Lula lidera no DataFolha Pelaí – Páginas 2 e 3
Júlio Miragaya Página 3
Theófilo Silva e J.B. Pontes Página 4
Anna Ribeiro e José Matos Página 10
Brasília, 18 a 24 de setembro de 2021
AGÊNCIA BRASIL
Ano XI - número 532
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E MAIS
ANDRE BORGES/AGÊNCIA BRASÍLIA
TCDF freia privatização do metrô Proposta de licitação para concessão patrocinada à iniciativa privada não passa pelo crivo da Corte de contas. Após descarrilamento de vagão, na terça-feira (13), governador Ibaneis Rocha volta a insistir que solução para o transporte público sobre trilhos é a privatização. Chico Sant’Anna – Páginas 6 e 7 – Via Satélites – página 8
Ops! Não tem UPA! GDF prometeu entregar 7 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no primeiro semestre deste ano. Não cumpriu. Evento previsto para
Delirium Brasília
inauguração da de Ceilândia, marcado para a quarta-feira (15), não ocorreu. Faltam equipes e equipamentos Página 9
Dedé Roriz Franquia europeia paramunicipais virar gastropub Chico Sant’Anna – Páginas 6 e–7página 11 Pandemia ameaçareabre eleições
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Ex pedien te
OAB – A eleição na OAB-DF acontece em novembro. Mas o atual presidente, Délio Lins e Silva Jr., tem acelerado a pré-campanha da chapa “OAB no rumo certo” em apoio a candidatos às subseções nas cidades. Na última semana, ele visitou Águas Claras, Guará, Paranoá e Planaltina.
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Lula lidera corrida presidencial Pesquisa DataFolha divulgada na quinta-feira (16) mostra o ex-presidente Lula (PT/foto) liderando a corrida pela Presidência da República. Se a eleição fosse hoje, ele teria 46% dos votos no 1º turno em um cenário em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece em segundo lugar, com 25% das intenções de voto.
AF RODRIGUES/AGÊNCIA PÚBLICA
RICOS – Entre os mais ricos, Bolsonaro fica à frente de Lula: 41% a 21% entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários, e 36% a 22% na faixa acima de 10 salários. O atual presidente também lidera entre os empresários, com 52% contra 25% do petista. No segmento evangélico, há um empate: Lula 37% e Bolsonaro 38%.
OUTROS – Na sequência estão Ciro Gomes (PDT), com 8%; João Doria (PSDB), com 5%; e Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 4%. Uma parcela de 10% votaria em branco ou nulo diante deste cenário, e 2% não opinaram. PREFERÊNCIA – A preferência pelo petista chega a 56% entre brasileiros com escolaridade fundamental e a 57% na parcela dos mais pobres, com renda familiar de até 2 salários. Na região Nordeste, Lula tem 64%; entre pretos, 57%; e pardos, 50%. No segmento católico, 51%; e en-
DIVULGAÇÃO
de 60 anos ou mais (42% a 28%); na fatia dos mais escolarizados (34% a 28%), nas regiões Sul (35% a 30%) e Centro-Oeste/Norte (41% a 35%); e entre brancos (34% a 30%).
tre desempregados que buscam emprego, 64%. REAÇÃO – O atual presidente diminui a desvantagem geral de 21 pontos para o petista na parcela de homens (43% para Lula e 31% para Bolsonaro, ante 48% a 20% no universo de mulheres); na faixa
ESPONTÂNEA – Na pesquisa de intenção de voto espontânea, em que os nomes dos possíveis candidatos não são apresentados, Lula é citado por 26% (ante 21% em maio); Bolsonaro, por 19% (eram 17% no último levantamento); e Ciro, por 2%. Há 7% que declaram voto em branco ou nulo, e 42% não citaram nenhum nome (em maio, 49%).
Júlia Lucy apoia Lei Luzia de Paula A deputada Júlia Lucy (Novo/foto) garante apoiar a regulamentação da Emenda à Lei Orgânica 74/2014, conhecida como Lei Luzia de Paula. A ELO assegura 10% da verba de publicidade de todo o GDF e da Câmara Legislativa para a mídia alternativa e é defendida por vários parlamentares da Câmara Legislativa. CRITÉRIOS – “É necessário ter critérios claros para aplicação do dinheiro público, independentemente de quem
seja o gestor de plantão”, disse a parlamentar, durante almoço com o diretor de Assuntos Institucionais da Associação de Veículos Comunitários de Comunicação do DF e Entorno (Asvecom), Orlando Pontes. GOSTO DA AMAZÔNIA – A reunião ocorreu no restaurante Villa Tevere, um dos 50 participantes no DF do festival gastronômico Sabor e Sustentabilidade – Gosto da Amazônia, apoiado pela parlamentar.
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Canalhas!
Reforma administrativa A votação da Reforma Administrativa (PEC 32) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, foi adiada de quinta-feira (16) para terça (21). A decisão foi após forte mobilização de servidores e pressão de parlamentares de oposição. VIRADA – A deputada Erika
Kokay (PT-DF), que faz oposição sistemática à proposta, disse que é fundamental manter a mobilização e a pressão sobre os parlamentares. “O jogo está virando”, afirmou a petista. Ela acredita que o governo Bolsonaro não tem os 308 votos necessários para aprovar a proposta no Plenário da Câmara.
PDT perdoa Reguffe AGÊNCIA CÂMARA
Eleito pelo PDT em 2014, José Antônio Reguffe (foto) saiu do partido após 11 anos de filiação para defender o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Agora no Podemos, o senador volta a receber apoio do presidente nacional pedetista, Carlos Luppi, como candidato ao GDF em 2022. ALIANÇA – A manobra não é isolada. Legendas como o Solidariedade e o Pros também já sinalizaram que caminharão com Reguffe para suceder Ibaneis Rocha (MDB). A tendência é de que esta aliança cresça...
Irregularidades em seleções no IGES-DF O Tribunal de Contas do Distrito Federal apura se três processos seletivos de pessoal realizados neste ano pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGES-DF) violaram os princípios constitucionais da impessoalidade, da transparência e da moralidade. REPRESENTAÇÕES – Os processos seletivos regidos pelos editais 69/2021, 14/2021 e 08/2021 são alvos de representações que apontam supostas irregularidades, que teriam resultado em subjetividade extrema e, por consequência, em grave violação do interesse público na escolha dos profissionais a serem contratado.
