Ano IX - 495
UCB propõe ao GDF mesmo TAC de 2 anos atrás
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Memória fraca:
Pelaí – Página 3
Menos é Mais:
pagode do DF é sucesso nacional e causa ciúme
Brasília, 19 a 25 de dezembro de 2020
Página 9 DIVULGAÇÃO FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Café da manhã na ACIT reuniu representantes de entidades taguatinguenses e de todo o DF: população quer cidade arborizada
Taguatinga
verde
Este é o nome do comitê suprapartidário criado durante encontro organizado pelo Brasília Capital, com patrocínio da ACIT. Movimento surgiu após artigo de Jacy Afonso mostrar que a Avenida Comercial só tem uma árvore. Comunidade quer transformar calçadão do centro, Páginas 6 e 7 que está em obras (foto), em área de efervescência cultural.
Pazuello desdenha da “angústia e ansiedade” dos brasileiros pela vacina
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Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 19 a 25 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br
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14º salário para aposentados Em meio ao caos da pandemia, o pagamento do 13º salário foi antecipado aos beneficiários do INSS nos meses de abril e maio. Em julho deste ano, foi proposto no Senado o projeto de lei para o pagamento do 14º salário aos aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS (quem recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão). Posteriormente, em agosto, na Câmara dos Deputados foi proposto outro projeto de lei que estende o 14º para os anos de 2020 e 2021, bem como limita o abono anual até dois salários-mínimos. Com a chegada do fim do ano,
o burburinho do 14º salário voltou à ativa com força total, e muitos se questionam se realmente vai sair ou não essa benesse aos beneficiários do INSS. Na semana que passou, em live da Comissão de Direitos Humanos do Senado, diversos especialista apresentaram as justificativas para a aprovação do projeto de lei, pois o principal objetivo do 14º é ajudar o grupo de beneficiários que recebe apenas um salário-mínimo, pois além de amparar as finanças familiares dos aposentados/pensionistas, será mais uma injeção de recursos na economia. Na enquete virtual proposta
pelo Senado, 99% dos participantes manifestaram-se a favor da criação do 14º salário emergencial para segurados e dependentes do Regime Geral da Previdência Social, em razão da pandemia. Ainda não há nada decidido a respeito do 14º. Contudo, se houver esforço político por parte dos deputados e senadores, é possível que o projeto de lei seja pautado, votado e aprovado ainda neste ano. Agora é o momento de aguardar a boa vontade dos nossos governantes e legisladores, a fim de que seja liberado aos aposentados e pensionistas essa gratificação natalina emergencial.
Atrás da Bósnia Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
A Bósnia é um pequeno país dos Balcãs, que integrou a antiga Iugoslávia, e que foi recentemente devastado por uma guerra civil. Constitui, junto com a Albânia, a Macedônia do Norte, a Armênia, a Sérvia, a Geórgia e a Ucrânia (os três últimos também recentemente assolados por guerras civis), o grupo de países com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Europa. Pois o PNUD divulgou, na terça-feira (15), que, em 2019, todos esses países possuíam IDH superior ao do Brasil. O IDH apura a renda per capita, expectativa de vida e acesso à educação, e é o principal indicador da qualidade de vida de um povo. O Brasil, com IDH de 0,765, ficou no vexatório 84º lugar no mundo, conseguindo a proeza de estar abaixo de países como Cazaquistão, Sri Lanka, Omã e Peru. O Brasil ficou acima, basicamente, dos países africanos, do subcontinente indiano e dos mais miseráveis da América Latina.
É importante observar que o País vinha avançando razoavelmente neste indicador, saltando de 0,651 em 1995 para 0,727 em 2010 e para 0,756 em 2015, ficando em 75º lugar no ranking mundial. Mas, a partir do golpe de 2016, que abriu caminho para a implantação das reformas liberais, não só a economia estagnou, mas também o IDH, que subiu pífios 0,09 pontos, fazendo o país cair nove posições no ranking mundial. E certamente cairá mais neste ano catastrófico de 2020. O quadro piora ainda mais quando observamos o indicador de concentração de renda (índice de Gini), no qual o Brasil ficou em 181º no ranking, só a frente de países como África do Sul e Namíbia, onde vigorava o apartheid racial (e social). Se considerada a diferença entre a renda apropriada pelo 1% mais rico versus os 50% mais pobres, o Brasil (onde essa diferença é de 100 vezes), torna-se o vice-campeão mundial, ficando abaixo apenas do Catar, monarquia absolutista do Oriente Médio. Por aqui, o 1% se apropria de cerca de 30% da renda total, enquanto os 50% mais pobres ficam com 15%. Deve-se ressaltar que a diferença real é ainda maior, pois a renda dos mais
ricos é sabidamente subdeclarada. E em relação à riqueza acumulada, a diferença entre os dois estratos é superior a 300 vezes. Se é fato que a qualidade de vida do povo e a concentração da renda pioraram a partir de 2016 com as reformas liberais de Temer e Bolsonaro, isso não quer dizer que a situação anterior era confortável, ou seja, trata-se de um problema estrutural, que nem os inegáveis avanços sociais nos governos Lula e Dilma conseguiram eliminar ou mesmo mitigar de forma expressiva. Na raiz do problema está o sistema tributário, fortemente regressivo: no Brasil, tributa-se os rendimentos do trabalho, a produção e o consumo, e isenta-se os ganhos de capital e a riqueza. Em suma, sem uma mudança do modelo tributário, continuaremos ladeira abaixo. Ah, sim. Cuba e Irã, dois países massacrados pelo boicote econômico norte-americano e tão criticados pelos “amarelinhos”, ficaram 14 posições acima do Brasil no ranking do IDH. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
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Expulsão – Acusado de usar o mandato para defender interesses empresariais, José Gomes foi expulso do PSB na quinta (17). Outro que arrumou confusão foi Hermeto. Participou da sessão da Câmara e em seguida foi diagnosticado com covid-19. Servidores e parlamentares que mantiveram contato com ele ficaram em isolamento. Entre os quais, Cláudio Abrantes, Reginaldo Veras, Rafael Prudente e Júlia Lucy. Esta recebeu o resultado do teste na sexta (18) e comemorou: “Uhuuu! Negativo!”.
