Jornal Brasília Capital 467

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Paco Britto admite adotar lockdown em Ceilândia Página 12

Ano IX - 467

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Aulas nas escolas públicas recomeçam dia 29 pela Internet

Brasília, 6 a 12 de junho de 2020

Pelaí – Página 3

Setor produtivo se une em defesa do Distrito Federal Página 14

O Presidente da República ameaça “acabar com a mamata” dos veículos de imprensa, enquanto a Secretaria de Comunicação (Secom) veicula dois milhões de anúncios em sites de fake, de ataques às instituições e de conteúdo erótico. Bolsonaro (foto) ainda autoriza a retirada de R$ 83,9 milhões do Bolsa Família, prejudicando mais de 90 mil famílias, para investir em propaganda. Planalto alega que elas receberam a ajuda emergencial de R$ 600.

Página 4 AGÊNCIA BRASÍLIA

A mamata indecente da Secom

ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Ibaneis volta a ser internado com alergia a medicamento

GDF faz obras em todas as cidades Por determinação de Ibaneis Rocha, secretarias e demais órgãos se voltam a melhorar a infraestrutura nos prédios que fazem atendimento ao público, como hospitais e escolas. Sem interromper trabalhos iniciados na gestão anterior. “A ordem do governador é fazer acontecer”, diz o secretário de Obras, Luciano Carvalho.

Páginas 7 a 9

Debates sobre o PDOT serão virtuais. Especialistas questionam a Seduh

Chico Sant’Anna – Página 10


Brasília Capital n Opinião/Política n 2 n Brasília, 6 a 12 de junho de 2020 - bsbcapital.com.br

E

x p e d i e n t e

A falta de transparência no MCTI Kleber Santos (*)

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Giza Dairell (61) 9 8451-7565 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

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Como se não bastassem todos os problemas em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o governo federal, via Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), faz um duro ataque à democracia e à soberania nacional com a tentativa de tornar o Brasil um país submisso aos interesses de grandes corporações estrangeiras. No dia 27 de maio, o MCTI publicou na Internet que foi assinado um acordo de colaboração “para impulsionar a transformação digital no Brasil”. Porém, é estarrecedor o desrespeito à Lei nº 13.019/14. Não tomamos conhecimento de que houve licitação, chamamento público ou audiência pública, o que configura falta de transparência com a coisa pública. O Brasil precisa estar no caminho da nova realidade. A tecnologia, de fato, é uma grande aliada do desenvolvimento de qualquer país, mas isso não quer dizer que seja ne-

cessário ignorar a “prata da casa”. O mesmo governo que busca parcerias estrangeiras, colocou na lista das privatizações nossas duas maiores e mais premiadas empresas públicas de tecnologia da informação. Não é possível imaginar qual seria a estratégia de privatizar o Serpro e a Dataprev enquanto se buscam parcerias estrangeiras. As informações estratégicas do governo e do povo brasileiro devem continuar nas mãos do próprio governo, com o fortalecimento de suas estatais. Qualquer coisa diferente disso aponta para um total desprestígio aos pilares da segurança nacional. Não sabemos detalhes de, praticamente, nada do que foi acordado, quais seriam os investimentos de contrapartida dessas empresas privadas, serviços públicos envolvidos, e muito menos a que tipo de informações as empresas estrangeiras teriam acesso. Quando se fala em acordo de colaboração, entendemos que existirá uma relação de mão dupla com direitos e deveres predefinidos. Porém, do ponto de vista técnico e social, esse acordo pode representar o fim das empresas públicas, da indústria

brasileira e da relação comercial que temos com outros países no desenvolvimento de soluções tecnológicas. Nos últimos anos, o Brasil conseguiu consolidar uma indústria de tecnologia robusta, dinâmica e bastante criativa. O brasileiro é muito elogiado mundo afora por sua capacidade de criar soluções. Além disso, o setor representa mais de 7% do PIB nacional, gerando milhões de empregos diretos e indiretos. Não só por isso acreditamos que o papel do MCTI seria de incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, promovendo o encontro das demandas e desafios tecnológicos, bem como contribuir com o ambiente regulatório do setor. É preciso fomentar a transformação digital com nossos atores, prestigiando nossas empresas e o nosso povo, que tem todas as ferramentas necessárias para ajudar nesta transição. Fonte: http://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/salaImprensa/noticias/arquivos/2020/05/ MCTIC_e_Cisco_anunciam_parceria_para_ aceleracao_digital_do_Brasil_.html (*) Especialista em Gestão Pública e diretor de Informática do SINDPD-DF

Casamento sinistro Júlio Miragaya (*)

AGÊNCIA BRASIL

A primeira semana de junho fechará com o incrível número de seis milhões de infectados e 400 mil mortos pela covid-19. Estados Unidos e Brasil são os dois países com maiores contingentes contaminados e que, nos últimos dias, têm respondido por metade dos mortos. Isso não é mera coincidência. Tal situação decorre do fato de serem presididos por negacionistas, extremistas de direita que estão “se lixando” para a sorte de seus povos, até mesmo sob a ótica econômica. Sim, tanto lá como aqui, o discurso de desprezar o isolamento social e priorizar a economia não passa de tentativa de encobrir o fracasso de suas políticas econômicas, amplamen-

te direcionadas para proteger o grande capital e retirar conquistas históricas dos trabalhadores. O fato é que Donald Trump e Jair Bolsonaro, assim como alguns governantes europeus, ao negligenciarem o combate à covid-19, amplificaram a disseminação do vírus e estenderam os efeitos negativos para um tempo prolongado, ao contrário de países, como China, Taiwan e Austrália, que já controlaram o vírus. Enquanto, nos EUA, Trump busca na China o seu bode expiatório, no Brasil, Bolsonaro prossegue em sua cruzada de negar a gravidade do coronavírus e trata com desdém as mais de 30 mil mortes (considerando as subnotificações e registros em atraso, estima-se que sejam mais de 50 mil). De outro lado, o ultraliberal Paulo Guedes nega o auxílio emergencial de R$ 600 para milhões de trabalhadores pobres e dificulta

o acesso a empréstimos a trilhões de pequenas e microempresas, enquanto garante bilhões para os bancos e as grandes corporações. E nesse quadro de desatino, os generais e ministros da Defesa e do GSI, respaldados por três mil militares “com boquinhas” no governo, apressam-se em emitir notas ameaçando nossa débil democracia. Esse sinistro casamento do neoliberalismo com a militarização do governo vai gerando em seu ventre um enorme retrocesso econômico, social e político, com consequências dramáticas. Num país de extrema desigualdade social, seu legado será a desestruturação da economia nacional, o desmonte dos serviços públicos e o aumento da concentração da renda, da pobreza e da miséria.

(*) Ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia


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Triste Dia do Meio Ambiente – Nos últimos 15 dias, o Cerrado perdeu mais de mil hectares. O bioma foi, mais uma vez, vítima de um desmatamento ilegal ocorrido no território tradicional Kalunga, em Cavalcante (GO). É uma péssima marca justamente na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho).

Ibaneis volta a ser internado A maior preocupação do governador no momento é com a própria saúde. Operado de urgência, no dia 26 de maio, Ibaneis (foto) voltou a ser internado na quarta-feira (3). Ele teve alergia a um medicamento que alterou suas funções renais. Até a tarde de sexta-feira (5), os médicos avaliavam uma possível transferência para o Albert Eisten, em São Paulo.

