho. Tenho anda-
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nspirada na canção “Com açúcar e com afeto”, de Chico Buarque, a administradora e empresária Paula Belmonte, 44 anos, pretende ser deputada federal para trabalhar pela educação infantil. Casada, mãe de seis filhos, ela usará sua sensibilidade materna para direcionar todas as emendas parlamentares à cons-
trução de creches a deputada da cor brinca. Paula que ra para fazer a dife ideias e uma form política, respeitand binados com os do ffe (sem partido) e que (PPS), suas ref
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aula Belmonte
m e com afeto
s públicas. “Serei ragem e do afeto”, er chegar à Câmaerença, com novas ma própria de fazer do princípios comos senadores Regue Cristovam Buarferências políticas.
CARLOS TERRANA
“Muitos políticos com sobrenome conhecido estão disputando eleições para garantir a continuidade do império dos parentes”
“Será um mandato para mostrar que é possível haver uma renovação de princípios. A infância deve ser priorizada, mas o que vemos é exatamente o contrário”, diz, citando o déficit de 21 mil vagas em creches públicas. “Crianças de até três anos devem ter acesso universalizado à escola”, fala nesta entrevista ao Brasília Capital.
IVO MELO
do bastante pelo DF e a situação é péssima. Em muitas cidades, é a própria comunidade que se organiza para que as crianças não fiquem desamparadas e as mães possam trabalhar. Minhas emendas serão todas aplicadas na construção de creches. O poder público precisa olhar com mais atenção para a estrutura das creches. Acredita que o seu esforço e o direcionamento de suas emendas parlamentares serão suficientes para resolver o problema da falta de creches públicas, que se arrasta há anos no DF? – Esta é, de fato, uma situação muito preocupante. São 21 mil crianças sem creche no Distrito Federal. As crianças devem ser prioridade, mas o que vemos é exatamente o contrário. Eu quero ser deputada para dar a minha contribuição e fazer a minha parte. Vou levar esta bandeira do primeiro ao último dia do meu mandato. Todos sabemos que é na primeira infância que ocorre o maior desenvolvimento de um ser humano. Se ele não for estimulado desde os primeiros anos, pode sofrer consequências sérias, que levará para a vida toda. Então eu acho mesmo que existe uma inversão de prioridades, que precisa ser combatida. É preciso fazer muito mais pela infância. A escola pública tem jeito? – Não tenho dúvida que sim. Tem gente que diz que educação é gasto. Eu estudei em escolas públicas. Aqui em Brasília, por exemplo, o orçamento
Muito mais do que renovar os nomes, é preciso uma renovação de princípios. A obrigação de quem chega na política é ter bons valores e passado limpo anual da educação é de R$ 7,9 bilhões. É muito dinheiro! Mas o que vemos são escolas sem a qualidade ideal. Temos que cobrar e fiscalizar os gestores públicos para que esse dinheiro se reverta em educação de qualidade. Aperfeiçoar a gestão e fiscalizar o investimento do dinheiro público é o melhor caminho para garantir uma educação de qualidade para todos. Mulher, mãe, empresária. O que o eleitor brasiliense pode esperar de uma deputada com este perfil? – Muita luta, coragem e determinação para cumprir tudo que estará escrito em meu panfleto de campanha. Gosto muito de uma música do Chico Buarque e da Maria Bethânia chamada “Com açúcar e com afeto”. Mas, ao contrário daquela mulher cantada pe-
los artistas, apesar de afetuosa e carinhosa, não sou submissa. A mulher precisa ocupar seu espaço na sociedade e defender seus pontos de vista. Então, em vez de açúcar, meu tempero para o afeto seria a coragem (risos). Por que o desejo de representar Brasília no Congresso? – Cheguei aqui com três anos de idade. Passei minha infância e adolescência na Asa Norte. Estudei em escola classe, participei de grupo de escoteiros. Tive uma infância feliz e trago boas recordações. Aqui cresci, me casei e formei minha família. Tenho muito carinho pela cidade e quero retribuir tudo de bom que Brasília me proporcionou. Não preciso da política para viver, mas quero servir à população da cidade que me acolheu tão bem desde a infância.