Recall de TAC A Universidade Católica de Brasília (UCB) aposta na falta de memória do GDF para continuar ocupando uma enorme área pública em Taguatinga Sul sem dar qualquer contrapartida à comunidade. ACORDO – Em 2018, no apagar das luzes do governo Rollemberg (PSB), a UCB fez um acordo com a então administradora regional, Karolyne Guimarães (foto), para transformar o estacionamento em um parque, onde seriam instalados vários equipamentos de lazer.
ANTÔNIO SABINO
EMBROMATION – Desde então, nada aconteceu. Mudou o governo e a embromação da UCB continua. Na última semana, durante a reunião sobre a arborização da cidade (leia páginas 6 e 7), o atual administrador informou que a Católica pretende investir R$ 30 milhões no suposto parque. TAC – Exatamente o que foi prometido em 2018. Bispo Renato Andrade deveria conferir aquele processo do TAC. E, quem sabe, ouvir a antecessora Karolyne Guimarães...
ALE MOTTA
Paradas-palanque As paradas de ônibus viraram palanques. Na segunda (14), os distritais Fernando Fernandes (Pros), Valdelino Barcelos (PP), Chico Vigilante (PT) e o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), fizeram uma blitz nos coletivos que circulam em Ceilândia. No dia seguinte, a comitiva foi a Planaltina. ÓBVIO – Em Ceilândia, descobriram o óbvio: 40% dos ônibus andam superlotados, mesmo na pandemia. A Secretaria de Mobilidade prometeu recolocar em circulação 50 dos 247 coletivos
retirados das viagens durante as férias escolares. Detalhe: ao contrário dos usuários, que não têm outra alternativa, nenhum deputado embarcou nos busus.
dem os motorista e cobradores que cobram o cumprimento da norma”, diz o sindicalista. Vigilante cobrou a higienização dos ônibus que circulam no DF.
ÁLCOOL – Chico Vigilante observou que as empresas não estão disponibilizando álcool em gel para os usuários. O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, João de Jesus, reclamou da dificuldade que a categoria tem para controlar o uso de máscaras nos coletivos.
BOM DIA! — Na sexta-feira (18), foi a vez da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania foto) ir para uma parada na BR020, às 5h da madrugada, com o distrital João Cardoso (Avante), que há anos faz isso. Já Paula Belmonte, que tem uma agenda semanal de visitas a cidades do DF, retornou ao local onde pediu votos em 2018. Alguém duvida que 2022 já começou?
AGRESSÕES – “Algumas pessoas não querem obedecer e até agri-
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Angústia e ansiedade ISAC NÓBREGA/PR
Ao lançar plano de vacinação com atraso e sem data para início da imunização, ministro da Saúde desdenha das vítimas Enquanto países como Chile, Reino Unido e Estados Unidos já iniciaram a imunização contra a covid-19, só na quarta-feira (16) o governo brasileiro anunciou o seu plano nacional de vacinação. Para chegar ao estágio inicial de planejamento da vacinação, que é o plano, foram necessários pelo menos três pedidos de esclarecimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, o Ministério da Saúde não estipulou datas para o início da aplicação dos imunizantes. A pasta alega que aguarda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar uma ou mais vacinas para que o plano entre em vigor. Até o momento, nenhum pedido de registro foi feito à Anvisa. A expectativa é que o Instituto Butantan peça a validação da CoronaVac ainda neste ano - já que o governo do estado de São Paulo pretende começar a vacinação em 25 de janeiro. Segundo o ministro da Saúde, general Eduardo
Bolsonaro e Pazuello armaram um teatro para anunciar um plano de vacinação que não tem data pra começar e sem seringas e imunizantes
Pazuello, a vacinação deve ser concluída em 16 meses. Até o momento, o novo coronavírus já causou mais de 182 mil mortes no Brasil e contaminou 7 milhões de pessoas. Apesar da pressa de todo o mundo para que a pandemia acabe, o governo federal segue a passos lentos, em comparação com nações que possuem a mesma realidade do Brasil.
