Jornal Brasília Capital 544

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Dom Bosco abre nova pizzaria na 414 Sul Dedé Roriz – Página 12

Ano XI - número 544

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Brasília, 11 a 17 de dezembro de 2021

Bolsonaro admite que há corrupção no governo PDT avalia apoiar Lula já no primeiro turno Pelaí - Páginas 2 e 3

O acrobata da Fecomércio-DF Acusado pelo Conselho Fiscal do Senac de práticas irregulares, Valcides de Araújo Silva (foto) “caiu pra cima”. Saiu da Diretoria de Operações da entidade, que tem uma verba anual de R$ 150 milhões, para assumir a Direção Regional do Sesc, onde comanda um orçamento de R$ 600 milhões. O responsável pelo duplo twist carpado de Valcides é o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido da Costa Freire, que o nomeou. Página 5

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AGÊNCIA SENADO

Izalci sonha com Leila e Reguffe Senador tucano lança pré-candidatura ao Buriti e propõe frente ampla contra Ibaneis Chico Sant’Anna – Páginas 6 e 7

Renova/DF revitaliza pista de Skate em Águas Claras

Via Satélites – Página 8


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 11 a 17 de dezembro de 2021 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

Kareka – O comerciante Jaile de Assis Ricardo e o diretor de teatro Humberto Pedrancini foram indicados pelo deputado Reginaldo Veras (PDT) para a medalha da Ordem do Mérito Legislativo da Câmara Legislativa. Ninguém sabe quem é Jaile, mas quando ele se identifica como Kareka, dono do famoso bar de Taguatinga, todo mundo sabe quem é...

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Bolsonaro e a corrupção “Não vou dizer que meu governo não tem corrupção, porque a gente não sabe. Se tiver qualquer problema no meu governo, a gente vai investigar. Não posso dar conta de mais de 20 mil servidores comissionados, ministérios com mais de 300 mil funcionários. A grande maioria é de pessoas honestas”.

PDT com Lula Cresce entre os pedetistas o sentimento de aderir à candidatura de Lula (PT), apesar do apoio do presidente do partido, Carlos Lupi, ao nome de Ciro Gomes. Os defensores do “plano B” dão prazo até fevereiro para Ciro melhorar seu desempenho nas pesquisas.

VELHA POLÍTICA – A frase é de Jair Bolsonaro em conversa com simpatizantes no cercadinho do Alvorada na segunda-feira (6). Bem diferente do discurso que o levou à Presidência da República em 2018 e reafirmado por ele nos últimos três anos de ataque à velha política.

RECAÍDA – Pelo jeito, são sintomas da filiação ao PL, partido do Centrão comandado por Valdemar Costa Neto, condenado por corrupção. Recentemente, na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro garantiu que não havia corrupção em seu governo.

ACM descarta Moro Rumores de que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto poderia ser vice de Sergio Moro (Podemos) não ecoaram na Bahia. A obsessão do presidente nacional do DEM é ser governador do estado. SEM CHANCE – Ele tem viaja-

do pelo interior desde o ano passado e lançou sua pré-candidatura na última semana. Apesar das articulações de aliados para que lidere o União Brasil na corrida presidencial ao lado de Moro, Neto descarta a possibilidade.

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FEDERAÇÃO – Do contrário, vão pressionar a cúpula pedetista para ingressar na federação com o PT, que também incluiria PSB e o PCdoB.

Moro-Dória Por outro lado, ganha força a aliança Moro/João Dória (PSDB). Eles definiram que quem mostrar mais viabilidade nas pesquisas terá prioridade na cabeça de chapa. Aliados tentam convencer Moro a ser vice devido à sua alta rejeição - atrás apenas de Bolsonaro e Lula nesse quesito.

Rigoni enxerga longe Na terça-feira (7), o deputado Felipe Rigoni, ex-PSB, assinou a ficha de filiação ao União Brasil, partido nascerá da fusão do DEM com o PSL. Durante parte da cerimônia, os políticos usaram vendas nos olhos “para enxergar a vida como Felipe Rigoni”.

O deputado, que é cego, é pré-candidato ao governo do Espírito Santo. “Nos sentimos bem representados e nos identificamos com um quadro da qualidade do deputado Rigoni”, disse ACM Neto, secretário-geral do União Brasil.


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MS pede música no Fantástico O Ministério da Saúde sofreu o terceiro ataque hacker no ano e já pode pedir música no Fantástico. O novo alvo dos invasores foi a página principal do site do MS e o ContecteSUS, que reúne informações sobre vacinação dos brasileiros.

FURO – A notícia foi dada em primeira mão pelo www.bsbcapital.com.br na madrugada de sexta-feira (10), com informações de um médico leitor do site. O MS ainda não se manifestou sobre o episódio.

Saber ouvir, para fazer com eficiência Zélio Maia da Rocha (*) DIVULGAÇÃO

Entrevista / Rodrigo Gadelha

2022 será a era do contexto, a era dos dado

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com uma trajetória de sucesso em publicidade e no marketing político digital, o empresário e publicitário Rodrigo Gadelha (foto) acaba de receber mais um reconhecimento por seu trabalho. Na terça-feira (7), a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico o condecorou com o Prêmio ABComm de Inovação Digital 2021, homenagem concedida aos melhores profissionais do mundo digital do Brasil em diversas categorias. Foram computados mais de 80 mil votos computados para eleger os destaques do mercado.

Como foi receber esse prêmio em uma disputa com os melhores profissionais do mercado digital? – Foi uma honra estar entre os profissionais de ponta do mercado e receber o reconhecimento por um trabalho de 30 anos de dedicação e amor. Qual a importância do profissional de marketing digital para as campanhas e mandatos? – Hoje, o digital é o principal meio de comunicação do político com o eleitor. É primordial que ele saiba lidar com a forma de se relacionar, de

entender os dados e transformá-los em estratégia. Na pandemia, as pessoas tiveram que se adaptar ao digital para evitar aglomeração. Como ficou o profissional do mercado digital nesse período? – Todo profissional teve que aprender a lidar com a nova realidade. Os profissionais foram mais demandados. Devido à distância, tudo ficou através do digital. Tivemos um aumento de 70% das lives e aumento de acesso às redes sociais. Para mim, foi um momento de entender mais ainda a necessidade

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de quem estava precisando de uma mentoria, um conselho, para ajudar a quem tinha acesso ao digital a melhorar sua performance, e a quem não tinha, a entrar nesse mundo. Em 2022, o que muda para o marketing político digital? – Vai ser a era do contexto, a era dos dados. O mundo digital envolve muito mais que as redes sociais. Existe o dark social, pontos de contato. Esse entendimento sobre o eleitor e a transformação de dados em estratégia é o que vai fazer a diferença em 2022.