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Por Chico Sant’Anna
O misterioso duto do Aeroporto JK Petrobras, Transpetro e InfraAmérica não explicam para que serve a tubulação que deveria abastecer o terminal de Brasília
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CHICO SANT’ANNA
a recente greve dos caminhoneiros, aeroportos de todo o Brasil, inclusive o de Brasília, ficaram na mão por conta da falta de querosene de aviação – QAV. Apenas os aeroportos de Rio e de São Paulo não ficaram no sufoco, pois o combustível chega por meio de dutos que ligam as distribuidoras aos terminais, sem a necessidade do transporte rodoviário. Brasília também tem um duto! Ele passa na Epia, próximo à Estação Shopping do Metrô; continua pelas imediações no Zoológico, na Estrada Parque Aeroporto – Epar, e chega ao sitio aeroportuário. Mas tem mesmo? Pelo menos a sinalização da existência de um duto nesse trajeto é bastante visível. O que não são visíveis são as respostas das empresas envolvidas no tema. Petrobras, Transpetro, InfraAmérica, cada uma como avestruz, enfiou a cabeça no buraco, e todas se recusaram a dar respostas concretas às perguntas feitas pela coluna. SEM RESPOSTA - À Petrobrás e à Transpetro foram feitas nove perguntas: 1) O duto que aparece na foto e que interliga o Aeroporto ao Setor de Inflamáveis é para QAV? Se não é esta a sua função, qual é a função dele? 2) Qual a capacidade de transporte de combustível ele possui? 3) Ele está em operação? Abas-
A sinalização na Epia não deixa dúvida: existe um duto da Petrobras para abastecer o aeroporto. Mas na prática ninguém confirma: mistério
tece o Aeroporto? 4) Se está em operação, por que o registro da falta de querosene no Aeroporto? 5) Se não está em funcionamento, quais os motivos do não funcionamento? 6) Procede a informação de que o duto não tinha revestimento adequado e que o QAV perdia sua qualidade ao ser transportado pelo duto? 7) Quando e quanto a Petrobras/Transpetro investiu para que tal duto fosse implantado? 8) Qual o combustível e em que quantidade ele chega a Brasília pela Ferrovia Centro Atlântica? 9) Existe um poliduto em operação abastecendo Brasília? Proveniente de qual refinaria e que combustíveis e quantidade chegam por meio dele à capital Federal? Por telefone, a Transpetro, cujo nome estampa nas placas de sinalização do duto, passou a bola para a Petrobrás, dizendo que o filho, digo, o duto era dela. A Petrobras, por meio de sua gerência de imprensa no Rio de Janeiro, se recusou a responder pontualmente às nove perguntas, limitando-se a uma lacônica declaração: “Atualmente, não há estrutura que possibilite transporte de QAV por duto para o aeroporto de Brasília. O oleoduto que liga a Refinaria de Paulínia a Brasília movimenta diesel e gasolina, passando por Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, Goiânia e Brasília.”
Também lacônica foi a InfraAmérica: “Obras fora do perímetro do sitio aeroportuário são de responsabilidade de órgãos competentes”. Não informou, contudo, se o duto chega de fato até o aeroporto JK e se está em capacidade de operação. Segundo a InfraAmérica, três são as empresas de combustível que operam dentro do Terminal: a British Petroleum, a Raízen e a BR. MÁ QUALIDADE - Nesse mistério todo, nem o número 0800, que aparece nas placas da Transpetro, está funcionando. A única luz que veio no fim deste túnel, digo, duto, foi uma suspeição levantada por um antigo aeronauta da Gol. Segundo ele, o duto de fato existiu e interligava o aeroporto ao Setor de Inflamáveis, mas que o revestimento do duto seria de má qualidade e estaria adulterando as propriedades químicas do QAV. As empresas envolvidas igualmente se calaram sobre esta hipótese. Nesta história, quem entrou pelo cano, digo, pelo duto, foi o contribuinte que pagou pela obra que – pelo visto – não funciona. E os passageiros, que sofreram os atrasos e cancelamentos de vôos do Aeroporto JK. Ah!,também foi agredida a transparência pública de uma empresa estatal e de outra concessionária de serviços públicos. E assim anda o Brasil! Se os caminhoneiros deixarem...
