Jornal Brasília Capital 482

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Candidato a prefeito de Luziânia pelo PSL tenta seguir os passos de Bolsonaro Brasília, 19 a 25 de setembro de 2020

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Ano IX - 482

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www.bsbcapital.com.br

Entrevista Eládio Carneiro

Páginas 6 e 7

COVID-19

DF testa vacina em outubro O L-2 IP Instituto de Pesquisa, que funciona na Asa Sul, vai vacinar 800 voluntários brasilienses a partir de 1º de outubro. É a terceira e última etapa dos testes do imunizante desenvolvido pelo laboratório Janssen – braço farmacêutico da Johnson & Johnson. O estudo é coordenado pelo médico Eduardo Freire Vasconcelos. Ele acredita que no início de 2021 os resultados serão disponibilizados para o governo. “A partir daí será uma questão de superar as barreiras burocráticas para início da produção no País”, diz ele. Veja como se inscrever para ser um voluntário. Página 4

Estreias O Brasília Capital ganha três novos colaboradores. Leia os textos de estreia dos colunistas

Mara Marques Direito Previdenciário

Página 9

Dedé Roriz Gastronomia

Página 10

Priscila Couse História & Arte

Página 11

Últimas da semana Aulas presenciais na rede privada recomeçam segunda-feira (21) no DF

Urubu vira suco Del Valle Flamengo é depenado por 5 a 0 no Equador. Técnico espanhol Domènec Torrent está “prestigiado” Gustavo Pontes – Página 12

Brasília quer saber: Onde está Wally (Iohan Andrade)? – subsecretário de administração-geral da Secretaria de Saúde, foragido da Operação Falso Negativo há um mês “Conversinha mole para os fracos” – De Jair Bolsonaro, em Sorriso (MT), sobre as pessoas que optam por ficar em casa durante a pandemia da covid-19. O Brasil já tem 4,5 milhões de infectados e 135 mil mortos pela doença


Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

Quem é o vilão do aumento do arroz? Paulo Goyas (*) DIVULGAÇÃO

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Giza Dairell Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

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Os produtores rurais não são os responsáveis pela alta no preço do arroz. O que há é uma série de fatores que geraram esses aumentos. Atualmente, a saca de arroz custa perto de R$ 100, mas poucos produtores têm grãos armazenados para usufruir dessa valorização. De acordo com o Cepea, o Brasil possui uma menor disponibilidade interna de arroz, o consumo do grão está em queda e as exportações foram favorecidas pela situação de pandemia. E o custo da produção em 2020 subiu 13,34% em relação a 2019. O Brasil é o maior consumidor fora da Ásia. De toda a produção mundial, apenas 4% a 5% são comercializados em nível interna-

cional, tornando o mercado mais sensível. Pequenas oscilações na produção ou no consumo podem acarretar grandes mudanças em termos de comercialização. Em 2019, o Brasil produziu 10,4 milhões de toneladas (13,4%) a menos do que em 2018. Para 2020, a estimativa é de que serão produzidos 10,5 milhões (aumento de 0,6% em relação a 2019). O Rio Grande do Sul produz 70,5% do arroz nacional (7,3 milhões de toneladas – crescimento de 1,8% em relação a 2019). O custo da saca oscila de R$ 46 a R$ 61, dependendo da região. A área plantada foi reduzida de 1,17 milhão para 930 mil hectares em cinco anos no Rio Grande do Sul e foi substituída por soja e pecuária. O custo por hectare cultivado registrou alta de 13,34% neste ano. Portanto, o que gera o aumento do preço do arroz é o aumento dos custos da produção. Os itens que mais subiram na safra 2019/2020 na comparação com o ciclo ante-

rior foram aguador (55,59%), terra arrendada (55,59%), secagem (55,57%), administrador (55,55%), aviação (53,71%) e água (51,73%). Alguns insumos tiveram redução: transportes internos (-65,15%), juros sobre custeio (-48,64%), fretes (-22,76%) e combustíveis, tanto nas operações de lavoura (-14,16%) quanto na irrigação (-14,54%). Dos rizicultores que recorrem a financiamentos, 30% têm acesso a crédito agrícola oficial e os outros 70% são financiados pela indústria e precisam pagar os empréstimos na época da safra. Por isso, poucos têm estoque. Já as grandes indústrias de alimentos, que detêm 70% da produção do País, possuem estoques até a próxima safra. Isto gerou a especulação. De sorte que é muito simplista imputar ao produtor o aumento do preço do arroz, sem analisar os fatores que levaram a isso. (*) Advogado

Más notícias para o “mito” Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

Abordaremos, neste artigo, o cenário nos 13 estados que decidirão as eleições de 7 de novembro nos EUA. E as perspectivas não são boas para Donald Trump, o amigo de Bolsonaro. Dissemos no artigo anterior que Joe Binden tem praticamente assegurada a vitória em 16 estados e no DC, que totalizam 200 delegados no colégio eleitoral. Já Trump tem vitória certa em 21 estados (164 delegados). Resta saber o comportamento do eleitorado em 13 estados, que concentram 174 delegados. Para vencer a eleição é necessário o voto de 270 dos 538 delegados. Dessa forma, Binden precisa de mais 70 votos e Trump de mais 106. O drama para Trump é que, hoje, a tendência é de Binden levar a maioria destes 174 delegados. Em Nevada (6 delegados) e Novo México (5), os democratas ven-

ceram em 2008, 2012 e 2016, e as pesquisas indicam vantagem neste ano. O mesmo ocorre no Colorado (9 delegados) e na Virgínia (13), estados que até 2004 votavam nos republicanos, mas que penderam para os democratas nas últimas três eleições, que aparecem pontuando nas atuais pesquisas. Na Pensilvânia (20 delegados) e em três estados do Meio Oeste - Michigan (16), Wiscousin (10) e Iowa (6) - todos com base industrial, numerosa massa operária e larga tradição democrata (venceu as 6 eleições de 1992 a 2012), Trump conseguiu quebrar essa hegemonia em 2016 com o discurso de “recuperar os empregos perdidos na Região para os chineses”. Mas hoje, com exceção de Iowa, Binden lidera com folga as pesquisas eleitorais. Já Trump corre sérios riscos em dois estados com larga tradição republicana: Geórgia (16 delegados) e Carolina do Norte (15), com magra vantagem nas pesquisas de 1 ponto e meio ponto percentual, respectivamente. Até mesmo no Arizona (11 delegados), em que os republicanos vencem desde 1952 (exceto em 1992, com vitória de Clinton), Binden