DELIBERAÇÃO – Devido à gravidade das suspeitas, o TCDF já havia determinado que o IGES-DF se abstenha de praticar qualquer ato relacionado à contratação de profissionais relativos aos processos seletivos 69/2021 e 14/2021, até que haja nova deliberação da Corte. FAVORECIMENTO – Na decisão mais recente, de 11 de agosto, a Corte determinou também a suspensão do processo seletivo 08/2021 e convocou dois médicos a prestarem esclarecimentos no prazo de 30 dias. Eles são alvo de denúncias de suposto favorecimento e acesso a informações privilegiadas. Fadi Faraj destituído do PTB
Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
“Quero dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha.” O trecho mais quente do discurso de Bolsonaro no 7 de setembro todos conhecem, assim como sua arregada dois dias depois. Mas, o que é, exatamente, um canalha? Pessoa abjeta, infame, velhaca, desprezível, mau-caráter, patife. Esta é a descrição do próprio Bolsonaro por aqueles que o cercam e de grande parte dos “homens de bem” que compõem sua base social (empresários, ruralistas, militares, policiais, milicianos). Ruralistas que querem uma ditadura para não ter travas em suas ações de grilagem, desmatamento e expulsão de indígenas; militares golpistas que querem manter a “boquinha”; etc. Pessoas como o general Augusto Heleno, abjeta e de índole autoritária. Já em 1977, como capitão, participou da conspiração do general Sylvio Frota para derrubar Geisel e endurecer ainda mais a ditadura. Em 2004/5, comandando a missão da ONU no Haiti, promoveu, em Porto Príncipe, a operação Punho de Ferro (massacre de 70 haitianos, inclusive crianças. Em 2007/9, Comandante Militar da Amazônia, Heleno criticava publicamente a política indigenista e ambiental do governo Lula, defendendo a ação de grileiros, desmatadores e mineradores. Foi para a reserva em 2011, ano em que Dilma, a quem chamava de “terrorista”, assumiu a presidência, e se tornou consultor da Band e diretor do COB. Reapareceu em 2018 cantando na convenção do PSL “Se gritar pega Centrão....” execrando o hoje aliado. Agora, após o arrego de Bolsonaro, o ministro do GSI conclama os bolsonaristas a não desistirem: “Nosso presidente possui um formidável senso político” (sic) e “completamos mil dias de gover-
no sem nenhum escândalo de corrupção” (sic). Seria ele a eminência parda de Bolsonaro, como fora Golbery para Geisel? Não, muito tosco para tanto. Ah, sim, ante possível contestação judicial, “quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorrem do calor do momento.” MBL: os atos do MBL e VPR de 12/9 foram um fiasco. Nenhuma surpresa. Afinal, ambos não passam de grupelhos criados e financiados pela norte-americana Atlas Network, assim como outros 450 grupos de extrema direita em 90 países. Agrupamentos “bolsonarianos” sem Bolsonaro. Basta ver como seus partidários votam no Congresso Nacional. Ocorre que, na hora do aperto, os ratos abandonam o navio. Para quem duvida dos reais objetivos do MBL, uma rápida olhada em sua página revelará que há três anúncios de produtos (camisetas) com “Fora Bolsonaro”, mas nada menos que oito (camisetas, moletons, máscaras, canecas) com “Nem Lula & Nem Bolsonaro”. Não por acaso lá estiveram Doria, Mandetta, Amoedo, Simone e Ciro, candidatos nanicos da terceira via. Verá também quais são seus princípios: livre mercado; respeito à propriedade privada; livre iniciativa; primazia do indivíduo e da sociedade sobre o Estado (mínimo, claro). Nada para os trabalhadores. Aliás, tem sim: liberdade contratual para o trabalhador. Ou seja, direito ao trabalho precário e fim dos sindicatos. Entre suas bandeiras: privatização de empresas públicas; aumento da participação privada em serviços públicos, como educação e saúde; fim das cotas raciais e de gênero; revogação do estatuto do desarmamento. E ainda mantém em destaque dois vídeos: “O Julgamento do Lula”, mesmo após a farsa promovida por Moro e sua Lava Jato ter sido desmascarada, e outro do golpe contra Dilma. Precisa dizer mais alguma coisa? (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
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A loucura que nos cerca DIVULGAÇÃO
Theófilo Silva (*) Talvez nenhuma palavra em toda a literatura mundial tenha tão vasta galeria de adjetivos, significações, menções e estudos do que Loucura, esse produto da natureza humana de conteúdo dúbio que provoca tanta dor e sofrimento e, também, manifestações de alegria e êxtase. Tanto é que o teatro, a representação da vida no palco, foi, desde a Grécia antiga, dividido em tragédias e comédias, ou seja, humor e dor. Apenas mais recentemente é que se passou a utilizar a palavra drama como narrativa de nossas existências. Não é por coincidência que duas obras máximas da literatura mundial, Hamlet e Dom Quixote, versem sobre a loucura. Loucura que liberta e loucura que destrói. Digo isso porque estamos vivendo no momento presente sob o signo da loucura, e loucura sinistra, perversa, malévola, irresponsável. Não aquela loucura dos palhaços, dos comediantes, daqueles que enfrentam o mal abertamente, “oferecendo a cara pra bater” em nome de uma causa, dos destemidos que são chamados de “corajosos de tão loucos que são”,
daqueles que se jogam na vida enfrentando obstáculos, subindo montanhas, mergulhando no mar profundo, fazendo acrobacias impossíveis. Esses são os loucos que amamos. Hoje temos a ciência para tratar da irracionalidade, da loucura, da insanidade mental. E seus ramos são vários: neurologia, psiquiatria, psicologia, psicanálise... Todas divididas em várias correntes e vertentes que procuram dar ao ser humano um pouco de equilíbrio. Mas não é fácil entender a mente humana. No século XX, usávamos a expressão “Freud explica!” para re-
sumir a questão. Os loucos que me interessam aqui são aqueles que se recusam a tomar a vacina. A não se vacinar. Como pode isso? Semana passada, participei de uma reunião de trabalho remota, cujo tema era a volta ao trabalho presencial. Foi quando entrou um colega declarando que, independentemente de qualquer decisão que fosse tomada pela instituição, ele não iria se vacinar. E que ninguém lhe perguntasse o por quê! Disse isso com toda a tranquilidade, sem arrogância, “numa boa”. Ficamos perplexos! Vemos que, no Brasil, o maior inimigo da vacina
é o presidente da República, Jair Bolsonaro. Nos EUA e na França o negacionismo está matando milhares de pessoas diariamente. Quanta loucura! O que é que custa tomar uma agulhada de 5 segundos? Pergunto: essas pessoas sabem que elas tomaram pelo menos treze vacinas quando eram crianças? BCG, VIP-VOP, HPV, Rotavírus, Meningite, Varíola e outras. E que sem elas dificilmente estariam vivas hoje? Se há um vírus agindo dentro de você, e que vai matá-lo, a ciência vai por um antígeno lá dentro para combatê-lo. Simples assim. Não podemos aceitar o discurso “Cada doido com sua mania”. Trata-se de conduta criminosa. O direito coletivo prevalece sobre o individual. Portanto, no momento em que minhas escolhas podem matar outrem, o Estado deve agir e punir os loucos que põem em perigo a vida da coletividade. Disse Eurípedes: “Os deuses enlouquecem primeiro aqueles a quem querem destruir”. Por isso que o Rei Lear, de Shakespeare, grita para si mesmo: “Oh, não me deixeis ficar louco, não me deixeis, doce céu! Conservai-me a razão! Não quero ficar louco”. Vade retro, Satanás!
