Bundão é Bolsonaro ou a imprensa que o investiga? NBA para em protesto contra o racismo. E o Brasil? Gustavo Pontes – Página 12
Ano IX - 479
Mulheres negras lutam contra a “invisibilidade” Página 4
Brasília, 29 de agosto a 04 de setembro de 2020
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ENTREVISTA VAL SOUSA
CPI ou palanque? ta-feira (27). O grupo foi pressionar pela instalação da CPI da Pandemia para investigar supostos desvios na Saúde. Página 5 Mas alguns distritais não gostaram. TONY WINSTON/AGÊNCIA BRASILIA
Uma “visita surpresa” dos senadores Izalci Lucas e Leila Barros e das deputadas federais Paula Belmonte e Érika Kokay causou mal-estar na Câmara Legislativa na quin-
Amarelo dos ipês dá vida ao Cerrado Mais de 600 mil árvores da espécie colorem o DF de julho a novembro Cassinho Brazil - Página 9
Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 29 de agosto a 04 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br
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x p e d i e n t e
Um deputado com ficha corrida Anderson Campos (*) XXXXX
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A política brasileira vem sofrendo sua maior transfor-mação desde a promulgação da Constituição de 1988. Sempre acreditei que o Brasil pode crescer, a ponto de um dia se tornar uma potência mundial. Porém, é necessário ser comandado por homens sérios em todas as esferas de poder, o que me leva a me recusar a aceitar que eleitores ainda sejam enganados por propagandas de marqueteiros, supostamente, honestos e voltados para o bem-estar do cidadão. No Distrito Federal, encaixa-se nesse perfil o deputado Luís Miranda. Em minha opinião, esse parlamentar não tem credibilidade para exercer tão alta função pública delegada pela população da capital da República. Ele se elegeu pelo DEM – um partido de políticos duvidosos – prometendo
mundos e fundos. Postava vídeos mostrando que a gasolina, que custava R$ 5, no Brasil, nos EUA daria um galão de 5 litros. E dizia que isso era uma vergonha. Vendeu peixe bonito por fora, mas podre por dentro. Eleito, descobriu-se que esse deputado não tem currículo, mas, sim, ficha corrida. Ele não resiste a uma simples pesquisa na Internet. No site Jusbrasil, o cidadão Luís Cláudio Fernandes Miranda responde a 73 processos já publicados em Diários Oficiais. São 52 processos no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), sendo seis do Tribunal Regional do Trabalho (TRT10). A parte que está com Giselle Clemente Pires Miranda (19 processos) é a que mais aparece, seguida por João Gilberto Araújo Pontes. Giselle vem a ser a esposa de Luís Miranda. Recentemente, foi noticiado na mídia que Luís Miranda foi condenado a pagar R$ 800 mil referentes a um processo no, TJDFT, e que,para quitar a dívida, colocara sua residência, no Guará, como garantia de pagamento. Pera lá!
Então foi eleito um cidadão que residia nos EUA (estava fora do DF há mais de 5 anos antes da eleição), era envolvido em escândalos os mais diversos, e prometia iPhone de última geração em sorteios pelo seu perfil no Facebook? Ainda: o deputado Luís Miranda, sonegador fiscal, está como vice-líder do partido e chega a presidir sessões plenárias na Câmara dos Deputados. É inadmissível um parlamentar com esse “currículo” integrar a Comissão Especial da Reforma Tributária. Inadmissível! Estamos deixando o rato cuidando do queijo. Sobre minha pesquisa, não sou eu quem diz. É o TJDFT que comprova! E olhe que não cheguei a pesquisar os processos baixados... (*) Empresário
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Irã X Arábia Saudita Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
Faltam pouco mais de 2 meses para as eleições nos Estados Unidos e, praticamente, todas as pesquisas eleitorais têm apontado a vitória do candidato democrata Joe Biden. Embora seja tradição nos, EUA, a reeleição do presidente, a situação de Donald Trump é muito complicada: a economia se encontra em recessão, o desemprego alcança mais de 20 milhões de norte-americanos e seu governo é apontado como o principal responsável pelos mais de 6 milhões de infectados e quase 200 mil mortos pela covid-19 naquele país. A questão é: caminhará Trump, passivamente, para uma desenhada derrota eleitoral ou buscará uma “bala de prata”? E que “bala” seria? Claro, um confronto com um inimigo externo. Tal alternativa tem sido re-
corrente para presidentes norte-americanos melhorarem sua situação em disputas eleitorais: Johnson (Vietnã), Reagan (URSS) e Bush pai e Bush filho (Iraque). E a bola da vez seria o Irã. Os Estados Unidos têm o costume de rotular como ditadura os países que não se dobram a seus desígnios, casos atuais de Cuba, Venezuela e Irã. O curioso é que os dois últimos seguem o modelo de democracia ocidental, realizando eleições presidenciais e legislativas a cada 4 anos, diferentemente, do que ocorre, por exemplo, na Arábia Saudita, monarquia absolutista, há 94 anos comandada pela família Saud, conhecida por suas práticas sanguinárias, mas que é amiga e protegida dos EUA. Assim como são amigas e protegidas as outras cinco monarquias do lado ocidental do Golfo Pérsico (Emirados Árabes Unidos, Koweit, Catar, Bahrein e Omã), onde também não se vota, as mulheres não têm direitos e os trabalhadores não podem se sindicalizar. Até 1979, o Irã era comandado pela truculenta ditadura do Xá Reza
Pahlevi, amigo dos EUA, que foi deposto por uma enorme rebelião do povo iraniano, comandada pela liderança islâmica. Uma das primeiras medidas do novo governo foi nacionalizar as imensas reservas de petróleo e gás do país, e, claro, virou inimigo dos EUA. Essa é a regra do “Império”: se está alinhado comigo, é meu amigo, e assim o foram ditadores, como Pinochet (Chile), Suharto (Indonésia), Batista (Cuba) e os generais brasileiros de 1964 a 85. Mas se não estão alinhados, são meus inimigos. O fato é que a provável derrota de Trump, maior expoente da extrema direita no mundo, é motivo de preocupação para diversos presidentes direitistas, fascistas, monarcas absolutistas e ditadores espalhados pelo planeta, incluindo Bolsonaro, que poderá perder seu principal ponto de apoio. Mas isso abordaremos no próximo artigo.
