Ministro Osmar Terra multiplica por dez consumo de cocaína do DF
Pelaí - Página 3
Chico Sant’Anna - Páginas 6 e 7
Hospital Anchieta pode ser vendido para a Rede D’Or, do Rio de Janeiro
Bares barulhentos infenizam moradores de Área de Desenvolvimento
BEL PEDROSA
Negócios - Página 4
Ano VIII - 425
Brasília, 10 a 16 de agosto de 2019
Página 10
Respeite quem pôde chegar onde Paulo Freire chegou Opinião - Página 2 Chico Sant’Anna - Páginas 6 e 7
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Karolyne Guimarães troca Taguatinga por Águas Claras
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x p e d i e n t e
Respeite Paulo Freire PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO
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Orlando Pontes A fixação dos integrantes do governo Bolsonaro em atacar todos aqueles que não se alinham com sua ideologia beira a patologia. Isto ocorre em praticamente todas as áreas, desde a segurança, com a liberação de armas; a preservação ambiental, com o desmonte do Ibama e do Inpe; até a educação e cultura, por meio de ataques à memória de brasileiros ilustres que deixaram importantes legados à Humanidade. Tal comportamento, aliás, tem causado prejuízos à imagem do Brasil no exterior. Semana passada, em entrevista às páginas amarelas da revista Veja, o ministro da Educação, Abram Weintraub, voltou a denegrir a importância do educador pernambucano Paulo Freire (1921-1997). Provavelmente, Weintraub não tenha lido sobre a obra do pedagogo pernambucano. Mas é possível que conheça o samba “Moleque atrevido” do cantor e compositor carioca Jorge Aragão. O refrão da música pede: “respeite quem pôde chegar onde a gente chegou”. E Paulo Freire, com sua Pedagogia do Oprimido, chegou longe. Suas ideias são reverenciadas em centenas de países. O brasileiro recebeu nada menos de 29 títulos de doutor honoris causa concedidos por universidades da Europa e das Américas. Se, antes de atacar Freire, o ministro tivesse tido o cuidado de dar uma “googada” – para usar um termo atual de usuários de redes sociais, tão cultuados pelo atual governo – no nome do educador, teria lido: “não é arbitrária a consagração de Paulo Freire como patrono da educação brasileira. O educador pernambucano revolucionou a pedagogia do País ao refletir sobre a construção de uma escola democrática e uma nova abordagem na relação entre educador e educando, que colocava como base do aprendizado a troca horizontal de saberes e experiências”.
Weintraub ataca Paulo Freire: desconhecimento da obra do principal educador brasileiro
Se Weintraub não leu Paulo Freire nem no Google, que pare dois minutos no YouTube para ouvir Jorge Aragão Com um simples clique, Weintraub ficaria sabendo que “Paulo Freire continua extremamente atual. A leitura de sua obra permite amadurecer conceitos como a necessidade de uma educação praticada a partir de uma perspectiva crítica e autônoma para a formação de sujeitos capazes de transformar politicamente e socialmente suas realidades”.
No mesmo link, aliás, consta um guia preparado pelo Centro de Referências em Educação Integral com a bibliografia completa e gratuita para quem quiser se aprofundar sobre o legado de Paulo Freire. Estão disponíveis títulos como Educação como prática de Liberdade, Pedagogia do Oprimido, Cartas à Guiné-Bissau, A importância do ato de ler em três artigos que se completam, Educação e Mudança, Educação e a realidade brasileira, Pedagogia da esperança e tantos outros. Weintraub, momentaneamente ocupando o cargo máximo da Educação no Brasil, talvez, por exigência da agenda de ministro, não encontre tempo para visitar Paulo Freire. Mas, como bom internauta que parece ser, poderia acessar o YouToube e parar dois minutos para ouvir Jorge Aragão: “somos da linha de frente de toda essa história (...) / Não se discute talento / Mas seu argumento me faça o favor! / Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou”.
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SUSPEIÇÃO DE MORO - O STF vai acelerar a análise de ações sobre prisão após condenação em segunda instância e a suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, na condução do caso do tríplex de Guarujá que levou o expresidente Lula à prisão. Está criado um ambiente favorável ao jugamento dessas ações depois que o Supremo derrotou Moro e a cúpula da Lava Jato durante ao proibir a transferência de Lula para um presídio em São Paulo. Há um entendimento entre os ministros do STF para que a corte retome na primeira quinzena de setembro o debate sobre a possibilidade de réus recorrerem em liberdade até o fim do processo, mesmo após condenação em segunda instância.