Arrependimento como estratégia J. B. Pontes (*) DIVULGAÇÃO
É indubitável que a reconstrução nacional, a volta à normalidade e a segurança contra as ameaças à democracia só serão possíveis com Jair Bolsonaro fora do poder. Mas as nossas instituições, acovardadas, fingem que acreditam na boa-fé do Presidente em agir dentro dos limites do Estado Democrático de Direito. Em verdade, estão todas, com raras exceções, nas mãos de pessoas de índole igual à dele, só com um pouco mais de urbanidade. Os indícios apontam que Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e, quiçá, crimes
comuns. E que, mais uma vez, ficará impune, graças à complacência das instituições que têm o dever de agir para coibir às ameaças ao Estado Direito que vêm rotineiramente sendo praticadas por Jair Bolsonaro. Ao não avançar nas apurações e nas punições cabíveis, essas instituições passam para a sociedade a impressão de que, cometido um crime, para não ser punido, basta que o criminoso afirme que está arrependido e que o cometeu no “calor do momento”, ainda que saibam ser essa declaração um simples fingimento ou estratégia. A impressão que nos passam é de que o Brasil está sem rumo enquanto as instituições estiveram aparelhadas – como ocorre hoje, por exemplo, com o Ministério da Justiça, com a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República, a Controladoria-Geral da União – ou
sob o comando de pessoas pusilânimes ou compromissadas com interesses que não são os do povo brasileiro. Enquanto isso ocorrer, o ambiente continuará favorável às ações de corruptos – a exemplo do ex-presidente Michel Temer e de tantos outros –, dos ultraconservadores golpistas, dos milicianos e, acima de tudo, de uma elite econômica que suga todos os recursos do País. Todos sabem que, amanhã ou depois, Bolsonaro continuará seus ataques às instituições e a qualquer pessoa que ouse denunciar ou exercer o dever de apurar e punir os possíveis crimes cometidos por ele, seus familiares e apoiadores. E isso se aprofundará ainda mais caso as pesquisas de opinião continuem a apontar a sua perda de popularidade e que suas chances de reeleição são praticamente
zero. Aguardemos para ver quais as novas “facadas de mentira” estão sendo preparadas para tentar reverter a sua popularidade. Apesar de todo esse cenário desfavorável, precisamos continuar a acreditar que o Brasil tem jeito. Mas precisamos nós, a sociedade civil, também agir, sobretudo para elevar a consciência do povo sobre a realidade política, social e econômica em que está inserido. Só assim teremos uma democracia com povo e, por conseqüência, com representantes compromissados com os verdadeiros interesses do Brasil. Esperar que essa ação seja desenvolvida pelos atuais políticos é utopia. Educar e conscientizar o povo é o único caminho para o progresso. (*) Advogado
Brasília Capital n Cidades n 5 n Brasília, 18 a 24 de setembro de 2021 - bsbcapital.com.br
Querem salvar a lombriga e deixar morrer o doente Criou-se no Distrito Federal o caso inimaginável em que o médico optou por salvar o parasita e deixar morrer o doente, seu hospedeiro. Já imaginou o absurdo da situação? Pois bem, é o que vem acontecendo no nosso sistema de saúde pública. Veja as seguintes ocorrências, todas relatadas por médicos que heroicamente atuam na rede pública do DF: 1) Se você torcer o pé ou quebrar algum osso, provavelmente não conseguirá socorro nos hospitais públicos, pois não há ataduras para gesso. 2) Se uma mulher ficar grávida no DF, provavelmente terá dificuldade na maternidade, pois o protocolo manda que ela faça um teste de sífilis no pré-natal, mas não há reagente para fazer o exame. 3) Se um parente seu ficar muito doente e precisar de uma UTI, é bem possível que lá não receba os medicamentos adequados, pois andam faltando até os antibióticos mais básicos para ministrar. 4) Se uma moradora do DF procurar uma Unidade Básica de Saúde para fazer um exame preventivo de colo de útero, muito provavelmente não vai conseguir, pois a especialidade
de ginecologista foi retirada dos “postinhos” e mandada para os hospitais, onde, por óbvio, não pode prestar cuidados preventivos. Ou seja, o sistema está organizado para que, de fato, uma mulher com câncer tratável tenha que esperar a doença agravar para poder ser atendida. A nossa rede de saúde pública foi infectada por uma má ideia alguns anos atrás, ainda no governo Rollemberg, quando se criou o Instituto Hospital de Base, depois transformado em Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). É uma organização autônoma, que é uma espécie esquisita de instituição privada, a quem foi dada a missão de administrar alguns de nossos hospitais. Nascido em Rollemberg, o Iges-DF prosperou sob Ibaneis. Saiu de pequena larva a imensa lombriga. Sobrevive com dinheiro da Secretaria de Saúde. Gasta mal, é repleto de suspeitas de corrupção e ainda padece de gratificações e mordomias para seus dirigentes. Não consegue pagar as próprias despesas e já ostenta um rombo de mais de R$ 350 milhões. O dinheiro terá que vir de quem lhe nutre, o orçamento da Secretaria de Saúde. Que,
dessa forma, vai deixando para trás os hospitais, UBSs e demais unidades ainda sob sua administração. Ou seja, como disse antes, o médico (Secretaria de Saúde) optou por salvar o parasita (Iges-DF) e deixar morrer o doente (a rede de saúde pública do DF). É possível? Que há a infecção, até mesmo o governador Ibaneis Rocha já percebeu. Recentemente admitiu o caos na saúde e trocou o secretário. O novo responsável é o general Manoel Pafiadache. Que, por seu lado informou, ao assumir o posto, que precisava estudar o caso. “Uma missão difícil”, nas palavras dele. Prover a rede de saúde pública com os insumos básicos para que dê assistência à população é a providência prioritária. Mas posso garantir que seria somente uma espécie de antitérmico para debelar o sintoma da infecção. É urgente, mas não vai acabar com a doença. Para isso, só atacando diretamente aquilo que é a causa de tudo: o parasita plantado no intestino da Saúde Pública, onde vem se nutrindo a deixando cada vez mais fraca. Para ser direto: é preciso extinguir o Iges-DF imediatamente,