(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável (UnB), ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
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Picaretas – João Pedro Stedile, dirigente do MST, tuitou, na sexta-feira (28): “Tragédia social: somos 211 milhões de brasileiros; 37 milhões têm Carteira de Trabalho assinada; 65 milhões estão na informalidade e/ou não trabalham e receberam auxílio emergencial; 6 milhões de ‘picaretas’ acessaram sem direito [o auxílio] e custaram R$ 42 bi aos cofres públicos”.
CUT comemora 37 anos
É porco DIVULGAÇÃO
O petista Chico Vigilante foi um dos últimos oposicionistas a subscrever a criação da CPI da Pandemia. E só o fez para não ficar com a pecha que estava se cristalizando na esquerda de que teria aderido ao governo Ibaneis Rocha (MDB).
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Dia da visibilidade lésbica
Roberto Jefferson VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, comemorado em 29 de agosto, este ano foi celebrado com uma audiência pública na Câmara Legislativa, mediada pelo deputado Fábio Félix (PSol). Ele defendeu maior espaço para a diversidade no Legislativo local e a importância dos dados e informações para tirar as lésbicas da
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Blocão em campo Jefferson teria sido inserido no cenário local pela secretária de Esportes, Celina Leão (PP). Titular da cadeira na Câmara Federal em que está o emedebista Tadeu Filippelli, Celina articula o Blocão, grupo de partidos que repete, na CLDF, a estratégia do Centrão, no Congresso Nacio-
cresceu e se transformou no que é hoje. E traz, como característica principal, a representação da massa classista”, comemora Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF.
RESISTÊNCIA – “Foi fundada na resistência à ditadura militar, contra a opressão, em defesa da democracia, na reorganização dos trabalhadores, organizou centenas de categorias. Começou ganhando oposições sindicais, depois, as eleições nos sindicatos e, nessa luta,
PALANQUE – Sobre a ida dos senadores e deputadas federais à Câmara Legislativa, recorreu a uma piada maranhense: “Esta visita tem pé de porco, focinho de porco, rabo de porco, pele e grunhido de porco. Portanto, é porco”. Traduzindo: ele não tem dúvida de que o grupo tenta armar o palanque para 2022.
A 13ª a assinar a CPI da Pandemia foi Jaqueline Silva (PTB). O apoio dela era considerado estratégico por Júlia Lucy (Novo), defensora da investigação pela Câmara Legislativa desde o primeiro momento. Em recuperação da covid-10, Jaqueline só aderiu à iniciativa após ser pressionada pelo presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson (RJ).
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) completou, sexta-feira (28), 37 anos de luta em defesa da classe trabalhadora. A entidade é a maior experiência de organização dos trabalhadores latino-americanos, a quinta central sindical do mundo e a maior da América Latina.
nal: apoio só em troca de cargos e outras vantagens. INOCENTE – Entre os deputados mais experientes, Leandro Grass (Rede), autor da proposta de criação da CPI, é visto como “deslumbrado pelos holofotes” que a iniciativa poderá atrair para ele.
h a r g e
invisibilidade e do silenciamento. LESBOCENSO – A Associação Lésbica Coturno de Vênus apresentou o Censo de Lésbicas do DF e Entorno, o LesboCenso, instrumento para mapear a realidade das mulheres lésbicas: 83% que responderam a pesquisa já sofreram algum tipo de violência.
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Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança sobre a violência contra mulheres em março e abril deste ano indica que houve 22,2% de aumento da violência contra a mulher. Como se situa a violência contra a mulher negra? – É maior. Os números e o crescimento dessa violência são assustadores, mas essa é a realidade e este momento de pandemia veio para acentuar muito mais. Nós, mulheres negras, estamos entre os maiores índices de vulnerabilidades sociais, num campo muito amplo da desigualdade social. Quais os pontos principais onde se situa essa violência contra a mulher negra – A vulnerabilidade, a desigualdade social – que perpetua e é a principal pauta da luta de todos os movimentos negros e organizações sociais – e essa fragilidade do sistema que, de certa forma, vai “normalizando” essa questão, que existe, que vivemos e sentimos na carne, mas que a sociedade insiste em fechar os olhos, como se não acontecesse de fato. Por que a Lei Maria da Penha não impede a violência contra a mulher negra? – É preciso salientar que essa lei é fruto de uma luta de mulheres que queriam e querem ser ouvidas, de uma luta de mulheres que buscam espaço e voz na sociedade. A lei não funciona porque não é respeitada, porque estamos inseridas numa sociedade machista, discriminatória, que insiste em dizer que o racismo não existe, embora esteja sendo colocado a todo instante. A não funcionalidade da lei ocorre em razão dessa construção que ainda vivemos. Existem outros instrumentos de defesa? – A única ferramenta poderosa que temos é fazer valer a lei. Também existem as organizações que buscam voz, que conscientizam, que trazem o debate. E à sociedade
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Entrevista Val Sousa
Covid-19 e a violência contra mulheres negras Pollyanna Villannova
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ONU Mulheres diz que a pandemia ressaltou o racismo, a violência e as desigualdades entre negras e aumentou 22% a violência doméstica no Brasil entre março e abril de 2020. Em 2019, 243 milhões de mulheres de 15 a 49 anos sofreram violência sexual ou física de parceiro íntimo no mundo. A subnotificação dessa violência já era um desafio: menos de 40% das vítimas buscavam ajuda ou denunciavam. Menos de 10% das que procuravam, iam à polícia. A pandemia elevou as subnotificações. Mulheres e meninas ficaram sem acesso a linhas de ajuda. Se a pandemia não for tratada logo, elevará o impacto econômico. O custo global da violência doméstica era de US$ 1,5 trilhão. Esse valor cresceu com a covid-19. A PUC-RJ informa que negros morrem mais do que brancos do vírus: 54,8%, em estudo com 30 mil casos, realizado em maio, com dados do Ministério da Saúde. As vulnerabilidades dos negros, mais de 118 milhões de brasileiros, ou 56% da população, levaram o movimento de mulheres negras a alertar para os efeitos das discriminações de gênero e raça na resposta à pandemia. O Brasília Capital entrevistou a psicanalista Valdinei Souza, a Val Sousa, presidente do Instituto de Psicanálise Ressignificar, especialista em comportamento humano e saúde mental e professora aposentada da Secretaria de Educação do DF sobre o tema.
cabe essa consciência de que a violência é fato, que existe, e que precisa ser combatida.
