Ano X - número 513
“Exército não é instrumento de intimidação política”
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Entrevista/General Santos Cruz
“Bolsonaro subestimou a pandemia e Pazuello errou ao obedecer cegamente às ordens do presidente”.
Brasília, 8 a 14 de maio de 2021
Páginas 4 e 5 FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL DIVULGAÇÃO
CPI DA COVID
Ello foge
Na hora H, Pah!!!
Zuuumm... GDF pavimenta vias e melhora a vida da população Obras nas DF-130 e DF-140 beneficiam moradores do Paranoá, de São Sebastião e do Jardim Botânico Página 6
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, alegou uma suspeita de contaminação pelo coronavírus para não atender à convocação da CPI da Covid. Mas, no mesmo dia, se reuniu com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Dez dias antes, passeou no shopping sem máscara (foto). Ele tenta depor remotamente. Senadores avaliam pedir a condução coercitiva do general. Página 2
ANTÔNIO SABINO
LEIA TAMBÉM A Bolsonaro re Júlio Miragaya st calúnias e fakeará as mentiras, news – Pá gina 2
Lorra Mudanças no ne Oliveira trân Taguatinga – sito de Página 8 D Dicas de resta edé Roriz o Dia das Mãeurantes para s– Página 11
Gusta Brasileiros dã vo Pontes o Libertadores– show na Página 12
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 8 a 14 de maio de 2021 - bsbcapital.com.br
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Pazuello tem cepa exclusiva do novo coronavírus Alegando suspeita de estar acometido por uma cepa única do novo coronavírus, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello não compareceu à convocação da CPI da Pandemia do Senado, onde deveria ter prestado depoimento na quarta-feira (5). A nova cepa, exclusiva de Pazuello, permite, por exemplo, passear no shopping sem máscara e encontrar aliados como o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM). Tudo menos depor como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito. Diante do ineditismo do caso, senadores cogitam solicitar condução coercitiva de Pazuello para a oitiva. O mais esperado depoimen-
to da semana, com a ausência de Pazuello, era do atual ministro Marcelo Queiroga, inquirido na quinta-feira (6). Bem treinado e com respostas prontas, Queiroga pouco acrescentou à investigação. Ainda assim, reconheceu ter divulgado um dado inflado sobre a quantidade de vacinas adquiridas pelo governo: anunciou 560 milhões e depois corrigiu para 430 milhões. Queiroga se negou a declarar sua posição sobre o uso da cloroquina. Disse que o tema é técnico e que ainda irá se posicionar. Afirmou também que as falas do presidente Jair Bolsonaro não atrapalham a vacinação. CLOROQUINA – O primeiro a de-
por, na terça (4), foi o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta – pré-candidato à Presidência da República. Em mais de sete horas, disse que o governo Bolsonaro ignorou alertas da pasta da Saúde, engavetou estratégia de testagem e descartou campanha de orientação. Na quarta (5), foi a vez de Nelson Teich, que ficou no cargo apenas 28 dias. Ele afirmou aos senadores que faltou planejar o sistema público de saúde para enfrentar a segunda onda de covid-19, “por ausência de liderança”. Teich afirmou também que não teve liberdade nem autonomia para fazer o trabalho necessário e que havia pressão para que indicasse uso da cloroquina.
Mentiras e Fake News Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
S e m a n a passada, o presidente Biden convocou e coordenou uma conferência internacional sobre o clima, marcando o retorno dos EUA ao debate mundial sobre mudanças climáticas. Para além das renovadas promessas dos líderes sobre redução das emissões de carbono, o que mereceu destaque foi a fala de Bolsonaro. Inicialmente, por ser relacionado como o 21º orador, atrás, além dos líderes das potências mundiais, também de países como Bangladesh, Argentina, África do Sul e Ilhas Marshall, escancarando a atual irrelevância do país no cenário mundial. E também para o corolário de mentiras proferidas, prometendo o máximo esforço no combate ao desmatamento ilegal, e eliminá-lo até 2030, para no dia seguinte cortar em 30% os recursos da fiscalização ambiental. A mentira descarada, todos sabem, é a marca de Bolsonaro e de seu governo. Seus ministros mentem impavidamente em entrevistas na mídia local e nos eventos internacionais, negando cinicamente
a falta de combate à pandemia, à ocorrência da fome e o avanço do desmatamento. Aliás, a mentira e a disseminação de notícias falsas, sustentadas pelo dinheiro de ricos empresários, foi o método que possibilitou sua eleição em 2018. Foi um verdadeiro festival de fake news, muitas inescrupulosas - como a de que o filho de Lula era o dono da JBS e a de que Haddad distribuía mamadeiras na forma dos órgãos genitais masculinos - lamentavelmente não combatidas pelo TSE e vergonhosamente não investigadas pelo Congresso Nacional. Passados 60% do mandato, o governo Bolsonaro é um desastre completo, mas embora a aprovação a seu governo tenha caído, ainda se mantém entre 25% e 30%, percentual suficiente para levá-lo ao 2º turno em 2022. E, conforme me alertou um velho amigo do Senado, é aí que “mora o perigo”, pois o que viria seria o vale tudo. De fato, bastou Lula assumir a dianteira nas pesquisas eleitorais para as fake news ganharem fôlego: a jornalista bolsonarista Leda Nagle tuitou a falsa notícia de que a Polícia Federal tinha detectado um plano de Lula e de membros do STF para assassinar Bolsonaro; este declarou no “chiqueirinho” que Lula incentiva beijo entre homens em público e circulou nas redes uma capa for-
jada da Veja com Lula ameaçando Fachin, do STF. Isto para ficar em apenas três casos. O cinismo bolsonarista é tão acintoso que até o conservador “Estadão” - que junto com O Globo e Folha de S.Paulo tanto se empenharam em derrotar o PT - manifestou em editorial seu espanto com o 01, Flávio “Rachadinha”, alertando que a CPI presencial seria um risco para senadores e funcionários do Senado “pela promoção de aglomeração” (sic). O bolsonarismo não tem programa, não tem propostas para a resolução dos graves problemas do País, não passa de um amontoado de militares e civis oportunistas que se dispõem a atender, de forma anacrônica, os interesses imediatos das burguesias financeira, industrial e agrária. Bolsonaro não terá o que apresentar em 2022 – afinal, acumula fracassos – ou o que dizer, pois é incapaz de articular o mais simples argumento. Assim, como não deverá ocorrer outra facada que o “salve” dos debates na campanha, só lhe restará as mentiras, as calúnias e as falsas notícias, que é o campo em que sabe e gosta de jogar. É preciso detê-lo!
