Chora o Brasil
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Rainha da sofrência, Marília Mendonça (foto) deixa brasileiros aos prantos. Cantora e outras quatro pessoas morreram em acidente aéreo no interior de Minas Gerais Ano XI - número 539
Brasília, 6 a 12 de novembro de 2021
Página 3
Entrevista / Paco Britto
O fiel escudeiro ANTÔNIO SABINO/BRASÍLIA CAPITAL
Ele ocupa a cadeira mais cobiçada da pré-campanha para 2022. Mas Paco Britto, admirador declarado de Ibaneis Rocha, não está disposto a perder o posto: “Eu sei qual é o papel do vice em um governo”, diz, em entrevista exclusiva ao Brasília Capital Páginas 6 e 7
A petiscaria da Vila
Túnel de presente
Pimenta recheada (foto), bolinho caipira, bolinho goiano, lombinho de tilápia. São as delícias do happy hour do Vila Caipira, na Vila Planalto
GDF trabalha para inaugurar o túnel de Taguatinga no dia 5 de junho, no aniversário da cidade
Dedé Roriz – Página 12
Página 9
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Viadutos a menos de um metro dos prédios: morador do 5º ou 6º andar pode saltar sobre a autopista
ameaça municipais NovembroPandemia Azul: Pelo fimeleições do preconceito
Cairo: um exemplo a não ser seguido por Brasília Chico Sant’Anna – Página 11
Geraldo César Sant’Anna Moreira Chico Sant’Anna – Páginas 6 e 7- Página 4
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Ex pedien te
Cartel dos Combustíveis – O deputado Chico Vigilante (PT) publicou um vídeo na quinta-feira (5) denunciando o abuso do Cartel dos Postos do DF. “Vender gasolina a R$ 7,29 na situação atual é extorsão, roubo”, disse. No vídeo, o parlamentar mostra que é possível praticar um preço mais justo e factível com a realidade.
Diretor de Redação
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comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final
Pré-candidato a deputado federal em 2022, o distrital Reginaldo Veras (PDT - foto) se disse envergonhado com a decisão de 15 dos 24 parlamentares de seu partido de votar a favor da PEC dos Precatórios, na madrugada de quarta para quinta-feira (5).
Giza Dairell Diretor de Arte
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Vergonha
CIRO TEM RAZÃO – Ele concor-
da com o presidenciável Ciro Gomes – que, indignado, suspendeu sua pré-campanha ao Planalto – nas críticas à bancada. “Sou pedetista de alma, coração e ação, mas me sinto envergonhado com a atitude do partido na votação da PEC dos precatórios”, declarou Veras.
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Não pode “O governador Ibaneis Rocha não pode tudo”, afirmou o deputado Chico Vigilante (PT - foto) na sessão de quarta-feira (4) da Câmara Legislativa. Naquele dia, entrou em vigor a flexibilização do uso de máscaras no DF.
AGÊNCIA SENADO
DECRETO – “Ibaneis passou por cima de uma lei em vigor, de minha autoria, que estabelece o uso e fornecimento de máscaras”. Segundo o petista, o governador não poderia suspender, via decreto, os efeitos de uma lei sancionada por ele próprio.
Caiado e a Juventude O governador Ronaldo Caiado (foto) será a atração do “Papo de Juventude” que a Juventude Democratas de Goiás promove neste sábado (6), em Goiânia. As palestras acontecem das 8h às 18h, no K Hotel, no bairro Jardins. PARCERIA – Também confirmaram presença os deputados federais Zacharias Calil e José Ma-
rio Schreiner. O evento é uma parceria da Juventude Democratas de Goiás com o Instituto Liberdade e Cidadania (Ilec). APROXIMAÇÃO – “Vamos debater o futuro do estado e do Brasil e aproximar os jovens das figuras políticas”, disse o presidente nacional da Juventude Democratas, Leonardo Framil.
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Diga com quem andas... Ex-morador de Taguatinga, Eduardo Pereira foi um dos 26 mortos pela Polícia Militar no dia 31 de outubro numa operação para evitar um ataque
Délio Lins e Silva é favorito para presidência da OAB/DF
a bancos no Sul de Minas Gerais. Pereira foi motorista do ex-administrador da cidade, Marlon Costa, na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB).
Outra vez Na manhã de sexta-feira (6), médicos da UTI do Hospital Regional de Ceilândia, que tem diálise, reclamavam, novamente,
da falta de reagentes para exames. A lista incluía reagentes para ureia, creatinina. TGO, TGP, magnésio, fósforo e PCR.
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Testes de aptidão física para concursos Regulamentar os testes de aptidão física (TAF), realizados em todo o País em alguns concursos públicos, é o que propõe o Projeto de Lei 3831/2021, apresentado na quarta-feira (4) pelo deputado federal Julio Cesar Ribeiro (Republicanos/DF foto). ELIMINATÓRIO – Não há nenhuma legislação regulamentando o TAF. Julio Cesar explica que a proposta tem o objetivo de garantir a segurança do candidato no momento da prova. “O
TAF é uma das fases mais temidas dos concursos públicos. Além de exigir um excelente preparo físico existe o fato de ser uma fase eliminatória”. MORTE – Recentemente, um jovem de 20 anos faleceu após passar mal em teste de aptidão física de um concurso da PM em Juiz de Fora/MG. “O que nós queremos é dar todo o respaldo necessário ao candidato que venha a passar por essa experiência”, completa o parlamentar.