A Lei Maria da Penha foi importante para a mulher negra? Reduziu o índice de
violência e a empoderou? – A Lei Maria da Penha não reduziu. Mas, certamente, empoderou. E é mais um instrumento de empoderamento da mulher brasileira, especialmente, da mulher negra. É mais uma voz que ganhamos com essa lei. Claro que temos ainda a caminhar e a construir. Mas, com certeza, ganhamos um espaço político a mais, de voz e de defesa. Por que é tão invisível essa questão da violência contra a mulher negra? O que falta para se reverter isso? – Para falar dessa desigualdade é preciso reviver a história, esses fatores históricos que a mulher negra carrega na cor de sua pele e no seu próprio sangue. Essa invisibilidade ocorre porque a sociedade é racista e não reconhece, historicamente, os negros e as mulheres negras. Ainda somos classificadas pela cor da pele. Carregamos a história de um passado na cor da pele. Essa invisibilidade é histórica e é uma desconstrução muito complexa porque vem se perpetuando politicamente, socialmente, religiosamente. E por que existe essa invisibilidade? – É perfeitamente compreensível. Porém, o mais interessante, é que hoje estamos mais conscientes. Os movimentos negros estão mais acentuados, em movimento, dando voz a esse povo silenciado há muito tempo. Quais são os dados neste período da pandemia? – Com base no Ministério da Saúde, o de contaminação e morte de negros é 54,8%. Cerca de 30 mil casos só em maio. Na pandemia, os números mostram que os negros morrem mais do que os brancos. Muitas vezes, quando se fala dessa questão, colocam que somos iguais e contraímos o vírus da mesma forma. Estamos falando de índice de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, que não têm as mesmas ferramentas de defesa para se proteger e para se tratar.
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Vitória da vida
A diretoria colegiada do Sinpro-DF agradece aos professores e orientadores educacionais, estudantes, pais e mães e servidores que participaram das campanhas do sindicato em defesa da vida e contra o retorno das aulas presenciais em 31/8, em pleno agravamento da pandemia no Distrito Federal. Após pressão dos trabalhadores do magistério público, estudantes, mães, pais e responsáveis, o governador Ibaneis Rocha (MDB) suspendeu, na quarta-feira (19), por tempo indeterminado, o retorno das aulas presenciais na rede pública. Na avaliação do Sinpro, se ele não agisse assim, transformaria o DF numa tragédia epidemiológica sem precedentes. Diante da expansão sem controle da covid-19 na capital do País, o sindicato vê a suspensão como única alternativa. Milhares de vidas foram poupadas com a mudança de posicionamento do
governo e o atendimento do pleito da comunidade escolar. Perante as políticas de descaso do governo Jair Bolsonaro com a pandemia, era previsível o cancelamento do ano letivo de 2020. Se, em 2021, a necropolítica do Palácio do Planalto permanecer, também não haverá como retomar o ensino presencial. O Presidente ignorou a experiência dos outros países e, conscientemente, não adotou políticas sanitárias para barrar a pandemia. Ao contrário, fez o possível para alastrar ainda mais uma doença letal, sem vacina, sem tratamento e sem cura. Mesmo com resultados avassaladores e o País no segundo lugar do ranking mundial da pandemia, Bolsonaro continua sua genocida. Desde o primeiro caso de covid-19, há 6 meses (26/2), o Brasil teve uma morte a cada 2,2 minutos. A informação é do Metrópoles e indica que a “equipe do (M)
Dados fez a conta: “desde que o vírus chegou, houve, em média, um novo caso a cada 4 segundos”, afirma o jornal. Os números mostram que, com aulas presenciais, essa tragédia seria muito pior. A covid-19 segue sem freio no Brasil e no DF. Contabilizou 3.717.156 de contaminados e mais de 118 mil óbitos na quarta-feira (26/8), segundo balanço subnotificado e com contagens deturpadas do Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde do DF indicou que, em 24 horas (25 a 26/8), houve mais de 1.560 novos diagnósticos de covid-19 no DF. Ao todo, até a manhã de 27/8, o vírus havia contaminado 155.253 moradores da capital do País; com 55 óbitos de 25 a 26/8 e mais de 2.400 pessoas mortas desde o início da pandemia.
estamos numa luta da vida contra a morte”, afirma Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF. O sindicato se solidariza com as famílias que perderam alguém querido, especialmente com colegas professores (as) e orientadores (as) educacionais, e, de forma especial, com cada um que participou das campanhas em defesa da vida e que, assim como nós, considera A VIDA O MAIS IMPORTANTE. “Agradecemos, especialmente, a você que, juntamente com a gente, disse não ao retorno presencial nas escolas. Só venceremos o coronavírus se, no final, estivermos todos vivos. Nossa luta é pela vida. Nossa luta é por você”, afirma Rosilene.
LUTA DA VIDA CONTRA A MORTE – “Não falamos que tivemos uma vitória com a suspensão das aulas porque
Visita com cara de palanque Orlando Pontes O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), submeterá ao Colégio de Líderes, na terça-feira (1º), a proposta do deputado Leandro Grass (Rede) de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis desvios de dinheiro da Secretaria de Saúde nas ações de combate ao novo coronavírus. Os procedimentos são investigados pelo Ministério Público (MPDFT), no âmbito da Operação Falso Negativo, que levou à prisão do ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, e seis integrantes do alto escalão da Pasta, na terça-feira (25). A proposição de Grass tinha 13 signatários na sexta-feira (28). Novos parlamentares podem assiná-la, assim como outros podem retirar o nome. A consulta ao Colégio de Líderes obedece ao Regimento Interno da CLDF, uma vez que ou-
CÂMARA LEGISLATIVA
tros dois pedidos de CPI tramitam, cronologicamente, à frente. VISITA – Na quarta-feira (26), os senadores Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PSB) e as deputadas federais Paula Belmonte (Cidadania) e Erika Kokay (PT) foram à CLDF cobrar a instalação da CPI. Alguns distritais compararam a atitude à do presidente Jair Bolsonaro de levar ministros e empresários, no
dia 7 de maio, para pressionar o presidente do STF, Dias Toffoli, a amenizar as medidas restritivas impostas pelos estados no combate à pandemia. O vice-presidente da CLDF, Rodrigo Delmasso (Republicanos - foto), disse que, “embora tenha achado estranho”, fez o papel de anfitrião dos parlamentares federais: “Eu não entro na casa de ninguém sem antes avisar ou pedir licença”, afirmou. E reiterou que fez questão de transmitir a reunião ao vivo pelo canal da CLDF no YouTube “para que não houvesse qualquer tipo de mal entendido posterior”. “Temos trabalhado com total transparência, mas, pessoalmente, considero a ação oportunista. Por que eles não vêm aqui discutir soluções para a pandemia?”. Para ele, uma CPI pode, até mesmo, atrapalhar as investigações do MPDFT. PALANQUE – Delmasso vê, ainda, cunho eleitoreiro na ação. “O sena-
dor Izalci é candidato declarado ao Buriti. A deputada Paula é esposa do suplente de Izalci. A senadora Leila é a esperança do PSB-DF de ressurgir das cinzas após o fiasco do governo Rollemberg. E a Erika cumpre o papel do PT de fazer oposição ao governador Ibaneis”. “Propus à senadora Leila que criasse uma CPI para investigar a compra de respiradores pelo governo do PSB em Pernambuco. Gostaria que o senador Izalci apurasse a aplicação das verbas do SUS em São Paulo, na gestão do PSDB. E parabenizei a deputada Paula pela lei anticorrupção, que, certamente, vai poder desmascarar muitos criminosos de colarinho branco”. O oposicionista Reginaldo Veras (PDT) assinou a CPI da Pandemia, mas disse que estará atento para que ela não vire palanque. “Serei o primeiro a denunciar e combater a prática”, avisou.
