Jornal Brasília Capital 588

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OFÉLIAS

Bolsonaro e Damares se complicam a cada vez que abrem a boca. Presidente insiste na tese de controlar o STF. Senadora eleita pelo DF já corre o risco de ser cassada antes de assumir o mandato.

Uma semana após Ibaneis se reele ger em primeiro turno, pessoas que de pendem da ajuda do governo voltam a ser humilhadas em busca de aten dimento nos Cras. Bolsonaro repete a fórmula com Auxílio Brasil de R$ 600 e redução do preço dos combustíveis: quando acabar a campanha, já era!

www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022Ano XII - número 588 MARCOS CORRÊA/PR MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL
Pelaí – Páginas 2 e 3 Acabou a campanha, já era!
Via Satélites – Página 8 DF já perdeu 50% do Cerrado Chico Sant’Anna – Página 10 FOTO: TV GLOBO/REPRODUÇÃO Sociedade anestesiada Júlio Miragaya – Página 4 Alimentos têm nova rotulagem Caroline Romeiro – Página 11

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FAKE NEWS – Das 372 representações recebidas pelo TSE este ano, 85 (26%) dizem respeito à divulgação de notícias falsas. O Tribunal recebeu 79 queixas por propaganda anteci pada e acolheu 72 casos de propaganda política com uso de montagem, computação gráfica e efeito especial. Captação ou gasto ilícito de recursos gerou apenas duas ações.

CALADOS!!!

Senadora eleita pelo DF e ex-mi nistra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Repu blicanos - foto), afirmou, sábado (8), que o governo federal resgatou crianças vítimas de tráfico humano para outros países. A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Hu manos não apresentou provas.

Candidato à reeleição, Jair Bol sonaro (foto) voltou a flertar com teses golpistas. Afirmou que pode aumentar de 11 para 15 o número de ministros do STF. Se assim vier a proceder, caso vença o segun do turno da disputa presidencial no dia 30, estaria quebrando uma Cláusula Pétrea da Constituição de 1988. A repercussão foi péssima. E Bolsonaro recuou.

O suposto crime denunciado por Damares teria ocorrido na Ilha de Marajó, no Pará. “Nós temos ima gens de crianças de 4 anos, 3 anos, que, quando cruzam as fronteiras, têm seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral. (...). Descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”, afirmou, duran te um culto evangélico em Goiânia.

encaminhados “para a tomada das providências cabíveis”. E exigem que o ministério informe quais providências tomou e se houve de núncia ao MP ou à Polícia.

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores

ABAIXO-ASSINADO –

As reações foram imediatas. Membros do MP Federal no Pará enviaram, na segunda (10), ofício ao MMFDH solicitando mais informações sobre supostos casos de abuso social revelados pela ex -ministra. Pedem que todos os de talhes descobertos pela pasta sejam

Ainda no início da semana, começou a circular na internet um abaixo-assinado virtual pe dindo a cassação do mandato de Damares antes da posse. Até quinta-feira (13), já havia quase 600 mil signatários.

OFÉLIA E NAZARENO – As falas de Da mares e de Bolsonaro remetem a dois quadros humorísticos da TV. No Zorra Total, a personagem Ofé

lia, uma perua sem noção e desin formada envergonhava o marido Fernandinho na presença das visi tas. Mas, sempre encerrava o qua dro com o bordão “eu só abro a boca quando tenho certeza”.

Chico Anysio protagonizava o Nazareno, casado com a feiosa Sofia. Metido a conquistador, hu milhava a esposa. E quando ela esboçava qualquer reação, bra dava: “Calada!”.

Alguém precisa dizer à senadora eleita e ao presidente que só abram a boca quando tiverem certeza. E se insistirem que recebam a ordem definitiva: Calados!

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Orlando Pontes FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL REPRODUÇÃO/TV

Institutos apontam vantagem de Lula

Paraná Pesquisas

As primeiras pesquisas do se gundo turno das eleições presi denciais apontam, com diferentes margens, a liderança de Lula sobre Bolsonaro. Na segunda-feira (10), o Ipec divulgou seu segundo levanta mento nesta fase da disputa. O ex -presidente tem 51% de intenção de votos e Bolsonaro 42%.

De acordo com o Ipec, o cenário de segundo turno continua estável. Se a eleição fosse hoje, Lula teria 55% dos votos válidos e Bolsonaro 45%.

As entrevistas foram feitas de sábado (8) a segunda-feira (10). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

No DF vitória, só na Asa Norte

Coluna1

Na sondagem espontânea, onde os entrevistadores não apresentam o nome de nenhum dos dois candi datos, Lula aparece com 49% e Bol sonaro com 42%. Brancos e nulos so maram 5%. E 4% dos entrevistados disseram que não sabem ou preferem não opinar. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02853/2022.

O servidor público aposentado Austregésilo de Melo, o Astral, fez um estudo da votação de Bolsona ro (PL) e de Lula (PT) no primei ro turno no DF. O petista ganhou apenas na Asa Norte (44,14% dos votos contra 42,55% do atual pre sidente). O levantamento está sendo usado pela coordenação lo cal da campanha petista para ten tar reverter o quadro nas zonais até o dia 30.

