Ano IX - 492
My Cake Factory
De cuscuz com carne seca a bolo no pote com Nutella
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Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020
Dedé Roriz – Página 10
CRISTIANO COSTA/ FECOMÉRCIO-DF
Dezembro: a esperança do comércio
Técnico é demitido sem ter treinado o Botafogo
Jofran Frejat deixa seu exemplo e lição
Página 7
Gustavo Pontes – Página 12
Gutemberg Fialho – Página 6
CEB vai a leilão na sexta-feira
Esta será a última semana da CEB Distribuição, subsidiária da Companhia Energética de Brasília, como empresa pública. A 7ª Vara da Fazenda Pública derrubou o último obstáculo para a venda da estatal Página 9
A mão pesada do dinheiro sobre a imprensa Fazer jornalismo independente num país com tantas desigualdades quanto o Brasil não é para fracos. Fazer jornal impresso, é para poucos. O Brasília Capital resistirá. Pelaí – Página 3
Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br
Ex pedien te
c arta
Tréplica: SindMédico rebate SES-DF Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Giza Dairell Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com
Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).
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Os textos assinados são de responsabilidade dos autores
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Senhor Redator, Diante do posicionamento emitido ao Brasília Capital pelo Sr. José Barroso, assessor de comunicação da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, vejo como oportuno e necessário um novo posicionamento, dado que as colocações são a meu respeito e também relacionadas à situação do sistema de saúde. É uma prática cada vez mais comum, principalmente da política retrógrada, descompromissada com o eleitor, denominar como Fake News tudo aquilo que considera negativo sobre sua atuação. Esse comportamento se tornou padrão entre aqueles que caminham em direção ao populismo em vez de buscar a solução de problemas. Em resumo, na falta de trabalho para mostrar, de resultados, usa-se o recurso da retórica, da acusação aos que apontam os erros.
Minha dúvida em relação ao posicionamento do assessor é se ele o fez motivado por alguém em uma esfera superior, se pronunciando pela Secretaria de Saúde, ou, até mesmo, em nome do Governo do Distrito Federal, ou é ato individual. Só assim podemos saber a gravidade da situação. Em mais de 30 anos exercendo a medicina, e mais de 10 atuando no Sindicato dos Médicos do DF, tive a oportunidade de lidar com diversos governos, alguns mais organizados, outros menos. Contudo, nunca me saltou tanto aos olhos o despreparo de quem está no comando como o de agora. Esse despreparo fica evidenciado quando um gestor público, que deveria estar se preparando para uma possível segunda onda de uma pandemia, dado que a estrutura de combate aos casos foi equivocada e precipitadamente desmontada, uti-
liza seu tempo para criar narrativas a fim de esconder sua incompetência e, no caso de vidas perdidas, sua negligência. É uma questão de eleger prioridades. A minha prioridade, talvez por ser médico de carreira, está na proteção à vida. Desde o primeiro dia da pandemia, faço alertas recorrentes sobre as condições de atendimento da população, torcendo para que, mesmo a contragosto, o governo abandone sua apatia e tome providências para proteger as pessoas. Não quero me alongar e nem responder pontualmente as colocações feitas, mas sim chamar a atenção para o que interessa. O governo serve para trabalhar pelas pessoas e deve agir de forma responsável e sem demagogia! Atenciosamente, (*) Dr. Gutemberg Fialho – Presidente do SindMédico-DF
Não chores, Argentina! Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
Poderia escrever esta coluna falando sobre a covid-19, que ultrapassou os 60 milhões de infectados no mundo (6 milhões no Brasil) e cujo número de mortos se aproxima de 1,5 milhão no planeta (170 mil aqui). Poderia falar do brutal assassinato de Beto Freitas, em Porto Alegre, e da reação estúpida do Presidente e de seu vice afirmando que não há racismo no País. Poderia falar da situação esdrúxula da maior potência mundial ainda não ter encerrado a apuração dos votos quase um mês após o pleito. Poderia também falar que o IBGE apurou que mais de 20 milhões de brasileiros estão desempregados e outros 30 milhões “se viram” em empregos precários. Poderia falar que a inflação “dos pobres” (IPCA-alimentos) aumentou 15,02% nos últimos 12 meses e que no mesmo período o IGP-M aumentou incríveis 24,25%.
