Jornal Brasília capital 438

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OLIVEIRA/BSB

CAPITAL

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Do entorn

Ano VIII - 438

Lula livre após 19 meses de prisão injusta Pelaí - Página 3

Novo Portal simplifica a vida dos cidadãos usuários do Detran-DF Página 4

Brasília, 9 a 15 de novembro de 2019

Empresários de ônibus brigam pelo Metrô Dona da Pioneira e da Piracicabana, família de Nenê Constantino vai disputar com a Urbi o processo de privatização do sistema de transporte sobre trilhos anunciado pelo GDF AGÊNCIA BRASÍLIA

Caso adquiram o Metrô e o VLT, concessionários do transporte rodoviário exercerão monopólio privado no sistema público do Distrito Federal

Chico Sant’Anna - Páginas 6 e 7

Óleo nas praias do Nordeste coloca cachoeiras do Cerrado na rota do turismo nacional

Páginas 10 e 11


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 9 a 15 de novembro de 2019 - bsbcapital.com.br

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x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Giza Dairell (61) 9 8451-7565 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).

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Querem fazer política com a saúde no DF e não a política da saúde

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Ministério da Saúde instituiu o programa Saúde na Hora, no qual oferece aumento no incentivo de custeio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), pela ampliação do horário de atendimento até as 22h. Essa medida visava aumentar o acesso da população a serviços como consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, testes de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), aplicação de vacinas, consultas pré-natal, entre outros procedimentos. Para receber esse aumento do repasse federal, o GDF anunciou a extensão do horário de 19 UBSs a partir de 1º de novembro. Isso ocorreu sem nenhuma possibilidade de realização de exames, testes de rastreamento de ISTs, aplicação de vacinas, farmácia nem atendimento odontológico. Para a UBS funcionar até mais tarde, as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) escaladas para o plantão noturno são obrigadas a deixar de fazer os atendimentos que faziam durante os turnos normais. A insegurança é outro ponto de preocupação tanto para pacientes

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

quanto para os servidores que atuam nessas unidades – várias localizadas em áreas ermas, com tráfico de drogas e alto índice de criminalidade. O tiroteio na UBS da Estrutural, na tarde de terça-feira (5), deixou claro que medidas são necessárias para a proteção de quem está trabalhando e de quem procura atendimento. Não é a primeira vez que centros de saúde (ou UBSs) funcionam

à noite, mas nunca houve demanda que justificasse a continuidade da proposta. Em geral, quem sai à procura de atendimento médico noturno está em situação de emergência ou urgência, e as UBSs não têm estrutura para atender esses casos. Outro pressuposto que está sendo distorcido é que 85% a 90% dos casos podem ser resolvidos pelas equipes da ESF. Médicos de família e comunidade têm reclamado de severa restrição ao encaminhamento de pacientes para os níveis secundário e terciário de atenção à saúde. O que era um prognóstico da efetividade da Atenção Primária está sendo tomado como meta de produtividade e barreira ao atendimento das necessidades dos pacientes. Da forma como estão sendo colocadas em prática, as medidas adotadas na atenção primária à saúde aparecem bem na propaganda política, mas, na prática, são desastrosas para a população e abusivas com os profissionais que atuam na área.

É preciso refletir João Baptista Herkenhoff (*) Não se pode esquecer o passado. Povo que esquece o passado, não tem futuro. Proponho, neste texto, a reflexão sobre um fato: O ódio insano não se cala nem diante da morte. Isso ficou provado quando faleceu Marisa Letícia, esposa de Lula, ré em ação penal no “caso tríplex” por lavagem de dinheiro. A Defesa de Marisa pediu “a

absolvição sumária em decorrência da extinção da punibilidade”. O Ministério Público Federal concordou com o pleito. Entretanto, o juiz indeferiu o pedido afirmando: “Cabe, diante do óbito, somente o reconhecimento da extinção da punibilidade, sem qualquer consideração quanto à culpa ou inocência do acusado falecido em relação à imputação”. Ou seja, mesmo depois de morta, a pessoa não deve ter paz.

Não percebeu o julgador a razão humana que justificaria a absolvição. Preferiu optar pela frieza, que amesquinha o Direito. O humanismo não desmerece o magistrado. Ao contrário, engrandece seu papel. Juiz desumano assemelha-se a monstro, e não tem a marca do verdadeiro juiz. É temido porque o homem prudente teme as feras. (*) Juiz de Direto aposentado (ES) e escritor


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QUEDA LIVRE – Pesquisa do Portal Jota, divulgada pelo site Antagonista, na terça-feira (5), mostra que a aprovação do governo Bolsonaro está em queda: É considerado ruim ou péssimo por 42,1% do eleitorado e, ótimo ou bom, por 30,9%. Os dados foram obtidos de 29 de outubro e a 2 de novembro, com 1.042 entrevistados em 304 municípios. Outra pesquisa, do Instituto Paraná, encomendada pelo Diário do Poder, aferiu que 43,4% dos brasileiros acham que Bolsonaro deveria permanecer no PSL, enquanto, 37,5%, preferem que ele saia. Não opinaram 19%.

Promoção de praças a oficiais Decisão do ministro Alexandre de Morais, do STF, publicada segunda-feira (4), pôs fim à Ação Direta de Inconstitucionalidade que tentava impedir a promoção de praças a oficiais da PM e do Corpo de Bombeiros do DF. A ADI questionava a Lei nº 12.086, que dispõe sobre essa ascensão, e tinha como objetivo impedir que praças fossem promovidos a oficiais. TRANSPOSIÇÃO - A ação considerava que haveria transposição de carreira, o que só é permitido por meio de concurso público. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Praças (Fonap), Renilson Roma, afirmou que a decisão “é uma vitória importante para praças das duas corporações”.

Lula livre

Preso desde abril do ano passado, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi libertado na noite de sexta-feira (8) da carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Sua saída da prisão foi possível após o voto de minerva do presidente do STF, Dias Toffoli, quinta-feira (7), que acabou com a prisão em segunda instância.

Trânsito em julgado - Por 6 votos a 5, a Corte modificou o entendimento que autorizou as prisões em 2016. Para a maioria dos ministros do Supremo, a Constituição não autoriza que a condenação possa ser executada antes do trânsito em julgado. Alteração feita no Código Penal, em 2011, afirma que “ninguém será preso, senão em

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Paulo Guedes acompanhou Bolsonaro na entrega do pacote

DIVULGAÇÃO

Toffoli: Voto decisivo que devolveu a liberdade a Lula

flagrante delito ou em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado”. RECURSOS – Com o novo entendimento, o início do cumprimento de pena de condenados deve ocorrer após esgotados todos os recursos. Quem for preso com base na decisão anterior poderá recorrer aos juízes de seus processos para serem libertados. Além de Lula, a decisão impacta outros 4.894 presos.