lidera com dois pontos de vantagem. Por fim, resta uma disputa acirrada na Flórida (29 delegados), que tem oscilado nos últimos seis pleitos, que Trump venceu em 2016, mas onde Binden leva 5 pontos de vantagem nas pesquisas e em Ohio (18), estado que há 31 eleições, desde 1896, vota no vencedor (exceto em 1944, quando foi um dos 12 estados que votou em Dewey contra Franklin Roosevelt e em 1960, quando votou em Nixon contra Kennedy). Em Ohio, as pesquisas indicam vantagem de 2,5% para Joe Binden. Em suma, se tivesse que arriscar um prognóstico, apontaria vitória de Binden em 10 dos 13 estados “indecisos”, totalizando 341 votos no colégio eleitoral, ficando Trump com 3 destes estados (Geórgia, Arizona e Iowa), e o total de 197 delegados. Por aqui, mais motivos de preocupação para Bolsonaro, além da pandemia, do desemprego e do preço do arroz. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável (UnB), ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia


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Ciro e o DEM – O eterno presidenciável Ciro Gomes exaltou o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), durante convenção municipal do PDT de Salvador (BA). A legenda apoia o candidato do prefeito ACM Neto, Bruno Reis, com a pedetista Ana Paula Matos como vice. Para Ciro, “nos grandes momentos o DEM tende a se alinhar às forças progressistas”. ACM Neto falou em um “namoro futuro”.

Osnei volta O Diário Oficial do DF trouxe, sexta-feira (18), a confirmação de Osnei Okumoto (foto) como secretário de Saúde. A nomeação ocorreu um dia após o Ministério Público Federal (MPF) opinar pela manutenção da prisão preventiva de quatro integrantes da cúpula da Pasta. FALSO NEGATIVO – Okumoto havia pedido exoneração em março. Francisco Araújo assumiu. No entanto, com a prisão do ex-secretário, o antecessor retorna. O grupo foi preso na Operação Falso Negativo, que investiga suposto superfaturamento em dispensa de licitação para fornecimento de testes

BRENO ESAKI/AGÊNCIA SAÚDE

Assustado com a péssima repercussão de uma entrevista do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues (foto), Bolsonaro foi para as redes sociais ameaçar com cartão vermelho qualquer auxiliar que falasse em reduzir benefícios de aposentados e pensionistas para criar o programa Renda Brasil e acabar com o Bolsa Família, que tem “DNA petista”. rápidos da covid-19. O esquema resultou em prejuízo ao erário na ordem de R$ 18 milhões.

Popularidade de em alta Pesquisa da XP Investimentos de setembro, publicada quarta-feira (16), indica uma alta de 25% em maio para 39% em setembro nas avaliações ótimo e bom do governo Bolsonaro. O regular continuou estável, em 24%, e o ruim e péssimo, que em maio estava em 50%, caiu para 36%. PÉSSIMO – O resultado da XP indica que deu certo a estratégia de Bolsonaro de criticar o isolamento social. Ele se diferenciou dos governadores e da OMS. E, após sua popularidade despencar, agora, com as pessoas cansadas do isolamento, se recupera. Em relação à pandemia, 49% consideram que a atuação do Presidente é ruim e péssima. EXPECTATIVA – A expectativa para o restante do mandato também melhorou: 40% acreditam que será ótimo e bom; e 35% que será ruim e péssimo. Regular, ficou em 22%. Em maio, as expectativas eram o inverso: 48% consideravam que seria ruim e péssimo e 27% ótimo e bom.

Bolsonaro enterra Renda Brasil...

GOVERNADORES – A avaliação dos governadores, que registrava índices de ótimo e bom de 44% em maio, está em 34%, sendo 27% de ruim e péssimo e 36% de regular. Os congressistas, cujo ótimo e bom chegou a 21% em abril, agora estão em 13%. A avaliação ruim e péssimo subiu de 32% para 38%. Regular oscilou de 42% para 44%. PANDEMIA – Quanto à atuação do Presidente em relação à pandemia, 49% consideram ruim e péssima, 19% regular e 28% ótima e boa. Essa percepção, porém já foi pior. Em maio, 58% achavam a atuação de Bolsonaro ruim ou péssima e 21% ótima e boa, e 19% regular. MORO – O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, obteve a pior avaliação na série, com nota 5,7. No mês passado, era 6,5. Bolsonaro, que no mês passado registrou 4,7; aparece com 5,1. O ex-presidente Lula, que tinha 4,3, hoje tem 4,5.

IGREJAS – Bolsonaro agiu de forma semelhante em relação às igrejas. Vetou a proposta de isenção de impostos para templos religiosos que causaria prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Em seguida, foi às redes pedir para o Congresso derrubar o próprio veto. Dá pra entender, ou precisa desenhar? BRENO ESAKI/AGÊNCIA SAÚDE

... MAS TENTA RESSUSCITAR – “Essa palavra está proibida no governo”, disse o Presidente, na terça-feira (15), batendo na mesa. Porém, no dia seguinte, mudou de ideia e autorizou o relator do Orçamento da União para 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), a incluir um novo programa social em seu relatório. Ou seja, quem tem aposentadoria ou pensão do INSS deve colocar as barbas de molho.