Poderia lembrar que 15 milhões de brasileiros hoje passam fome. Poderia falar que os ricaços não estão nem aí para as consequências da crise econômica no quadro social, que o índice da Bolsa/SP avançou 17,1% em novembro e que a fortuna de Elon Musk, o dono da Tesla e segundo homem mais rico do mundo, cresceu US$ 23 bilhões desde agosto último, alcançando US$ 128 bilhões. São muitos temas importantes que poderiam ser abordados, mas vou falar aqui da vida e da morte de uma das principais personalidades de nosso tempo: Diego Armando Maradona. Tal qual o tango, ritmo milongueiro tipicamente argentino, Diego teve uma vida turbulenta, atormentada pelas drogas e pelo álcool. Nada que reduzisse sua genialidade com a pelota e sua assertividade com a palavra. Os gols contra a Inglaterra na Copa de 1986 lavaram a alma de milhões de argentinos, impotentes para retomar as ilhas Malvinas - ocupadas pelos britânicos desde 1833 - na guerra de 1982. Suas denúncias dos desmandos e corrupção que se perpetravam na FIFA e na AFA; suas críticas às ditaduras militares latino-americanas;
suas ácidas censuras ao descaso das elites em relação às agruras do povo lembram outro notável esportista, o boxeador Muhammad Ali, que se recusou a integrar o exército norte-americano na Guerra do Vietnã, afirmando que “os meus inimigos não estão entre o povo ‘marrom’ e pobre do Vietnam, mas aqui nos EUA: são os senhores brancos que humilham os negros e dominam os povos de cor mais escura mundo afora”. Maradona foi um gênio da bola e um herói do povo. Morreu em 25 de novembro, inusitadamente o dia da morte de seu ídolo e admirador Fidel Castro, que teve em Che Guevara outro grande parceiro argentino. Antes que os capachos da elite reacionária reajam à menção a Cuba, finalizo lembrando que a covid-19 infectou 7,95 mil cubanos e matou 133. Deve ser mesmo “insuportável” viver num país que, sob feroz boicote econômico há 60 anos, ostenta excelência em saúde pública, analfabetismo zero e baixíssima taxa de desemprego. Adiós Pibe! (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
Estaremos sempre UM ESPAÇO ABERTO PARA A NOTÍCIA Páginas em branco podem ser preenchidas com informações que incomodam muita gente
Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br
“A Constitucionalização Simbólica”, também publicada em alemão e em espanhol, venceu uma consulta pública internacional sobre “a obra mais importante do constitucionalismo moderno”. Como foi essa consulta e esse resultado? – A consulta pública foi organizada pelo professor Richard Albert, diretor do Centro de Estudos Constitucionais da Universidade do Texas, em Austin. Foram indicadas, por acadêmicos de todo o mundo, 200 obras para participar da competição. Meu livro “A Constitucionalização Simbólica”, na versão espanhola, foi indicado pelo professor Wilson Steinmetz, da Universidade de Caxias do Sul, e admitido pelo organizador. A partir de então, houve sucessivas votações públicas pela internet. Na primeira rodada foram escolhidas 32 obras. Na segunda, 16. Depois houve as oitavas de finais, as quartas de finais, as semifinais e a final. Em todas as fases, minha obra foi a mais votada. Na final, obteve 22.886 votos contra 409 votos da adversária, “Sobre a Revolução”, da filósofa alemã Hannah Arendt. A que você atribui sua vitória? – Não se trata de comparar a importância da minha obra com livros de autores influentes e renomados, como Hannah Arendt, Hans Kelsen e John Rawls, entre outros que estavam na lista inicial. Eles são referências obrigatórias para todos nós. Porém, o fato de muita gente ter votado em mim está relacionado com uma resistência contra um modo único de pensar, escrever, argumentar, discutir e de editar que domina a teoria constitucional na sociedade global. Precisamos abrir espaço para outras modelos de teoria constitucional. Como acha que repercute essa vitória de sua obra? – Dois aspectos são importantes: o interno e externo. Internamente, a vitória tem importância para o Brasil e para a universidade brasileira, especialmente em um momento no qual a educação, a cultura e a ciência estão sendo atacadas e vilipendiadas por um governo irresponsável. Ela revela que a universidade brasileira está viva e produz trabalhos importantes no plano internacional. Do ponto de vista externo, serve
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Entrevista Marcelo Neves
Professor da UnB é premiado nos EUA Pollyanna Villannova
O
livro “A Constitucionalização Simbólica”, de Marcelo Neves, foi considerado a obra mais importante do constitucionalismo moderno, em consulta pública internacional feita nos Estados Unidos. A obra teve ampla repercussão especialmente na Alemanha, onde foi citado, entre outros, pelo filósofo Jürgen Habermas, pelo sociólogo Niklas Luhmann e pelos juristas Dieter Grimm e Friedrich Müller. Neves concedeu a seguinte entrevista ao Brasília Capital:
para romper um cerco colonial da cultura euro-norte-americana que controla a teoria constitucional, não só impondo a exclusividade de uma língua, o inglês (esse não é o problema principal), mas também, e sobretudo, impondo um único modo de fazer teoria constitucional. Ou seja, serve para alertar de que há outras formas de pensar, escrever, argumentar, discutir, editar etc. que, embora não sigam nem se submetam ao modelo dominante, são valiosas e relevantes, merecendo ser consideradas no debate internacional nessa área. Faça um breve resumo do ponto central de “A Constitucionalidade Simbólica? – O livro diz respeito a textos constitucionais que declaram os direitos fundamentais e o limite e controle do poder político, mas essa sua dimensão central tem sobretudo uma função político-simbólica, sendo fraca a sua força normativa concreta e a sua eficácia
social. Por um lado, a sua função hipertroficamente simbólica em detrimento da eficácia social cria uma ilusão ideológica para legitimar os detentores de poder (que invocam o texto constitucional como prova da existência de um Estado democrático de direito no país). O texto também pode servir, simbolicamente, para os movimentos sociais que criticam os detentores de poder por não cumprirem as normas constitucionais. A constitucionalização simbólica é típica dos países periféricos na constelação mundial de poder (eufemisticamente chamados de Sul Global), que passaram pela experiência colonial e sofrem os impactos negativos do neocolonialismo e imperialismo. Mas há uma tendência de se alastrar para os países centrais hegemônicos no âmbito do desenvolvimento da atual sociedade global. Em uma palavra: constitucionalização simbólica significa que os textos constitucionais têm uma força imensa na retórica pretensa-
mente legitimadora dos detentores de poder e no discurso crítico dos movimentos sociais, mas têm pouco significado prático para as pessoas e os órgãos do Estado, especialmente no que concerne, respectivamente, aos direitos fundamentais e à limitação do poder. A constitucionalização simbólica ainda está presente no Brasil? – A partir do golpe contra a Presidenta Dilma e, principalmente, com o início do governo Bolsonaro, mesmo a constitucionalização simbólica entrou em crise. Com o cinismo das elites governantes e uma certa apatia do público, entramos num período de degradação constitucional no qual o próprio governo e outros poderes públicos desrespeitam e desprezam abertamente a constituição. É uma situação mais grave do que a constitucionalização simbólica, pois esta pode levar a desenvolvimentos posteriores para a concretização normativa da Constituição, enquanto a degradação constitucional do presente carrega o perigo de levar a um verdadeiro regime autoritário com a ruptura constitucional. Superar o círculo vicioso de constitucionalismo simbólico e autoritarismo (anti) constitucional é fundamental no Brasil.