Confira os números na tabela:

Já o Instituto Paraná Pesquisas di vulgou, na quinta-feira (13), levanta mento em que Lula aparece com 51,9% das intenções de votos válidos no se gundo turno, em um cenário estimu lado (quando os nomes são apresenta dos aos entrevistados). Bolsonaro (PL) tem 48,1%. Não são considerados os votos brancos e nulos. Quando compu tados brancos e nulos, Lula tem 47,6%, enquanto Bolsonaro fica com 44,1%. Na espontânea (os nomes não são mos trados aos eleitores), Lula aparece com 42,6%, enquanto Bolsonaro apresenta 39,2%. Nesse cenário, os votos brancos e nulos são contados.

O levantamento foi feito com 2.020 entrevistados, por face a face, de 8 a 12 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Bolsonaro Lula

Taguatinga Sul 56,15% 32,94%

Samambaia 56,08% 32,85%

N. Bandeirante/P.Way/R.Fundo/candang.55,06% 33,91%

Taguatinga 54,69% 34,02%

Ceilândia Norte/Braslândia 53,83% 35,46%

Recanto das Emas 53,78% 34,96%

Ceilandia Sul 53,17% 36,00%

Santa Maria 52,58% 36,51%

Ceilândia Centro 52,47% 36,98%

Aguas Claras 52,17% 35,45%

Gama 51,96% 37,76%

Sobradinho 51,35% 37,25%

Guará 50,72% 37,17%

Planaltina 50,21% 39,67%

Cruzeiro/Sudoeste/octogonal 48,83% 37,05%

Paranoá/Varjão/Lago |Norte 48,74% 39,47%

Lago Sul/São Sebs./Jardim Bot. 48,61% 39,36%

Asa Sul 45,79% 40,15%

Asa Norte 42,55% 44,14%

Brasília Capital n Eleições 2022 n 5 n Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Ipec e Paraná Pesquisas mostram, com diferentes margens, liderança do petista no segundo turno Lula tem 51,9% das intenções de votos válidos no segundo turno, contra 48,1% de Bolsonaro Se a eleição fosse hoje, 55%Lula teria dos votos válidos e 45%Bolsonaro AGÊNCIA BRASIL

Júlio Miragaya (*)

Há pouco mais de 400 anos, a In glaterra vivia o pe ríodo de transição do sistema feudal para o mercantil (embrião do capi talismo), marcado pelo processo de expulsão dos cam poneses de suas ter ras comunitárias (expropriadas pela nobreza). Isto gerou centenas de mi lhares de miseráveis vagando pelos campos e pelas incipientes cidades à procura de comida e algum abrigo.

AGÊNCIA BRASIL

Sociedade anestesiada

populares eclodirem em todo o país, a lei foi reformulada em 1834.

Passados quatro séculos, o con tingente de miseráveis no mundo ainda é assombroso. Para não dis corrermos sobre situações extre mas nos continentes africano e asiático, fiquemos no Brasil, onde temos 33 milhões de pessoas pas sando fome, centenas de milhares delas morando nas ruas. Mas o sis tema capitalista, paralelamente a tanta miséria, gerou também muita riqueza, cada vez mais concentrada nas mãos de poucos.

lhões que estão na extrema pobre za – a ampla maioria da população, que está “se virando” em trabalhos precários e, mesmo os que estão “no luxo” do emprego formal, mas vivendo com renda domiciliar de até parcos três salários mínimos.

genas não atrapalhem quem quer ex plorar as imensas riquezas existentes em suas terras; que esta conversa de exploração do trabalhador é coisa de comunista. E por aí vai.

Visando coibir a mendicância, a monarquia instituiu, em 1601, Lei dos Pobres (Poor Laws), estabele cendo punições para os pedintes, podendo, em casos de reincidência, levar à execução. A lei foi da maior importância para o desenvolvimento do capitalismo na Inglaterra. Ao pu nir fortemente a mendicância, obri gava os ex-camponeses a aceitarem os mais vis salários nas nascentes fá bricas inglesas. Após muitas revoltas

A Oxfam Brasil, respeitada orga nização que luta por uma sociedade mais justa e equilibrada, fez uma pesquisa nacional, em setembro deste ano, na qual apurou que nada menos de 85% da população adulta brasileira (portanto, eleitores) creem que o progresso do Brasil depende da redução da desigualdade entre ricos e pobres, que o Estado tem que assu mir tal atribuição, e que isto deve ser feito por meio de uma maior tributa ção sobre os mais ricos.

Quando se fala em 85% da popu lação, isto engloba – além dos mi

O resultado da pesquisa traz ani mação para os que lutam por uma sociedade mais justa, mas é engano so, pois tal animação subitamente se dissipa ao observarmos os resultados do primeiro turno da eleição presi dencial. Nada menos que 51 milhões de brasileiros (43% do eleitorado que compareceu às urnas), contingente praticamente igual ao observado em 2018 (49 milhões, ou 46%), ao votarem em Bolsonaro optaram pelo oposto ao apurado pela pesquisa da Oxfam.