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
separar a massa falida do orçamento da Secretaria de Saúde, como foi feito com os bancos no governo Fernando Henrique. Assim, vamos permitir que a saúde pública do DF recupere sua força e volte a tratar da população desde a atenção primária até o mais complexo procedimento da assistência. Sem isso, no absurdo estamos e nele ficaremos. Até que o parasita mate o paciente.
Relatório da PEC 32 é retirado de pauta Os trabalhadores obtiveram uma grande vitória na Câmara dos Deputados, na quinta-feira (16). O relatório da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 32), da Reforma Administrativa, que seria apresentado naquela data, foi retirado e a sessão foi suspensa. Ao lado de diversas categorias, o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) esteve presente na Câmara em mobilização contra a PEC. A resistência dos trabalhadores e trabalhadoras e os destaques apresentados pelos líderes, apontando as inconsistências no texto, foram fundamentais para o recuo dos defensores da PEC. Com isso, o relator Arthur
gunda-feira (20) para apresentar seus destaques. O novo relatório vai a votação na terça-feira (21), às 10h. “Temos tempo para apresentar destaques incisivos e consistentes”, comemorou a deputada Alice Portugal. A pressão tem surtido efeito! Vamos nos manter atentos e mobilizados, acionar os parlamentares para barrar essa reforma tão nociva para os servidores, o serviço público e o Brasil!”. Alô deputados e deputadas! Se votar sim, não volta! Mobilização do Sinpro-DF pressionou deputados a rejeitarem a PEC
Maia (DEM-BA), teve até as 18h de sexta-feira (17) para apresen-
tar seu novo relatório. Os parlamentares terão até as 18h de se-
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
TCDF breca privatização do metrô Depois de o Tribunal de Contas do DF (TCDF) apontar irregularidades na licitação do VLT – revelado com exclusividade por esta coluna – o GDF se depara agora com problemas na privatização da gestão, operação e manutenção do Metrô. A valores de 2019, a concessão poderá render R$ 12,977 bilhões em 30 anos à empresa escolhida. O contrato a ser firmado não prevê a ampliação da rede do metrô ou construção de novas estações, que, caso viesse a ocorrer, ficaria por conta do GDF. A proposta, segundo o TCDF, pode favorecer o direcionamento do resultado e apresenta sobrepreços superiores a R$, 1,4 bilhão. A Corte diz que não foi demonstrado fundamentação que justifique repassar os serviços a uma empresa privada.
DIVULGAÇÃO
Edital de privatização do metrô apresenta sobrepreço acima de R$, 1,4 bilhão
A receita da empresa escolhida se daria a partir dos gastos dos passageiros (receita de catraca). Como
ela é será insuficiente, uma tarifa técnica a ser paga pelo GDF seria estipulada no início do contrato.
Em 2019, ela foi cotada em R$ 7,73. A cada ano, a tarifa seria reajustada por uma combinação do IPCA e da alta do custo da eletricidade. O GDF complementaria o que tiver sido pago pelo passageiro e as subvenções referentes a idosos e estudantes com passe gratuito. A concessionária poderia alugar salas e lojas nas estações e cobrar por publicidade nos trens e nas estações. Os terrenos desocupados da Terracap vizinhos às estações também poderiam ser utilizados. Nesse ponto, o TCDF cobra maior detalhamento no edital e a concordância explicita da Terracap. O negócio prevê o ressarcimento à iniciativa privada de todas as despesas realizadas, mais um retorno aos acionistas de 7,5% - uma lucratividade de quase R$ 1 bilhão.
Técnicos apontam impropriedades Essa proposta da Secretaria de Mobilidade (Semob) para uma licitação internacional prevendo concessão patrocinada à iniciativa privada não passou pelo crivo do TCDF. Uma equipe multidisciplinar de cinco analistas identificou “uma série de impropriedades que obstam a abertura do processo licitatório”. Foram encontrados sobrepreços em diversos itens. Só nos custos de gestão e manutenção, eles ultrapassam R$ 1,4 bilhão. O relatório tem 192 páginas. Por recomendação do conselheiro Renato Rainha, foi aprovado por unanimidade pelo pleno do TCDF e enviado ao GDF para correções e esclarecimentos. Também foram questionados os requisitos de qualificação das
empresas interessadas em participar da licitação. Os fixados pela Semob foram considerados “injustificavelmente restritivos da competitividade”, o que poderia resultar em direcionamento do resultado em favor de um licitante especifico. Os estudos técnicos e o projeto de negócios do metrô foram elaborados pela empresa de ônibus Urbi, de propriedade do consórcio goiano HP-Ita, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo. A Urbi já opera a Bacia 3 do transporte de ônibus no DF, na qual viajam 50 mil usuários/dia. Pelos planos do GDF, a privatização deveria estar concluída entre 2023 e 2024. Além da gestão do sistema, ao longo de trinta
anos, vinte novos trens seriam adquiridos e a atual frota revitalizada. Todas essas despesas seriam ressarcidas pelo GDF. DEMISSÕES – O metrô apresenta, hoje, déficit anual de R$ 245 milhões, sendo R$ 50,7 milhões referentes a gratuidades de idosos e estudantes, e mais a subvenção de R$ 195 milhões para cobrir a diferença dos custos para com a receita na catraca. Pelo projeto, esse déficit cairia para 150 milhões anuais. Parte dessa economia se daria na redução das despesas operacionais, tendo como base menos gastos com os metroviários. A nova gestora teria seus próprios trabalhadores com quantitativo e um padrão salarial menores do que os atuais.