Troca-troca nas administrações
Paula Belmonte faz blitz em hospitais
ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL
Conforme adiantou o Brasília Capital na sexta-feira (2), a administradora de Taguatinga, Karol (foto) foi deslocada para o lugar de Ney Robston, em Águas Claras. A troca faz parte do alinhamento do Buriti com sua base de apoio na Câmara Legislativa. A saída de Karolyne abre espaço para Francisco de Assis da Silva, o Chicão, diretor da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), aliado do distrital Agaciel Maia (PR). A exoneração e nomeação dos gestores será publicada no Diário Oficial. Na sexta (9), pela manhã, emocionada, Karolyne se despediu da equipe da regional de Taguatinga. PACOTE - Outras regionais também entrarão no pacote. Deliomar Louzeiro assumirá o Itapoã. Na Estrutural, a indicação caberá ao presidente
Remanescente do governo Rollemberg, Karolyne Guimarães tem a confiança de Ibaneis Rocha
da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB/foto). A ideia de Ibaneis é desmembrar de Águas Claras uma nova Região Administrativa formada por Arniqueiras, Areal e Área de Desenvolvimento Econômico e entregá-
-la à deputada Telma Rufino (Pros). Ceilândia perderá o Por do Sol e o Sol Nascente, que darão origem a uma nova administração. O cargo ficará com Goudim. Fernando Fernandes (Pros) continuará em Ceilândia.
A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania) visitou três hospitais na sexta-feira (9) para fiscalizar o funcionamento das unidades. Apesar da boa avaliação – quase unânime – dos usuários quanto aos profissionais da Saúde, a parlamentar se deparou com a falta de estrutura física e material nos Hospitais Regionais de Sobradinho, do Gama e da Asa Norte. O dia de Paula Belmonte começou em Sobradinho, onde ela encontrou um pronto-socorro insuficiente. De lá, ela seguiu para o Gama. “Fiquei feliz em saber que as obras no pronto-socorro vão começar em breve e um novo hospital pode ser construído aqui”, disse. A blitz terminou no HRAN, referência no atendimento a vítimas de queimaduras. ALEXANDRE MOTTA
Ibaneis mais perto da CLDF DIVULGAÇÃO
MÃO-DUPLA - Esta via de mão dupla, segundo ele, ajudará a melhorar a imagem desgastada que a população tem dos políticos brasilienses.
O governador Ibaneis Rocha está mais perto dos deputados distritais. A avaliação foi feita pelo deputado Eduardo Pedrosa (PTC), durante jantar, terça-feira (6), com um grupo de 15 membros da Associação de Blogueiros do DF (ABBP). “Num primeiro momento, ficamos pessimistas. Um pedido de audiência demorava semanas e até meses. Mas o governo entendeu que precisa estar próximo dos parlamentares”, disse.
Pedrosa presta conta a blogueiros
DESAFORO - Na opinião de Pedrosa, o importante é os deputados ajudarem a construir os projeto e terem participação na política de desen-
volvimento da cidade. “A gente ouve desaforo o tempo todo. Elogio também é importante”.
PRIVATIZAÇÕES - O distrital respondeu perguntas dos convidados sobre temas como a privatização do Metrô, da CEB e da Caesb, que ele apóia; a política de meritocracia para os servidores do GDF; e a criação de um seguro para obras contratadas pelo GDF. E disse que envia emendas para todas as 687 escolas públicas executarem melhorias por meio do PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira).
Belmonte (C), Dra. Juliana e Ricardo Mendes, superintendente da Região Norte
Improcedente Vânia Gomes, ex-servidora do gabinete da deputada Érika Kokay, compareceu a uma audiência sexta-feira (9), no TJDF, acusando a petista de cobrar parte de seu salário, a chamada “dobradinha”. Érika será ouvida no dia 6 de setembro, mas soltou nota dizendo que a denúncia é improcedente.
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Rede D’Or negocia compra do Hospital Anchieta
Festival italiano em Águas Claras
ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL
Um dos maiores hospitais particulares da região Centro-Oeste, o Anchieta de Taguatinga pode passar a integrar a rede D’Or, do Rio de Janeiro, que já administra, em Brasília, os hospitais Santa Luzia, Coração do Brasil e Santa Helena. A direção do Anchieta, por meio da assessoria de imprensa, nega a negociação. A reportagem não conseguiu contato com a rede D’Or. No entanto, fontes do próprio hospital confirmam que as tratativas começaram há dois anos. A rede D’Or teria feito três exigências para concretizar a compra: que o Anchieta oferecesse estrutura própria para as especialidades de Imagem (Radiologia), Hemodinâmica e Oncologia. Todas foram atendidas no primeiro semestre deste ano. CEO - Um sinal da transferência de poder da família do fundador do Anchieta, Délcio Pereira Rodrigues, para uma gestão mais profissional foi a contratação, no último dia 29
PHILIPPE LANDIM
Orlando Pontes
Um dos maiores hospitais do Centro-Oeste, o Anchieta está sob o comando de Mário Sérgio Pereira: transição
de julho, do novo CEO do hospital, o executivo Mário Sérgio Pereira, com mais de 30 anos de experiência na indústria farmacêutica e medicina diagnóstica. Após 24 anos sendo administrado pela família do fundador, Mário Sérgio chega à Instituição num momento crucial. “Queríamos uma pessoa que estivesse alinhada
com os valores do Anchieta, e Mário Sérgio tem todos os requisitos necessários para isso”, disse Délcio ao empossá-lo. O texto da assessoria de imprensa do Anchieta anunciado a chegada de Mario Sérgio destaca sua “vasta experiência em reestruturar setores das empresas e realizar a fusão dos mesmos”.