Brasília Capital n Cidades n 6 n Brasília, 29 de agosto a 04 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL
Um sistema para chamar de meu Lava Jato escapa de mais um processo e evidencia corporativismo no sistema judiciário brasileiro Foram 42 adiamentos até o arquivamento, na terça-feira (25), do procedimento que visava a apurar irregularidades cometidas pelo procurador da República, Deltan Dallagnol, na apresentação da denúncia contra o ex-presidente Lula no caso do sítio em Atibaia. O famoso caso do Power Point rendeu a Deltan "uma prescrição para chamar de sua". Trata-se de uma reviravolta pública no caso do procurador que, há pouco tempo, descreveu prescrição como “um palavrão jurídico que significa cancelamento do caso criminal porque ele demorou muito tempo na Justiça". Com o arquivamento de outra denúncia, o coordenador da Lava Jato torna-se mais uma peça do sistema que ele diz combater. O julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) expôs que também existe, no Judiciário, um sistema de blindagem de seus pares – tal qual a Lava Jato acusa o sistema político. Deltan é mais um cuja escuridão
por trás da toga lher permite extrapolar os parâmetros da lei. Um exemplo de agente público pago para defender a Constituição, mas que o faz conforme seus interesses e vaidades – à custa de altos salários. Enquanto esconderam os erros da Lava Jato embaixo do tapete, o CNMP também deixou claro que a reprovação de Deltan e companhia é crescente entre alguns pares. "O Ministério Público não pode apresentar uma investigação como se ela fosse uma decisão. Não pode se antecipar juízo de valor sobre investigação ainda não concluída. A 'Lava Jato' não pode se confundir com uma marca a exigir estratégia de marketing, interessada na permanente propaganda de seus integrantes", disse o conselheiro Sebastião Caixeta, na sessão. Para o advogado Cláudio Sampaio Pinto, "pode estar havendo corporativismo dentro do Ministério Público e isso é todo preocupante, pois um órgão com tanto poder precisa dar o exemplo e ser, absolutamente, transparente nas questões que envolvem a conduta funcional de seus representantes”. ESPERANÇA – É crescente, no núcleo jurídico nacional e internacional, o questionamento à Lava Jato e à forma cinematográfica como atuam os procuradores, juízes e policiais envolvidos na trama Brasil versus corrupção. As críticas à operação se acende-
ram com as revelações do The Intercept e foram corroboradas pela ascensão de Sérgio Moro a ministro da Justiça do governo que ele ajudou a eleger enquanto juiz. Juristas consultados pelo Brasília Capital concordam que casos como o da absolvição de Renato Duque, ex-tesoureiro do PT, pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), na quinta-feira (27), mostram um caminho na contramão do lavajatismo cego que imperou nos últimos anos. Segundo o advogado Cláudio Sampaio, "está claro que a postura de um procurador deveria ser menos midiática". Para ele, "uma postura mais parcimoniosa de Dallagnol não faria o processo perder em eficiência e, ademais, daria às conclusões posteriores mais credibilidade". Resta saber se o sistema político-judiciário pretende aplicar em decisões o freio às irregularidades praticadas pelos próprios pares. Ou se permanecerá de olhos vendados e impondo mais muros corporativistas e gastos ao Brasil – como a criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (26). Essa nova instância custará R$ 270 milhões ao ano aos cofres públicos e já está saindo do papel. Basta ser referendada pelo Senado e sancionada pelo Presidente da República.
Eduardo Hage pode ter sido a mais nova vítima Em Brasília, a última vítima dos possíveis excessos do Ministério Público pode ter sido o médico Eduardo Hage. Subsecretário de Vigilância Sanitária, ele foi preso, na terça-feira (25), na segunda fase da Operação Falso Positivo e liberado na sexta-feira (28). Por acreditarem em sua inocência, os amigos organizam uma “vaquinha virtual” para pagar os advogados do professor da UnB. No entendimento do ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por ora, não há fundamentos para manter a prisão de Hage. Mas ele confirmou a prisão preventiva dos outros seis investigados, entre eles o secretário Francisco Araújo. Após ser preso, Araújo foi afastado do cargo, dando espaço para o retorno do ex-gestor Osnei Okumoto, que tinha saído da função no início da pandemia. O governador Ibaneis Rocha (MDB) avaliou a operação como “desnecessária”. A ação do MPDFT apura suposto superfaturamento em contratos que somam R$ 73 milhões na compra de testes de covid-19 pelo GDF. O prejuízo estimado pelo MP aos cofres públicos é de R$ 18 milhões. As investigações apontam que as empresas eram pré-selecionadas para o fornecimento do material e definiam diversos critérios no edital de compra. Segundo MP, empresas foram contratadas sem licitação, mesmo tendo oferecido testes de covid-19 a preço mais alto. PAULO H CARVALHO / AGÊNCIA BRASÍLIA
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Quem é o bundão? ISAC NOBREGA/PR
Bolsonaro, que nega a pandemia e leva milhares à morte, ou os jornalistas, que denunciam as traquinagens da prole presidencial? Orlando Pontes Até sexta-feira (28), o Brasil atingiu 118.649 mil mortos e 3.761.391 milhões de contaminados pelo novo coronavírus, causador da covid-19, doença que o Presidente da República nega a letalidade desde o início da pandemia e insiste em receitar o tratamento com cloroquina, remédio sem eficácia científica. O Presidente nunca se comoveu com os números. Nesses 5 meses de pandemia, jamais demonstrou empatia pelas vítimas da covid-19. Só tem empatia pela sua prole quando apontadas em traquinagens de corrupção e até de homicídios. O advogado Paulo Roque critica as reações destemperadas de Bolsonaro. “Os próprios aliados dizem que esse é um dos grandes defeitos dele: criar crises desnecessárias”. Roque diz que Bolsona-
Presidente continua negando a letalidade da pandemia e insiste na cloroquina
ro responderá a mais uma ação de danos morais, como já tem outras semelhantes em curso. Ele não acredita em ação penal. “Não sei se configuraria um crime de ameaça. Muitos sustentam que o Presidente não passaria da palavra à ação. Seria uma forma hiperbólica de expressar o ódio naquela situação”. Já o professor Joel Arruda de Souza, que publicou vídeo em seu canal no Youtube enumerando os equívocos de Bolsonaro desde o início da pandemia, afirma que o Presidente tem culpa no descontrole da pandemia no Brasil.