Durante o lançamento do plano, em cerimônia com a presença do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde ainda questionou as expectativas da população em relação à vacinação. "Para que essa ansiedade, essa angústia?". Por que será, Pazuello? VACINAS – Há uma série de vacinas candidatas na fase final dos testes, mas o governo não especi-
ficou qual delas será usada, por ainda não ter fechado um contrato final com nenhuma farmacêutica. Entre as negociações estão a de Oxford/AstraZeneca, com produção no Brasil pela Fiocruz, a Pfizer/BioNTech, a Janssen, o Instituto Butantan/Sinovac, a Bharat Biotech, a Moderna, a russa Gamaleya e a Moderna. Ao todo, serão compradas cerca de 350 milhões de doses.
Grupos prioritários O Plano prevê quatro grupos de pessoas a serem prioritariamente vacinadas. Somados, estes grupos reúnem cerca de 50 milhões de indivíduos, o que demandará 108,3 milhões de doses, já incluindo 5% de perdas e duas doses para cada pessoa em um intervalo de 14 dias. O primeiro grupo a ser vaci-
nado na Fase 1 é formado por trabalhadores da Saúde (5,88 milhões); pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões); pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões); e indígenas com idade acima de 18 anos (410 mil). A Fase 2 é formada por pessoas de 70 a 74 anos (5,17 milhões); de 65 a 69 anos (7,08 milhões); e de 60
a 64 anos (9,09 milhões). Na Fase 3, a previsão é vacinar 12,66 milhões de pessoas acima dos 18 anos que tenham as seguintes comorbidades: hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares,
indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40). Na Fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior (2,34 milhões), forças de segurança e salvamento (850 mil) e funcionários do sistema prisional (144 mil).
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Doação de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade: “conhecer e transformar essas realidades”
Um Senhor Sindicato Entidade representativa dos bancários de Brasília inicia preparativos para a comemoração do seu sexagenário: uma história de lutas Ao completar 59 anos no dia 23 de novembro, o Sindicato dos Bancários de Brasília comemora o rumo ao seu sexagenário, em 2021, com muita ação solidária e luta. Desde a sua fundação, a entidade lidera as lutas da categoria e se envolve na defesa dos interesses da sociedade.
Em 2020, o sindicato participou ativamente de campanhas para minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, potencializando ainda mais a representação das bancárias e dos bancários. Durante as negociações salariais, mobilizou e organizou a categoria, que participou de assembleias virtuais com mais de 10 mil trabalhadores. O acordo coletivo da categoria foi aprovado por mais de 80% dos participantes. Ator político de peso no Distrito Federal, o Sindicato dos Bancários tem atuado em defesa da democracia – uma de suas bandeiras históricas desde o período da redemocratização do Brasil. A entidade teve participação fundamental na luta contra a
carestia, no impeachment do ex-presidente Fernando Collor, no combate ao golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff. No momento atual, coloca-se como referência na defesa dos empregos, dos direitos, das empresas e serviços públicos e da soberania nacional. Nessas seis décadas de existência, o Sindicato buscou estreitar o diálogo com a sociedade. Para tanto, além das ações cidadãs que promove, abre as portas do seu Teatro, em sua sede na 513 Sul, onde ocorrem eventos fundamentais para Brasília. A casa de espetáculos, não raro, se torna em espaço para reuniões e debates relevantes para a cidade e para o País.
Solidariedade Bancária leva alimentos a mais de 4 mil famílias no DF e Entorno Na atual fase de enfrentamento à covid-19, a entidade tem se solidarizado com as categorias e grupos sociais mais vulneráveis. A partir de
doações de bancários, o sindicato arrecada recursos que, até quinta-feira (17) somavam mais de R$ 160 mil. O dinheiro foi repassado à
campanha “Quem tem fome tem pressa”, uma inspiração nas ações realizadas pelo sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, na década de 1990.
Fundo financeiro emergencial O Comitê de Solidariedade Bancária de Combate ao Coronavírus, criado em abril pelo Sindicato dos Bancários, conta com a ajuda da categoria para formar um fundo financeiro emergencial para levar segurança alimentar e sanitária aos que vivem em situação de vulnerabilidade social. A primeira ação, em 1º de maio, realizou doações das cestas de alimentos e materiais de higiene às famílias da cooperativa de catadores da Rede Centcoop, à Cooperativa de Egressos Coopernabrás, e ao Acampamento 10 de Junho, em Ponte Alta, no Gama. Já foram atendidas 2.300 famílias com recursos doados pelos 2.500 bancários de Brasília. Neste final de ano o Comitê entregará 2 mil cestas na comunidade Quilombola de Cavalcante. Também fazem parte do público a ser atendido, mulheres em situação de violência, pessoas em situação de rua, LGBTQ+, assentados da reforma agrária e catadores de materiais recicláveis. Integrantes da coordenação da Campanha, Antônio Abdan (diretor de Relações com a Comunidade) , Humberto Maciel (diretor) e Eduardo Araújo (diretor de Finanças do Sindicato), reforçam o convite para quem quiser conhecer mais ou colaborar com a campanha acessar o link https://quemtemfometempressa.bancariosdf. com.br/index.php/objetivos/ ou clicar no QR Code abaixo.