Uma pesquisa divulgada pelo instituto DataVox aponta o advogado Délio Lins e Silva Júnior (foto) como favorito à reeleição para a presidência da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). O levantamento, realizado nos dias 26 e 27 de outubro, está com o pedido de registro na comissão Eleitoral. A eleição acontece no próximo dia 21. O presidente licenciado da entidade e líder da chapa “Avança Mais OAB” aparece com 36,8% das intenções de voto. Nas outras posições apareceram Thais Riedel, com 21,4%; Evandro Pertence, com 5,3%; Renata Amaral, com 1,7%; e Guilherme Campelo, com 1%. Indecisos e não sabem somam 31,6%. Brancos, nulos e nenhum são 2,2%. LICENÇA ESPONTÂNEA – Em 28 de setembro, Délio Lins enviou um comunicado de licença espontânea ao Pleno da OAB/DF durante o período eleitoral. De acordo com ele, a decisão aconteceu “a fim de evitar eventuais imputações descabidas e garantir a indispensável lisura ao processo eleitoral, igualdade de oportunidades no pleito e higidez
das eleições”.Desde então, a vice, Cristiane Damasceno, passou a responder pela presidência da Seccional. O período para inscrição das chapas foi aberto no dia 29 de setembro, por meio de edital de convocação das eleições. O prazo para regularização das situações financeiras junto à Ordem para que os advogados possam ficar aptos a participar do pleito, que se encerrava no dia 22 de outubro, foi prorrogado até o dia 8 de novembro.
CHAPAS À PRESIDÊNCIA DA OAB/DF Avança+OAB Presidente: Délio Lins e Silva Júnior Vice: Lenda Tariana Você na Ordem Presidente: Thais Riedel Vice: Pierre Tramontini Ouvir ADV, Mudar OAB Presidente: Evandro Pertence Vice: Gisele Reis Nossa Ordem é Democrática Presidente: Renata Amaral Vice: Aldemario Araujo A Nova Ordem Presidente: Guilherme Campelo Vice: Deborah Brito
Um País aos prantos Conhecida por escrever e cantar músicas apaixonadas, a rainha da sofrência fez o país chorar mais uma vez. Desta vez, por sua partida. A cantora Marília Mendonça, de 26 anos, e mais quatro pessoas morreram na tarde de sexta-feira (5) após a queda de um avião de pequeno porte perto de uma cachoeira na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais.
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Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 6 a 12 de novembro de 2021 - bsbcapital.com.br
Zaralho! Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL Calma, não é erro de ortografia! “Zaralho” é apenas um jargão usado entre os militares para retratar uma situação de bagunça generalizada, mas cai como uma luva para descrever as duas situações em que governos militares deixaram o Brasil (fim da ditadura, em 1984 e a atual). Em 1964, os militares deram o golpe alegando que Jango havia “quebrado” o Brasil, e iriam colocá-lo nos trilhos. E o que ocorreu? Inflação: 79,9% em 1963 e 215,3% em 1984; PIB: crescimento médio de 3,56% em 1962/63 e queda de -0,32% em 1981/84; dívida externa: US$ 3,6 bilhões em 1963 (15,7% do PIB de US$ 23 bilhões) e US$ 102,1 bilhões em 1984 (54% do PIB de US$ 189 bilhões); salário mínimo: Cr$ (cruzeiros) 42 mil em fevereiro de 1964 (antes do golpe) e Cr$ 166.560 em dezembro
de 1984 (considerando a inflação, queda de 47,4% no período). Em suma, os militares tomaram o poder num país com dificuldades econômicas e o devolveram estraçalhado. E ainda resta claro que o dito milagre econômico durante a ditadura se deu às custas de um brutal arrocho salarial e de um enorme aumento da dívida externa do país. O mesmo se repete agora. Deram o golpe em 2016 dizendo que o PT quebrou o Brasil, mas a inflação hoje é maior do que no pior momento do governo Dilma; a gasolina saltou de R$ 3,16 para R$ 7,30; o dólar pulou de R$ 3,48 para R$ 5,70; o número de desempregados saltou de 14 milhões para 24 milhões, que, somados aos 30,2 milhões de trabalhadores precarizados, com renda inferior a 1 salário mínimo, recolocaram o Brasil de volta ao Mapa da Fome. A destruição do país passa ainda pela criminosa política ambiental, com a expansão do desmatamento na Amazônia e no Cerrado; pelos repetidos ataques à democracia, aos direitos humanos (de indígenas, negros, mulheres,
LGBTs etc), aos direitos sociais, ao serviço público, à ciência, à educação e à saúde públicas, culminando com a gestão criminosa da pandemia do coronavírus por generais e coronéis, o que resultou em 22 milhões de brasileiros contaminados, milhões com sequeladoss, e mais de 600 mil mortos. Um verdadeiro “zaralho”. O fato é que lugar de militar é nos quartéis, de prontidão contra possíveis agressões externas. Mas no Brasil eles se dedicaram a combater seu próprio povo. Quase 60 anos pós-64, uma outra geração da cúpula militar continua fazendo apologia à ditadura, defendendo a tortura e vendo comunismo em todo canto. Isso ocorre devido à doutrina ministrada nas academias militares, e vai continuar assim, a menos que os segmentos democráticos da sociedade brasileira imponham uma mudança na doutrina militar, acabando de vez com a situação do país vivendo sob a tutela ou a eterna ameaça da caserna. Quer um exemplo? o TSE, que praticamente elegeu Bolsonaro ao barrar a candidatura favorita de
Lula em 2018, votou agora unanimemente contra a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, mesmo reconhecendo que houve disparos em massa de fake news na campanha bolsonarista de 2018. Mas num arroubo de coragem, cassou o mandato de um deputado do PSL/PR. Por qual motivo: disparo de fake news!!! MERITOCRACIA OU MILITOCRACIA – A cúpula militar que governa o Brasil com Bolsonaro vive pregando a meritocracia como mecanismo de progressão na carreira, mas a admissão da filha mais nova de Bolsonaro no Colégio Militar de Brasília, sem se submeter à seleção, vem se somar ao turbilhão de benesses e privilégios que os militares se julgam no direito de usufruir, como as milhares de boquinhas em cargos civis, a dupla remuneração (extrapolando o teto), a aposentadoria integral, etc etc.
(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
Novembro Azul Geraldo César Sant’Ana Moreira (*) AGÊNCIA SENADO No ano passado, fui diagnosticado com o câncer de próstata. Não há como evitar ter câncer de próstata. O que existe é: quanto mais cedo o diagnóstico precoce, maior chance de cura. Foi o que aconteceu comigo. Sempre cuidei da minha saúde. Procurava me alimentar bem, fazer exercícios físicos etc. E me sentia bem. Portanto o “sim” da biópsia foi uma difícil surpresa para mim e para meus amigos e familiares. Mas não perdi tempo: fui encorajado e me encorajei para tomar a decisão de optar pela cirurgia imediatamente. Foi a melhor coisa que eu fiz.