“O chefe da nação tem uma influência muito grande. Ele é armamentista. Aumentou o registro de armas; tem posições complexas sobre o meio ambiente e índios. Aí, aumenta-se a invasão a terras indígenas e o desmatamento; tem respostas estúpidas: cresce a estupidez da sociedade”, exemplifica. Arruda aponta erros na condução do combate ao novo coronavírus como principal culpa de Bolsonaro. “A pandemia vem destruindo vidas, diariamente, e estratégias nacionais não foram coordenadas. Bolsonaro é agressivo, desdenha de
minorias, zomba dos problemas sociais. Ele é Presidente do Brasil. A culpa é dele. Não era para o País ter esse número de mortes se tivéssemos seguido a ciência”, critica o professor. Para Arruda, a irresponsabilidade de Bolsonaro fez a sociedade “embarcar com ele” contra a ciência, apoiando o uso de medicamentos sem comprovação científica, não cumprindo o isolamento social nem usando máscaras. “Esse comportamento irresponsável passou uma falsa sensação de que a covid-19 seria apenas uma ‘’gripezinha’’, além de outras expressões minimizadoras utilizadas pelo homem que deveria ser o líder da nação”. “O nosso platô é o único do mundo. Nenhum país passou por isso. Só os Estados Unidos, que é liderado por um governo do mesmo modelo: que nega a ciência, não respeita a medicina, despreza o ser humano. De quem é a culpa? É nossa. Mas ela é muito mais de quem nos conduz”, encerra o professor.
Witzel é afastado do governo do Rio por 180 dias O juiz Wilson Witzel (PSC) foi afastado por 180 dias do cargo de governador do Rio de Janeiro, como parte da Operação Tris in Idem, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deflagrada na sexta-feira (28). A Polícia Federal prendeu o Pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, e seus dois filhos, Filipe Pereira e Laércio Pereira. O pastor foi citado na delação premiada do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, em razão da in-
fluência dele no governo Witzel. A Operação Tris in Idem é decorrente da Operação Placebo, deflagrada, em maio, pela PF e pela Procuradoria-Geral da República, com apoio da Receita Federal, para desarticular uma organização criminosa que atua no Rio e no País para desviar recursos públicos, notadamente, em contratos firmados no setor de Saúde para combater a pandemia da covid-19.
A operação envolveu 380 policiais federais, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e auditores da Receita Federal, que cumpriram 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 82 mandados de busca e apreensão em Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Piauí e Distrito Federal. Existem, ainda, ações de cooperação policial internacional com medidas sendo
cumpridas no Uruguai. Todos endereços são ligados à cúpula do governo do Rio. Estão entre os investigados, o vice-governador Cláudio Castro, que assumiu o cargo de governador interinamente, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano. O MP nos estados aponta que a corrupção desviou mais de R$ 1,5 bilhão dos recursos destinados ao combate à pandemia.
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Satélites
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Desemprego – A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), divulgada na terça (25), aponta uma redução de 21,6% na taxa de desemprego entre junho e julho. O contingente de desempregados diminuiu em 34 mil pessoas. Em relação à ocupação, em julho, houve aumento de 4%, o que significa mais 48 mil pessoas (26 mil, no setor de serviços; 12 mil, no comércio e reparação; e, 2 mil, na indústria de transformação).
Por Lorrane Oliveira
Fecomércio doou 220 mil máscaras ao GDF
DISTRITO FEDERAL
Brasília não registra seca estava com 92,7% de seu volume útil e Santa Maria com 97,4%. Os dois são responsáveis pelo abastecimento de água de 80% da população local. A Caesb ressalta a importância do uso consciente da água em qualquer período do ano. Para mais dicas, acesse o Instagram da Caesb. AGÊNCIA BRASÍLIA/ARQUIVO
Escolas privadas voltam em setembro A retomada das aulas presenciais na rede particular de ensino do DF está prevista para 21 de setembro, seguindo o calendário decidido durante audiência de conciliação, segunda-feira (24), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT): dia 21 de setembro, Educação Infantil e Ensino Fundamental I; dia 19 de outu-
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Fecomércio-DF doou 220 mil máscaras de proteção ao GDF. A última entrega, de 17 mil unidades, à Secretaria de Economia, feita nesta semana, será repassada à Secretaria de Administração Penitenciária para detentos das unidades prisionais. “Trata-se de um esforço do Sesc, que fornece material, e do Senac, encarre{
CEILÂNDIA
Reforma nas escolas Das 97 escolas públicas de Ceilândia, 39 fazem parte da etapa de revitalização de unidades e vão ganhar lavatórios novos para a higienização das mãos dos estudantes, termômetros infravermelhos, totens de álcool em gel, Internet de fibra de ótica e antenas para captação de wi-fi.
Será feita, ainda, a substituição do piso por granitina e a troca do forro. Avaliadas em R$ 1,8 milhão, as obras serão realizadas com verbas de emendas parlamentares, do GDF e do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf) e vão gerar 350 empregos diretos e indiretos.
bro, Ensino Fundamental II; dia 26 de outubro, Ensino Médio e profissionalizante. O acordo prevê que as instituições forneçam equipamentos de proteção para estudantes e funcionários (luvas descartáveis, protetores faciais e álcool em gel), além de respeitar o distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes. {
Crianças em celebrações religiosas Decreto publicado, na terça-feira (25), permite que menores de 12 anos frequentem missas, cultos e outras celebrações religiosas ao vivo. Permanece a restrição para pessoas
gado da confecção”, destacou o presidente da federação, Francisco Maia. Participaram da solenidade de entrega, os secretários de Economia, André Clemente; de Administração Penitenciária, Adval Cardoso; e o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei), Christian Tadeu de Souza Santos, representando o presidente da Fecomércio.