Caberá aos juízes das segundas instâncias e colegiados de cada caso decidir se eles devem ser libertados, após manifestação das defesas e do Ministério Público. SEXTOU – Rosângela da Silva, namorada de Lula, postou nas redes sociais, quinta-feira (7), após a sessão do STF: “Amanhã [sexta] eu vou te buscar! Me espera!!”. Janja, como é conhecida a socióloga, também publicou a tag #onossoamorvencera.

Eufemismo O pacote apresentado ao Congresso terça-feira (5) pelo presidente Bolsonaro prevê o direcionamento de recursos públicos inéditos para os ricos, sob o eufemismo de “pagamento da dívida pública”: 248 fundos devem ser extintos, entre eles o FAT, que destina recursos para programas como o

seguro-desemprego e o abono salarial. JUROS DA DÍVIDA – Todos os recursos serão destinados ao pagamento dos juros da dívida pública, que beneficia banqueiros e rentistas. Só com a extinção dos fundos, R$ 220 bilhões serão direcionados para a o pagamento dos juros da dívida pública.

Curtas O presidente Jair Bolsonaro disse que é de 80% a chance de ele sair do PSL. O Patriota e o Republicanos abriram as portas, mas ele afirma que seu maior desejo é começar do zero uma nova legenda. Vice-líder do governo, o deputado Marco Feliciano convocou a milícia digital para ‘espancar’ o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar reagiu: “A covardia é a principal arma dessa corja”. E apresentou um pedido de convocação para o pastor depor na CPMI das Fake News. Os senadores Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL) foram intimados a prestar esclarecimentos à Polícia Federal na manhã de terça-feira (5). A determinação é do ministro do STF, Édson Fachin, no âmbito do inquérito que investiga supostas doações de R$ 40 milhões do Grupo J&F a políticos do MDB na campanha de 2014. O megaleilão do pré-sal, quarta-feira (6), frustrou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ): “O governo tinha a expectativa de arrecadar mais de R$ 100 bilhões e foi frustrado”. O leilão arrecadou R$ 69,96 bilhões. O governo esperava 106,5 bilhões.


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Portal do Detran simplifica a vida do cidadão Novo site na Internet oferece 11 serviços que antes só eram resolvidos nos postos de atendimento Pollyana Villarreal O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) ingressou, nesta semana, na modernidade tecnológica. Instalou um portal na Internet com 11 tipos de serviços que antes só eram oferecidos nos Postos de Atendimento. Agora, com um celular conectado à rede, o usuário poderá resolver quase todos os tipos de pendências. A novidade será posta em prática de forma gradativa. Os novos serviços estarão on-line nos próximos meses, tais como comunicado de vendas, solicitação de autorização para fabricação de placas e tarjetas, e outros. No site, o usuário terá a opção “Portal de Serviços”. Ali, poderá resolver consultas a dados

Internet substitui postos de atendimento em vários tipos de serviço

da Habilitação, QR Code para a CNH digital, consulta sobre restrições da Habilitação, de pontuação da Habilitação e emissão de nada-consta. Poderá solicitar emissão da autorização de estacionamento para idoso; cadastrar endereço de CNH, pedir permissão (para quem não coletou biometria é necessária identificação pessoal para o primeiro acesso a este

serviço); realizar a autoidentificação de condutor infrator (para quem não coletou biometria é necessária identificação pessoal para o primeiro acesso a este serviço). Também poderá resolver vários problemas relacionados ao veículo, como vincular e desvincular o veículo do cadastro do proprietário (ao permitir o acesso aos dados do(s) veículo(s)) entre outras.

Economia de tempo e de dinheiro Para Samuel de Souza Fernandes, que trabalha num escritório na Cidade do Automóvel, a nova era do Detran-DF vai ser uma mão na roda. “Tenho de tirar abono para resolver pendências de veículos que vendo na Cidade do Automóvel. Quando não sou eu mesmo que tenho de passar o dia empatado, tenho de pagar despachante. Isso será uma grande econo-

mia”, disse o empresário. Para Juliana Oliveira, funcionária do Sicoob, é um transtorno toda vez que tem de resolver qualquer coisa só pode ser nos postos de atendimento. Ela comemorou a nova forma de atendimento. “Agora vou poder usar meu celular para resolver pendências”. A professora Maria Cláudia Pereira acha a iniciativa uma solução até para o

funcionamento do serviço público. “Há poucos dias caí numa blitz em Águas Claras e fiquei presa porque estava devendo uma única multa que eu não sabia que existia. Se tivesse aplicativo para pagamento dela no Detran-DF, teria pago na hora e ali mesmo, na blitz, o Detran-DF emitiria o recibo de pagamento e me liberaria. Hoje tem de ser assim”, observou.


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Brasília Por Chico Sant’Anna

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ispor de um eficiente sistema de transporte sobre trilhos, seja trem, metrô ou VLT, é, para muitos, dar adeus ao desconforto proporcionado pelas empresas de ônibus. No DF, contudo, o Metrô e um futuro sistema de bondes elétricos pode ir parar nas mãos de concessionárias do transporte rodoviário. Pioneira e Piracicabana, do Grupo Comporte – holding do clã Nenê Constantino –, e Urbi, do consórcio goiano HP-Ita, estão de olho na privatização do Metrô e na implantação do VLT. O Comporte colocou em suas metas empresariais gerir o metrô e o VLT de Brasília. O grupo já atua no transporte aéreo, por meio da Gol; no transporte rodoviário interestadual, com a Real Expresso; e no transporte coletivo municipal em diversas cidades do País. Se tiver êxito, e mantidos os contratos que Pioneira e Piracicabana já possuem no DF, será responsável por transportar 700 mil passageiros/dia no DF em diferentes modais. A Urbi, criada para participar da concorrência realizada no governo Agnelo Queiroz, foca o Metrô. Foi habilitada a desenvolver estudos e projetos para a gestão, operação, manutenção e eventual expansão do Metrô do DF. O edital já foi lançado pelo GDF. Onze grupos, de 13 que participaram, foram habilitados. A Urbi saiu na frente da Pioneira,