A redução dos custos operacionais é estimada em 134 milhões/ano. Na análise dos técnicos, contudo, é questionado o destino da estatal e de seus 1.228 empregados (dados de 2020) e da não quantificação desses custos no processo de privatização. “A análise da economicidade da concessão não pode ser feita sem que sejam ponderados, também os custos de eventuais demissões e, caso a Metrô-DF continue a existir, seus custos de manutenção”, diz o relatório. O TCDF também descarta a possibilidade de os metroviários serem absorvidos nos quadros da Secretaria de Mobilidade, pois configuraria uma burla à norma constitucional que exige concursos público.
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Renovação da frota De acordo com o relatório, os estudos apresentados para a reforma e modernização das duas frotas do metrô carecem de um detalhamento adequado. Além disso, são apresentados valores para implantar refrigeração nos vagões, quando estudo do próprio Metrô-DF apontou a inviabilidade técnica de se instalar ar-condicionado nos veículos. A Corte afirma que os documentos apresentados pela Semob para fins de investimentos não atendem aos requisitos técnicos mínimos
exigidos em lei. Nas despesas de mão de obra, orçada originalmente em R$ 876,2 milhões, o sobrepreço foi da ordem de R$ 271,8 milhões, ao longo do contrato. Na troca de pisos, limpeza das estações e conservação dos jardins, uma gordura de mais de R$ 85 milhões. No item limpeza técnica, outros R$ 62,5 milhões; nos contratos de pintura, mais R$ 113,6 milhões. E para avaliar a opinião dos usuários, um sobrepreço de R$ 22,8 milhões em pesquisas de opinião. RENATO ARAÚJO AGÊNCIA BRASÍLIA
Contrato não prevê a ampliação da rede do metrô ou construção de novas estações
Viabilidade financeira Alguns pontos sobre a viabilidade financeira da concessão foram indagados. O primeiro é o impacto da pandemia da covid-19 no volume de pessoas transportadas, bem como da implantação do VLT, simultaneamente. O volume de receita de catraca dependerá de mudanças nas linhas de ônibus que passariam a ser alimentadoras do metrô. Para completar o trajeto, ele ficaria com a metade do que o passageiro pagou ao entrar no ônibus. LEGISLAÇÃO – Também foram identificadas falhas de base jurídica, como a validade de trinta anos do contrato (a legislação distrital limita as concessões em dez anos). Uma nova lei teria que ser votada pela CLDF. O relator Renato Rainha ressalta que a decisão de privatizar, ou não, é do GDF. “Mas, se o governo decidir pela privatização, o TCDF vai fiscalizar para que ela ocorra de forma eficiente, dentro das re-
gras da moralidade e com vantagem econômica para o Estado”. SEMOB – A Secretaria de Mobilidade informou que o parecer do TCDF está sob análise interna. Ressaltou que, com a concessão do transporte metroviário, o GDF pretende estimular o uso do transporte público por meio de um modelo que possibilitará o aperfeiçoamento dos serviços prestados. E ainda, alcançar a redução significativa dos valores de subsídio público necessários à operação do sistema. Quanto à suspeição de sobrepreços, a Semob afirma existir múltiplas metodologias de precificação, mas que irá analisar o questionamento feito. Que o destino da atual Cia Metrô-DF e de seus funcionários será definido pelo GDF a partir de uma discussão ampla que envolva todos os interessados e que uma nova data para a concessão à iniciativa privada só será possível após deliberação final do TCDF.
PT lança processo de discussão de propostas para melhorar o DF Orlando Pontes O Partido dos Trabalhadores apresenta, na quarta-feira (22), em evento virtual pelo Facebook,um processo de discussão de propostas para o DF, o Muda DF - Construindo soluções para um DF melhor. O texto traz “diretrizes de igualdade para um programa democrático e popular”. Segundo o documento, o programa de governo do PT deve ser “a junção do real, com as realizações que o partido já produziu nos períodos em que governou, com a esperança, ao ousar propor fazer mais e melhor no futuro, quando voltar a governar”. O PT entende que seu programa de governo deve ambicionar um papel pedagógico, mobilizatório e organizativo. “Pedagógico, no sentido de disseminar e receber conhecimento, debate democrático e reflexão; mobilizatório, pelo objetivo de atiçar o desejo de elaborar e projetar, técnica e politicamente, os meios de alterar a realidade e antecipar o debate dos conteúdos que poderão ampliar a audiência de candidaturas executivas e suas correspondentes chapas legislativas; e organizativo, pelo potencial de organizar a (pré) campanha, nos territórios, segmentos e temas, que deverão debruçar-se sobre a realidade para projetar metas em direção a desejos sociais”. DESIGUALDADE – Um dos principais eixos do Muda DF é o combate às desigualdades e a luta pela efetividade dos direitos. “Além da desigualdade de renda, acesso aos direitos essenciais e de nível educacional, que podemos caracterizar como desigualdades verticais, temos as desigualdades horizontais, de gênero, de raça, religião, orientação sexual e deficiências”. O texto lembra que o DF, detentor da maior renda per capita do País, é a unidade federativa mais desigual. E, embora tenha
o maior orçamento proporcional à população e ao território, acumulando as arrecadações estadual e municipal, não consegue converter essa vantagem em maior igualdade social, para além das questões de renda. “A pandemia revelou, da forma mais cruel, aspectos da desigualdade nos transportes, na moradia, no direito à saúde, na segurança alimentar, na educação e, neste caso, a gritante desigualdade no acesso à conexão à internet e aos equipamentos para tanto”. MUDANÇA – O PT quer dialogar com as pessoas que têm o desejo de mudança com a construção de instrumentos para a igualdade de direitos e oportunidades. “Obviamente, vivendo em um país de capitalismo historicamente excludente, de histórico escravocrata, sabemos que esse é um enorme desafio, mas com o qual já lidamos com sucesso, nos governos petistas federais e distritais”. Pela proposta Muda DF, o PT fala de seu legado e dos seus projetos, como a UnB nas cidades-satélites, os Institutos Federais, construção de creches e habitações, políticas de combate à desigualdade no plano federal que dialogam com as políticas locais. “O DF para todos, como uma economia voltada para a geração de oportunidades, riquezas a serem distribuídas, e o acesso aos direitos constitucionais de forma efetivamente igualitária”, conclui o documento do PT.