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Apenas uma meta do Plano Nacional de Educação foi cumprida em quatro anos Após quatro anos de vigência do Plano Nacional de Educação (PNE), apenas uma meta proposta foi cumprida integralmente dentro do prazo e 30% das demais estão em andamento. O balanço, divulgado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, mostra um cenário insatisfatório, além de apontar para um futuro sombrio para o setor, com a Emenda Constitucional 95, conhecida como PEC do Teto – aprovada às pressas em 2016 pelo governo de Michel Temer (MDB). A PEC limita investimentos em áreas estratégicas do país, como a educação, por 20 anos. O atraso já nos anos iniciais no cumprimento do programa, que reúne ações para a educação de 2014 a 2024, pode implicar no fracasso da lei (13.005/2014), sancionada pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). “Isso acontece porque o Plano foi organizado como uma agenda progressiva e significa que os seus dispositivos estão dispostos em um cronograma de cumprimento, com tarefas distribuídas para cada um dos dez anos. Se uma tarefa agendada para 2015 não for feita, ela prejudica o cumprimento de outra agendada para 2016”, explica o coordenador geral da Campanha, Daniel Cara. A preocupação com o descumprimento do PNE, bem como a divulgação do estudo da campanha, que teve como parceiro o Laboratório de Dados Educacionais, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), vem no conjunto de críticas realizadas pela Semana de Ação Mundial (SAM), que começou na segunda-feira (4), e
busca pressionar o poder público a rever o corte de investimentos na área e conscientizar a população sobre a necessidade do plano. “Uma preocupação trazida pela SAM e que impacta decisivamente na implementação do PNE é a Emenda Constitucional 95”, diz a campanha. “Ela estabelece um novo regime tributário e determina que nenhum investimento em áreas sociais poderá exceder o reajuste inflacionário por 20 anos. O investimento de novos recursos na construção de escolas, pré-escolas, creches, para melhorar as universidades públicas, os estabelecimentos de ensino básico ou os salários dos professores está em risco”, completa a entidade, que alerta também para o fato de que, de acordo com a política adotada pela gestão Temer, a educação deixa de ser prioridade no país para ser considerada simplesmente um gasto da União. Entre as metas não cumpridas, é possível destacar mesmo a ausência de estrutura para execução do plano. “Não há um monitoramento adequado dessas informações por parte dos órgãos responsáveis. Ainda com a Emenda 95, e com a não implementação de dispositivos de qualidade e financiamento do PNE, a oferta de educação inclusiva de qualidade está prejudicada”, disse a coordenadora de políticas educacionais da SAM, Andressa Pellanda.
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FLA-FLU - Para aumentar seus lucros, a empresa Roni7, responsável pela realização do Fla X Flu de quinta-feira (7) no Mané Garrincha, reduziu gastos com segurança e organização. Com ingressos variando de R$ 50 a R$ 100, a renda chegou a R$ 3.177.575. Mas poucos portões foram abertos, e as filas davam voltas no estádio. Na correria, a entrada foi liberada, com dispensa de revistas e registro nas catracas.
Eliane Araujo PLANO PILOTO
Nova cafeteria na Asa Norte DIVULGAÇÃO
Foi inaugurada na terça-feira (5) a TorteRita, na CLN 108, bloco B. A proposta da casa é oferecer produtos diferenciados e excelência no atendimento num ambiente agradável e harmonioso. O cardápio oferece tortas, quiches, brownies, cupcakes, sanduíches, empanadas, pães de queijo, croissants, cuscuz, taipocas, todos assinados pela proprietária Rita Souza Leão (foto). O espaço conta com serviço de wifi.
Dr. Gutemberg se afasta da presidência do Sindicato dos Médicos, mas afirma que não deixa a luta pela saúde pública e pela medicina. Dr. Gutemberg ao lado de Carlos Fernando e Jofran Frejat
Serviço: Torteria Cafés e Bolos Telefone: 3541-7306 Funcionamento: segunda-feira a sábado Horário: das 8h às 20h Instagram: @torterita.cafe.