Claro que tive medo e incertezas. Momento inicial de achar que não era comigo e, noutro, de revolta. Porém, mais forte que tudo isso, mantive a fé em Deus e confiei no meu médico urologista, Dr. Mário F. Chammas Júnior. Tive a bênção e o privilégio de ter um profissional espetacular, extremamente capaz e muito humano e atencioso. Contei com o forte apoio e as orações dos que estão ao meu lado. E uma coisa muito importante: acreditar em mim mesmo e na minha capacidade de superação. A Medicina avançou muito. Há muitos tratamentos. Por exemplo, a cirurgia robótica – a opção escolhida pelo Dr. Chammas para o meu caso – mais moderna, segura e muito precisa, o que reduz consideravelmente a probabilidade de ficar com disfunção erétil ou incontinência urinária devido à retirada da próstata. A minha recuperação também
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foi precoce em todas as etapas. Foi dar tempo ao tempo e tudo voltou ao normal – ter paciência também é bom remédio. Estou curado e tudo funciona perfeitamente bem! Lembre-se também que o Novembro Azul é muito mais do que prevenção ao câncer de próstata. São muitas outras doenças que podem ser evitadas e/ou tratadas com sucesso. Leve a sério o meu conselho.
Quem avisa amigo é. Não tenha preconceito em procurar um urologista e fazer exames anualmente, pelo menos. Espero que não passe pelo que eu passei. Mas, se for o caso, não desista e se sinta fortalecido e confiante. Você pode vencer um câncer. Você pode tudo! E tudo ficará azul novamente. (*) Publicitário
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I N FOR M E
Sejamos como Suassuna: realistas esperançosos Gutemberg Fialho (*) Pelo menos oito capitais brasileiras avaliam realizar eventos de carnaval em 2022, depois do “jejum” deste ano e das restrições ao convívio social impostas pela pandemia da covid-19. Um século atrás, em 1919, logo depois do auge de mortes causadas pela gripe espanhola, o Brasil foi palco de uma das maiores festas populares de todos os tempos: o Carnaval da Ressurreição ou Carnaval da Revanche. Era fevereiro e a doença tinha chegado ao País em setembro de 2018. A onda se estendeu até 1920. Na atualidade, em quase dois anos do que passou a ser chamado de “o novo normal”, não parece que a festa de Momo de 2022 venha a ser um novo Carnaval da Ressurreição, embora comemoremos a queda continuada de casos graves da covid-19 desde que começou a vacinação – o que nos deixa mais esperançosos com o futuro. O fato é que ansiamos pela retomada do
curso normal de nossas vidas, por um “Carnaval da Ressurreição”, por aglomerações humanas calorosas, abraços e festas. E realmente devemos cultivar a esperança, com os pés no chão, mas visando as mudanças positivas no atual estado de coisas. Mais que isso, devemos fazer o que está em nossas mãos para que o pós-novo-normal seja construído. Os desafios não são poucos: temos que cuidar das feridas emocionais provocadas pelas perdas, cuidar de nossos órfãos, recuperar a economia, gerar empregos, restabelecer a harmonia social e combater a fome. Isso vai exigir trabalho, reflexão, tolerância e bom senso na tomada de decisões factuais e futuras. Cada um de nós vai ter sua quota de contribuição no processo de recuperação. No campo econômico, o setor produtivo, na sua maioria, se mostra otimista com a retomada plena da atividade – é o que indicam pesquisas do IBGE e da Febraban. Apesar do contexto atual, espera-se queda nos preços da energia elétrica no começo do ano e dos alimentos básicos até meados
de 2022, inflação menor e com tendência de queda até 2023. O cenário começa a se abrandar e a se tornar mais propício para a geração de postos de trabalho. Se essas previsões se concretizarem, teremos muito a festejar. Também vai estar nas mãos de cada um de nós definir o futuro político do nosso país, com as eleições gerais. Dizem que o período eleitoral é uma caixinha de surpresa, tal qual os resultados do futebol. Essa pode ser uma frase válida para candidatos, mas não pode se aplicar à experiência que o eleitor deva esperar da atuação dos mandatários que elege. Temos as opções de continuarmos investindo nas divergências e demonização da política, gerando mais polarizações, ou nos envolvemos no processo eleitoral de maneira séria e responsável, analisando propostas e conhecendo a fundo os candidatos. Enfim, estamos nos encaminhando para o fim de um período duro, difícil e doloroso, com perdas econômicas, afetivas e de
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
vidas. Então, podemos olhar para o futuro de forma mais otimista. Isso não quer dizer esperarmos inertes que o universo nos entregue a alegria e a prosperidade prontas, embrulhadas como presente. Sejamos otimistas com a mentalidade de que, por meio de nossas escolhas, atitudes e ações, podemos moldar uma nova normalidade mais satisfatória em nível individual e coletivo.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
I n fo r m e
Sinpro exige condições para retorno 100% presencial Sinpro-DF Na quarta-feira (3), a Comissão de Negociação do Sinpro-DF se reuniu com vários setores do GDF, entre eles o secretário-executivo da Secretaria de Educação, Denilson Bento da Costa. O encontro foi resultado da paralisação com ato público realizada naquele dia contra o retorno das aulas 100% presenciais sem condições sanitárias nas escolas públicas do DF. A primeira questão abordada pelo sindicato foi a arbitrariedade do governo, que vem tomando decisões unilaterais, sem diálogo com o Sinpro, o principal representante da categoria do magistério público, ou com gestores das escolas. A falta de diálogo foi um dos motivadores da paralisação (foto) na quarta-feira (4). A Comissão lembrou o grave cenário imposto a várias unidades escolares da rede pública: salas de aula pequenas e sem ventilação, espaço inadequado para oferecer a merenda e transporte escolar cheio são realidade de escolas, principal-