(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
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Vai tomar no c... – O destempero do jornalista Diogo Mainardi não é novidade. Na segunda-feira (3), durante o programa Manhattan Connection, da TV Cultura, ele mandou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, “tomar no c...”. “O tal Diogo finge que é um crítico de Bolsonaro, mas são pessoas do mesmo naipe. Ele, Olavo, Moro e Bolsonaro se merecem”, respondeu Kakay. Mainardi pediu demissão na terça.
Viaduto da Galeria dos Estados A Polícia Civil concluiu esta semana o inquérito sobre a queda do viaduto da Galeria dos Estados, no dia 6 de fevereiro de 2018. A peça imputa a responsabilidade pelo acidente a três ex-secretários de Obras – Júlio Peres, Maurício Canova e Antônio Coimbra –, ao ex-presidente da Novacap, Hermes de Paula, e ao ex-diretor de Edificações da empresa, Márcio Buzar (foto). INDIGNAÇÃO – A investigação conduzida pela Coordenação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cecor) deixou indignado o engenheiro Márcio Buzzar. Segundo ele, a obrigação de fazer a manutenção da DF-002 (o Eixão) é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). “A atribuição da Novacap era apenas fazer o projeto. E isto foi feito”, garante.
DIVULGAÇÃO
RENATO ARAÚJO/AGÊNCIA BRASÍLIA
conservação de viadutos e monumentos foi apontada em relatório do Tribunal de Contas do DF em 2012. ELEFANTE BRANCO – “Durante o governo Agnelo Queiroz (PT), de 2011 a 2014, nada foi feito. Todo o orçamento daquele período foi remanejado para a obra do estádio Mané Garrincha, que hoje é um elefante branco”, afirma.
RELATÓRIO – Buzar ocupou o cargo na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de 2015 a 2018. E alega que a má
ALIVIADOS – Agora, enquanto a equipe de Rollemberg precisará dar explicações à Justiça pela “prática de desabamento culposo por meio de omissão”, ex-diretores do DER como Henrique Luduvice e Fauzi Nacfur (este ainda no cargo) sentem-se aliviados. “É um absurdo. Estão responsabilizando as pessoas erradas”, reitera Buzar.
Expectativa na Fecomércio Termina sexta-feira (14) a “gestão compartilhada” da Federação do Comércio do DF com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) sobre os recursos do Sesc e Senac locais. A “intervenção branca” de 90 dias ocorre desde a morte do ex-presidente Francisco Maia, em fevereiro. INTERVENÇÃO – A expectativa da atu-
al direção é de que o presidente José Aparecido retome a gestão dos dois braços executivos e de onde vem a principal fonte de recursos. “Este dinheiro do Sesc e do Senac pertence ao Distrito Federal. Não tem sentido ser gerenciado por um interventor de outro estado”, diz o presidente de um dos 27 sindicatos filiados à Fecomércio.
Vai reclamar com a mamãe O plenário apreciava o relatório de revogação da Lei de Segurança Nacional, terça-feira (4), quando o líder do PCdoB, Orlando Silva (SP), pediu a palavra. Mas o
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), passou a vez para o deputado Marcel van Hatten (Novo-RS). DECORO – “Não gostei”, esbravejou
Silva. “Problema seu”, rebateu Lira. “Então se dirija a mim”, continuou o comunista. “Vá reclamar para a mamãe”, concluiu o presidente. E cedeu a palavra a van Hatten. Decoro é isso.
Respeito e responsabilidade no trânsito “Respeito e Responsabilidade: pratique no trânsito”. Este o tema da 8ª edição da campanha Maio Amarelo, lançada segunda-feira (3), por meio de uma live, no canal do Departamento de Trânsito do DF no YouTube (www.youtube.com/detrandfoficial). Contamos com a presença do diretor de relações institucionais do Observatório Nacional de Segurança Viária, Francisco Garonce. Esta iniciativa une sociedade civil e órgãos governamentais em prol de um trânsito mais humanizado e seguro. Em 2020, devido à pandemia da covid-19, a campanha foi realizada prioritariamente de forma digital em todo o País. Este ano, com a volta às aulas na rede particular de ensino, o Detran-DF vai levar espetáculos teatrais, repentistas e contação de histórias para algumas escolas particulares. As peças teatrais serão encenadas para crianças de 6 a 10 anos, com foco nas orientações sobre a circulação em via pública, comportamento adequado no interior de veículos e circulação de bicicletas. As crianças de 4 e 5 anos ouvirão histórias que abordam as orientações sobre a circulação em via pública e o comportamento adequado no interior de veículos.
