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Caroline Romeiro – Página 11
DIVULGAÇÃO
Chocolate não é vilão das dietas
Ano XII - número 560
Dedé Roriz – Página 12
Brasília, 2 a 8 de abril de 2022
Paula Belmonte comanda federação PSDB-Cidadania no DF Pelaí – Páginas 2 e 3
O DI É NOSSO!
ANTÔNIO SABINO
A população de Taguatinga resiste à privatização da
presa do dono de uma rede de postos de combustíveis.
histórica Praça do DI. Principal ponto de convivência
Manifestação realizada no sábado (2) mostrou que a
da cidade, o espaço público está ameaçado após os Cor-
comunidade está unida. “Não aceitaremos isso passi-
reios venderem um terreno de 800m² para uma em-
vamente”, diz o médico Júlio Carneiro.
ANTÔNIO SABINO
Em vez de escola, prédio Em Águas Claras, a Terracap vendeu para a Real Engenharia um lote de 6 mil m² na Quadra 104 cuja destinação era para escola pública. Moradores protestam, mas a empreiteira, que pagou R$ 31 milhões pela área, já instala tapumes – bloqueando as calçadas – para iniciar a construção de três torres de 19 andares com 136 apartamentos Página 7
Páginas 6 e 7
Luos proíbe novas escolas em casas nos Lagos Norte e Sul e Park Way Chico Sant’Anna – Página 10
Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 2 a 8 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br
Ex pedien te
Rapper na política – O rapper Hungria, campeão de visualizações nas plataformas de música de todo o Brasil, poderá ter papel importante no tabuleiro político do DF este ano. O irmão dele, Leandro Hungria, usará o nome Rapper Hungria para concorrer a um cargo eletivo. Ele deve ser um puxador de votos no palanque de Reguffe.
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Paula Belmonte comanda federação Acordo fechado na quarta-feira (30) pela deputada Paula Belmonte com a direção nacional do Cidadania assegurou a permanência dela na legenda e o comando, no Distrito Federal, da federação com o PSDB. O acordo pode dificultar a pretensão do senador Izalci Lucas (PSDB) de concorrer ao Palácio do Buriti.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SEMELHANÇAS – A deputada apontou semelhanças no trabalho dela com o de Reguffe: “Nossa atividade legislativa sempre foi pautada pela eficiência, honestidade e respeito ao dinheiro público. É com esse espírito que, juntos, vamos transformar Brasília”, disse.
COSTURA – A costura de Paula Belmonte terminou após reuniões com o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, com o líder da legenda na Câmara, Alex Manente, e com o ex-senador Cristovam Buarque. O que deu a palavra final ao Cidadania foi o número de votos para deputado federal na eleição de 2018, quando o partido teve desempenho melhor do que o PSDB. BENÇÃO – Freire autorizou que a parlamentar falasse em nome do diretório do DF. Cristovam, um dos responsáveis pela entrada
ser candidato a deputado federal. Paula tinha convites para ir para vários partidos e permaneceu no Cidadania com a garantia de que poderá ser candidata a um cargo majoritário. Ela pode ser vice na chapa do senador José Antônio Reguffe União Brasil) ao Buriti.
de Paula no partido, apoiou. Agora, o ex-senador é cortejado para
TODOS JUNTOS – O senador Izalci Lucas disse ao Brasília Capital que permanecerá no PSDB e acredita que será o candidato ao GDF. “Vamos caminhar todos juntos. Estaremos na mesma frente. Vamos ganhar a eleição no segundo turno numa frente com Reguffe, a senadora Leila (Barros-PDT), a Paula e eu”.
A desunião no União Brasil UNIÃO? – A filiação de Sergio Moro deixou clara a desunião no União Brasil. Luciano Bivar e Antônio Rueda, presidente e vice da legenda, articulavam a chegada do ex-juiz. Ao mesmo tempo, a turma de ACM Neto e Ronaldo Caiado soltava nota para afirmar que Moro chegava, mas não como presidenciável. Também em nota, Moro disse que abriu mão, “nesse momento”, da candidatura ao Planalto. Assim, a única união estável de Moro até agora é com sua esposa Rosângela, que também se filiou à sigla para concorrer a deputada estadual por São Paulo.
MARCELLO CASAL JR/ AGÊNCIA BRASIL
Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 2 a 8 de abril de 2022 - bsbcapital.com.br MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Tudo Verde A filiação do distrital Reginaldo Veras ao Partido Verde, na quinta-feira (31), foi uma festa com 300 pessoas no bar Tropical Beer, em Ceilândia. Pré-candidato a deputado federal, o ex-pedetista recebeu o apoio do presidente regional, Eduardo Brandão, e do pré-candi-
dato do PV ao GDF, Leandro Grass. Também estavam presentes, e assinaram a ficha do PV, cinco pré-candidatos à Câmara Legislativa: os professores Marcos Antônio, Waldir Cordeiro, Sandra Palmeira e Mariana Almada, e o ex-deputado Wasny de Roure.
Sapateiro volta à cena DIVULGAÇÃO
O ex-deputado Olair Francisco ensaia a volta à política como o candidato a distrital. Cearense, ele é visto entre empresários como um sapateiro que venceu na vida. Olair é dono da rede de lojas Aggitus Calçados e chegou a ser cotado como possível vice na chapa de Ibaneis Rocha (MDB) em 2018. Mas concorreu a federal pelo PP. Esta semana ele se filiou ao União Brasil, a convite do senador José Antônio Reguffe e do presidente local da legenda, Manoel Arruda (foto).