RENATO ALVES/AGÊNCIA BRASÍLIA

Pacientes com câncer Planos de saúde poderão ser obrigados a cobrir tratamentos de quimioterapia de uso oral com remédios registrados na Anvisa para portadores de câncer. O projeto do sena-

dor Reguffe (Podemos-DF) foi aprovado por unanimidade pelo Senado na quarta-feira (3). Falta ser referendado pela Câmara e sancionado pelo Presidente da República.

JOEL RODRIGUES / AGÊNCIA BRASÍLIA

Dura pouco Investigadores do Ministério Público Federal (MPF) estão de olho nos contratos emergenciais firmados pelo GDF para combater o coronavírus. Há suspeita de desvio de verbas

envolvendo gente do governo. O próprio governador Ibaneis Rocha (MDB) acompanha os movimentos de um grupo político que se aproximou dele durante a campanha eleitoral.

Em defesa da cloroquina Especialistas do Ministério da Saúde têm tentado dar sustentação científica e legal ao novo protocolo de uso da cloroquina em pacientes com covid-19. A frente bolsonarista pró-cloroquina tenta convencer o Ministério Público Federal de que não se trata de recomendar o uso da medicação, mas apenas de uma nota que orienta o uso do medicamento para enfrentar o novo coronavírus. EXTRAJUDICIAL – O ministro interino da Pasta, general Pazuello,

participou de umas das três reuniões na Procuradoria-Geral da República para tentar convencer os procuradores a não irem à Justiça contra o novo protocolo. NEUTROS – Ainda não houve juízo de valor sobre a cloroquina no Gabinete Integrado que acompanha a pandemia na PGR. As informações do Ministério da Saúde estão sendo apenas disponibilizadas aos procuradores que trabalham nos estados, diretamente, na área de saúde.

Taguatinga solidária Empresários de Taguatinga entregaram mais de 10 mil máscaras e 500 peças de roupas para o comitê local de emergência contra a covid-19. O presidente da Associação Co-

mercial da cidade (Acit), Justo Magalhães, afirmou que a entidade “tem o dever social de contribuir neste momento. Estamos fazendo nada mais do que nossa obrigação".

Covid-19: senadores culpam governo Senadores acusaram, na sexta-feira (5), o governo federal de principal culpado pelo crescimento da pandemia no Brasil, segundo maior em número de mortes pela covid-19. Dados oficiais indicam que, do início da crise até quinta (4), houve 34.021 óbitos.

Na sexta (5), passou de 34.200. As 1.492 mortes ocorridas na quinta foram o maior total em um único dia e equivalem a mais de uma morte por minuto. Com 620 mil casos, está atrás só dos EUA. Dos países mais afetados, está à frente só da Índia em testes realizados.


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2 milhões de anúncios em sites suspeitos Governo gasta dinheiro público em espaços que divulgam fake news, pornografia e fazem ataques às instituições

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Dinheiro do Bolsa Família vai para propaganda

Júlio Pontes O governo federal caiu numa armadilha criada por ele mesmo. Não bastassem as suspeitas sobre a fábrica de notícias falsas e robôs em redes sociais, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR) surge como financiadora de portais propagadores de notícias falsas. E não “só” isso. O jornal O Globo divulgou dados obtidos pela CPMI das Fake News. Os relatórios mostraram que o dinheiro público foi utilizado para pagar dois milhões de publicidades em sites conhecidos, também, por fazerem ataques às instituições. Outra parte foi investida em anúncios em sites pornográficos. O secretário de Publicidade, Glen Valente (foto), convocou uma coletiva para tentar eximir-se de culpa. Afirmou que a Secom não pode classificar canais como de “fake news”, pois utiliza uma ferramenta que automatiza a distribuição de mídias na Internet. O Google Adsense permite que

o cliente – no caso, a Secom – selecione o público que deseja atingir. Funciona como os posts patrocinados (ou impulsionados) nas redes sociais. Para receber tais publicidades, os sites precisam autorizar e disponibilizar espaço virtual. PODE EXCLUIR – Apesar de a distribuição da mídia ser automatizada, ao selecionar o público, o cliente pode determinar o local em que não quer anunciar. Agora, a Secom, que esqueceu desse detalhe e pagou por anúncios até mesmo no YouTube do senador Flávio Bolsonaro, passa a tentar reaver o dinheiro junto ao Google. Resta saber se o Presidente, que prometeu cortar a “mamata” dos grandes grupos de comunicação, vai continuar investindo em sites pornográficos e de fake news. Isso sim, é uma indecência com o dinheiro público.

Na quinta-feira (5), o Diário Oficial da União (DOU) publicou autorização para transferência de R$ 83,9 milhões do Programa Bolsa Família para a Secom. Na prática, o dinheiro que seria destinado para pessoas na linha da pobreza na Região Nordeste, agora será utilizado para publicidade governamental. A deputada federal Flávia Arruda (PL-DF/foto), presidente da Comissão Especial do Bolsa Família, disse que a decisão “é grave e precisa ser revista”. O Ministério da Economia alega que o corte se deu porque os beneficiários do Bolsa Família passaram a receber o auxílio emergencial de R$ 600. AUXÍLIO EMERGENCIAL – O programa assistencial voltado para o período da crise causada pelo coronavírus tem duração inicial de 90 dias. Bolsonaro admite prorrogar por mais 2 meses, reduzindo o valor do benefício para duas parcelas de R$ 300.

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Entretanto, parlamentares de diferentes correntes políticas se movimentam no Congresso para expandir o programa. Há, a, até mesmo, quem defenda pagamento, permanente do auxílio. Este promete ser o próximo embate entre Executivo e Congresso Nacional. Embora o Presidente goste da ideia, pois daria um carimbo pessoal ao socorro aos desvalidos, esvaziando cada vez mais o Bolsa Família, uma marca dos governos petistas (JP).

Governo aplicou menos de 30% do previsto no combate á covid-90 FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Orlando Pontes O ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro (foto), acusa o governo de Jair Bolsonaro de “omissão criminosa e deliberada” no enfrentamento da pandemia da covid-19. Levantamento feito por ele dos investimentos da atual gestão no combate ao novo coronavírus no País conclui que os gastos estão muito abaixo do previsto. E dispara: “O

governo aposta no caos e na morte”. De acordo com Chioro, o governo anunciou investimento de R$ 29,5 bilhões em iniciativas contra a covid-19. No entanto, até o momento, foram aplicados, efetivamente, apenas R$ 8,5 bilhões (menos de 30%). Comparou, ainda, o total de R$ 10 milhões investidos em testes na população para identificação da doença, contra os

R$ 46,2 milhões anunciados (cerca de 20%). O especialista aponta que, no início da pandemia, o governo prometeu construir três mil novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Porém, só entregou 540 – menos de 20%. Pior ainda, segundo Chioro, é a entrega de respiradores: dos 14.100 anunciados, apenas 1.612 chegaram aos hospitais, o que significa apenas 11% do prometido.