Sim, a opção por Bolsonaro sig nifica a mais absoluta repugnância aos menos favorecidos da sociedade. Para grande parte de seus eleitores, que se danem os pobres e miseráveis que não tiveram competência para vencer na vida; os negros ou as mu lheres - que são ampla maioria entre os mais pobres - que corram atrás da prosperidade material; que os indí

Porque votarei em Lula

J. B. Pontes (*)

Estamos vi vendo um dos momentos mais cruciais e tormen tosos da história do País. A nossa frágil democracia, que aperfeiçoada poderia nos levar a ser uma nação menos desigual, mais justa e solidá ria, está correndo sério risco de retro cesso. Bolsonaro, se reeleito, vai cui dar de jogar uma pá de cal sobre ela.

Já domina o Congresso Nacio nal, por meio do Centrão, a quem entregou o controle da parte finan ceira do governo. E o escândalo de corrupção do Emendão (orçamento secreto) vai continuar. Para o orça mento de 2023, já está previsto um acréscimo de R$ 19,4 bilhões, o que

irá perfazer um rombo de R$ 72,8 bilhões, somando-se ao que já foi concedido em 2020, 2021 e 2022 R$ 53,4 bilhões. Dinheiro retirado de ações prioritárias do Estado, como a saúde e a educação públicas.

Ele mesmo já afirmou que vai tentar de todas as formas dominar o Supremo Tribunal Federal (STF). Se reeleito, terá direito a indicar mais dois ministros, por aposentadoria de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Vai tentar ainda aumentar para 15 o número de componentes da Corte, o que lhe dará direito a indicar mais 4 membros. Somados aos dois que já indicou (Nunes Mar ques e André Mendonça), ficará com maioria de 8 membros no Supremo, única instituição que ainda barra as suas investidas antidemocráticas.

Neste contexto, quero eleger Lula presidente para:

- Afastar o perigo real que paira

sobre a nossa democracia e suas ins tituições, a exemplo do STF e do TSE;

Mas há uma estreita maioria, os que votaram em Lula, em Ciro e Si mone, que não pensam assim. Mas mesmo esses demonstram uma certa apatia ante tamanha disparidade de renda, riqueza e oportunidades em nosso país. Desejam uma sociedade menos desigual, mas poucos se dis põem a lutar para que isto aconteça.

A contradição maior da socieda de entre ricos e pobres, entre classe trabalhadora e burguesia, delibe rada ou inconscientemente, é cada vez mais secundarizada. Temos hoje uma sociedade, parte doente, parte anestesiada.

Como disse Tim Maia: “Estranho país o Brasil, onde cafetão se apai xona e pobre vota em rico”.

Que o efeito da anestesia passe até 30 de outubro!

-

Arrefecer a ânsia dos políticos do Centrão de se apropriar de re cursos públicos para fins privados e do grande capital, nacional e in ternacional, de apoderar-se dos pa trimônios estratégicos do Brasil;

- Dar início à reconstrução do País, encerrando um período obscuro, tormentoso e triste da nossa história;

- Salvar o Brasil das mãos de um miliciano, genocida e neonazi-fas cista perigoso, que foi capaz de des pertar o que de pior havia na alma de muitos brasileiros, que até o seu desgoverno estava adormecido;

- O Brasil possa voltar a ser res peitado e protagonista no avanço avanço civilizatório mundial e não um pária;

- Tirar o País do mapa da fome, e para que o povo mais humilde e os trabalhadores possam voltar a sorrir

e ser feliz, livre dos sofrimentos que o atual desgoverno lhes impôs, ao agir somente para privilegiar o grande capital (exceto nos últimos três me ses, quando resolveu criar “pacotes de bondades” para comprar votos com o nosso próprio dinheiro);

- Garantir que as minorias, es pecialmente os povos originários, passem a ser respeitadas e tenham seus direitos e interesses assegura dos pelo Estado;

- Estancar a exploração desenfrea da e ilegal dos nossos recursos natu rais e a devastação do meio ambiente.

Não será fácil nos livrar do bol sonarismo. Mas, com Lula na presi dência, poderemos iniciar essa mis são impostergável e tão necessária.

O Brasil e os brasileiros não me recem o castigo de um segundo des governo Bolsonaro e sua familícia.

(*) Geólogo, advogado e escritor

Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br
(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia DIVULGAÇÃO

Constrangimento no Dia da Padroeira

Arcebispo de Aparecida alerta sobre os dragões do ódio, da fome e do desemprego. Padre afirma que não era dia de pedir votos, mas de pedir bênçãos

Após dois anos sem a reali zação de missas presenciais nas comemorações da data da pa droeira do Brasil no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no Vale do Parnaíba, em São Pau lo, o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e seus apoiado res causaram constrangimento

Arcebispo Dom Orlando Brandes: “Está faltando pão e é isto o que o Brasil precisa hoje”

e confusões na volta dos fiéis à celebração, na quarta-feira (12).