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VIA
Satélites
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Por Gabriel Pontes
CHAPADA DOS VEADEIROS
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Desrespeito oficial O condutor do carro oficial placas 0027 do Senado Federal deixou indignados pacientes e funcionários do Hospital Sírio e Libanês, da 613 Sul, ao estacionar o veículo na vaga para deficientes físicos. Populares fizeram o flagrante e enviaram a foto para a redação do Brasília Capital.
Calor e seca continuarão sendo a tônica do clima da capital nos próximos dias. Mas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há expectativa de um refresco no dia 22 de setem-
voltar para casa. O transtorno prosseguiu na terça-feira (14) com o trabalho das equipes de manutenção. GREVE – A solução apontada pelo governador Ibaneis Rocha é transferir a operação do metrô para a iniciativa privada – coisa que, durante a campanha, prometeu que não faria. Aliás, os funcionários da Companhia estão há cinco meses em greve sem obter uma negociação com o GDF.
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bro, data da chegada da primavera. Até lá, as recomendações das autoridades são para que todos mantenham os cuidados para os períodos de baixa umidade, como manter o corpo hidratado.
Ibaneis anuncia, mas suspende vacina para 13 anos Na quinta-feira (15), após anunciar que manteria a vacinação de adolescentes e que ampliaria a faixa etária, o governador Ibaneis Rocha voltou atrás e suspendeu a imunização para
Descarrilamento acelera privatização do metrô
TRANSTORNO – “Foi muito barulho, fogo nos trilhos, gritos e correria”, relatou. Felizmente, para Matos e demais usuários, além do susto, o que sobrou foi uma enorme fila para
Contagem regressiva para a chuva da primavera
rios. Por causa do incêndio, regiões turísticas como o Vale da Lua e a Cachoeira do Segredo estão fechadas.
BRASÍLIA
O professor aposentado José Matos tomou um grande susto no final da tarde de segunda-feira (13). Ele esperava para embarcar na estação central do metrô, na rodoviária, quando um vagão descarrilou.
DISTRITO FEDERAL
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Incêndio queima mais 8 mil hectares Um incêndio que começou no domingo (12) em Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, atingiu uma área equivalente a mais de 8 mil campos de futebol. Estão trabalhando no combate ao fogo 65 bombeiros militares de Goiás, 75 servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e nove brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama), além de voluntá-
Adeus, Dr. Flory! – Morreu, quinta-feira (15), o ortopedista Flory Machado. O “cientista de joelhos” foi médico do antigo time de futebol CEUB. Flory também foi presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e é considerado o primeiro médico esportivo de Brasília.
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jovens de 13 anos minutos depois. A medida seguiu orientação do Ministério da Saúde. Segundo o GDF, no entanto, quem tem 14 anos ou mais seguirá podendo se vacinar.
LAGO NORTE
Capivara ataca banhista no Lago O marinheiro Antônio Nascimento, 52 anos, foi atacado por uma capivara no Setor de Clubes Esportivos Norte quando nadava nas águas do Lago Paranoá, na segunda-feira (13). Imagens registradas por uma pessoa que estava no local, próximo ao Clube da Aeronáutica mostram o momento do ataque. "Achei que ia morrer", afirmou Nascimento. Ele mergulhava, quando a capivara se aproximou, subiu em suas costas e o mordeu no ombro e na cabeça. Depois, o animal saiu nadando. Acesse o portal do Brasília Capital e veja o vídeo do momento do ataque da capivara.
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Ops! Não tem UPA FOTOS: ANTÔNIO SABINO/ BRASÍLIA CAPITAL
GDF anuncia inauguração de Unidade de Pronto Atendimento em Ceilândia, mas não entrega José Silva Jr Apesar de ser praticamente um neófito na política, o governador Ibaneis Rocha, que, com um discurso de outsider se elegeu na primeira eleição que disputou, tem se saído um político e tanto. O emedebista até já incorporou à sua personalidade uma prática deletéria dos políticos à moda antiga, que é a de não cumprir o que prometeu. No ano passado, Ibaneis afirmou que entregaria neste ano mais sete Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em Brazlândia, Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Riacho Fundo e Vicente Pires. Todas já estão com mais de 70% das obras concluídas e com prazo de entrega para este ano. A primeira unidade a ser aberta para a população seria a de Ceilândia. Seria. Se não fosse somente uma promessa. De acordo com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), a obra está 99% concluída. Realmente. A UPA está pintada e até com vigilância armada 24h. Mas este é único plantão que se encontra lá. PARA INGLÊS VER – Até quinta-feira (16), quando a reportagem do Brasília Capital esteve lá, os equipamentos hospitalares não haviam chegado, tampouco equipes de médicos e enfermeiros. Ou seja, é uma obra para inglês ver. “Não tem nem previsão de abrir. Está faltando
“Tem muito idoso aqui da rua precisando. Minha mãe mesmo é um deles. A esperança dela é essa UPA”, afirmaJackcilene Pereira, 48.