Serviço Livro: “A Constitucionalidade Simbólica” Autor: Marcelo Neves Como adquirir? – Publicado no Brasil em 1994 pela editora Acadêmica, de São Paulo, foi publicado na Alemanha pela editora Duncker und Humblot, de Berlim, em 1998, em versão ampliada. Com base nessa edição, foi publicada a 2ª edição brasileira pela Martins Fontes em 2007. Em 2011 saiu a 3ª edição pela WMF Martins Fontes. Essa edição já teve várias tiragens e está disponível nas livrarias e pelo site da Editora WMF Martins Fontes. Ainda há uma edição em espanhol, de 2017, publicada pela editora Palestra, de Lima, que também pode ser adquirida pela internet. Uma versão em língua inglesa, feita em parceria com o doutorando Edvaldo Moita, traduzida pelo britânico Kevin Mundy, encontrava-se no final de uma revisão técnico-jurídica, quando o livro apareceu na lista das 200 obras que vieram a participar da consulta organizada pelo professor Richard Albert. O editor-chefe de uma editora inglesa já procurou o autor para publicá-lo.
Brasília Capital n Cidades n 5 n Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br DIVULGAÇÃO
O paradoxo do radicalismo Cláudio Sampaio (*) DIVULGAÇÃO
O impacto da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais nas empresas Um reforço à proteção dos direitos fundamentais de liberdade e privacidade da pessoa Ana Claudia Moreira Cavalcante (*) A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – nº 13.709/2018), em vigor desde 15/8/2020, vem reforçar a proteção dos direitos fundamentais de liberdade e privacidade da pessoa e livre desenvolvimento de sua personalidade. Todas as empresas devem implementá-la urgentemente e adaptar-se a fim de que os dados das pessoas sejam tratados com segurança e, assim, evitar sanções diversas por seu descumprimento. A Lei estabelece que toda a operação realizada com dados pessoais, desde a coleta, recepção até a eliminação – isto é, todo o ciclo de vida do dado – deve receber tratamento de proteção. As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e os princípios de finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade de dados, transparência, segurança, prevenção, não discriminação, responsabilização e prestação de contas. A LGPD define que o titular é toda pessoa natural a quem se re-
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ferem os dados pessoais que são objeto de tratamento. Controlador é a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem compete as decisões referentes ao tratamento de dados. Operador é a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento dos dados em nome do Controlador. Encarregado é a pessoa indicada pelo Controlador para atuar como canal de comunicação entre o Controlador o Titular dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Para que a empresa elimine riscos de penalidades administrativas, civis e penais, deve se precaver com as seguintes ações: 1) Consentimento – Providenciar Termo de Consentimento assinado por todas as partes com quem operem com dados pessoais, tais como: clientes, colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços e parceiros; 2) Comunicação – Comunicar a todas as pessoas naturais com quem se relaciona acerca das obrigações e medidas a serem observadas e adotadas em atendimento aos termos da LGPD; 3) Inclusão de cláusula de consentimento – A empresa deve providenciar a devida inclusão em todos os contratos firmados a partir de 14/8/2020;
4) Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPDP) – Mapear todo o caminho de utilização do dado pessoal, com descrição dos tipos de dados coletados, a metodologia utilizada para a coleta e garantia da segurança das informações e mecanismos para mitigação de riscos; 5) Encarregado (Data Protection Officer – DPO) – Indicação de uma pessoa para atuar como Encarregado, responsável pela interação com os titulares dos dados e autoridades fiscalizadoras; 6) Política de Privacidade – A empresa deve providenciar um programa de governança em privacidade, bem como deve inserir no site a Política de Privacidade e a finalidade para a qual os dados serão coletados durante a navegação, com botão de “aceito” a ser acionado pelo Titular; 7) Regras de Boas Práticas e de governança – que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões técnicos, as obrigações específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas, mecanismos internos de supervisão, sistemas de informática estruturados de forma a atender aos requisitos de segurança. (*) Advogada Pós-graduada em Direito Constitucional Civil Instagram: @anaclaudiacavalcantioficial
Quando a tática política escolhida é a de “aniquilação do inimigo”, em vez do (árduo, porém arguto) “reconhecimento e debate franco com o adversário”, corre-se o risco de criar o efeito ricochete. O “nós contra eles”, utilizado aqui e acolá na história do Brasil, constitui uma estratégia de (mais) fácil arregimentação de militância, sobretudo em um país de média intelectual tacanha, parecendo eficiente a curto e (até) a médio prazo. Todavia, numa análise histórica, tal ímpeto estratégico é arriscado para quem o adota e nefasto para o cenário social dentro de uma dimensão maior, pois contrário ao princípio da fraternidade e gerador de cisões frequentemente irremediáveis. Reflita friamente e me diga: quantas vezes isso deu certo de verdade. Ressentimentos geram ressentimentos e o extremismo de um lado traz reações jocosas do outro. Reações pouco visíveis de imediato, mas que são compulsórias e igualmente destrutivas dentro da lógica básica do “plantio” e da “colheita”. As ideologias políticas, querendo ou não, fazem parte da dinâmica dos países democráticos, desde que o mundo adentrou nos Séculos de Luz. Como administrá-las, em relação às respectivas oposições ou contrapontos, é uma importantíssima escolha das lideranças vigentes, que, se forem inteligentes, medirão como e o quanto devem “puxar a corda” ou “a brasa para sua sardinha”. Por isso, os movimentos moderados e pragmáticos têm obtido êxito sustentável em nações verdadeiramente prósperas, como algumas da Europa Ocidental e Setentrional – o Canadá e a Austrália, por exemplo –, onde a solução de problemas tem preponderado sobre a retórica política rancorosa e pouquíssimo fecunda. (*) Advogado
Brasília Capital n Cidades n 6 n Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br