Diretor-geral do Detran-DF, Zélio Maia da Rocha
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Entrevista / General Santos Cruz FOTOS: RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
Se o Brasil fosse um quartel, que ordem o general Santos Cruz daria ao capitão Jair Bolsonaro? – A única coisa que eu pediria era para ele fazer as coisas de maneira equilibrada, com calma. O senhor acha que ele está sendo desequilibrado e nervoso? – Ah, sem dúvida nenhuma! Em que aspectos? – Nas reações, na maneira de criar determinados confrontos desnecessários com pessoas, com profissionais de imprensa. São coisas desnecessárias que não trazem ganho nenhum. Pode animar a torcida, aqueles que gostam do estilo, mas não trazem benefício para a governança. Bolsonaro está jogando para a torcida? – Às vezes. É pelo próprio estilo dele. Esse estilo desagradou o senhor quando esteve no governo e entrou em atrito com pessoas da família do presidente – O que eu não gostei, não aceitei, não me adaptei foi essa interferência não só familiar, mas de pessoas próximas, que se comportam no mesmo nível de fanatismo, sem o padrão exigido para uma autoridade desse nível. Essas influências atrapalham o próprio governo. Essas pessoas continuam no governo? – Algumas sim, outras não. É um grupo pequeno que a gente percebe pela internet. Inclusive, completamente desqualificados, conversando num linguajar que você não consegue nem repetir para a população. É o gabinete do ódio? – É. A imprensa deu esse nome para essa turminha. São pessoas que não ajudam em nada. Só atrapalham o andamento da vida nacional. A pandemia foi subestimada pelo governo Bolsona-
“Bolsonaro subestimou a pandemia” Orlando Pontes
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rimeiro chefe da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto Santos Cruz, 67 anos, ficou apenas cinco meses no cargo. Saiu por divergências com o chamado gabinete do ódio, “uma turminha que não ajuda em nada e só atrapalha o andamento da vida nacional”. Ele combate o fanatismo bolsonarista e a tentativa de arrastar as Forças Armadas para jogo político. “Chegamos a interpretações absurdas de que o Exército era o Poder Moderador entre relacionamento dos Poderes. O Exército não é instrumento de intimidação política ou ferramenta de jogo de poder pessoal ou de grupo”, diz ele. Nesta entrevista ao Brasília Capital, Santos Cruz afirma que o ex-juiz Sergio Moro seria um “excelente presidente num país onde o combate à corrupção precisa continuar”. Admite ser candidato a um cargo eletivo em 2022 e avalia que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pode se complicar na CPI da Covid por ter obedecido as ordens de Bolsonaro. “Quando uma pessoa manda, você obedece dependendo do que ela mandou. Não é qualquer ordem que você cegamente sai atrás. Pelo contrário”.
ro? – Ela foi completamente mal conduzida, não só subestimada. A falta de métodos de trabalho, a falta de percepção da dimensão do problema, a recusa de liderar o processo. Um processo desse tem que ser um país unido. Numa batalha como essa que o Brasil está enfrentando, tinha que
ser com todo mundo unido. É uma guerra. Precisamos da comunidade científica, do Ministério da Saúde, economia. Todo mundo. É 100% de engajamento nacional. Mas não houve essa união. Não houve a percepção de que era uma hora do governante dizer: eu vou liderar. Abraçar
os governadores, seja de partido for. Depois, cada um segue seu destino, busca o seu objetivo político. Mas esse momento tinha que ser com todo mundo junto. O senhor teve essa experiência de coordenar forças da ONU nas guerras civis
no Haiti e no Congo. Poderia ter contribuído com o governo neste momento? – Não me coloco mais nessa posição, não. Tem muita gente boa no Brasil. Eu sou mais uma na nossa população. O que acontece é que, como num combate, a distância entre o sucesso e o fracasso é muito pequena, quase nada. Então, se não houver a união realmente, a chance de dar errado é muito grande. União e comando. Afinal, o presidente já trocou quatro ministros da Saúde e não dá sequência a um trabalho. – Não há nada de ilegal na troca de ministro. Nenhum governo no mundo começa e termina com a mesma equipe. Mas, no Ministério da Saúde, numa época de pandemia, você ter quatro ministros realmente é um sintoma ruim. Um sintoma de dificuldade de ajuste. E quem ficou mais tempo no cargo foi exatamente o ministro que aceitou a regra de um manda e o outro obedece – Isso aí não é uma boa ideia para esse nível. Quando uma pessoa manda, você obedece dependendo do que ela mandou. Então não é qualquer ordem que você cegamente sai atrás. Pelo contrário. E estamos falando de Ministério da Saúde. – É um nível ministerial, o mais alto que tem. Aí, na execução de políticas públicas você tem que se posicionar. Não tem como utilizar essa filosofia de um manda e o outro obedece. Nessa filosofia, o ministro Pazuello adotou padrões como o uso da cloroquina que resultou em situações como aquela de Manaus. – Aquele problema lá deve ter várias razões. O Brasil tem um sistema único de saúde, que pega o governo federal, governos estaduais municipais.
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Então tem que ver porque que o sistema não funcionou. Você pode ter às vezes responsabilidade direta de um secretário, de um ministro, de um secretário municipal, de um responsável técnico. Tantos erros e desmandos desaguaram numa CPI. Como o senhor vê o trabalho dessa comissão? – CPI tem uma característica essencial de política. É um inquérito, mas quase sempre 100% político. Vamos ver como é que ela vai se comportar. Está muito no início ainda. Dois ex-ministros e o atual já compareceram. A ausência do Pazuello preencheu um grande vazio no governo? – Eu acho que a ausência é prejudicial para elucidar os fatos. É importante que o depoimento aconteça. Vai trazer elementos para a avaliação. Houve alegação, por motivo de saúde. Mas já tem data marcada. Eu acredito que é importante que isso aconteça, porque é fundamental a presença do ex-ministro.
da comissão de inquérito. Mudando de assunto: o senhor pretende disputar a eleição no ano que vem? – Eu nunca pensei em entrar para política. Quando eu fui convidado para ser ministro, tive essa primeira participação política. E no meio do ano passado, duas coisas me fizeram tomar essa decisão de aparecer publicamente. A primeira foi o fanatismo que está sendo estimulado no Brasil, que é um absurdo. O outro fator foi quando começou a tentativa de arrastar as Forças Armadas, especificamente o Exército, para jogo político. Então eu me lancei publicamente para alertar que não tem cabimento. Chegamos até a interpretações absurdas de que o Exército era o Poder Moderador entre relacionamento dos Poderes. O Exército não é instrumento de intimidação política ou ferramenta de jogo de poder pessoal ou de grupo.