Premonição Shirley Rúbia Gertrudes (foto), morta a facadas pelo ex-companheiro Rafael Rodrigues Manoel dentro do hospital São Francisco, em Ceilândia, na se-

gunda-feira (14/9), costumava usar suas redes sociais para pedir o fim da violência contra a mulher. Após o crime, o assassino cometeu suicídio. DIVULGAÇÃO


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Brasília começa testar vacina contra a covid-19 Aplicações serão feitas a partir de 1º de outubro pelo L-2 IP Instituto de Pesquisas Clínicas. Você pode ser voluntário

Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Em Brasília, serão aplicadas, inicialmente, 800 doses em quatro grupos de pacientes. Num primeiro momento serão vacinados jovens e saudáveis. Em todo o País serão 7 mil voluntários. Os testes começam em 1º de outubro.

Orlando Pontes

L-2 IP – O estudo no DF é liderado pelo médico Eduardo Freire Vasconcellos (foto), do L-2 IP - Instituto de Pesquisas Clínicas. Em todo o mundo, 60 mil pessoas receberão a vacina Janssen com vetor viral recombinante. Além do Brasil, o estudo ocorre em mais oito países (EUA, Canadá, México, Colômbia, Argentina, Chile, África do Sul, Bélgica e Filipinas). No Brasil, ela também será testada em voluntários de Santa Maria e Porto Alegre (RS); Florianópolis (SC); Curitiba (PR); Campinas, São José dos Campos e São Paulo (SP); Rio de Janeiro (RJ), Belo Ho-

No dia em que o Distrito Federal atingiu a marca de 3 mil óbitos e 179.823 contaminados pela covid-19, um centro de pesquisas local anuncia a chegada da vacina contra o novo coronavírus à capital da República. Na quarta-feira (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início da terceira e última fase de testes da vacina produzida pela Janssen - braço farmacêutico da Johnson & Johnson. A vacina já passou por duas etapas de estudo e foi aprovada pela

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rizonte (MG), Salvador (BA), Natal (RN) e Cuiabá (MS). “Nossa expectativa, se tudo correr bem, é de que os dados estejam disponíveis para as autoridades de saúde a partir de fevereiro. Aí, será uma questão de superar as barreiras burocráticas para a vacina começar a ser produzida em larga e escala e ser colocada à disposição da população”, diz o doutor Eduardo Freire Vasconcelos. A EQUIPE DO L-2 IP – Instituto de Pesquisas Clínicas para acompanha-

mento dos testes da terceira etapa da vacina da Janssen é formada por 23 profissionais, sendo 7 médicos, 5 coordenadores, 4 enfermeiros 2 farmacêuticos, uma biomédica e 4 pessoas de apoio. No Brasil, os estudos da vacina são coordenados pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. Em Brasília, quem quiser se apresentar como voluntário para tomar a vacina pode se inscrever pelo site www.l2ip.org. SINOVAC – Também já está sendo testada no DF a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Os estudos são feitos pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB). MORTES – Das 3 mil vítimas fatais da covid-19 no DF, 246 residiam em outras unidades da Federação. De acordo com a Secretaria de Saúde, desde o início da pandemia, 168.753 contaminados (93,8%) se recuperaram da covid-19 no DF.

Liquidação do patrimônio é crime de lesa-pátria Kleytton Morais (*) DIVULGAÇÃO

Estamos assistindo a uma grande liquidação do patrimônio público nacional. Um autêntico crime de lesa-pátria cometido pelo governo Bolsonaro, sob o comando do banqueiro Paulo Guedes. A bola da vez são os Correios, mas também estão na mira a Conab, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, entre outras.

Neste cenário, uma pergunta se impõe: por que grandes grupos privados querem comprar nossas empresas públicas? E a resposta é óbvia: porque elas são viáveis e lucrativas. Grandes conglomerados não rasgam dinheiro. Ao contrário deste governo, que tem como meta a dilapidação do patrimônio do povo brasileiro. Na quarta-feira (16), o ministro das Comunicações, Fábio Farias – genro do animador de auditório e dono do SBT, Sílvio Santos –, revelou que quatro empresas já manifestaram interesse em comprar a ECT. São elas: Magazine Magalu, o Amazon, a DHL, a Fedex.

Ora, será que esses grupos investiriam para ter prejuízo? Evidente que não. Querem participar da privatização porque vão pagar um preço irrisório por um patrimônio altamente valorizado para depois explorar serviços que lhes darão grande retorno financeiro. E assim será com as demais estatais postas na prateleira por Guedes como mercadoria de segunda qualidade. É para combater essa entrega das riquezas construídas com o sangue e o suor de muitas gerações de brasileiros que o movimento sindical se organiza para o enfrentamento à política de priva-

tizações de Bolsonaro e Guedes. Vamos dizer um rotundo “Não” à Medida Provisória (MP) 995. Vamos montar uma grande Frente Parlamentar em defesa da manutenção do BB e da Caixa como bancos públicos. Vamos reforçar a importância da Conab na regulação dos estoques de alimentos no País e da ECT na logística da distribuição de correspondências e entrega de encomendas a preços acessíveis. Os trabalhadores brasileiros não se calarão aos desmandos do governo Bolsonaro. (*) Presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília


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Brasília Capital n Cidades n 6 n Brasília, 19 a 25 de setembro de 2020 - bsbcapital.com.br

Entrevista Eládio Carneiro O senhor é candidato a prefeito pelo partido que elegeu o Presidente em 2018. As eleições municipais deste ano são uma prévia para 2022? – A partir de 2013 nós passamos a ter movimentos sociais, de rua, que demonstravam essa falta de interação entre o eleitor e os políticos. Nas eleições de 2018 havia um ativismo político maior, onde surgiu o presidente Bolsonaro, que tirou da zona de conforto,