Bolsonaro assistiu a uma

missa ao lado do candidato a governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do senador eleito Marcos Pontes (PL). Antes, ele havia partici pado de uma cerimônia numa igreja evangélica em Belo Hori zonte acompanhado do gover nador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

O constrangimento do presi dente começou durante a homilia do arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes. Após afirmar que é necessário o cidadão exer cer o direito ao voto, o religioso alertou contra “dragões” do ódio, da fome e do desemprego.

Dom Orlando disse que está “faltando pão” e que isto é o que o Brasil precisa hoje, juntamente com paz e fraternidade. “Escutar Deus, mas escutar também o cla mor do povo. Porque ela (Nossa Senhora) escutou muito bem no Evangelho. Eles não têm mais vi nho. No nosso caso, está faltando

Bancários entregam propostas a Lula

Representantes do movimento sindical bancário entregaram as propostas da categoria para melho ria do Sistema Financeiro Nacional à equipe do programa de governo do candidato a presidente Luiz Iná cio Lula da Silva. Parte das suges tões foi tirada no último Congres so da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que aprovou, tam bém, uma resolução em defesa dos bancos públicos.

“Nós, bancárias e bancários, so fremos na pele as piores mazelas do sistema financeiro e temos diversas propostas para melhorá-lo, como, por exemplo, o fortalecimento dos bancos públicos e das políticas de

crédito para o desenvolvimento econômico, com distribuição de renda e combate às desigualdades em nosso país”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Coman do Nacional dos Bancários.

Além de Juvandia, estavam pre sentes no ato, realizado em agosto, a presidenta do Sindicato dos Bancá rios de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva; o presidente da Fede ração Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto; o secre tário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga; o coordenador da Comis são Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Clotário Cardoso; o coor

denador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga; o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasí lia, Kleytton Morais; e os economistas Gustavo Cavarzan, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); e Sergio Mendonça, do Reconta Aí.

pão, faltando paz, faltando fra ternidade. Esses são os vinhos que todos nós precisamos nos dias de hoje.”

Em entrevista à imprensa, sem citar Bolsonaro, Dom Orlan do disse que não pode julgar as pessoas. “Mas nós precisamos ter uma identidade religiosa. Ou so mos evangélicos ou somos cató licos. Nós precisamos ser fiéis à nossa identidade católica”.

Quanto à presença de Bol sonaro na Basílica, o arcebispo afirmou que “seja qual for a in tenção, será bem recebido, por que é o nosso presidente. E é por isso que nós o acolhemos”.

Do lado de fora da Basílica, bolsonaristas que consumiam bebidas alcoólicas e trajavam ca misas amarelas da seleção brasi leira agrediram jornalistas.

No fim do dia, numa outra missa, o padre Camilo Júnior foi direto: “Hoje não é dia de pedir votos. É dia de pedir bênçãos”.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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(*) Fonte: Contraf-CUT
FOTO: DIVULGAÇÃO
REPRODUÇÃO REDES SOCIAS

Outdoors do Sinpro celebram o 15 de outubro

Várias regiões administrativas do Distrito Federal amanheceram, na se gunda-feira (10), com outdoors do Sinpro celebrando o Dia do Professor e da Professora. Os cartazes estão em vias de grande fluxo, como a Ave nida do Contorno, ao lado do terminal Rodoviário, no Núcleo Bandeirante; a BR-040 (sentido Brasília, próximo ao viaduto de Santa Maria); e no Setor Leste do Gama, em frente ao balão da Ambev, dentre outros locais.

Os outdoors trazem estampados o banner que está no topo de nosso site e também nas páginas do Brasília Capi tal : uma imagem de Paulo Freire e o texto

Apaixonados por transformar, educando! Orgulho de ser professora e professor!

“Nosso sindicato é de luta, e a luta também se dá no celebrar e no espe rançar! O patrono da educação brasilei ra sintetiza o ofício de educar, sintetiza o ser professor”, lembra a diretora do Sinpro Luciana Custódio.

O Sinpro também confeccionou fai xas com o tema do Dia dos Professores e das Professoras, disponíveis desde terça-feira (11) para quem quiser tirar fotos em frente à sua escola. Mas tem que mandar foto pra gente, hein? Os in teressados podem solicitar pelo e-mail imprensa@sinprodf.org.br

Educação na berlinda com a PEC 32/2020

O resultado da eleição de uma banca da de deputados essencialmente conser vadora e a reeleição de nomes que delibe radamente votam contra os interesses da classe trabalhadora não tardou a surgir.

O presidente da Câmara dos De putados, Arthur Lira (PP-AL), reeleito deputado, disse que irá colocar a Pro posta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma administrativa, de volta no debate parlamentar. A propos ta é um dos principais projetos do go verno Bolsonaro e tem como um dos alvos a educação pública.

A PEC viabiliza a privatização dos serviços públicos e significa que, além dos impostos que já paga, a população poderá pagar também para ter educação, saúde, segurança, previdência, assistên cia e vários outros direitos contidos na Constituição.

PRECARIZAÇÃO – Apresentada em 2020, a PEC 32/20 é um dos principais projetos de Bolsonaro/ Paulo Guedes. Anunciada como uma forma de “modernizar o serviço público” e “desinchar o Estado”, ela gera o revés disso.