Feijoada da Rosilene Pré-candidata ao GDF pelo PT, a professora Rosilene Corrêa mantém a tradição de comemorar seu aniversário com uma feijoada pelos amigos. A festa deste ano acontece no domingo (3), a partir das 13h, na sede da escola de samba Acadêmicos da Asa Norte. Cada convidado leva a própria bebida.
Caixa prorroga home office até 30 de abril A Caixa Econômica Federal informou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que atenderá a reivindicação dos empregados e prorrogará o “Projeto Remoto Excepcional” até o dia 30 de abril. O banco enviou comunicado a todas suas unidades informando aos gestores que eles podem manter em home office quem já está exercendo suas atividades remotamente, e/ou incluir outros empregados. Informou, ainda, que cada gestor deverá combinar previamente com cada empregado as atividades a serem exercidas remotamente, registrá-las no sistema de recursos humanos (SISRH) e acompanhar o cumprimento das tarefas. “Por mais que os casos de contaminação e mortes por covid-19 estejam reduzindo, precisamos estar alertas com os novos surtos e para evitar novas ondas da doença no País”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara, que é secretária-geral do Sindicato. “Melhor fazermos nossa ‘lição de casa’, segurarmos mais um pouquinho. Se tivéssemos feito um lockdown de verdade no início da pandemia, poderíamos ter reduzido o número de contaminações”, completou. SOBRECARGA – Fabiana concorda que os empregados que estão atendendo presencialmente a população estão sobrecarregados. “Mas, a solução não passa pelo retorno de todos os trabalhadores que estão em home office. Muitos têm outras
doenças que podem ser agravadas caso contraiam o vírus, e o que seria uma solução rápida, pode levar à piora do quadro de sobrecarga”, disse a coordenadora da CEE/Caixa. Para ela, a redução da sobrecarga passa pela contratação de mais empregados. “A Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais já autorizou o aumento do quadro de pessoal, com a contratação de concursados. Porém, apesar de seu presidente, Pedro Guimarães, ter propagandeado que contrataria 4 mil novos empregados, o banco não contratou nem o que foi autorizado”, disse. “O problema também está acontecendo com as pessoas com deficiência aprovadas em concurso específico realizado em 2021. A Caixa faz propaganda para a mulher do Bolsonaro aparecer, mas é muito marketing e pouca efetividade”, lembrou. A Caixa tem criado entraves para a contração dos aprovados no concurso específico para PCDs, realizado em 2021. Também há demora para a contratação de aprovados em 2014. “Precisamos lutar para acabar com a sobrecarga de trabalho, que compromete a saúde e a vida dos trabalhadores”, concluiu Fabiana Uehara.
Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
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Soberania ou submissão? Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL
Em que situação o governo Zelenski colocou a Ucrânia? A de uma nação soberana ou de bucha de canhão da OTAN? Ora, não há que se falar de soberania quando os governantes aceitam colocar o país como marionete dos EUA para provocar a Rússia. Embora o conflito envolva questões étnicas, religiosas e ideológicas, se trata, sobretudo, de interesses econômico-financeiros. De um lado, Biden, representante dos trustes norte-americanos, apoiado pelos liberais e social-democratas europeus, de olho nos recursos naturais da Rússia (que também seduzem os chineses). De outro, Putin, chefe dos oligarcas russos – ex-burocratas stalinistas que se apropriaram das empresas privatizadas após a dissolução da URSS e enriqueceram com a destruição das conquistas da Revolução de 1917 – que
não quer entregar o petróleo e o gás russos aos trustes norte-americanos. E o “comediante/palhaço” colocou a Ucrânia na linha de fogo entre EUA e Rússia. À título de revisão histórica, vale frisar que o povo ucraniano começou a se distinguir dos russos e bielorrussos apenas no século XVII, com a formação dos “estados” cossacos na República das Duas Nações (Polaco-Lituana), o Hetmanato Cossaco e o Zaporozhian Cossaco, no centro da atual Ucrânia. Ainda no século XVII, os dois “Estados” passaram à influência do Czarado da Rússia. A partir daí, fortes correntes migratórias ucranianas dirigiram-se para duas regiões russas: a subpovoada de Sloboda (atual oblasts de Sumy, Kharkiv e Luhansk), tomada dos lituanos ainda no século XVII, e para os “campos selvagens” da chamada “Nova Rússia” (bacias do Mar Negro, Mar de Azov e baixo Dnieper), tomada dos turcos no século XVIII. A Ucrânia só viria a se constituir como nação independente após a Revolução Russa de Outubro de 1917. Lênin, que chamava o Império Czarista de “prisão dos povos”, em sua “Carta aos operários e camponeses
da Ucrânia”, em 1919, afirmou: “A independência da Ucrânia foi reconhecida pelo Partido Bolchevique e pela República Socialista Soviética da Rússia. Somente os operários e camponeses da Ucrânia, em seu Congresso de Sovietes, podem decidir a questão de fundir a Ucrânia com a Rússia ou ficar como uma república independente”. A Ucrânia que ingressou na URSS em 1922. Sobre a delimitação da fronteira, Lênin afirmou: “Sejam quais forem as fronteiras da Ucrânia e Rússia, sejam quais forem as formas de suas relações como Estados, não são coisas tão importantes. Sobre isto se podem e se devem fazer concessões. A causa da vitória sobre o capitalismo não sucumbirá por isto.” Lenin, por priorizar a revolução proletária, defendia que a delimitação das fronteiras entre Rússia e Ucrânia não fosse empecilho. Assim, as duas regiões historicamente russas, Sloboda e Nova Rússia, foram incorporadas ao território ucraniano em 1922 (a Galícia em 1945 e a Crimeia, em 1954). Foi a este processo que Putin, não desprovido de alguma razão, se referiu como “parte dos territórios his-
