Jornal Brasília Capital 480

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Pelaí – Página 3

Ibaneis libera cinema, teatro e piscinas

Ano IX - 480

Via Satélites – Página 8

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

www.bsbcapital.com.br

Bispo Renato é novo administrador de Taguatinga

ENTREVISTA EDNA SANTOS

Prefeita de Luziânia é candidata à reeleição Páginas 4 e 5

Brasília, 05 a 11 de setembro de 2020

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TRANSPLANTE DE RIM DIVULGAÇÃO

Uma fila de 8 anos César Augusto (foto), 60 anos, sofre de insuficiência urinária e, desde março, faz hemodiálise. O ideal seria um transplante de rim. Mas, a fila é longa: são 30 mil pessoas esperando e o Brasil realiza apenas 5 mil dessas cirurgias por ano Páginas 6 e 7

Católica cobra replay de aulas gravadas

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Alunos criam página no Instagram para receber denúncias e reclamações contra a universidade. Reitoria reduz jornada e salários de professores. Instituição nega Página 9

Polêmica: VAR tem gerado mais discussões do que o próprio jogo

Gustavo Pontes – Página 12


Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 05 a 11 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br

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x p e d i e n t e

Privilegiada e aliviada Virgínia Karlla Amorim (*)

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Giza Dairell Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).

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No sábado (22/8), minha mãe, Sônia Pereira Amorim, 68 anos, apresentou febre e mal-estar no corpo. Achando que fosse apenas um resfriado, permaneceu em casa, usando analgésicos. Durante toda a semana, não houve melhora, e, no sábado seguinte (29/8), fomos ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Lá, recebemos a melhor atenção possível e nos encaminharam para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante. Lá, minha mãe foi classificada com pulseira laranja e encaminhada para a tenda ao lado. Ambos os atendimentos, mais uma vez, foram perfeitos, tanto dos médicos quanto das equipes de enfermagem. Ali mesmo iniciaram a medicação, pediram exames e uma tomografia computadorizada dos pulmões – minha mãe estava saturando em 90. Foi levada para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), de ambulância, acompanhada da enfermagem, e rea-

lizou o exame imediatamente. Depois, retornou à UPA do Bandeirante. Ela tinha 25% dos pulmões comprometidos. Foi internada. No domingo (30), foi levada para o hospital de campanha do Mané Garrincha, em que foi muito bem auxiliada. As instalações são ótimas. Tudo novo, leitos de última geração, equipe atenciosa, tudo, extremamente, limpo e organizado. Na quarta-feira (2/9), a doutora informou que ela progrediu tão bem que o tratamento poderia prosseguir em casa, mantendo o protocolo com antibióticos. Graças a Deus, minha mãe já está em casa, recebendo o carinho de toda a família.

Foi muito emocionante vê-la sair da ala de internação do hospital de campanha ao som da música “Tocando em frente”, de Almir Sáter, ao lado de toda a equipe que a assistiu durante seis dias. Sentada numa cadeira de rodas, ela carregava uma placa com a frase “Eu venci a covid”. Mas, nós todos sabemos que ela não venceu sozinha. A vitória é, também, de todos os profissionais que a assistiram desde o primeiro atendimento no HRT. Se hoje estamos todos felizes e comemorando o retorno de minha mãe ao nosso convívio, devemos isso à competência desses trabalhadores da saúde. Parabéns ao Governo do Distrito Federal por oferecer esse tratamento tão digno a uma cidadã idosa, sem plano de saúde, que tem comorbidades, como hipertensão e diabetes! Sinto-me privilegiada e aliviada com essa proteção! (*) Professora da Secretaria de Educação do GDF

Trumponaro Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

Após queda de 2,5% do PIB no primeiro trimestre, a economia brasileira despencou 9,7% no segundo, entrando tecnicamente em recessão. E, ao contrário do que afirmam os economistas liberais, o tombo nessa dimensão era, perfeitamente, evitável, caso o combate à pandemia se fizesse de forma racional e planejada, a exemplo do que fizeram diversos países. Mas trataremos aqui de outro assunto, pois faltam 2 meses para a eleição nos EUA e parece que os analistas políticos não estão dando a devida importância a um fato: o futuro político de Bolsonaro pode estar, significativamente, associado à sorte de Donald Trump, ou seja, caso este perca as eleições em 3 de novembro, Bolsonaro se verá em “maus lençóis”. Desde o início de seu mandato, Bolsonaro apostou todas as suas fichas no

alinhamento incondicional ao Trump: comprou a briga com a China; se dispôs a mudar a embaixada em Israel para Jerusalém; alinhou-se com a política agressiva de Trump contra Venezuela e Irã e nas contestações às políticas ambientais, se indispondo com os principais líderes europeus (Merkel e Macron). A consequência foi seu progressivo isolamento no cenário mundial, afastando o Brasil dos países do BRIC (China, Rússia e Índia) e da Europa. Para piorar, com a derrota de Macri, perdeu seu maior aliado no Mercosul – a Argentina. A história registra que, na década de 1970, o principal apoio à ditadura militar no Brasil, assim como às demais ditaduras na América Latina, vinha dos EUA – governos Nixon/Ford, e que tal suporte era fortemente contestado pela sociedade civil norte-americana. O candidato democrata, Jimmy Carter, adotou a defesa dos direitos humanos em sua campanha eleitoral e, após se eleger, em 1976, seu apoio às sucessivas condenações à ditadura brasileira nos fóruns internacionais — pela repressão à organização sindi-

cal e estudantil e pelas prisões ilegais, torturas e assassinatos de presos políticos — provocou o isolamento desta e pavimentou o caminho para as greves operárias; a derrota eleitoral em 1978; a anistia, ainda que restrita; e a fundação de partidos de esquerda, como o PT e o PDT. Nem a posse do reacionário Reagan, em 1981, impediu que a ditadura “fosse para o brejo”, sofrendo uma acachapante derrota eleitoral em 1982, agonizando até 1985, com o patético governo do general Figueiredo, aquele que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Bolsonaro copia Trump e vai completar metade de seu mandato tendo mergulhando o país na recessão, aprofundado o desemprego, fomentado o ódio e ameaçado a ordem democrática. Que a história se repita, e que, nos EUA e aqui, se vire esta página infeliz da história. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável (UnB), ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia


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Extinção – A Secretaria de Projetos Especiais deve ser extinta nos próximos meses. Responsável por implementar inovações e parcerias público privadas, como a Zona Verde de estacionamentos no centro de Brasília, sob o comando de Everardo Gueiros, a Pasta se tornará uma subsecretaria da Secretaria de Governo, chefiada por José Humberto Pires