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mente das que estão em locais de vulnerabilidade econômico-social. O sindicato alertou, mais uma vez, que a maioria dos estudantes das escolas públicas tem idade inferior a 12 anos e, por isso, ainda não podem se vacinar contra a covid-19. Também foi denunciada a conduta das secretarias de Educação e de Saúde, que não tomaram todas as providências para garantir o retorno seguro às salas de aula. Não há, por exemplo, testagem da comunidade escolar, definição de Unidade Básica de Saúde de referência para cada unidade, número suficiente de trabalhadores da limpeza. O Sinpro lembra que a
poucos dias do encerramento do ano letivo, não há justificativa lógica para que seja imposto o retorno das aulas 100% presenciais sem discussão de propostas que poderiam mitigar os riscos de infecção pelo novo coronavírus e suas consequências. Dentre os pontos elencados pelo sindicato para mitigar os riscos de infecção pelo coronavírus com o retorno das aulas estão: que a retomada plena das aulas presenciais seja precedido de um Plano de Contingência com a participação e o conhecimento de todos os diretores das unidades, e o engajamento das Secretarias de Educação e de Saúde; garantia da observância do protocolo sanitário, com efetivo monitoramento pelas duas Secretarias; busca ativa de integrantes da comunidade escolar, com a realização de um trabalho de convencimento àqueles que se recusaram se vacinar; garantia a cada escola da definição de uma UBS de referência a que possa se referenciar diante de suspeição de casos de contaminação de membros da comunidade escolar; tratamento específico à Educação Especial,
Educação Infantil e Educação Precoce; tratamento diferenciado às escolas em tempo integral e escolas técnicas; antecipação da dose de reforço da vacina para todos os profissionais da educação; observação rigorosa dos critérios de limpeza e desinfecção do ambiente escolar, distanciamento físico nas salas de aula e espaços coletivos e uso obrigatório de máscaras. Os professores se reunirão em assembleia no dia 11 de novembro. Na pauta, a definição dos rumos da luta da categoria frente à determinação unilateral do GDF de retorno às aulas 100% presenciais, em plena pandemia, sem a garantia da aplicação dos protocolos de segurança sanitária em todas as unidades escolares.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
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Entrevista / Paco Britto FOTOS: ANTÔNIO SABINO/BRASÍLIA CAPITAL
Parece que o senhor acelerou as ações do governo neste curto período de interinidade? – Não. Eu só mantive o ritmo do nosso governador Ibaneis Rocha. Um ritmo intenso que está sendo implementado em todo o DF em prol da nossa população. Além de obras, o senhor também tem apresentado ações como contratações de servidores... – É verdade. No caso específico da Educação, anunciado semana passada, já estava previsto pelo governador. Nós só anunciamos e zeramos o último concurso. Obra é muito bom, mas tem que ter o social. E essa visão social do governo Ibaneis-Paco Brito é muito grande. Veja o que foi feito com o Vale Gás, o Cartão Alimentação e o Cartão Material Escolar. O senhor acaba de visitar Taguatinga, onde os comerciantes do centro da cidade reclamam de prejuízos com a intervenção da obra do túnel... – No caso da economia, nós temos uma visão macro. Foi liberada a isenção do pagamento dessas lojas que estão sendo prejudicadas no momento, mas que serão muito beneficiadas no futuro. É isenção ou postergação de dívidas? – É uma postergação até 2023. Fora isso, vai ser feito um boulevard maravilhoso para integrar toda a população nessa convivência. E também a revitaliza-
Segundo Paco Britto, túnel de Taguatinga será entregue em junho de 2022
Admiração explícita Orlando Pontes
O
Paco Britto não esconde sua admiração e respeito por Ibaneis Rocha. Garante que essa boa relação se estabeleceu ainda na pré-campanha de 2018 e não sofreu abalos nos últimos três anos. “Eu sei qual é o papel do vice em um governo”. Ele revela que se inspira em Marco Maciel, falecido este ano, e que foi vice-presidente nas duas gestões de Fernando Henrique Cardoso. Nesta semana, com a viagem do titular a Portugal, o vice-governador assumiu interinamente o GDF e implementou uma agenda intensa. “Mantive o ritmo do nosso governador”, disfarça. Nesta entrevista exclusiva ao Brasília Capital, concedida dentro do carro no deslocamento entre Taguatinga e o Palácio do Buriti, na quinta-feira (4), Paco Britto falou das realizações da atual gestão e desdenhou das chances da oposição de tirá-los do governo no próximo ano.
ção da famosa Praça do Relógio, que é um marco de Taguatinga. E
nada mais justo do que revitalizá-la para que ela tenha mais acon-
chego, mais convívio social das pessoas que podem usufruí-la.
A propaganda do GDF mostra muitas realizações na Saúde, que é o grande problema dos governos. Há previsão de melhorias nessa área? – Já estão ocorrendo melhorias. Algumas das UPAs prometidas pelo governador já foram entregues e as outras duas ou três serão concluídas até o final do ano. O que houve foi a escassez de material. Não tinha ferro, portal, cimento... O atraso na obra de algumas UPAs se deu por este motivo. O senhor coordenou, pessoalmente, algumas ações, como os chamados hospitais acoplados... – Verdade. Entregamos 200 leitos novos nos hospitais acoplados de Samambaia e de Ceilândia. Tudo isso sem uso de recurso público. O dinheiro foi arrecadado pelo comitê Todos Contra a Covid, do qual sou coordenador. São estruturas perenes, definitivas. Aliás, você sabe há quantos anos não era construído um hospital no DF? O último foi o do Paranoá, e o último comprado foi o de Santa Maria. O senhor foi vítima da covid-19 e sabe como a doença age. Considera prudente a retomada de atividades escolares presenciais e o fim do uso de máscaras em locais abertos neste momento da pandemia? – Com certeza. A grande doença do século não será a covid-19, mas as doenças psicológicas. Essas medidas elevam o número de pessoas acometidas por problemas psíquicos, inclusive em crianças.