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A calçada do Centro Cultural da EIT (Teatro da Praça) e da Academia Taguatinguense de Letras está sendo revitalizada e vai ganhar novo paisagismo. Comitê Taguatinga Verde quer plantio de árvores em toda a Avenida Comercial
Taguatin Comitê suprapartidário vai acompanhar projeto de arborização da cidade Rodrigo Rodrigues
Justo Magalhães
Washington Domingues
Orlando Pontes
Edvaldo Brito
Nina Amorin
José Wilson Cabral Filho
Ana P
Marcelo Pietra
Bispo Renato Andrade
O plantio de árvores ao longo dos quatro quilômetros da Avenida Comercial Norte virou um compromisso da sociedade de Taguatinga. Na principal via da cidade, que tem 250 mil habitantes, existe apenas um solitário pé de munguba, na QNE 17, em frente à Agência do Banco do Brasil. O dado preocupante tornou-se público a partir de um artigo do presidente do PT do Distrito Federal, Jacy Afonso, publicado na edição 493 do Brasília Capital e fez surgir um movimento suprapartidário para o plantio de mudas na via e em outros setores de Taguatinga. O projeto de arborização foi encampado pela Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit) e tema de uma reunião organizada pelo Brasília Capital na quarta-feira (16). O
encontro contou com a presença de representantes de diversas entidades (leia relação abaixo) e do administrador regional, Bispo Renato Andrade. Foi criado o Comitê Taguatinga Verde, que ficará encarregado de organizar as ações para plantio de mudas em toda a Região Administrativa, com prioridade para a arborização e paisagismo da Avenida Comercial, incluindo a área central e a parte Sul da via. Caberá ao Comitê, por exemplo, cobrar da Administração Regional a indicação dos locais onde poderão ser plantadas as mudas. Como símbolo do início da campanha, o grupo sugeriu o transplante de uma árvore adulta – provavelmente uma palmeira. A ideia é mostrar que o trabalho não sofrerá interrupção até que a Comercial recupere o verde que ostentava até as décadas de 1980/90.
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FOTOS: ANTÔNIO SABINO
nga verde O café da manhã oferecido pelo presidente da Acit, Justo Magalhães, reuniu lideranças de vários segmentos taguatinguenses. Pela lista de presença, endossaram a criação do Comitê Taguatinga Verde as seguintes entidades e seus respectivos representantes: ACIT – Justo Magalhães Moraes Administração Regional de Taguatinga – Bispo Renato Andrade / ACIVIP – Reynaldo Taveira Contrac’s/CUT – Julimar Roberto Diretório Zonal do PT – Pedro Lacerda / Adriana da Luz Sindicato dos Bancários – Wadson Francisco Boaventura Coordenação Regional de Ensino – Juscelino Carvalho / Cristina Cruz PT-DF – Jacy Afonso / Ana Araújo Academia Taguatinguense de Letras (ATL) – Admilson Queiroz de Souza (representando o presidente Gustavo Dourado) CUT Brasília – Rodrigo Rodrigues Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio) – Washington Domingues Neris MR Soluções Sustentáveis – Marcelo Melo Lions Clube – Edvaldo Brito Sittrater-DF – José Wilson Cabral Filho / Wanderson Moreira Corrêa / Aldemir F. da Silva CMP-DF – Brida Luiza / Nina Amorin Jornal Brasília Capital – Orlando Pontes / Antônio Sabino
Adriana da Luz
Pedro Lacerda
Julimar Roberto
Reynaldo Taveira
Wadson F. Boaventura
Jacy Afonso
Admilson Sousa
Cristina Cruz
Juscelino Carvalho
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VIA
Satélites
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Plano de vacinação – O governador Ibaneis Rocha sancionou, segunda-feira (14), a lei que dá 30 dias para o GDF apresentar o Plano Distrital de Vacinação contra a covid-19. Pela lei, o plano deve ser elaborado com ampla divulgação e com todos os elementos necessários para que o processo de imunização seja efetuado em caráter de urgência. O texto é de autoria dos deputados Chico Vigilante (PT), Rafael Prudente (MDB) e Arlete Sampaio (PT).
Por Lorrane Oliveira
DISTRITO FEDERAL
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PLANO PILOTO GDF PRESENTE
Estado de calamidade pública é prorrogado A Câmara Legislativa aprovou, na terça-feira (15), a prorrogação do estado de calamidade pública no DF até 30 de junho de 2021. O pedido foi feito pelo governador Ibaneis Rocha. Com isso, o Executivo fica desobrigado de cumprir
metas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), podendo orientar recursos e investimentos para o combate à pandemia, além de poder solicitar recursos federais, como o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil.