tóricos da Rússia ‘entregues’ à nascente nação ucraniana por Lenin e seus camaradas bolcheviques”. Não por acaso, segundo o Censo Russo de 1897, os russos étnicos eram 68,2% em Luhansk; 63,1% em Kharkiv; 63,2% em Mariupol; 57,8% em Kerch; 49,1% em Odessa; e 66,3% em Mykolaiv, todas grandes cidades das regiões russas incorporadas à Ucrânia em 1922. Após a criação da URSS, a migração ucraniana para essas regiões se intensificou. Mesmo passados 70 anos, em 1991, 69,2% da população da Crimeia ainda era de russos étnicos, assim como 46,5% da região do Donbass (províncias separatistas de Donetsk e Luhansk). Ocorre que, após a independência da Ucrânia, em 1991, se iniciaram as perseguições e 1,09 milhão de russos étnicos deixaram a Criméia e o Donbass até 2001. Em síntese, não foi despropositada a secessão da Crimeia e tampouco o é a pretendida autonomia do Donbass.
(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
Mais um ataque aos professores e ao funcionalismo Fátima Sousa (*) Em mais uma DIVULGAÇÃO demonstração do desprezo que sente pela educação e por quem se dedica ao ofício de transmitir conhecimento, o presidente da República sancionou, no dia 9 de março, a Lei Complementar 191/22, que confisca tempo de serviço de professores das redes públicas em todo o Brasil, de autoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Tal lei torna o período do isolamento social, de maio de 2020 a dezembro de 2021, inexistente para fins dos planos de carreira e obtenção de direitos como licença-prêmio e outros benefícios, e atinge também os demais funcionários públicos. Segundo o governo, a exceção feita
aos servidores da segurança, militares e profissionais das áreas de saúde, foi em reconhecimento pelo trabalho na linha de frente de combate à pandemia. O argumento busca trazer à medida algum sentido de justiça, mas não passa de uma falácia cujo verdadeiro propósito é reafirmar o desrespeito sistemático contra o funcionalismo, dentro do projeto de Estado mínimo, dedicado à dilapidação de nossas riquezas, à destruição de nossos ecossistemas e políticas sociais. A medida despreza o trabalho remoto do funcionalismo, que, durante o período a que se refere a lei, precisou fazer mais gastos pessoais para se manter conectado às redes virtuais, enquanto as repartições públicas economizavam energia e insumos. No caso dos professores (as), o governo desconhece que eles (as) continuaram trabalhando, selecionando temas que podiam ser veiculados de forma alternativa, escre-
vendo tarefas em cartazes, corrigindo cadernos entregues em suas casas, fazendo parcerias com rádios e TVs comunitárias para transmitir conteúdos, buscando apoios para distribuição de equipamentos e acesso à internet. Vale destacar, ainda, que, segundo o Censo Escolar de 2020, 96,4% dos docentes do ensino fundamental são mulheres, que culturalmente, têm dupla jornada de trabalho. Muitas chefiam famílias monoparentais. A medida atinge também o viés de gênero, que o governo nega peremptoriamente, apesar de considerar as mulheres “praticamente integradas à sociedade”, como disse o presidente no dia 8 de março. Professores (as) fizeram tudo isso sob o estresse dos que conheciam a fome que assola muitas famílias, sem que as crianças pudessem aceder à merenda escolar, e diante da omissão de um governo que desprezou as políticas sociais emergenciais e queria
servir restos de comida à população. A categoria sofreu o estresse por conhecer o contexto de violência e abuso sexual de muitas crianças em seus lares, muitas vezes as principais causas dos atrasos de desenvolvimento cognitivo, que tornam o ensino infantil um trabalho ainda mais árduo. Juristas têm se manifestado em declarar a inconstitucionalidade dessa lei. Portanto, professores (as) e funcionários públicos em geral: procurem seus sindicatos. É importante mover uma grande ação conjunta nos tribunais contra mais esse absurdo e provar a sua inconstitucionalidade. O episódio mostra, também, a importância de, neste ano, elegermos um presidente e uma bancada no Congresso Nacional capazes de barrar o avanço desse projeto de destruição nacional. (*) Professora
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Taguatinga mobiliza em defesa da Praça d FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Moradores realizam ato contra a venda de um terreno no centro da área de lazer José Silva Jr Moradores de Taguatinga estão mobilizados contra uma obra que pode desconfigurar a Praça do DI (setor CSA), considerada o principal ponto de eventos e comemorações da cidade. Denominada de “A praça é nossa! É do povo! É de todos”, a manifestação aconteceu na manhã de sábado (2) e reuniu cerca de 2 mil pessoas. O terreno de 800m² no meio da Praça do DI foi vendido em dezembro do ano passado. A área pertencia à Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e foi vendida por R$ 2,3 milhões (cerca de R$ 3.000 o metro quadrado) para a Seasons Imobiliária Ltda., de propriedade de um empresário do ramo de distribuição de combustíveis. Procurada, a Administração Regional explicou que não pode intervir no assunto (o que poderá vir a ser construído no espaço que, até o fim do ano era de uso da população) porque o terreno é de propriedade particular. Passividade – Mas é justamente esta passividade do Poder Público local que incomoda o médico Júlio Carneiro, 65 anos, morador de uma quadra no setor QNA, próxima ao DI. “Aqui é, historicamente, o principal espaço dos eventos e comemorações da comunidade de Taguatinga. Não podemos admitir passivamente
Moradores de Taguatinga realizam ato em protesto contra venda de terreno público da praça do DI, vendido a um empresário do ramo de distribuição de combustível
que ele seja destruído para dar lugar a um prédio que não sabemos nem mesmo o que virá a abrigar”, diz ele. O advogado Eloy Barbosa de Oliveira, 76 anos, chega a ficar com os olhos marejados quando fala do assunto. Morador de Taguatinga há 46 anos, ele conta que visitar a praça era uma tradição que perpassa gerações de sua família. “Perdi um pedaço da minha identidade. Quando falo disso aqui dá até vontade de chorar”, lamenta o aposentado.