Para ser eficiente, não basta ao gestor planejar bem e executar o que planejou. É preciso estar sintonizado com os anseios da população, que é a destinatária dos serviços públicos. O conforto do ar-condicionado dos gabinetes não é o melhor conselheiro para a tomada de decisões. É preciso estar nas ruas, junto às pessoas, escutando suas aspirações e, sobretudo, sendo sensível às suas necessidades. Logo após assumir a Direção-Geral do Detran-DF, em março do ano passado, adveio a pandemia. O isolamento social impediu o contato pessoal, mas nos deu oportunidade de descobrir tecnologias que aproximam. Reuniões virtuais, chamadas de vídeo, atendimentos por Whatsapp, foram as formas que encontramos para manter contato direto com a comunidade. Nada substitui, porém, o “olho no olho”. Com a queda dos indicadores da Covid-19, voltamos às ruas. Andar pelas quadras, reunir-se com representantes comunitários e encaminhar a resolução dos problemas apontados são hábitos que incorporei à minha rotina de trabalho. Muitas das inovações que implementamos foram inspiradas nessas conversas. Convidado pela representante dos síndicos da SQN 402, estive na quadra e constatei a necessidade de melhorar a sinalização de trânsito. Em duas semanas atendemos a demanda - por meio da pintura da sinalização das vias e a implantação de novas placas. Não basta só ouvir, é preciso dar respostas concretas aos problemas. Ainda estudante de Direito, acompanhei os trabalhos da Constituinte e me entusiasmei em ver a presença da população em seus trabalhos. Já professor de Direito Constitucional, ensinava aos alunos o caráter indispensável da participação popular no aprimoramento das instituições. Agora, na condição de gestor, tenho a possibilidade de colocar em prática o que aprendi e ensinei. (*) Advogado (licenciado), subprocurador-geral do DF, professor de Direito Constitucional e atual diretor-geral do Detran-DF


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Destruição da Nação Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL Não seria exagero dizer que não houve um único período tranquilo, estável, nesses quase três anos de desgoverno Bolsonaro. Nada mais apropriado para quem disse “eu não vim para construir nada, estou aqui para destruir”. Seja na área econômica, social, ambiental, político-institucional, todas as ações deste governo desastrado apontam para a destruição, a desconstrução de tudo que levou décadas para ser erigido. Comecemos pela Economia. Há uma semana, o IBGE divulgou o PIB do 3º trimestre caiu 0,1% em relação ao trimestre anterior, que já havia caído 0,4% em relação ao primeiro. O fato é que o PIB deste ano apenas recuperará o que perdeu em 2020. Considerando que o crescimento em 2019 foi de 1,4% e que a previsão

para 2022 é de crescimento zero, o acumulado em 4 anos será de crescimento médio de 0,3% ao ano, o que, em termos per capita, representa crescimento negativo de -0,4%. Desde a República, em 1889, pior apenas Collor em 1990/92. Já a dívida pública superou a marca recorde de R$ 7 trilhões, ou 83% do PIB. A gestão econômica do “posto Ipiranga” é tão ruim que levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating em 78 países revelou que a Bolsa de São Paulo teve o 77º pior resultado, melhor apenas que a Bolsa de Caracas. Extrema ironia, é o bolsonarismo aproximando o Brasil da Venezuela. Desde janeiro deste ano, a Bolsa caiu 13,6% (21% desde março), enquanto as ações negociadas nas bolsas de valores de “potências” como Bangladesh, Cazaquistão e Sri Lanka tiveram valorização de 28,1%, 37,7% e 68,9% respectivamente. Na Argentina, tão criticada pelos bolsominions, aumentou 54,8%. Na área social, o quadro é de

terra arrasada: o contingente que passa fome grave atingiu 19 milhões de pessoas, que, somadas aos 24 milhões com fome moderada, totaliza nada menos que 43 milhões de pessoas na miséria. Nada surpreendente para um país com 25 milhões de desempregados (considerando os desalentados e os que migraram para a inatividade) e mais de 40 milhões com trabalho precário. De outro lado, a inflação está prestes a superar a de FHC, de 2002, e se tornar a maior desde Collor. Na área ambiental, a destruição é total. Enquanto os órgãos de proteção são desmantelados, os pecuaristas e sojicultores continuam ampliando o desmatamento na Amazônia e no Cerrado, e os garimpeiros vão despejando mercúrio nos rios amazônicos e envenenando os índios que se alimentam de peixes contaminados. Na área política/ institucional, prospera a desmoralização das instituições e a cooptação descarada de parlamentares do Centrão mediante a farta distribuição de bilhões do orçamento público na

forma de emendas do relator. Em suma, um quadro desolador aguarda o candidato que subirá a rampa do Planalto em janeiro de 2023. BolsoMoro: O aprofundamento da crise econômica e social tem levado a patamares recordes a desaprovação ao desgoverno Bolsonaro. Pesquisas sérias já a situam na faixa de 60%, fazendo com que as intenções de voto no presidente-genocida tenham sido reduzidas para a faixa de 20% a 25%. Tal cenário tem provocado a migração de apoios à terceira via representada pelo “juiz ladrão” Sergio Moro. São os mesmos que apoiaram entusiasticamente a candidatura de Bolsonaro em 2018 -- frações da burguesia, da grande mídia e até militares de alta patente – e que agora enxergam em Moro o candidato com maiores chances de derrotar Lula. A conferir!