Manutenção na Rodoviária
R$ 500 milhões para pequenas empresas O GDF regulamentou linha de crédito para estimular a retomada da atividade econômica. Publicado na quarta-feira (16), o decreto define diretrizes para participação no Programa Emergencial de Crédito Empresarial do DF (Proced-DF), que terá R$ 500 milhões em empréstimos com taxas de juros e multas inferiores ao mercado. Para ter direito ao financia-
mento concedido pelo Banco de Brasília (BRB), microempresas e microempresários individuais (MEI) devem estar estabelecidos na capital e registrados no Cadastro Fiscal local. Além disso, empresas podem solicitar empréstimos, independentemente do porte, para o pagamento de contas de água, energia elétrica, IPTU e IPVA licenciados no DF.
PAULO JAMIR / PMDF
A equipe do GDF Presente iniciou, segunda-feira (14), com uma operação tapa-buracos na plataforma superior, a correção e manutenção na rodoviária do Plano Piloto. Na parte inferior, a pista começou a ser recuperada. No total, foram aplicadas 2,1 toneladas de
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massa asfáltica. Também foi feita a limpeza das bocas de lobo nas duas plataformas e das calhas de todo o prédio. Está previsto ainda o reparo das grelhas das calhas e manutenção e pintura da estrutura das muretas de proteção dos lados norte e sul sobre o Eixão.
SUDOESTE
Licitação de viaduto autorizada A licitação para contratação de empresa responsável pela obra do viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), que deveria ter ocorrido em 17 de agosto, será realizada no dia 14 de janeiro de 2021. O certame foi suspenso pelo Tribunal de
Contas do DF para que fossem feitos ajustes. O viaduto será construído na intersecção da Epig com o Sudoeste e o Parque da Cidade. Ali, passam, em média, 25 mil veículos por dia. O investimento previsto é de R$ 27, 2 milhões. AGÊNCIA BRASÍLIA
Mais 500 PMs A Polícia Militar do DF anunciou para 28 deste mês o início do curso preparatório de praças da segunda turma de aprovados do concurso realizado em 2018. Desde o dia 1º de dezembro a corporação está recebendo a documentação dos 500
convocados. A previsão é de que a preparação dos novos praças, no complexo de ensino da PM, em Taguatinga, dure oito meses. A partir daí, o efetivo de 500 soldados (homens e mulheres) reforçará a segurança do DF.
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O ator e o poeta Mario Pontes (*) Nos últimos dias, fiz uma viagem pouco comum pelos territórios do teatro brasileiro no século XX e da nossa poesia contemporânea. O espaço dedicado à vida teatral corresponde às 298 páginas do volume Calendário de Pedra. Nelas, a jornalista e escritora Ida Vicenzia Flores, gaúcha há muito residente no Rio de Janeiro, trata da carreira artística de Antônio Abujamra, iniciada e consolidada nos palcos teatrais do Brasil e alguns do exterior. Com antepassados no Oriente Médio, Abujamra nasceu no Rio Grande do Sul; e cedo revelou-se uma personalidade marcada simultaneamente pelos freios da inquietação e as asas da criatividade; associação que lhe permitiu reali-
zar-se em pleno enfrentamento de situações materiais e intelectuais interna e externamente marcadas pela resistência de muros e desafio de labirintos intelectuais, certamente difíceis de serem vencidos... Com tantos obstáculos no caminho, Abujamra poderia ter sido apenas uma sombra. Mas forte e decidido como era, cedo fez sua escolha – o teatro; e este iria iluminá-lo pelo resto da vida. Aderiu ao Teatro do Estudante, num momento em que o grupo estava um tanto enfraquecido. A adesão representou um multiplicado esforço pelo fortalecimento da criação do jovem grupo de teatrólogos; prova de que seu talento já se distinguia pelas marcas da inquietação e da criatividade. As peças teatrais que Abujamra escolheu para montar – em Porto
TV CULTURA/DIVULGAÇÃO
“Calendário de Pedra”, de Ida Vicenzia Flores, conta a carreira artística de Antônio Abujamra
Alegre, depois em São Paulo, Rio de Janeiro e outros lugares –, dão-nos uma noção clara, não somente do seu conhecimento, mas também da sua ousadia artística. Em nenhum momento ele deixou-se vencer pelas dificuldades de levar ao palco textos como Fedra, personagem heroica da milenar tragédia grega de Hipólito; Um certo Hamlet, adaptação do texto ori-
ginal de Shakespeare; As Fúrias, na versão de Rafael Alberti; Santa Joana, de Bernard Shaw: A resistível ascensão de Arturo Ui, de Bertholt Brecht, Huiclos, de Jean-Paul Sartre... e várias outras do mesmo naipe e semelhante consistência. Ida Vicenza, porém, não lembra Abujamra apenas pela sua marcante participação na vida teatral brasileira, mas também pela sua constante atenção no tocante aos problemas sociais criados – e frequentemente levados ao beco da perenidade perversa – por instituições modernas, que ao surgirem pareciam destinadas a tornar menos difícil a vida no mundo contemporâneo. A inquietude não lhe permitiu limitar ao palco seu desejo de ver tais problemas encaminhados para a solução. Sabia o quanto havia de dificuldades a vencer, e foi por isso levado a participar de ações comunitárias, criadas com a intenção de deslindar as situações adversas, ou pelo menos atenuá-las. (*) Jornalista e escritor