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CLDF vai capacitar jovens para mercado de trabalho O Programa Câmara Legislativa – Formando o Futuro, lançado quinta-feira (4), vai qualificar jovens para o mercado de trabalho por meio de cursos de capacitação. As matrículas serão abertas em julho. Formando o Futuro é voltado para estudantes de escolas públicas, de áreas carentes e desempregados. O foco é auxiliar jovens a desenvolver habilidades voltadas à atuação em setores da economia criativa e no empreendedorismo. O conteúdo é dividido em dois blocos: qualificação e iniciação e aperfeiçoamento. No de qualificação, a carga de 160 e 240 horas nos cursos de assistente administrativo; desenhista para produtos gráficos para web; controlador e programador de produção; operador de telemarketing e outros. O de iniciação e aperfeiçoamento tem carga de 20 e 40 horas nos cursos de desenvolvimento em blockchain; programação móvel para Internet das coisas; Inteligência artificial; e aplicações na indústria e robótica colaborativa.Com exceção de algumas matérias específicas, com aulas práticas, os módulos serão por ensino a distância em ambientes virtuais próprios das entidades parceiras. O deputado Delmasso (Republicanos), idealizador do projeto, ressalta a importância da formação da população jovem, apesar das dificuldades acarretadas atuais. “Precisamos buscar soluções práticas para que as pessoas se capacitem com a segurança sanitária necessária. Essa é uma forma de a CLDF contribuir para iniciação profissional dos jovens”, frisou. Os cursos serão ofertados pelo Laboratório Hacker de Inovação da CLDF e pela Escola do Legislativo e desenvolvidos em parceria com entidades conveniadas com o Fundo de Apoio à Pesquisa, como o Sistema S.

Use a máscara para vencermos a batalha contra o coronavírus. Com a reabertura de alguns setores no Distrito Federal, precisamos redobrar a atenção. Continue esterilizando as mãos, mantenha distância um do outro, não compartilhe objetos, como pratos, copos e talheres, e não esqueça de usar sempre a máscara.

Principais ações contra a pandemia da COVID-19:

Use sempre a máscara

Não compartilhe objetos pessoais

Lave as mãos, ou use álcool em gel

Mantenha distância um do outro

Câmara Legislativa. Com você no combate ao coronavírus.

cl.df.gov.br


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Colapso de hoje evidencia o caos habitual na saúde Desde o início da pandemia da covid-19 temos ouvido falar do “colapso dos sistemas de saúde”. Essa não é, na verdade, uma situação que nos seja desconhecida. O nosso Sistema Único de Saúde (SUS) está colapsado há tempos. Hoje só são mais evidentes a falta de leitos de UTI e de respiradores, em virtude da covid-19, mas diariamente os profissionais de saúde e os pacientes lidam e sofrem com a falta de vagas, de leitos, de medicamentos, de equipamentos e materiais básicos. De equipamentos de alta tecnologia e caros, como tomógrafos, a simples e baratas luvas cirúrgicas, tudo tem faltado. Entre os medicamentos, não são só os mais caros que faltam. Os antibióticos mais simples e até os analgésicos também somem das farmácias dos hospitais do SUS. E continuam faltando agora, seja pela demora nos processos de aquisição, seja pela escassez da oferta de produtos no mercado que, além de tudo, estão sendo comercializados com preços superfaturados. Antes até de chegarem ao ponto de intubar pacientes que

necessitam de auxílio mecânico para respirar, os médicos estão tendo de lidar com essa deficiência de estoques – até mesmo de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para evitar a própria contaminação. Uma máscara, a famosa N95, que em situação ideal deveria ser descartada após cada atendimento de paciente com a covid-19, está sendo reaproveitada por 15 dias ou até um mês. A própria intubação, a colocação da cânula que liga o paciente grave ao respirador, nos foi informado, chega a ser feita sem anestésico, por falta de estoques. Sofrem os pacientes, os médicos e os demais profissionais da saúde. E aí, novamente, se esbarra na questão da falta de transparência, que também prejudica gestores que agem de boa fé. São eles que vão ser cobrados pelos órgãos de controle por aquisição de insumos com preços superfaturados. Um sistema de transparência pública em que as informações fossem claras e as situações excepcionais viessem acompanhadas dos devidos esclarecimentos para

a realização dessas despesas, apesar do sobrepreço, seria o mínimo a esperar. Mas isso não existe. A impressão que fica é a de que a falta de informação é proposital. Os estoques de EPI são um exemplo claro disso. No portal da Secretaria de Saúde do DF, a informação pública se resume a “com estoque” e “sem estoque”. Questionada pelo Sindicato dos Médicos sobre as quantidades desses equipamentos em estoque, a SES-DF enviou documentação que incluiu três memorandos, uma série de justificativas e nenhuma informação sobre o que foi perguntado. Por quê? A quem interessa a desinformação? Não é difícil corrigir isso. Nossos sistemas informacionais só precisam ser adequados a uma política de transparência real, que depende de nada mais que vontade dos governantes e gestores. Com muito esforço dos profissionais da saúde e, infelizmente, com muitas perdas, essa crise vi passar. Torcemos e trabalhamos para que o SUS saia fortalecido desse doloroso processo: nossas unidades de saúde, mais bem

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

equipadas; e nossos sistemas de controle e de informação aperfeiçoados e mais ágeis. A transparência na gestão pública é essencial para chegarmos a esse bom resultado que almejamos. Como diz o ditado, “à mulher de César não basta ser honesta, ela também de que parecer honesta”.

Vacina contra covid-19 vai ser testada no Brasil Uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, cuja imunização é vista como uma das mais promissoras para a prevenção à covid-19, vai ser testada no Brasil. A autorização foi publicada, terça-feira (2), no Diário Oficial da União (DOU) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O estudo clínico é patrocinado pela biofarmacêutica AstraZeneca e será executado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) como Organização Representativa para Pesquisa Clínica (ORPC). No Brasil, a vacina será testada em dois mil voluntários durante três semanas, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nos dois estados a regra é a mesma: poderão se inscrever como voluntários profissionais

da saúde que atuam na linha de frente de combate à covid-19, além de adultos entre 18 e 55 anos, que também trabalhem em ambientes de alto risco para exposição ao vírus. Eles não podem ter sido infectados em outra ocasião. Atualmente, nas fases 1,2 e 3, com início nesta semana, foram testados apenas voluntários no Reino Unido. Em uma pesquisa clínica, esta é a última etapa antes do pedido de registro necessário para a comercialização. A biofarmacêutica tem a intenção de registrar a vacina na Anvisa, o que indica interesse no mercado brasileiro. No período de pandemia, a estratégia da Anvisa, para otimizar o processo de análise, tem sido antecipar as discussões téc-

nicas com os interessados antes da submissão da documentação. As tratativas ocorrem no âmbito de um comitê da Gerência-Geral de Medicamentos (GGMED), criado para avaliação de estudos clínicos e medicamentos para prevenção ou tratamento da covid-19. Nas últimas semanas, foram realizadas reuniões com representantes da biofarmacêutica e da Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), autoridade sanitária do Reino Unido. Também participaram das discussões pesquisadores brasileiros da Unifesp e de Oxford. De acordo com informações da Universidade de Oxford, a vacina ChAdOx1 nCoV-19 usa um vetor viral contendo o material genético da proteína spike SAR-

S-CoV-2. Após a vacinação, a proteína de pico de superfície é produzida e o sistema imunológico é estimulado a atacar o coronavírus se o corpo for infectado. O estudo será realizado para a obtenção de uma “prova de conceito”, em etapa exploratória, que pode ser considerada equivalente à fase 2. O objetivo é incluir a indicação para o tratamento da covid-19 na bula da medicação, que já tem registro na agência reguladora, com o apoio do Ministério da Saúde. Segundo informações disponibilizadas pela biofarmacêutica, o ensaio clínico global Calavi tem como objetivo avaliar o potencial do Calquence no tratamento da resposta imune exagerada associada à covid-19 em pacientes graves.


Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 6 a 12 de junho de 2020 - bsbcapital.com.br FOTOS: AGÊNCIA BRASÍLIA

Ibaneis faz acontecer Governador aciona todas as Secretarias para realizar reformas e manutenções visando oferecer qualidade de vida ao brasiliense, mesmo durante a pandemia Pollyanna Villarreal Há 64 anos o solo que Brasília ocupa no centro do Planalto Central não para quieto. Desde que o ex-presidente Juscelino Kubitschek decidiu tirar do papel os traços artísticos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer para materializar o sonho de construir uma cidade no centro do Brasil para interligar todo o País, Brasília não para de construir e se reconstruir. Nem a pandemia do novo coronavírus impediu a capital da República de seguir sua tradição de inovar e renovar sua aparência todos os dias, buscando oferecer mais conforto e segurança à população. Desde 1º de janeiro de 2019, quando o governador Ibaneis Rocha (MDB) assumiu o posto, as máquinas não pararam. E agora, quando o Distrito Federal começa a retomar a normalidade, saindo da quarentena preventiva da covid-19, o GDF entrega centenas de obras em todas as áreas, conforme levantamento feito pelo Brasília Capital. O secretário de Obras, Luciano Carvalho, afirma que “melhorar a qualidade de vida da população do DF é uma das metas do governador Ibaneis”. Segundo ele, no momento, mais de 200 obras estão em andamento.

Concluiu o viaduto da EPTG e da EPCT e há obras para facilitar a mobilidade

Luciano Carvalho, secretário de Obras: “Há mais de 200 obras em curso

“E queremos ampliar esse número ainda mais”. Carvalho afirma que Ibaneis recebeu Brasília “numa situação de quase abandono”, mas não perdeu tempo responsabilizando esse ou aquele. “Temos de fazer acontecer! Por isso, dar continuidade às obras, mesmo em tempo de pandemia, é essencial para que possamos recuperar a cidade”.

Obras de melhorias em Vicente Pires não param. Investimento: R$ 540 milhõe


Brasília Capital n Cidades n 8 n Brasília, 6 a 12 de junho de 2020 - bsbcapital.com.br

Ibaneis não parou obras iniciadas no governo passado Governador cumpre promessa de revitalizar a W-3 Sul áreas do DF O governo tocou várias obras que se arrastavam. Durante a campanha de 2018, Ibaneis prometeu revitalizar a W3 Sul. Hoje, a nova W3 é uma realidade. Fruto de parceria do GDF com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), as Quadras 511 e 512 Sul foram as primeiras a receber as melhorias. Foi investido R$ 1,8 milhão para a reorganização dos estacionamentos, arborização e paisagismo, revitalização dos becos entre os blocos e recuperação e troca de piso das calçadas. Agora, a revitalização ocorre nas 509 e 510 Sul, nas quais estão sendo investidos R$ 2,3 milhões. A

licitação das Quadras 513/514 Sul foi realizada no dia 30 de abril. O resultado do certame será divulgado em breve. A previsão é a de que as obras comecem em julho. Outra obra concluída foi a retomada do alargamento do viaduto da Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG) e da Estrada Parque Contorno (EPCT). Os viadutos foram unificados e, agora, contam com 41,8 metros de largura e 11 faixas com medidas de 3,5 a 4 metros. São cinco faixas no sentido Plano Piloto e quatro no sentido Taguatinga, além de duas faixas centrais de 4 metros para ônibus. As obras custaram R$ 5,1 milhões. Dois campos de futebol de grama sintética foram construídos em Planaltina e em Santa Maria com emendas do ex-senador Hélio José. O primeiro custou R$ 1,1 milhão e, o outro, R$ 688 mil.

FOTOS: AGÊNCIA BRASÍLIA

Revitalização da W3 Sul já é realidade. Quadras 511 e 512 foram as primeiras

Vicente Pires vira canteiro As obras em Vicente Pires não param. Com investimento de R$ 540 milhões, Ibaneis definiu a cidade como uma das prioridades do governo. As Ruas 3B, 3C, 4A, 4B, 4C, 6 e 10 já estão asfaltadas. As Ruas 4, 5 e 7 estão quase concluídas. O sistema de drenagem das Ruas 3 e 8, responsável pela captação de água das chuvas, está em funcionamento. Das 23 lagoas de detenção previstas, 14 estão concluídas e seis no final da execução. As empresas contratadas estão concentradas na conclusão da pavimentação da Rua 3 e drenagem da Rua 12. INFLAMÁVEIS – Seguem aceleradas as melhorias em vias do Setor de Inflamáveis, orçadas em R$ 10,1 milhões, com obras de drenagem, instalação de manilhas e dissipadores. O projeto prevê a continuidade das vias IN-1 e IN-2, paralelas à ferrovia,

até o Lúcio Costa, em que se incorporará à EPTG. BERNARDO SAYÃO – As obras nos lotes 2 e 3 estão com mais de 50% dos serviços de drenagem e pavimentação concluídos. Foram executados 52,52% dos 3,3 km de drenagem e pavimentação do lote 2. ITAPOÃ – As obras da Praça da Ju-

ventude recomeçaram. Com R$ 2,2 milhões, a área contará com pistas de caminhada, salto triplo e salto a distância, sistema iluminação específico, quadra de vôlei de praia, área de exercícios e alongamento, campo de futebol society, quadra poliesportiva coberta, teatro de arena com palco, sanitários, salas para ginástica e reuniões, entre outros.

Ibaneis definiu melhorias na cidade como uma das prioridades do seu governo

Túnel de Taguatinga sai do papel O túnel de Taguatinga, ligando a EPTG à Elmo Serejo, está saindo do papel. Os desvios de trânsito começam a funcionar no dia 15/6 para as escavações dos 1.010 metros de extensão. A previsão é terminar em 2 anos, com pistas de três faixas em cada sentido e investimento de R$ 275 milhões financiados pela Caixa. As obras do viaduto na Estrada Setor Policial Militar (ESPM)/ Comando Geral da Polícia Militar até o Terminal da Asa Sul, já vão começar com investimento de R$ 7.667.020,57. OBRAS EM LICITAÇÃO – A Secretaria de Obras está com várias licitações, entre elas, a do viaduto EPIG, que fará intersecção com o Sudoeste e o Parque da Cidade, em que passam 22 mil veículos por dia. (PV)