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Simonetti é favorito à presidência nacional da OAB Orlando Pontes O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti (foto), do Amazonas, é o favorito para suceder o atual presidente da entidade, Felipe Santa Cruz. A eleição ocorre no dia 31 de janeiro. Têm direito a voto três conselheiros federais eleitos nas chapas vencedoras em cada unidade da Federação nos pleitos de novembro deste ano – não há eleição direta para o posto. O vitorioso comandará a Ordem até 2024. A possível vitória de Beto Simonetti representará uma derrota do conservadorismo na OAB, após o fiasco da Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB) nas eleições seccionais da entidade no último mês. Segundo o balanço final das urnas, os nomes apoiados pelos conservadores, alinhados ao

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presidente Jair Bolsonaro, perderam em oito dos nove estados onde lançaram candidatos, resultado que favorece o grupo de Santa Cruz. Nas disputas estaduais por seccionais da OAB, apenas na Pa-

raíba houve eleição de um aliado do grupo conservador, o advogado Harrison Targino, candidato da situação apoiado pelo atual presidente da Ordem no estado, Paulo Maia. A derrota mais emblemática ocorreu em São Paulo, onde o autointitulado conservador Alfedo Scaff, apoiado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL) e pelo jurista Ives Gandra Martins. Scaff ficou em último lugar, com 5% dos votos. Patricia Vanzolini se tornou a primeira mulher a se eleger presidente da maior seccional da OAB. Este foi o primeiro pleito com sistema de cotas, no qual o número de vagas nas chapas precisou ser dividido igualitariamente entre homens e mulheres e 30% reservadas a negros e pardos. Agora, Santa Cruz estima que tem 95% de chance de formar chapa única para eleger seu su-

cessor o advogado amazonense José Alberto Simonetti, atual secretário-geral e conselheiro federal pelo Amazonas. E comemora: “O conservadorismo é uma militância com força nas redes. Mobilizou advogados no país inteiro, mas mostrou pouca força e viabilidade eleitoral”. Santa Cruz confirma que seu grupo terá uma chapa de situação no Conselho Nacional, no dia 31 de janeiro, “com a mesma linha de defesa da democracia”. Santa Cruz é crítico de Bolsonaro, que já fez ataques a seu pai, Fernando Santa Cruz, desaparecido durante a ditadura militar. A atual gestão da OAB já ingressou no Supremo Tribunal Federal com várias ações contra diversas medidas do governo e chegou a iniciar a análise de uma proposta de pedido de impeachment contra o presidente da República.


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Duplo twist carpado na Fecomércio-DF DIVULGAÇÃO

Diretor de Operações acusado de i rregularidades no Senac “cai pra cima” e assume o Sesc. Ele administrava orçamento de R$ 150 milhões e agora gere R$ 600 milhões José Silva Jr O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, ostenta uma postura centralizadora de tomar decisões, muitas delas passando por cima até de resoluções colegiadas de outras lideranças da entidade que comanda. Às vezes, flerta com a tirania. Em 18 de agosto, um relatório elaborado pelo Conselho Fiscal do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) determinou o

José Aparecido Freire: postura centralizadora que atropela decisões colegiadas

afastamento sumário do diretor de Operações Valcides de Araújo Silva, por irregularidades. Adepto da máxima “Aos amigos, tudo; aos inimigos a lei”, Aparecido, num primeiro momento, afastou o diretor-amigo. Mas foi um duplo twist carpado. Na linguagem popular, Valcides caiu para cima. Ele agora é diretor regional do Serviço Social do Comércio (Sesc). De acordo com fontes ouvidas pelo Brasília Capital, Valcides saiu do Senac, que tinha um orçamento de R$ 150 milhões, e

Relatório contundente gera promoção A reportagem do Brasília Capital divulgou com exclusividade. Num dos pontos do relatório, havia a duplicidade de pagamento de R$ 300 mil; ausência de comprovação de documento de compra e venda de um imóvel na 912 Norte, de propriedade do Senac; divergências entre valores de contratos de prestação de serviços e o que foi pago; contratação de serviços e empresas sem licitação. Mas o mais grave apontado no relatório assinado pelo diretor-regional Augusto Chabloz Farias foi a tentativa de

aquisição de um programa de computador no valor de R$ 5,6 milhões pela Diretoria de Operações, então chefiada por Antônio Tadeu Peron. Segundo o próprio relatório, sem qualquer urgência ou necessidade de tal investimento. Mesmo diante de tanto descalabro em sua gestão à frente do Departamento de Operações do Senac, Valcides continua prestigiado pelo chefe. Tanto que acabou promovido, ao invés de ser afastado de qualquer função em uma das empresas que compõem a Fecomercio.

passou a administrar um orçamento de R$ 600 milhões do Sesc. Ou seja: se com “pouco” ele já dava dor de cabeça para os departamentos de controle do Senac, imagine gerindo uma dinheirama dessa? O relatório do Senac pode jogar uma luz nessa pergunta. O documento que analisou a conduta da Diretoria de Operações, da qual Valcides fazia parte, na condução das áreas de Engenharia, Compras, Licitações e Contratos, trouxe à baila uma série de irregularidades.

CPFs em perigo Assustados com as decisões do presidente, alguns diretores se manifestam sem se identificar. “O Zé tá formando uma turma que quer cancelar a portaria que (determina a) os conselhos acompanhar as obras e licitações. Temos que reagir, senão, nosso CPF vai pro pau”, diz um deles. O mandato de Aparecido está no início, mas ele pode não vir a terminá-lo. A 5ª Vara Trabalhista do DF deve julgar o mérito da liminar que concedeu a ele a permanência no cargo. O presidente parece estar numa corrida contra o relógio. Vide as barbeiragens que tem cometido ó para completar o circuito. RESPOSTA – A reportagem procurou a assessoria da Fecomercio e não obteve esclarecimento até o fechamento desta edição. Quanto à auditoria no departamento onde Valcides era chefe, explicou: “As alegações estão sendo investigadas nas instâncias administrativas competentes, onde o ex-Diretor de Operações poderá exercer o seu direito de defesa, e após a conclusão desse processo o Senac-DF poderá se posicionar concretamente”.

Conselho do Sesc é desautorizado A promoção de Valcides não é o único fato que reforça o namoro de Aparecido com a tirania. Outro episódio dá a medida do ambiente provocado pelos atos discricionários do presidente da Fecomercio. Numa canetada, ele desautorizou o Conselho Regional do Sesc e revogar a decisão de criar a Comissão de Obras. A comissão foi destituída sete meses depois de criada. À época, o argumento para a sua instituição foi o de que havia “necessidade de constante aprimoramento na fiscalização e no acompanhamento de obras”. Foram escolhi-

dos cinco conselheiros, que tinham mandato de dois anos. Apesar da clara argumentação sobre o papel da Comissão, Aparecido não ficou convencido. Ele justificou que a deliberação sobre a criação da comissão não ficou “clara o suficiente e nem estabeleceu limites e condições para o seu funcionamento”. Em outro ponto do despacho, afirmou que, apesar de ser do Conselho a competência para decidir estrategicamente sobre a realização de obras, a execução “cabe ao diretor regional”. No caso, a Valcides, seu amigo e apaniguado.