Ruim da cabeça e doente do pé Gabriel Pontes Desde quando chegou ao Brasil, trazido pelos negros africanos escravizados, o samba vive de romper barreiras, enfrentar estigmas e conquistar corações. Em 2020, o novo desafio do mais brasileiro dos ritmos é provar-se como uma paixão nacional - e não regional. O colunista da revista Época Lucas Prata Fortes escreveu em seu Twitter, na terça-feira (15): "Com todo o respeito que Brasília e seus moradores merecem, mas o conjunto de pagode mais ouvido do Brasil não pode, em momento algum da história, vir do Distrito Federal". O jornalista apenas escancarou o que todos os músicos que fazem samba já sabiam. Sem citar, tampouco conhecer a história, Fortes
critica o grupo brasiliense Menos é Mais, sob o argumento de que não pode surgir em Brasília um fenômeno do mais brasileiro dos ritmos. Lucas Fortes reflete, sem filtros, a reação da branca elite intelectual do sudeste do Brasil. Até há pouco tempo, a mesma casta pintava o samba como um ritmo libertino. Hoje, o protege como um patrimônio nacional, mas de uso exclusivo dos cariocas, no máximo dos baianos. O colunista de Época, antes de dar vazão ao seu preconceituoso desconhecimento, deveria visitar o DF e conhecer o que a capital oferece aos apreciadores do samba. As rodas rolam de segunda a segunda. De graça ou com ingresso pago. Nas favelas e nos condomínios. É verdade que o brasiliense demorou um pouco a compartilhar
esse privilégio com o restante do Brasil. Mas, nos últimos tempos, os nascidos em berços pseudoeruditos da música popular carioca se acostumaram a ouvir e admirar grupos como Menos É mais, Di Propósito, 7naRoda, Filhos de Dona Maria, Samba Urgente. Todos do DF. O jornalista Lucas Fortes deveria dar ouvidos a músicos como Thiago Viegas, do Aprendendo Percussão, e curtir as belas gravações de Leandro Britto no YouTube. O MENOS É MAIS – Lucas Fortes deveria saber disso – é um projeto independente e jovem, com apenas três anos e um longo caminho de sucesso e aprendizados pela frente. O grupo brasiliense tem a batida do Gustavo Goes, criado no DF mas nascido na carioquíssima Vila Isa-
bel; toca o ritmo do Paulinho, forjado no tradicionalíssimo Boi do Seu Teodoro, de Sobradinho; tem um pé no carimbó, trazido do Amazonas pelo Jorge; é marcado pelo Ramon, da mais tradicional família de músicos da cidade; e a voz do Duzão, do Gama, região administrativa na periferia de Brasília. Portanto, caro Lucas Fortes (ou seria “Fracos”?), o Menos é Mais é 100% brasiliense, mas é, acima de tudo, muito brasileiro. E, assim como aconteceu com o samba, continuará quebrando barreiras. A reprovação de parte da crítica era o combustível que faltava. Te esperamos, nobre escriba, na próxima roda. Se você é bom da cabeça e não é doente do pé, vem pra Brasília. Vem pro samba sambar!
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Especial
Dicas de presentes
Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília
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Homeschooling: o projeto privatista dos neoliberais do DF Júlio Barros (*) AGÊNCIA BRASIL
Uma expressão antiga da língua portuguesa precisa ser recuperada para definir o que ocorre com as pessoas do Distrito Federal que apoiam a ação maledicente de alguns parlamentares da Câmara Legislativa e do Congresso Nacional quando o assunto é ensino domiciliar: a expressão é “ledo engano”. Se a gente esticar mais um pouquinho, a expressão faz um paralelismo de ideias com a expressão “inocente útil”. É ledo engano uma minoria de pais, mães e responsáveis por crianças e adolescentes, e até de professores(as), apoiar proposta de educação domiciliar (homeschooling, em inglês). Isso é dar suporte a um grupo de parlamentares representante da privatização da educação pública. É inocente útil quem precisa da escola pública para educar os(as) filhos(as) e também quem precisa dela