Referência do skate nacional Os dois antigos moradores se juntaram a outros grupos da cidade que têm cobrado das autoridades a mudança da destinação da área, que até a década passada abrigava, por exemplo, um dos melhores “ralf” para prática de skate do País e foi demolido durante gestões anteriores. “À época, a Praça do DI era conhecida em todo o Brasil. Infelizmente, o ralf foi demolido e
deixou um grande vazio cultural e esportivo em nossa cidade”, lembra Júlio Carneiro. Eloy Barbosa recorda, ainda, dos bancos e mesas de concreto onde jovens e idosos se reuniam para jogar dama ou xadrez. “Certamente, não vai ser nada de praça. Vai ser um prédio. A empresa pode ter comprado, mas não tem direito de construir nada porque é um lugar público”, argumentam.
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ada do DI Mau presságio Pode ser um mau presságio, mas o futuro daquele quinhão do DI, considerado Área Especial, pode não estar tão longe. Na última quarta-feira (30), a Administração de Taguatinga e o GDF inauguraram a revitalização da praça. Foram recuperados alguns equipamentos, como a quadra, os bancos, parte do piso e estacionamentos. Porém, a obra acaba quando se inicia o limite da área vendida pela ECT. Isto aguçou o temor dos defensores da praça de que, em vez de equipamentos lúdicos para a população, esteja em andamento a implantação de um prédio de apartamentos ou estabelecimentos comerciais, desde bar, restaurante, lanchonete, rede de fast food ou até mesmo uma igreja. “O certo é que a praça está tendo prejuízo porque impede de ser reformada”, disse Felipe Resende, de 28 anos.
Terreno foi doado à ECT Os moradores recordam que o espaço foi reconhecido como bem público (praça de uso comunitário) em 1962. Apenas em 1968 o terreno de 800² foi doado aos Correios – que, à época, também ganhou áreas em outras praças de Taguatinga. “É injusto agora venderem uma área pública que receberam de graça”, alega Carneiro. A Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), aprovada em 2019, define que o lote é de uso institucional, mas para se instalar equipamento público, o que compreende uma agência dos Correios, mas não um posto de gasolina, por exemplo.
FOTOS: ANTÔNIO SABINO
Prédio de luxo em lugar de escola pública A cinco quilômetros da Praça do DI, os moradores de Águas Claras, também vivem às turras com um problema semelhante ao que ocorre em Taguatinga. Nos estertores de 2020, a Terracap vendeu uma área de 6 mil m² na Quadra 104 que era destinada à construção de uma escola pública. Agora, a adquirente Real Engenharia Ltda., que pagou R$ 31 milhões pelo terreno, pretende construir ali três torres de 19 pavimentos cada, num total de 136 apartamentos de quatro quartos de alto padrão. Mas a Associação dos Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac) é contra a mudança da
destinação da área e fez um manifesto que foi protocolado na Ouvidoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A entidade argumenta que “não bastassem todos os vícios até aqui apontados, a construção de um empreendimento desse porte na cabeça da quadra fere de morte a escala monumental da cidade e o respectivo projeto urbanístico, visto que destoa completamente da praça e dos templos vizinhos”. A maior preocupação é com o impacto que a obra causará para a cidade. Diretor da Amaac, Rodolfo Rodrigues, 39, enumera os prejuízos: “O GDF mudou essa destinação e isso vai prejudicar a popula-
Terracap vende área destinada à escola pública para empresa privada
ção. Vai aumentar o adensamento populacional e impactar o trânsito. Vai ser muito ruim”, acredita.