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Brasília Por Chico Sant’Anna

AGÊNCIA SENADO

Como o senhor vê o cenário político do DF? – Eu vejo o governo Ibaneis bastante desgastado. Abandonou a população. Temos gente passando fome no DF, sem atendimento médico, sem consultas, sem exames. Tem muita roubalheira na Saúde, na Educação, na área Social. Tem muita incompetência do governo. O cenário é de desalento, sem emprego, sem perspectiva. A gente tem uma Brasília virtual, que aparece na propaganda da TV. O resto está cada vez pior. O deslanchar de sua candidatura depende do governador Doria deslanchar também? – Não. São realidades diferentes. A nossa candidatura no DF depende exclusivamente do eleitor brasiliense e da nossa situação aqui. Eu venho me preparando já há alguns anos. Já fui tudo que eu tinha direito na política: deputado distrital, secretário do GDF por dois mandatos, deputado federal e hoje sou senador da República. Minha candidatura independe da nacional. O senhor foi vice-líder de Bolsonaro. Isso ajuda ou atrapalha sua caminhada ao Buriti? – O que é bom para o Brasil eu apoio. Como vice-líder, tentei ajudar o máximo que pude. Agora assumi a liderança do PSDB, mas se tiver matéria a favor do Brasil, voto independentemente de qualquer coisa. Em que pé estão alguns processos que pediam a sua inelegibilidade? – Não há nenhum processo tramitando que comprometa a minha candidatura. O que havia na Justiça eram inquéritos que foram apurados, e o último foi arqui-

Senador afirma que chegou a sua hora e que está pronto para governar o DF: “Ibaneis está desgastado”

Izalci quer frente ampla com Leila e Reguffe

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senador Izalci Lucas (PSDB) se lança oficialmente pré-candidato ao GDF na quarta-feira (15). O presidente do tucanato candango é o terceiro a se colocar nessa condição. Antes dele, Leandro Grass (Rede) e Rafael Parente (PSB) também o fizeram. O parlamentar, que foi vice-líder de Bolsonaro, sonha montar uma frente partidária e gostaria de contar com a companhia dos colegas de Senado Reguffe (Podemos) e Leila Barros (Cidadania). Na pesquisa realizada em outubro pela Conectar Pesquisas e Inteligência, Izalci é bem conhecido ou conhecido mais ou menos por 58% dos eleitores do DF, mas aparece com apenas 2% das intenções de votos espontâneos e 4% dos votos estimulados. Diante desse cenário, o tucano diz, nesta entrevista exclusiva à coluna do Brasília, por Chico Sant’Anna, que sua hora chegou e que está preparado para governar. A campanha se desenvolverá em um novo ninho. O PSDB deixa o Setor de Diversões Sul e se instala no Setor Hoteleiro Sul, onde funcionava a universidade corporativa da Caixa Econômica. “O partido precisa de mais espaço”, diz Izalci.

vado, pois estava prescrito. Não há um excesso de candidatos no espectro de centro direita no DF? – Eu acho que essa coisa de direita, esquerda, centro... não pesam. O importante é existir pessoas com capacidade

de planejar, de fazer uma Brasília melhor; que tenha conhecimento, experiência. Eu quero construir uma frente ampla para mudar o DF, pra tirar esses governos incompetentes que há anos vem destruindo a nossa cidade. Quero comigo pessoas

que tenham responsabilidade e compromisso com a cidade, independentemente da questão partidária. Que parceiros o senhor está focando para uma eventual coligação majoritária? – Estamos trabalhan-

do com diversos partidos, pessoas. Como eu disse, nós queremos fazer uma frente, uma coligação forte para nos apoiar. Estamos conversando com muitos parceiros. Lógico que precisamos de partidos maiores, homens e mulheres comprometidos. Pessoas de bem que queiram o melhor para Brasília. Quem será seu vice-governador? Se ainda não tem um nome, qual seria o perfil ideal desse candidato? – Vice ainda não existe. Estamos conversando. O ideal seria uma mulher que tenha experiência, capacidade de gestão, capacidade política. Uma mulher seria bom, mas não obrigatoriamente. Estamos buscando nomes que realmente queiram somar, que tenham compromisso de melhorar esta cidade, principalmente para as pessoas mais necessitadas. Governo não foi feito para os grandes, para os magnatas. A gente precisa deixar eles trabalharem, induzirem o desenvolvimento, mas quem precisa realmente do governo são as pessoas com menor renda, que estão passando por dificuldades. O PSDB fará federação com algum partido, nacionalmente? – Há algumas especulações, mas não vi nenhuma discussão sobre federação de partidos, nada definitivo. Ibaneis e Reguffe estão na frente? – Tenho mantido conversas com o Reguffe e com a Leila Barros. Somos colegas no Senado. São duas pessoas de bem, que têm compromisso com a cidade, que não colocam seus projetos pessoais acima do DF. A tendência é caminharmos juntos. Estou fazendo o pos-


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Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

sível para que tenhamos uma frente ampla e que os dois estejam envolvidos nela. Vejo neles pessoas competentes, de bem, compromissadas. Estamos conversando muito. Quais as chances reais do PSDB no DF, já que não tem bancada distrital e federal? – Entendo que a candidatura majoritária depende, em primeiro lugar, do eleitor. Lógico que quando você tem deputados distritais, federais, isso ajuda muito. Mas, como estamos montando uma frente ampla, evidentemente teremos alguns parceiros deputados distritais e federais conosco, mesmo não sendo do PSDB.

“A tendência é caminharmos juntos. Trabalho para termos uma frente ampla, com Leila e Reguffe envolvidos nela”

O que o leva a ter tanta determinação para concorrer ao governo? – Eu não tenho nenhuma dúvida de que essa é a nossa hora. Estamos preparados. A população já nos conhece. Sabe do nosso compromisso com a cidade, com a população, principalmente, aquela abandonada, que carece de tudo em Brasília. Já demonstrei em todos os cargos que ocupei a minha capacidade, a minha vontade e determinação, o meu compromisso de devolver para essa cidade tudo aquilo que eu recebi. Tudo que eu sou, tudo que eu tenho, eu devo a esta cidade. Já tentei retribuir algumas vezes, como o Cheque Educação, que beneficiou mais de cem mil jovens e