que não teve aceito seu credenciamento. A exclusão nessa fase não significa que ela esteja fora do processo de privatização, que será em outro momento. A determinação das empresas de Nenê Constantino em assumir o transporte sobre trilhos em Brasília se tornou pública em entrevista ao Diário do Transporte, publicação especializada em transporte. Robson Rodrigues, diretor de novos negócios e comunicação corporativa, disse que o grupo “enxerga oportunidades de investimentos no setor de mobilidade sobre trilhos”. A declaração acontece no momento em que o GDF anuncia a intenção de privatizar o Metrô e fazer uma parceria para implantar o VLT. VLT NA W3 – Previsto para operar na Copa, em 2014, o VLT entre o Aeroporto e a estação do Metrô no Setor Policial seria financiado pelo governo federal. Mas a gestão Agnelo Queiroz (PT) abandonou a ideia. Em 2012, o então vice-governador, Tadeu Filippelli assinou acordo com o Ministério das Cidades desistindo do VLT e o DF perdeu R$ R$ 277 milhões que seriam investidos na obra. Até o governo Dilma, os recursos ficaram disponíveis. Porém, Rodrigo Rollemberg também não apresentou os projetos à Caixa Econômica para liberação da verba. Sem dinheiro, Ibaneis opta, agora, pela PPP para implementar o sistema.

Empresas de ôni querem assumir o

Cinco grupos estão habilitados Inicialmente, nove grupos pediram para participar da elaboração de projetos do VLT. Cinco foram habilitados. Findo o processo, só o consórcio da Piracicabana, empresa em nome da filha de Nenê Constantino, apresentou o estudo técnico. O conteúdo deve servir de parâmetro para a licitação do sistema. Para elaborá-lo, a Piracicabana associou-se à empreiteira Serveng Civilsan e a mais três empresas. A Serveng Civilsan foi alvo de investigação da Lava Jato, que a acusou, em 2016, de ter pago propina ao senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em 2018, o MP de São Paulo pediu à Justi-

ça a sua dissolução – ao lado de outras quatro empreiteiras –, por supostas irregularidades na construção da rodovia SP-255. O GDF não é obrigado a usar o estudo. “Nosso consórcio foi escolhido para apresentar o projeto e estamos agora na fase de diálogo com o governo para aprimorá-lo, e aí o GDF escolhe o que vai colocar em licitação”, disse Robson Rodrigues. Mas, assim como ocorreu na privatização do Mané Garrincha, é improvável que ele use outra proposta. Para a Piracicabana, ter o conhecimento prévio do projeto é um diferencial em relação aos outros concorrentes.


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Privatizar não acaba subsídios

Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress. com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

nibus o Metrô FOTOS: DIVULGAÇÃO

Há 20 anos, os governos têm optado pelo ônibus, sem expandir o Metrô

Novo ramal do Metrô No DF, além do VLT, o interesse do Grupo Comporte, segundo Robson Rodrigues, é o “novo ramal do Metrô”. Não foi explicado qual seria esse novo ramal. Desde 2009, há um projeto que prevê a expansão do Metrô em três pontas: rumo ao Setor O, da Ceilândia; à Expansão de Samambaia e à Asa Norte. Para essa ampliação, o GDF teve autorizado, no passado, R$ R$ 800 milhões, mas as gestões de

Arruda, Rosso, Agnelo e Rollemberg, a exemplo do VLT, também perderam os repasses federias. PRIVATIZAÇÃO – Ibaneis pensa na privatização e, para isso, lançou edital para a “modelagem técnica, operacional, econômico-financeira e jurídica referentes à concessão de gestão, operação, manutenção e eventual expansão dos serviços de transporte metroviário”. Nesse edital, nem a Piracicabana nem a Pioneira aparecem entre os 11 consórcios autorizados a apresentar propostas. Porém, como o Executivo afirmou com toda certeza que o Grupo Comporte está de olho no Metrô, pode ser que ele esteja presente sob outra personalidade jurídica. Especificamente, para o Metrô, quem aparece é o Consórcio HP–Ita.

Ônibus-trem: Monopólio privado A investida de empresários de ônibus sobre o Metrô e o VLT surpreende especialistas. “Não conheço no mundo nenhum grupo de empresários de ônibus operando Metrô”, diz Nazareno Stanislau Affonso, coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos – MDT. Na visão de um especialista de transporte pú-

blico da Universidade de Brasília, que prefere não se identificar, a assunção de serviços de Metrô, trem e VLT por empresas de ônibus é no mínimo temerária. Sem falar na questão da transferência para um grupo econômico do monopólio, ou quase monopólio, do transporte público no DF. A professora Fabiana Arruda, do programa de

pós-graduação em Transportes da UnB, alerta que, se as empresas de ônibus assumirem a gestão do transporte sobre trilhos, far-se-á necessária uma boa e eficiente fiscalização por parte do GDF. “Caso contrário, as empresas poderão operar de forma livre, sem qualidade adequada ao usuário e com tarifas elevadas para tal serviço”, diz ela.

Cem mil passageiros viajam, diariamente, no Metrô. Mas o GDF tem planos para aumentar em 17% esse quantitativo. Para isso, além de expansão das linhas, são necessários novos trens. A dimensão financeira dos dois projetos, que podem ultrapassar o R$ 1,2 bilhão, não assusta os empresários. “O Comporte pode ir sozinho, pode encarar o empreendimento por si, ou com parcerias, inclusive com investidores internacionais”, assegura Rodrigues. Embora o grupo Comporte afirme ser ca-

paz de entrar nesse segmento, a privatização do sistema não eliminará a necessidade de gastos do GDF com subsídios. Segundo Nazareno Affonso, que foi secretário de Transportes no governo Cristovam Buarque, o Metrô não se sustenta sem subsídios, como em qualquer cidade do planeta. “Vai continuar um Metrô com altíssimo subsídio”, alerta. Se cortarem os subsídios, a tarifa terá de aumentar muito. Em 5 anos, o GDF repassou R$ 2,5 bi às operadoras de ònibus (R$ 650 milhões em 2018).

Agnelo abriu de R$ 277 milhões para o Metrô e optou pelo ônibus

Constantino avança em São Paulo As ambições dos Constantino são grandes e não param em Brasília. O grupo quer assumir a linha do Trem Intercidades do Estado de São Paulo (TIC), entre São Paulo, Jundiaí Campinas e Americana. Os projetos de São Paulo e Brasília têm em comum - além do apetite de Grupo Comporte – o fato de os ramais ferroviários propostos estarem em áreas onde a família Constantino já opera ônibus.