Pátio Brasil recebe Feira do Livro Começou sexta-feira (8) e vai até domingo (17) a 34ª edição da Feira do Livro de Brasília. O evento é no shopping Pátio Brasil e reúne escritores, leitores, estudantes, professores, especialistas e profissionais do mercado de livros. O tema escolhido para este ano é “Literatura infantil: a invenção do sonho. Vamos brincar de inventar?”. Ele aponta para um gênero literário que vem se consolidando como campeão de vendas no mercado nacional – a ponto de registrar, nos últimos anos, expressivo crescimento em importância, relevância e qualidade. A Feira é organizada pela Câmara do Livro e pelo Instituto Latinoamerica. A programação é gratuita e conta com espetáculos teatrais, palestras com autores e estudiosos, bate-papo com escritores de
Aspirante à CLDF, sindicalista se licencia
renome nacional e internacional, debates, apresentação de cordel e contação de história. Terão lugar, ainda, conversas sobre mercado editorial, políticas de livro, leitura, bibliotecas e direitos autorais, vendas pela internet, livros eletrônicos e literatura inclusiva. Uma novidade é o Espaço Democrático dos Escritores Independentes. Serão disponibilizadas prateleiras onde os autores poderão expor seus livros. Basta mandar e-mail para camaradolivrododf@gmail.com, dizendo dia e horário que pretende ocupar. Serviço: Data: de 8 a 17 de junho Horário: De 10h às 22h, de segunda a sábado; das 14h às 20h, aos domingos Varandão do Pátio Brasil (área externa) Informações: (61) 2107-7400
Na última quarta-feira (06) ocorreu uma mudança de comando no Sindicato dos Médicos do Distrito Federal. Dr. Gutemberg se licenciou do cargo para cumprir o prazo legal de desvinculação previsto na legislação eleitoral para os líderes classistas que desejam concorrer nas eleições deste ano – ele é pré-candidato a deputado distrital. No lugar dele, assumiu o também ginecologista Carlos Fernando. Médicos, amigos – entre eles o pré-candidato a governador Jofran Frejat – e autoridades participaram da cerimônia de transmissão do cargo, realizada no auditório do sindicato. Ao Brasília Capital, Dr Gutemberg afirmou que se licencia, mas não se afasta das lutas da classe médica. O senhor está se despedindo de vez do Sindicato dos Médicos? Não é uma despedida. Saio, para lançar minha pré-candidatura, certo de que nós ainda temos muito trabalho por fazer: eu pretendo fazer a minha parte na Câmara Legislativa e o Carlos Fernando, no Sindicato. Porque grandes mudanças,
como as que nós queremos, exigem grandes sacrifícios. Mas as suas lutas serão outras? A luta do SindMédico-DF é pela medicina, pela saúde da população, pela garantia de direitos. Ela continua lá e eu pretendo continuar nela, no campo político, onde consideramos essencial ter um representante da classe médica para assegurar que nossas lutas não serão em vão. O senhor prevê uma diminuição ou aumento dos embates com o governo? Com o Carlos Fernando à frente das decisões do SindMédico-DF o legado de independência e luta será mantido. Porque nós dois acreditamos que o medo paralisa. O medo é inimigo das grandes conquistas. Isso vale fora do sindicato, também: se a sociedade realmente quiser uma cidade e um país diferentes, vai ter que demonstrar coragem nas urnas e concretizar as mudanças necessárias, elegendo a solução e não a continuidade dos problemas que estão aí.
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Não é a tristeza que mata, é a desesperança O que estamos fazendo com nossos jovens, que sentem-se desamparados e vêem no suicídio a solução para o seu sofrimento? Na segunda-feira (4), uma jovem estudante suicidou-se no campus da Universidade de Brasília, na Asa Norte. Infelizmente não foi o primeiro. Muitos outros casos já foram registrados no DF somente em 2018. O suicídio é multideterminado e qualquer tentativa superficial de explicação incorreria em perda de sentido. Porém, identificamos que angústia, desamparo, tristeza, frustração e, de forma determinante, desesperança são sentimentos vividos por quem pensa em autoextermínio. Intervir é possível. Ainda mais pensando o suicídio como uma crise, que é um processo subjetivo de vivência ou experimentação de situações de vida, nas quais condições internas e externas mobilizam uma pessoa e demandam novas respostas para as quais ela ainda não adquiriu, não desenvolveu ou perdeu a capacidade ou recursos capazes de dar solução à complexidade da tarefa em questão. A perda desta semana exemplifica como os mitos em torno do suicídio prestam um desserviço no auxílio às pessoas. Em postagens, a jovem estudante expressou seu sofrimento, o que desmente o mito de que quem quer se matar apenas o faz. Ou o mito de que essas pessoas só estão querendo chamar atenção. Ambos incorretos. Ela estava pedindo ajuda, mas alertando que não estava bem: “Vo-