para exercer a profissão com estabilidade financeira, porque está se deixando ser usado(a) como massa de manobra para justificar a privatização do governo Ibaneis Rocha (MDB), do partido Novo, criado por banqueiros para pôr em curso seu projeto privatista, e outros partidos que ganham muito dinheiro público defendendo a privatização dos serviços públicos. Mas, por que é ledo engano e por que o Sinpro-DF é radicalmente contrário ao projeto da educação domiciliar? Porque o sindicato afirma com todas as letras que, ao aprovar o substitutivo do homeschooling, a CLDF fez um desserviço ao DF por colocar em curso um projeto neoliberal de apartheid (segregação) social, que aprofundará a crise instalada na educação pública pela Emenda Constitucional nº 95 de 2016, do governo Temer, do MDB. É importante lembrar que, em novembro de 2020, a CLDF aprovou, por maioria, o substitutivo (proposição legislativa) da educação domiciliar. A proposição reuniu o conteúdo dos PL nº 356/2019, do deputado João Cardoso (Avante); o PL nº 1.167/2020, da deputada Júlia
ESPÍRITA
José Matos Relacionamentos afetivos Qual a diferença entre colega, companheiro e amigo? Os relacionamentos humanos acontecem em três níveis: colegas, companheiros, amigos. O nível colegas é o mais baixo. Significa, apenas, pertencimento ao mesmo grupo, com pouca interação entre seus membros. Entre os companheiros começa a humanidade – as pessoas permutam, se ajudam. No nível de amigos, existe a presença do amor. Não são mais, ape-
nas, companheiros. São pessoas que se ajudam, mas vão além. Desejam o bem do outro, fazem o bem, torcem pelo bem do outro e alegram-se com o êxito e o sucesso dele. Evoluímos da sensação para a emoção, e desta para o amor. O despertar da consciência de solidariedade, de amizade e de gratidão vem quando percebemos que somos interdependentes. Foi a necessidade de sobrevivência
Lucy (Novo); e o PL nº 1.268/2020, do GDF, atualmente nas mãos da ala privatista do MDB. Extinção do magistério público – na nossa concepção, todos os projetos de lei e o próprio substitutivo, em vários artigos, deixam muito claro que esse projeto significa abrir as porteiras para a terceirização e a privatização da educação. Uma das provas disso é o que diz o artigo 3º, que a educação domiciliar será exercida por meio de registro na Secretaria de Educação (SEEDF) em Entidade de Apoio à Educação Domiciliar (EAED) ou em instituição privada que esteja em regular funcionamento. No mesmo artigo (parágrafo 4º), está escrito que a família deverá demonstrar “aptidão técnica” para o desenvolvimento das atividades pedagógicas ou contratar profissionais capacitados. Já o artigo 7º reza que a SEEDF poderá fazer parcerias com entidades de apoio à educação domiciliar para realizar a avaliação dos(as) estudantes. Ora, isso aí é a oficialização do voucher com o objetivo de abrir caminhos para setores empresariais, que estão
que fez os homens se aproximarem, criando a sociedade que, no dizer de Frei Beto, “é o conjunto de sócios solidários; conjunto de pessoas que se ajudam”. A culminação desta ideia de sociedade veio com a Revolução Francesa e seus ideais: liberdade, igualdade e fraternidade, embora, ainda seja um ideal a realizar-se. Com Jesus, tivemos a ideia do nível mais elevado de relacionamentos: amizade. Disse ele: “Tenho-vos chamado amigos porque tudo que aprendi de Meu Pai tenho lhes ensinado”. O relacionamento afetivo entre casais é diferente. Precisa ter afinidade, diálogo, carinho. Você está na Terra, onde quase todos usam máscaras. Ao longo de sua vida aparecerão pessoas para lhe ajudar, e outras, para lhe prejudicar, se você não se afastar delas. Neste aspecto, Jesus adver-
ávidos pela privatização dos recursos destinados à educação pública. O Sinpro-DF é contra a educação domiciliar também pelos motivos pedagógicos e por ser uma ação contra crianças e adolescentes em formação que precisam do convívio social. Ou seja, o sindicato é contra essa forma de privatização da educação por entender que, para além de inconstitucional, por ser matéria do Congresso Nacional, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF), fica claríssimo que setores minoritários da população buscam criar um feudo para isolarem seus filhos da importante e necessária convivência social, da vivência com a diversidade de raças, gênero, classes sociais, com a pluralidade de ideias, a liberdade de cátedra. (*) Professor da SEEDF, diretor do Sinpro-DF e coordenador do Fórum Distrital de Educação (FDE)
tiu-nos: “Sejam simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes”. Não seja desconfiado, mas seja prudente. As pessoas se mostram, realmente, por meio do timbre da voz, do olhar, do sorriso, da expressão corporal, das reações nas dificuldades, nas contrariedades. Não estranhe. Há pessoas que só se interessam pelo outro sexualmente. Para elas, o outro é apenas objeto de prazer, e não ser humano. São violentas no relacionamento. Acorde! Cresça! Amadureça! interesse-se pelo outro. Cuide. Ame. “O amor só é possível quando há aceitação de si, do outro, do mundo. A aceitação cria o ambiente no qual o amor cresce. A vida é um mistério. Você tem que viver, amar, experimentar”.