Na prática, a PEC 32 destrói princí pios fundamentais do serviço público,

causando precarização do trabalho e do serviço prestado à população, abertura para perseguições políticas e outras perdas irreparáveis ao povo e ao Estado Democrático de Direito.

Uma das modificações que a PEC 32 traz é no artigo 37 da Carta Magna. O artigo 37-A propõe uma “inovação” com uso dos denominados “instrumen tos de cooperação”, que alteram os princípios constitucionais.

O atual artigo 37 define o que é a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos mu nicípios e determina que tais poderes devem obedecer aos princípios de le galidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

No texto proposto no artigo 37-A da PEC, o governo Bolsonaro cria os denominados “instrumentos de coo peração”, que afetam diretamente o magistério público.

“O governo determina que o serviço público pode ser executado por meio de instrumentos de cooperação. A ex ceção fica para as atividades privativas de cargos típicos de Estado. Ou seja, implanta a privatização dos serviços públicos por meio dos instrumentos de cooperação”, explica Cláudio Antunes, diretor do Sinpro-DF.

QUEBRA DA ESTABILIDADE

Em estudo preliminar sobre o texto do arti go 37 proposto pela PEC 32/20, a Confedera ção Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) explica que “ao vincular a gestão de pessoal a premissas empresariais, e sendo o governo conservador e pautado em questões ideológicas como o atual, não resta dúvida de que os novos princípios da imparcialidade, da responsabilidade, da unidade e da coordenação servirão para pautar os processos de avaliação (podendo culminar na quebra da estabilidade do servidor) e para orientar contratações de pessoal terceirizado via Organizações Sociais (OS) e mesmo por empresas privadas”.

E esclarece que “os conceitos de inova ção, boa governança e subsidiariedade darão suporte à ampla privatização pretendida pela reforma e conforme dispõe o artigo 37-A da PEC 32/20: “A União, os Estados, o DF e os municípios poderão, na forma da lei, firmar instrumentos de cooperação com órgãos e entidades, públicos e privados, para a exe cução de serviços públicos, inclusive com o compartilhamento de estrutura física e a uti lização de recursos humanos de particulares, com ou sem contrapartida financeira”.

Trata-se de uma reforma que altera a lógi ca do Estado, do serviço público e dos pres tadores desses serviços, com grave risco de

aparelhamento estatal e de amplas benevo lências econômicas a setores privados com maior afinidade com os governos de plantão.

“Os fatos são duros e indicam que a re eleição desse projeto neoliberal, neocolonial e conservador, representado pelo candidato Bolsonaro, será o fim de uma conquista his tórica da humanidade e respeitada em todos os países democráticos: o Estado democrá tico de direito e de bem-estar social, como prevê a Constituição de 1988”, alerta Bereni ce Darc, diretora do Sinpro.

A diretora diz que os estudos sobre a PEC 32 mostram que, numa eventual reeleição de Bolsonaro, será muito fácil transformar os serviços públicos e gratuitos, executados hoje pelo Estado brasileiro, em serviços pagos não só por causa da PEC em si, mas porque ela estará casada com várias reformas já aprova das e legislações extintas desde 2016. Entre elas, a aprovação da lei das terceirizações irrestritas, aprovada no governo Temer.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

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Sinpro-DF celebra o Dia do Professor e da Professora com outdoors espalhados pelo DF DIVULGAÇÃO
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VIA Satélites

Dia da criança – Na quarta-feira (12), 19% das brasileiras não presentearam seus filhos no Dia da Criança. Os dados são de pesquisa do Instituto Famivita. O levantamento concluiu que 85% das mulheres de 30 a 35 anos sequer compraram uma “lembrancinha” e 40% das que estão na faixa de 18 a 24 anos não deram o presente pedido pelo filho.

Passada a eleição, retornam as filas nos Cras

Exatamente uma semana após a reeleição em primeiro turno do governador Ibaneis Rocha (MDB - foto), retornaram as filas quilo métricas nos Centros de Referência e Assistência Social (Cras). Na se gunda-feira (10), a unidade de São Sebastião amanheceu com fila que dava voltas no quarteirão. No Para noá uma mulher morreu em agosto enquanto aguardava atendimento.

A situação se repetiu em Ceilân dia Sul, Recanto das Emas, Planal tina e Paranoá, onde centenas de pessoas passaram a madrugada nas filas. Entre os serviços procu rados pela população estão atuali zação ou registro de cadastro em benefícios como CadÚnico, Prato Cheio, entre outros essenciais para participação em programas sociais.

Questionada sobre a situação, a Secretaria de Desenvolvimento So cial (Sedes-DF) informou, em nota, que algumas unidades estão agen dando o atendimento de forma men sal. A pasta alega que vem adotando medidas para ampliar o atendimen to, entre elas a parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defensoria Pública.