foi a origem do Pro-Uni. Quando secretário de Ciências e Tecnologia, lançamos o DF Digital. Mais de 200 mil pessoas foram capacitadas. Criamos escolas técnicas, o bolsa universidade, distribuímos notebooks para os professores. Quais suas principais realizações como parlamentar? – No Congresso, como deputado e senador, busquei mudar tudo que era necessário mudar nas políticas de Estado, como o marco regulatório de Ciências e Tecnologia. Agora, o Fundo Nacional de Tecnologia, fruto de um projeto de minha autoria que começa a funcionar, garantindo recursos para o setor. Recursos que não podem ser contingenciados. Fui relator do Fundeb, que ampliou os recursos para a educação. Presidi as comissões que analisaram o novo ensino médio, que instituíram a nova regulamentação fundiária. Apresentei emendas habilitando o GDF a conceder incentivos fiscais como os demais estados da Federação. Então, tudo aquilo que era necessário aprovar, nós fizemos. Agora é preciso ter a caneta e executar. Um mau desempenho de sua candidatura seria uma pá de cal no futuro do PSDB local? – Não acredito nisso. Primeiro, porque a forma como eu tenho sido recebido na cidade, o carinho em todas as regiões administrativas, em todas as categorias profissionais; não vejo que teremos mau desempenho. Não tenho dúvida de que vamos ganhar as eleições e transformar Brasília na capital das oportunidades, realmente da esperança, a capital 100% digital. Com as pessoas sendo respeitadas, ninguém passando fome no DF, como está acontecendo hoje. Estou indo firme, pois chegou a nossa hora.

Ensino de jovens e adultos foi um dos que mais sofreu evasão durante a pandemia

EJA: Planejamento zero no governo Ibaneis Deixado em segundo, às vezes terceiro plano pela maioria dos governos estaduais e municipais, o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) foi uma das modalidades que mais sofreu evasão escolar no período da pandemia de covid-19. Sua retomada demanda estudos e levantamento de dados que o governo Ibaneis simplesmente não fez e, mesmo assim, “planeja” criar polos de EJA no DF, o que viria a dificultar ainda mais o acesso dessa parcela da população a algo que é um direito. Pelo “planejamento” do GDF, está prevista a concentração do EJA em alguns polos. Levantamento feito por Tião Honório, diretor do Sinpro, revela que um desses polos é o Colégio Cívico Militar, antigo CED 1, da Estrutural, e outro no CED 4, no Guará. Ocorre que a demanda por EJA está por todo o DF, principalmente nas novas regiões habitacionais que surgem a cada dia, como o Assentamento 26 de Setembro, em Taguatinga. Mas essas regiões não são monitoradas pelo governo, porque não existem oficialmente. Plano Distrital de Educação – Fruto de intenso debate entre a comunidade escolar, representantes da sociedade civil e do poder público, o primeiro Plano Distrital de Educação foi instituído pela lei nº 5.499/2015, com vigência de 2015 a 2024. No documento, observa-se que as metas 8, 9, 10 e 11 servem (ou deveriam servir) de horizonte para o trabalho de planejamento da Secretaria de Educação. Lá, estão previstos a garantia e o monitoramento de acesso de estudantes do EJA, a consolidação da educação EJA de forma integrada à educação profissional na rede pública de ensino; gestão pedagógica e administrativa do EJA; construção de centros de educação de jovens, adultos e idosos trabalhadores; elevação da taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 99,5% até 2018; oferta de ensino pú-

blico à população encarcerada; triplicação das matrículas da educação profissional técnica de nível médio. Para que sejam aplicadas devidamente, são necessários o monitoramento e a avaliação da aplicação do PDE. Os últimos dados disponíveis sobre esse monitoramento datam de 2018. Se considerarmos apenas o item 9.4, “Criar e manter o sistema SIEJAIT, articulado com a função dos agentes colaboradores da educação de jovens, adultos e idosos com a finalidade de identificar a demanda ativa por vagas de EJAIT na rede pública e realizar o acompanhamento do itinerário formativo”, descobrimos que o monitoramento desta meta está com o status “paralisado”. “Se essa meta fosse cumprida, a SEEDF não teria a desculpa de que não tem aluno pra EJA”, desabafa a pesquisadora Dorisdei Valente Rodrigues, coordenadora do Grupo de Trabalho Pró-Alfabetização do Fórum de Educação de Jovens e Adultos (GTPA/DF) e Doutora em Tecnologias de Educação pela UnB. De acordo com levantamento do GT18 da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), de outubro deste ano, o DF possui 421.169 cidadãos e cidadãs com idade entre 18 a 85 anos sem o ensino fundamental completo. A meta 9 do PDE, que prevê a erradicação da taxa de analfabetismo, não foi cumprida. Dorisdei lamenta: “com relação à EJA no DF, a SEEDF não atualiza os dados ao nosso grupo de trabalho. Mas pelos nossos levantamentos, o DF não avançou em nenhuma das metas do PDE”.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


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Satélites

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Por Gabriel Pontes

BRASÍLIA

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Insegurança e falta de manutenção na rodoviária O deputado Chico Vigilante (PT) convidou comerciantes, rodoviários e lideranças da rodoviária e o GDF para uma audiência pública na Câmara Legislativa na quarta-feira (8). Durante a reunião, houve consenso com relação às reclamações sobre violência, riscos de incêndio e equipamentos quebrados no terminal. O chefe do departamento de Edificações da Novacap – um dos órgãos

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Vacina – Os 230 mil brasilienses que ainda não se vacinaram contra a covid-19 poderão escolher o imunizante que preferirem. A Secretaria de Saúde possui mais de um milhão de doses da AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer-BioNTech para aplicação da D1, segunda dose e dose de reforço. Basta procurar um dos postos.

responsáveis pela manutenção e zeladoria da rodoviária –, Carlos Alberto Spies, disse que está preocupado com a falta de segurança e o risco de incêndios. Citou problemas de infiltração em reservatórios de água, elevadores e escadas, entre outras questões estruturais. O secretário das Cidades, Valmir Oliveira, garantiu que o GDF dará velocidade às ações e obras no local já no início de 2022.

ÁGUAS CLARAS LÚCIO BERNARDO JR/AGÊNCIA BRASÍLIA

GAMA

Cãoterapia contra ansiedade DIVULGAÇÃO

Os estudantes do Centro Educacional 8 do Gama estão tendo apoio de Nina, uma cadela de 5 meses de idade, para ajudá-los a vencer crises de ansiedade, deixando o ambiente mais alegre e proporcionando momentos de relaxamento e união. Nina é a estrela do projeto Cãoterapia e tornou-se símbolo de esperança e recomeços. Segundo a diretora do CED 8, Eufrázia de Souza, a Cãoterapia foi implementada a partir da observação das situações de estresse desenvolvidas durante a pandemia. “Depois da volta presencial, percebemos que os estudantes estavam muito debilitados”, conta. As crianças interagem mais e participam de iniciativas como

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a construção da casa da cadela – feita com material reciclável. Durante essa atividade, os professores trabalharam conceitos importantes, como sustentabilidade, ciência e cidadania. A meta para 2022 é ampliar as ações para as casas dos estudantes durante os fins de semana e levar o projeto para outras escolas.