Intimação demolitória A Secretaria DF Legal informa que esteve no local no dia 19 de março, quando aplicou uma intimação demolitória para que os responsáveis pela obra removessem a estrutura metálica que estava ocupando área pública e que não tinha licença para tal. Já a Administração Regional de Águas Claras informa que a obra não foi embargada porque a empresa possui alvará de construção (só não tem a licença para o tapume). “Esclarecemos que o terreno é particular e não faz mais parte do
estoque da Terracap. Foi vendido no edital 11/2020”, diz nota da Regional enviada ao Brasília Capital. A destinação do terreno é: comercial, prestação de serviços, institucional, industrial e residencial não obrigatório (que são permitidos, simultaneamente ou não, o uso comercial, de prestação de serviços, institucional, industrial e residencial, nas categorias habitação unifamiliar e habitação multifamiliar em tipologia de apartamentos, não havendo obrigatoriedade para qualquer um dos usos).
Ou seja, legalmente, a construtora está resguardada para levantar mais um arranha-céu onde o governo deveria construir uma escola pública para alunos de baixa renda. OS DOIS EXEMPLOS – da Praça do DI, em Taguatinga, e do prédio no lugar de uma escola em Águas Claras – reforçam a certeza de que, no Distrito Federal, atualmente, os interesses da inciativa privada tratoram a vontade da população. E com a conivência do Poder Público local e federal. (JSJr)
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Bandeira vermelha na gestão da saúde do DF Como forma de organizar o caos nas unidades de saúde, a Secretaria de Saúde do DF adotou o sistema de classificação de riscos por bandeiras, que correspondem às cores de classificação que os pacientes recebem quando são triados. Assim, se a unidade está em bandeira vermelha, ninguém com classificação de risco de outra cor será atendido nesse hospital. Em tese, não é uma ideia ruim. Mas, quando o sistema inteiro tem déficit de pessoal, em especial médicos, não resolve muita coisa, pois o paciente fica sem alternativa de atendimento ou obrigado a perambular de porta em porta até encontrar uma unidade de saúde (hospital, UPA ou UBS) que o acolha. Ou pior: até sua condição de saúde se deteriorar e a gravidade do caso requerer a admissão imediata. Ou seja, é uma gestão de risco para a administração e não para o paciente. Há poucos meses, em um plantão de bandeira vermelha no Hospital da Região Leste (Paranoá), uma pediatra que atendia crianças em condição grave foi abordada por um policial militar lhe dando ordem para atender um paciente de classificação laranja. Diante da alternativa de ser levada para a delegacia e autuada (deixando os pacientes desassistidos), atendeu ao “pedido” da autoridade policial.
No plantão seguinte, pediu demissão. Era uma profissional competente, com mais de 10 anos na Secretaria de Saúde. O fato é que as condições de trabalho dos médicos na rede pública estão se deteriorando de forma assustadora. Isso é provocado, em parte, pela falta de profissionais da área nos quadros do serviço público do DF. O edital do concurso recém-lançado é insuficiente. Na especialidade de clínica médica, por exemplo, foram disponibilizadas 20 vagas. Só na emergência do Hospital do Gama o déficit é de 18 clínicos. Nem o cadastro de reserva, duas vezes maior que o número de vagas oferecidas, resolveria o déficit atual de algumas especialidades. Sabe-se, de antemão, que 30% dos aprovados não vão assumir ou, ao encontrar as condições de trabalho adversas como estão e os salários que não compensam os riscos que a profissão envolve, não vão ficar – em especial nas unidades nas cidades mais distantes e com uma demanda mais pesada, como os hospitais de Ceilândia, do Gama e de Planaltina. Nas unidades sob administração do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde, o IGESDF, a situação não é melhor. O processo de contratação é simplificado e o salário um pouco maior,
mas sem condições dignas de trabalho, com alta demanda e sem a estabilidade do contrato estatutário e a possibilidade de progressão na carreira. Também é difícil contratar e mais ainda manter profissionais. Enquanto não se contratar profissionais em quantidade adequada para equilibrar a carga de trabalho, a tendência é de o esvaziamento piorar e o sofrimento dos pacientes aumentar. E é necessário rever a remuneração das categorias profissionais, que estão muito abaixo do mercado de trabalho, sob pena de se perder esses profissionais para a iniciativa privada. Além disso, a exemplo do que o Ministério Público exigiu que a SES-DF fizesse em relação aos leitos de UTI, a Secretaria de Saúde deveria dar publicidade diária à condição de atendimento, ou as bandeiras, das unidades de emergência de todo o DF. Assim, pelo menos, o paciente saberá em que porta não adianta bater. Não resolve o sofrimento do paciente, nem a sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde, mas pelo menos ameniza o drama da peregrinação de pacientes desesperados pelas unidades de saúde da cidade. Pelo estado atual das unidades públicas de saúde locais, a bandeira vermelha, além de
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
ocorrer nas emergências, deveria ser decretada nos gabinetes dos responsáveis pela perpetuação do caos nas unidades de saúde.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
Projeto Literatura na MPB vai à Fercal neste fim de semana FOTOS: DIVULGAÇÃO
O projeto Literatura na Música Popular Brasileira, idealizado pelo artista Adriano Rocha, terá duas apresentações neste fim de semana, ambas abertas ao público geral. No sábado (2), às 20h30, será no Espaço La Dilla, na praça central da Comunidade Rua do Mato (Fercal). No domingo (3), o grupo leva o projeto para a feira permanente do Engenho Velho, também na Fercal, às 10h. O Literatura na MPB tem movimentado escolas públicas de Sobradinho, Sobradinho 2 e Planaltina. Alunos aventuram-se com suas bandas, pedem a palavra e se reúnem para ouvir o músico – que se apresenta acompanhado de José Cabrera (teclados), Deth Santos (bateria) e Gean Carlos (baixo). O interesse é tanto que professores e coordenadores de outras escolas têm solicitado a apresentação.