Via Engenharia pede recuperação judicial Envolvida em escândalos de corrupção investigados pelas operações Lava Jato e Panatenaico (que apura desvios milionários nas obras do estádio Mané Garrincha, o mais caro da Copa de 2014, avaliado em R$ 1,6 bilhão), a Via Engenharia, maior construtora do DF, ingressou quinta-feira (8), na primeira Vara de Recuperação e Falências, com pedido de recuperação judicial. A medida visa evitar a falência do grupo empresarial. Em abril, a Justiça Federal proibiu a empresa – que é responsável por obras como a reconstrução do viaduto da Galeria dos Estados, o Trevo de Triagem Norte e a as estações do metrô da 106 Sul e da 110 Sul – de fazer novos contratos com o poder público. A sentença foi revertida e a Via descarta a demissão em massa dos trabalhadores. CRISE - Segundo o advogado da construtora, José Murilo Procópio, o grupo empresarial tem um passivo de R$ 300
ELZA FIÚZA/ABR
Rádio Cultura terá gestão compartilhada
nômico-financeira que vive o país” e diz que essa circunstância “impactou profundamente quase todos os setores da economia, principalmente o da construção civil pesada e o mercado imobiliário”.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa lançou, sexta-feira (9), edital de chamamento público para contribuir com a gestão compartilhada da Rádio Cultura FM. Com investimento de R$ 1 milhão, a ideia é selecionar uma Organização da Sociedade Civil para auxiliar no aperfeiçoamento da administração e contribuir para a modernização e produção da programação do equipamento cultural. A gestão compartilhada possibilitará a evolução tecnológica e operacional de produção, ampliando a emissão em sinal FM para todo o DF. Além disso, os recursos aportados pela Secretaria também serão investidos em melhorias físicas e estruturais da rádio, segundo o titular da pasta, Adão Cândido.
Mané Garrincha custou R$ 1,6 bi: Investigação da Paratenaicos
milhões. Caso o pedido de recuperação judicial seja deferido, a empresa terá 60 dias para elaborar um novo cronograma de pagamento da dívida. Em comunicado explicando a decisão, a Via alega “a grave crise eco-
De 12 a 15 de setembro, Aguas ClarasserápalcodoItalianFestival. O evento está confirmado para acontecer no estacionamento da faculdade Unieuro e terá atrações típicas da tradição italiana para família inteira. Os restaurantes e expositores de todo o DF prepararão os mais variados pratos da culinária italiana acompanhados de uma seleção de vinhos e gelatos. Além da Haverá, ainda, programação artística e cultural, com danças típicas, música, moda, artesanato e brinquedoteca. Nos dias 12 e 13 a festa rola das 17h às 23h e nos dias 14 e 15 das 12h às 22h. Os ingressos serão populares, com meia-entrada para quem doar um quilo de alimento não perecível. O evento conta com o apoio da da Associação de Moradores (Amaac), da Casa de Amigas, Síndicos Online e da Abrasel. Informações: 61-98139-5379
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O que orienta a definição da política de saúde? Universalizar o acesso à assistência em saúde é um princípio constituinte do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Avançamos mais nesse sentido do que países mais ricos e desenvolvidos, como os Estados Unidos, mas ficamos para trás se nos compararmos ao Canadá ou ao Reino Unido. Cada um desses sistemas com características próprias e com uma forma diferente de lidar com a polaridade entre o interesse público e o privado na saúde pública. A coexistência e até complementaridade entre público e privado é legítima e desejável, a promiscuidade entre eles, não. O sistema de saúde pública brasileiro está caminhando sob um limite muito tênue – vemos um avanço de grandes grupos econômicos que atuam no segmento da saúde, inclusive de capital estrangeiro, ocupando espaço nas esferas de decisões políticas dentro das estruturas de governo tanto no que se refere à saúde privada e suplementar quanto na esfera pública. O Médicos pelo Brasil, por exemplo, investe na terceirização em vez de criar uma carreira pública para dotar as localidades desassistidas de
profissionais da medicina – vamos colocar uma ênfase aqui no fato de que médico sozinho e sem recursos não vai resolver o problema de saúde dessas populações, que precisam do suporte do Estado em todas as áreas. O programa recém-lançado pelo Ministério da Saúde vai ser gerido pela Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), inspirada num modelo de terceirização do serviço público adotado aqui no Distrito Federal: o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), um serviço social autônomo, pessoa jurídica de direito privado que pode contatar serviços de outros – pessoas físicas e jurídicas – para a execução dos serviços de saúde. O Iges-DF foi criado porque o movimento sindical, o Ministério Público e outras instituições da sociedade civil fizerem oposição ferrenha aos planos que governos anteriores ao atual tinham de entregar a gestão das unidades públicas de saúde a Organizações Sociais de Saúde. Organizações Sociais de Saúde são, em tese, organizações do terceiro setor, mas na maioria controladas por
representantes dos grandes grupos econômicos que atuam na saúde. Não visam lucro pelo trabalho da gestão, mas controlam os contratos e podem direcionar o fluxo do dinheiro que lhes é entregue pelo Estado para quem bem entenderem, sem controle do Ministério Público ou dos Tribunais de Contas. Vamos tomar como exemplo uma das muitas unidades de saúde geridas por OS que existem no país: a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Viamão, no Rio Grande do Sul, sobre a qual a imprensa gaúcha publicou matéria falando da falta de médicos no início deste mês (não acontece só aqui e nem só no serviço público direto!). Ela é administrada pela OS Instituto dos Lagos, do Rio de Janeiro – uma terceirização –, que contrata empresas privadas – uma quarteirização –, as quais subcontratam médicos obrigados a ter registro de pessoa jurídica e não têm contrato de trabalho (o quinto elemento). Do início do processo até o fim, foi eliminada a relação formal de trabalho, criou-se uma brecha de fiscalização e muito dinheiro público passou
Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado
por muitas mãos, sem que o atendimento da UPA Viamão à população seja satisfatório. Com certeza, o gasto público também não diminuiu com tanto atravessador no processo. A orientação para as políticas públicas no setor está partindo da definição de quem vai ficar com o dinheiro que os cofres públicos destinam à saúde e não da definição de qual é a necessidade de saúde da população. Enquanto isso, nós ficamos feito bonecos de porta de oficina, agitados pelos ventos de argumentações supostamente ideológicas, que escondem o foco real da questão: o dinheiro.