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Secretaria de Saúde amplia sistema Uma das áreas com mais obras no GDF é a Secretaria de Saúde, apesar da pandemia. A maior parte visa a melhorar os prédios que abrigam os serviços de saúde que estão sem manutenção adequada há muitos anos. Estão sendo construídas 16 novas Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Isso representa um esforço do governo para ampliar a atenção primária da rede de saúde pública em diversas regiões do DF, distribuindo de forma mais equilibrada o atendimento preventivo para que a população receba uma assistência melhor e com mais rapidez”, disse o secretário Francisco Araújo. O edital para a construção do Hospital Oncológico de Brasília já foi publicado. Segundo Araújo, “o Hospital Oncológico é mais uma conquista relevante da saúde pública e será fundamental para ampliar, melhorar e humanizar o atendimento de pacientes do DF”. Outra obra em andamento é a construção de mais quatro UBS pela Novacap no Jardins Mangueiral, Paranoá Parque, Vale do Amanhecer e QNR 2, em Ceilândia. As empresas contratadas estão realizando a terraplanagem dos terrenos. Uma manutenção predial revitaliza o Hospital Regional

AGÊNCIA BRASÍLIA

Secretário de Saúde: esforço para ampliar a atenção primária na rede

de Brazlândia, após os estragos causados pelas fortes chuvas, em janeiro. O Núcleo de Saúde Funcional de Sobradinho também recebe manutenção. A SES também iniciou a manutenção predial nos hospitais públicos e demais espaços da Secretaria. Orçada em R$ 45,4 milhões, a medida melhora a infraestrutura das unidades e auxilia no enfrentamento da pandemia. O ponto de partida foi o Hospital da Asa Norte (HRAN), referência no tratamento da covid-19.

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Foram assinados 17 contratos com empresas de engenharia e consultoria para prestar serviços continuados de manutenção predial corretiva. A medida auxilia no enfrentamento do coronavírus. O laboratório de nutrição enteral do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) recebeu uma reforma geral. O setor é responsável pela preparação de dietas enterais, fórmulas lácteas e infantis para os pacientes. O Hospital Regional de Planaltina também passa por reformas, 20 anos depois da sua inauguração. A lavanderia industrial vai ganhar a primeira e grande renovada. Será possível dobrar a quantidade de roupas lavadas no local. O secretário informou também que o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ampliará sua capacidade de leitos voltados à covid-19. A primeira etapa contou com pinturas e revitalização elétrica e outra série de manutenções que contribuirão para ampliar a capacidade de atendimento e abrigar até 15 novos leitos de retaguarda. A Região de Saúde Norte, formada por Sobradinho e Planaltina, está em processo de recuperação estrutural das unidades de saúde. O serviço começou com a pintura e revitalização da área externa do HRPL.

IGES também constrói O IGES-DF informou que entregará sete UPA à população, num investimento de R$ 28,1 milhões. A ordem de serviço que autorizou o início das obras foi assinada, em 13 de abril, e a previsão é concluir até o fim deste ano. Cada uma terá, aproximadamente, 1,2 mil metros quadrados e as estruturas vão atender até 4,5 mil pessoas por mês, totalizando 31,5 mil atendimentos mensais. Elas estão localizadas no Paranoá, Riacho Fundo II, Gama, Ceilândia, Vicente Pires, Brazlândia e Planaltina. As UPA são importantes porque são portas de entrada de urgência e emergência com assistência qualificada. A construção das UPA é uma das principais metas do IGES-DF, que já administra o Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as seis UPA já em funcionamento no DF, se situam em Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Sobradinho, Núcleo Bandeirante e São Sebastião. As novas UPA contemplam uma área para classificação de risco e primeiro atendimento, três consultórios, duas salas de urgência, seis de observação e um isolamento. Também há área destinada para poltronas de medicação, reidratação e inalação. Para reforçar essa estrutura, o IGES-DF vai aplicar R$ 7 milhões na compra de equipamentos médico-hospitalares. (PV)

202 Sul

Taguatinga Norte


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Brasília

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Seduh inicia debate sobre o PDOT Novo plano vai determinar uso do solo no DF de 2020 a 2030 A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) deu início ao processo de elaboração, debate e aprovação do novo Plano de Ordenamento Territorial (PDOT). Esse regramento vai prevalecer de 2020 a 2030, regulando o ordenamento territorial, a expansão e o desenvolvimento urbano nas 31 Regiões Administrativas do DF, incluindo o Plano Piloto. Para o professor de Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB),

Frederico Flósculo, embora um PDOT deva ter como premissa a ocupação ordenada do solo, não é de estranhar que o governo venha propor mudanças no uso do solo com a finalidade de “aumentar a densidade de população e de serviços na área central de Brasília.” SANTA PRISCA – Na história do DF, tradicionalmente, as leis que regulam o uso do solo têm sido alvo de grandes pressões imobiliárias e de interesses econômicos. Em 1996, na gestão de Cristovam Buarque, a Câmara Legislativa deu um presentão ao então deputado distrital Luiz Estevão. Uma emenda do deputado Benício Tavares transformou de rural em urbana terras da Fazenda Santa Prisca, de Estevão. Cristovam não

vetou. A região vai permitir um aglomerado urbano para um milhão de habitantes – três vezes mais do que o Plano Piloto – e por isso recebeu a alcunha de OKlândia. Em 2012, no governo Agnelo, tentou-se reverter a autorização, mas a CLDF não concordou e ainda ampliou esse mecanismo para duas outras áreas então públicas em Sobradinho: Nova Petrópolis e Nova Colina. Embora as áreas pertencessem à União, a ação de grileiros e especuladores fez com que 2 anos depois, em 2014, sem qualquer planejamento urbano, as duas localidades já possuíssem mais de mil residências erguidas e habitadas. Hoje em dia há ca sas sendo vendidas na Nova Colina por até R$ 1 milhão.

Roriz preparou assentamentos Flósculo lembra que desde o primeiro PDOT, em 1993, na gestão de Joaquim Roriz, ele tem sido implementado para fins inadequados. “Em 93, Roriz preparou o DF para regularizar grilagens e ampliar assentamentos”. O PDOT terá de seguir as balizas das recém-aprovadas Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) e Lei de Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE). Mesmo assim, a realidade de comunidades poderá ser, plenamente, alterada. Áreas rurais poderão virar urbanas, áreas em que só cabem casas poderão passar a abrigar comércio ou mesmo edifícios.

O acadêmico considera que o ZEE aprovado, em 2018, é frágil e que o futuro da sustentabilidade do DF está em risco. A nova regulamentação, pode até mesmo introduzir novas normas – como a destinação de uso – de setores na área tombada do Plano Piloto. Conforme essa coluna antecipou, em julho de 2019, proprietários de salas e até mesmo de prédios inteiros nos Setores Comercial e Bancário Sul pressionam para poder transformar seus imóveis em residências. Para receber moradores, bastaria uma rápida maquiagem e, rapi-

damente, uma sala viraria quitinete, ou um piso de prédio se tornaria numa residência familiar. A conta pesada ficaria para o GDF. O diretor do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Daniel Mangabeira, salienta que abrir essas áreas para moradia implica em uma nova arquitetura para aquele espaço. Calçadas, estacionamentos, jardins, vias teriam de que ser repensados, como também a infraestrutura local, dentre elas o redimensionamento da rede de esgoto para uma população permanente, e não apenas de trabalhadores que dão expediente das 8h às 18h.