Taguatinga tem novo administrador O evangélico Bispo Renato Andrade (foto) é o novo administrador de Taguatinga. O ato foi publicado, sexta-feira (4), em edição extra do Diário Oficial. Ele estava há 6 meses como secretário de Relações Parlamentares e substitui Geraldo César de Araújo (foto). Para seu lugar está cotado José Flávio de Oliveira, que já exerceu a função nos governos Joaquim Roriz e Rodrigo Rollemberg. DIFICULDADE – Bispo Renato foi substituído no momento em que a Câmara Legislativa se divide quanto à criação da CPI da Pandemia, para investigar supostas irregularidades na Secretaria de Saúde, investigadas pelo Ministério Público e pela Procuradoria Geral de Justiça do DF. Ele enfrentava dificuldades de negociar com os distritais, que o veem como futuro adversário nas próximas eleições. CABO ELEITORAL – Morador do setor QNF de Taguatinga, filiado ao PL, o novo administrador

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Mesmo com a assinatura de 13 dos 24 deputados distritais, a CPI da Pandemia pode não prosperar na Câmara Legislativa. Mesmo deputados de oposição e independentes desconfiam de que ela pode virar palanque para candidatos em 2022. Além disso, há um movimento para que se dê um voto de confiança ao Ministério Público (MPDFT), que está apurando tudo no âmbito da Operação Falso Negativo.

já foi deputado. Na função, poderá se aproximar de sua base eleitoral com vistas a 2022. Geraldo Araújo é homem de confiança do secretário José Humberto Pires e deve ser levado para a Secretaria de Governo. Pires também pretende concorrer a um cargo eletivo na próxima campanha e ele seria forte cabo eleitoral.

Daniel Tatico na mira O próximo administrador na mira do governador Ibaneis Rocha é Daniel Castro (foto), de Vicente Pires. Chegaram ao Buriti boatos – já em investigação pela Polícia Civil – de que ele estaria favorecendo um esquema de grilagem de terras na área rural Cana do Reino, entre Taguatinga e Brazlândia. ESQUEMA – A Polícia já sabe que o esquema vende lotes de 400 m² por preços que variam de R$ 120 mil a R$ 140 mil. Além do suporte de parlamentares, o comércio irregular teria a participação de um líder co-

AGÊNCIA BRASÍLIA

CPI sobe no telhado

AGÊNCIA BRASÍLIA

munitário identificado como Euclides Ferreira. Castro já foi candidato a deputado distrital com o nome eleitoral de Daniel Tatico.

DESPEDIDA – O ex-administrador se despediu com uma nota de agradecimento ao governador Ibaneis Rocha (MDB) e ao vice, Paco Britto (Avante), por lhe confiar o cargo durante mais de 1 ano. Lembrou que é morador de Taguatinga há mais de 50 anos e se sente como um filho da cidade. “Encerro este ciclo com o sentimento de missão cumprida”, escreveu.

Setor Comercial com residências? O GDF quer aprofundar o debate com a Câmara Legislativa e com a sociedade para permitir residências no Setor Comercial Sul. Atualmente, sete prédios estão vazios. O tema é polêmico, principalmente, para os defensores do tombamento de Brasília como Patrimônio da Humanidade.

O contrário de Deltan Alessandro José Fernandes de Oliveira (foto) é o novo coordenador da força tarefa da Lava Jato em Curitiba. O perfil do novo chefe da operação é bem diferente do perfil do antigo, Deltan Dallagnol. DISCRETO – Alessandro é discreto, ponderado e avesso a redes sociais. Ele já era da equipe do Paraná e, durante a gestão Raquel Dodge, foi da Lava Jato na PGR, local em que implantou um sistema de acompanhamento de delações.

LINHA DURA – Quem diz que a Lava Jato acabou não conhece Alessandro, que é tido como linha dura na instituição. AGÊNCIA BRASÍLIA


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Entrevista Edna Santos FOTOS: DIVULGAÇÃO

A senhora assumiu o cargo após o afastamento de Cristovam Tormin (PSD), por assédio contra uma servidora. Ele apoia sua reeleição? – Acredito que não. Desde o seu afastamento não tivemos nenhum tipo de diálogo. A senhora assumiu em meio a uma crise. Como a população reagiu à sua posse? – Assumi dia 21 de fevereiro, início de carnaval. A Prefeitura devia, praticamente, à cidade toda e foi negativada na Quarta-Feira de Cinzas. Dez dias depois veio a pandemia. Foi muito difícil nesse primeiro momento. Porém, com duas semanas, eu já comecei a ter muito apoio da comunidade e dos funcionários públicos. Isso foi me dando mais firmeza para tocar os trabalhos. E como reagiram os vereadores? – A Câmara Municipal deu todo o respaldo necessário. Hoje acredito que adquiri o respeito da comunidade de Luziânia. É com esse respeito que a senhora pretende se reeleger? – E também com a força do trabalho. Luziânia precisa de pessoas que acreditem na nossa cidade, que vinha em uma linha muito decadente, em que as pessoas não acreditavam mais. Mas a senhora fazia parte da administração passada... – A partir do momento que tomei posse, como vice-prefeita, sempre me mantive no distrito do Jardim do Ingá, onde moro. Não fiz parte nenhum dia do governo, na Prefeitura. Fiz um trabalho individual. O prefeito anterior nunca me permitiu fazer parte do governo. Mesmo a senhora tendo partipado da chapa que o elegeu? – Exatamente. Participação nenhuma. Tem um gabinete particular, no Distrito do Ingá, onde todos os dias eu atendia a comunidade que me procurava. Nada ligado à Prefeitura Municipal. Como candidata à reeleição, quais são as suas prioridades? – A minha prioridade é cuidar

Prefeita assumiu após o afastamento de Cristovam Tormin, por assédio, e agora tenta a reeleição