Frejat, o exemplo e a lição Com quantos políticos se faz uma gestão pública séria, que efetivamente muda a vida da população para melhor? Quando há vontade, basta um. E, nesta semana, a morte de Jofran Frejat, aos 83 anos, nos lembrou disso. Piauiense, o médico veio para Brasília em 1962, e aqui promoveu uma série de políticas públicas que fizeram, por longos anos, a saúde do Distrito Federal ser referência País afora. Deputado por cinco mandatos, um deles como constituinte, Frejat foi, também, secretário de Saúde do DF por quatro vezes, entre os anos de 1979 e 2002. E ainda na década de 70, elaborou um modelo de saúde que começava pela Atenção Primária, oferecendo aos cidadãos especialidades básicas e necessárias, como pediatria, ginecologia e clínica médica. A ideia, que deu certo até começar o desmonte do SUS-DF, era desafogar as emergências. À época, o médico decidiu que era preciso, também, contratar novos profissionais de Saúde. Assim,
ampliou o acesso da população do DF ao SUS e à oferta de serviços em atenção básica. O resultado foi uma melhoria visível nos indicadores da capital do País, em especial na redução da mortalidade infantil e materna. Concomitante com o investimento na Atenção Primária, o plano de Frejat previa a construção de hospitais regionais em cada Região Administrativa. Isso incluía o Hospital de Base – referência para casos de alta complexidade. E tudo isso, vale lembrar novamente, funcionou na prática. No entanto, ao contrário do médico piauiense, nem todos os políticos têm interesse na promoção e ampliação da saúde pública. Também durante a gestão de Frejat foi fundada a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), responsável pela formação de novos médicos e enfermeiros no DF (outra instituição pública, esta voltada à educação). Porque um bom político sabe que o futuro está na educação acessível a todos. Isso é
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
construir o amanhã de fato. Menos discursos, mais ação. Mesmo após deixar a política para trás, nosso amigo Frejat foi coerente com sua história. Não deixou, por exemplo, de opinar sobre a criação do Instituto Hospital de
Base. Contrário ao projeto da gestão de Rollemberg, ele também criticou a expansão do modelo. No ano passado, afirmou: o governo “deixou o hospital público ter uma aparência de não funcionar para que a população pense que não valha a pena o serviço público”. E não é que, mais uma vez, Frejat tinha razão? Para o médico, longe de terceirizações ou privatizações, a solução para a saúde pública do DF começa a partir de uma palavra por muitos políticos esquecida: “compromisso”. E mais: a fórmula para o resgate do SUS-DF inclui, ainda nas palavras do médico, “dedicação e compaixão. Amor ao próximo e a Brasília”. Vejam: não se trata de milagre e nem de mágica. Mas, sim, de ética. Essa da qual nossos governantes gostam de falar. Porém, passa longe de suas práticas.
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Oral Unic inaugura clínica em Taguatinga A franquia odontológica Oral Unic abriu, quarta-feira (25), em Taguatinga, sua 88ª unidade no País. A clínica é especializada em implantes, mas também faz atendimentos convencionais e procedimentos de estética orofacial, como lentes de contato dental, ortodontia, botox, bichectomia, entre outros. A Oral Unic na Avenida Comercial Norte (QND 27 lote 2) tem 500 m² e oferece o conceito All-in-one, que possibilita aos pacientes realizar todos os exames e acompanhamentos necessários para o tratamento em um só lugar. “A ideia é que quem entrar aqui se sinta acolhido, otimize seu tempo e possa sair satisfeito com o resultado do tratamento”, diz a diretora Caroline Oliveira.
AUTOESTIMA – Estima-se que cerca de 11% da população brasileira não tenha dentes. “A implantodontia vai além da função estética. Traz autoestima e devolve qualidade de vida, ao permitir uma alimentação e digestão melhor”, afirma Caroline. Segundo ela, muitos pacientes, ao colocar os dentes, dizem que a primeira coisa que vão fazer é comer um churrasco. “A Oral Unic trabalha com o conceito de odontologia para todos. Quem quer ter um sorriso perfeito já pode contar com a a nossa unidade em Taguatinga para a realização desse sonho”, completa a diretora, antecipando que a rede planeja abrir mais duas unidades em outras cidades do Distrito Federal.
Caroline Oliveira (à esquerda) é a diretora da unidade de 500 m2 que começa a funcionar em 1º de dezembro
Serviço
Agendamentos: (61) 3522-1010 ou (61) 99665-1100 Atendimentos: a partir de 1º de dezembro Endereço: QND 27, lote 2 - Taguatinga Norte Site e redes sociais https://www.facebook.com/oralunictaguatinga https://www.instagram.com/oralunictaguatinga www.oralunictaguatinga.com.br
Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br CRISTIANO COSTA/ FECOMÉRCIO-DF
Comércio ganha fôlego no final do ano Fecomércio-DF aponta crescimento do setor com retomada das atividades econômicas Desde a reabertura das atividades econômicas, em abril, após o lockdown decretado em março pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), o comércio já recuperou 60% do volume de vendas que registrava antes do período em que as lojas permaneceram fechadas. A estimativa é do presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia (foto). Ele acredita que a recuperação do setor ganhará um impulso ainda maior em dezembro, devido às compras de Natal, reforçadas pelo pagamento do 13º salário. “Logo após a retomada das atividades econômicas, tivemos um volume de vendas equivalente a 40% do que se vendia antes da pandemia e hoje já está se vendendo em torno de 60% do que era vendido. Estamos otimistas, sentindo que o comércio vem se desenvolvendo gradativamente”, aponta o líder empresarial. “No e-commerce, foi registrado um aumento de 40% nas vendas. Isto demonstra que as lojas físicas terão mais condições de sus-
tentar a retomada ao se adequarem à nova realidade do mercado”. RETOMADA – Após a reabertura do comércio, as empresas voltaram a conquistar clientes e apresentaram uma retomada no faturamento. As lojas também estão voltando a contratar. A expectativa é de que sejam abertas 3 mil vagas para o final do ano, segundo pesquisa do Instituto Fecomércio-DF. “As empresas estão recompondo os seus quadros. Há uma perspectiva de que 70% dessas vagas sejam efetivadas a partir de janeiro. Isso nos dá uma perspectiva de que as vendas serão boas”, explica Maia. “Além disso, o 13º salário é um importante fator para alavancar as vendas, com um impacto de R$ 5,6 bilhões na economia local”, completa ele. SUPERA DF E REFIS – Outros dois aspectos positivos, na ótica da Fecomércio, são os Programas Supera DF, do Banco de Brasília (BRB), e de Incentivo à regularização Fiscal (Refis), do GDF. “Por meio do Supera DF foi possível conseguirmos a liberação de R$ 4 bilhões para que as empresas pudessem reduzir os impactos da pandemia. Foram 2,1 mil empresas fechadas da nossa base que obtiveram crédito aprovado para resolver de imediato as suas pendências. Já o Refis também está sendo uma ferramenta fundamental para regularizar débitos fiscais com o governo”, finalizou o presidente da Fecomércio.