Em Brasília, Pioneira e Piracicabana são responsáveis, respectivamente, pelo transporte de 198 mil e 146 mil passageiros/dia. A Piracicabana opera a Bacia 1 e a Pioneira tem a Bacia 2. Assumindo o Metrô e o VLT, nos trechos propostos pelo GDF, o Grupo avançaria sobre o transporte de Ceilândia, Samambaia, Taguatinga para o Plano Piloto – hoje nas mãos do Expresso São José, que transporta 62,5 mil passageiros/dia.


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Satélites

{DISTRITO

Por Lorrane Oliveira

Black Friday - Para ensinar o consumidor a fugir das armadilhas de lojistas que manipulam o propósito da semana de promoções do comércio que oferece 70% de desconto na Black Friday, o Procon-DF divulgou algumas dicas e um alerta: “Pela Internet, o risco de fraudes é maior!”. As dicas podem ser acessadas no site da Agência Brasília. Se houver desrespeito, o consumidor deve registrar uma denúncia no Procon, nos postos de atendimento, ou pelo e-mail 151@procon.df.gov.br.

FEDERAL

{PLANO

Feriado prolongado: GDF decreta dois dias de ponto facultativo O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou, nesta terça-feira (5), ponto facultativo no Distrito Federal nos dias 13 e 14 de novembro. As datas precedem o feriado da Proclamação da República, dia 15. A justificativa do governador levou em consideração a XI Cúpula da Coordenação do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que será realizada nas mesmas datas, na capital federal. De acordo com o texto, a medida visa a “resguardar a segurança de todos os participantes do

ACACIO PINHEIROAGÊNCIA BRASÍLIA

evento, a cargo das forças de segurança locais e federais”. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal do dia 6. Com isso, os servidores públicos beneficiados terão apenas

dois dias úteis de expediente na próxima semana. Segundo o GDF, os serviços essenciais à população deverão manter escalas para garantir os trabalhos sem interrupção.

Chineses BRB assume processamento do Sistema de Bilhetagem Automática interessados em investir no DF O Banco de Brasília nerários e horários de assumiu, no dia 4, o processamento do Sistema de Bilhetagem Automática do Distrito Federal. Com a migração, o usuário passa a ter, à disposição, uma rede de postos de recarga e um novo aplicativo para consulta de saldos e extratos, o BRB Mobilidade (disponível nas lojas IOS e Android). A recarga poderá ser feita por meio de boleto ou pelo próprio aplicativo, além de ser possível também verificar os iti-

todas as linhas de ônibus pelo celular. No total, a população terá à disposição 73 postos de atendimento para a realização dos serviços de cadastro e recarga dos cartões. A lista completa dos postos onde a recarga pode ser feita está disponível no site Bilhete Único e no endereço campanhas.brb. com.br/mobilidade. A Secretaria de Mobilidade (Semob) vai continuar atuando como gestora do sistema.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, se reuniu com empresários chineses e apresentou-lhes as oportunidades de investimentos no DF. Entre outros, o projeto Park das Nações — feira de negócios marcada para agosto de 2020 com stands de vários países como vitrine para atrair investidores internacionais. A China está confirmada. Outro foco da reunião foi a concessão à iniciativa privada de empresas como a CEB e o Metrô-DF.

PILOTO

Obras nas estações do Metrô DF estão em fase final As obras do Metrô-DF nas estações Estrada Parque (EPQ), 106 e 110 Sul estão em fase de conclusão. Os três novos pontos permitirão ampliar a prestação do serviço do transporte metroviário e aumentar a receita tarifária do governo. A expectativa é que a estação em Águas Claras seja a primeira a ser inaugurada, ainda no mês de novembro. O GDF afirmou que falta apenas a instalação do sistema de bilhetagem. Nas proximidades dessa estação existem hoje cinco facul-

dades e um empreendimento imobiliário, que fez a procura pelo transporte público aumentar. Já as estações da Asa Sul compreendem uma demanda antiga dos moradores e daqueles que trabalham na região. Ainda falta a Estação 104 Sul, com projeto para sua abertura, mas sem recursos. As obras no local compreendem também a construção das passagens subterrâneas para os Eixos W e L e acessos externos às estações, a previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2020.

Praça em Brasília terá nome de Marielle Franco A praça localizada em frente à estação de Metrô Galeria dos Estados receberá o nome da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada por pistoleiros em março de 2018. A Câmara Legislativa do DF (CLDF) aprovou Projeto de Lei (PL) de autoria do deputado distrital Fábio Felix (PSOL). Os deputados presentes, com a exceção do distrital Delmasso (Republicanos), que se absteve, votaram favoravelmente à matéria que seguirá, agora, para

sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB). O assassinato de Marielle ainda repercute no mundo inteiro. Ruas, praças, jardins, bibliotecas e avenidas, enfim, mais de 150 lugares no mundo hoje levam o nome da vereadora, eternizando a luta e a força que ela simboliza. Outra proposição de Felix aprovada em segundo turno veda o uso de bens ou recursos públicos em eventos oficiais ou privados em comemoração ou exaltação ao golpe militar de 1964.


Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 9 a 15 de novembro de 2019 - bsbcapital.com.br

BRB vai gerir a Torre de TV Ibaneis assina Termo de Cooperação Técnica entre o GDF, o banco e a Novacap. Investimento será de R$ 40 milhões Pollyana Villarreal O Banco de Brasília fará um investimento de R$ 40 milhões na Torre de TV, Feira da Torre, Fonte Luminosa e espaços ao redor. Inspirado na Torre Eiffel, de Paris, o monumento brasiliense fechado para obras desde o ano passado e ainda sem data para ser reaberto. A intenção, no entanto, é a de que pelo menos uma parte da estrutura esteja pronta em abril de 2020, data do aniversário de 60 anos de Brasília. No fim de outubro, o governador Ibaneis Rocha assinou um Termo de Cooperação Técnica entre GDF, BRB e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para dar fim aos tapumes que impedem o acesso do público a um dos mais emblemáticos símbolos do DF. A Torre integrará o novo “Corredor Cultural”. De acordo com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, os cerca de R$ 40 milhões serão investidos em obras de revitalização da Torre. “O ‘Corredor Cultural’ (nome dado ao projeto do banco) vem da Rodoviária até a feira, passará pelo jar-