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
A maconha estragada de
O
ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), ou anda mal informado ou sua assessoria não sabe fazer contas. Na entrevista intitulada Guerra à Maconha, nas páginas amarelas da revista Veja da semana passada, ele afirmou que em Brasília são consumidas de 8 e 10 toneladas de cocaína por ano, 40 vezes mais do que em Chicago. A informação foi reproduzida na coluna de Lauro Jardim, de O Globo. Se ainda fosse vivo, o ex-governador Joaquim Roriz, que foi correligionário de Terra no MDB, certamente se valeria de uma expressão que lhe era típica: “fumou uma maconha estragada”. As afirmações do ministro se baseiam na dissertação de mestrado Desenvolvimento de Método para Determinação de Drogas Psicoativas e seus Metabólitos em Esgoto: Suporte aos Estudos de Epidemiologia Forense, de Gustavo Brandão Souza, defendida no Instituto de Química da UnB. Simplificando o título acadêmico, o estudo se vale de uma técnica denominada Epidemiologia do Esgoto. Por meio da análise química dos efluentes, quantificou-se as substâncias e seus metabólitos no esgoto gerado pela população da Capital Federal. A conclusão final é que mais de 700 Kg de cocaína base livre foram consumidas no DF durante um ano. Portanto, longe dos 8 mil a 10 mil quilos, conforme afirmou o ministro. Mesmo assim, o brasiliense continua a ter um padrão alto de consumo de cocaína, superior aos moradores de Chicago, mas não 40 vezes, como disse Terra, e sim, entre 2,8 e 3,5 vezes.
Overdose: tentando reforçar o discurso contra a liberação da canabis, o ministro Osmar Terra exagerou nos números, e aumentou de 700 Kg para 8 toneladas os dados sobre o consumo de cocaína no Distrito Federal
Uso de água de reservatórios causa preocup O objetivo do trabalho acadêmico era aprimorar essa técnica de pesquisa e comprovar sua validade para uso forense. Ou seja, em investigação criminal, e a aceitação de suas conclusões como prova num tribunal. Algo como se vê nas séries CSI na televisão. Percebe-se, novamente, que da “balburdia” acadêmi-
ca da UnB, citada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, brotam importantes e interessantes trabalhos científicos. A pesquisa de Gustavo Souza tem uma serventia mais ampla do que o uso forense. Ela lança uma preocupante luz sobre o consumo humano e animal de água captada em reservatórios nos quais também são
lançados efluentes sanitários, mesmo tratados em estações. É o caso da captação no Paranoá, iniciada durante a seca que jogou a população do DF num racionamento. Esta coluna tratou do tema em 2017, quando o GDF inaugurou estrutura com capacidade de retirar do lago 42 mil litros por minuto. Alertávamos para o tratamento da água pela Ca-
esb, de padrão terciário, baseado em higiênicos (remoção de bactérias, protozoários, vírus etc., redução de impurezas e de compostos orgânicos; estéticos (correção da cor, sabor e odor); e econômicos (redução de corrosividade, cor, turbidez, ferro e manganês. URINA - O padrão terciário de tratamento d’água não é ca-
paz de eliminar substâncias químicas como hormônios, antibióticos e drogas ilícitas. Quando uma pessoa consome cocaína – cheirando ou fumando crack – a droga é metabolizada: 45% são convertidos em benzoilecgonina (BE), excretada pela urina.Como a maior parte da urina vai para as redes de esgoto, a pesquisa acadêmica buscou identificar
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de Osmar Terra WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL
pação a presença de 19 substâncias que apontariam o consumo de drogas e o seu nível no DF. Feita a análise, apenas os canabinóides e dois metabólitos da cocaína – Ecgonina (ECG) e Ecgonina metil-éste (EME) – não foram identificados. Isso, contudo, não significa que não estivessem lá, e sim que o método utilizado na pesquisa não era capaz de localizá-los.