DISTRITO FEDERAL

CLDF libera IPVA para carros elétricos De cara nova A pista de skate da Praça das Araras, na Quadra 107 de Águas Claras, ganhou uma pintura e está de cara nova. O local é um dos 28 equipamentos públicos nos quais os alunos do Renova/ DF estão atuando na recuperação e manutenção, ao mesmo tempo em que se qualificam profissionalmente. Ao todo, 25

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

alunos do terceiro ciclo do programa participaram da iniciativa e recuperaram buracos e pontos desnivelados dos dois bowls (pistas de skate em formato côncavo, como uma piscina vazia). Também pintaram as pistas, bordas e áreas planas adjacentes. A próxima etapa da manutenção será a soldagem dos corrimões de apoio.

Como incentivo ao uso de veículos elétricos no DF, o governo poderá isentar os proprietários desses automóveis do pagamento do IPVA. A proposta dos deputados Rafael Prudente (MDB) e Eduardo Pedrosa (DEM) foi aprovada com 17 votos a favor e nenhum contrário na quarta-feira (8). O PL vai à sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB). De acordo com o texto, a isenção será concedida aos “automóveis mo-

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vidos a motor elétrico, inclusive os híbridos, movidos a motores a combustão e a motor elétrico”.

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Brasília Capital n Cidades 9 n Brasília, 11 a 17 de dezembro de 2021 - bsbcapital.com.br

SUS atravessa deserto da covid sem sinal da terra prometida Construímos estádios faraônicos para a Copa do Mundo de Futebol, depois fomos flagelados pela praga da covid-19. Nesse paralelo com a narrativa bíblica da saída do povo hebreu do Egito, passamos até pela cena de tendas no deserto – hospitais de campanha de lona montados em cidades esvaziadas, com os cidadãos pouco circulando para evitar a contaminação pelo coronavírus. Muito se falou dos “legados” dos grandes eventos internacionais realizados no País. Muito pouco se concretizou, além dos elefantes brancos em forma de estádios monumentais, uma cidade olímpica meio fantasmagórica subutilizada no Rio de Janeiro, obras inacabadas e muito desperdício de dinheiro público. Na fase do deserto – a pandemia da covid-19 –, a sensação de desperdício continua. Desta vez, com os imensos hospitais de campanha de lona. Tanto dinheiro investido no enfrentamento à pandemia pouco deixa de “legado” à saúde pública – talvez uma quantidade maior de respiradores e camas hospitalares, que se não tiverem manutenção adequada em

pouco tempo estarão sucateados. Aqui no DF, tivemos uma única ampliação, ou melhor, um prédio premoldado anexado ao Hospital Regional de Ceilândia, feito pela iniciativa privada. O resto foi ocupação provisória do Hospital da PM e de uma área do estádio Mané Garrincha. No mais, lona e divisórias. A quantidade de profissionais de saúde para atendimento à população não aumentou, pois as contratações foram provisórias – há até trabalhadores da Saúde que até hoje não receberam todo o pagamento devido pela Associação Saúde em Movimento. Ou seja, parte do aprendizado que os profissionais tiveram na assistência às pessoas internadas por infecção da covid se perdeu, porque aqueles profissionais, ao fim dos contratos temporários, foram dispensados, não têm vínculo com a Secretaria de Saúde, que lhes virou as costas. Outro tipo de desperdício: o de talentos. Nas unidades tradicionais do sistema público de saúde foram feitas adaptações – também provisórias – para aco-

modar o grande fluxo de pessoas infectadas. Mas tudo tem sido paulatinamente desmontado para retorno à rotina assistencial pré-pandemia. Não que a estrutura fosse suficiente para a demanda que já existia. Continua não sendo: não tem profissionais em quantidade suficiente, não tem insumos suficientes, não tem leitos suficientes. A gestão pública da saúde no DF é um exemplo de esmero em insuficiência – deixa faltar tudo. Salvo o desempenho de alguns técnicos, a gestão do enfrentamento à pandemia no DF trilhou mais caminhos de interesse político do que epidemiológico, quando não, suspeitos descaminhos de desvios e corrupção. Temos um saldo de perdas de vida que poderia ter sido evitado com uma atuação mais eficiente e um contingente de profissionais de saúde extenuado pelo esforço empreendido ao longo dos últimos 22 meses. O SUS, exaltado durante o período crítico da pandemia, continua sendo maltratado, subfinanciado e mal administrado.

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

O que se poderia esperar da nossa peregrinação pelo deserto da covid-19 é que a gestão pública da saúde tivesse se aprimorado para dar respostas rápidas às deficiências que, mesmo não sendo emergências sanitárias de nível mundial, continuam custando dor, sofrimento e vidas humanas inestimáveis.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Dia Internacional da Luta contra a Aids Simone Andrade (*) DIVULGAÇÃO

Comemoramos em 1º de dezembro o dia internacional da luta contra a Aids, cujos primeiros casos foram registrados nos Estados Unidos na década de 1980. Bem antes, Haiti e África Central já mencionavam casos de uma doença que os médicos não conseguiam explicar. Em 1981, o Centro para Controle de Doenças (CDC) divulgou as primeiras informações sobre possíveis casos, um relato a respeito de cinco jovens gays diagnosticados com uma infecção pulmonar incomum conhecida como Pneumocystis carinii (PCP). Dois deles haviam morrido.

A falta de conhecimento sobre o vírus levou a milhares de mortes, preconceito e estigma por parte da sociedade. A Aids foi considerada uma doença apenas de homossexuais. Era chamada de peste gay e doença dos (5H). Em 1982, os ativistas Michael Callen e Richard Berkowitz criaram o primeiro panfleto com aconselhamentos sobre sexo seguro, intitulado “Como fazer sexo em uma epidemia: uma abordagem”. Personalidades como a princesa Diana e Magic Johnson contribuíram para reduzir estigmas. Ela, ao visitar e cumprimentar, sem luvas, doentes com Aids; ele, ao divulgar que havia testado positivo para HIV, demonstrando que qualquer pessoa poderia ser contaminada. Após 40 anos dos primeiros casos, existem tratamentos eficazes a que todos têm acesso no Brasil.