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Cotas sim Temos que entender que o mundo está voltando ao normal. Eu tive covid. Sofri com sequelas, como a perda de memória, que agora já está melhorando. Mas ainda assim acho que já está na hora de começarmos a voltar à normalidade porque, após um número expressivo de vacinados (80%), a covid, daqui a um ou dois anos tornar-se-á uma gripe como o H1N1, com vacinas mais eficazes e com tratamentos assertivos. Mas a vida tem que voltar ao normal. E em relação às aulas? – Eu acho que tem que voltar. O índice vacinal do DF já assegura isso. O Sinpro reuniu cerca de 10% da comunidade contrária ao retorno. Mas, olha, os diretores frequentam reuniões políticas, bares, restaurantes, festas etc. E não querem voltar para a sala de aula? Há uma inversão de valores. Não são os professores, mas os diretores do Sinpro.
de que só conversaremos sobre política a partir de janeiro, para formação de chapa. Eu trabalho no papel de vice-governador e posso adiantar que não serei candidato de mim mesmo. Caso queiram, um grupo político tem que me alçar. Se acharem que devo ser candidato a vice, assim permanecerei. O governo está bem e a chapa foi vitoriosa.
“Não vejo quem possa nos dar trabalho. Poucos se põem como candidatos a governador e muitos como a vice de Ibaneis”
Como vê os opositores? – Não vejo quem possa nos dar trabalho. Poucos se colocam como candidatos a governador do DF e muitos se põem como candidato a vice de Ibaneis. Ou seja, o governo está muito bem. Qual o balanço o senhor faz da gestão, até aqui? – Saímos de uma pandemia sem demissões, com o DF pagando em dia os salários, com mais de mil obras em curso, mais de 500 obras durante o auge da pandemia e gerando 35 mil empregos naquele momento. Mostramos a que viemos. O governo cumpriu as promessas de campanha? – A chapa Ibaneis Rocha e Paco Brito não fez promessas de campanha. Como está provado aqui no túnel de Taguatinga. Nós fizemos compromissos de campanha. E eles estão sendo cumpridos. Então, mantenham e tenham a esperança de que nós faremos um governo melhor.
O Sinpro avaliou que 60% das escolas não abriram... – Foi 10%. Cerca de 60 escolas não abriram. Mostra que a diretoria está no caminho errado. A população e os pais querem que os filhos retornem. Com quem eles vão deixar os filhos para irem trabalhar? Mudando o assunto: temos eleição no ano que vem. O senhor parece afinado com o governador. Já tem alguma sinalização de que a chapa Ibaneis-Paco Brito se repetirá? – Nós estamos afinados desde a pré-campanha. Temos um acordo
gum modelo de vice? – Eu tenho como inspiração Marco Maciel, uma pessoa correta, do bem e que sabia ser vice. Eu sei qual é o papel do vice em um governo, diferentemente de todos os outros que passaram, desde Joaquim Roriz.
Como está a relação com o governo federal? – É sempre complicada a relação do governo do DF com o governo federal. Acredito que essa luta presidencial se estenderá até março e polarizará O senhor segue al- entre dois candidatos.
O senhor é o fiel escudeiro de Ibaneis? – Eu sou respeitador de Ibaneis Rocha. Admirador de sua rapidez de raciocínio e do seu caráter.
Ricardo Nogueira Viana (*)
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Novembro, mês da consciência negra, momento voltado aos afrodescendentes com o intuito de evidenciar as desigualdades ainda latentes em nossa sociedade. Também é o momento da revisão da lei 12.711/12, a qual reserva 50% das vagas das universidades e institutos federais de ensino superior a estudantes de escolas públicas. É a chamada Lei das Cotas. Após dez anos de vigência, há quem entenda como um privilégio mantido aos alunos de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e com deficiência. Incautos bradam pela revogação do ato normativo e o caracterizam como “mimimi”. Em contrapartida, a faculdade Zumbi dos Palmares criou o movimento Cotas Sim, em busca de consolidar apoio à manutenção da lei. O artigo 7º da lei federal prevê a revisão do programa após dez anos de sua vigência. Sim, revisão, debate e aperfeiçoamento. Apesar de parecer um benefício, na verdade se trata de uma correção, uma reparação que o Estado faz, principalmente aos afrodescentes, os quais durante séculos foram subjugados por uma elite dominante. Nossos antepassados não foram escravos, mas escravizados. Até hoje, 133 anos pós-liberdade, os negros ainda rogam por direitos básicos, como educação, saúde, saneamento, segurança e trabalho. Como objetos dos senhores de engenho, foram arremessados na rua sem o mínimo de condições de sobrevivência: proibidos de estudar, sem casa para morar, terra para plantar ou trabalhar. E assim seguiram em favelas e guetos, protagonizando a criminalidade e morrendo. Segundo relatório do PNUD (Programa Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento) em 2020, antes da pandemia o Brasil era o país com a oitava pior distribuição de renda do mundo, atrás somente de alguns países africanos. O movimento Cotas Sim tem como fito apoiar os projetos em tramite no Congresso Nacional pela renovação dos prazos da Lei 12.711/12 e a prorrogação da lei que destina 20% de vagas para negros em concursos públicos e cargos administrativos, a qual tem seu prazo revisional marcado para 2024. Não se trata de “coitadismo”. A elite brasileira tem uma dívida para conosco. Mas, pouco adianta abrir acesso às universidades, se negros e pardos tiveram péssimas referências educacionais em momentos anteriores. Para quem caracteriza os anseios da negritude como “mimimi”, entenda que a reposição de nossa dignidade não se encontra apenas nessa nota musical, mas que nos devolvam também o dó, o ré, e todas as demais claves que nos foram subtraídas quando nos açoitavam e se deliciavam com o nosso sangue. Cotas Sim. (*) Delegado-Chefe da 6ª DP, Professor de Educação Física
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Portugal – Durante a viagem a Portugal, o governador Ibaneis Rocha esteve com o irlandês Patrick Cosgrave, CEO e cofundador da Web Summit, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. O GDF negocia com ele para que Brasília seja sede do evento na América Latina.