Ana Paula Morais Mestre em Psicologia Clínica e Cultura
cê não vai se encontrar na universidade. (...)Seu vazio não vai embora. Tudo vai ser igual, vai ser o mesmo, só que em outro ambiente e com outras obrigações.(...) Não tem como fugir de você mesma”. Além do vazio sentido, esse depoimento também chama a atenção para outro fator cada vez mais associado ao assunto: a vida acadêmica. O ambiente universitário não é o paraíso, não vai ser a solução dos problemas, não é o ponto de chegada nem o trampolim para uma vida feliz. Pode sim ser um lugar de experiências incríveis e aprendizados únicos, mas não é assim para todos. A universidade pode ser um fator de risco, complexificado por elementos pessoais e sociais. É imperativa a reflexão: Por que a universidade tem sido um ambiente adoecedor? Que não ditos são esses que colocam o nível de exigência acadêmica em um patamar inatingível? Que lógica capitalista é essa que massacra jovens com falsas promessas de sucesso baseadas em um ideal doentio? Lamentamos profundamente a morte da jovem e de todos que não tiveram a chance de ressignificar suas vivências. Quem se suicida muitas vezes não quer morrer, e sim acabar com o sofrimento. Uma diferença sutil mas fundamental para compreensão e ajuda nessa vivência tão solitária que antecipa o suicídio.
DIREITO DO CONSUMIDOR
Tempo desperdiçado gera danos morais STJ obriga empresa a indenizar cliente por atraso na reparação de má prestação de serviço O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em recente decisão, confirmou condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a uma instituição financeira que insistiu na cobrança de encargos contestados por uma consumidora. Ficou caracterizado o ato ilícito e o dever de indenizar a cliente,depois de provada a conduta absolutamente injustificável da empresa. Segundo o ministro Marco Aurélio Bellizze, relator do ação 1.260.458/SP na 3ª Turma, é “notório o dano moral por ela suportado, cuja demonstração evidencia-se pelo fato de ter sido submetida, por longo período [por mais de três anos, desde o início da cobrança e até a prolação da sentença], a verdadeiro calvário para obter o estorno alvitrado”. Com essa decisão, o STJ firmou entendimento no sentido de que o tempo que o consumidor gasta para resolver problemas decorrentes da má prestação ou falha do serviço ou produto junto ao fornecedor gera danos morais, conforme a “Teoria do Desvio Produtivo do Consumidor”. Segundo essa corrente, todo tempo desperdiçado pelo consumidorpara a solução de problemas gerados por maus fornecedores constitui dano indenizável. E está cada vez mais comum nos tribunais do país condenações nesse sentido. Essa posição já vinha sendo tomada pelo STJ em outros casos. Em decisão monocrática, publicada em 27 de março, o ministro Antônio Carlos Ferreira, relator do AREsp 1.241.259/SP na 4ª Turma do STJ, também adotou como fundamento da sua decisão o acórdão do TJSP que reconheceu a existência de danos
morais com base na referida teoria. Em outra decisão monocrática, em outubro do ano passado, o ministro Paulo De Tarso Sanseverino, relator do AREsp 1.132.385/SP na 3ª Turma, adotou em seu julgamento tal entendimento e reconheceu, na hipótese, a ocorrência de danos morais com base no Desvio Produtivo do Consumidor”. Pela primeira vez, em setembro de 2017, no julgamento colegiado do REsp 1.634.851/RJ interposto pela Via Varejo, a 3ª Turma do STJ, sob a relatoria da ministra Nancy Andrighi, tal posição foi adotada pelo STJ, quando foi mencionado o Desvio Produtivo do Consumidor para negar provimento ao recurso especial daquele fornecedor. “À frustração do consumidor de adquirir o bem com vício, não é razoável que se acrescente o desgaste para tentar resolver o problema ao qual ele não deu causa, o que, por certo, pode ser evitado – ou, ao menos, atenuado – se o próprio comerciante participar ativamente do processo de reparo, intermediando a relação entre consumidor e fabricante”. E conclui: “inclusive porque, juntamente com este (o fabricante), tem o dever legal de garantir a adequação do produto oferecido ao consumo”.