“Penso que a visão do Presidente foi estatística: ‘As pessoas mais vulneráveis terão uma fragilidade maior e algumas vão sucumbir’” onde a classe média ficava só aguardando o momento de votar. Ela entendeu a necessidade de ter um ativismo político. O Presidente tem correspondido a essa expectativa de mudança? A corrupção acabou? – Não. Existe uma engrenagem, que anda por si só. Veja o Rio de Janeiro. Ali, as estruturas estão comprometidas,

independentemente das pessoas que estiverem ocupando os postos de comando. Essa estrutura roda, e nós não podemos entender que a pessoa que assumiu um posto será apenas um dente dessa engrenagem. O Presidente propôs à sociedade um rompimento com o que existia. Bolsonaro minimiza a pandemia. Concorda com ele? – A visão do Presidente é militar. Quando o general Eisenhower foi comandar a operação Overlord, de invadir a Normandia, tinha uma tropa de 500 mil homens. Ele sabia que morreriam 150 mil. E contabilizou isso como baixa de guerra. Bolsonaro recebeu informações, imagino, que as estatísticas demonstrariam que teríamos uma incidência da doença e teríamos perdas, e ele não teria um instrumento para alterar essa situação. Então a população virou o exército do Bolsonaro? – Não. Eu penso que a visão dele foi realmente estatística: “nós vamos passar por isso, as pessoas mais vulneráveis infelizmente terão uma fragilidade maior e algumas vão sucumbir”. Talvez ele tenha sido inábil na maneira de vocalizar isso. E hoje o Brasil tem quase 5 milhões de contaminados e 135 mil mortos. O brasileiro não ficou muito exposto devido ao negacionismo dele? – Se, no princípio, tivessem fechado as fronteiras e determinado que cada pessoa que ingressasse no Brasil passasse por uma quarentena, não teríamos tido a multiplicação do vírus na dimen-

são que ela tomou. Essa orientação deveria ter sido tomada pelo ministro (da Saúde, Luiz Henrique Mandetta). Mas, a orientação era para que a pessoa ficasse em casa, até começar a sentir falta de ar. Hoje sabemos que o diagnóstico e o tratamento precoces fazem a diferença na recuperação dos infectados. O senhor é da família Roriz e candidato a prefeito de Luziânia. Quais são suas propostas para melhorar a vida da população? -– Luziânia não conseguiu aproveitar a proximidade com Brasília para se desenvolver, mas sofreu as consequências dessa proximidade, como o inchaço e o crescimento desordenado. A vocação do Entorno seria justamente produzir bens e serviços que Brasília consome. Luziânia é a terceira produtora de leite do estado de Goiás, e esse leite vai para outras cidades, onde é industrializado, e retorna para Brasília. Não temos aqui uma cooperativa, igual tem em Unaí, para processar esse leite. Luziânia produz algodão de altíssima qualidade, que vai pra China e volta em forma de camisa. Precisaríamos ter uma tecelagem, para beneficir esses produtos, agregar valor, fazer com que as pessoas ganhem dinheiro. Como Anápolis, que se tornou um grande polo industrial... – Sim. No caso de Anápolis, eles conseguiram atrair indústrias. Isso desenvolveu a cidade. Em Luziânia, foi estabelecido um polo industrial num lugar absolutamente inapropriado, num vale. Não tinha nem energia. Até hoje, em 2020, lá não tem sinal de celular. En-

Candidato resume propostas para possível gestão em uma palavra: desenvolvimento

Um salto para o d Orlando Pontes

O

advogado Eládio Carneiro, 45 anos, não esconde o alinhamento ideológico com Jair Bolsonaro. Pré-candidato a prefeito de Luziânia pelo PSL, partido que elegeu o Presidente da República em 2018, o produtor rural se coloca como uma alternativa à atual chefe do Executivo municipal, Professora Edna Santos (Podemos), e ao deputado estadual Diego Salgado (DEM), apoiado pelo governador do estado, Ronaldo Caiado. Ele tenta honrar a tradição da família. Seu tio avô, Benedito Roriz de Paiva, o Dito Paiva, foi prefeito e

tão, ao invés de fomentar o desenvolvimento, serviu como repelente à industrialização da cidade. Se o senhor for eleito, vai revigorar esse polo? – Se houver uma palavra para resumirmos o que pretendemos para a nossa cidade é desenvolvimento. Luziânia

tem muitas potencialidades. Pessoas poderiam vir de Brasília para almoçar em Luziânia nos finais de semana. Temos um espaço gastronômic onde poderíamos oferecer pratos da culinária goiana. Poderíamos criar uma feira das nações, para troca de culturas e as pessoas daqui


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Tem, ainda, a questão da violência... – Depois da eleição do Presidente Bolsonaro, os índices de criminalidade diminuíram no Brasil. Em Goiás também melhorou. Desde 2019, diminuíram os roubos, assaltos e assassinatos. É uma política que precisa ser contínua. Aqui em Luziânia um secretário municipal foi assassinado e até hoje não descobriram os autores do crime. Existem outros casos na mesma situação. Existe uma rota de narcotráfico e denúncias de envolvimento de políticos…

desenvolvimento líder da UDN, da Arena e do PDS, legendas conservadoras que, inclusive (caso da Arena), deram sustentação aos governos militares. José Carneiro, avô de Eládio, também foi prefeito e ficou famoso por ter comprado a primeira patrola de Luziânia, em 1951. Eládio foi diretor de projetos na Secretaria de Articulação do Entorno do DF, secretário de Saúde de Luziânia e lecionou Direito Processual Civil na Unieuro e no UniCeub. Candidato a deputado federal em 2002, ficou como suplente. Em 2014 tornou-se segundo suplente do então senador Ronaldo Caiado (DEM), hoje governador de Goiás.

conhecerem a cultura de outros países. A prefeitura precisa se transformar numa alavanca de desenvolvimento. Criar, acima de tudo, um ambiente político estável. Chega um empresário e um cara encosta atrás dele querendo tomar o dinheiro dele. O empresário vai embora.

Falta segurança jurídica? – Exatamente, o sujeito que quer investir precisa de transparência, segurança, velocidade, desburocratização. Não pode ficar à mercê de pessoas corruptas que querem achacar o empresário, criando dificuldade para vender facilidade. Isso é terrível. Destrói a cidade.