Não ficou estranho o general Pazuello circular por um shopping, sem máscara e poucos dias depois alegar que não pode comparecer à CPI porque teve contato com dois coronéis que estariam contaminados pela covid? – É. Ainda mais porque a presença dele é extremamente importante e muito esperada. E essa quebra de ritmo nos depoimentos traz essa expectativa. Mas isso vai se regularizar. Não tem jeito. O relógio não para. Pazuello seria “um filho teu que fugiu à luta”? – Não. Eu não vejo assim. Ele pode se complicar na CPI? – Ele foi avaliado como uma pessoa que tem capacidade para se expressar e para responder o que precisa. Agora, se isso vai ser aceito ou não, é uma questão
“O Exército não é instrumento de intimidação política ou ferramenta de jogo de poder pessoal ou de grupo”
Agora, eleição, eu já tive convite de um monte de partido político, mas não parei para pensar nisso ainda. Então, eu vou pensar nisso daqui a pouco. Vai ter a hora certa para pensar. E a que cargo o senhor concorreria? – Tudo pode. Mas não é essa a minha pretensão, não. Recentemente o senhor foi convidado pelo deputado José Nelto a se filiar ao Podemos. – Vou telefonar para o deputado para agradecer. Me honra muito o partido dizer que gostaria que eu fosse para lá. Eu vou conversar com ele. O senhor é defensor da Lava Jato. Como é sua relação com o ex-ministro Sergio Moro? – Eu tinha relação bem comum com ele na época que eu era ministro. É uma pessoa por quem eu tenho muita consideração. Acho que ele faz parte da história do Brasil. A Lava Jato foi uma esperança de reação contra a corrupção num país de privilégios absurdos. Um país em que a Justiça ainda não funciona bem, onde aqueles que têm mais poder ou mais dinheiro têm mais chance de conseguir acesso à Justiça. Nesse quadro ele foi um dos baluartes dessa esperança da nossa população de que é possível aplicar a lei para todos. Moro também foi convidado para o Podemos para ser candidato ao governo do Paraná ou à Presidência da República. – Eu nunca conversei com ele sobre isso. Mas ele seria excelente como presidente ou como governador, principalmente num país onde o combate à corrupção precisa continuar. Ele é uma pessoa que personificou isso. Trouxe esperança para o Brasil. Tenho muito respeito por ele, muita admiração, muita consideração.
“O foco, hoje, tem que ser esse: apoiar os necessitados e vacinar. Aí volta a atividade econômica” Se ele fosse candidato a presidente, o senhor poderia ser o vice? – Olha, não posso fazer nenhuma suposição que não dependa de mim. Esse tipo de coisa não depende de mim. Mas só depende do senhor ser candidato a algum cargo por Brasília – Isso aí tudo pode. Mas eu não parei para pensar nisso. Aquela cadeira que foi sua hoje está ocupada pela deputada brasiliense Flávia Arruda. Acha que ela tem perfil para o cargo? – Eu não acompanho em detalhes. Mas ela está há pouco tempo. Ao menos não teve nenhuma atitude que sai da normalidade. Como vê as declarações do presidente da República contra a China, nosso principal parceiro comercial? – Esse tipo de briga não
leva a nada. Antes, só piora. O nosso problema hoje é, independentemente de qualquer avaliação, a vacina. O nosso problema não é ficar discutindo, xingando esse ou aquele, ou arrumando confusão com um país ou outro, arrumando confusão com o governante de outro país. Nosso problema não é esse. E a dedicação a esse foco de trabalho não pode ser desviado por qualquer desequilíbrio,declaração ou qualquer outro assunto. O foco tem que ser vacinar. A vacina vai salvar vidas, vai parar essa catástrofe que a gente está tendo. Então, tem que parar isso com liderança. E isso vai fazer vai fazer também a economia voltar à normalidade. E o que fazer com os milhões de brasileiros que estão sem ter o que comer? – O que tem que fazer é apoiar os necessitados. Mas a gente não viu reduzir o Fundo Partidário, mesmo simbolicamente, para dar exemplo. Eu não vi controle nas emendas parlamentares. Nós estamos dedicando bilhões aos parlamentares. O foco, hoje, tem que ser esse: apoiar os necessitados e vacinar. Aí volta a atividade econômica. O governante tem que transmitir paz, tranquilidade, harmonia. Não é só assunto técnico. Ele tem que transmitir um bom ambiente. E, nesse momento, transmitir ideais de solidariedade. Ou seja: dar um bom exemplo – É. Um presidente eleito com quase 58 milhões de votos, o que ele falar tem efeito, tem consequência. Então, ele precisa saber utilizar essa força para estimular o Brasil a ser solidário. Unir todo mundo. Aqueles que podem ajudar o vizinho, o funcionário. A principal mensagem agora é vacina e auxílio a quem precisa. Esse é o foco.
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Estradas boas, vida melhor GDF investe na pavimentação de pistas e aumenta segurança da população
FOTOS: ANTÔNIO SABINO
José Silva Jr. As estradas do Distrito Federal estão ficando mais seguras, bem-feitas e duradoras depois que o GDF resolveu melhorar alguns serviços, como o de pavimentação, abandonando a política de fazer paliativos, como operações tapa-buracos, e realizando serviços mais concretos. É o caso da DF-130, que passa em frente ao Núcleo Rural Rajadinha II, no Paranoá, e da casa do aposentado Vicente Ferreira da Silva, 72 anos, no condomínio Jardim Oriente. O GDF fez uma terceira faixa na pista, justamente para dar mais fluidez ao trânsito, principalmente, para os carros que estão subindo. Com a nova pista, os veículos podem fazer a ultrapassagem
Terceira faixa da DF-130 deu fluidez ao trânsito e reduziu o risco de acidentes: “Resolveu o problema”, diz Vicente Ferreira
sem precisar invadir o sentido contrário, pondo em risco a integridade própria e a de terceiros. “Resolveu o problema. Fica bem na subida. Então, quando eram só duas pistas, em sentidos opostos, os carros tinham de ir na contramão para fazer a ultrapassagem. Já vi muitos aci-
dentes aqui”, afirma Vicente. O serviço foi executado pelo Departamento de Estradas de Ro-
dagem (DER). São 800 metros novos de faixa de rolamento. A obra foi entregue no dia 29 de abril e beneficia cerca de 5 mil condutores que passam pelo local todos os dias, especialmente os que precisam acessar o trecho onde está localizada a Unidade Básica de Saúde (UBS) da região.