Por Gabriel Pontes
TAGUATINGA
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Sucateamento da Praça do DI Um dos principais pontos de encontro dos taguatinguenses, a Praça do DI passa por maus bocados, sucateada, com equipamentos destruídos, iluminação queimada e ocupada por moradores de rua. Diante das reclamações dos moradores, o administrador, Bispo Renato Andrade, fez uma visita à Praça na quarta-feira (3). “Verificamos onde será preciso realizar obras emergenciais, de forma a atender as necessidades mínimas das pessoas que
ANTÔNIO SABINO/BRASÍLIA CAPITAL
transitam aqui”, afirmou. Segundo a Administração, existe um projeto para que, em 2022, a Praça seja totalmente reconstruída.
Grileiros atacam área de proteção
CEILÂNDIA
I n fo r m e
O Sindicato dos Bancários se junta, em mais um ano, à campanha internacional Novembro Azul para incentivar a procura por ações de promoção da saúde dos homens da categoria, chamando a atenção, principalmente, para a importância da prevenção do câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o tipo mais comum entre a população masculina, atingindo 29% dos homens no País. Entre 2020 e 2022, a estimativa é de que ocorram 66 mil novos casos. O diagnósti-
IADE ÁGUAS CLARAS
Árvores na EPNB
Apreensão recorde A Polícia Civil apreendeu, em Uberaba (MG), 458 Kg de maconha que tinham Ceilândia como destino inicial e, posteriormente, outras cidades do DF. A Operação Presságio foi deflagrada pela 24ª DP, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um homem de 28 anos foi preso. Ele dirigia um Jeep/Renegade. Toda a droga estava no porta malas. Ele irá responder por de tráfico de drogas
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A história se repete em todos os feriados. Grileiros se valem da pouca fiscalização e atacam áreas de proteção ambiental no Park Way. O alvo de terça-feira (2), Dia de Finados, foi, mais uma vez, um corredor de transição da vida silvestre entre os conjuntos 8 e 9 da Quadra 26, próximo às nascentes do Córrego do Cedro. Em abril o mesmo local foi alvo de uma tentativa noturna de cercamento, impedida pela vigilância dos vizinhos. (Com informações do Blog do Chico Sant’Anna).
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PARK WAY
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Jurandir Siqueira e seu filho Hanry aproveitaram o feriado de 2 de novembro para plantar árvores às margens da EPNB, próximo à Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras. É a segunda vez que pai e filho se unem para melhorar a arborização do local. Na primeira vez, escolheram ipês amarelos, agora plantaram um umbuzeiro. “São presentes meus e do meu filho para a cidade. No Dia de Finados, quando lembramos de tanta gente
querida que perdemos, plantamos árvores para agradecer por tudo o que essas pessoas fizeram por nós”, disse o empresário, dono da gráfica Siqueira. DIVULGAÇÃO
Pela saúde dos homens co precoce é fundamental para a cura. Diretor da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e integrante do Coletivo de Saúde da Contraf-CUT, Wadson Boaventura comentou sobre o tabu que ainda cerca a saúde do homem brasileiro, impedindo que muitos procurem ajuda médica. Durante a 15ª edição do programa Arte|Fato, que foi ao ar na terça-feira (2), o dirigente pontuou que “muitos perdem a vida por não terem feito exames simples. Dados apontam para a morte de um brasileiro a cada
38 minutos vítima do câncer de próstata. “Os números mostram que o câncer é uma questão de saúde pública e que políticas de prevenção e garantias de acesso ao tratamento devem ser pautas permanentes de discussão da sociedade e aplicação por parte do Estado. Campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul impulsionam maior procura pelo médico”, comenta a secretária de Saúde do Sindicato, Vanessa Sobreira. Especialistas recomendam que homens com mais de 50 anos, ou mais de
45 se houver histórico familiar de câncer de próstata, procurem um médico anualmente para realizar os exames preventivos. As chances de cura aumentam em 90% quando a doença é detectada no início.
Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
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Túnel será entregue em junho de 2022 FOTOS: ANTÔNIO SABINO/BRASÍLIA CAPITAL
Garantia é do governador em exercício, Paco Britto, durante visita a Taguatinga José Silva Jr. Em seu quarto dia como governador interino, o vice Paco Britto (Avante) visitou, quinta-feira (4), a obra do túnel de Taguatinga. Segundo ele, “fazer uma prestação de contas de como o dinheiro dos impostos estão sendo empregados”. O trabalho está a todo vapor. Foi o que Paco garantiu na coletiva de imprensa improvisada entre um maquinário pesado e outro. O titular Ibaneis Rocha (MDB) viajou para Lisboa, em Portugal, na semana passada, com objeti-
Segundo o vice-governador, Praça do Relógio também será reformada pelo GDF
vo trazer o Web Summit, um dos principais eventos de tecnologia do mundo, para Brasília. Enquanto isso, o vice toca a agenda do GDF. Segundo Paco,
53% da obra do túnel está pronta e o cronograma de entrega será cumprido até junho de 2022. A construção foi iniciada em 20 de julho de 2020.
Sacrifício O túnel é a promessa de dias melhores os moradores das cidades de Ceilândia, Samambaia e, claro, Taguatinga. A pista vai acabar com as retenções ocasionadas pelos semáforos do centro e desafogar o trânsito local, por onde trafegam cerca de 25 mil motoristas diariamente. Além de economia para o bolso, a nova passagem subterrânea irá diminuir o tempo de deslocamento em, pelo menos, 25 minutos. Mas a obra exige não só sacrifícios do governo em empenhar recurso e mão-de-obra, como também dos comerciantes, que ficam com a frente das lojas encobertas pelos tapumes que cercam o canteiro de obras. Como forma de mitigar o prejuízo deles, o governador em exercício lembrou que Ibaneis protelou o pagamento do Imposto Predial Terri-
torial Urbano (IPTU) para o 2023. De acordo com a Associação do Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), por causa do início das obras do túnel, alguns lojistas baixaram as portas e outros sofreram queda abrupta nas vendas. Isso se deve porque o fluxo de pessoas diminuiu substancialmente. “Foi uma decisão muito importante e acertada do governador Ibaneis de reduziu o IPTU das lojas ao lado que foram prejudicadas pela obra”, destacou o presidente da Acit, Justo Magalhães. Dono de um salão de beleza na C-8, Adão dos Reis disse que o impacto da obra na procura do seu serviço foi de 30%. É a redução que teve até agora. Segundo ele, isso se deve ao fato da dificuldade para os clientes se deslocarem até o seu es-
Adão dos Reis calcula em 30% a redução do movimento em seu salão de beleza com a obra do centro da cidade
tabelecimento e encontrarem vaga para estacionar o carro. Para ele, o adiamento do IPTU ajuda a mitigar o prejuízo, mas o importante mesmo será a conclusão das obras. “Vamos torcer para que elas terminem logo, que aí o fluxo normal volte e com eles nossos clientes”, vaticina.