ESTELIONATO – O retorno das filas nos

Cras do DF é um bom exemplo do es telionato eleitoral em curso na cor rida presidencial. Às vésperas das eleições, o governo federal decretou um “pacote de bondades”, incluindo o reajuste de R$ 600 do Auxílio Bra sil, com validade até dezembro; a re dução do preço dos combustíveis, a partir da redução do ICMS cobrado pelos estados; e, na última semana, a diminuição de 5% no preço do gás de cozinha. Não há nenhuma garan tia de que isto se sustente após o se gundo turno, no próximo dia 30.

Vagas temporárias

Os lojistas do DF esperam um cres cimento de 61% nas contratações de mão de obra temporária neste ano em comparação com 2021. É o que apon ta pesquisa do Instituto Fecomércio divulgada na segunda-feira (10), que ouviu 503 lojistas de 29 segmentos, em diferentes Regiões Administrativas.

A média de funcionários por em presa passou de 2,26 para 2,96. Com

isso, a previsão de vagas disponíveis quase dobrou e chegou a 3,5 mil, ante os 1,8 mil do ano anterior. O levan tamento mostra que 29,82% dos lojis tas têm a intenção de contratar mais funcionários para reforço nas equi pes de venda durante o Natal, Black Friday e Copa do Mundo. É a maior expectativa dos últimos cinco anos.

As admissões devem aquecer a eco

Outubro Rosa

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que o câncer de mama é o segundo mais incidente em mulheres do Brasil.

A estimativa é de que o país regis tre mais de 66 mil casos em 2022.

Especialistas defendem que a ma mografia é o caminho mais rápido para o diagnóstico precoce.

Segundo estudo da UK Age Trial, a técnica reduz em até 25% a taxa de mortalidade. De acordo com a pro fessora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Gabriela Vir ginio, o fator mais importante para o sucesso nos tratamentos é o estágio em que a doença é identificada.

“A mamografia é um exame indispensável para chegar a um diagnóstico precoce. Ela é um raio-x que produz imagens de alta qualidade das mamas, que ajudam o médico a identificar tumores que ainda estão pequenos, aumentan do as chances de cura”, explica.

O Ministério da Saúde preconi za que o exame deve ser realizado a cada dois anos para a faixa etá ria de 50 e 69 anos. Antes desse período, a densidade das mamas é maior, o que aumenta o risco de resultados falso-positivos e falso -negativos e representa uma expo sição desnecessária à radiação.

nomia do DF a partir da primeira quin zena de novembro, período em que 34% dos contratos de trabalho come çam a ser fechados. A maioria dos em presários (44%), porém, deve contratar na primeira quinzena de dezembro. A possibilidade de que esses funcionários se tornem efetivos é de 52,67%, afirma o presidente do Sistema Fecomércio -DF, José Aparecido Freire.

Brasília Capital n Cidades n 8 n Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br
{ DISTRITO FEDERAL
PAULO H. CARVALHO/AGÊNCIA BRASÍLIA
DIVULGAÇÃO ROVENA ROSA/AGÊNCIA
BRASIL

Ser médico, antes de uma vocação, é um destino

Somos 808.603 profissionais com diplo mas médicos reconhecidos no Brasil. Dentre estes, somos 546.293 em atividade. Os de mais já não exercem a atividade – mas, uma vez médico, médico se é até o fim dos dias. Quando a gente se forma e atua na profis são, enfrenta dissabores e desafios, mas o conhecimento e o exercício da medicina nos moldam para o resto das nossas vidas.

Para o grande público, acostumado com as séries médicas na televisão, prevalece uma visão romântica do médico como alguém que resolve problemas complexos com raciocínio lógico, livre poder decisório e meios irrestritos para exercer seu ofício, regido por uma orien tação humanista de auxílio ao próximo.

No dia a dia, porém, somos desafiados pela desumanização da nossa atividade. No Brasil, como no mundo, os profissionais da área en frentam grandes desafios, como a imposição de protocolos estritos e restrição do tempo de consulta, que inviabilizam a boa comunicação entre o médico e o paciente – o que é essencial tanto para o melhor diagnóstico da condição do

paciente quanto para transmitir a ele a segurança e o conforto que espera da figura do médico.

Corroboram para o quadro desafiador, condições de trabalho extenuantes e falta de recursos (até os mais simples), a enorme quantidade de pacientes a serem atendidos em lugares insalubres, as pressões por pro dutividade e lucro das operadoras de planos de saúde, ou a politicagem vigente nos servi ços públicos da área.

O médico enfrenta uma constante luta interna e externa entre aquilo que considera precisar fazer pelos seus doentes, o que os sistemas de saúde suplementar ou público permitem fazer e, por outro lado, o que os doentes exigem e esperam obter dele.

Diante dessa realidade, ao comemorar mos o Dia do Médico (18 de outubro), em especial em ano de eleições gerais no Brasil, não podemos deixar de considerar a neces sidade de dar a essa legião de trabalhadores as condições para colaborar na construção de um modelo de assistência em saúde mais jus to, solidário e orientado pelos compromissos

que temos com a população.

A plena realização do potencial e daquilo a que se propõe a comunidade médica passa pelo estabelecimento de políticas públicas de valorização profissional e da criação das condições para que a atividade possa ser exercida adequadamente, e o acesso à assistência uni versalizado a todos os brasileiros – seja por via pública, suplementar ou particular.