DER faz obras em São Sebastião e no Jardim Botânico A mão do Estado também alcançou outro ponto da cidade ameaçado por acidentes de trânsito. Na DF-140, perto de São Sebastião e do Jardim Botânico, o DER investe recurso e pessoal na duplicação de via. Porém, o trecho é bem maior. O departamento já colocou os tratores na rua e deve entregar novas pistas paralelas à DF-140. A estrada, que dá acesso à DF-001 e segue até a divisa com Goiás, em breve terá a companhia de outra de 14,8 Km. O investimento foi de R$ 20,4 milhões com recursos públicos. O trabalho vai gerar 180 oportunidades de emprego. Em entrevista à imprensa no dia de lançamento da obra, o diretor-geral do DER-DF, Fauzi Nacfur, disse que o investimento é necessário porque as re-
Maurício Borges: “GDF deveria melhorar a DF-001, em frente ao Clube da Marinha”
giões próximas à DF-140 estão crescendo, enquanto os usuários utilizando cada vez mais a via.
“Daremos conforto e segurança viária para milhares de pessoas. Por ser uma saída para Goiás, é uma rodovia muito importante dentro do DF e longe do centro urbano”, destacou. Morador do Setor Habitacional Tororó, o designer Maurício Borges, 59, disse que a nova via melhorará o trânsito na região. E aproveitou a presença da reportagem do Brasília Capital para fazer um pedido: “O governo poderia aproveitar e melhorar a pista da DF-001, que passa em frente ao Clube da Marinha. Ela está bem ruim. É perigoso passar por ali. Mas aqui, na rua que será duplicada, vai ficar excelente para a gente”. O lançamento das obras foi na quinta-feira (29/4). Além do governador Ibaneis Rocha (MDB),
estavam presentes os secretários José Humberto Pires (Governo), Luciano Carvalho (Obras), Júlio Danilo Ferreira (Segurança Pública) e Severino Cajazeiras (Atendimento à Comunidade). Também compareceram, os administradores regionais Alan Valim (São Sebastião) e Antônio de Pádua (Jardim Botânico). “Além de beneficiar as pessoas que moram na região, a duplicação da DF-140 tem caráter de desenvolvimento. Aqui é uma área de expansão imobiliária com qualidade onde as pessoas conseguem construir suas residências. Estamos fazendo um grande processo de regularização desses condomínios e áreas. Todos que residem aqui serão beneficiados”, antecipou o governador Ibaneis Rocha.
+ Benefícios + Melhorias + Avanços
E todos juntos cuidamos do DF. Os contribuintes do setor de comércio e serviços* têm prorrogação automática com parcelamento em 12 vezes, sendo a primeira parcela com vencimento só em dezembro. Esse é um esforço do GDF para amenizar os efeitos da queda do faturamento e o impacto financeiro da pandemia. Para imóveis residenciais e demais segmentos, o contribuinte tem desconto de 5%** na cota única ou parcelamento em 4 vezes. ** Desde que o imóvel não tenha nenhum débito anterior.
FINAL DA INSCRIÇÃO
COTA ÚNICA OU PRIMEIRA PARCELA
SEGUNDA PARCELA
TERCEIRA PARCELA
QUARTA PARCELA
1e2
17/05
21/06
19/07
23/08
3e4
18/05
22/06
20/07
24/08
5e6
19/05
23/06
21/07
25/08
7e8
20/05
24/06
22/07
26/08
9, 0 e X
21/05
25/06
23/07
27/08
Boletos disponíveis no Portal da Receita. Acesse www.receita.fazenda.df.gov.br ou baixe o app Economia DF. *Bares, restaurantes, lanchonetes, segmento de eventos, salões de beleza, academias, hotéis e shopping centers.
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VIA
Satélites
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Por Lorrane Oliveira
Desenvolve-DF – O governador Ibaneis Rocha lançou, terça-feira (4), o primeiro edital de imóveis do programa Desenvolve-DF, que dá oportunidade a empresários de adquirirem terrenos. A contrapartida é a geração de empregos. Na primeira etapa, são 61 imóveis em Sobradinho, Recanto das Emas, Samambaia, Gama, Santa Maria, Guará e Ceilândia destinados a micro, pequenas e grandes empresas.
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SANTA MARIA
Mau exemplo de pais
Dia das Mães de famílias vulneráveis O Movimento Conexão está arrecadando doações para levar refeições feitas por chefs do DF para famílias da comunidade Porto Rico, em Santa Maria. A ação tem objetivo de transformar o Dia das Mães em um momento de alegria e garantir memórias afetivas às famílias. Para ajudar, faça o PIX para o código: 096709d8-9379-4c9b-bdf3-b66a82864b83.
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CEILÂNDIA DIVULGAÇÃO
Cordel embala aulas de literatura As escolas de Ceilândia estão adotando a literatura de cordel como meio de incentivar os alunos a ler e a escrever. O programa de leitura na educação infantil, adotado desde 2004, foi incrementado com o projeto “A Magia do Cordel”, desenvolvido desde 2019 pelo professor Raimundo Sobrinho (foto). O projeto já realizou 49 oficinas de escrita, leitura, declamação e audição cordel, 16 delas online, em função da pandemia. No total, 2.441 estudantes de Ceilândia participaram.
ÁGUAS CLARAS
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TAGUATINGA
Entenda as mudanças no trânsito Desde sexta-feira (30 de abril), os motoristas que estiverem no centro de Taguatinga e precisarem chegar à Avenida Comercial Sul terão que passar pela Avenida das Palmeiras e acessar a via entre o viaduto do Centro e o comércio da C1, onde fica a agência dos Correios. Logo depois, deverão cruzar a parte de cima do viaduto por um novo trecho de pista recém-construído. Assim, o lado Sul da cidade será acessado pela
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avenida paralela ao centro. As intervenções foram feitas para dar sequência às obras do túnel.
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R$ 10 mi para construir salas de aula
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VICENTE PIRES
130 Km de vias asfaltadas
TAGUATINGA E SAMAMBAIA
A Secretaria de Educação transferiu R$ 10 milhões para a Novacap construir 11 novos blocos em dez escolas de Taguatinga e Samam-
O condomínio Park Boulevard, vizinho ao Parque Ecológico de Águas Claras, desenvolve um trabalho de cultivo de plantas ornamentais e de cuidados com os animais daquela reserva. Entre as iniciativas, foi instalado um cocho para alimentar passarinhos. Mas, na noite de terça-feira (4), o cocho foi roubado por um casal acompanhado por uma criança. Na manhã de sexta (7), o cocho foi devolvido e a queixa policial foi retirada.
baia. São blocos que englobam salas de aula, banheiros, área de circulação, pátio descoberto, áreas de convivência e canteiros.