Boulevard O sacrifício promete ser recompensado. De acordo com o projeto original, o governo não se preocupou somente com a passagem dos carros. Em meio ao vai-e-vem de veículos, haverá uma espécie de centro de convivência para os moradores dos prédios em volta. Denominado de Boulevard, que o significado é avenida, o espaço prevê parque infantil, pista de skate, bancos e ainda quiosques de lanche rápido para atleta de ocasião. Além disso, haverá ciclovia em volta para contemplar não só os amantes do ciclismo mas também quem depende da magrela para chegar ao trabalho.
Praça do Relógio Outro espaço de convivência e que também é considerado o principal monumento de Taguatinga também será contemplado pelo pacote de obras no centro da cidade é a Praça do Relógio. A revitalização está em andamento na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (seduh). A intenção da pasta é que as obras por lá sejam executadas juntamente com o Boulevard. Presente à visita, o secretário de Obras, Luciano Carvalho, garantiu que “o calendário vai ser cumprido”. “Estamos rompendo barreiras”, disse o entusiasmado titular da pasta. Segundo ele, a entrega da etapa mais pesada da obra, que é a concretagem das paredes do túnel, terraplanagem e asfaltamento, será feita ainda no primeiro semestre do ano que vem. A fase inclui ainda um centro de controle integrado ao Metrô, cuja a estação fica ao lado.
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
Cairo: um exemplo a não ser seguido por Brasília Em apenas um século, a “Paris da África” se transformou em algo abominável Na década de 1920, a capital egípcia era cortada por grandes avenidas, boulevares, bondes
elétricos, calçadões, cafés. Vida bucólica à margem do rio Nilo. Apesar de ser uma zona desértica, o verde se fazia presente, graças ao rio que a atravessa. Um século depois, a “Paris da África” se transformou em algo abominável, a ponto de a única solução encontrado pelo governo ter sido a construção de uma nova capital, como mostramos na semana passada.
Mau exemplo O planeta está cheio de bons e maus exemplos de práticas de planejamento urbano. Todas são úteis para momentos como o que vivemos em Brasília, com a elaboração de uma nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e de um novo Plano de Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot).
Dentre as experiências urbanas alhures, a do Cairo é uma que pode nos ensinar a evitar determinadas iniciativas. A opção governamental foi investir em viadutos, elevados, autopistas. Privilegiou-se o transporte individual, deixou-se de lado as soluções de mobilidade urbana.
Moradias no quintal do sítio arqueológico A expansão urbana é tão violenta que as moradias e estabelecimentos comerciais chegam ao quintal do sitio arqueológico das Pirâmides de Gizé. Nas ruas do Cairo não há semáforos. Faixa de pedestre é uma utopia. Cada um por si. Todos se enfiando onde couber, ignorando as faixas de circulação. O som das buzinas é constante. Apesar da intenção de ampliar as linhas do metrô, o governo do Egito investe em mais viadutos, elevados, autopistas e anéis rodoviários.
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Derrubada de casas No Egito, como não há espaço para novas vias, a solução foi derrubar casas e até bairros inteiros. Alguns dos elevados ficam a menos de um metro de distância de prédios que restaram em pé. Dependendo da localidade, no quinto ou sexto andar de alguns edifícios, o cidadão poderá abrir a janela e saltar sobre a autopista que formará o novo anel viário do Cairo. É como se a Via Epia passasse a contar com cinco faixas de cada lado e para isso, prédios no Cruzeiro tivessem que ser demolidos.
Pontos em comum Para Adriana Modesto, doutora em Transportes, embora distantes no tempo e no espaço, o Cairo e Brasília experimentam pontos em comum: as prioridades de seus gestores quando o assunto é planejamento de transportes e planejamento de circulação. “Priorizam recursos à infraestrutura para o transporte motorizado, rodoviário. Um e outro governo se alinham na contramão de políticas globais, como a Agenda 2030, proclamada pela ONU”, exemplifica.
Conurbação
Vespeiro de vans Lá, praticamente, não há transporte coletivo em ônibus. Um vespeiro de lotações domina a cidade. É difícil saber como os passageiros se orientam, pois essas vans – muitas importadas de segunda-mão de países europeus – não possuem numeração, iden-
tificação de destino ou itinerário. Também não há na cidade paradas de ônibus demarcadas. Em qualquer esquina, as lotações pegam ou deixam passageiros. Não há linhas de VLT – os bondes elétricos. O metrô do Cairo data da década de 1980 e é o mais antigo de toda a África.
São três linhas, que formam uma rede de 88,5 quilômetros, por onde passam 2,5 milhões de passageiros/dia, o que representa apenas 10% da população da megalópole formada pela conurbação Cairo, Gizé e Shubra El-Kheima. Até 2050, deve passar dos 40 milhões.
Toda essa transformação egípcia se deu um século. Brasília tem 61 anos e mais de três milhões de habitantes (4,5 milhões, se computadas as cidades do Entorno). A conurbação no Planalto Central avança a passos largos em diversas direções.