“Não fiz parte nenhum dia do governo dele” Orlando Pontes

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professora Edna Santos (Podemos) assumiu após o afastamento de Cristovam Tormin (PSD) da Prefeitura de Luziânia por suspeita de assédio contra uma funcionária. A ex-vice-prefeita garante, porém, que sua gestão não é uma continuidade da anterior: “Desde que tomei posse, como vice, sempre me mantive no distrito do Jardim do Ingá, onde moro. Não fiz parte nenhum dia do governo. Fiz um trabalho individual. O ex-prefeito nunca me permitiu fazer parte do governo. Desde o seu afastamento não tivemos nenhum tipo de diálogo”, afirma. Candidata à reeleição em 15 de novembro, já conta com cinco partidos (PT, PP, PSC, PDT

da minha cidade. Temos que ser olhados com respeito. Eu atendo a todos que me procuram, que me ligam, que mandam mensagem. Abro espaço de segunda a sábado, às vezes até aos domingos. Tinha uma demanda repri-

e Patriota) e negocia com outras duas legendas – de uma delas deverá sair o seu vice. Vai enfrentar o advogado Eládio Carneiro (PSL), ex-suplente no Senado do governador Ronaldo Caiado (DEM), que tem o apoio da família Roriz; e o deputado estadual Diego Salgado (DEM), referendado pelo próprio Caiado. Mineira de Unaí, mora no Jardim do Ingá há 43 anos. “É preciso conhecer e viver aquela realidade para ser capaz de propor soluções”, diz a prefeita nesta entrevista ao Brasília Capital. Ela entrou para a política, em 2008, como vereadora e não se elegeu deputada estadual em 2010. De 2011 a 2012 assumiu a Secretaria do Entorno de Goiás. Reelegeu-se vereadora, em 2012, e, em 2016, tornou-se a primeira mulher vice-prefeita de Luziânia.

mida. Estou tentando colocar a parte administrativa em dia. Já quitamos muitos débitos e reiniciamos diversas obras que haviam perdido recurso. Mesmo com a pandemia?

– Sim. Licitaamos a pavimentação asfáltica para o Jardim Planalto, para o Bairro JK. Em Luziânia, iniciamos, nesta semana, a obra da avenida Miguel Realle, esperada há muito tempo no município.


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Reativamos a construção de cinco escolas que estavam com as obras paradas há mais de 4 anos e já iniciamos a obra da Unidade Básica de Saúde no Jardim do Ingá. A partir desses contatos com as pessoas, quais são as principais demandas da comunidade? – Emprego. E o que a senhora tem feito para resolver essa questão? – Temos encaminhado projetos para a Câmara Municipal que visam esse fortalecimento. Reinstalamos o Sine, que tem conseguido alavancar muitas vagas no setor comercial. Fizemos doações de áreas para três empresas se instalarem no município.

público de Luziânia para o DF? – Primeiramente, estou arrochando a fiscalização porque existe muita pirataria. Nós não temos como resolver a questão do transporte se os Governo do DF e de Goiás não se entenderem. Enquanto os dois mantiverem essa briga de força que eles têm feito, o transporte não vai andar. Por exemplo: o GDF vinha com o trem de passageiro e o governo de Goiás brigou no dia da visita. E acabou o trem de passageiro. Os dois governos precisam respeitar o trabalhador do Entorno. Nós, enquanto município, só podemos cobrar. Isso eu tenho feito.

Quais empresas? – A MRJ, um laboratório de produtos farmacêuticos pediátricos; a Casabi, de ração e nutrição animal; e a Geladinho, que está se instalando no Jardim do Ingá para fabricação de dindin, sorvete, iogurte etc. Isso representa quantos empregos? – Cerca de 300 empregos diretos. Uma das principais demandas das cidades do Entorno de Brasília é a segurança pública. O que a senhora tem feito nessa área? – Ampliamos o banco de horas. A prefeitura paga para ter mais policiais na rua. Um exemplo é na zona rural. Não tínhamos patrulha rural. Com o banco de horas, a patrulha rural está atuando na Maniratuba e no Surucucu, com posto fixo. Também ampliamos o banco de horas da Polícia Civil, da Guarda Civil e do GPM, que são os vigilantes dos órgãos municipais. Quantos policiais civis e militares atuam no município? – Este é um dado do governo do Estado. Nós só controlamos o banco de horas, que custa R$ 70 mil por mês e aumenta 15 policiais a mais por dia para uma população de 300 mil habitantes. O que a senhora tem feito para melhorar o transporte

que reúne 19 prefeitos e hoje é presidida pelo Hildo do Candango, de Águas Lindas. Como tem atuado para mudar a realidade de que o melhor hospital das cidades do Entorno é uma ambulância para levar os pacientes para Brasília? – Quando assumimos, o hospital regional estava em construção há 5 anos. Fiquei 2 meses atendendo lá dentro. Meu gabinete era na recepção do hospital em obras. Conseguimos concluir a obra e o hospital foi doado para o governo do Estado porque o município não tem recursos (cerca de R$ 5 milhões mensais) para bancar todo o hospital. Hoje, contamos com um hospital com 30 leitos de UTI. Concluí a obra do PAD 1O, que é a UBS do Jardim do Ingá, e o colocamos em funcionamento. Concluímos a reforma do Parque Luzilia, uma unidade concluída há mais de três anos e que estava depredada. Agora está funcionando. Credenciamos, junto ao Ministério da Saúde, 18 leitos de UTI para tratamento da covid-19. Montamos uma base no hospital do Jardim do Inga, Lá, hoje, temos cinco respiradores à disposição da comunidade. Esses leitos estão ocupados? -– Não, graças a Deus.

“Se os governos do DF e de Goiás não se entenderem, o transporte de passageiros para as cidades do Entorno não vai andar”.

A senhora está sozinha nessa cobrança? – Não. Conto com o apoio de todos os prefeitos do Entorno. A gente tem tomado muitas medidas por intermédio da Amab (Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília),

Como está a situação da pandemia no município? – Infelizmente, já registramos 62 óbitos. Mas, para uma população de 300 mil, significa 0,14%. Ampliamos o horário de atendimento, que antes era de 8h às 17h, para 7h às 22h, de seis unidades de saúde (três em Luziânia, três no Jardim do Ingá). Adotamos o protocolo inicial recomendado pelos infectologistas e sanitaristas. Com isso, amenizamos a previsão de mortos, que era um número exorbitante e, graças a Deus, estamos conseguindo passar por essa pandemia salvando muitas vidas. Quem será o seu vice? – Nós temos dois partidos que virão para o grupo e acredito que o vice sairá de um deles. Mas não posso revelar ainda quais são esses partidos.

VALPARAÍSO (GO)

Um predestinado na Prefeitura DIVULGAÇÃO

José Simão diria que Marcelo Sorriso é um predestinado. Quando nasceu, sua mãe teria dito: “Meu filho, você se chamará Marcelo Sorriso e será dentista”. Brincadeiras à parte, o odontólogo é um profissional respeitado em Valparaíso (GO) e se coloca como pré-candidato a prefeito pelo PSD. Segundo ele, política com seriedade é fundamental para diminuir as distâncias sociais, dando oportunidades a todos.