GDF PRESENTE
O Distrito Federal foi a única unidade da Federação que não apresentou registro de seca em julho, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável pela ferramenta Monitor de Secas. Os índices têm relação direta com os níveis dos reservatórios. Na terça-feira (25), o Descoberto
de qualquer idade com comorbidades e continuam vigentes as regras para o uso de máscaras, higienização das mãos com álcool em gel e distanciamento social de dois metros.
PLANALTINA
Estradas rurais reformadas O programa GDF Presente foi a Planaltina realizar uma série de melhorias. Entre elas, a revitalização de 28 quilômetros de estradas rurais. As pistas de terra estão sendo patroladas e serão
construídos quebra-molas. Bacias de águas pluviais serão colocadas para escoamento da água da chuva. Outros seis quilômetros de estrada de terra receberão asfalto, após reformadas.
Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 29 de agosto a 04 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br
O espetáculo dos ipês Após os ipês roxos colorirem o Distrito Federal e o cerrado no Entorno de Brasília, chegou a magnífica estação da florada dos ipês amarelos. No período da seca, a árvore perde as folhas, que dão o lugar às belíssimas flores, que, em uma época tão difícil devido à pandemia, transformam momentos tão difíceis em instantes de contemplação da nossa paisagem. O florescimento do ipê amarelo ocorre, anualmente, a partir de julho até setembro e chama a atenção da população local e dos turistas que visitam nossa cidade. O colorido dos ipês se exibe, democraticamente, na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral, no Eixo Monumental, nos Eixinhos Norte e Sul ou numa simples estrada de chão que liga o nada a lugar nenhum em qualquer parte onde haja respeito à preservação da vegetação nativa. Os ipês também estão nas entrequadras e em todos os parques do DF, sempre se oferecendo para transformar o asfalto quente de nossas avenidas largas e calçadas em um grandioso tapete de flores. Tão rapidamente quanto surge, a floração dos ipês amarelos se vai. Do desabrochar da primeira flor ao desaparecimento da última, transcorrem-se, em média, 45 dias. A espécie, que floresce no inverno do Centro-Oeste brasileiro, é influenciada pela intensidade da estação. Quanto mais o frio e o seco, quanto mais intenso for o inverno, maior será a intensidade da floração do ipê amarelo.
setembro até novembro. Depois, vamos chupar manga e esperar o inverno do próximo ano para voltarmos a curtir o colorido dos ipês.
(*) Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda. É o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas, lilás e verdes. (**) Blogueiro brasiliense
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
Cassinho Brazil (**)
A estimativa é a de que existam mais de 600 mil ipês no quadradinho do Distrito Federal. Desses, cerca de 200 mil estão na parte central do Plano Piloto, de acordo com a Novacap. Há décadas, a companhia cultiva mudas e faz plantio de árvores típicas do bioma, entre elas os ipês. Este ano, já foram plantadas, aproximadamente, 50 mil mudas de ipês roxos, amarelos, rosas, brancos, e lilás. Nos próximos invernos elas também estarão exibindo suas flores e embelezando ainda mais a nossa linda capital. De acordo com a Novacap, a exuberância dessa espécie, no DF, se explica pela facilidade de adaptação ao clima seco e à baixa umidade do cerrado. A companhia planta várias espécies de árvores a cada período chuvoso. Muitas mudas não resistem à seca seguinte. Ao contrário dos ipês, que são plantas muito resistentes. Às vezes, fica apenas o tronco, dando a impressão de que está morto. Mas logo que chove ele brota e explode em suas cores esplendorosos. Então, curtamos, nos próximos dias, os ipês amarelos, que foram precedidos pelos roxos e logo serão sucedidos pelos rosas, brancos, lilás e, por último, os verdes, lá para
CASSINHO BRAZIL
Florada, de julho a novembro, colore o cinza do cerrado
(*)
Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 29 de agosto a 04 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br
Painéis da história – Parte I Mario Pontes (*) DIVULGAÇÃO
RIO – Na pequena cidade cearense onde nasci e fui menino, havia só duas escolas, ambas primárias – rimando com precárias –, sediadas na mesma rua, na mesma quadra, uma a olhar para a outra. De um lado, as Escolas Reunidas, grande, mas anêmico centro de ensino mantido pela Prefeitura Municipal. Deus sabia como, de manhã, as ER, que até o meio-dia ocupavam um enorme, inadequado e alugado salão de festas, sem qualquer divisória, carteiras, assentos só para as professoras mais idosas, cuja fala os alunos mal, muito mal, podiam ouvir. Atrás delas, um quadro negro que, devido à distância, exigia de uns 90% dos alunos a visão
perfurante dos heróis de histórias em quadrinhos. Do outro lado da rua, em duas acanhadas salas de uma antiga residência, sobrevivia o Instituto Pio XI, também ele um poço de carências, criado por pais de família que, não desejando ver os filhos a se debater no mingau das Reunidas, confiavam sua educação a um ex-seminarista, professor-fazia-tudo do instituto... e nos imprevistos – aliás, bastante previsíveis –, inventor-diretor de solenidades religiosas conforme imposições do nosso todo-poderoso pároco... Mas, apesar de sua catolicíssima orientação, o Pio XI operava o milagre de misturar a maioria de alunos filhos de pais abastados com alguns nascidos de famílias que nadavam na escura e humilhante corrente da pobreza... Nas Reunidas, garotas e adolescentes, alguns já quase adultos, memorizavam as aulas ditadas
Artur e Lorenzo em Olhos D’Água
pelas professoras. Para os quarenta e poucos alunos do Pio XI, em alguns casos “estudar” também significava, explicitamente, decorar e ser capaz de reproduzir palavra por palavra as estereotipadas respostas. Era esse formato didático adotado pelo Pio XI; o formato de uma coleção de manuais intitulada FTD, por nós, alunos, rebatizada Feijão Todo Dia – velada alusão ao método de escravização mental, cujo instrumentador não se encabulava de reduzir a memória de um importante e duradouro momento histórico a uma só pergunta, de escassas palavras, cuja resposta, em consequência, alguns alunos reduziam a um arroto do inevitável feijão servido na mesa dos pobres ou meio pobres, como prato principal, durante os 365 dias do ano... — Quem libertou os escravos? — o livro perguntava em tom que parecia corresponder ao gesto
corriqueiro de vibrar a imagem de uma palmatória ou de uma chibata, diante do empalidecido rostinho do aluno. — A Princesa Isabel, no dia no dia 13 de maio de 1888, — o(a) aluno(a) devia responder, um tanto a entoar, reduzindo o longo e amargo capítulo da escravidão negra no Brasil a uma data e ao nome de uma poderosa e supostamente progressista aristocrata. (*) Jornalista e escritor
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Histórias e estórias de um pai que ensinou o filho a ler durante a pandemia Rubens Costa, o Rubinho
O pintinho preto Era bem cedinho e todos foram ver o nascimento dos pintinhos. A galinha carijó estava chocando nove ovos. O primeiro que bicou o ovo e conseguiu sair foi o amarelinho. Era um pintinho lindo e muito esperto. Já nasceu piando alto e querendo comer. Foi nascendo um por um... E tinha um pintinho pretinho. Era o mais esperto. Pouco tempo depois, o pintinho preto já estava correndo perto da galinha carijó. Lorenzo, que estava com a mamãe Francisca, queria pegar o pintinho preto. Ele dizia que tinha de entregar o pintinho preto para a mamãe dele, a galinha garnisé preta, que estava no galinheiro. Francisca tentou explicar que a mamãe do
pintinho era a carijó, que tinha chocado os ovos e iria cuidar dos nove pintinhos. Lorenzo não se conformava. Queria pegar o pintinho preto e entregar para a galinha garnisé. Papai, que trabalhava limpando o quintal e assistia tudo, resolveu ajudar a mamãe. Pegou Lorenzo no colo e o levou até ao galinheiro e mostrou o galo para Lorenzo: — Qual é a cor do galo? — perguntou papai. — Preto! — respondeu Lorenzo, ainda choroso. — Então, o pintinho preto é parecido com o pai e os outros amarelinhos são parecidos com a mãe — completou papai. Finalmente, Lorenzo concordou em deixar o pintinho preto com os oito irmãozinhos e a mamãe, a galinha carijó!