O senhor foi suplente de senador do hoje governador Ronaldo Caiado. Ele apoia sua candidatura? – O governador apoia o candidato do Democratas, o que é natural. Eu saí do DEM porque houve uma orientação da direção no sentido de fortalecer a base e trazer deputados para o partido que já tinham compromisso de concorrer a prefeito daqui. Como eu entendia que o meu projeto para a cidade era diferente, baseado em outras premissas, até porque essas pessoas que protagonizam a cena política nos últimos anos não desenvolveram a cidade (e não seria agora que mudariam a sua perspectiva), seriam mais do mesmo. Quem são essas pessoas? – É uma família, um grupo que se alterna no poder, e a cidade vai ficando para trás. Como eu tinha essa perspectiva de apresentar um plano de governo baseado em outros valores, fui para o PSL, para poder empunhar essa bandeira da renovação, da mudança de hábitos. Do jeito que a banda tocou nos últimos anos foi muito mal.

O último prefeito Cristovam Tormin foi afastado sob a acusação de assédio. A vice, Edna Santos, candidata à reeleição, não tem nada a ver com ele? – A maneira como nós enxergamos a política não é como ela tem sido jogada aqui. Nós temos pensamentos diferentes de todos os outros candidatos. Para nós, a prefeitura deve ser cada vez mais desimportante, no contexto da cidade, na medida em que as pessoas precisam encontrar trabalho, ocupação na iniciativa privada, e não essa forma que eles entendem – que a prefeitura é a grande empregadora, o cabide, colocando pessoas aqui e ali para perpetuar a manutenção política de um determinado grupo. Isso não é saudável e não faz a cidade se desenvolver. Eu penso exatamente o contrário do que pensam meus oponentes.

E quem o senhor acha que pensa da sua forma? – A sociedade pensa junto comigo. Estamos formando alianças com outros partidos, mas o que nós queremos é justamente vocalizar esse grito de indignação das pessoas nas ruas. O descontentamento é geral. As pessoas se sentem desrespeitadas. Eu não quero isso para minha cidade. Luziânia ficou velha, não se desenvolveu. Em grande parte, porque essas pessoas que comandaram a política travaram o crescimento. Por que nós temos dois deputados estaduais aqui e um deputado federal e não temos uma universidade federal? Tem em Jataí, tem em Catalão. Tem faculdade de medicina nessas cidades. Por que Luziânia não tem? Ficam correndo atrás de miudezas, dentro de uma família. Tudo do mesmo balaio. Então, o senhor seria a novidade fora do balaio? – Eu acho que essas pessoas tiveram sua oportunidade. Se a cidade está maravilhosa, elas têm que continuar. Se não, é porque não deram conta ou não quiseram. Então, tem que mudar.

“Temos dois deputados estaduais e um federal e não temos uma universidade federal. Ficam correndo atrás de miudezas dentro da família”

O senhor poderá conduzir essa mudança? – O que queremos para Luziânia? Nós queremos um governo corrupto ou queremos um governo limpo, franco, verdadeiro? A população será o que quiser ser. O que eu posso fazer é apresentar o nosso nome, os nossos projetos e a nossa biografia para credenciar o que falamos e fazemos. Mas quem decide é a população, nas urnas. E a democracia é maravilhosa por isso.


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VIA

Satélites

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Por Lorrane Oliveira

DISTRITO FEDERAL

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Adiado reajuste das tarifas de água e esgoto A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) adiou para 1º de janeiro de 2021 a vigência do reajuste tarifário anual para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, prestados pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb). A resolução foi publicada na terça-feira (15). Foi a segunda vez que a Adasa adiou o reajuste este ano, em decorrência da retração da economia, provocada pela pandemia do novo coronavírus. Os impactos financeiros à Caesb, decorrentes

BRB – O Banco de Brasília fechou, quinta-feira (17), uma parceria com a Plug and Play, plataforma de inovação que acelerou empresas como Google, Dropbox e PayPal. A cerimônia virtual contou com a presença de representantes das maiores startups do mundo, do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa; e do CEO global da Plug and Play, Saeed Amidi. O BRB avançará na área de inovação, considerada estratégica para o crescimento e a perenidade do banco no mercado.

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PLANO PILOTO

Metrô entrega estações da 106 e 110 Sul A Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) entregou, quarta-feira (16), duas novas estações, na 106 e na 110 Sul. A ampliação dos pontos de embarque e desembarque vai beneficiar cerca de 6 mil passageiros por dia, facilitando o acesso a lugares como o Cine Brasília, faculdades, prédios comerciais e residenciais.

Nos últimos 25 meses, foram investidos R$ 35,8 milhões na conclusão da obra e na implantação dos sistemas de telefonia, transmissão de dados, radiocomunicação, bilhetagem, ligações definitivas de água e energia, instalações de prevenção e combate a incêndios, comunicação visual e de segurança. RENATO ALVES / AGÊNCIA BRASÍLIA

do adiamento, serão compensados nas tarifas após o período da emergência de saúde pública.

Internet grátis para alunos e professores A internet gratuita para acesso à plataforma Google Sala de Aula começou a ser liberada na quarta-feira (16). Poderão utilizar o serviço alunos e professores que possuem chip ativo das operadoras Tim e Claro. Os usuários navegam por meio do aplicativo Escola em Casa DF e a Secretaria de Educação paga a conta do serviço. Os pacotes de dados são exclusi-

vamente para acesso à aula. Além de ter um dispositivo com chip ativo, o usuário deve baixar o aplicativo Escola em Casa DF, disponível para aparelhos Android e iOS. Mais de 470 mil estudantes e 72 mil profissionais da educação estão cadastrados na plataforma. Os estudantes que ainda não têm acesso contarão com um serviço de entrega e recolhimento de materiais impressos.

Terracap lança programa TerraMais A Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) lançou, terça-feira (15), o TerraMais, um programa de renegociação, captação e fidelização. A campanha alcança toda a carteira de vendas imobiliárias da Agência e oferece descontos sobre multas e juros de mora para as renegociações de débitos, migração dos juros de 1% ao mês ou 0,8% a.m. dos con-

tratos antigos para os atuais 0,5% a.m., e dá prêmio de até 7,5% em carta de crédito do valor pago antecipado pela amortização de no mínimo 50% ou quitação do saldo devedor. A adesão será pelo site da Terracap e deve ser solicitada por meio de requerimento on-line. Mais de 6,7 mil clientes, entre pessoas físicas e jurídicas, podem ser beneficiados.