Entre em contato com o Central de Defesa do Consumidor (Cedec), pelos telefones: (61) 98364-5125 - (61) 3548-9187
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Reflexões linguísticas em um posto de gasolina Durante os últimos dias, a felicidade de algumas pessoas se resumia a uma frase: Neste posto, há combustível E é “neste” mesmo. Nesse ou naquele, talvez, não seria possível abastecer um carro. Além disso, a existência (quase rara) do produto no estabelecimento merece o uso adequado do verbo “haver”, uma vez que “ter”, nesse caso, não é gramaticalmente correto. Todavia, a surpresa maior era de responsabilidade de uma outra
sentença: A gasolina custa R$4,69. E esse adjunto adverbial de preço é, em alguns estados, uma verdadeira pechincha! De repente, o ouro mudou de cor e forma. A despeito do valor, filas enormes se formavam nos postos. Outro adjunto adverbial ganhou grande importância: o de tempo. Algumas pessoas ficaram duas, quatro, do-
O Sermão da Montanha Huberto Rohden conclui que essa prédica de Jesus é a “alma da Bíblia Sagrada” Ao reler o Sermão da Montanha, ontem à noite, como frequentemente faço antes de dormir, lembrei-me de Huberto Rohden, que escreveu um belo livro sobre a subida de Jesus ao Monte das Oliveiras. Então recordei-me da primeira vez que o vi em carne e osso, no seminário presbiteriano José Manoel da Conceição, no final de 1949, em São Paulo. O encontro ocorreu por mera coincidência, justamente no ano em que
abdiquei de seguir a carreira de pregador evangélico, não sei se foi com o mesmo sentimento doloroso de culpa de Rohden quando deixou a batina. Ele, porém, sem perder uma grande fatia de Fé, ao contrário deste fiel pecador (eu). No entanto, desde então continuei seguindo muitos dos ensinamentos do filósofo religioso nascido em 31 dezembro de 1893, na cidadezinha catarinense de São Ludgero, e falecido em São
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
ze horas à espera para abastecer. Aliás, tivemos a oportunidade de ver dois outros adjuntos adverbiais – tão incomuns quanto o de preço – em ação: Os caminhoneiros fecharam as rodovias com
De repente, o ouro mudou de cor e forma seus caminhões. (adjunto adverbial de instrumento). O governo, por meio de uma Medida Provisória, tentou conter o movimento grevista. (Adjunto adverbial de meio) Você ainda se escandaliza com
Paulo em 1981. Até então, ele percorreu o mundo externando seus conhecimentos teológicos, que resultaram na publicação de 36 livros, dos quais o Sermão da Montanha é um de seus compêndios mais importantes. Nessa obra, Rohden conclui que essa prédica de Jesus é a “alma da Bíblia Sagrada”, no que concordo plenamente em gênero, número e grau. Além do mais, procuro seguir o que ele pregava sobre a harmonia cósmica e a cosmocracia: “autogoverno pelas leis éticas universais, conexão do ser humano com a consciência coletiva, reconhecendo que deve assumir as consequências dos atos, sem atribuir à autoridade eclesiástica o poder de eliminar os débitos morais do fiel”. Quer dizer, sem essa de comparecer ao confessionário para saldar suas dívidas. O melhor texto do Sermão está incluso no livro do evangelista Mateus,
“seje”, “menas” ou “estrupo”? O que me deixa horrorizado é poder encontrar, na língua portuguesa, uma distração para tantos problemas enfrentados por nosso país. Na tomada das grandes decisões, garantidamente, existem pessoas tanto com alto conhecimento do vernáculo quanto com pouco conhecimento sobre a língua. Independentemente disso, os absurdos continuam sendo feitos. Do lado de cá, há um povo, com ou sem a devida escolarização, que clama por dias melhores. O nosso Brasil merece! Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
nos capítulos de 5 a 7, onde Jesus Cristo ensinou sobre sete coisas: 1) Quem é abençoado por Deus; 2) A Lei de Deus e a atitude do cristão; 3) Ajudar os pobres, Oração e Jejum; 4) As preocupações da vida; 5) Julgar os outros; 6) Falsos profetas; e 7) O melhor alicerce para a vida. Qual o ensinamento mais importante destes sete capítulos? Todos são importantes em separado. Mas, sem dúvida alguma, o ítem número dois tem mais força: “A Lei de Deus e a atitude do cristão”. Isto porque os mandamentos de Deus são mais que regras exteriores. O coração é tão importante quanto as ações. Assim, odiar o irmão é tão errado quanto matar o irmão. E só me resta dizer: Muito Obrigado Huberto Rohden!