A Secretaria de Obras e Infraestrutura já executou 130 Km de pavimentação asfáltica em Vicente Pires. No sistema de drenagem, foram mais 128 Km, com a criação de redes pluviais com método que aprimora a captação da água das chuvas. Além disso, já são 110 Km de calçadas e 260 Km de meios-fios colocados. O investimento foi de R$ 450 milhões e mais R$ 46 milhões estão previstos em licitação que está em andamento.
DISTRITO FEDERAL
Novo horário para comércio e toque de recolher O GDF ampliou, segunda-feira (3), o horário de funcionamento do comércio e de circulação nas ruas. O toque de recolher agora vale da meia-noite às 5h. As en-
tregas por serviço delivery podem ser realizadas em todo o DF até a 00h, exceto para bebidas alcóolicas, que ficam permitidas até as 23h. Shoppings e centros
comerciais podem funcionar de 10h às 22h. Bares e restaurantes, das 11h às 23h. Atividades coletivas de cinema, circo e teatro também estão liberadas.
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A dengue em tempos de covid-19 A covid-19 não acabou com a dengue. Apesar de o novo coronavírus ser pauta (com razão) das manchetes diárias, o fato é que o mosquito Aedes aegypti ainda é um problema, não apenas no Distrito Federal, mas em todo o País. Por isso, é preciso estar atento. E mais: como os sintomas são parecidos entre uma doença e outra, a população também tem de estar alerta. Cada uma das enfermidades precisa ser diagnosticada e tratada no tempo certo. Oficialmente, segundo dados da Secretaria de Saúde, os casos de dengue no DF tiveram queda de 81,6% em comparação com os quatro primeiros meses do ano passado. No último boletim divulgado pela pasta, havia 4.032 casos prováveis este ano. Em 2020, no mesmo período, foram 21.857 notificações e 18 óbitos. Nesta semana, uma moradora de Ceilândia foi a primei-
ra pessoa morta em decorrência da dengue em 2021. Extraoficialmente, o que precisamos saber é a quem os pacientes com suspeita de dengue devem recorrer. Há profissionais suficientes para atendê-los? Há exames suficientes? Se confirmado, o tratamento está sendo o adequado? Pergunto isso porque, pela lógica (e ela pouco falha), se falta estrutura para atender pacientes com covid-19, doença responsável pela morte de mais de 2 mil brasileiros por dia, em média, como estão sendo diagnosticados e acompanhados aqueles que apresentam sintomas de dengue? Apesar de endêmica, a dengue tem uma sazonalidade, e os casos tendem a aumentar na época de chuvas no DF, de janeiro a junho, segundo o Ministério da Saúde. Acontece que, neste ano, no mesmo período, o núme-
ro de casos de covid-19 explodiu em todo o Brasil, incluindo a Capital. No ano passado, vale lembrar, por conta da pandemia, diversos especialistas na área alertaram para uma possível subnotificação dos casos da doença no DF: as pessoas ficaram em casa e tiveram medo de sair para fazer testes. Meses após o início da pandemia, no ano passado, chamei a atenção para o fato de que os altos números de covid-19 estavam deixando pacientes com outras doenças sem atendimento na rede pública. Em um desabafo, uma das pacientes ouvidas pelo Sindicato dos Médicos chegou a dizer: “o posto [em Taguatinga] só está atendendo casos de covid-19, como se as outras doenças tivessem sumido”. À época, e vale lembrar sempre, afirmei que a gestão precisa ter uma visão global no que diz respeito ao Sistema Único
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
de Saúde. Por isso, o que me preocupa é: a dengue está sendo combatida e tratada, ou simplesmente negligenciada em detrimento do novo coronavírus?
PL Genocida 5595/2020 será votado na próxima semana Ficou para a próxima semana a apreciação, pelo Senado Federal, do Projeto de Lei 5595/2020. O PL Genocida busca tornar a educação presencial um serviço essencial, como forma de induzir o retorno às aulas presenciais no contexto de uma grave crise sanitária. Diante da ameaça que esse projeto representa para a vida de professores e de toda a comunidade escolar, o Sindicato tem convocado todos(as) os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais a enviarem mensagem aos(às) senadores(as) pela plataforma Educação faz pressão (https://pressao. sinprodf.org.br/campanhas/nao-ao-pl-5595-20/) pedindo o voto contrário ao PL. O PL 5595 traz consequências trágicas não somente para a categoria, mas para estudantes e para a população em geral, uma vez que pode aumentar o número de mortes
e infectados pela covid-19 ao impor o retorno presencial das escolas em plena pandemia. Por isso, devemos ir à luta pela retirada desse projeto da pauta e rejeição do PL 5595/2020. Prejuízos para toda a sociedade A reforma administrativa insere na orientação da administração pública o princípio da subsidiariedade. Isso quer dizer que os serviços públicos são apenas auxiliares. A iniciativa privada ficaria como principal responsável pela prestação de serviços como educação, saúde e segurança. Pela reforma administrativa, fica viabilizado, inclusive, que a União, o DF, estados e municípios firmem parceira com órgãos e entidades privadas para execução de serviços públicos. Com isso, serviços essenciais à vida serão comercializados por empresas privadas. Uma chocante cena registrada nos Estados Unidos, em 2018, que
viralizou no mundo inteiro, pode exemplificar melhor o que representa a subsidiariedade dos serviços públicos e sua consequente privatização. Uma mulher se acidentou numa estação de metrô e implorou para que não chamassem a ambulância. Embora gravemente ferida, o maior medo dela era a fatura que chegaria, caso o serviço de resgate fosse acionado. Isso porque os EUA não oferecem serviço público de saúde. A reforma ainda permite que, por decreto, o presidente da República organize o funcionamento da administração pública como bem quiser, desde que não ocorra aumento de despesa. Significa que, apenas com uma “canetada”, o presidente poderá criar, fundir, transformar ou extinguir órgãos e ministérios; alterar e reorganizar cargos públicos e suas atribuições, transformar cargos efetivos em
vagos, prover cargos públicos. As prerrogativas são inéditas no regime democrático e trazem caráter autoritário e concentrador ao Executivo, impedindo qualquer tipo de controle pelos demais Poderes. No fim das contas, a reforma administrativa vai atingir em cheio o bolso e vida dos trabalhadores, dos desempregados, dos idosos, dos enfermos; principalmente dos mais pobres. Não se trata de uma reforma que prejudica apenas atuais e futuros servidores públicos, mas toda a sociedade. E tudo isso em benefício dos grandes empresários, que lucrarão com o que deveria ser direito, mas passará a ser mercadoria.