Participação é fundamental O portal oficial do PDOT tem vídeos ilustrativos alertando que a “participação é fundamental” e que oficinas, reuniões e audiências públicas serão realizadas. A Seduh diz que o PDOT é necessário para orientar a ocupação do solo e “construir cidades sustentáveis, funcionais e propícias ao desenvolvimento econômico”. A secretaria lembra que a lei determina que a cada 10 anos o PDOT seja atualizado. A urbanista Tânia Battella estranha que a Seduh informe que desde 2019 já elabora uma nova versão do PDOT sem debates prévios. O ex-secretário de Habitação, Thiago de Andrade, salienta que é necessário uma série de trabalhos internos de organização, formulação e conceituação dos estudos de um novo plano diretor, que não podem parar por causa da pandemia, uma vez que o governo deve se manter ativo. “Mas um processo de consulta coletiva não é viável nesse estágio de adaptação ao contexto da pandemia”. AUDIÊNCIAS – O temor de lideranças comunitárias do DF é que a Seduh se limite a fazer audiências virtuais via Internet. A dúvida é como assegurar a participação comunitária, se eventos com mais de cem pessoas estão proibidos e aglomerações não são recomendadas pelo GDF.

ANA VOLPE/AGÊNCIA SENADO

Por Chico Sant’Anna


NESTE MOMENTO DIFÍCIL, PAGAR O IPTU EM DIA PODE FAZER TODA A DIFERENÇA. Mais do que nunca, é tempo de ação, de união e de solidariedade no Distrito Federal. Ao pagar o IPTU em dia, você fortalece as ações de combate ao coronavírus e ajuda a realizar os investimentos necessários em defesa da vida e para uma recuperação econômica mais rápida. Chegou a hora de pagar a 2ª parcela. FINAL DA INSCRIÇÃO

SEGUNDA PARCELA

TERCEIRA PARCELA

QUARTA PARCELA

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21/08

PREVINA-SE CONTRA O CORONAVÍRUS.

Mais informações, baixe o App da Agência Brasília.

Lave as mãos com frequência.

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Evite aglomerações.


Brasília Capital n Cidades n 12 n Brasília, 6 a 12 de junho de 2020 - bsbcapital.com.br

Aulas na rede pública recomeçam dia 29 Secretaria de Educação anuncia retomada do ano letivo, inicialmente, com atividades a distância O secretário de Educação, João Pedro Ferraz, anunciou, durante live realizada, na quarta-feira (3), que o ano letivo, cujas atividades presenciais estão suspensas desde 11 de março, por causa da pandemia da covid-19, será retomado no dia 29 de junho na rede pública de ensino do Distrito Federal. Inicial-

RENATO ARAÚJO / AGÊNCIA BRASÍLIA

mente, as atividades ocorrerão a distância, por meio de teleaulas. A portaria foi publicada, na quinta-feira (4), no Diário Oficial do DF. Segundo o secretário, de 22 a 26 de junho, os estudantes voltam às aulas, mas não será cobrada presença. Mas, a partir do dia 29, os professores passarão a computar os faltosos e contar as aulas como horas letivas. Os estudantes que não tiverem acesso por falta de equipamento ou de sinal de Internet em suas regiões receberão material impresso, a ser entregue nas escolas. Avaliações e frequência serão feitas pelos professores, que retornaram ao trabalho na sexta-feira (5). No plano de ensino não presencial, apresentado pelo Conse-

SEEDF inicia aulas na rede pública com programa de educação a distância

lho de Educação do DF, ficou estabelecido que durante o dia serão exibidas as teleaulas destinadas à Educação Infantil, ao Ensino Fun-

damental, à Educação Especial. As transmissões à noite serão, exclusivamente, para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Paco Britto admite lockdow em Ceilândia O Governo do Distrito Federal instalou um gabinete especial da Secretaria de Saúde em Ceilândia. O objetivo é dar mais agilidade às ações da Pasta na cidade que se tornou o epicentro da covid-19 na capital da República. Entre as ações já anunciadas pelo governo estão a inauguração, dentro de 60 dias, de um hospital de campanha e outro hospital acoplado. Uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) já em construção deve ser entregue até dezembro. Na manhã de quinta-feira (4), primeiro dia de funcionamento da nova sede da Pasta, o vice-governador Paco Britto esteve em Ceilândia para acompanhar o início dos trabalhos. Ele explicou que, por determinação do governador Ibaneis Rocha, o secretário de Saúde, Francisco Araújo, ficará na cidade até o próximo dia 10 com a missão de implantar o novo fluxo no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). “O governo está preocupado

VINÍCIUS DE MELO/AGENCIA BRASÍLIA

Pandemia cresce no DF e obriga GDF a confinar população de Ceilândia

e se mostra presente para conter o avanço da doença em Ceilândia. Mas é preciso também que a população se conscientize porque esse vírus mata”, frisou o vice-governador. Paco explicou que o HRC terá uma área específica – de 30 a 50 leitos – para os pacientes da covid-19. “Essas ações trarão mais agilidade para que possamos atu-

ar em Ceilândia”, destacou, sem descartar a possibilidade de o GDF adotar o lockdown na cidade. Antes da inauguração da UPA, Ceilândia ganhará um hospital acoplado ao HRC com 70 leitos para atendimento dos pacientes infectados pelo coronavírus. O hospital da campanha – outra construção prevista para os próximos dias – também terá foco no

atendimento dos pacientes de covid-19 da região. CONSCIENTIZAÇÃO – O vice-governador explicou que, embora o lockdown seja uma medida extrema, ela não está descartada em cidades que apresentem crescimento significativo no número de casos da doença. “O principal, porém, é a conscientização da população. Mas não adianta fazermos campanhas, determinar o uso obrigatório de máscaras e as pessoas não praticarem o distanciamento e o comércio não respeitar as novas normas de funcionamento”. De acordo com Paco Britto, outras medidas podem ser tomadas anteriores à decisão de lockdown, como o fechamento responsável de algumas áreas. “O governador Ibaneis não tem problema algum em voltar atrás em seus decretos. Tudo é analisado em cima dos índices da Codeplan e, se for preciso, pelo bem da população do DF, ele voltará atrás sim”, completou.


Brasília Capital n Informe publicitário n 13 n Brasília, 6 a 12 de junho de 2020 - bsbcapital.com.br

Pesquisa revela exclusão social gigantesca no DF com aulas remotas A pesquisa sobre covid-19 e volta às aulas que o Sinpro-DF realizou com dez mil pais revelou o abismo social entre os estudantes da rede pública de ensino e a gigantesca exclusão educacional que o governo Ibaneis irá criar se adotar aulas remotas sem providenciar a inclusão de todos os que não têm condições materiais de acessá-las. Os pais responderam, espontaneamente, 14 perguntas do questionário disponibilizado no site da entidade, dos dias 23 a 31/5. A pesquisa mostrou que 26,27% (120.842) dos 460 mil estudantes não têm nenhum equipamento digital em casa para acessar as aulas remotas; 57,90% (265 mil) não assistiram às teleaulas da Secretaria de Estado da Educação do DF (SEEDF) e que, entre os que assistiram, o número de insatisfeitos é assustador. Dos 42,1% de pais, mães e responsáveis do grupo de estudantes que assistiu às teleaulas, 56% estão insatisfeitos e, 19%, declararam que os filhos não estão conseguindo acompanhá-las. Só 25% declararam que estão satisfeitos. A pesquisa mostra que 27,71% (127 mil) dos estudantes não têm conexão com a rede mundial de computadores em casa. Os dados permitem prever o aprofundamento da evasão escolar: 31,80% (25.440) dos 80 mil estudantes do Ensino Médio nunca acessaram o Google Classroom, plataforma utilizada pela SEEDF; dentre os 68,20% dos que estão usando a plataforma, 48,10% avaliaram o uso da ferramenta como satisfatório; 43,2%, como insatisfeitos; e, 8,7%, não acompanharam as atividades. No cômputo geral, a avaliação do Google Classroom foi melhor do que a das teleaulas pelo fato de o estudante interagir com seu próprio professor. Mas, ainda assim, menos dos 50% dos usuários avaliam essa ferramenta como positiva. PROFESSORES – A pesquisa também foi feita com professores. O sindicato disponibilizou no seu site, de 23 a 31/5, um questionário com 16 perguntas que 4.020 professores e orientadores educacionais responderam. Os dados revelam que, entre os 36.132 trabalhadores da