Galeria dos Estados reabre após revitalização A revitalização na Galeria dos Estados, iniciada após o desabamento de uma parte do viaduto do Eixão Sul, em 6 de fevereiro de 2018, foi entregue na quarta-feira (16). O projeto foi elaborado pela Novacap, em parceria com a CEB, o Detran e as secretarias

de Governo e de Obras. Foram investidos R$ 5 milhões, gerados 50 empregos diretos e 150 indiretos. A nova estrutura conta com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, calçadas, pisos e banheiros novos. Todo o paisagismo foi refeito. VINÍCIUS DE MELLO / AGÊNCIA BRASÍLIA


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A quem a CPI da Pandemia assusta? Os parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal estão há três semanas sem votar projetos. Tem sessão plenária, mas falta o quórum necessário para a análise de propostas. Nesse tempo, contudo, uma coisa ficou decidida: a CPI da Pandemia não será instalada imediatamente. Pelo contrário. Pode demorar um bom tempo até o assunto voltar à pauta da Casa. Oficialmente, o argumento para a determinação é de que não houve consenso entre os deputados. Por trás dos holofotes, fala-se em manobra do governo para inviabilizar o colegiado que investigaria os gastos da Secretaria de Saúde durante a pandemia. E parece que a bancada governista realmente se esforçou para que a CPI fosse enterrada. No domingo (13), dia em que uma vez em nunca há movimentação na CLDF, parte dos deputados estava em um esforço concentrado para acabar com a possibilida-

de de abertura do colegiado. E deu certo. Diversos parlamentares retiraram a assinatura do pedido de criação da CPI. Sem esses nomes, o grupo perdeu força, o que, para a oposição, foi uma manobra evidente do governo. E a pergunta que não quer calar agora é: por quê? Afinal, quem não deve, não teme. Uma CPI não é sinônimo de condenação. Tampouco, tem competência para punição. Ela serve para dar transparência à gestão pública, em especial nos casos em que não houve, de fato, qualquer irregularidade. Serve, quando tudo está de acordo com a lei, para mostrar o que foi feito ao longo do percurso. No caso da pandemia, é importante, sim, que o GDF mostre à população o que foi feito: os recursos públicos foram investidos em quais ações para conter a pandemia? Existe caixa-preta na Saúde do DF? O DF quer saber. Em entrevista recente a um jor-

nal local, questionado sobre a possível abertura da CPI da Pandemia, lembro de o governador do DF afirmar que “a Câmara Legislativa está no seu papel, ela tem realmente o dever de investigar. Como Poder Executivo, temos que fornecer todos os dados. Abrir as portas para que possam seguir nas investigações. Caso seja comprovado, cada um com sua culpa”. Uma fala que difere bastante da prática e causa estranheza, assim como a desistência da CLDF de dar andamento à comissão. A atitude de alguns parlamentares é preocupante e deve ser lembrada nas próximas eleições. Como representante da categoria médica, vi de perto todas as dificuldades no enfrentamento à pandemia. Denunciei, por exemplo, a falta de EPIs. Converso com diversos profissionais de Saúde e com pacientes e vejo a vontade genuína de vencer a covid-19. E é por essas pessoas que

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

defendo a necessidade da abertura da CPI da Pandemia. Essas pessoas precisam saber que, enquanto lutam contra a doença, à frente da batalha, o governo também faz o seu dever de casa, sem negar ao Sistema Único de Saúde (SUS) o que lhe é de direito: recursos financeiros públicos investidos em vidas, sem desvios e sem fraudes. Ou não?

Agências do INSS voltaram ao atendimento presencial? Mara Marques (*) DIVULGAÇÃO Desde o início da pandemia, os segurados sofrem com a suspensão do atendimento presencial das agências do INSS. Após muitas notícias de reabertura, na segunda-feira (14) efetivamente aconteceu o retorno dos atendimentos, de forma gradual e com hora marcada. Mas não foi o suficiente para atender a demanda. Para facilitar a vida do segurado, o INSS lançou o portal covid.inss.gov.br, que demonstra como será o retorno e possibilita a pesquisa das agências abertas no País, com endereço e telefone. Conforme noticiado no site, no DF as agências aptas a abrir são

as de Planaltina, Sobradinho, Plano Piloto (502 Sul), Taguatinga, Ceilândia e Gama. A dica que eu passo para você que precisa do serviço de atendimento presencial é, primeiramente, agendar pelo Meu INSS (aplicativo de celular) ou pelo site gov.br/ meuinss ou ainda pelo telefone 135. Com a reabertura, os seguintes serviços estarão disponíveis: Avaliação Social (para a concessão dos benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada ao idoso ou portador de deficiência); Cumprimento de Exigências (quando o INSS solicita a entrega de algum documento específico); Justificação Administrativa ou Judicial (casos em que há necessidade do INSS ouvir testemunha); e a Reabilitação Profissional (quando o segurado tem uma incapacidade laborativa parcial, mas possui condições de trabalhar numa outra

atividade, portanto é submetido a reabilitação profissional). As solicitações de aposentadoria, pensão, salário-maternidade e os demais serviços continuarão remotamente, pelo site, aplicativo ou o 135. PERÍCIAS – Apesar da notícia de que os médicos peritos ainda não voltaram a realizar as perícias, a orientação é de que o segurado incapacitado para o trabalho poderá requerer o pagamento antecipado do “Auxílio-doença com Documento Médico”, cumprindo a exigência do atestado médico legível e sem rasuras, com assinatura e carimbo do profissional emitente e as informações sobre a doença ou CID e o prazo estimado de repouso necessário (é obrigatório a informação da duração do afastamento). O requerimento também é feito pelo Meu INSS. Nos casos em que as agências

ainda estão fechadas, como no estado de São Paulo, ou as que não estão aptas a reabrir, e o segurado é solicitado pelo INSS a cumprir alguma exigência, o cidadão deverá requerer remotamente pelo Meu INSS ou pelo 135 a “Exigência Expressa” para agendamento do dia e hora que poderá se dirigir à agência para entregar a documentação. Há a possibilidade de o INSS adotar em definitivo o agendamento prévio para o segurado ser atendido presencialmente nas agências. Isto poderá ser prejudicial ao brasileiro, uma vez que a fila de atendimento é extensa e demorada. Vamos aguardar o desenrolar nas próximas semanas. (*) Advogada especialista em Direito Previdenciário @maramarquesadv