Lei Aldir Blanc libera R$ 21 milhões para agentes culturais O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, anunciou, quinta-feira (26), a liberação do edital da lei Aldir Blanc Gran Circular, que atenderá 1.890 artistas das 33 regiões administrativas do Distrito Federal. O investimento previsto é de R$ 21 milhões. “É com imensa felicidade que anuncio o edital, que compõe a Linha 3 da Lei 14.017. A Secretaria de Cultura forma uma força-
-tarefa para publicar, inscrever, validar e selecionar esses artistas dentro do prazo máximo de pagamento (31 de dezembro)”, disse Rodrigues. De acordo com ele, tudo isso será feito ao mesmo tempo em que o GDF estará executando, em sua integralidade, as linhas 1 (pessoa física) e 2 (jurídica e coletivos). As inscrições estão abertas desde sexta-feira (27/11) e serão encerradas às 18h do dia 11 de dezembro.
São as linhas de crédito liberada para artistas em situação de vulnerabilidade: Linha 1 Pessoas físicas (agentes culturais) – 750 prêmios de R$ 4 mil (R$ 3 milhões). Linha 2 Pessoas físicas (bastidores) – 500 prêmios de R$ 4 mil (R$ 2 milhões) Linha 3 Coletivos – 200 prêmios de R$ 20 mil (R$ 4 milhões) Linha 4 Cultura nas Cidades – 300 prêmios de R$ 25 mil (R$ 7,5 milhões) Linha 5 Iniciativas Festas Populares – 100 prêmios de R$ 25 mil (R$ 2,5 milhões) Linha 6 Festivais – 40 prêmios de R$ 50 mil (R$ 2 milhões)
Agentes vulneráveis O Gran Circular foi construído cuidadosamente para contemplar agentes culturais com mais vulnerabilidade social. Desde aqueles que habitam nas áreas de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do DF até agentes que se autodeclararem negros ou pardos, pessoas com deficiência, quilombolas e indígenas. Mulheres (cis ou transgêneros) também
receberão pontuação extra. Com a preocupação de fazer o recurso da Aldir Blanc ter distribuição equalizada pelas 31 RAs, a Secretaria de Cultura baseou-se nos estudos e análises da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) para pontuar os artistas e as empresas situados em localidades com menor IDH, que receberão até 30 pontos extras.
Brasília Capital n Cidades n 8 n Brasília, 28 de novembro a 4 de dezembro de 2020 - bsbcapital.com.br
VIA
Satélites
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Por Lorrane Oliveira
TAGUATINGA
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Mudanças no trânsito A Administração Regional convocou uma audiência pública para o dia 23 de dezembro para discutir possíveis mudanças no trânsito em três localidades: seria adotada mão única no Setor de Oficinas (Setor H Norte); da QSE sentido Pistão Sul; e da Praça do DI. O objetivo é garantir maior fluidez nas vias. No centro de Taguatinga passam, todos os dias, cerca de 135 mil veículos e, de acordo com a administração, a obra do túnel, que só deve acabar em 2022, congestionou as pistas vizinhas. MODERNIZAÇÃO – O Governo do Distrito Federal investirá R$ 10 milhões em obras de modernização do Pistão Sul, no trecho entre o viaduto do metrô e a BR-060. A verba é proveniente de emenda parlamentar do deputado federal Tadeu Fili-
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Internet – Nesta terça-feira (25), o terminal Rodoviário de Planaltina recebeu um ponto do Wi-Fi Social, um projeto da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti). A conexão, sem custo para o GDF ou para o internauta, já existe em 38 locais e contabilizou mais de 25 milhões de acessos. Segundo a Secti, a meta é chegar em mais 150 pontos fixos no DF. A internet já funciona também em mais de 500 ônibus. A meta é levar a conexão gratuita em 2.500 veículos.
Contratação emergencial de médicos DIVULGAÇÃO
O GDF fará uma seleção emergencial para contratação temporária de médicos para a rede pública de saúde. A decisão foi publicada pela Secretaria de Saúde na quarta-feira (25). A contratação, pelo período inicial de 6 meses, poderá ser prorrogada por igual período. Os aprovados
serão incluídos em um cadastro reserva e chamados para complementar os quadros de profissionais que atuam no combate à pandemia do novo coronavírus nos hospitais regionais da Asa Norte (HRAN), de Brazlândia (HRBz), e na equipe de Unidade Avançada Móvel do Samu.
Enxoval para bebês de baixa renda pelli (MDB - foto). O trabalho inclui serviços de drenagem e troca do asfalto por pavimentação de concreto. Segundo o parlamentar, essa destinação foi definida após interlocução com o governador Ibaneis Rocha, “que tem dado atenção especial à cidade de Taguatinga em sua estrutura viária”.