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BELO HORIZONTE

Palavra de Bolsonaro Na quinta-feira (26/8), o presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais que havia decidido não participar das eleições municipais, pelo menos no primeiro turno. Menos de uma semana depois, no entanto, participou de vídeo, na terça-feira (2/9), com o deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos-MG), candidato a prefeito de Belo Horizonte.

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TRÊS RANCHOS (GO)

DEM apoia reeleição de Hugo Deleon A pré-candidatura à reeleição do prefeito de Três Ranchos, Hugo Deleon (Cidadania), ganhou um reforço de peso: o ex-vereador Haroldo Calaça Coelho, o “Haroldinho” (DEM), será o vice-prefeito na chapa. Em março, o prefeito se filiou ao Cidadania, a convite do vice-governador e presidente da sigla em Goiás, Lincoln Tejota.


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À espera de um rim Mais de 30 mil pessoas precisam de transplante no Brasil, que faz apenas cerca de 5 mil procedimentos por ano César descobriu insuficiência renal com cubano do Mais Médicos

Pollyanna Villannova A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que, apesar dos 5 mil transplantes renais anuais, há 30 mil pessoas à espera de um de rim no Brasil. César Augusto Coelho dos Santos, 60 anos, morador do Sol Nascente, Ceilândia, é uma delas. O eletricista de caminhão começou a fazer hemodiálise em março por causa da insuficiência urinária. Fez exames no início do ano, mas o retorno só no fim de setembro. Embora com quatro filhos doadores, ele está na fila à espera de um rim. Antes de acessar a hemodiálise, enfrentou diagnósticos errados até chegar ao programa Mais Médicos. “Descobri com o médico cubano. Só me alimentava com vitamina e pão. Perdi 20 kg. Pensava ser estômago. O cubano viu que era rim e me encaminhou ao nefrologista”, conta. Depois da hemodiálise, ganhou vida nova. “Perto do que estava, estou ótimo”, diz César, que sempre quis saber por que os rins provocaram essa situação. “São órgãos vitais que exercem funções fundamentais, como a excreção de toxinas, produção de sangue, metabolismo ósseo, controle da pressão e do volume corporal, etc. Quando os rins perdem essas funções, diz-se que o paciente tem doença renal crônica”, explica Fábio Humberto Ribeiro Paes Ferraz, nefrologista e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia Regional do DF. Responsável técnico de diálise e supervisor de Programa de Residência em Clínica Médica

Dr. Fábio Humberto Ferraz, nefrologista e presidente da SBN-DF

(PRCM), no Hran, além de professor de medicina na ESCS-DF e doutor em bioética pela Universidade de Brasília, Ferraz diz que, ao contrário de outros órgãos, muitas vezes as doenças renais podem dar poucos sintomas, e, geralmente, não causam dores. Daí a dificuldade da medicina em detectar o problema em Cesar. O médico esclarece que descontrole da pressão arterial, náuseas ou vômitos, inchaço nas pernas, anemia, dores ósseas e alterações urinárias podem ser alguns sintomas. “Como os rins filtram as impurezas, as alterações de sua função provocam o aumento de uma “sujeira” no sangue, cujo nome é creatinina”, explica. Quando os rins funcionam menos que 15%, precisa das Terapias Renais Substitutivas (TRS), que substituem as funções renais. As principais são hemodiálise, diálise peritoneal e transplante. A principal, no Brasil, é a hemodiálise.

Epidemia dia Estudos da SBN indicam que 10% da população adulta brasileira tenha algum grau de comprometimento dos rins. A doença renal crônica dialítica é considerada um problema de saúde pública, pois cada vez mais as pessoas estão vivendo mais e portando mais doenças crônicas, sobretudo hipertensão e diabetes. Estima-se que, no Brasil, cerca de 25% da população adulta é hipertensa; 7% é diabética; e o ritmo de envelhecimento populacional é, extremamente, acelerado. Segundo a SBN, mais de 150 mil brasileiros apresentam doença renal dialítica, com uma prevalência estimada de 600 pacientes por milhão de pessoas. Cerca de 7% do orçamento do

Ministério da Saúde é gasto com TRS, custeando os programas de hemodiálise, diálise peritoneal e transplantes. No DF, a estimativa é a de que mais de 2 mil pacientes realizem hemodiálise. O Brasil é protagonista no cenário nefrológico internacional, com mais de 150 mil pacientes em programa de diálise crônica. É o quinto no mundo em número bruto de pacientes em diálise e o segundo em número bruto de transplantes renais: cerca de 5 mil por ano, sobretudo com doador falecido. Cerca de 90% desses procedimentos são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Em vista de o Brasil ser um país continental e populoso, se corrigido para a população bra-


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Hemodiálise é a principal TRS A hemodiálise é a principal forma de terapia renal substitutiva no Brasil (90% casos). Os pacientes, geralmente, comparecem três vezes por semana ao centro de diálise para as sessões que duram cerca de 4 horas. O sangue é filtrado por meio de um acesso vascular. São retiradas as toxinas que se acumulam pelo não funcionamento dos rins. Os pacientes também costumam tomar remédios para controle de anemia e para o metabolismo ósseo. A maioria dos centros de diálise é conveniado ao SUS, mas tem distribuição assimétrica no território nacional. Pelo Censo de Diálise de 2018, dos 786 centros ativos, 73 estão no Centro-Oeste e 1/3 deles no DF. PERITONEAL – A diálise peritoneal responde por 8% da forma de

alítica sileira, o número de pacientes em diálise e o de transplantes por milhão, necessitava ser muito maior. Mas existe uma forte iniquidade no acesso a tais formas de TRS: há mais acesso à diálise e ao transplante renal no Sudeste e Sul em detrimento do Norte e Nordeste do País”, afirma Fábio Ferraz. A maior parte dos dados sobre doença renal dialítica é compilado pela SBN. Fundada em 1960, ela congrega nefrologistas que estudam as doenças renais no Brasil. Ela tem representações em todas as regiões, como a SBN-Regional DF. A SBN-Nacional emite, anualmente, o Censo Brasileiro de Diálise, ferramenta que permite analisar a situação da diálise em todo o País.