Na UPA de Ceilândia estão prontos pintura e calçamento. Faltam equipamentos hospitalares e profissionais
Convite furado montar o laboratório, chegar médicos. Está até bonita”, elogiou um vigilante. Mas nem só de vista bonita vive a população. A moradora da QNO 19 de Ceilândia, Érika Cristina, 42 anos, não vê o dia da UPA ser inaugurada, para evitar a longa viagem da sua casa para o Hospital Regional de Ceilândia. “Ter uma UPA perto de casa é um sonho. Ainda bem que não estou precisando, mas quem precisa fica chateado”, lamenta. Para Jackcilene Pereira, 48, a espera é mais angustiante porque ela mora em frente à UPA. “Já tem dias que o governo está falando que vai inaugurar e até agora nada. Tem muito idoso aqui da rua precisando. Minha mãe mesmo é um deles. A esperança dela é essa UPA”, cobra.
O anúncio de inauguração ao qual se refere Jackcilene foi feito pelo Iges na quarta-feira (15), convidando autoridades e população a comparecerem à solenidade de entrega da unidade de Ceilândia às 9h daquele dia. No convite havia até a promessa de que Ibaneis Rocha estaria presente. O que não aconteceu. O convite foi reforçado pela secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua. “A previsão de inauguração da UPA de Ceilândia é para a esta quarta-feira”, disse ela. Mas, novamente era um equívoco. E a unidade vai continuar apenas como um cartão postal da cidade. Então, é melhor sentar e esperar. Como faz to-
dos os dias o aposentado Francisco Soares, 75, que também mora em frente à UPA de Ceilândia. É da cadeira de balanço na porta de sua casa que o morador aguarda o grande dia da inauguração. “Está muito bonita. O governo caprichou. Acho até que ele tem de abrir quando tiver tudo lá dentro: médicos, enfermeiros, equipamentos. Mas está demorando muito mesmo”, disse. Em nota, o Iges explicou que uma força-tarefa com mais de 30 trabalhadores está concluindo a instalação de móveis e equipamentos hospitalares e finalizando pequenas obras complementares para que a nova UPA possa entrar em operação.
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QUESTÕES DA ALMA
Anna Ribeiro Dia da Independência Melhor sermos líquidos e fluidos, porém densos e coerentes com as formas que habitaremos. Talvez assim possamos ter algum grau de independência Dia da Independência – imponente, potente. A mim, particularmente, soa provocativo. Divido minhas inquietações com você. Dia da Independência. Dia da Independência. Dia da Independência... Ecoa infinitamente dentro de mim. Somos seres sociais, relacionais e buscamos alguma autonomia. Mas será que daria para falar em independência? Escolhemos profissões, parceiros de vida, preferências musicais e alimentares. Mas será mesmo que escolhemos ou somos escolhidos, inseridos dentro de um roteiro já definido? Vamos construindo armaduras, buscamos a tal estabilidade finan-
ceira e afetiva. Mas elas nos protegem ou nos aprisionam? Uma profissão, um casamento libertam ou aprisionam? Você teria o atrevimento de abandonar uma carreira que te torna infeliz após vinte anos? Formou-se médico, mas nasceu para ser piloto de avião. Agora, os momentos mais felizes da carreira bem sucedida são quando viaja e escuta os sons da decolagem. Voa junto e, por algumas horas, usa em si o próprio bisturi. O que dizer das pequenas omissões cotidianas? Casamento longo, mas com felicidade curta. Entre um sorriso público e uma lágrima escondida escorrem preciosos dias.
ESPÍRITA
José Matos Superação Por que você está preso a fatos dolorosos do passado? Transforme-os em ensinamentos. Você vai encontrar pessoas para serem ajudadas. Faz parte da sua caminhada Você pergunta “por que comigo?”, mas nunca questiona “por que com os outros?”. Este é um mundo de expiação e provas. Cada um com as suas. Nada de vitimização de “por que comigo?”, mas “o que a vida quer que eu faça
com o que aconteceu comigo?”. Viver é superar problemas e compartilhar! Por que você está preso a fatos dolorosos do passado? Transforme-os em ensinamentos. Você vai encontrar pessoas para serem ajudadas. Faz
Desfazemos aniversários. Desfazemos expectativas. E tudo vai ficando perigosamente confortável. Felicidade implica coragem e muito trabalho. Não é apenas sobre si, mas sobre pertencer a si e não às normas, às regras, ao socialmente esperado. Só você consegue mensurar quanto de seca ou oceano carrega dentro de si. Expandir-se é tarefa das mais difíceis, pois passa, primeiro, por rasgar-se, desconstruir-se. Ressaca de mar. É preciso seguir tropeçando em dúvidas, encarando questionamentos. A melhor forma para construir-se é duvidando de si constantemente. Entre contos, versos e mentiras vamos desenhando pequenas histórias. Alugamos medos. De incerteza em incerteza construímos a nossa história como uma tela em luz e sombra. Olhar para dentro ou para fora? Não sei, mas tenho certeza de não saber. E isso me consola de forma tão arrebatadora que mais parece um acidente que um colo. A mim parece tão irônico falar em Dia da Independência! Não vivemos uma vida independente, não temos sonhos independentes, não temos agendas independentes! Estamos contidos em tantas camisas de força, em tantas regras, em tantos conceitos, pré-conceitos, arbitrariedades e ainda assim bradamos:
“Independência ou morte!”. Confuso! Incoerente, no mínimo. Compartilho com você meu sentimento: não há corpo que me contenha, não há regra que me amarre, não há santo que dê jeito. Não há nada mais simples. Existo na constante interrogação do que existe. Ando em círculos e em linha reta. Ando na linha. Às vezes me jogo, salto, voo longe, mas tão longe que chego a me encontrar. Nada me define, nada me traduz. Sou de uma simplicidade que a sua matemática nunca vai conseguir resolver. Não há problema, nem metáfora, nem nada. Quero saber sobre você. Quais são os seus segredos e as chaves que te trancam, mas que também te libertam? Somos todos um encadeamento de letras, mas não nos lemos. Diferentes idiomas emocionais. Bauman fala sobre o “Amor Líquido”. Explico: as relações interpessoais tendem a ser efêmeras. Segundo esse autor, “as relações escorrem pelo vão dos dedos”. Assim, melhor sermos líquidos e fluidos, porém densos e coerentes com as formas que habitaremos. Talvez assim possamos ter algum grau de independência.
parte da sua caminhada. Por que você está preso a adjetivos negativos que ouviu dos outros ou dos pais? Não adianta culpá-los. O dono do seu destino é você! Você pode refazê-lo diariamente. Reaja! Por que você tem que se odiar, achar-se incapaz, inferior? O que você ganha com isto? Assim, você se derrota, se prejudica. Acredite em você! Ame-se! Ame, e será amado. Não há como buscar amor, porque o amor deve irradiar-se de você para o outro. Amor é o outro, o bem do outro! “Os relacionamentos fracassam porque as pessoas comportam-se como mendigos; querem que os outros lhes supram de tudo o que lhes falta. O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparecerá, será transformada. O melhor presente que podemos oferecer ao mundo é nossa própria transformação”.