LÚCIO BERNARDO JR./AGÊNCIA BRASÍLIA

Paulo Henrique Costa: “Corredor Cultural” da Rodoviária à Torre de TV

dim Burle Marx, pelo ‘Águas do Cerrado’ (novo nome da fonte), passando pela Torre, chegando à feirinha da Torre”, disse. O espaço será arbori-

zado, iluminado e terá até coworking e wi-fi para que possa ser utilizado também como área de trabalho. O Termo de Cooperação valerá por 20 anos. Paulo Henrique Costa disse que o BRB construirá uma ‘agência conceito” de vidro para atender a população e um museu digital, no mezanino da Torre de TV, onde terá a história da capital da República. Ibaneis aposta que a parceria irá beneficiar todos os lados, mas, sobretudo, o BRB e a área cultural do DF. “Nós temos espaços em Brasília que vinham sendo abandonados há muito tempo. Um deles é o conjunto que engloba a Feira da Torre, o Jardim Burle Marx, que nunca foi concluído, e a área contígua. Então, nós unimos a vontade de ter Brasília de volta ao cenário nacional com seus monumentos todos funcionando com a necessidade que o BRB tem de reforçar a marca”, afirmou. O presidente do BRB considera a parceira excelente. Segundo ele, a expectativa é a de que todas as etapas da revitalização sejam concluídas dentro de um ano e meio.

Sala Martins Penna recebe R$ 33 mi O Ministério da Justiça, por meio do Fundo de Direitos Difusos (FDD), liberou quinta-feira (7), R$ 33 milhões para as obras de restauração da Sala Martins Pena, no Teatro Nacional Claudio Santoro. A licitação para escolha da empresa responsável pelos reparos deve ser feita o mais rápido possível. Fechado desde 2014, o teatro foi um dos maiores projeto de Oscar Niemeyer na capital federal. O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que as obras devem começar no início do próximo ano. Conforme o projeto, o GDF terá 18 meses para finalizar os reparos. A Sala Martins Penna foi inaugurada em 1966 e é considerada pelos artistas brasilienses um dos símbolos da cidade. Uma auditoria, realizada pelo Tribunal de Contas do DF, em junho de 2018, apontou a necessidade de reforma no complexo cultural, por graves falhas no sistema de manutenção. O Corpo de Bombeiros realizou uma vistoria e foram identificados 113 problemas estruturais, como combate a incêndio e acessibilidade. AGÊNCIA BRASÍLIA

Criação do Desenvolve DF será votada em novembro Cerca de 300 microempresários participaram, quinta-feira (7), de audiência pública comandada pelo presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), no Plenário da Casa. Além de outros parlamentares, o encontro contou com a participação do diretor de Regularização Social e Desenvolvimento Econômico da Terracap, Leonardo Mundim, que explicou as re-

gras do programa Desenvolve-DF, sucessor do antigo Pro-DF. A proposta de criação do Desenvolve-DF foi encaminhada à Câmara pelo Palácio do Buriti e, segundo Rafael Prudente, entrará na pauta para ser apreciada pelos distritais ainda em novembro. O programa propõe o acesso a lotes para instalação de empreendimentos por meio de concessão de direito real de uso,

com o pagamento de uma taxa. Um dos responsáveis pela elaboração da proposição, Mundim destacou a participação do setor empresarial na confecção do texto. Os deputados presentes comprometeram-se a ajudar os empreendedores e destacaram a importância de buscar apoio junto ao BRB para o desenvolvimento econômico do Distrito Federal.

Fechado desde 2014, o Teatro Nacional começará a ser recuperado em 2020


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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Uma das cachoeiras do Rio Preto na Chapada dos Veadeiros

A hora e a vez das cachoeiras do Cerrado

Cachoeira do Indaiá na região do entorno de Formosa

Acidente ambiental nas praias do Nordeste coloca o Centro-Oeste e suas águas doces na rota do turismo nacional Pollyana Villarreal A embarcação grega que deu um “cavalo de troia” no litoral brasileiro colocou Brasília e as cidades do Entorno do Distrito Federal na lista dos destinos turísticos a serem visitados nas férias deste fim de 2019 e início de 2020. A solução para o turista que não quer enfrentar o desgosto de ir a praias impróprias para banho é desbravar o interior do Brasil e trocar o sal marinho pelas águas doces das cachoeiras do Cerrado. Brasília, a capital federal, está de portas abertas para receber esse público e descortinar-lhe um novo e maravilhoso cenário escondido nos grotões do

bioma mais velho do mundo. Considerado berço das águas, porque abriga as nascentes que distribuem água para três grandes bacias hidrográficas, o Cerrado é o cenário único. Brasília é uma das rotas para quem quiser conhecer esse portal da felicidade. Centenas de cachoeiras podem substituir a água salgada; o verde do cerrado e o azul do céu mais alto do Brasil podem tomar o lugar da imensidão do mar. Localizadas dentro e no Entorno do DF, as quedas d’água são o ponto de partida para o ecoturismo, com esportes radicais. A capital do País oferece turismo cívico, místico, arquitetônico, contemplativo, gastronômico, cultural, ecológico entre outros.

Um lago a ser explorado Apesar de reunir muita coisa para se fazer em seus 48 quilômetros quadrados, o Lago Paranoá era pouco conhecido fora de Brasília. Mas esse ilustre desconhecido tem se revelado. Criado para umedecer a cidade, a cada dia ele tem ocupado um espaço entre os cartões postais da cidade. Neste ano, por exemplo, foi palco de diversas competições nacionais e internacionais, como regatas, provas de natação, corrida e triatlon. Tem recebido diversas festas e shows que ocorrem

às suas margens. Há restaurantes e até boates em embarcações e outros divertimentos. Recentemente, algumas festas foram até reconhecidas no exterior, como o evento Lixo Zero. Tudo isso contribui para despertar o interesse do turista, seja ele nacional ou estrangeiro, pelo nosso Lago Paranoá e pela capital do País. Alguns dos pontos mais frequentados são o Pontão, os calçadões da Asa Sul e da Asa Norte, a Península dos Ministros, o Parque das Garças e a orla da Ponte JK. É comum, em qualquer um desses lugares, ver pessoas contemplando, fotografando, namorando ou praticando atividades, como SUP, stand-up e canoagem.