TRS. Diferentemente da hemodiálise, é inserido um cateter no abdômen do paciente. Diariamente, em um período de 6 a 8 horas, uma máquina (cicladora) coloca um líquido que retira as toxinas dos delicados vasos que irrigam a região abdominal. O tratamento é realizado diariamente, em domicílio. O paciente só precisa comparecer uma vez por mês à clínica para ajuste do tratamento e consulta com o médico nefrologista. Muitas vezes o tratamento é feito à noite. É uma forma de tratamento indicada para pacientes que desejam mais autonomia, além de idosos, diabéticos ou com problemas de mobilidade, mas que tenham autocuidado para evitar infecções na região peritoneal.

Transplante recupera o rim O transplante é a forma de TRS que recupera todas as funções renais e pode ser de dois tipos: com doador vivo e com doador falecido. Pela legislação, no caso do transplante com doador vivo, o paciente pode receber o órgão de um membro da família até o quarto grau de parentesco. O objetivo é coibir o comércio de órgãos. AMBOS – doador e receptor – necessitam ter condições clínicas para realização do procedimento. Nos casos de doação entre cônjuges, é necessário autorização judicial para evitar “compra de órgãos”. No caso do transplante com doador cadáver, o paciente recebe o órgão de uma pessoa em morte cerebral, mantida viva por meio de aparelhos até que seus

rins sejam retirados. Os receptores são selecionados pelo critério de maior compatibilidade. “A despeito dos 5 mil transplantes renais feitos por ano, a lista nacional de espera por transplante renal – sobretudo de doadores falecidos – é de 30 mil pacientes, não havendo, dessa forma, órgãos para todos, uma vez que a demanda é muito maior do que a oferta”, afirma Ferraz. Os pacientes candidatos a receber rim de doador falecido entram em uma lista de transplante e o período médio de espera é de 8 anos. Os transplantados necessitam tomar remédios para evitar rejeição. São os imunossupressores, medicamentos de alto custo e fornecidos pelo SUS. No DF, os transplantes renais são realizados no Hospital Universitário (HUB) e no Base (IGES-DF).

Tratamento renal entra em crise na pandemia “A chave do tratamento da doença renal é a prevenção”, assegura dr. Fábio Ferraz. Até porque, segundo ele, o tratamento dos pacientes vem sofrendo muito devido aos baixos repasses para as diversas formas de TRS. “O número de pacientes necessitando de diálise é muito maior do que o de surgimento de novos centros de diálise. Tal assimetria se acentuou durante a pandemia da covid-19, uma vez que a legislação criou várias exigências – sobretudo para os centros de diálise, como necessidade de máscaras e Equipamentos de Proteção individual (EPI) sem a devida contrapartida financeira”. Além disso, vários programas de transplantação renal foram interrompidos devido ao risco do impacto de imunossuprimir pacientes durante a pandemia.

Como prevenir? O médico explica que há muitas formas de prevenir as doenças renais. “Pacientes hipertensos, diabéticos, idosos e com algum histórico de doença familiar necessitam, anualmente, fazer exames rotineiros – dentre eles a dosagem da creatinina no sangue, além de exames de urina simples e ultrassom dos rins”. Além disso, medicamentos potencialmente lesivos aos rins, também chamados de nefrotóxicos, como os anti-inflamatórios, devem ser evitados. O controle rígido da diabetes e da hipertensão é preconizado. Ele informa que pacientes idosos com problemas na próstata podem adquirir doença renal, assim como casos não adequadamente tratados de pedras nos rins (litíase renal). “É importante o seguimento em um médico generalista para que, quando os exames vierem alterados, tais pacientes sejam precocemente referenciados a um nefrologista”, finaliza.


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Satélites Por Lorrane Oliveira AGÊNCIA BRASÍLIA/ARQUIVO

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DISTRITO FEDERAL

Cinema, teatro e piscinas estão liberados Decreto publicado, na quinta-feira (3), permite a retomada das atividades nas salas de cinema e teatro do DF, de acordo com as normas de segurança sanitária. O documento assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) autoriza, também, o uso de piscinas em clubes recreativos. Nos cinemas e

teatros, a limpeza das poltronas a cada sessão será obrigatória, assim como o uso de aparelhos de ar-condicionado. A venda de ingressos será feita, exclusivamente, pela Internet. O uso de piscinas será exclusivo para práticas esportivas. Segue proibida a utilização para atividades de lazer.

Zona Verde: mais vagas para moradores O GDF decidiu ampliar o número de vagas gratuitas para moradores de quadras residenciais do Plano Piloto e do Sudoeste no projeto Zona Verde – inicialmente, seria uma vaga por família. De

acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, também está em estudo a possibilidade de aumentar de duas horas para cinco horas o período de estacionamento nesses locais.

Varejo dá descontos na Semana do Brasil 2020 Desenvolvida para aquecer as vendas durante as comemorações da Independência, foi aberta, na quinta-feira (3), a Semana do Brasil 2020. A promoção vai até o dia 13. A intenção é reunir lojas dos setores de alimentação, eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, cosméticos, pro-

Transporte gratuito para pessoas com deficiência – O GDF lançará, com a Secretaria da Pessoa com Deficiência, o Programa Atende DF, que prevê transporte público gratuito para deficientes. A portaria foi assinada na quarta-feira (2). O próximo passo será a licitação para contratar os veículos que atenderão, ainda neste ano, à demanda dos 650 mil deficientes que residem no Distrito Federal. O benefício é restrito a deficientes com severas dificuldades físicas e não são atendidos pelos equipamentos de acessibilidade dos ônibus.

dutos de higiene e material esportivo que se propõem a oferecer descontos aos consumidores. Ao todo, 83 associações varejistas aderiram. Consumidores interessados em receber promoções por e-mail podem se cadastrar na página oficial http:// www.semanadobrasil.com.

Setembro amarelo: campanhas de prevenção ao suicídio A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) lançou, quarta-feira (2), a campanha Setembro Amarelo, com ações de conscientização para observar qualquer condição que possa comprometer a saúde física e mental de crianças e adolescentes. Uma edição especial da revista Turma do Sejuquinha, com lingua-

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gem adaptada ao público infantil, será lançada ainda neste mês. Estão previstas atividades de conscientização nas Unidades do Sistema Socioeducativo, com oficinas, saraus, palestras sobre saúde mental, bate-papos e plantio das sementes de girassol, planta que representa vitalidade e alegria.