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Gastronomia

Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília

Dedé Roriz

FOTOS: DIVULGAÇÃO

PORTEIRA GRILL STEAK HOUSE

Uma nova experiência em churrascaria O cliente da churrascaria Porteira Grill Steak House, ao lado do Iate Clube, tem agora uma nova e econômica opção no cardápio. Além do delicioso e variado rodízio de carnes nobres e tradicionais, pode optar por participar apenas do rodízio do buffet de quentes e frios, pagando a partir de R$ 39,90. Mas as novidades não param por aí! Após fazer uma ampla reforma em suas instalações, a Potência Grill trouxe a novidade das carnes maturadas em processo Dry Aged. Os cortes premiuns, como Porterhouse, T-Bone, Tomahawk são confinados de sete a 120 dias

numa câmara, isoladas com temperatura, umidade e velocidade do vento controladas. Isto lhes dá um sabor diferenciado para cada período de confinamento. Ao lado da churrascaria, a casa oferece a opção dos pratos executivos, criados durante a quarentena, e que Cledenir resolveu manter, a pedido dos clientes. “Às vezes, os clientes querem levar aquele churrasco para comer com amigos, ou em casa, com a família, mas com segredos que só as churrascarias têm. Por isso, criamos a opção do Steak Box”, explica o empresário.

Serviço Instagram: @potenciagrill Setor de Clubes Norte, próximo ao Iate Clube

Que a pizza Dom Bosco é a mais tradicional de Brasília, todo mundo sabe. Mas o que todos precisam descobrir é que essa delícia típica brasiliense pode estar mais perto do que se imagina. Afinal, a Dom Bosco tem seis lojas espalhadas pelo Distrito Federal. E a novidade é nova pizzaria dentro do Posto BR da 214 Sul. Um dos fundadores da casa, Enildo Veríssimo, explica que as lojas do Plano Piloto fazem as entregas do delivery nas Asas

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

Sul e Norte e no Sudoeste. Em outras regiões do Distrito Federal quem comanda é Romero Veríssimo (um dos filhos dele) e sua Adriana Florido. “Mas os clientes não precisam se preocupar. Eles aprenderam a receita do pai e preparam as pizzas em casa, numa cozinha exclusiva para essa produção”, garante.

DICA

Pizzaria Dom Bosco abre loja no Posto BR da 214 Sul

Serviço Posto BR 214 Sul – Telefone 61-99943-7579 Pedidos também pelo iFood, Rappi e Uber Eats Diariamente, das 8h às 22h

Na loja do Posto BR da 214 Sul, o segredo é pedir uma pizza dupla com chá. Só sucesso!

CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF

TV Comunitária de Brasília DF


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FOTOS: PRISCILA COSER

História & Arte

@priscila.coser Aprender, desaprender, reaprender A criatividade que você procura pode estar dentro da gaveta que você nunca abre Em meio à quarentena, muitas pessoas vêm sofrendo com falta de criatividade ou de produtividade. Porém, o que poucas pessoas sabem, é que esse processo é mais simples do que imaginam. O que você tem feito de novo, ultimamente? É difícil ter novas ideias, ou inovar, em processos existentes, se estamos fazendo a mesma coisa, ou consumindo das mesmas fontes de inspiração. Para mantermos o olhar curioso para o mundo, mesmo

imersos no cotidiano, precisamos permitir que o comum se faça novo. Trata-se de fazer com que o ordinário se faça interessante. Afinal, quanto mais ricas e plurais nossas vivências, maiores as chances de nos tornarmos sujeitos mais criativos e resilientes ao enfrentamento das dificuldades do mundo. Um exemplo perfeito seria a arte. Sendo aberta em suas diversas abordagens, ela carrega múltiplas possibilidades de sentido e de experiências. Faço

ESPÍRITA

José Matos Masoquismo – Prazer com o sofrimento Quando você procura soluções para seus problemas, mas foca sempre em desqualificar pessoas, você não quer resolver nada Termo de conotação sexual, mas que também pode ser estendido para “a pessoa que busca o sofrimento, a humilhação, ou que neles se compraz”. Mas, por que alguém buscaria o sofrimento, se é contra a felicidade? Porque, sendo carente, o sofrimento é uma forma de chamar a atenção provocando a piedade do próximo, que acaba se tornando meio de prazer. Reconhece-se o sofredor masoquista quando ele cria dificuldades para ser ajudado: “Você não está no meu lugar; você não sabe o que é passar pelo que tenho passado; queria ver se fosse com você; quem é

um convite para que encaremos essa experiência de quarentena como uma oportunidade de experienciarmos uma outra possibilidade de des-

você para vir me dar lição de moral?”. Ou quando é para tomar alguma atitude: “Não posso ir, o clima está muito frio, o salário é pouco, sinto tonteiras, etc”. A verdade é que, além do prazer que o sofrimento proporciona, existe também a falta de vontade que não foi praticada. A prática da vontade dá autoconfiança que, por sua vez, aumenta a vontade e, com esta, a busca da superação, e o prazer de viver. Quando você procura soluções para seus problemas, mas foca sempre em desqualificar pessoas e instituições, você não quer resolver nada; você está satisfeito na sua miséria. Você procura ajuda apenas para se dar satisfação, e também para atrair atenção para você, porque isso lhe dá prazer. Questione-se: “não posso ser feliz em condições normais? Que preciso fazer? Onde devo buscar? Como faço pra superar minhas mazelas?”. Qualquer pessoa que tentou o suicídio, pre-