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Salto do Itiquira: uma queda d’água de 168 metros de altura, localizada no município de Formosa

Uma cidade cinematográfica DIVULGAÇÃO

Situada próxima à Chapada dos Veadeiros e de cidades históricas dos Estados de Goiás, Minas e Bahia, a capital brasileira possui muitas atividades em variados segmentos do turismo. Em Brasília, é possível viver a experiência de conhecer uma cidade parque, que oferece uma das melhores qualidades de vida do país para seus habitantes. É uma cidade que reúne um pouco de cada unidade da Federação e a ligação do povo brasileiro com o mundo. “É uma cidade de encher os olhos, totalmente cinematográfica e, talvez por isso, também um polo criativo e cultural do nosso país. É uma cidade de muitos atrativos e muitas oportunidades para se encantar”, afirma a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça. Só nas proximidades do Lago Paranoá existem 300 pontos turísticos, com praias artificiais,

Turismo contribui para o PIB Um estudo econômico divulgado pelo Observatório do Turismo mostra que a contribuição das atividades relacionadas ao turismo para o PIB do DF é de 2,5%, o que já é representativo, mas está em crescimento. No Brasil como um todo, a contribuição das atividades turísticas para o PIB é de 3,28%. “Com o que temos programado para os próximos anos, a elevação desse PIB é certa. É uma questão de tempo até que o Lago Paranoá se torne um dos maiores destinos de lazer do Centro-Oeste. Para elevar esse percentual, o GDF tem investido no setor”, diz a secretária. CAMINHOS DO PLANALTO – O governo criou o projeto Caminhos do Planalto Central. São 400 quilômetros de trilhas que interligam as

três rotas que ligam o DF ao Norte e ao Sul do País. O projeto vai unir Brasília a Goiás Velho (Cidade de Goiás) e à Chapada dos Veadeiros, numa rede que une três títulos de Patrimônio da Humanidade. O DF já mapeou 400 quilômetros de percursos que irão formar o “Caminhos do Planalto Central” e farão parte do Caminho dos Goyases, que liga Goiás Velho à Chapada dos Veadeiros. São centenas de quilômetros que ligam regiões de ecoturismo com as de Patrimônio Cultural da Humanidade. Os percursos interligam paisagens, unidades de conservação e diversos atrativos ambientais, culturais e da história da região, incluindo sítios arqueológicos, cachoeiras, culinária e paisagens com vegetações em extinção.

Vanessa Mendonça: DF tem atrativos

como a Prainha e o Piscinão do Lago Norte. “É fantástica a forma como o Paranoá agrega a população de Brasília”, diz ela. “Na orla, a gente encontra opções de lazer para todos os públicos. Por exemplo, quem busca por atividade física pode escolher desde natação, asa delta, pesca, mergulho, SUP, caiaque, canoa havaiana, wind

surf e até fly board. Praticamente tudo o que você encontra espalhado pela costa do Brasil, também pode curtir no nosso Lago”, afirma a secretária. Mas, se o turista não pretende se molhar, pode aproveitar para descobrir novos sabores em um dos diversos restaurantes próximos à orla e suas imediações, seja em clubes, shoppings ou parques. O turista sempre encontrará bons lugares para comer e contemplar. Pode visitar monumentos, os mais famosos cartões postais da cidade ou passear pela Ponte JK, pelo Pontão, os calçadões, a Ermida Dom Bosco, a Praça dos Orixás e diversos outros espaços públicos ou privados só na orla do Lago. “O que não falta por aqui são opções para contemplar, ainda mais se for no período da seca, com aquele pôr do sol maravilhoso de Brasília”, afirma Vanessa.

Porta de entrada para a Chapada Além de ser porta de entrada para a Chapada dos Veadeiros, conhecida mundialmente por suas quedas d’água, Brasília e o seu Entorno possuem algumas das mais belas cachoeiras do Brasil. Em Brazlândia, há dezenas de reservas privadas do patrimônio natural, como a Chapada Imperial, a Barra do Dia e a Paraíso na Terra, que reúnem várias cachoeiras. Em Formosa, além do famoso Salto do Itiquira e da Cachoeira do Indaiá, também há o sítio arqueológico do Bisnau, com seus hieróglifos de mais de 6 mil anos. Pertinho dele estão as cachoeiras do Bisnau e muito ecoturismo. Há também o turismo cultural

e gastronômico.Em Pirenópolis, a uma hora de Brasília, há também lindas cachoeiras e a tradição da cavalhada. TÍTULOS – Brasília também é um ótimo destino para quem quer viajar e aproveitar as belezas do interior do Brasil. Considerada um museu a céu aberto, a capital do País está na vitrine, com equipamentos de turismo. Por suas qualidades, a cidade ostenta vários títulos, como Capital mundial da água, exemplo de eficiência urbana, modelo de convivência harmoniosa e integrada entre as classes sociais, proposta de vida moderna, capital da esperança, capital da unidade nacional.


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Violência doméstica gera prejuízo de R$ 1 bi ao País Mulheres apresentam problemas de concentração e estresse relacionados ao trabalho Pesquisa sobre Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, feita pela Universidade Federal do Ceará em parceria com o Instituto Maria da Penha, dá conta de que mulheres vítimas de violência doméstica faltam, em média, 18 dias de trabalho por ano, o que gera uma perda anual de cerca de R$ 1 bilhão ao País. Essas mulheres apresentam problemas de concentração e estresse relacionados ao trabalho. A pesquisa

está na terceira fase, que vai entrevistar mulheres de São Paulo, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Fortaleza, Salvador e Recife. O estudo acompanhou 10 mil mulheres durante 2 anos, de 2016 a 2018, nas nove capitais do Nordeste. O coordenador da pesquisa, José Raimundo Carvalho, professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFC, explica que a perda de dias de trabalho pela violência é apenas um de uma série de

DIVULGAÇÃO

impactos na atividade de trabalho das mulheres. ESTUPRO E FEMINICÍDIO – Fecha-se ainda mais o cerco

ESPÍRITO

José Matos Morte na juventude A superação do sofrimento depende muito de ação benéfica aos outros, mas, também, de fé Quando Chico Xavier comentava sobre guerras, referia-se, sempre, ao sofrimento das mães. As razões das mortes mudaram. Hoje, os jovens estão morrendo por excesso de drogas, brigas, acidentes e, o pior de tudo, suicídios. Independentemente das causas, continua o sofrimento das mães, embora pais sensíveis