GUARÁ

Paco Britto homenageia Jornal do Guará Fundado em 1983 pelo jornalista Alcir de Sousa, o Jornal do Guará chegou, esta semana, à milésima edição. Foi o primeiro informativo comunitário da cidade. Na segunda-feira (31), o vice-governador Paco Britto (Avante/foto) prestou uma homenagem, em nome do GDF, e entregou uma placa comemorativa oferecida pela Associação Comercial e Industrial do Guará (ACIG) em homenagem à marca atingida. O Jornal do Guará passou a circular, semanalmente, a partir de 2011.

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Reformas nas praças do Polo de Moda A Terracap vai licitar o plano urbanístico para as praças do Polo de Moda. As novas diretrizes incorporam os quiosques e cria espaços para novos estabelecimentos deste segmento na Praça da Moda. O

projeto prevê rampas, estacionamentos, parquinhos, a reforma da quadra poliesportiva, e demonstra o detalhamento paisagístico, como a acessibilidade às praças da Moda, da Igreja, Central e da Faculdade.


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UNIVERSIDADE CATÓLICA

Alunos pagam por replay de aulas DIVULGAÇÃO

Proposta da reitoria reduz tempo de aula e fecha turmas Após denúncias do Brasília Capital (edição 478) sobre a situação educacional da Universidade Católica de Brasília (UCB), a reitoria alterou a carga horária dos alunos e professores. A proposta oficializa que os estudantes pagarão por 4 horas-aula e os professores serão remunerados por somente 3 horas. A proposta da reitoria para recompor os 25% da carga paga pelo estudante é a execução de trabalhos e provas que ficará sob a responsabilidade de um único professor. Ou seja, haverá significativa economia na folha salarial, uma vez que um só profissional supervisionará as tarefas de todos os alunos. Exemplo: caso um curso tenha quatro disciplinas no semestre, a universidade deixaria de pagar 40 horas e passaria a pagar apenas 4 horas aos professores. O estudante, que antes tinha atividades para cada disciplina, passaria a ter atividades gerais. A reitoria

O reitor Calegari veio de São Paulo para implantar as mudanças na UCB

propõe, ainda, retirar uma hora de aula dos estudantes e unir turmas. O objetivo é reduzir custos. Mas os alunos apontam queda na qualidade do ensino e dizem que as aulas on-line são repetidas de semestres anteriores. UBEC – A proposta para contenção de despesas foi debatida pela cúpula da União Brasileira de Educação Católica (Ubec), mantenedora de instituições de ensino católicas no País. Para a Ubec, a UCB tem alto custo e, por isso, precisa de mudanças. Com a missão de equilibrar as contas da universidade, foram nomeados o reitor Ricardo Calegari, que acumula a Pró-Reitoria

Acadêmica, e o Pró-Reitor Édson Cortez, ambos de São Paulo. Um professor, que prefere não se identificar, afirma que a proposta da UCB “não cumpre a carga horária devida, mas será usada para maquiar as horas que a reitoria pretende economizar nas contas da UBEC”. As denúncias contra a UCB se acumulam no Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep). INSTAGRAM – Enquanto professores reclamam do sucateamento, críticas às novas metodologias de ensino da UCB se multiplicam entre os alunos. Eles afirmam que os questionamentos foram apresentados à administração da instituição. Foi criado, até mesmo, um perfil no Instagram para reunir relatos. Os alunos pedem explicações sobre: desligamento em massa de professores e técnicos; queda na qualidade do ensino; redução na carga horária sem aviso formal aos estudantes; não redução da mensalidade; necessidade de retorno imediato das práticas para cursos da saúde e aulas gravadas de semestres anteriores sem interação entre aluno e professor.

Respostas da Católica A UCB encaminhou os seguintes esclarecimentos ao Brasília Capital: 1 – Não houve desligamento em massa na universidade. As movimentações de contratação e desligamento de docentes seguiram o fluxo normal da gestão de uma instituição de ensino. A UCB conta com inúmeros colaboradores diretos registrados, além dos colaboradores indiretos, terceirizados e fornecedores. 2 – Em avaliação realizada pela Comissão Própria de Avaliação, este ano, os alunos avaliaram a instituição com

níveis de qualidade muito satisfatórios. Temos os melhores indicadores acadêmicos, segundo as avaliações do MEC. Cursos como Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas têm nota máxima e Índice Geral de Cursos nota 4 (o maior do DF). 3 – Não houve redução de carga horária aos estudantes. A única mudança foi de acordo com a legislação, de tornar as aulas mediadas por tecnologia, mantendo, integralmente, sua carga horária e conteúdo. 4 – As mensalidades seguem confor-

me contratado pelos estudantes. Devido à pandemia, estabelecemos políticas especiais de desconto para estudantes afetados, economicamente, pela crise. 5 – Não há previsão de reajuste de mensalidades neste semestre. 6 – A orientação aos docentes é que as aulas sejam síncronas (em tempo real). Aulas assíncronas podem ter ocorrido como caso isolado, o que não significa redução de qualidade do material apresentado aos estudantes. 7 – Não foi feita nova proposta de carga horária para alunos e professores.

Adriano Rocha no Portfólio Sala Brasília de domingo (6) O projeto Portfólio Sala Brasília apresenta, domingo (6), 20h, Adriano Rocha (foto), pelos canais /bancariosbsb e /PortfolioSalaBrasilia. O músico baiano chegou em Brasília em 1995. Já abriu shows de João Bosco, em 2006; Alceu Valença, em 2003; Chico César, em 2001; e Tom Zé, em 2000. Em 2016, ganhou o prêmio de melhor letra no Festival de Música da Nacional FM, e, em 2019, lançou seu primeiro CD, “Onde tem vagabundo o capeta não encosta”. Aprovado pelo FAC 2017, o CD é autoral, produção própria, vários ritmos e arranjos e direção musical de José Cabrera. PORTFÓLIO SALA BRASÍLIA – É uma parceria de Adriano com o Sindicato dos Bancários do DF. Na seleção, a curadoria avalia situação econômica por causa da Covid-19, gênero, raça e trabalhos autorais. Todos recebem cachê e um portfólio profissional. SERVIÇO – Data: 6/9, 20h, Adriano Rocha, pelos canais /bancariosbsb e /PortfolioSalaBrasilia. Contatos: Sindicato dos Bancários (61) 3262-9090 e Comunicação Portfólio: (61) 98182-4555 DIVULGAÇÃO


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Painéis da história – Parte II Mario Pontes (*) DIVULGAÇÃO