Regionalização do consumo O pesquisador se valeu da rede de esgoto que atende a 90% dos brasilienses, e pode, inclusive, fazer uma análise regionalizada, já que para cada quadrante do DF há uma rede de captação que leva o esgoto a uma determinada estação de tratamento (ETE). Portanto, seus achados são úteis para a definição de uma política de saúde pública que trate, sob o aspecto epidemiológico, o uso de drogas ilícitas e suas consequências à saúde. As amostras de esgoto foram coletadas nas ETEs do Melchior (responsável por Taguatinga, Ceilândia e Águas Claras), Gama, Brasília Norte, Brasília Sul, Samambaia, Paranoá, Planaltina e Riacho Fundo. Na ETE Brasília Norte houve coleta em sete dias consecutivos, e nas demais em dias úteis da semana e finais de semana. Constatou-se que nos dias úteis o consumo equivale à metade dos finais de semana, o que pode levar a duas leituras: ou a maior número de usuários de drogas nos finais de semana, ou o volume do consumo é maior, mesmo mantida a quantidade de usuários. O trabalho apontou que as cidades atendidas pela ETE Brasília Norte (Asa Norte, Lago Norte, Varjão e Estrutural) são os que mais consomem: 4.453 doses por ano para cada 1.000 habitantes. O consumo semanal apresentou picos maiores aos sábados e mais baixos às terças-feiras. Em seguida, aparecem as áreas atendidas pelas ETEs de Samambaia, 4.049; Gama, 3.607; Melchior, 3.259; Paranoá, 2.208; Brasília Sul, 2.177; Riacho Fundo, 1.622; e Planaltina, 1.601 doses/ano em cada grupo de 1.000 habitantes. Em todas as amostras de esgoto, a pesquisa encontrou as cinco substâncias normalmente expelidas na urina relacionadas ao uso de cocaína.
Autoridades devem tomar providências As conclusões da pesquisa sugerem algumas providências das autoridades públicas. Primeiro, o ministro da Cidadania precisa ser melhor informado para não propagar fake news que causam má imagem aos habitantes de Brasília. Segundo, os responsáveis pelo abastecimento d’água precisam monitorar a qualidade do produto servido aos brasilienses no tocante à presença de derivados de medicamentos e drogas ilícitas. Por fim, é necessária uma política efetiva de saúde pública que evite que a capital se torne uma cidade de viciados.
Weintraub compra briga com educadores O ministro da Educação, Abraham Weintraub comprou mais uma briga. Desta vez, não só com os educadores, mas também com os artistas de Brasília. Em seu twitter, postou foto de um painel em mosaico que reverencia a memória do pedagogo pernambucano, Paulo Freire, considerado Patrono da Educação e escreveu: “Mural em frente ao MEC... É ou não é feio de doer?”. Já é notória a incompatibilidade de Weintraub com Paulo Freire, cuja grande contribuição ao mundo do saber é o ensino por meio de ferramentas que levem à conscientização política do povo, em nome da emancipação social, cultural e política das classes sociais excluídas e oprimidas, como ressalta o professor da USP, Moacir Gadotti. Agora, o ministro da Educação quer retirar a homenagem defronte ao MEC e doá-la ao filho do presidente Bolsonaro, para que ele a leve aos Estados Unidos, caso seja nomeado embaixador do Brasil naquele país. Ao mesmo tempo, Weintraub demonstra desconhecer a diferença entre o público e o privado. Ele não pode dispor de um bem público como se fora dele. O ministro também agride a classe artística. O painel foi feito por um dos artistas plásticos mais queridos, ativos e criativos da cidade: Henrique Gonzaga Júnior. O mosaicista Gougon, formado em arquitetura, foi, durante muitos anos, jornalista político e chargistas. Desde que decidiu se concentrar na produção artística implantou esculturas e painéis de mosaicos em diferentes locais do DF. Na UnB, homenageou Honestino Guimarães, morto pela ditadura militar, e de quem foi colega como estudante. Pelos cantos de Brasília, é possível encontrar obras dele que retratam Juscelino Kubitschek, o urbanista Lúcio Costa, Ulyssses Guimarães, Darcy Ribeiro e até Cora Coralina. Ao decidir arrancar a homenagem a Paulo Freire – inaugurada em 2003 pelo então ministro da Educação, Cristovam Buarque -, Weintraub também compra uma briga internacional, dessa vez com a Unesco, que é uma das instituições que apadrinham o monumento. Será que vale a pena tanto factoide para aparecer na mídia?