Foi nesse sentido que as entidades mé dicas nacionais encaminharam a todos os candidatos à Presidência da República, ainda no primeiro turno das eleições, a agenda dos médicos para a saúde do Brasil.

A valorização do médico e o justo reco nhecimento de sua atividade passam pela defesa do direito à saúde, pelo adequado financiamento público do SUS, pela interio rização do médico por meio da criação de uma carreira de Estado, pela garantia de ensino médico de qualidade, infraestrutura e condições adequadas de trabalho.

Os desafios estão postos e cabe ao conjun to da sociedade, em especial à classe política e

aos governantes, prover os médicos das condi ções essenciais para seu exercício profissional pleno: promover a saúde, salvar vidas, evitar e mitigar o sofrimento humano. Pois ser médico é ter um compromisso inabalável com a vida.

Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br 8 CENTROS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CURSOS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM DIVERSAS ÁREAS LABORATÓRIOS E MUITO MAIS df.senac.br 3771.9800 Tem um Senac sempre perto pra fazer você chegar mais longe MATRÍCULAS ABERTAS > > >
Presidente da
Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal ** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital éticos
INFORME

DF já perdeu metade do seu Cerrado

Ao longo de sessenta anos, o ter ritório do Distrito Federal perdeu a metade da vegetação nativa que o cobria. Dados de 2020, do rela tório Contas Econômicas Ambien tais da Terra: Contabilidade Física, recém-divulgado pelo IBGE, apon tam que dos 5.802 Km², a área de vegetação nativa (campestre e flo restal) ainda intacta representa 51,3% do território do DF.

A outra metade está dividida, quase que meio a meio, entre área agrícola (24,2%) e área urbana (24,5%). As últimas duas décadas (2000 a 2020) registraram um cres cimento vertiginoso do agronegócio candango sobre as terras de vegeta ção nativa, que no DF é, essencial mente, vegetação de Cerrado.

Embora o DF seja a menor unida de da Federação em termos absolu tos, o crescimento da área agrícola sobre a nativa foi o 21º maior den tre as 27 UFs, todas elas com territó rios maiores do que o daqui. Nesses últimos vinte anos, foram ocupados 261 Km² novos (avanço de 23,1%). A área agrícola distrital passou de 1.132 Km² para 1.393 Km².

POTENCIAL HÍDRICO – Em 1946, a Missão Polli Coelho alertou para a necessidade de se asse gurar a vegetação original em área não inferior à metade do território do DF. Assim ficaria garantida a capacidade hídrica do território.

Entretanto, a Missão Poli Coe lho trabalhava com uma popula ção de 500 mil habitantes, e hoje o DF já ultrapassou 3 milhões, con sumindo muito mais água.

Segundo a secretaria de Meio Ambiente do DF, o perfil produti vo do agronegócio candango con some bem menos água do que o brasileiro, responsável por beber 70% da água consumida no País.

SEM DADOS – Apesar de o GDF ter anunciado em abril, o funciona mento do Sistema Distrital de In formações Ambientais (SISDIA) – uma plataforma de inteligência ambiental-territorial que, dentre outras missões, deveria prover o mapeamento da cobertura ve getal e do uso do solo no DF – a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) informa não ter números sobre os desmatamentos, mas sim um trabalho que estuda a cober tura vegetal no DF para orientar políticas públicas.

A subsecretária de Gestão Am biental e Territorial, Maria Sílvia Rossi, salienta que a principal ameaça ao Cerrado nativo “advém da expansão urbana, seja ela legal, seja, principalmente, por meio da grilagem de terras públicas”. E cita casos como a redução da Floresta Nacional (Flona) e a expansão do Assentamento 26 de Setembro.

Rebanhos e plantações extensivas

Segundo o IBGE, as terras ocu padas até então pela vegetação original foram convertidas, em especial, para pastagem de reba nhos e plantações extensivas. As plantações são mais presentes a Nordeste, Leste e Sudeste do DF, notadamente, em Planaltina, Pa ranoá e São Sebastião.

Para a Sema, o agronegócio está historicamente concentra do na Bacia do Rio Preto. Nessas duas décadas, o IBGE informa que a área da vegetação nativa apresentou a maior retração, 329 Km² (10,2%). Passou de 3.226 Km² para 2.897 Km². Já a florestal perdeu 3 Km² (5,1%).

A ocupação pelo agrone gócio de terras com forma ções florestais passou de 56 Km² para 59 Km². Na visão da Sema, áreas rurais estão sendo griladas e transformadas em urbanas, como a região do Ro deador, em Brazlândia.

Rendimentos X meio ambiente

Para o geógrafo Aldo Paviani, os dados do IBGE revelam o crescimen to ostensivo do agronegócio no DF. “De um lado, ele ocupa e dá rendi mentos aos agricultores e ao GDF em impostos (se recolhidos). Mas, de outro, indica um péssimo rebati mento ambiental”.