A partir de 1998, o País começou a investir em políticas de prevenção. Graças ao trabalho do SUS, o Brasil foi considerado pela ONU, em 2013, pioneiro na luta contra a Aids. Durante a pandemia da covid-19, o índice de abandono do tratamento aumentou, chegando a 10%. A OMS alerta sobre a queda no número de pessoas testadas para HIV no período. Ainda não existe cura. Mas, atualmente, há mais pesquisas e informações disponíveis, tratamentos mais eficazes e que contribuem para que uma pessoa com HIV/ Aids leve uma vida quase normal. Porém, uma coisa não mudou muito: o preconceito e o estigma sobre a doença. Pesquisas demostram que 64% de pessoas que vivem com HIV já sofreram discriminação no Brasil. Já não basta ter que lidar com angústia e medo ao

se deparar com o diagnóstico? Isto leva a um balanço interno de qualquer pessoa que esteja seja com qual for a doença. Além de lidar com tudo isso, a pessoa com HIV/ AIDS muitas vezes precisa enfrentar isso sozinha e em silêncio, por não se sentir confiante de compartilhar nem mesmo com a família. O medo do preconceito é motivo de grande sofrimento emocional. E leva à necessidade de suporte psicológico. Fazem parte do tratamento o apoio para lidar com as dificuldades na elaboração do diagnóstico, na avaliação da maneira de pensar e agir diante das mudanças necessárias, e na busca de estratégias funcionais para lidar com o meio social e familiar, às vezes sua principal rede de apoio. (*) Psicóloga


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I N FOR M E

Arte|Fato em clima de fim de ano Projeto do Sindicato dos Bancários chega à 18ª edição celebrando os desafios superados e evocando esperança de dias melhores Com direito a músicas interpretadas pelo Coral de Funcionárias e Funcionários do Banco do Brasil, sob a regência do músico Daniel Souto de Morais, a vibe natalina traz também muito reggae, com Rondi Saraiva e banda, na qual toca o saxofonista aposentado da Caixa Econômica Federal, Eliézer Ferreira Lobo, e o percussionista multi-instrumentista Felipe Fiúza. Garantia de muita energia e axé para abençoarmos o Ano Novo com todas as forças de nossa afrodescendência e positividade! O programa desta terça-feira (14), às 20h, receberá também Juliana Valentim, jornalista e autora de três livros, editora chefe da Revista Traços, para um bate-papo descontraído sobre a cultura do quadradinho. Os dirigentes sindicais Sandro Silva Olivei-

ra, diretor de Cultura do Sindicato, Fátima Suzana Marsaro, funcionária aposentada do Banco do Brasil e atual diretora do Sindicato, trarão as mensagens de boas festas para todos. A atual gestão, sob presidência de Kleytton Morais e toda a diretoria comprometida com a atuação cidadã tem o prazer de realizar a transmissão quinzenal do programa, ao vivo, pelo canal do Sindicato no YouTube, em youtube.com/user/bancariosbsb , sempre a partir das 20h, com reprises na TV Comunitária de Brasília em horários variados. Serviço: ARTE|FATO – XVIII Edição Dia: Terça-feira, 14 de dezembro Horário: 20h Transmissão ao vivo: www.youtube.com/user/bancariosbsb Classificação indicativa: Livre para todos os públicos

Marca de sapatos Noha chega a Brasília Criada há cinco anos, a Noha inaugurou, quinta-feira (9), a sua primeira loja em Brasília. A 17ª unidade da rede está no Parkshopping. A história da marca de sapatos começou de forma despretensiosa, a partir de uma viagem de quatro amigos pernambucanos à Itália, e acabou virando um case de sucesso. O que mais chamou atenção dos sócios, João Paulo Andrade Lima, Gustavo Krause e Simon Carazzone foi a forma elegante como os homens italianos se vestem. De volta ao Brasil, os amigos de infância colocaram no papel os primeiros rabiscos de uma coleção de calçados que pretendiam comercializar e foram à procura de uma fábrica que pudesse tirar do papel e tornar aquele sonho uma realidade. Os primeiros 360 pares de sapatos foram vendidos em um quartinho dentro da casa de

um dos sócios e depois no Instagram e-commerce. Em menos de um ano, a Noha abria a primeira loja física em um shopping em Recife e lançava o projeto de franquias da marca pelo país e hoje é um sucesso.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Feira Itinerante de cerâmica Artistas ceramistas criaram a Feira Itinerante de Cerâmica Autoral. As peças artísticas e utilitárias expostas exprimem o trabalho cuidadoso de pessoas que compartilham momentos de calma, paciência, prática e introspecção por meio da arte. O evento acontece no sábado (18), das 10h às 18h, no Quanto Café, na 103 Norte. Informações: 61-98654-2569

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Sinduscon recebe medalha Mérito Economia O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Dionysio Klavdianos, foi um dos 210 condecorados com a Medalha Mérito Economia, dedicada a agentes públicos, servidores, cidadãos e empresários que contribuem para o desenvolvimento e fortalecimento da eco-

nomia do Distrito Federal. A honraria foi criada pela Secretaria de Economia do DF. O evento ocorreu na segunda-feira (6), no espaço Dúnia City Hall, no Lago Sul, e contou com a presença do governador Ibaneis Rocha, do vice, Paco Britto, e do secretário de Economia, André Clemente.


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QUESTÕES DA ALMA

Anna Ribeiro Uma chuva de sensações As gotas batendo no meu rosto eram mensagens criptografadas do céu para mim. A mensagem principal era: seja livre, viva, sinta, mas sobretudo, arrisque-se! Um banho de sensações. O tempo subitamente mudou. O azul deu lugar ao cinza. As árvores sofriam a ação implacável do

vento. Observava atenta a movimentação dos galhos. Sucumbir ou suportar, perguntava-me a cada aceno. Quase que em sequ-

ESPÍRITA

José Matos Você, Deus e o aproveitamento da vida Não importa como a vida tem acontecido a você. O que importa é: que proveito você tem tirado dessas experiências para ser um ser de luz, um colaborador de Deus? Não somos daqui. Viemos para um aprendizado e realização de tarefas que despertem em nós sabedoria e amor, como ensinou Emanuel. Na volta, não se queixe para Deus. Ele sabe de tudo. Ele quer saber é se você cresceu, cooperou com seu próximo, que proveito ti-

rou, que bem você fez, quão melhor você tornou-se. Todos nós passamos por sofrimento e a cada um o sofrimento e as companhias adequadas para despertarem a nossa parte divina. Mas, é importante que você seja aberto para aprender com outros ilu-