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QUESTÕES DA ALMA
Anna Ribeiro Per dove? O segredo não está em partir ou em ficar. A graça da coisa está em “estar” Sentada no banco, mochila nas costas. O balançar dos pés deixava evidente a ansiedade. Entre as mãos espalmadas em oração, a passagem. Mas, para onde? Per dove? O barulho dos trens em direções opostas
se apresentava como todas as outras escolhas na vida: não é difícil escolher um caminho, difícil é abandonar os muitos outros possíveis caminhos. Fazia frio e fragor. Dentro e fora dela o mesmo tremor. O
ESPÍRITA
José Matos Segredos revelados No momento em que você achar que sabe, sua queda iniciou-se. O dever bem cumprido é excelente travesseiro para a noite Se você aceitar que é único, com necessidade única na Terra, que veio aqui com finalidade única e que já existia em espírito antes do seu nascimento, muitos conflitos mentais que você carrega desaparecerão. Necessidade, capacidade e merecimento. Estes são os três critérios para se vir à Terra.
TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA
Não confunda personalidade com individualidade. Personalidade é você hoje; Individualidade é o espírito eterno que habita seu corpo, que programou-se para vir em missão de aprendizagem e realização de tarefas. A personalidade só vive uma vez. A individualidade, que comanda a personali-
mesmo temor. Era sustentada por ter ultrapassado os limites que ela mesma havia se imposto. Chegou até à estação. Já estava a caminho, ainda que não soubesse o destino. A viagem já se apresentava. Os trens pareciam cada vez mais velozes, como se uma urgência se aproximasse. O barulho agora era também dentro dela. O destino ainda em branco, em aberto. Para onde? Nas costas a mochila vermelha carregava sonhos, expectativas, um amor antigo, uma lembrança de criança e, num bolsinho menor, alguma esperança. Aguardava o convite como uma noiva. O inesperado se apresentava. Estava noiva de si. Somente ela podia fazer o
convite, aceitar ou negar. Tudo nas suas mãos. Já não suportava ficar sentada. Caminhava entre as plataformas. Desvendou-se. Descobriu-se. Agora, ela corria para celebrar. Olhava para a bilhete novamente, apareciam todos os destinos. Era livre para ir; escrava apenas da escolha. O segredo não está em partir ou em ficar. A graça da coisa está em “estar”. Estar presente e de mãos dadas consigo, seja lá onde for. O melhor lugar do mundo é a sua casa itinerante, seu corpo e sua alma. Boa viagem, caro leitor. Aproveite-se!
dade, já viveu antes e voltará a viver. Vir, ir e vir! Só se vive uma vez, vindo depois o juízo, como ensinou o apóstolo Paulo? Verdade. A personalidade só vive uma vez, e quando morre passa pelo juízo, ou avaliação. Avalia-se o êxito total, parcial ou fracasso (parcial ou total), e nova vida é programada, como o aluno repetente que passará, de novo, pelas mesmas disciplinas e outras são acrescentadas. Se vencedor, novas encarnações são programadas com maior alcance, até que se desenvolva em amor e sabedoria, quando liberta-se do sansara, ou roda das reencarnações. Por que as pessoas não lembram de vidas passadas? Lembram, embora de forma inconsciente. Se não lembrassem, os grandes sofredores não
suportariam. É acessando lembranças de vidas passadas por hipnose e outras técnicas que os terapeutas da TVP (terapia de vidas passadas) libertam seus pacientes de certas fobias. A psicóloga americana Edith Fiore, autora do livro “Você Já Viveu Antes”, e o psiquiatra americano Brian Weiss, autor do livro “Muitos Mestres, Muitas Vidas”, atestam a eficácia da TVP. Trate-se, liberte-se, aceite-se, aceite o outro, aceite a vida. Seja sempre um ignorante, um aluno da vida. No momento em que você achar que sabe, sua queda iniciou-se. O dever bem cumprido é excelente travesseiro para a noite, ensinou André Luís.
Anna Ribeiro Escritora
José Matos
Professor e palestrante
CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF
TV Comunitária de Brasília DF
Brasília Capital n Gastronomia n 11 n Brasília, 6 a 12 de novembro de 2021 - bsbcapital.com.br
Gastronomia Dedé Roriz
CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO
VERONA
Instagram: @dederoriz
VILA CAIPIRA
Festival de risotos ao som de violino FOTOS: DIVULGAÇÃO
Há um ano, os empresários Diego Gebrim, Gustavo Barreto e Gustavo Andrade inauguraram o Verona, na 402 Sul, com cardápio voltado à gastronomia italiana. A casa tem uma temática super romântica, experiência inspirada na Itália e na história de amor de Romeu e Julieta. O chef Diego lançou, às quartas-feiras, o festival com seis tipos de risotos a R$ 119, incluindo vinho da casa. Nos jantares de quarta e sábado, um pianista se apresenta junto com um saxofonista ou um violinista que passam nas mesas, dando um charme especial à noite. Os risotos mais solicitados são de frutos do mar, de pera com gorgonzola, de filé ao funghi e de queijo brie com filé mignon ao molho de goiabada, além do principal da casa, batizado de Romeu e Julieta. A adega tem mais de 100 rótulos de vinhos, além da marca exclusiva Verona. JARDIM ILUMINADO – A decoração é uma das mais belas de Brasília. Tem um lindo jardim iluminado, várias fontes e quadros e velas. Tudo isso dá a real sensação de que o cliente está passeando por uma cidade italiana. Sendo assim, pelo conjunto da obra, comida perfeita, decoração impecável e iluminação lindíssima, o Brasília Capital confere à casa o Selo 5 estrelas.
Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília
Charme e petiscos na Vila Planalto Orlando Pontes O charmoso self-service do almoço na avenida Belém-Brasília da Vila Planalto agora virou um ótimo ponto de encontro para o happy hour. O restaurante Vila Caipira passou a funcionar como petiscaria das 16h à meia-noite. Para acompanhar a cerveja sempre bem gelada, o casal Jorge e Andrea prepara delícias como pimenta recheada, bolinho caipira, bolinho goiano e lombinho de tilápia. Mas tem muito mais... Vale conferir!
MAIS INFORMAÇÕES Instagram: @veronaristorantebsb 402 da Asa Sul Reservas: 61-99628-7823 $$
SERVIÇO: Funcionamento: De terça a domingo, das 16h à meia noite Endereço: Av. Belém-Brasília lote 16 (em frente ao Wizard) Mais informações: 61-99905-8023 (Jorge)