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Sobreviventes da Rua e Realleza no Arte|Fato O Rap ceilandense marcou presença na quinta etapa do Projeto Arte|Fato, na terça-feira (4). A iniciativa é do Sindicato dos Bancários de Brasília para acolhimento das atividades culturais durante a pandemia da covid-19. Os eventos quinzenais são transmitidos ao vivo pelo canal da entidade no YouTube (www.youtube.com/user/bancariosbsb). Na sexta edição, prevista para terça-feira (19), subirão ao palco, às 19h, os cantores Alberto Salgado e Martinha do Coco. As atrações foram artistas de Ceilândia que fazem da música instrumento de luta contra desigualdades e pelas causas sociais. O primeiro a se apresentar foi o grupo “Sobreviventes da Rua”, cujo trabalho mostra a realidade nas periferias urbanas. A ênfase são maus tratos, preconceito racial e de classe, drogas, conscientização política e o descaso dos governantes. Em seguida, se apresentou Realleza, que é rapper, cantora, compositora e bacharel em Direito. De ascendência brasileira e moçambicana, sua música traz a cultura que cruzou os mares e pulsa com força na periferia do DF. Ela tem voz grave e potente, e performance que investe na dança e privilegia o emponderamento negro e femini-
no. Com uma década de carreira, Realleza lançou seu EP de estreia, “Afrontosa”, em 2020. SOLIDARIEDADE – Desde a primeira edição do projeto – que inclui em sua programação shows musicais, performances cênicas, poéticas, literatura e muito mais – já se apresentaram Alessandra Terribili, Chinelo de Couro, Cangaceiros do Cerrado,
ESPÍRITA
José Matos Você não nasceu por acaso Mesmo coisas negativas, previstas em sua programação, podem ser modificadas pela ação do bem no presente Você nasceu por uma causa, programado para desempenhar seu papel na engrenagem da vida, mas terá que descobri-lo com a liberdade de usar o seu livre arbítrio. Para descobri-lo, pessoas foram programadas para lhe ajudar. Viva atento. “Ninguém pode destruir você,
exceto, você mesmo; ninguém pode salvá-lo, exceto, você. Você é Judas e é Jesus”. Pessoas lhe elogiarão imerecidamente. Pessoas lhe criticarão injustamente. Ignore-as e siga em frente, com foco, força e fé! Você é o que é. Você não é a opinião dos outros. Não
Lucélia Santos, Miqueias Paz, Noélia Ribeiro, Som de Papel, Thabata Lorena, Vanderley Costa, Virgílio Mota, Quarteto Zimbatera, Rene Bonfim e Cleyson Batah. Todas as edições podem ser assistidas pelo www.youtube.com/user/bancariosbsb Com a promoção desta série cultural, o Sindicato dos Bancários de Brasília busca atenuar os níveis de estresse emocional, causado pelo
importa o que falam de você. Descubra o seu papel e viva! Alguém lhe humilhou. A partir daí, você perdeu a vontade de ser alguém. Você mesmo se derrotou porque acreditou! Você não pode confiar em você? transformar decepções, frustrações e derrotas em ensinamentos é sabedoria. Tudo é experiência, material de êxito e elevação. Nem sempre derrotas são derrotas. Às vezes, são sinais da vida para você mudar de atividade, de lugar ou agir com mais sabedoria. “Não importa o que aconteceu com você. O que importa é o que você fez com o que fizeram com você”. Mesmo as coisas negativas, previstas em sua programação, podem ser modificadas pela ação do bem no presente. A vida retribui e anula-as! Viver é topar em pedras e tirá-las para que outros não topem.
confinamento, e estimular o pensamento crítico por meio da arte. A iniciativa consiste, inclusive, em uma ação de solidariedade e de geração emprego e renda para o setor cultural do DF em toda a sua amplitude, que envolve artistas, técnicos, comunicadores e assistentes. Todos os profissionais envolvidos são remunerados. O projeto também convida a comunidade a se engajar na campanha “Quem Tem Fome, Tem Pressa!”, do Comitê de Solidariedade Bancária de Combate ao Coronavírus, com doações. Desde maio do ano passado, a iniciativa presta solidariedade e socorro emergencial que possibilite a enfrentar a insegurança alimentar por meio de auxílio a catadores de materiais recicláveis, pessoas em situação de rua, mulheres vítimas de violência, quilombolas, pessoas LGBTQIAP+, bem como abrigos para a terceira idade, creches e categorias profissionais impactadas pela covid-19, como é classe artística.
O sentido da vida é formar a cruz. Na haste vertical, você; na horizontal, o outro; no encontro, nós. Viver é nós: todos se ajudando, todos aprendendo com todos! A vida é um mistério; é uma luta; é árdua, mas é assim que você se fortalecerá e se desenvolverá. Realizar-se ou fracassar é questão de encantamento. Encante-se com o bem, crescerá e se realizará! Encante-se com o mal e cairá. Você tem tudo de bom e ruim dentro de você. Com boas pessoas, despertará seu lado bom. Com quem não presta, seu lado ruim! “Quando a situação for boa, desfrute-a! Quando for ruim, transforme-a! Quando não puder transformá-la, transforme-se”! José Matos
Professor e palestrante
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Gastronomia
Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz
Dedé Roriz
Dicas de restaurantes para o Dia das Mães A coluna apresenta boas opções para os filhos tirarem a mãe da cozinha no segundo domingo de maio
CAMINITO PARRILLA
PECCATO BISTRÔ LAGO SUL A dica do chef Gustavo são os Polpettones com queijo e talharim, ou o irresistível camarão do Peccato com talharim.
MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: @peccato_bistro
MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: @caminito_parrilla Endereços: 403 Norte e Setor de Indústrias Gráficas (SIG)
FRATELLO UNO PIZZARIA
CANTUCCI OSTERIA
Pizzas gourmets com sabores especiais. Tem a de camarão com cream cheese e raspas de limão; a de pizza de presunto de Parma com queijo brie; a gostosona, com presunto de Parma, mussarela de búfala, tomate seco e molho Pesto; e as doces (chocolate com amêndoa, crocante, morango e sorvete).
Nossa dica de entrada o carpaccio com torradinhas, de prato principal o delicioso filé Wellington com risoto de açafrão e de sobremesa a incrível Banoffe da casa.
MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: @fratellouno Endereços: 109 Norte e 103 Sul
MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: @cantucciosteria Endereço: 403 Norte
A dica para o Dia das Mães é bife de chorizzo e o flat iron black Angus de shoulder Steak. Acompanhamentos: salada caminito, o delicioso arroz de brócolis cremoso, farofa caminito e batata rústica.
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LIBERTADORES
CANDANGÃO
Brasileiros seguem fazendo bonito
Brasiliense bate recorde de vitórias consecutivas
São Paulo e Flu empatam fora. Fla, Inter, Santos, Galo e Palmeiras vencem
PEDRO SOUZA/ATLÉTICO
O atacante Hulk marcou duas vezes na goleada do Atlético-MG sobre o Cerro Porteño
Gustavo Pontes Cada vez mais favoritos na Libertadores, os times brasileiros tiveram mais uma rodada quase perfeita na competição. O Palmeiras, atual campeão, manteve os 100% de aproveitamento ao derrotar o Defensa y Justicia da Argentina fora de casa. O Flamengo também venceu os três jogos que disputou – o último contra a LDU na altitude de Quito. Mas destaques foram as goleadas de Internacional, Santos e Atlético-MG. O Colorado estreou o atacante Taison vencendo o Olimpia do Paraguai por 6 a 0, no Beira-Rio, e assumiu a liderança do grupo B. Também jogando em casa, o Galo goleou por 4 a 0 o Cerro Porteño, outro time de tradição do Paraguai. Destaque para
Hulk, autor de dois gols. Na Vila Belmiro, o Santos fez 5 a 0 no The Strongest da Bolívia e ficou agora a 3 pontos do segundo colocado, Boca Juniors. Os únicos brasileiros que não venceram na terceira rodada foram São Paulo e Fluminense, que tiveram jogos difíceis fora de casa. Os paulistas empataram em 0 a 0 com o Racing da Argentina e mantiveram a liderança do grupo, com chances de classificação já na próxima rodada, caso vença o Rentistas do Uruguai.
O tricolor carioca precisou superar adversidades também fora de campo, com dificuldades de logística por conta da mudança do local de jogo de última hora. Pela grave situação política na Colômbia, que gerou uma onda de protestos com mortes no país, o jogo foi transferido para Guayaquil, no Equador, quando a delegação já estava na cidade colombiana de Barranquilla. Mesmo com todas as dificuldades, o time arrancou um empate que o manteve na liderança do grupo.
CHAMPIONS LEAGUE
Final Inglesa pela 3ª vez na história O mais importante torneio de clubes da Europa novamente terá dois times ingleses na decisão. A última vez foi na edição de 2018/2019, com torcida. No ano passado, já ocorreu sem público, devido às medidas de isolamento pela pandemia. E assim será este ano. Em 2019, o Liverpool foi campeão pela sexta vez ao derrotar o Tottenham. Na primeira final inglesa na Liga dos Campeões, o Manchester United, que já havia sido campeão duas vezes, derro-
tou o Chelsea, que buscava o primeiro título. Agora, na terceira decisão entre times ingleses, mais uma vez um campeão enfrentará um adversário que busca sua primeira taça continental. O Chelsea, que perdeu a primeira final inglesa em 2008 e conquistou o título em 2012, terá o Manchester City como adversário. O Manchester City passou pelo PSG do brasileiro Neymar, e após vários anos de investimentos bilionários feitos por um grupo liga-
do ao governo do Catar, chegou à final da Champions. Já o Chelsea, que busca o segundo título, chega como zebra, após eliminar o Real Madrid na semifinal. A decisão será dia 29 de maio, no Estádio Olímpico Atatürkem Istambul, que seria o palco da final em 2020, mas, por causa da pandemia o jogo foi transferido para Lisboa. Pela segunda vez a final da Champions será disputada no local. Em 2005 o Liverpool conquistou o título no mesmo palco.
O Brasiliense quebrou um recorde que durava desde 1977, quando o Brasília conquistou 12 vitórias consecutivas no Candangão. Ao derrotar o Luziânia por 5 a 0, na quarta-feira (5), o time chegou ao 13ª triunfo e garantiu presença na final pelo quinto ano seguido, além da vaga na série D de 2022, caso não consiga o acesso para a série C na temporada atual. Já o Ceilândia, após uma temporada difícil em 2020, quando lutou contra o rebaixamento, está perto de voltar a disputar uma final do torneio local, após derrotar o Gama duas vezes (1 a 0 no primeiro jogo e 2 a 1 na quarta-feira). O alviverde abriu o placar, mas foi surpreendido no final com dois gols do zagueiro Ciel, garantido a virada. O Ceilândia pode se classificar já na próxima rodada, se vencer o Brasiliense. O Gama precisa ganhar do Luziânia e torcer por um tropeço do Ceilândia para chegar na última rodada, contra o Brasiliense, com chance de classificação. (GP)
FUTSAL
Brasília estreia com empate na Copa do Brasil Após a vitória na primeira rodada da Liga Nacional, o Brasília jogou na terça-feira (4) pela Copa do Brasil da modalidade. Jogando fora de casa contra o Corumbaíba-GO, o time do DF saiu na frente do placar, mas levou o gol de empate. O jogo de volta está marcado para o dia 18, às 19h, no Sesc Ceilândia. Em 2020 o Brasília fez uma ótima campanha na Copa do Brasil, terminando em quarto lugar. A meta, agora, é ir ainda mais longe. Pela LNF, o Brasília volta a jogar apenas no dia 21, contra o Praia Clube, também em casa. (GP)