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Sesi dobra número de matrículas Unidade de Taguatinga receberá mais de 1.600 alunos de Ensinos Médio e Fundamental em 2020 FOTOS: ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL
Orlando Pontes O colégio do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Taguatinga vai dobrar de 815 para 1.630 o número de vagas para alunos de Ensino Fundamental (1º ao nono ano) e Médio (1ª à 3ª série) em 2020. O Sesi Taguatinga é a primeira escola do Distrito Federal a oferecer a nova modalidade educacional de Base Nacional Curricular Comum (BNCC) determinada pelo Ministério da Educação (MEC), com formação técnica a partir do primeiro ano do Ensino Médio. A diretora da escola, Rosileide Braga, e a secretária de apoio à gestão, Renata Arcanjo, explicam que, para se adequar à nova realidade, a unidade está passando por uma reforma das instalações e ajustando o currículo, com treinamento de professores. Os alunos estudarão em tempo integral, com aulas por área de conhecimento (Linguagem, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias) no turno e atividades complementares (música e esportes, por exemplo) no contraturno. Serão formadas turmas nos períodos matutino e vespertino. MODELO - As duas educadoras comemoram os resultados obtidos pelo Sesi de Taguatinga no primeiro semestre de 2019 e revelam que a adequação curricular, iniciada este ano, tem servido de modelo para outras escolas particulares de grande porte da cidade. Mas, por questão ética, não dizem quais. Como destaque do desempenho dos estudantes da unidade, elas exibem os troféus conquistados pelos nove alunos do Sesi Taguatinga que disputaram uma olimpíada de robótica na Austrália, em julho. Eles ficaram em primeiro lugar em Estratégia e Inovação e no segundo lugar geral em desempenho na mesa. Detalhe: as apresentações foram feitas em inglês.
O Sesi de Taguatinga Norte, com área total de 136.000 m² está passando por reformas para receber novos alunos em 2020
Rosileide Braga e Renata Arcanjo exibem os troféus conquistados pelos alunos na Austrália
Parquinho preparado para receber as crianças
As educadoras expõem com orgulho os trabalhos dos estudantes usando técnicas matemáticas
Aulas na mesa de robótica despertam talento
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Escolas de Ceilândia adotam o cordel
Governador manda jovem negro cortar o cabelo
DIVULGAÇÃO
Raimundo Nonato Sobrinho ensina a arte do cordel para alunos de escolas públicas
Maria Félix Fonteles O escritor Raimundo Nonato Sobrinho vai desenvolver, durante um ano, o projeto A magia do cordel, em escolas públicas de Ceilândia, para alunos do ensino fundamental. Serão ministradas 48 oficinas, em 20 escolas, com o objetivo de estimular o gosto pela leitura, a criação literária e a expressão artística dos estudantes por meio da tradição cordelista brasileira. o projeto será executado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de Brasília. Munido de data show, cartolinas, canetas, lápis, pincéis atômicos e muitos livros, o cordelista pretende passar sua experiência para os jovens. Raimundo Sobrinho acredita que a partir do contato com a poesia popular, em particular o cordel, os alunos conhecerão um pouco mais da realidade do nosso povo e suas peculiaridades. “Eles terão a oportunidade de participar de experiências literárias inovadoras, tendo como ferramentas a escuta, a leitura, a escrita e a declamação de cordéis. Nosso propósito maior é levar os alunos a criarem seus próprios textos literários”. Cada oficina terá carga horária de uma a três horas. A metodologia envolverá leitura de cordéis
e exploração do gênero reconhecido pelo Iphan, em 2018, como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Haverá exibição de vídeos sobre a técnica, produção de xilogravuras, elaboração e revisão, pelos alunos, de textos baseados em fábulas e em temas livres, além de declamação das produções dos estudantes. Haverá também a acessibilidade para surdos com o trabalho de intérprete de Libras. A primeira oficina foi realizada no dia 2 de agosto, na Escola Classe 52 de Ceilândia. De 9 a 12 de agosto o projeto estará na Escola Classe 45, nos turnos matutino e vespertino. E assim ocorrerá, sucessivamente, em outros colégios, até o final do primeiro semestre de 2020. Para a coordenadora pedagógica da Escola Classe 52, Gisele Feitosa, iniciativas como esta resgatam a prática da literatura nacional nas escolas. “É fundamental que nossos estudantes tenham mais contato com a literatura brasileira, pois o Brasil é uma fonte inesgotável de arte e diversidade”, diz ela. Raimundo Sobrinho nasceu em Chapada (Ceará). Em 1992 mudou-se para Brasília trazendo vários cordéis de sua autoria. E já publicou dois livros: Mostra a tua cara, Brasil; e Brasil alegre, Brasil Triste.