ESTRUTURAL E CEILÂNDIA
Espaço Criança Aconteceu na terça-feira (24) a inauguração de dois espaços infantis, na UBS de Ceilândia Norte e na UBS 2 da Estrutural. O evento marcou a conclusão da iniciativa Adote um Espaço Criança, vinculada à campanha Vem Brincar Comigo, idealizada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha. As salas contam com brinquedos lúdicos, quadro-negro, cantinho da leitura, conjuntos de giz de cera e de lápis de cor, entre outros atra-
DISTRITO FEDERAL
Lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, o Bolsa Maternidade garante um dos direitos básicos do ser humano: o de se vestir. Trata-se de um enxoval com 21 itens de primeira necessidade para recém-nascidos, com roupinhas como macacões, calças, cueiros, manta, fraldas, pomada e lenços umedecidos. Até quarta-feira (25), 882 bolsas foram distribuídas no DF. Outras 1,5 mil mamães já se inscreveram para receber o benefício quando o bebê nascer. O enxoval é voltado a famílias em situação de vulnerabilidade
CARVALHO/AGÊNCIA BRASÍLIA
ou de rua, com renda per capita inferior a meio salário mínimo, inscritas no programa Criança Feliz Brasiliense.
BRENO ESAKI / AGÊNCIA SAÚDE
Escrituras a entidades religiosas
tivos para que as crianças se distraiam enquanto aguardam atendimento da família.
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) entregou, na quinta-feira (26), mais 25 escrituras públicas a entidades religiosas e assistenciais. A regularização faz parte do programa Igreja Legal, lançado pelo GDF em 2019. O programa inclui uma série de
iniciativas para facilitar a regularização fundiária dos templos ou entidades de assistência social, com instalações até 31 de dezembro de 2006 e que continuem desenvolvendo atividade no imóvel. Em menos de dois anos, foram regularizadas mais de 120 entidades.
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Privatização da CEB é irreversível LÚCIO BERNARDO JR/AGÊNCIA BRASÍLIA
Justiça nega pedido de parlamentares para suspender leilão e diz que não há necessidade de autorização da Câmara Legislativa O GDF superou, quinta-feira (26), uma das últimas barreiras para concretizar a venda da Companhia Energética de Brasília. Seis horas após um grupo de parlamentares ingressar com uma liminar para suspender a privatização da CEB Distribuição (subsidiária da CEB), o juiz Paulo Afonso Cavichioli Carmona, da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF, indeferiu o pedido. Assim, o leilão está mantido para
Avaliada em R$ 1,424 bilhão , a CEB Distribuição será vendida à iniciativa privada
a próxima sexta-feira (4), na Bolsa de Valores de São Paulo. O lance mínimo será de R$ 1,424 bilhão. O magistrado destacou que não procede a alegação dos senadores, deputados federais e distritais de que seria necessária autorização da Câmara Legislativa para a venda da CEB Distribuição. Em sua decisão,
ele diz que “o STF reconheceu, por ocasião do julgamento da ADI 5624, a desnecessidade de autorização legislativa quando da venda da participação acionária de uma subsidiária”. O ato de Carmona foi publicado às 19h, seis horas após o grupo suprapartidário integrado pelos senadores Izalci Lucas (PSDB), Reguffe
(Podemos) e Leila Barros (PSB); pelos deputados federais Erika Kokay (PT), Israel Batista (PV) e Paula Belmonte (Cidadania); e pelos distritais Fábio Felix (PSol), Chico Vigilante (PT), Arlete Sampaio (PT), Leandro Grass (Rede) e Reginaldo Veras (PDT) dar entrada no pedido de liminar. FALHO – “A privatização da CEB, pela Lei Orgânica do DF, deveria passar pela Câmara Legislativa”, avaliou Erika Kokay. Segundo Izalci, “essa é uma questão estratégica para o Distrito Federal. Todo mundo sabe que energia é fundamental”. Paula Belmonte afirmou que a união dos parlamentares teve o objetivo de “dar satisfação e o poder para o cidadão decidir”. Esta não foi a primeira tentativa de impedir o GDF de vender a CEB. Em outubro, a 4ª Vara Cível de Brasília negou liminar para suspender a privatização da empresa. O juiz Giordano Resende Costa argumentou que a alegação de que procedimento deve ser submetido aos distritais é “falho” e contrário ao entendimento do STF de que é possível vender a participação acionária em subsidiárias sem decisão legislativa. Este entendimento também foi citado por Paulo Afonso Cavichioli Carmona, da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF.
MARCO PEIXOTO/CAESB
Caesb sinaliza Lago Paranoá A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) instalou 23 novas placas de sinalização e revitalizou nove totens já existentes às margens do Lago Paranoá. As sinalizações informam sobre as áreas próprias e impróprias para banho e dão mais segurança para os banhistas e usuários do espelho d´água. O gerente de licenciamento ambiental da Caesb, Georgenis Fernandes, explica que “as Licenças de Operação das ETEs Norte e Sul determinaram à Caesb a sinalização das áreas restritas e impróprias para contato primário no Lago Paranoá. Com isso, foi enviado ao Ibram o Plano de Sinalização prevendo a instalação de 23 placas (13 no braço do Bananal e 10 no braço do Riacho Fundo) em locais nos quais a população acessa o Lago”. Para a gerente de Recursos Hí-
dricos e Segurança de Barragem da Caesb, Eloneide Meneses, “a comunidade que usa o Lago deve colaborar para a sua restauração, principalmente no que diz respeito à preservação da vegetação marginal, à eliminação dos lançamentos de esgotos clandestinos e à não poluição”. BANDEIRAS – Criado em 1959, o Lago Paranoá tem uma história de superação. Passou de pior exemplo de represa brasileira poluída, nas décadas de 1960 a 1980, ao melhor exemplo de reservatório urbano tropical com a qualidade da água recuperada, a partir do final dos anos 1990. O sucesso do programa de despoluição nas duas últimas décadas possibilitou ampliar a enorme gama de usos múltiplos do espelho d’água, com destaque para esportes náuticos, pesca recreativa e atividades de lazer.
