Brasília Capital n Política n 3 n Brasília, 17 a 23 de julho de 2021 - bsbcapital.com.br
Culpado – Pesquisa do instituto DataSenado, vinculado à Secretaria de Transparência do Senado Federal, aponta que 74% dos brasileiros culpam o presidente Jair Bolsonaro pelo atraso na compra de vacinas contra a covid-19. Em seguida, são citados a Anvisa (8%), o Congresso (6%) e os governadores (4%). Foram ouvidas, por telefone, 1.471 pessoas nos dias 13 e 14 de julho. O nível de confiança é de 95%.
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Militares na política Alberto Fraga, presidente do DEM-DF, avalia que Jair Bolsonaro cometeu “erros inadmissíveis”. Entre eles, colocar militares para fazer política. “Não dá certo. Quem tem que fazer política são os políticos”, disparou o coronel da reserva da PM, amigo de Bolsonaro há 40 anos, em entrevista ao portal Metrópoles. Foi a primeira vez que ele falou a um veículo de imprensa após a morte de sua esposa Mirta Fraga, pela covid-19.
Pazuello AGÊNCIA BRASIL
Quando ministro da Saúde, Eduardo Pazuello prometeu a intermediadores comprar 30 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, formalmente oferecidas ao governo por quase o triplo do preço negociado pelo Instituto Butantan. A informação é da Folha de S.Paulo. VÍDEO – A negociação, numa reunião fora da agenda, no dia 11 de março, no gabinete do então secretário-executivo da pasta, coronel Élcio Franco, foi registrada em um vídeo (já em posse da CPI da Covid). RESUMO – Nele, o general da ativa do Exército aparece ao lado de quatro pessoas que representariam a World Brands, empresa de Santa Catarina que lida com comércio exterior. Na gravação Pazuello relata o que seria o resumo do encontro.
Bia Kicis e o Fundão AGÊNCIA CÂMARA
Entupido Cinco dias depois de dizer que estava “cagando” para a CPI da Covid, Jair Bolsonaro foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, com obstrução intestinal. Na véspera, quarta-feira (14) à noite, tentou culpar partidos de oposição pela piora de sua saúde. Na quinta, foi transferido para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. FACADA – O presidente deu entrada no HFA reclamando que sentia soluços há vários dias. Horas antes de ser internado, postou uma série de tweets atribuindo o agravamento de seu quadro a efeitos da facada que sofreu em 2018. CRUEL – “Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia”, escreveu. ATAQUE – Com Bolsonaro já internado em São Paulo, o perfil dele no Facebook voltou a atacar a CPI da Covid. Dizia que o “G7” da comissão, formado por
senadores de oposição e independentes, não encontrou nenhum indício de corrupção no governo. A informação não é verdadeira. A CPI apura possíveis práticas ilícitas na compra de vacinas da AstraZeneca e Covaxin pelo Ministério da Saúde. OTÁRIOS – De quebra, a publicação ainda classificou como “três otários” os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), presidente, vice e relator da CPI, respectivamente. Na quinta, a comissão teve sua última sessão antes do recesso parlamentar, ouvindo Cristiano Carvalho, representante oficial da Davati Medical Supply no Brasil. PROPINA – A empresa tentou vender 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao País e recuou diante de um suposto pedido de propina por parte de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. SEM MÁSCARA – Na sexta-feira (16), o perfil de Bolsonaro nas redes sociais publicou uma foto dele caminhando, sem máscara de proteção contra a covid-19, no corredor do hospital (foto).
Em 2018, Bia Kicis (PSL-DF - foto) criticava o financiamento público de campanha – que acabava com a doação de empresas aos candidatos. Mas, na quinta-feira (15), a deputada votou a favor do reajuste que triplicou o Fundão para as eleições de 2022 (de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões). O partido de Kicis, a segunda maior bancada na Câmara, será um dos principais beneficiados. BANCADA – O deputado Laerte Bessa (PL), que assumiu a vaga de Flávia Arruda, também votou favoravelmente ao reajuste. Da bancada do DF, Erika Kokay (PT), Professor Israel (PV), Luís Miranda (DEM) e Paula Belmonte (Cidadania) votaram contra. Celina Leão (PP) e Julio Cesar Ribeiro (Republicanos) não participaram da sessão. MÍNIMO – Na mesma votação, o salário mínimo aprovado para janeiro de 2022 foi de R$ 1.147. Ou seja, o Fundo Eleitoral, com apoio dos governistas, equivale a 5 milhões de salários mínimos. O PT (maior bancada) e partidos da oposição, como o Psol, votaram contra. LOROTA – Nas redes sociais, Kicis contou uma longa lorota. Justificou que o reajuste do Fundão estava embutido na LDO, que define as regras e balizamentos de como o orçamento do ano seguinte deve ser aprovado. E que o PSL havia orientado sua bancada a votar favoravelmente à LDO. Assim, ela votou a favor da LDO, aprovada por 278 votos favoráveis e 145 contrários. No Senado, o texto passou por 40 a 33.