DIVULGAÇÃO
Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 29 de agosto a 04 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br
Para quem é viável o projeto de estacionamento público pago? É fato que o trânsito nas grandes cidades se tornou um problema enorme. Observa-se isso no mundo inteiro e não menos na capital do Brasil. Mas a solução apontada pelo GDF para solucionar essa questão é, no mínimo, discutível. O Projeto Zona Verde, de cobrança por estacionamento em áreas públicas para “estimular o uso, de forma mais eficiente, dos espaços e transportes públicos” esqueceu de levar em conta que “eficiência” e “transportes públicos” são expressões incompatíveis no DF. A ideia é criar regras para rotatividade no Plano Piloto e bolsões de estacionamento em locais próximos a terminais de transportes coletivos – estações de Metrô e VLT e terminais e pontos de ônibus de maior movimento. Registre-se que o VLT, previsto para a Copa do Mundo de 2014, não tem nem trilhos assentados. O Metrô, nos horários de rush, é insuficiente para a quantidade de usuários e tem horário restrito. Os ônibus, além de mal conservados e desconfortáveis, não respeitam os horários e desaparecem nos fim de
semana. Uma espera interminável! Além desses fatores, há que se considerar que a localização dos pontos de ônibus e estações de Metrô em relação aos locais de residência das pessoas é outro problema. Tem sorte quem mora perto de um. O sistema viário de Brasília não favorece o trânsito de ônibus pelas vias secundárias – tanto no Plano Piloto, que é planejado, quanto em outras áreas do DF sem planejamento e com vias estreitas. Um usuário de transporte público menos privilegiado teria de pagar um circular até o ponto de parada do transporte entre bairros e outro circular ao desembarcar deste. Os preços das passagens de ônibus e Metrô variam de R$ 2,75 a R$ 5,50. Não é barato nem atraente, dada a qualidade dos serviços oferecidos. Os preços das vagas de estacionamento previstas no Zona Verde serão outra facada no combalido bolso do trabalhador – que é quem vai pagar a conta. Custariam de R$ 0,50 a R$ 5 por hora. O gasto poderia variar de R$ 99 (para estacionar nos dias úteis em bolsões próximos às estações de Metrô,
ESPÍRITA
José Matos O pensamento positivo é a base do sucesso Quem se fixa na derrota, doença, maldade, inveja e fracasso condiciona a mente a vibrar nessa frequência Sempre que sou procurado para aconselhar pessoas em crise, pergunto-lhes: o que você anda pensando, falando, fazendo? Geralmente, aí, encontro a causa dos problemas. A crise indica necessidade de mudanças, seja na vida, no trabalho ou
nos relacionamentos. Enquanto você culpar os outros ou justificar seus atos errados, ela se aprofundará. A crise é um grito do seu ser: Mude! Tudo começa no pensamento. O pensamento voltado para a derrota, doença, maldade,
por exemplo) a R$ 1.100 (para estacionar na zona central do Plano Piloto). O fato é que o projeto foi elaborado considerada a viabilidade econômica para a empresa que implantaria e administraria o sistema. Depois da implantação, não haveria prestação de serviço, só a cobrança. Não se tem notícia de estudo de impacto nos orçamentos das famílias ou nas atividades comerciais da cidade. O comércio de rua teria benefício ou seria impactado negativamente? Se o impacto for negativo, como fica a oferta de empregos no comércio? E o acesso a serviços como saúde e educação, como seria afetado pela mudança? Brasília é uma cidade setorizada, projetada e construída sob a égide do impulso desenvolvimentista dos anos 1960, em que o marco foi a implantação da indústria automobilística no País. Brasília foi construída para circulação de veículos – não tantos como existem hoje em dia evidentemente. Fica difícil entender um projeto como o Zona Verde enquanto se vê tantas obras viárias, como o Trevo de Triagem Norte (com mais de uma
inveja e fracasso condiciona a mente para vibrar sempre na mesma frequência. Você se fixou nas lembranças desagradáveis e deixou de ver tudo de bom que aconteceu e acontece. Ao se fixar nesse tipo de pensamento, você os gravou na memória e agora eles se refletem na forma de pensamentos ruins. Você tem lido bons livros? Ouvido boas palestras? Tem bons amigos? Busca realizar um ideal? É caridoso com seu próximo e familiares? Participa de grupos de ajuda aos necessitados? O pensamento vem da memória. Quanto mais memória negativa, mais pensamentos negativos, mais conversas negativas, mais ações negativas que, pela Lei da Atração, atrairão acontecimentos semelhantes. Conheça seus pensamentos negativos e mude-os, pensando noutras coisas até que fique automático. A leitura construtiva, a palestra, a conversa, a ocupação
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
dezena de viadutos e ampliação de pistas) para acomodar o aumento do trânsito. Parece uma incoerência. É evidente que os tempos atuais exigem adequações no projeto da cidade, mas propostas da natureza do Zona Verde devem ser apresentadas, concomitantemente, a um projeto de reestruturação viária e de oferta de transportes públicos, no mínimo. Em vez de um projeto viável para quem vai ganhar com a proposta, Brasília precisa de uma proposta viável para quem vai pagar por ela.