A vida é utilitária, como ensinou Pietro Ubaldi. Se você gosta de perder tempo com gente vazia, que não tem o que dizer, você está dormindo, jogando sua existência fora. Apenas, afaste-se! Buscar novos amigos, melhores ambientes para frequentar não significa que você quer ser melhor que ninguém; significa que você cresceu. Então, perceberá o que nunca percebeu: amigos vazios, ambientes desagradáveis, papos inúteis. Procure um grupo de pessoas interessadas em vida real, útil, e vá à luta com toda a disposição possível. E repita o bem, com desapego, até tornar-se natural. Quando ele se tornar natural significa que você já está noutras faixas de vibração; o seu empenho valeu a pena!
Anna Ribeiro Escritora
José Matos
Professor e palestrante
Brasília Capital n Gastronomia n 11 n Brasília, 18 a 24 de setembro de 2021 - bsbcapital.com.br
Gastronomia Dedé Roriz
CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO
Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A 2 FORNERIA
Pizzaria com hamburgueria Misto de pizzaria com hamburgueria, a A2 Forneria, no Sudoeste, tem ótimas opções de entradas burratas (queijos brancos italianos) e pratos principais. O casal Caio Pádua e Marina Chehuen criou várias entradas, com destaque para uma maravilhosa burrata parmegiana empanada na farinha panko com parmesão. A casa também serve ótimas pizzas e hambúrgueres. Mas a novidade que faz a diferença é a pizza de hambúrguer – ou hambúrguer de pizza. A dúvida fica porque o hambúrguer vem envolto com pão em massa de pizza. Sensacional! Tudo acompanhado
do delicioso molho de tomate. Os dois sócios explicam que a massa demora em torno de 48 horas em fermentação, para dar uma leveza. O Brasília Capital experimentou um pouco de cada e sugere a pizza metade Parma com mozzarella de búfala, metade canastra real. Todas preparadas com produtos de primeiríssima qualidade. Entre os hambúrgueres, não deixe de experimentar a Miss Gorgon com hambúrguer de costela bovina, cebola caramelizada e gorgonzola, e o hambúrguer da A2. Todos são preparados no forno Larroyde, que dá um sabor igual ou melhor do que no forno à lenha.
DELIRIUM BRASÍLIA
20 torneiras de chope e 70 cervejas artesanais Em 2019, o casal de empresários Giovanna e Gabriel Rocha realizou o sonho de trazer para Brasília a franquia de um famoso bar europeu. E inaugurou o Delirium, com 20 torneiras de chope e mais de 70 rótulos de cervejas artesanais. Porém, devido à pandemia, a casa precisou ser fechada, e só foi reaberta reabriu semana passada e está pronto para receber
os clientes. Agora a dupla quer transformá-la num gastropub, com música ao vivo nos fins de semana. E, sem perder a característica da famosa franquia europeia, está com cardápio enxuto com a cara da cozinha brasileira. As dicas do Brasília Capital são o hambúrguer artesanal com o molho rosa da casa, o filé mignon ao molho gorgonzola com pão ciabata e o mosco mule com espuma rosa.
MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: @deliriumbrasilia Endereço: 405 Sul $$
MAIS INFORMAÇÕES Instagram: @a2forneria Endereço: Sudoeste – subsolo da Quadra 300 Aceita pedidos pelo Ifood $
Brasília Capital n Esportes n 12 n Brasília, 18 a 24 de setembro de 2021 - bsbcapital.com.br
Proibido público em jogos do Flamengo tendiam pedir o adiamento da Vice-presidente rodada do final de semana caso do STJD suspende a autorização fosse mantida. Bevilacqua decidiu suspena liminar que der os efeitos da liminar até a autorizava a presença próxima reunião do Conselho Técnico dos clubes da Série A, de torcedores em no dia 28 de setembro. O Flainformou que vai respartidas com mando mengo peitar a decisão e aguardar a do rubro negro realização do conselho. O auditor Felipe Bevilacqua, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), suspendeu, em caráter liminar, a decisão que permitia ao Flamengo realizar jogos com a presença de público no Maracanã. As demais equipes da Série A do Campeonato Brasileiro pre-
A decisão foi tomada na madrugada de quinta-feira (16), horas depois de o time carioca vencer o Grêmio, pela Copa do Brasil, com 6.446 pessoas no estádio (6.277 pagantes). O pedido de suspensão de liminar foi requerido por 17 clubes da Série A (com exceção de Flamengo, Atlético-MG e Cuiabá).
O adeus de Dani Alves Terminou o casamento entre o São Paulo e o lateral Daniel Alves. Clube e jogador anteciparam a rescisão do contrato que terminaria em dezembro de 2022. O atleta agora pode se transferir para outro clube, inclusive do Brasil – ele tem apenas seis jogos no Brasileirão, justamente o limite para trocar de equipe. O Flamengo demonstrou interesse em contratar o lateral campeão olímpico com a seleção brasileira neste ano.
SÉRIE B
À espera de um milagre Os empates do Vasco com o CRB e do Cruzeiro com o Operário, na quinta-feira (16), deixaram os dois gigantes mais longe do acesso à Série A. Ambos precisam de arrancadas, como a do Botafogo (nove vitórias. um empate e uma derrota nas últimas onze partidas). Quando arrancou, o Botafogo de Enderson Moreira estava atrás do Vasco. Agora está em terceiro lugar. O futebol apresentado pelas equipes é o grande entrave para o crescimento dos cruzmaltinos e cruzeirenses. Assim, é praticamente a espera de um milagre o retorno dos dois à elite na temporada 2022.