O Governo do Distrito Federal segue a Presidência da República: em vez de governar para a cidadania e o desenvolvimento, esconde-se atrás de comportamentos aparentemente tolos para implantar um projeto autoritário de destruição do País. Essa situação atinge instituições públicas e privadas. A regra é sucatear e privatizar os serviços públicos rapidamente; extinguir direitos sociais; e destruir empresas privadas de atuação internacional para importar tecnologias atrasadas de outros países. Alinhado com esse pensamento, o governador Ibaneis Rocha (MDB) está desviando a função da Polícia Militar para ter, nela, o respaldo armado na hora das decisões inconstitucionais. Um dos exemplos disso é o uso da intervenção militar para privatizar a educação e subjugar estudantes da rede pública com ordens tirânicas e inconsistentes. Por meio da PM, ele ordena aos(às) estudantes negros(as) que cortem os cabelos e parem de usar brincos, cabelos grandes e adereços coloridos. É isso mesmo que você está lendo! Em pleno século XXI, o governador se comporta como enviado do rei absolutista. Há poucos dias, um de seus asseclas, Guilherme Neves, assessor do secretário de Educação, Rafael Parente, e professor de história da rede pública, tentou convencer a comunidade escolar das seis escolas em fase de militarização de que a exigência da PM de cortar os cabelos dos(as) estudantes é benéfica. Neves não apresentou nenhum argumento científico que provasse os benefícios psicológicos, comportamentais e pedagógicos do corte de cabelo. O professor integra a comissão criada pelo Decreto 39.765/2019, que tem a tarefa de criar o projeto que institui a aventura privatista executada, no DF, por três homens que se autodeclaram “brancos” e imbuídos de poder. O professor de história não aprendeu nada com o terrorismo da Segunda Guerra Mundial que instituía regras desumanas semelhantes a essas para salvaguardarem seus interesses privatistas e pessoais e assassinaram mais de 60 milhões de pessoas. O governador, embora eleito pelo povo, age com totalitarismo, alinhado com a gestão bélica, machista e racista do presidente Bolsonaro. Associou-se à minoria branca e a poderosos e se autodeclarou dono dos corpos negros e das minorias para impor a militarização/privatização da escola pública. Ele colabora com a extinção de direitos dos trabalhadores organizando governadores para a aprovação da reforma da Previdência. O comandante em chefe da PMDF, de descendência negra, diz ter se baseado no Art. 144 da Constituição para proibir cabelos black power e rastafári entre os meninos, e impor hidratação com creme e coque no das meninas. O artigo não autoriza a PM a perseguir a liberdade de ninguém. Diz apenas que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos [...]”. No Preâmbulo, a Constituição determina que o Brasil é um país que respeita a liberdade individual. Portanto, adotar regras autoritárias e fúteis para subjugar estudantes de classes menos favorecidas é inconstitucional. Mais do que isso. É terrorismo de Estado. As regras autoritárias da PM nas escolas não têm nenhuma compatibilidade com nenhum estudo científico sobre educação, pedagogia, psicologia, sociologia etc. Ao contrário; Estudos científicos sobre o comportamento humano provam que ações assim não melhoram a indisciplina e nem a falta de comprometimento com os estudos. O fato é que essa ação do governo Ibaneis e da PM têm um nome: violência de Estado.
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Bares do barulho infernizam Águas Claras FOTOS: DIVULGAÇÃO
Moradores denunciam poluição sonora na Monkey Loung e na Hookan Noke Laud, na Área de Desenvolvimento Econômico Moradores e empresários da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras andam indignados com o incômodo causado pela Monkey Loung Bar e pela Hookan Noke Laud Bar. As duas casas noturnas, que funcionam no lote 17 do Conjunto 5, tocam música eletrônica praticamente todas as noites e ainda permitem que frequentadores liguem som automotivo em alto volume. Os vizinhos passam noites em claro e quando chamam a polícia raramente são atendidos. Já foram registradas ocorrências na 21ª Delegacia. Além da reclamação contra o barulho, eles suspeitam do comércio de drogas. “Aqui não tem lei. Como a gente pode trabalhar no dia seguinte depois de uma noite acordado com essa barulheira?”, reclama Juran-
O barulho da Monkey Loung e da Hookan Noke Laud Bar incomoda os vizinhos da ADE
di Siqueira, que trabalha e mora ao lado das duas casas noturnas. Os vizinhos já procuraram a Administração Regional de Águas Claras pedindo providências contra a poluição sonora em altos decibéis. Mas dizem que não houve qualquer providência. Sentindo-se desamparados pelo Poder Público,
os moradores se organizam para contratar um advogado para abrir um processo contra os proprietários dos estabelecimentos e contra o governo, por omissão na resolução do problema. Na madrugada de domingo (4) para segunda-feira, após várias chamadas, uma guarnição da Polícia Mi-
Clientes consomem álcool e sujam a rua
litar chegou ao local às quatro horas da madrugada. Já ocorria a segunda briga da noite entre frequentadores. Os PMs dispararam spray de gás de pimenta para encerrar a confusão e todos dispersaram. O dono dos bares tinha saído minutos antes com seu carro, conforme mostram vídeos gravados pelos moradores.
Taça das Favelas começa dia 18 em Ceilândia TAÇA CUFA
Gustavo Pontes Começa domingo (18), no campo sintético da Praça dos Eucaliptos, em Ceilândia, a Terceira Taça das Favelas de Brasília. A sequência de jogos da fase classificatória acontece nos dias 24, 25 e 31 de agosto e 1º, 7, 8 e 14 de setembro. As semifinais e finais serão nos dias 22 e 28 de setembro, no estádio Abadião, também em Ceilândia. A Taça das Favelas será disputada este ano por 32 times masculinos e 16 femininos formados por jovens de periferias, favelas e comunidades do DF e Entorno. A competição é organizada pela Central Única das Favelas (CUFA) e acontece, simultaneamente, em mais 11 capitais brasileiras.