carreira magistério, 22,25% (oito mil) não têm computador em casa. Esse número está na Nota Técnica nº 09, da SEEDF, que afirma ter, na rede pública, 35 mil professores e 1.132 orientadores educacionais. Desses 35 mil, 23 mil (67,18%) são professores regentes, assim denominados porque estão em sala de aula. Entre os regentes, 21,97% (cinco mil) não têm computador, não têm como executar suas atividades pedagógicas e também não têm condições financeiras para adquirir essa ferramenta de trabalho, uma vez que estão com salários congelados há 6 anos e não podem contrair mais endividamento. A pesquisa detectou o ponto positivo de que 98% da categoria têm acesso à Internet, mas não verificou a qualidade da conexão. “Para exercer o teletrabalho, a categoria precisa de Internet banda larga, capaz de assegurar a fluidez do trabalho remoto, como programação de aulas, áudios, vídeos, documentos eletrônicos e impressões”, afirma a diretoria. E observa que a EaD na Educação Básica está fadada ao fracasso porque “não foi planejada para ser usada nessa modalidade, com crianças e adolescentes”. O Sinpro-DF mostrou ao GDF que países desenvolvidos que experimentaram a EaD na pandemia avaliaram que essa modalidade não atingiu o objetivo necessário e que já há estudos que apontam que, até mesmo a rede privada, que, em tese, reúne melhores condições e recursos, a EaD foi um fracasso. “Defendemos uma educação pública e de qualidade para todos e todas e esse investimento deve ser feito pelo GDF para garantir que estudantes e trabalhadores tenham as mesmas condições de acesso ao direito à educação e de trabalho”, afirma a diretoria do Sinpro-DF.


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Setor produtivo lança fórum de entidades representativas para unir forças pelo DF Os presidentes das principais entidades representativas dos setores produtivos do Distrito Federal se reuniram, sexta-feira (5), para criar o Fórum do Setor Produtivo do DF, que tem como objetivo maior a união de forças na defesa das pautas e temas de interesse da economia local. Participaram do encontro de lançamento da iniciativa, os presidentes das seguintes entidades: Francisco Maia, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF); Jamal Bittar, da Federação das Indústrias do DF (Fibra); Fernando Cezar Ribeiro, da Federação da Agricultura e Pecuária (Fape-DF); Paulo Afonso, da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas do DF (Fenatac); José Carlos Magalhães Pinto, da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL); Valdeci Machado Elias, da Federação

das Associações Comerciais e Industriais do DF; e o superintendente do Sebrae-DF, Antônio Valdir Oliveira Filho. Em razão da pandemia do novo coronavírus e seus efeitos na economia, e na rotina das empresas e cidadãos, as entidades já vinham atuando em conjunto em uma série de iniciativas, como na elaboração de estudos e protocolos de trabalho, discutidos em parceria com órgãos oficiais. A criação do fórum é a formalização deste grupo de trabalho. Além da interlocução do setor produtivo junto ao Governo do Distrito Federal, o fórum terá outras atribuições estratégicas, como a de desenvolver projetos e ações que tenham como propósito apoiar o desenvolvimento econômico e social da região, levando em consideração a manutenção e a geração de empregos

DIVULGAÇÃO

Presidente da Fecomércio, Francisco Maia, será o primeiro a comandar o grupo

e a defesa das condições de negócios para as empresas locais. A presidência do fórum será rotativa entre os membros que o compõem, com mandato de um ano. O primeiro ocupante da presidência será o representante da Fecomércio-DF, Fran-

cisco Maia. O grupo, que irá se reunir, semanalmente, por meio de videoconferências, discutiu em seu primeiro encontro questões comuns aos segmentos produtivos, principalmente, as que se referem aos efeitos da crise do coronavírus.

Taguayork chega aos 62 anos FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por Maria Félix Fontele

A principal cidade-satélite do DF completou 62 anos na sexta-feira (5). Fundada 2 anos antes de Brasília, Taguatinga abrigou, inicialmente, pioneiros que vieram para a construção da nova capital. Hoje, com mais de 220 mil habitantes, é a referência para moradores de outras regiões administrativas, como Ceilândia, Brazlândia, Samambaia e Recanto das Emas. Entre as principais características culturais de Taguatinga, destaque para o apoio à leitura. Este trabalho tem à frente, há 34 anos, a Academia Taguatinguense de Letras (ATL), fundada em 5 de junho de 1986, por 18 professores escritores da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Entre eles, Hilda Mendonça, Nara Nascimento, Hélio Soares Pereira e Leão Sombra do Norte Fontes (já falecido), todos atuantes em escolas públicas de Taguatinga.

No aniversário, dia 5/6, entidade comemorou história de luta pela cidadania

A ATL enfatiza a sua história de lutas pela cidadania, a valorização do saber e da liberdade de expressão. O presidente da entidade, Gustavo Dourado, reforça que o principal objetivo da academia é “disseminar a cultura e a educação em um ambiente democrático, capaz de assegurar a todos o acesso ao livro e à leitura, às artes e à cultura de um modo geral”.

PROJETOS – Dourado lembra que uma das conquistas da entidade foi a sua elevação à condição de Patrimônio Cultural, Material e Imaterial do DF, pela Lei nº 5.159, de 2013, votada pela Câmara Legislativa, e regulamentada pelo Decreto nº 35.549, de 18 de junho de 2014, do GDF. Dessa forma, a ATL ficou consolidada no Complexo Cultural EIT, local em que funciona sua sede,

com auditório, duas bibliotecas, salas de oficinas e de apoio. “Foi uma grande conquista para a instituição, única tombada no Centro-Oeste e uma das poucas no Brasil a ser reconhecida e a carregar importante título”, diz Dourado. Atualmente, a ATL está desenvolvendo projetos na Internet, incluindo o uso do Youtube para levar o trabalho de acadêmicos ao público. Os canais de comunicação são as suas páginas no Facebook e no WhatsApp. INCENTIVO – A academia propôs e participou dos debates em torno da aprovação da lei 6.496/2020, que instituiu a Política Distrital de Incentivo e Fomento à Literatura Brasiliense, de autoria da deputada Jaqueline Silva (PTB) e sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, que beneficiará escritores, editoras e gráficas, e reforçará investimentos na área de Educação.