ência veio o que já era anunciado pelo vento: a chuva. Chuva forte daquelas que parecia sem fim. Chuva forte. Lá fora, tudo incerto. Trovões, poças, folhas ao chão. Do lado de cá da janela, também chovia e muito. Chuva chove o que tem pra chover. É como uma crise de choro. A gente chora até secar a fonte. Forças da natureza: a gente chove, queima, inunda, arrebenta. Por aqui chovia. Não sei direito o que aconteceu, mas assistir à chuva me fez entender meu momento. Chuvosa. Eu não sei você, mas eu tomei muitos banhos de chuva. Eu tinha uma sensação de realizar algo quase profano. O peso das gotas batendo no meu rosto. Eu tinha certeza que eram mensagens criptografadas do céu para mim.

minados de pensamentos diferentes. Se um pomar tem 100 flores diferentes, por que tirar néctar só de uma? Aja localmente e pense globalmente! O pastor, o padre, cada um, acha que a sua religião é a melhor, mas o que importa é se praticam o amor ao próximo ensinado pelo Mestre. Não importa como a vida tem acontecido a você. O que importa é: que proveito você tem tirado dessas experiências para ser um ser de luz, um colaborador de Deus? “Sempre pensamos em termos de amar o próximo, mas a menos que amemos a nós mesmos, é impossível amar o próximo”. Tudo que você tem de ruim piorará com o tempo se você não se empenhar para melhorar-se ou tratar-se. Com William James, aprendemos: “A maior descoberta de minha geração é que o ser humano pode alterar a sua vida mudan-

E de fato eram. A mensagem principal era: seja livre, viva, sinta, mas sobretudo, arrisque-se! É o que venho fazendo desde então. Corro riscos, choro, chovo, faço frio, esquento, queimo. Ando solta, solta mesmo. Solta livre, solta sem chão. Ambígua como sempre. Não categorizo sensações, estou me atentando a apenas senti-las. A maior parte do que sentimos é, em essência, neutro. Nós é que polarizamos as coisas. A lágrima não é. A lágrima está em algum lugar dentro da gente que a torna um transbordamento alegre ou triste. Leva muito tempo e treino para a gente aprender a ser frágil. Anna Ribeiro Escritora

do sua atitude mental”. Faça amizade com boas pessoas. Tudo que temos e sabemos de bom aprendemos com boas pessoas. “É junto dos bão que a gente fica mió!” Aprenda com Maria Paula: “Todos, em algum momento, entrarão em contato com algum desafio dolorido: a perda de alguém que amamos, uma doença, um acidente. Enfim, não há como passar pela vida sem experimentar a dor. “No entanto, a forma como lidamos com essas experiências é que pode nos libertar e promover crescimento ou nos aprisionar em lamentações, jogos de acusação e incapacidade de assumir responsabilidade”. Viver é crescer ética e solidariamente e compartilhar! José Matos

Professor e palestrante


Brasília Capital n Gastronomia n 12 n Brasília, 11 a 17 de dezembro de 2021 - bsbcapital.com.br

Gastronomia ESPECIAL DICAS DE NATAL

Dedé Roriz

CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO

Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz

DF é vice no concurso O Quilo é Nosso 2021 Um prato vegetariano, com ingredientes do Cerrado, deu ao restaurante Flor do Cerrado Gastronomia, da chef Caroline Coelho, o segundo lugar no concurso O Quilo é Nosso 2021, realizado pela Abrasel-DF. O Ceviche do Cerrado, feito com caju, banana da terra e manga, encheu de orgulho os brasilienses no Mesa ao Vivo SP, evento que anunciou o campeão do concurso. Atrás apenas do Filé de Pescada Recheado com Vatapá e Vinagrete de Camarão, do Chef Tiago Faleiros do restaurante Arroz com Feijão, de Franca (SP), o prato do DF contém muito sabor e personalidade. Em terceiro lugar, ficou o restaurante Beggiato, da chef Fernanda Chiari Beggiato, de Belo Horizonte (MG), com o prato Almôndegas de Lentilhas e Chutney de Abacaxi. O Quilo é Nosso, promovido pela Abrasel, com apoio da revista Prazeres da Mesa e patrocínio da Coca-Cola Brasil e Sodexo, reconhece e valoriza a gastronomia dos restaurantes a quilo, um gênero genuinamente brasileiro. Os pratos foram preparados pelos chefs nas instalações da faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da Abrasel.

PIZZA DOM BOSCO

Dicas de beleza

A tradição chega à 414 Sul

BEAUTY STOP-MR BARBER

Uma das mais tradicionais pizzarias de Brasília inaugurou uma nova unidade na 414 Sul. A casa está sob o comando dos empresários Enildo Veríssimo e sua esposa Valéria. Além das pizzas com muito molho, queijo e orégano, também estão servindo tortas, doces e disponibilizando mesas e cadeiras para quem quiser sentar-se. Mas mantiveram o famoso balcão da rede Dom Bosco. Para encarar o novo desafio, Valéria juntou suas duas paixões: as pizzas Dom Bosco e seus doces. Ela, que faz todo tipo de guloseimas para festas e casamentos, disponibilizou na loja as incríveis tortas de red velvet e de chocolate, docinhos dos mais variados – brigadeiros, cajuzinhos e o delicioso creme brulle. Lá, você ainda vai encontrar bolos no pote, coxinha de morango pra sobremesa com o cafezinho (outra novidade).

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Um tapa no visual enquanto lava o carro

MAIS INFORMAÇÕES: Pizza Dom Bosco 414 Sul Instagram: @pizzasdomboscobsb Encomendas para o Natal: 61-99161-3000 $

O posto de gasolina da 214 Sul virou o point da beleza. Tem espaço para a vaidade feminina e masculina. Para as mulheres, a Beauty Stop, da empresária Camila Benac. Para os homens, ao lado, a barbearia, do Orlando. Assim, enquanto os clientes aguardam a lavagem do carro, podem cortar o cabelo e fazer a barba. Camila trouxe para o salão o cabeleireiro Francisco Borges, mais conhecido como Xiquinho, especializado no “morena iluminada”. Suas clientes o tratam como o “mago dos cabelos” e vêm de toda parte do DF para serem atendidas por ele Na Beauty Stop você ainda encontra serviços de manicure e pedicure, com a Ceiça; e de depilação e alongamento de unhas, com a Carlinha.

MAIS INFORMAÇÕES Instagram: @beautystop_oficial Agendar um horário: 61-99977-0214 $ MR BARBER Instagram: @mr.barber_oficial Marcar horário: 61-98491-5655 $


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