Projeto Literatura na Música Popular Brasileira chega à Fercal
Para o projeto, realizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), Adriano selecionou um repertório inspirado na literatura – livros, poemas e
fragmentos. Os estudantes recebem o programa com a letra e a história de cada composição. Entre os textos musicados estão: “Funeral de um la-
vrador”, de João Cabral de Melo Neto, e “Réquiem para Matraga”, música de Geraldo Vandré inspirada em Sagarana, de João Guimarães Rosa.
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Professores sem reajuste há sete anos Sabe quanto o professor (a) do seu filho recebe de auxílio alimentação? R$ 394,50. Sabe quando foi o último reajuste desse benefício? Em 2014. São oito anos sem nenhum reajuste. Segundo o Dieese, em 2014 o custo da cesta básica era de R$ 331,19. O mesmo instituto calcula que esse custo está em R$ 670,98. Um aumento de 102,5%. Está cada vez mais difícil resolver a equação compras de mês/remuneração mensal. A disparada dos preços, iniciada em 2021, acelerou neste ano. Frente a isso, professores (as) e orientadores (as) educacionais da rede pública de ensino no DF amargam oito anos sem reajuste no auxílio-alimentação e sete anos sem reajustes em seus salários. De acordo com a Lei Complementar nº 840/2011, o reajuste do auxílio-alimentação detodos os servidores (as) públicos (as) do DF deve ser feito anualmente. O “aumento” anunciado pelo governador Ibaneis Rocha é apenas o cumprimento de ordem do TJDFT de que o GDF efetue o pagamento da última parcela do reajuste conquistado em 2015. E esse valor é irrisório.
A categoria não luta não só pela valorização de seus cargos, mas também por condições de trabalho dignas – que se traduzem em mais qualidade de ensino para o seu filho. As reivindicações dos professores vão muito além de questões salariais. As pautas pedagógicas da categoria não são desprezíveis. Segundo cálculos do Sinpro, a demanda reprimida por concursos públicos para repor o quadro do magistério público distrital é de mais de 5 mil professores, sem contar com o fato de que, do total de 35.504 profissionais em sala de aula no DF, 10.791 são de contrato temporário, e sem considerar o aumento demográfico da população, que gera a demanda natural por mais unidades físicas de ensino e mais professores. Há também a necessidade de ao menos mais 3 mil monitores para dar conta das demandas dos estudantes com necessidades especiais – e 14 mil concursados aprovados aguardando convocação. Essa demanda reprimida de novos profissionais fica evidente ao vermos as turmas superlotadas em meio a mais de
ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL
Professores (as) e orientadores (as) do DF estão há sete anos sem reajuste salarial
26 mil novas matrículas e nem uma nova escola construída no DF. É por conta de todos esses problemas que, no próximo dia 27 de abril, os professores do seu filho farão uma assembleia geral com paralisação.
Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
Escola Técnica de Ceilândia expõe alunas ao perigo A jornalista Edvaneide Araújo resolveu atualizar os estudos com um curso de informática na Escola Técnica de Ceilândia (ETC). Como trabalha o dia todo, matriculou-se no turno noturno. As aulas começaram no dia 14 de fevereiro e a previsão de conclusão é 22 de dezembro. Mas Edvaneide está pensando em desistir do curso. Ela conta que as aulas terminam às 22h50. Por medo de andar só à noite – já foi assaltada e perseguida por marginais várias vezes naquele setor – precisa chamar um transporte por aplicativo. No entanto, o vigia da ETC a proíbe de permanecer no interior da escola enquanto espera o carro chegar. “Fico apavorada. É assustador permanecer sozinha, do lado de fora, com o portão fechado”, relata Edvaneide. A mesma situação foi vivida por outra aluna, que prefere não se identificar.
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Escola Técnica fecha portões e deixa estudantes expostas ao perigo do lado de fora
“Aqui não tem patrulhamento regular. A gente fica totalmente exposta”, diz a estudante. Segundo ela, é perigoso até mesmo ir caminhando até a estação do metrô, que fica próximo, mas que tem uma área deserta e escura no caminho, onde se concentram moradores de rua e usuá-
rios de drogas. “Estou saindo mais cedo da aula porque, se o transporte demorar, não preciso ficar lá fora sozinha esperando”. Edvaneide lembra que no dia 10 de março pediu o transporte por aplicativo. O motorista estava finalizando uma viagem e demorou a chegar. Ao trancar os portões e dei-
xa-la de fora, o vigilante informou que estava cumprindo ordens de não manter ninguém após o horário nas dependências da instituição. A estudante levou a reclamação à direção da ETC. A resposta foi que a escola segue regras da Secretaria de Educação, segundo as quais, após as 23h nenhum aluno pode permanecer no interior do estabelecimento “para garantir a segurança da escola e do vigilante”. “É absurdo a instituição se preocupar mais com o patrimônio da escola do que com a segurança e a vida dos alunos. Não custa nada o vigilante nos deixar ficar por mais cinco ou dez minutos esperando do lado de dentro, com o portão fechado, e quando o carro chegar abrir para sairmos”, sugere a jornalista. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação, mas não teve resposta até a publicação desta matéria.