Fernando Pinto Jornalista e escritor
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Não se entregue ao abandono Assuma o comando da sua vida. Faça um inventário do seu passado. Veja onde você é fraco. Livre-se dos maus exemplos e faça a sua própria educação Pessoas que foram mimadas ou humilhadas na infância, em certos casos, são pouco resistentes às adversidades da vida, revoltando-se, abandonando-se, viciando-se ou cometendo suicídio. Os mimados tendem a reagir com agressividade ou chantagem, porque acham que tudo se resolve com dinheiro ou violência. Os humilhados podem entregar-se, embora em muitos casos, reajam e vençam na vida.
Entretanto, é preciso entender que cada um nasce e vive num meio adequado, e passa por situações necessárias ao desenvolvimento do amor e da sabedoria, patrimônios imperecíveis que nos fortalecem para superarmos as adversidades, e que carregaremos para sempre, sem os quais a vida torna-se vazia. Muitos pais, equivocadamente, humilham seus filhos, pensando
Como identificar os alimentos integrais? Os laticínios integrais preservam a gordura do leite. No caso de cereais, os grãos não passam pelo refinamento Alimentos integrais são definidos como alimentos íntegros e/ou que passaram por pouco ou nenhum processamento. No caso de laticínios, os integrais preservam a gordura do leite. No
caso de cereais, os grãos não passam pelo refinamento, mantendo assim em sua estrutura a película, o endosperma e o gérmen. Desse modo, contêm maior teor de fibras e de nutrientes,
que desta maneira mexerão com seus brios para desenvolverem amor próprio e vencerem na vida. Em alguns casos raros isso funciona. Na maioria, os filhos acreditam na humilhação e não se desenvolvem, abandonando-se. A vontade de viver e vencer precisa ser estimulada sempre para fortalecer-se. Dificuldades são desafios e cada um as tem de acordo com sua necessidade de evolução. Quanto mais desânimo, mais ignorância, mais necessidade de sabedoria e fortalecimento. Outros pais superprotegem seus filhos, fazendo tudo por eles, inclusive as tarefas da escola. Então, na vida adulta, qualquer empecilho será visto como uma calamidade. Qualquer briguinha no casamento leva-os a separar-se. No emprego, pedem demissão. Com os amigos, fazem beicinho e se afastam.
como vitaminas e minerais. Os cereais integrais muitas vezes passam pela moagem e geram farinhas com maior teor de fibras. A partir delas são feitos pães, massas, biscoitos e bolos. Pela nossa legislação, para que um alimento seja considerado integral é preciso que o primeiro ingrediente, aquele em maior quantidade, seja integral. Muitas vezes encontramos biscoitos, pães e outros produtos com a alegação de “integral” mas sem ter essa característica. Nesses casos, a indústria apenas acrescentou farelo de algum cereal para aumentar o teor de fibras, e ele se assemelhar a um integral verdadeiro. Porém, ele não o é.
Assuma o comando da sua vida. Faça um inventário do seu passado. Veja onde você é fraco. Livre-se dos maus exemplos e dos maus ensinamentos, e faça a sua própria educação. Você é o dono do seu destino, e ele deve ser feito e refeito constantemente. Ninguém está aqui para satisfazer seus desejos e seus caprichos. Você não conseguirá tudo o que deseja, mas, se confiar que há uma programação existencial para a sua vida, verá os fracassos como ensinamentos e não como frustrações. “Não chores, meu filho; não chores, que a vida é luta renhida que os fortes, os bravos só podem exaltar”.
José Matos Professor e palestrante
Na maior parte das vezes, os cereais e seus derivados integrais apresentam alto teor de fibras. Para identificar isso, você pode olhar nas informações nutricionais e verificar o teor de fibras totais e de carboidratos na porção. O ideal é que essa relação seja de pelo menos 10% de fibra em relação ao total de carboidratos. Fique atento ao rótulo dos alimentos, e se quiser saber mais sobre como identificar um alimento integral verdadeiro, fale com um nutricionista!
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)