Após a despoluição, o Lago tornou-se ponto de lazer da população brasiliense
A Caesb desenvolve um programa contínuo e sistemático de monitoramento e avaliação das características limnológicas do Lago. O programa tem como objetivo avaliar a adequabilidade da água à recreação de contato primário, como natação, esqui aquático e mergulho e informar à comunidade as áreas próprias e impróprias. O programa permite subsidiar
medidas de restauração do ecossistema aquático, especialmente sobre a localização de eventuais ligações clandestinas de esgotos lançados diretamente no lago ou por galerias de águas pluviais. Os resultados semanais são divulgados por meio de um mapa, onde há figuras de bandeiras: áreas próprias (Excelente, Muito Boa e Satisfatória), bandeira azul; áreas impróprias, bandeira vermelha.
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Gastronomia
Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília
Dedé Roriz
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SUSHI SAN
Rodízio japonês além do tradicional
MY CAKE FACTORY
De cuscuz com carne seca a bolo no pote com Ninho e Nutella Inaugurada há um ano, na 213 Sul, a My Cake Factory já é uma referência para os apreciadores de um bom bolo caseiro. Mas a fábrica idealizada pela empresária Michaela Vianna Togawa não se restringe a essa guloseima. Lá também tem tortas, salgados e sobremesas variadas. São imperdíveis as tortas de amêndoas com brigadeiro e a exclusiva de creme brullê. Há uma variedade de saladas e o cuscuz “dos deuses”, recheado com carne seca e catupiry. Na loja ainda tem uma padaria com grande variedade de pães artesanais. A My Cake Factory surgiu após Michaela fazer vários cursos de gastronomia, especializando-se em bolos especiais para festas. Percebendo seu dom, ampliou o leque, incluindo os salgados, sobremesas, tortas, cuscuzes e pães. Assim, o local transformouServiço -se num ponto de encontro Instagram: para quem curte um bolo no @my_ cake_factory pote de leite Ninho com NuAsa Sul 213 bloco A Encomendas: 61-2194-7226 tella, aproveitando o amplo espaço da bonita varanda.
TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA
O carro-chefe do Sushi San é o rodízio japonês, com uma grande variedade de sushis e sashimis, carpaccio de salmão, ceviche e o delicioso tataki (cubos de salmão e atum com azeite e limão). Hot philadelfia, niguiri de salmão, atum e camarão também fazem parte do festival. Mas tem opções como o yakissoba de carne ou de frango e vários pratos contemporâneos com carne, risotos e até espetinhos para quem não curte os cortes de peixes crus. A sobremesa está incluída para quem participa do festival, com opções de brigadeiro de colher ou sorvete de doce de leite com calda de frutas vermelhas. Tudo isso num ambiente moderno e super aconchegante, criado pelo empresário Roberto Brito, 43 anos. Mais conhecido por Beto, ele se apaixonou por comida japonesa há 24 anos, quando sua irmã inaugurou o primeiro Sushi San da família.
Serviço
Instagram: @sushisanbrasilia Endereço: 106 da Asa Sul Reservas: 3345-1804
CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF
TV Comunitária de Brasília DF
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ESPÍRITA
José Matos A segunda onda Pandemia foi a terceira opção de Jesus, o Governador da Terra, pela possibilidade de gerar solidariedade Há consenso entre as mensagens recebidas da Espiritualidade Maior, por diferentes médiuns, de que Cristo, como Governador da Terra, em virtude do desequilíbrio em que vive a humanidade, atraindo misérias, tinha três opções: deixar acontecer uma guerra nuclear; desencadear catástrofes naturais na forma de tsunâmis, terremotos, vulcões, maremotos etc, ou uma pandemia. Optou pela pandemia pela possibilidade de gerar solidariedade. Mas isto não aconteceu. Ou aconteceu, segundo eles, com apenas 7% da humanidade. Muito abaixo das condições para a chegada da Nova
Era. Em razão da indiferença, decidiu-se pela segunda e terceira ondas. Não obstante, não pense tratar-se de castigo. Trata-se, apenas, de intervenção na natureza para que só aconteça o que mais possa trazer humanização, solidariedade. Então, vejamos uma das mensagens da Espiritualidade Maior: “Muitos estão sendo recolhidos por não estarem prontos para uma era de fraternidade e perdão maior... Alguns precisam ir para retornar e nos ajudar na nova fase.... Estamos vivendo uma fase de limpeza... Muitas pessoas estão sentindo a necessidade de buscar mais a natureza
e sair do estresse das grandes cidades e empresas... Muitos estão se conectando de forma muito mais forte com animais e sentindo uma vontade imensa de mais amor fraterno e praticar mais esse amor... Muitos estão tendo choro fácil, e até com insônia, mas, com tudo isso, sentem que tem algo bom chegando... Essas pessoas estão sensíveis porque, de certa forma, fazem parte desta Nova Fase na Terra. “Infelizmente, muitos não irão, neste momento, conseguir praticar o perdão. Esses irmãos, se ficarem ou partirem, terão a misericórdia divina, sempre, para buscarem luz
HISTÓRIA & ARTE
@priscila.coser O novo mundo de Elyas Nascimento Uma coleção de memórias reunidas pelo afeto do aleatório A partir da observação do cotidiano, imerso no contexto de quarentena, o artista começa a se atentar com mais intensidade na potencialidade sensível e pictórica do contexto doméstico, nos ambientes e dinâmicas familiares. Numa quase dissolução da
fronteira causada pelo convívio extremo de isolamento e a dimensão de seu eu particular, Elyas Nascimento realiza composições entre os distintos elementos que dão forma à complexidade da vida familiar cotidiana. Sua produção atual procura apresentar, sob uma nova ótica,
seu novo espaço de moradia, assim como objetos e silhuetas de seres de seu convívio. Ao olhar para o ambiente em que se encontra como se tivesse acabado de chegar em um novo país, um
e amor. Porém, somente quem se permitir a prática da gratidão, do amor fraternal e do perdão poderá receber as graças da Nova Era. “Ao observarem tragédias, orem, vibrem por todos... Mas, nunca se esqueçam de que jamais cairá uma folha sem que Deus permita... Evitem estar com pessoas de pensamentos negativos... Se afastem de qualquer sentimento contrário ao amor fraterno...Vibrem pela chegada da Nova Era... E sejam gratos por estar aqui”.