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NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro Plant-based diet – uma proposta para salvar a humanidade A produção e o consumo de alimentos ligam os recursos naturais do planeta à saúde humana Plant-based diet é caracterizado como um padrão alimentar baseado em plantas, enfatizando o consumo de frutas, vegetais e grãos integrais, e evitando (ou pelo menos reduzindo bastante) a ingestão de produtos de origem animal, açúcar refinado e

alimentos industrializados. Um indivíduo vegetariano pode ser considerado como padrão plant-based, mas não, necessariamente, todo adepto da dieta plant-based será vegetariano. Deu para entender? A Sociedade Vegetariana Brasilei-

ESPÍRITA

José Matos Saudade é ignorância A pior delas é por macho ou fêmea que lhe esnobou e você se vitimiza, se culpa. Crie vergonha na cara. Valorize-se. Ame-se! Saudade que causa sofrimento é ignorância porque não se trata de sentimento, e sim de inconformação ou revolta com o que você não pode dispor no momento. E só acontece porque você se mantém alimentando a ideia, falando, escrevendo, frequentando os mesmos lugares, mantendo objetos, redes sociais, telefones ou lamentando.

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

Para superar a saudade, primeiramente, é preciso determinar-se, livrando-se de objetos e de tudo que traz lembranças. Segundamente, mudar o pensamento quando ele vier. É difícil no início, mas depois fica natural e você verá que, gradualmente, vai enfraquecendo até desaparecer ou ficar apenas uma lembrança que não lhe afeta mais.

ra (SBV) define o vegetariano como aquele que exclui da sua alimentação todos os tipos de carnes, podendo ou não consumir laticínios ou ovos. As dietas à base de vegetais (plant-based) têm sido estudadas como uma estratégia importante na prevenção e tratamento contra a obesidade, distúrbios alimentares e morbidades associadas a esses quadros clínicos. Efeitos consideráveis relacionados

A saudade, se alimentada, adoece e pode fazer a pessoa perder a vontade de viver. Fim de relacionamentos ou perdas são oportunidades para viajar, divertir-se, buscar os velhos amigos e amigas, executar projetos e até sonhos que não se pôde realizar antes. Não há saudade, paixão ou mágoa sem alimentação do pensamento. Parando de alimentá-lo, elas enfraquecem e morrem. Não concorde e nem discorde; experimente, mudando o pensamento quando esses sentimentos vierem. Você pode perguntar se não sinto saudade. Sinto, mas quando sinto, telefono ou, se possível, procuro a pessoa. Se morreu, mudo o pensamento porque não posso contar mais com a pessoa no presente. Há também a pior delas: a saudade por macho ou fêmea que lhe esnobou, desapareceu e você se vitimiza, se culpa, e sonha com uma chance. Crie vergo-

ao consumo de vegetais estão associados com quantidade próxima a 800 gramas de vegetais por dia (muito longe do padrão dietético ocidental). Além de serem ricos em fibras, as frutas, hortaliças, cereais integrais e leguminosas, que são os grandes representantes do plant-based diet, contêm muitos outros nutrientes que são, potencialmente, protetores, os compostos bioativos. Além do fator protetor à saúde, os sistemas alimentares e o meio ambiente têm sido pauta de discussão e associação a um padrão dietético de fato sustentável para as próximas gerações. Afinal, a produção e o consumo de alimentos, talvez mais do que qualquer outra atividade humana, ligam os recursos naturais do planeta à saúde humana. Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)

nha na cara. Valorize-se. Ame-se! Não obstante, há outro tipo de saudade: a de uma mãe por um filho ou de um filho pela mãe que partiu. Mas, uma coisa é a saudade e, outra, muito diferente, é a inconformação ou a revolta. É a revolta ou a inconformação que mantém a ideia fixa. Não se trata apenas de esquecer. É não deixar que se torne doentio. Adoecendo, a pessoa perde a vontade de viver. Muito bem faz quem transforma saudade em ação benemérita para ajudar os outros em nome de quem partiu, como fez a mãe de Cazuza, criando a “Sociedade Viva Cazuza”. Esta ação, oração e os pensamentos de gratidão dos beneficiados ajudam, e muito, a alma do falecido no Além.

José Matos Professor e palestrante

CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF

TV Comunitária de Brasília DF


Brasília Capital n Esportes n 16 n Brasília, 6 a 12 de junho de 2020 - bsbcapital.com.br

Capital puxa a fila Clube é o primeiro do DF a sugerir um plano para o retorno aos treinos

fazemos a diferença ão estamos à venda. Veja os detalhes da proposta:

Gustavo Pontes

Sem jogos desde 18 de março devido à pandemia do novo coronavírus, a incerteza sobre o retorno do Candangão preocupa os clubes, principalmente os que não disputam outros campeonatos. A situação piora porque a maioria dos jogadores tinha contrato apenas até o fim de abril. Nas últimas semanas, a Federação de Futebol Brasiliense tem acompanhado as decisões de outros estados, mas ainda não anunciou qualquer plano de volta aos treinos e jogos. No entanto, o Capital se antecipou e sugeriu um protocolo de segurança (veja quadro ao lado). PRESSA – Em entrevista ao Correio Braziliense, o presidente da FFB-DF, Daniel Vasconcelos, criticou a pressa dos clubes e citou o possível lockdown na Ceilândia (leia matéria na página 12). “A cidade está quase fechando e querem voltar a jogar futebol?”, questionou.

Isolamento: Todas as partidas realizadas com portões fechados; Testes rápidos: A Coruja propõe que sejam feitos testes sete dias antes do retorno dos jogadores aos treinos, com uma segunda rodada 72h antes da volta das partidas do Candangão. Em caso de positivo, haverá uma quarentena de 15 dias; Prevenção: Obrigatoriedade de uso de máscaras em todos os ambientes, exceto em treinos e jogos. Uso e higienização individual de materiais esportivos e pessoais. Atletas lavariam e iriam aos treinos e jogos uniformizados; Ambientes: Em estádios e centros de treinamento, seria autorizado somente o uso dos ambientes de extrema necessidade. Os vestiários teriam de ser utilizados por grupos pequenos. Banheiros, boxes e salas de musculação teriam de

ser higienizados com frequência; Atendimento médico online, fisioterápico e semelhantes: Realizados conforme orientações da Anvisa e de medidas de prevenção e controle adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de coronavírus; Nutrição: Refeições realizadas fora dos locais de treinamento. Hidratação e suplementação será feita pelos jogadores em locais individuais; Transporte: Se necessário o uso, haverá higienização após o percurso. O espaçamento mínimo é de duas fileiras, de forma alternada entre as colunas e com uso obrigatório de máscara; Medição de temperatura: deverá ser aferida no carro dos atletas ou na entrada dos treinos e jogos; Atividades: Treinos serão com pequenos grupos de atletas, em turnos di-

ferentes. A sugestão é que as atividades sejam separados entre goleiros, laterais, zagueiros, meio-campistas e atacantes, com distanciamento de 2m.

O protocolo elaborado pelo Capital também traz a sugestão das datas de cada fase: 18/7 – Encerramento da 1ª fase 22/7 – Jogos de ida das quartas de final 25/7 – Jogos de volta das quartas de final 29/7 – Jogo de ida das semifinais 01/08 – Jogo de volta das semifinais 05/08 – Jogo de ida da final 08/08 – Jogo de volta da final Também sugere um limite de 113 pessoas envolvidas em cada jogo, contando a delegação dos dois clubes, arbitragem imprensa, ambulância, gandulas, segurança pública e privada, limpeza, maqueiros, apoio e delegado.

Nós fazemos a diferença e não estamos à venda.

o banco é do brasil


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