Mas, justiça seja feita aos que havia muito lutavam pela democracia e o ensino secular, tudo a troco de quase nada. Foi pensando em professores e alunos como aqueles das duas pobres escolas de minha cidade que eu resolvi escrever, sem apoio de documento nenhum, este pequenino texto documental. Uma vez que a repercussão dos fatos da crônica libertadora do século anterior começava a encolher — em muitas escolas, públicas e particulares, o valor

pedagógico daqueles manuais de inspiração, teimosamente, obscurantista era defendido com crucifixos e ameaças da condenação ao Inferno. A modernidade chegava aos andares inferiores da sociedade, a começar – dependendo do caso -- pelo da História. Mas ainda havia, e certamente há, restos da muralha a serem derrubados. Embora menos veloz que o desejado, a modernização e constante atualização de manuais escolares de História não chegou a ser cem por cento paralisada, mesmo nos piores momentos do século XX. Enquanto caía o ritmo de modernização dos manuais escolares, ante a esmagadora presença dos reis e reizinhos do mundo educacional, e embora o

Artur e Lorenzo em Olhos D’Água

processo de atualização dos manuais de História andasse devagar e fosse trabalho incompleto, com marcas de timidez, aqui e ali, o progresso na adoção e uso de tais livros foi considerável. Hoje contamos com um punhado de historiadores que, embora não se dediquem, de regra, a produzir manuais para escolares, têm a seu crédito conjuntos de obras históricas, cujos modos de dizer e explicar são exercícios constantes de iluminação dos fatos, sem desperdícios e esgotamentos das redes de significação. Continuado exemplo nos tem chegado com Laurentino Gomes, um mestre paranaense que, há decênios, desperta e mantém nos leitores o interesse pelas suas obras sobre História. Êxito alcan-

çado graças não somente ao seu contínuo interesse pela vida cultural do País, mas também pelo cuidado na colheita, pesagem, iluminação e apresentação dos fatos; a qualidade de seus conteúdos, a descoberta dos modos e medidas de sua capacidade para impulsionar o avanço histórico da grande comunidade nacional. (*) Jornalista e escritor

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Histórias e estórias de um pai que ensinou o filho a ler durante a pandemia Rubens Costa, o Rubinho

O patinho que gostava de passear Papai gosta muito de animais. No quintal bem grandão, na frente da casa, os gatos, cachorros, galinhas e patos brincam e comem o dia todo. Mas, o patinho amarelinho, muito lindo e esperto, andava de um lado para o outro triste e inquieto. Papai então pensou: o patinho amarelinho está triste porque gosta de nadar e no quintal não tem água! Então teve uma ideia: levar o patinho para nadar num laguinho que tinha bem longe de casa. Pegou o patinho, colocou numa caixinha e foi de bicicleta até o laguinho!

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

Quando chegou no laguinho, papai tirou o patinho da caixinha e colocou no chão. O patinho amarelinho saiu correndo para o lago e ficou nadando feliz de um lado para o outro! No outro dia, quando papai acordou o patinho já estava na porta da casa esperando para ir nadar no lago. De novo, papai colocou o patinho na caixinha e o levou de bicicleta para nadar no laguinho. No terceiro dia, papai tinha uma surpresa para o patinho. Bem cedinho, um amigo foi ajudar papai a cavar um poço

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bem grande no quintal. À tarde o poço ficou pronto e papai encheu de água. O patinho foi correndo inaugurar o poço! Nadou por horas, todo feliz! No dia seguinte, o patinho também teve uma surpresa para papai. Ficou andando de um lado para outro, perto da bicicleta. Papai logo entendeu: O patinho gostava de passear! Pegou o patinho, colocou na caixinha e foi dar uma volta com ele de bicicleta pela rua!

CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF

TV Comunitária de Brasília DF


Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 05 a 11 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br

O que diria W. Shakespeare? Há 2 anos, dias após as eleições, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou, em entrevista a um jornal local, que em sua gestão não seriam admitidos nem fichas sujas e nem pessoas com envolvimento em corrupção. “Não quero nenhuma denúncia de corrupção”, disse. Lembrando: isso foi em outubro de 2018. Nesta semana, ao mesmo impresso, quando questionado sobre a prisão do secretário de Saúde, Francisco Araújo, suspeito de fraude, Ibaneis declarou: “Acho que não era necessário. Se era uma questão de continuidade do delito, que eles dizem haver, bastava o afastamento dos cargos”. O governador, importante lembrar, é advogado. Ele sabe bem que corrupção é um delito passível, também, de prisão. Ainda mais em se tratando de verba pública, dinheiro que deveria, com urgência, ser investido na saúde da população. Sobretudo, em tempos de Covid-19.

Mas essa preocupação pertence somente àqueles que, de fato, governam para seus cidadãos. Há indícios de não ser o caso do secretário afastado. Talvez, também não seja o de Osnei Okumoto, o sul-mato-grossense que reassumiu a Secretaria de Saúde depois de ter pedido exoneração bem no meio da pandemia no DF, sem sabermos o motivo. E por falar em sul-mato-grossense, é singular a preferência do governador, no que diz respeito à Pasta de Saúde, por pessoas de fora de Brasília – com pouca ou nenhuma boa referência em gestão, como é o caso do secretário afastado. O ex-diretor-presidente do Iges-DF é alagoano e, supostamente, também em Maceió, ele teria causado prejuízo aos cofres públicos: nada menos do que R$ 56 milhões gastos, desnecessariamente, enquanto esteve à frente da Secretaria de Assistência Social da cidade. Diante desses fatos, me pergunto: por que forasteiros, quando bem

ESPÍRITA

José Matos Abra os seus caminhos “O que você quiser receber, faça-o ao outro”, ensinou Jesus, mas, faça-o com o coração, sem segundas intenções Momentos de crises, de dificuldades, de sucessão de fracassos que impedem ou dificultam a sua vida ou os seus negócios de andar, de prosperar, indicam que há algo errado. Esse algo pode ser natural, isto é, provas a serem superadas, inscritas em sua programação existencial ou comportamentos inadequados de sua parte.