“Devemos avaliar os ganhos em comparação às perdas ambientais a partir de um olhar humano para as nossas riquezas territoriais. A vege tação poderá levar décadas para se

regenerar. Por isso, deve-se sopesar perdas para que o DF deixe de estimu lar uma atividade que se questiona o ganho coletivo com ela”, diz Paviani.

Para o geógrafo, ao que parece, em termos geoambientais, joga-se o prejuízo para as futuras gerações.

“Uma coisa é evidente: elas não gos tarão de receber uma terra arrasada em que nada mais cresce porque en tre os anos 2000 e 2022 não foram to madas medidas ecoambientais para proteger a natureza”, complementa.

Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com
Brasília
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A vegetação campestre foi convertida em pastagem de rebanhos e plantações

Caroline Romeiro

Nova rotulagem de alimentos

Mas agora essas informações vêm de forma mais nítida, sem letras miúdas, como dizem por aí!

A tabela deverá ter apenas letras pretas e o fundo branco, para evitar qualquer tipo de con traste que atrapalhe a legibilida de das informações.

Além dos valores nutricionais de acordo com o tamanho da porção, passa a ser obrigatório também a presença por 100g ou ml do alimen to. Isso facilitará a comparação e, consequentemente, a escolha dos produtos pela população.

pacto negativo para a saúde, como é o caso do açúcar adicionado, gordura saturada e sódio.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) trouxe mui tas reflexões e críticas ao longo da discussão e aprovação da nova ro tulagem, exatamente porque mui tas informações que são impor tantes para a saúde coletiva ainda foram deixadas de fora.

Entraram em vigor no domin go (9), as novas regras de rotula gem de alimentos. As mudanças estão presentes nas tabelas de informação nutricional. Porém, uma das grandes novidades é a

rotulagem frontal.

Desde 2001, a rotulagem nu tricional é obrigatória. Ou seja, todos os alimentos industrializa dos no Brasil precisam apresen tar as informações nutricionais.

Já a rotulagem frontal é um símbolo informativo que deve es tar na parte da frente da embala gem. O objetivo desse destaque é esclarecer ao consumidor, de for ma clara e simples, sobre aqueles nutrientes que apresentam eleva do teor e podem trazer algum im

Infelizmente, o lobby da indústria pesou e muitas contribuições con trárias aos interesses das grandes indústrias não foram contempladas. De todo modo, já temos um avanço imenso com as novas regras!

Fiquem atentos!

Matos

Você tem o direito de ser apenas en sinador, mas se você não tiver empa tia, não sentirá prazer na velhice. Em patia é a capacidade de se colocar no lugar do outro como se fosse o outro, ensinou Carl Rogers. Esta é qualidade básica para professores e demais pro fissionais que lidam com o público.

é ensinador, integrador, educador ou terapeuta?

Que tipo de professor você é? Ensinador, integrador, educador ou terapeuta? Ensinador: ensina sua disciplina dissociada das de mais. Integrador: contextualiza-a, integrando-a com as demais. Edu cador: integra e trabalha na for mação do aluno, sem descuidar dos conteúdos. Terapeuta: Além de integrar e educar, ajuda o aluno a resolver seus conflitos. Mas, an

tes, precisa tratar-se e livrar-se dos seus próprios conflitos.

O ensino dá mais prazer quando se é educador ou terapeuta. Dizem que magistério é sacerdócio. Não. Magis tério é profissão, mas se você exer cê-lo com amor terá mais satisfação. Alguns professores-ensinadores afir mam que educação é de berço. Ok! E quando não se tem berço? E quando o berço não tem educação para dar?

Quem foi Jesus Cristo? Um pro fessor-educador-terapeuta que veio até a nós trazer ensinamentos sobre a vida e o viver. Libertar-se de toda forma de preconceito é fundamental. O professor, por mais gabaritado que seja, nunca deve descuidar-se de ser aluno da vida, sempre aprendendo com tudo e com todos, livrando-se da imagem que fez de si, da imagem dos outros e eliminando expectativas.

Sem expectativas e imagens não há decepção. Problemas são ensina mentos, e as pessoas são o que são. Ao eliminar preconceitos, imagens e expectativas, o professor livra-se também de muitas complicações.

“Quem educa o educador?”, per guntou Paulo Freire. Ele mesmo. Se olhar para as dificuldades, sem aprendizagem; se olhar somente para o que falta; se olhar e ficar sem pre ruminando sobre problemas e momentos ruins; se olhar-se, sem confiança; se viver se comparando e comparando o que tem com os demais; se não aceitar o corpo que tem... Assim você vai sentir-se infeliz.

Sem comparação não há inveja. Trate-se e mude! Evite pensar no pior. Pense em evolução, superação e contribuição, e você e todos em sua volta serão beneficiados.

A nossa base moral vem dos dez mandamentos trazidos por Moisés, a pessoa mais educada de sua épo ca. Educação é para sempre e você é herói do povo brasileiro.

Você
(*) Professor e palestrante ESPÍRITA José
Professores: heróis brasileiros Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 15 a 21 de outubro de 2022 - bsbcapital.com.br Regras estão em vigor desde domingo (9) e presentes nas tabelas de informação nutricional NUTRIÇÃO
(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista
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