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
CLDF aprova Luos: treino para o PPCUB e PDOT Após 15 meses de estica e puxa, a Câmara Legislativa aprovou, quarta-feira (29), sob forte pressão a nova versão da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Embora a lei anterior tenha sido sancionada em janeiro de 2019 pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), setores econômicos poderosos pediram por uma nova Luos, mais flexível do que a anterior, votada na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). O novo projeto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh) voltou a assustar moradores com velhos pesadelos, como a abertura das atividades econômicas em bairros estritamente residenciais. Em meio ao isolamento social decorrente da pandemia de covid, o projeto foi elaborado com pouco diálogo com os moradores – salvo uma audiência online – e praticamente nenhum debate setorizado. Era como se quisesse passar a boiada rapidamente sobre o projeto urbanístico de Brasília. Os deputados distritais apresentaram 150 emendas tratando dos mais variados temas, que, embora pudessem parecer simplórios, escondiam interesses milionários - desde a faciliDIVULGAÇÃO
dade de licenciamento em todo o DF para casas fúnebres capazes de praticar o ato de mumificação de corpos, até a liberação de edifícios-garagens no Lago Sul. Os reais efeitos das novas regras da Luos serão sentidos mais na frente, mas o tema que ocupou as manchetes dos jornais foi a possível autorização de atividades econômicas nas residências do Park Way e Lagos Sul e Norte. De início, quiseram transparecer que o tema se referia apenas ao trabalho remoto,que se popularizou em meio à pandemia. Mas, o efetivamente proposto era o uso de imóveis residenciais para a instalação de empresas. RECUO – A pressão dos moradores dos três bairros foi grande e fez a CLDF recuar. Um recuo não integral. Portas ficaram entreabertas. Escolas pré-existentes à Luos poderão continuar a funcionar e até terem o ponto passado à frente. O mesmo acontece com clubes de serviços e maçonarias, que se somam às representações diplomáticas e empresas de advocacias, autorizadas em 2019.
Relator comemora unanimidade Relator da Luos, o distrital Claudio Abrantes (foto), que está saindo do PDT para o PSD, diz que a CLDF buscou o consenso, ouvindo o GDF, os deputados e a comunidade. “Prevaleceu o critério urbanístico, um trabalho técnico. Conseguimos a unanimidade das pessoas presentes nas galerias. Todos saíram satisfeitos: empresários, moradores, trabalhadores. Certamente não é um trabalho perfeito, mas foi o esforço possível”. Para o advogado Paulo Cunha, que assessorou as entidades dos três bairros, é preciso acabar com esse ciclo vicioso no DF de aprovar projetos sem preocupação com estudos prévios de demanda, capacidade da infraestrutura, investimento público, riscos ambientais e consulta prévia à comunidade impactada. Ao contrário do que aconselha o jurista, outros projetos urbanísticos já estão na fila para chegar à
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CLDF. “Este (a Luos) foi o primeiro tempo. No segundo tempo teremos o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) e o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). Nesses, vai ser ainda mais difícil obter o consenso”, adverte Abrantes.
Um rapper na tribuna da CLDF Natural dos guetos jamaicanos, o rap surgiu como um porta-voz para denunciar a violência das favelas de Kingston e temas mais polêmicos, como sexo e drogas. Na década de 1970, despontou nos EUA e ganhou o mundo. No Brasil encontrou terreno fértil. E não é diferente em Brasília. Agora, um rapper candango quer trocar o palco pela tribuna.
Darlan Democrático (foto) quer um espaço na Câmara Legislativa. “A minha raiz é a vivência de rua. Quero fazer uma campanha eleitoral corpo a corpo. Quero ser o representante das ‘quebradas’ da RIDE”, diz ele, que é filiado ao PSol. Para Darlan, o povo já compreendeu a importância de ter alguém da cultura da ‘perifa’ na CLDF. “Nas minhas músicas, bus-
co expressar as mazelas sociais brasileiras, critico as desigualdades do País, a população vivendo na pobreza, a concentração de renda e a corrupção. A música tem um papel social importante para o jovem, educando-o e conscientizando-o. Ela pode tirar a juventude da criminalidade. Precisamos de mais cultura e menos violência”, diz o artista.