Não se engane. Há um governo oculto e contábil que comanda nossas vidas. Abusos cometidos no passado podem estar refletindo-se no presente ou se refletirão no futuro. Nada escapa ao grande olho de Deus, também chamado pelos Indus de registro akáshico. A vida é contábil e retributiva.

aqui, em Brasília, há excelentes profissionais que poderiam ocupar cargos de confiança na Saúde, com conhecimento de gestão, do Distrito Federal e da nossa população. O que os impede de ocuparem essas cadeiras? Acredito que seja um fato interessante de observarmos com atenção. Em especial, diante do comportamento nada democrático desta gestão quando questionada ou confrontada. Qualquer servidor denunciado por irregularidades, sem direito de defesa, observem, logo é exonerado. Para o Ministério Público do DF, a deflagração da operação Falso Negativo descortinou, “senão a maior organização criminosa entranhada no atual GDF, a mais letal, pois se alimenta da morte de inúmeras vítimas da nova espécie de coronavírus”. Portanto, o conjunto probatório leva a concluir pela culpabilidade dos envolvidos no caso. Contudo, é importante destacar, se, ao final das investigações, eles forem decla-

Quanto mais débitos, mais dificuldades; quanto mais créditos, mais facilidades. Os créditos resultam do bem que você faz a você mesmo, sem prejudicar os outros, e do bem feito aos outros, com o coração. Quando você se dirige com seus pedidos ao Criador, a Jesus ou aos santos de sua devoção, o seu mérito é examinado. Quanto mais mérito, mais chance de ser atendido. “O que você quiser receber, faça-o ao outro”, ensinou Jesus, mas, faça-o com o coração, sem segundas intenções. Essa é a Lei do Mérito! Por que Sara engravidou depois que autorizou o marido Abraão a ter filho com Agah? Porque ter filho era condicional. Ao permiti-lo, criou o mérito. Um certo rapaz que se tornaria cego, ao adotar os cinco filhos da irmã que morreu, entrou no mérito e não cegou. Faça o bem com o coração, e o bem voltará. O bem é programado

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

rados inocentes, que se faça também a devida retratação pública. Por hora, e diante do aparente descaso do GDF para as vidas que se perderam, fico com a célebre frase do mineiro Guimarães Rosa em seu Grande Sertão: Veredas: “Uma coisa é pôr ideias arranjadas, outra é lidar com país de pessoas, de carne e sangue, de mil e tantas misérias”.

de forma gratuita ou condicional. O condicional só acontecerá se você o fizer aos outros. A vida reflete. Abençoe para ser abençoado. Faça e deseje o bem aos outros para que o bem volte e lhe beneficie. Ame, e será amado. Ajude os outros filhos de Deus e seus caminhos se abrirão! Chico Xavier precisava de voluntários para ajudá-lo a cuidar de um doente. Anunciou, e só apareceram duas prostitutas. Depois de um mês, acompanhando-o em suas orações e ouvindo seus ensinamentos, largaram a profissão. Uma, foi ser enfermeira, e, a outra, comerciária. Quando você ensina e faz o bem, desapegadamente, sem pieguice ou moralismo, a vida devolve, e seus caminhos se abrem!

José Matos Professor e palestrante


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BRASILEIRÃO

BRASILEIRO FEMININO

Quem manda é o VAR

Real Brasília começa preparação para Série A-2

DIVULGAÇÃO/CBF

Árbitro de vídeo tem gerado mais discussões do que o próprio jogo Gustavo Pontes Após sete rodadas disputadas, o assunto mais falado sobre o Brasileirão é o VAR. O polêmico árbitro de vídeo ainda não caiu nas graças dos brasileiros e vem sendo alvo de críticas constantes por parte de jogadores, treinadores e torcedores. Nas duas últimas rodadas, vários jogos foram decididos por ações do VAR e as principais críticas são sobre o tempo que os árbitros estão demorando para tomar decisões, a falta de critério em lances de interpretação e a falta de imagens claras para os torcedores, especialmente, em lances de impedimentos milimétricos. O Botafogo teve dois gols anulados contra o Internacional, sendo um deles um lance de interpretação, que comentaristas de arbitragem acharam errada a

A impressão é a de que os juízes de campo viraram auxiliares do árbitro de vídeo

anulação. Na partida entre Santos e Flamengo também houve dois gols anulados por impedimentos milimétricos, com o VAR demorando mais de 5 minutos para avaliar os lances. Na rodada do meio da semana, mais uma vez, o Santos teve o jogo decidido pelo VAR, que validou um gol do Vasco e auxiliou o árbitro a marcar um pênalti na segunda etapa. Mas a principal polêmica da rodada aconteceu na partida entre Atlético-MG e São Paulo, em que o tricolor paulista teve um gol anulado por impedi-

mento e, na imagem disponibilizada, não há como afirmar se estava ou não em posição irregular. Apesar das críticas e das polêmicas, o problema não está no VAR, visto que, na Europa, ele funciona bem, em lances pontuais, com transparência para os torcedores e com rapidez nas tomadas de decisões. No Brasil, as falhas no uso do árbitro de vídeo parecem estar relacionadas à má preparação dos árbitros, que cometiam erros sem vídeo e seguem cometendo com o auxílio da tecnologia.

Após 5 meses sem treinar em grupo, as atletas do time feminino do Real Brasília (foto) se reapresentaram, nesta semana, no Centro de Treinamentos do clube para realizar testes físicos e de covid-19. Posteriormente, retomarão os treinos coletivos visando à volta do Campeonato Brasileiro Feminino, a partir de 25 de outubro, quando a equipe enfrenta o Vila Nova-ES, no estádio Defelê, na Vila Planalto. Atuais campeãs do DF, as Leoas do Real Brasília agora buscam realizar mais um sonho: conquistar uma vaga na elite do futebol feminino. Antes da paralisação por causa da pandemia, a equipe estreou na competição nacional fora de casa contra o Botafogo e empatou em 0 a 0, em partida válida pelo grupo E, que conta ainda com Atlético-MG, Goiás, Vasco-RJ e Vila Nova-ES. (GP) DIVULGAÇÃO

COPA DO BRASIL

Confira os outros jogos

Botafogo e Vasco disputam vaga nas oitavas

América-MG* x Ponte Preta Atlético-GO* x Fluminense Ceará* x Brusque CRB* x Juventude Vasco* x Botafogo

Na terça-feira (1º), foram sorteados os confrontos da quarta fase da Copa do Brasil, a última antes das oitavas de final, quan-

do entram os times da Copa Libertadores e dos campeões da Série B, da Copa do Nordeste e da Copa Verde de 2019. O des-

Entregamos em Domicílo ou Retire seu pedido

taque do sorteio foi o clássico carioca Botafogo X Vasco, que se enfrentarão pela primeira vez na história da competição. (GP)

(*) Decidem o confronto como mandantes

202 Sul

Taguatinga Norte


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