Guilherme Junger: “oportunidade para os jovens do DF mostrarem seu talento”
Várias equipes profissionais mandam olheiros para observar o desempenho dos atletas. Entre elas, o Real Futebol Clube, da primeira divisão
do Distrito Federal. “Em todos os jogos estarão presentes membros da nossa comissão técnica observando esses jovens, que podem vir a ser os
futuros craques”, diz o presidente do Real, Luís Felipe Belmonte. No domingo (4), aconteceu o congresso técnico da competição, com a presença de mais de 800 pessoas no Museu Nacional, onde ocorreram as palestras de parceiros do evento e atividades como uma mesa-redonda com a participação dos jovens atletas. O diretor-financeiro da Belmonte Sports, uma das patrocinadoras da Taça das Favelas 2019, Guilherme Junger, ressaltou a importância do evento: “é um projeto fantástico, famoso no Rio e em São Paulo e que está retornando a Brasília neste ano. É uma grande oportunidade para os jovens mostrarem seu talento”.
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ESPÍRITO
José Matos Negatividade – livre-se desta ideia As crises não surgem para nos derrotar. Pelo contrário. Elas devem provocar criatividade e superação O atual estado de incertezas sobre a economia tem levado muita gente a se deprimir. As pessoas esquecem-se de que este é apenas mais um ciclo na trajetória do nosso país. Assim foi após a libertação dos escravos e da proclamação da República, após as mortes de Getúlio Vargas e Tancredo Neves, e após os fracassos dos planos econômicos.
Não obstante, é enfrentando a negatividade desses momentos, capacitando-se e inovando, que nascem os vencedores. Alguém já ensinou: “nas crises, tire o “s”, crie! Assim como os países periodicamente enfrentam suas crises, de igual maneira as famílias, as comunidades e cada um de nós, individualmente, de acordo com a Lei da
NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Menos agrotóxicos no prato O que fazer para conseguir uma alimentação livre dos pesticidas liberados pelo governo Há alguns dias, o governo comandado por Jair Bolsonaro liberou a utilização de diversos agrotóxicos proibidos em outras partes do mundo.
TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA
Diante dessa informação, muita gente passou a me perguntar o que fazer para conseguir ter uma alimentação livre de agrotóxicos.
Unidade, as enfrenta. Sem crises, muitas vezes ficamos estagnados, em desacordo com a Lei de Progresso, que nos leva à sabedoria e, consequentemente, à evolução, objetivo de todos nós. As crises não surgem para nos derrotar. Pelo contrário. Elas devem provocar criatividade e superação. Contudo, nem sempre as medidas de superação devem limitar-se apenas ao campo material. Elas devem se estender, principalmente, ao esquecido lado espiritual, de acordo com a recomendação crística: “busque o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais te será dado de acréscimo”. E, cumulativamente, “de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?”. Vida é prazer e dor, vitória e derrota, alegria e tristeza. E tudo são ensinamentos para levar-nos sempre ao crescimento. Se, ao invés de atitude positiva diante da crise, você desanimar-se e re-
voltar-se, poderá perder a oportunidade de superação e vitória. Viva atento e não se deixe dominar pela adversidade do presente. Você é seu pior e melhor amigo; depende de você. Tomas Edson, após fracassar mais de 700 vezes para inventar a lâmpada, afirmou: “ já sabemos 700 maneiras de como não fazê-la”. A atitude positiva e criativa contagia auxiliares, alunos, pacientes, eleitores, família, o povo. É necessário uma educação, em casa e na escola que leve crianças e jovens ao enfrentamento das dificuldades com disposição. Livre-se da negatividade, mas livre-se também da educação superprotetora que forma jovens fracos, desanimados e negativos.
O que posso dizer a todos é que apenas a atitude de nos aproximarmos dos agricultores locais, estimulando a agricultura familiar da nossa região, faz com que a gente consiga conhecer melhor a origem dos alimentos que levamos para casa. Não devemos jamais deixar de consumir frutas e hortaliças, mesmo que provenientes da agricultura tradicional. Porém, essa proximidade com os produtores pode nos dar maior poder de escolha e segurança na aquisição dos hortifrútis. Quem nunca foi ao Ceasa no sábado de manhã fazer compras, não sabe o que está perdendo! Faço esse convite a todos! Outro passeio interessante é co-
nhecer a fazenda Malunga, maior produtora de alimentos orgânicos do Brasil e está bem aqui no quadradinho, no Distrito Federal. Empoderameto muda a sociedade! E a alimentação saudável faz parte desse processo! Não é porque o governo federal, por interesses econômicos de seus integrantes e apoiadores age para comprometer a qualidade de nossa alimentação, que nós devemos nos submeter a essa barbárie. Em busca de saúde, temos o direito de buscar outras alternativas.
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutriocionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
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TV Comunitária de Brasília DF
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A proteção de crianças e adolescentes é dever de todos. Escolha os conselheiros tutelares de sua cidade. Votação em 6 de outubro.