José Matos
Professor e palestrante
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Sucesso da privatização da CEB se refletirá nos serviços prestados Concretizada esta semana, a venda da CEB Distribuidora foi e continua sendo tema que gera especulações e dúvidas: o valor da conta de fornecimento de energia elétrica vai aumentar? O que vai ser dos trabalhadores da empresa? A administração privada vai ser mais eficiente do que a pública ou enfrentaremos racionamento e apagões? A venda da empresa, por si só, não oferece resposta automática a nenhuma dessas questões. É fato que a CEB acumula uma dívida de R$ 870 milhões e que estava entre as piores classificadas no ranking de desempenho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). E também sofre com uma inadimplência elevada – o próprio GDF figura na lista dos devedores. O controle acionário da CEB pelo governo impediu, não raras vezes, o corte de energia de unida-
des de saúde e escolas públicas. A expectativa das autoridades é que a privatização traga maior eficiência gerencial e novos investimentos privados ao setor, o que implica em tornar a empresa lucrativa. Para criar as condições de atrair esse capital novo, ela vai ter que sanear as finanças. E isso implica, também, em cobrar aos seus devedores. Ou seja, o próprio governo terá que se adequar à nova realidade e também vai ser afetado, caso venha a ocorrer elevação de tarifas pelo fornecimento de energia elétrica, sob pena de haver interrupção na prestação de serviços públicos. A venda da CEB isenta o GDF de lidar com a dívida e os encargos inerentes à gestão da empresa. No entanto, não desobriga o governo da condução das políticas públicas de desenvolvimento econômico e social (que demandam planejamento para forne-
SÉRIE D
Palmeiras e Santos avançam
Gustavo Pontes A Copa Libertadores da América pode ter dois brasileiros na final em jogo único que será disputada no Maracanã em janeiro. O Palmeiras, que vive grande momento após a chegada do técnico português Abel Ferreira, eliminou o Libertad do Paraguai e agora enfrenta o vencedor de River Plate-ARG e Nacional-URU. O Santos passou pelo Grêmio com uma goleada de 4 a 1 na Vila Belmiro e espera o vencedor do duelo de argentinos entre Racing e Boca Juniors. Os jogos das semifinais estão marcados para os dias 6 e 7 de janeiro (ida) e 12 e 13 de janeiro (volta). Por causa da pandemia,
muito provavelmente o Maracanã estará vazio na final que pode ser histórica para brasileiros ou argentinos. Se por um lado os rivais paulistas Palmeiras e Santos têm chance de decidir a Libertadores pela primeira vez, River Plate e Boca Juniors podem reeditar a polêmica final de 2018, que teve jogo adiado e depois disputado em Madrid, na Espanha. Correndo por fora estão o Nacional do Uruguai, que perdeu o jogo de ida das quartas de final por 2 a 0 para o River Plate, e o Racing, da Argentina, que eliminou o Flamengo na fase anterior e saiu na frente do Boca Juniors por uma vaga na semifinal, vencendo o primeiro jogo por 1 a 0.
cimento de energia, inclusive). Também não vai liberar o governo da opinião pública: se a energia faltar ou ficar cara, o GDF vai ser cobrado. A privatização da CEB e, caso venham a se concretizar, da Caesb, do Metrô-DF e das áreas de estacionamento público, também terá peso político e eleitoral no DF a partir de 2022, a exemplo do que já ocorre nos municípios e estados. Tarifas altas e descontentamento com a qualidade dos serviços são um pesadelo para os gestores públicos e munição para seus opositores. No processo de desestatização, a privatização ou concessão de empresas, bens e espaços públicos não é o ponto final. O Estado precisa criar os mecanismos garantidores da manutenção dos serviços. E também é necessária uma estrutura de fiscalização e de acompanhamento
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
de metas de investimento para viabilizar a expansão habitacional e do setor produtivo. O GDF precisa, cada vez mais, qualificar e valorizar os servidores públicos, que além de fazer a máquina estatal funcionar, terão que articular o bom funcionamento da cadeia de prestação de serviços indispensáveis à população.
CANDANGÃO FEMININO
Real Brasília e Minas decidem pelo segundo ano consecutivo vO crescimento do futebol feminino no Distrito Federal nos últimos anos vem sendo puxado pelo Real Brasília. Comandado pelas irmãs Nayeri e Nayara, o Minas atua apenas o futebol feminino, e faz um ótimo trabalho, inclusive nas categorias de base. Já o Real, presidido por Luís Felipe Belmonte, foi fundado em 2016 com o time masculino e só em 2019 iniciou o projeto no feminino. Mas, logo no primeiro ano, as Leoas do Planalto foram campeãs invictas, derrotando justamente o Minas na final. Em 2020, as duas equipes confirmaram o favoritismo e novamente vão decidir o título. O Real Brasília chega embalado após conquistar, no último final, o acesso para a elite do futebol feminino, onde fará companhia ao Minas, que se manteve na primeira divisão. Já o Minas, chega confiante,
por ter sido a única equipe a derrotar o Real na história (1 a 0 na fase de grupos do Candangão). Mas a final deste sábado promete ser diferente. Se na primeira fase, as Leoas estavam focadas no Brasileiro e entraram com um time misto. Agora, o técnico Evilásio de Almeida deve ir com força máxima. A promessa é de uma grande partida entre duas das 20 melhores equipes do Brasil. A TV Brasília transmite o jogo no sábado (19), a partir das 14h30. TERCEIRO LUGAR – Com o acesso do Real Brasília à série A-1 do Brasileiro, a vaga do DF para a série A-2 ficou em aberto. Como o outro finalista é o Minas, que também está na elite, a decisão do terceiro lugar entre Cresspom e Ceilândia representa a chance de disputar a vaga na competição nacional. (GP)