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

sofram tanto quanto elas. Hoje, o sofrimento é de minha amiga Luana Matias, mãe do meu amiguinho João Lucas, de 22 anos de idade. Não obstante o trágico acontecimento, ela não pode imaginar que é preferível, mil vezes, morrer de doença ou acidente que assassinado. A morte natural é encerrada em si. Com

para quem comete violência contra meninas, mulheres e idosas. O Senado aprovou, terça-feira (6), Proposta de Emen-

a morte por assassinato ou suicídio, entra-se na roda do carma e nunca se sabe quando se sairá. Para cada um de nós, de acordo com nossas necessidades cármicas de educação da alma, programa-se, também, um gênero de morte e idade mais adequados, de acordo com essa necessidade. Nisso, inclui-se também a necessidade cármica da família. Exceto para pais que, por amor, se candidatem a receber um filho que precise passar por estas provas. Muito bem fazem os pais que transformam sua dor em instrumento de utilidade para os demais. É assim que muitas instituições beneficentes são fundadas. Lucinha, mãe de Cazuza, fundou a Fundação Viva Cazuza, na qual muitos jovens são beneficiados. Outros, escrevem livros, e outros, ainda, colaboram em instituições diversas. Não basta topar em pe-

da à Constituição (PEC) que torna imprescritíveis os crimes de estupro e feminicídio. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados. Autora da proposta, a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) sugere alteração no inciso XLII do artigo 5°, da Constituição, para incluir o crime de feminicídio como inafiançável e imprescritível, assim como o delito de racismo. Já a inclusão do crime de estupro foi sugerida durante votação na Comissão de Constituição e Justiça pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) e acatada pelo relator, Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

dras. É preciso tirá-las, para que outros não topem ou tenham ajuda para curar suas feridas. A verdade é que a superação do sofrimento depende muito de ação benéfica aos outros, mas, também, de fé. Deus só age para o melhor. Suas linhas não são tortas. Nós é que somos ignorantes. Como dizia Irmã Dulce: “Tudo tem uma razão de ser. A nós cabe aceitar”. Vocês são sempre alegres assim?, perguntou o ex-jornalista Silveira Sampaio a um grupo de espíritos felizes. Sim, responderam eles. Como vocês conseguem? Confiando que Deus sempre age para melhor, responderam todos. Confiar, aceitar, superar, compartilhar!

José Matos Professor e palestrante

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Do entorno

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Paulo Roriz assume pré-candidatura a prefeito de Valparaíso Em entrevista exclusiva ao Brasília Capital, o secretário do Entorno, que ocupa o cargo pela terceira vez, revela que disputará a eleição em 2020. Ele já foi presidente da Codhab e administrador de Santa Maria. É filho do ex-prefeito da cidade, Zequinha, e sobrinho do ex-governador do DF, Joaquim Roriz, falecido no ano passado


Brasília Capital n Entorno-DF n Brasília, 9 a 8 de novembro de 2019 - bsbcapital.com.br

Entrevista Paulo Roriz Orlando Pontes Você assumiu, recentemente, uma pré-candidatura a prefeito de Valparaíso de Goiás. Como anda essa empreitada? – A ideia de ser candidato surgiu há 90 dias e, para ser sincero, eu nunca havia imaginado, na minha vida política, que tem 22 anos, disputar eleição fora de Brasília. Já fui presidente do PMDB Jovem de Luziânia, acompanhei as candidaturas do meu pai a prefeito em Luziânia,

“Tem dois problemas muito graves na região da nossa Valparaíso: a Saúde pública e o transporte, que é um sofrimento” durante dois mandatos, e a deputado estadual duas vezes; acompanhei a trajetória política do meu tio, Joaquim Roriz. Então, assim a gente fez muita política em Goiás. Mas a partir do momento em que resolvemos fazer política em Brasília, fui candidato, pela primeira vez, a deputado distrital em 2002. Tive 4.822 votos, fiquei na segunda suplência do PFL. Em 2006, fui

eleito, fui líder do governo do Arruda, presidente da CEOF e da CCJ. Depois, o governador me convidou para assumir a Secretaria de Habitação e fui presidente da CODHAB, secretário do Entorno de Roriz e, o mais importante, administrador de Santa Maria durante um ano. Quem acompanhou minha gestão em Santa Maria sabe a diferença que eu fiz na cidade. Então, modestamente, a gente tem uma experiência administrativa um pouco vasta. Mas nunca tinha pensado em ser candidato em Valparaíso. Surgiu naturalmente. Então não é um candidato de si mesmo. Você terá o apoio dos governadores do DF, Ibaneis Rocha, e, de Goiás, Ronaldo Caiado. Isso está fechado? – Está fechado. No último dia 5 de outubro, estive em reunião com o governador Caiado, exatamente, para conversar sobre as eleições do Entorno. Fomos em uma comitiva de ex-prefeitos de Valparaíso, com José Valdecio (PTB) e Adolfo Lopes (PRTB) para conversar mais sobre os assuntos da cidade e discutir uma possível candidatura. Caso seja viabilizada sua pré-candidatura a prefeito, quais são os problemas mais graves que você observa em Valparaíso e o que você teria de propostas para resolver? – Tem dois problemas muito graves na região da nossa Valparaíso: a Saúde, que é muito precária; e o transporte. O transporte de Valparaíso para quem tem de vir trabalhar em Brasília é um sofrimento. Mas, como secretário do Entorno, você está à frente do projeto do VLT ligando o DF ao Entorno Sul... – Só para concluir a

respeito da Saúde: Nós temos uma UPA que funciona melhor do que hospital, bem regulada. Precisamos investir e equipar o hospital. Sobre o transporte rodoviário de Valparaíso para Brasília e vice-versa, estamos com o projeto do VLT, que, tecnicamente do que está redondo. Agora entrou na parte política, que é quando a gente sente um pouquinho de desconforto. É aí que as coisas travam, porque depende dos dois governadores e do governo federal. Quando depende de apenas um governo já é lento, imagina quando envolve três governos! Mas em que ponto parou o início dos testes com passageiros? – Está um pouco travado por questões políticas. Tecnicamente, está tudo acertado. Temos até fim de novembro para responder sobre a vinda dos três vagões, que estão em Pernambuco. Se não sair nada, acaba o contrato e pode acontecer até de os trens saírem desse nosso programa. Conversarei com o governador Caiado a respeito disso em Goiânia. Seriam duas viagens por dia, uma ida saindo de Valparaíso no 5h30 da manhã e a volta sairia de Brasília por volta das 18h. Eu vou resolver esse problema. Se não como secretário, vou resolver como prefeito (risos). Já é uma promessa de campanha? – Independentemente de candidatura, na condição de secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana do DF, é uma missão que tenho. O meu maior compromisso com Valparaíso é levar o trem. Valparaíso, assim como outras do Entorno, é uma cidade-dormitório.