útil, a busca de um ideal e a prece lhe ajudarão. Se você errou, não avaliou devidamente ou avaliou maldosamente, não deixe que ideias ruins lhe dominem. Mude-as! Ficar parado em mágoas, frustrações, perdas, traições, inveja, desejo de vingança e decepções é encher sua memória de lixo e a sua vida só piorará. Tire as lições dos fatos ruins e toque para a frente. Assim como o corpo físico precisa de alimento, o alimento da alma é o amor; e, o da mente, é o cultivo de ideias nobres, que tornarão sua memória e mente positivas. Aprenda com Jesus: “Tudo o que você quiser receber, faça-o ao próximo. De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?”. José Matos Professor e palestrante
Brasília Capital n Esportes n 12 n Brasília, 22 a 28 de agosto de 2020 - bsbcapital.com.br
NBA
CANDANGÃO
A verdadeira importância do esporte
Brasiliense perto do título
Gustavo Pontes Após a morte de George Floyd por policiais brancos, alguns atletas, como o astro Lebron James, participaram de protestos nas ruas dos Estados Unidos. Meses depois, casos de racismo continuam acontecendo no país. Nesta semana, outro vídeo chocou as pessoas, mais uma vez envolvendo policiais brancos agindo com brutalidade contra um cidadão negro. Por sorte, Jakob Blake, alvo de sete tiros à queima-roupa, sobreviveu. Com a repercussão do caso, os jogadores da NBA, a maior liga de basquete do mundo, decidiram boicotar os jogos que aconteceriam nos últimos dias e cogitaram a possibilidade de não encerra-
rem o torneio. O protesto chegou a outros esportes, como o beisebol, o tênis e a Fórmula 1, que corre risco de ter a corrida adiada. O protesto iniciado por jogadores do Milwaukee Bucks é um exemplo do poder do esporte na sociedade de forma positiva e como ele pode ser importante na luta por um mundo mais justo. No Brasil, todos os dias ocorrem casos de racismo. Porém, apesar dos protestos após a morte de George Floyd, as manifestações perderam força. O basquete é um dos esportes mais populares nos Estados Unidos e movimenta bilhões de dólares. Mas, para a grande maioria dos jogadores da maior liga do mundo, esses números pouco importam no momento.
Mais do que um jogador O Barcelona é um dos gigantes do futebol mundial. Da lista de craques brasileiros que defenderam o clube espanhol destaque para Ronaldo, Rivaldo, Romário, Ronaldinho Gaúcho e Neymar. Nenhum deles se compara à idolatria da torcida catalã por Lionel Messi. O argentino chegou ao clube com 13 anos e conquistou todos os títulos e muitos prêmios individuais nos últimos 20 anos. É o maior ídolo da torcida. Mas o casamento perfeito pode estar no fim. O jogador não deseja seguir no time, o que deu margem a especulações. O mais provável é que ele vá para o Manchester City, da Inglaterra, e voltar a ser treinado por
Pep Guardiola. O PSG de Neymar é outro possível destino do argentino, que nunca escondeu a admiração e a vontade de voltar a atuar ao lado do brasileiro. SONHAR – O único clube do mundo que pode sonhar em contar com Messi, mesmo sem ter o dinheiro para isso, é o argentino Newls Old Boys, de Rosário, time de coração do craque. Torcedores do rubro-negro fizeram até uma carreata pedindo a contratação dele. Se o estádio Camp Nou, estádio do Barcelona, tem a frase “Mes que um club”, pode-se dizer que Messi é “mais do que um jogador”. É uma lenda na Catalunha. (GP)
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O Brasiliense pode até perder por um gol de diferença o segundo jogo da decisão do Campeonato Brasiliense contra o Gama e, mesmo assim, conquistar o título. A decisão acontece sábado (29), às 16h, no Bezerrão, com transmissão da TV Brasília. A vantagem do Jacaré foi adquirida com a vitória de 3 a 1 na primeira
partida na quarta-feira (26). É o segundo ano consecutivo que os dois maiores vencedores do futebol do DF chegam à final do Candangão. Para conquistar o bi, o Verdão precisa golear o adversário por três gols ou mais. Se ganhar por dois gols de diferença, a decisão será pênaltis. (GP)
COPA DO BRASIL
Flu, Vasco e Bota seguem vivos Antes da paralisação por causa da pandemia, torcedores de Vasco e Fluminense estavam preocupados em relação à classificação na Copa do Brasil após as derrotas para Goiás e Figueirense respectivamente. Mas o tempo fez bem para os dois cariocas, que se enfrentam, sábado (29), às 19h, pelo Campeonato Brasileiro. O tricolor recebeu o Figueirense, no Maracanã, e reverteu a derrota de 1 a 0 no jogo em Florianópolis. Nenê fez os três gols da vitória por 3 a 0. O cruzmaltino, que perdera por 1 a 0, venceu, em Goiânia, por 2 a 1 e garantiu a
classificação nos pênaltis. O Botafogo era o único que havia vencido o primeiro jogo (1 a 0 contra o Paraná, no Nilton Santos). E mesmo em jogo com polêmica de arbitragem, derrotou, em Curitiba, o líder da Série B, por 2 a 1. O alvinegro está invicto há 12 jogos oficiais. CRUZEIRO – Outro grande clube não teve a mesma sorte. O Cruzeiro havia perdido para o CRB (2 a 0), no Mineirão, e empatou em Maceió (1 a 1). Agora, resta ao Cruzeiro a disputa da Série B para tentar retornar à elite do futebol nacional em 2021. (GP)
BRASILEIRÃO FEMININO
Minas Brasília está de volta Único representante do DF na Primeira Divisão nacional, o Minas Brasília enfrenta o São Paulo, sábado, às 14h, e terá, pela primeira vez, uma partida transmitida ao vivo na TV aberta (Band).
O Minas está na elite desde o ano passado, após vencer a Série A-2 em 2018. Já disputou cinco jogos no Brasileirão deste ano. Obteve duas vitórias e três derrotas e está em 11º lugar na classificação. (GP)
202 Sul
Taguatinga Norte