José Matos
Professor e palestrante
novo continente, começa a perceber que entre o ver e o não ver existe um novo mundo a ser explorado. Essa investigação se desenrola através de diferentes suportes e novas técnicas por ele desenvolvidas, transformando, muitas vezes, a limitação do material em sua linguagem. Sua pesquisa caracteriza-se pela investigação crítica, filosófica e estética. Dessa poética do convívio, e a partir de uma abordagem dialógica entre esses dois temas, pintura e a técnica de frotagem marcam o tempo do gesto no papel, possibilitando a (re) construção de sua memória. Seu trabalho é uma coleção de memórias reunidas pelo afeto do aleatório.
Priscila Coser Formanda de Teoria Crítica e História da Arte da UnB
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Ramon Diaz foi sem nunca ter sido Mais uma para a série “Há coisas que só acontecem com o Botafogo”
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Gustavo Pontes O técnico Ramón Díaz (foto) foi demitido antes mesmo de estrear no comando do Botafogo. Em mais um capítulo de uma crise que parece não ter fim, o clube carioca comunicou, na sexta-feira (27), por nota oficial, o desligamento do argentino e de sua comissão técnica. O curioso é que Diaz não comandou o Glorioso nenhuma vez dentro de campo. Logo após sua apresentação, ele precisou viajar
para realizar uma cirurgia. Enquanto se recuperava, seu filho e auxiliar técnico dirigia a equipe. Os resultados nos primeiros jogos – derrotas em casa para Braganti-
no e Fortaleza, e no Mineirão para o líder Atlético-MG – determinaram a demissão da nova comissão. BARROCA – Na mesma nota, o Botafogo anunciou o retorno de Eduardo Barroca. O treinador se destacou nas categorias de base do alvinegro, conquistando o Campeonato Brasileiro sub-20 em 2016. Em 2019 teve a primeira chance na equipe principal. Mas não resistiu a uma série de quatro derrotas consecutivas e foi demitido após 27 jogos, com 41% de aproveitamento. Eduardo Barroca passou pelo Atlético-GO ainda em 2019, levando o time à primeira divisão. Em 2020 assumiu o Coritiba e por último estava no Vitória (BA), que luta na parte de baixo da tabela da série B.
Maradona e a valorização de um ídolo Para alguns, Diego Armando Maradona foi o melhor jogador de futebol da história. Para outros, apenas um bom jogador que usou da malandragem para se destacar, mas que já foi superado por Messi, seu compatriota. Independentemente das opiniões que envolvem comparações, o fato é que Maradona será para sempre um dos maiores personagens do esporte mais popular do mundo. Por sua irreverência e pelo talento, um ídolo do Boca Juniors e que teve a morte chorada até pelos rivais do River Plate. Maradona foi um gênio que fez a Argentina “jogar em casa” contra a Itália na cidade de Nápoles, onde jamais será esquecido pelo que fez
AGÊNCIA BRASIL
no Napoli, formando dupla com o brasileiro Careca. Maradona foi o retrato mais perfeito do argentino
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que gosta do futebol bem jogado, mas vibra com um carrinho no adversário com a mesma intensidade que comemora um gol. GARRINCHA – A morte de Maradona, na quarta-feira (25), foi um dia triste para todos que amam futebol. E lembrou um personagem brasileiro parecido com ele, dentro e fora de campo. Manoel dos Santos, o Garrincha, batizado por Nelson Rodrigues de Anjo das Pernas Tortas, foi lembrado por Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, por “carregar um time nas costas”, como Maradona fez no título da Argentina em1986. “Eu vi o Garrincha em 58 e 62. Mas vocês não o valorizam até hoje e até o têm esquecido”. (GP)
Real Brasília é o DF no Brasileirão Feminino e na Copa Futsal O Real Brasília, representante do DF na série A-2 do Campeonato Brasileiro Feminino, mostrou força jogando em casa e derrotou o 3B, de Manaus (1 a 0), levando a vantagem para a capital amazonense no jogo de volta, sábado (28), às 16h (de Brasília), com transmissão na CBFTV. FUTSAL – Após eliminar o Sorriso-MT, o Real Brasília Futsal enfrenta o Ceará. A primeira partida aconteceu na sexta-feira (27) à noite, após o fechamento desta edição. O jogo de volta será dia 2/12, às 18h, em Fortaleza. Quem se classificar enfrentará na final o vencedor de Balsas-MA e x Dois Vizinhos-PR. (GP)
LIBERTADORES
Brasileiros começam bem as oitavas de final Os brasileiros tiveram bons resultados nos jogos de ida das oitavas de finais da Libertadores. Apenas o Internacional não jogou – a partida contra o Boca Juniors, que seria na quarta-feira (25), foi adiada pelo falecimento de Diego Maradona. Palmeiras e Grêmio venceram fora de casa, por dois gols de diferença. O Santos ganhou por 2 a 1, da LDU. Flamengo e Athletico-PR empataram. O rubro-negro carioca poderia ter perdido para o Racing se não fosse um gol anulado pelo árbitro. Já o furacão vencia o River Plate na Arena da Baixada, mas sofreu o empate nos acréscimos. Os jogos de volta estão marcados para esta semana. (GP)
202 Sul
Taguatinga Norte