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NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Chocolate não é o vilão das dietas Você pode, sim, se deliciar com os ovos de Páscoa sem comprometer a balança. Confira! Tenho certeza de que a maior parte dos nossos leitores tem uma quedinha por essa especiaria dos deuses que é o chocolate. Acertei? Pois é! A Páscoa está chegando, e no Brasil nós temos a cultura do chocolate. A questão é que, muitas vezes, ele é considerado o vilão das dietas. Será? A resposta é não. Nem todos os
chocolates são iguais. A ingestão de doces cabe tranquilamente numa rotina saudável e, além da moderação, existem dois outros pontos que valem ser destacados: escolha comer chocolate após uma grande refeição, tal como o almoço, pois as fibras e compostos bioativos presentes nos vegetais dessa refeição podem aju-
ESPÍRITA
José Matos Apelo e sofrimento “A vida é uma luta, é árdua. Não tente achar atalhos; não há atalhos, mas é assim que você chega ao topo” “Os dias prósperos não vêm por acaso. Colhemos aquilo que plantamos. Não existe nenhum atalho”. Para o caridoso, a gratidão, alegria e paz. Para o orgulhoso, a humilhação. Para o humilde, a exaltação. Para o egoísta, a solidão e indiferença dos outros. Para o cruel, a dor física ou moral. Para o preguiçoso, a paralisia. Para o caluniador,
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a mudez. Para o violento, a morte prematura. Para o ingrato, a falta de caridade alheia e a morte como indigente. Para o destemperado, a falta de amigos e o afastamento até da família. Para o preguiçoso ou desonesto no trabalho, a falta de emprego. Para o alcoólatra, a cirrose. Para o drogado, a loucura. Para o fumante, o câncer. Para o menti-
dar a controlar os picos de açúcar no sangue; e preste atenção à lista de ingredientes – escolha aqueles com maior concentração de cacau. Chocolates com mais de 70% de cacau são os melhores, e são considerados amargos. Caso o primeiro ingrediente da lista seja o açúcar, significa que é o que está em maior quantidade – é importante reforçar que os benefícios do chocolate vêm do cacau, e não do açúcar! Por isso, prefira os amargos,
que são melhores para a sua saúde! P.S.: Apesar de ter havido queda nas vendas de ovos de chocolate nos últimos anos, por causa dos preços “nas alturas”, chocolate ainda faz parte da cultura alimentar que permeia a Páscoa. Se puder, curta o momento da forma mais saudável possível.
roso, a desconfiança. Para o falso, pessoas falsas. Para o honesto, a melhoria gradativa da vida. Para pais adotantes, filhos biológicos. A vida funciona corrigindo e compensando. Mestre Osho comenta sobre apego, sofrimento e felicidade. Vejamos: “Nos apegamos a coisas muito facilmente. A vida é um fluxo, mas desejamos que as coisas continuem as mesmas. Isso é pedir o impossível. Uma pessoa jovem deseja permanecer jovem. Porém, mais cedo ou mais tarde ela irá envelhecer e, com isto, a velhice, em vez de trazer alegria, trará sofrimento. Do contrário, a velhice seria um dos pontos mais altos de uma vida, mas em vez disso, torna-se um buraco negro, porque nos apegamos à juventude, ao corpo, mas o corpo precisa partir um dia. Viva nele, cuide dele, mas não se apegue.
“Escolha sempre a felicidade, nunca escolha qualquer pensamento negativo. Milhões de pensamentos estão passando pela sua cabeça. Aquele que você escolhe torna-se real. Se você escolheu a miséria, ela torna-se real. Se você escolheu a miséria, torna-se mais fácil escolhê-la novamente. Torna-se uma prática. “Uma vez que você começa a escolher a felicidade, você começa a subir. E cada felicidade te faz mais confiante para reivindicar mais, para escolher algo ainda melhor. Lembre-se de que você é um caravanserai. A estadia é por uma noite. Pela manhã, terá que partir. A vida é uma luta, é árdua. Não tente achar atalhos; não há atalhos, mas é assim que você chega ao topo”.
(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista
Professor e palestrante
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Gastronomia Bastidores dos restaurantes
SCOA PECIAL PÁ
Dedé Roriz
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Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz Fotos: divulgação
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HAVANNA PARKSHOPPING
Ovo de Páscoa alfajor A franquia argentina Havanna, no piso 2 do Park Shopping, vai trazer uma deliciosa novidade para a Páscoa dos brasilienses: ovo de Páscoa alfajor (chocolate ao leite recheado com doce de leite e cobertura de chocolate amargo). Cada unidade terá 600 gramas de pura gostosura ao preço de R$ 135. Todos os ovos de Páscoa da Havanna vêm com doce de leite e tem várias opções. Entre elas, o ovo crocante com cristais de doce de leite (400g) a R$ 119. Outra é o ovo de Páscoa siciliano, de chocolate branco com limão siciliano e MAIS INFORMAÇÕES Instagram: cookies de doce de leite. @havannaparkshoppingbsb Para a criançada, o casal Nathalia Adriely e Flávio Oliveira, que assumiu a franquia em dezembro do ano passado, sugere a versão Kids, a partir de R$ 64,90. São mais de dez opções, como o trio mini ovos de chocolate branco ao leite e de doce de leite. E ainda tem as opções da linha Snoopy. A Havanna tem tortas incríveis a maioria à base do seu delicioso doce de leite argentino. Uma das melhores, a chocolina, vem com camada de biscoitos, doce de leite e chocolate. E tem a torta de massa folhada com doce de leite e marshmallow. A loja do ParkShopping também é uma excelente cafeteria, onde você pode saborear o tradicional café expresso ao cappuccino Havanna com borda de doce de leite. Uma sensação incrível de sabores.
DOCELU CAFÉ
Novos sabores A DoceLu Café, da Vila Planalto, lançou seu cardápio de ovos de Páscoa Gourmet e já está aceitando encomendas. Entre as novas opções tem o ovo recheado com brigadeiro, o de leite ninho com nutella, o de creme brulée. Todos a partir de 400 gramas. A DoceLu também tem opções de ovos de Páscoa Kids, mini confeiteiro e trio de chocolatudo (Ferrero, Kinder e Rafaelo). MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: @docelu_cafe Encomendas: (61) 98332-1070