Um Roriz em Orlando Pontes

F

ilho de Zequinha, ex-prefeito de Luziânia e de Valparaíso, e sobrinho de Joaquim (19362018), ex-governador do DF por quatro vezes, Paulo Roriz, 61 anos, que ocupa pela terceira vez o cargo de secretário do Entorno do DF, transferiu o título de eleitor para Goiás e pretende disputar a eleição para prefeito de Valparaíso no próximo ano. Aliado dos governadores Ibaneis Rocha (MDB) e Ronaldo Caiado (DEM), ele conta com o apoio dos dois chefes de Executivos estaduais para chegar à Prefeitura. “Eu pretendo concorrer às eleiçções e, para isso, estamos construindo uma grande coligação que possa trazer desenvolvimento para Valparaíso. Não vejo a candidatura como projeto pessoal. Meu único projeto é fazer o bem”, diz ele

Essa questão do transporte para Brasília é prioridade, mas sempre reforça a dependência econômica em relação à capital. Como prefeito, você teria algum programa para incentivar a criação de empregos em Valparaíso?

– Como homem público, tenho programas que vão ajudar no desenvolvimento da região. Temos uma pesquisa da Codeplan que mostra todos os perfis socioeconômicos do Entorno. Quais as estimativas populacionais, quantos mil habitantes tem


Brasília Capital n Entorno-DF n Brasília, 9 a 15 de novembro de 2019 - bsbcapital.com.br

LORRANE OLIVEIRA/BSB CAPITAL

Sobrinho do ex-governador Joaquim e filho do ex-prefeito Zequinha, Paulo Roriz quer concorrer a prefeito de Valparaíso em 2020

m Valparaíso nesta entrevista exclusiva ao Brasília Capital. Nascido em Luziânia e profundo conhecedor do Entorno do DF, o ex-deputado distrital (20062010) acumula experiência em várias áreas do governo, além de ser um empresário de sucesso. No GDF, presidiu a Codhab e foi administrador de Santa Maria. Ele aponta a Saúde e o Transporte como os principais problemas de Valparaíso. Caso se eleja, promete reformular e equipar o hospital municipal e trabalhará para implantação do VLT, ligando o Entorno Sul a Brasília, além de outras alternativas, como uma pista marginal à BR-040. “Já fui deputado, já fui secretário. Então, eu sei como viabilizar recursos dos governos estaduais e federal para Valparaíso. Basta vontade política e ser amigo dos dois governadores”, garante.

em cada região, a renda per capita de cada município. Hoje, Valparaíso, depois de Luziânia e Águas Lindas, é o maior município do Entorno e o oitavo do Estado de Goiás em população, com quase 200 mil moradores. O município não tem mais

nem área rural, só urbana. Então, vamos usar muito esses dados da Codeplan para formular nossa proposta de governo. Mas, como cidadão, o que o sr. percebe ser possível fazer para reduzir essa

dependência do Entorno em relação a Brasília? – Conhecemos bem a região e temos a vontade política de resolver os problemas das pessoas. Um deles, como já disse, é melhorar o transporte. Se não viabilizar o VLT, temos de criar outra alternativa. Uma que vejo é a criação de uma rodovia independente, ou construção uma marginal na BR-040. Se resolver o problema do trevo de Santa Maria, por exemplo, um viaduto muito mal feito, já adianta bem o trânsito. Estamos falando do ir e vir para o DF para as pessoas trabalharem aqui. Mas vocês têm algum estudo que fale qual é a vocação econômica de Valparaíso? – Por ser um município exclusivamente urbano, necessariamente precisa reforçar o comércio e os serviços. É nisto que investiremos. Mesmo com as novas regras eleitorais, que proíbem coligações, como o seu partido, o DEM, está se estruturando em Valparaíso? – Estamos conversando com o MDB, já conversamos com o PT, com o PSB, e com o Podemos. Estamos viabilizando um grande entendimento com o maior número possível de partidos. Eleição municipal se ganha com candidato a vereador e com partidos organizados. Vamos formar uma chapa forte de vereadores. Já temos apoio dos ex-prefeitos José Valdecio e Juarez Sarmento; do Adolfo Lopes, ex-vice-prefeito; do Rogério Meireles, que foi candidato a vice. Estamos procurando viabilizar a frente de oposição ao atual governo do PSDB. O que o levou a liderar essa frente contra o pre-

feito Pábio Mossoró? – Não temos nada pessoal contra o prefeito, mas Valparaíso está parada no tempo há 20 anos.

que depende extremamente do estado. Sem o apoio dos dois governadores não se consegue fazer nada.

Também é pelo fato de ele ser ligado ao ex-governador Marconi Perillo? – Sim, sem dúvida. Ele também tem o apoio da deputada Leda Borges (PSDB), e tem a máquina municipal na mão. Então, vai ser uma eleição disputada. Sabemos da dificuldade, mas o mais importante é que de estou com vontade política. E na política é assim: 50% tem de ser vontade. Estou com disposição para fazer, mas dentro de um grande entendimento. Não vou passar o carro na frente dos bois. Tudo tem de ser medido e conversado. Se eu tiver o apoio dos governadores Ibaneis e Caiado, vou à luta, pois não adianta ser candidato numa cidade

Qual mensagem você manda para as pessoas que daqui a poucos meses vão começar a lhe ouvir pedindo voto? – Quero dizer aos meus amigos de Valparaíso que conheço a região. Há 28 anos minhas empresas fazem distribuição na cidade. Conheço cada um dos 1.400 pontos de venda, desde o boteco pequeno, a padaria até um atacadão. Meu pai foi prefeito e ajudamos muito. A lei de emancipação de Valparaíso foi meu pai que fez. O mais importante é dizer que quero ser prefeito, mas de uma grande coligação que possa trazer desenvolvimento para Valparaíso. Não vejo a candidatura como projeto pessoal. Meu único projeto é fazer o bem e trazer desenvolvimento para Valparaíso. Basta saber fazer as coisas, buscar recursos do governo federal. Isso eu sei fazer. Já fui deputado, já fui secretário. Então, a gente consegue viabilizar recursos. Mas quem vai resolver é a população. Eu quero, tenho muita vontade, estou com muita disposição. Quero ganhar a eleição de prefeito com toda a população para que possamos assumir essa responsabilidade juntos. Não é só minha. Eu quero que todo mundo dentro do município assuma o compromisso de renovar. Temos problemas seríssimos. Precisamos melhorar o trânsito, a saúde, a segurança. Temos uma área chamada Pacaembu, por exemplo, que é perigosíssima. Precisamos melhorar. Tem muita coisa para fazer. Basta vontade política e ser amigo dos dois governadores.

“Não vejo a candidatura como um projeto pessoal. Meu único projeto é fazer o bem e trazer desenvolvimento para Valparaíso”



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