coberta do mundo. Um lema constante deveria ser: aprender, desaprender, reaprender. Sendo assim, pense na sua rotina, na sua casa, no movimento que você faz, que acredita conhecer. Perceba o que nunca percebeu. Olhe para lugares que jamais olhou por mais de um minuto! Proponha-se a assumir diferentes ângulos de observação. Por exemplo: o que reside dentro daquela gaveta que você nunca abre? Olhe para o ambiente em que você se encontra como se tivesse acabado de chegar em um novo país. Perceba que entre ver e não ver existe um novo mundo. Mas lembre-se: aqui não se trata de ver tudo, mas sim de se aproximar, de situar o seu olhar de uma forma diferente do habitual. Veja o mesmo, no mesmo espaço de sempre, mas de uma forma totalmente nova. Priscila Coser Formanda de Teoria Crítica e História da Arte da UnB

cisou justificar ou culpar alguém. Eliminando-se a culpa e a justificativa, dificilmente suicida-se, mesmo estando deprimido. Viva sua vida como for possível, mas viva! Você é o responsável, o arquiteto do seu destino! Determine-se e supere! Chamar atenção com a sua miséria, sentindo-se coitadinho ou vítima, é a pior escolha que você pode fazer, porque este tipo de prazer anulará a sua autoestima e, com ela, a extinção da vontade de viver. O que fez você cair? Decepção, fracasso, frustração? Transforme tudo em material de elevação e cooperação com o próximo, tornando-se o centro de você mesmo. A busca da realização de um ideal e de alguém para amar, são os maiores motivadores do ser humano. Ame-se. Ame!

José Matos Professor e palestrante


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LIBERTADORES

Urubu depenado ao suco Flamengo é humilhado pelo Deportivo Del Valle: 5 a 0

ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO

Gustavo Pontes O Independente Del Valle atropelou o Flamengo no retorno da Libertadores da América, quinta-feira (17). O time equatoriano não tomou conhecimento do atual campeão e aplicou uma goleada acachapante: 5 a 0, no estádio Casa Blanca, em Quito. O Del Valle lidera o Grupo A, com 9 pontos. O rubro-negro está em segundo, com 6. Na terça-feira (22), o Flamengo enfrenta o Barcelona de Guayaquil, às 19h15, no Monumental de Barcelona. Em caso de novo fracasso, o técnico Domènec Torrent (foto), alvo de chacotas e memes nas redes sociais, pode ser demitido. O

Independiente Del Valle pega o Junior Barranquilla, no mesmo dia, às 21h30, no Estádio Metropolitano Barranquilla.

SÉRIE D

Brasiliense e Gama iniciam fase de grupos Os arquirrivais do futebol candango estão no Grupo 6 da Série D na disputa pelo acesso à Terceira Divisão nacional no próximo ano. O Gama estréia sábado (19), às 20h30, contra o Atlético de Alagoinhas, na Bahia. O Brasiliense recebe a Caldense-MG, domingo, às 15h. O Grupo 6 ainda conta com Bahia de Feira-BA, Palmas-TO, Tupynambás-MG e Villa Nova-MG.

Os adversários dos times do DF na primeira rodada vêm de boas campanhas nos campeonatos estaduais. O Atlético de Alagoinhas foi vice-campeão baiano, derrotado pelo Bahia nos pênaltis. Já a equipe mineira ficou à frente do tradicional Cruzeiro na fase de classificação e só foi eliminada na semifinal, pelo Tombense. (G.P.)

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Medo da covid-19 leva time a sofrer goleada de 37 a 0 O medo da contaminação pela covid-19 levou o SG Ripdorf/Molzen II, da terceira Kreisklasse (divisão regional da Baixa Saxônia equivalente à 11ª divisão alemã), a sofrer uma goelada histórica de 37 a 0 para o SV Holdenstedt II, ambos da cidade de Uelsen. Os jogadores do Holdenstedt II haviam estado em contato com um adversário infectado pelo novo coronavírus na partida anterior. O elenco passou por testes, que deram negativos, mas os atletas do Ripdorf não se sentiam seguros para entrar em campo contra os rivais locais, pois não haviam se passado 14 dias desde o último jogo. O SG Ripdorf/Molzen II tentou adiar a partida, mas a Liga

não permitiu e o Holdenstedt insistiu em fazer o jogo. Diversos atletas do Ripdorf, temendo serem infectados, não aceitaram entrar em campo, e o time escalou apenas sete atletas, o mínimo admitido pelo regulamento, para não correr o risco de ser multado em 200 euros, entre outras sanções possíveis. Mesmo os sete atletas que entraram em campo se recusaram a jogar normalmente. No apito inicial, entregaram a bola para os adversários e foram para a linha lateral. O Holdenstedt abriu o placar, e o árbitro deu cartão amarelo ao capitão do Ripdorf por conduta antidesportiva. E, evitando o contato físico com os adversários, o SG Ripdorf/Molzen II acabou sofrendo 37 gols em 90 minutos. (G.P.)

BASQUETE

Brasília terá dois representantes no NBB O Distrito Federal terá, pela primeira vez, na temporada 2020/21, dois representantes no Novo Basquete Brasil (NBB). O Cerrado Basquete adquiriu os direitos associativos do Universo na Liga Nacional (LNB) para integrar o NBB e se juntará ao Brasília Basquete. O campeonato está programado para começar no dia 14 de novembro, sem a presença de público nos ginásios. O Basquete Cerrado havia pleiteado uma das vagas na competição após ter disputado as duas últimas edições da Liga Ouro, o torneio de acesso. O time chegou à Liga Ouro em 2018, e voltou a disputar o torneio no ano passado, sendo eliminado nas

quartas de final pelo campeão Unifacisa. A NBB 2020/2021 contará com 16 equipes. (G.P.) Confira: Basquete Cearense (CE) Bauru Basket (SP) Brasília Basquete (DF) Campo Mourão Basquete (PR) Caxias do Sul Basquete (RS) C.A. Paulistano (SP) C.R. Flamengo (RJ) E.C. Pinheiros (SP) Minas Tênis Clube (MG) Mogi Basquete (SP) Pato Basquete (PR) São Paulo F.C. (SP) Sesi Franca (SP) S.C. Corinthians (SP) Unifacisa (PB) Basquete Cerrado (DF)

202 Sul

Taguatinga Norte


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