Vice-presidente da Câmara Legislativa propõe medida como prevenção ao novo coronavírus Pelaí - Página 3
Ano IX - 456
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Delmasso quer fechar Aeroporto para EUA e Europa
Brasília, 21 a março de 27 de 2020
ANTONIO CRUZ/ AGÊNCIA BRASIL
Ibaneis encara o Covid-19. Bolsonaro pisa na bola Governador do DF foi o primeiro a tomar medidas como a suspensão de aulas , eventos e sessões de cinema. Presidente, com suspeita de contaminação, convocou manifestação contra o STF e o Congresso e ainda cumprimentou apoiadores. Pode ter cometido crime de responsabilidade Editorial - Página 2 e Página 4 MARCO PEIXOTO/CAESB
DIVULGAÇÃO
Carma e epidemia José Matos
Cuidados com alimentos Caroline Romeiro Página 11
Antes de parar, Candangão teve jogos nos Centros de Treinamento dos clubes Gustavo Pontes - Página 12
ÁGUA DE BEBER – Reservatórios da Caesb estão com capacidade máxima para assegurar água de qualidade durante a crise do Covid-19. Páginas 6 e 7
VLT A CAMINHO – Se não mudar a agenda, GDF lança projeto do transporte sobre trilhos na sexta (27). PPP investirá R$ 2,4 bi. Chico Sant’Anna - Páginas 8 e 9
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E D I T O RI A L
Irresponsabilidade e arreganhos autoritários Desde o ano passado, o dia 18 de março estava marcado na agenda dos movimentos sindical, popular, estudantil e sociais como a data da greve geral em defesa da Educação e da Saúde. Mas a aflição da população diante de tantas irresponsabilidades do Presidente da República, levou muita gente a bater panela e a gritar “fora Bolsonaro” em várias capitais do País na véspera, terça-feira 17. A adesão de pessoas aos protestos contra Bolsonaro extrapola a profunda crise econômica na qual o País e o mundo estão atolados. A gota d’água foram as atitudes e declarações dele sobre o novo coronavírus. Enquanto a humanidade inteira se mobiliza para evitar a disseminação do Covid-19, Bolsonaro trata o assunto com descaso e irresponsabilidade. Parece ter contaminado o ministro da Economia, que contrariou as orientações da OMS sobre coronavírus. “Não sou médico, mas os mais velhos devem ficar em casa, os mais jovens, com mais saúde, devem circular, vão trabalhar”, disse Paulo Guedes. O ministro não cogitou, nem sequer, a suspensão dos pagamentos de juros bilionários do governo brasileiro ao sistema bancário, mas autorizou empresas a suspender repasses pertencentes aos trabalhadores. O Presidente seguiu o mesmo caminho: Desconheceu a existência da pandemia mundial; ignorou as recomendações da OMS e do próprio Ministério da Saúde de evitar aglomerações e não só convocou uma manifestação em favor do seu governo e contra o Congresso Nacional e o STF no dia 15 de março, como foi para a rua estimular a balbúrdia pessoalmente. Na rampa do Planalto, cumprimentou mais de 270 populares, seus apoiadores. Mais do que uma irresponsabilidade sanitária, a participação ativa de Bolsonaro pode ser classificada como crime de responsabilidade, segundo o professor de Direito Cons-
ANTONIO CRUZ/ AGÊNCIA BRASIL
Bolsonaro pode responder por crime de responsabilidade, previsto na Constituição
titucional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Alessandro Soares. Além de ele mesmo convocar os atos, usou dinheiro e estrutura públicos para realização de uma manifestação privada. A Secom da Presidência publicou, no site oficial do Poder Executivo, a convocação para o ato. “Ele fere a impessoalidade, o decoro do cargo, a probidade. Não poderia fazer isso”, disse o professor. Bolsonaro estimula a desordem. Fez confluir de vez a crise política com o Congresso Nacional com a chegada da pandemia ao Brasil. No dia 15 de março, data da manifestação de rua, o Distrito Federal e outras capitais já estavam de quarentena determinada pelos seus respectivos governadores. Num desrespeito total a tudo e a todos, o Presidente saiu do isolamento recomendado em razão da possibilidade de estar infectado com o Covid-19 para confraternizar com apoiadores, cena leviana em todas as suas dimensões. Nada surpreendente diante de um homem que retira todo o dinheiro da ciência, defende o terraplanismo, combate as políticas ambientais, educacionais e de saúde públicas e prega a ignorância antiacadêmica. No grupo de WhatsApp dos governadores, a desaprovação foi unânime ao ato público e à forma como Bolsonaro trata o problema da saúde pública e da pandemia. No grupo, alguns governadores citaram a Lei nº 1.079/1950, que pre-
vê os crimes de responsabilidade que podem levar ao impeachment do Presidente da República. O deputado distrital Leandro Grass (Rede-DF) não tardou a entrar com o pedido de impeachment. Em seguida, outros partidos políticos fizeram o mesmo. Mergulhado numa crise econômica aprofundada pela pandemia do Covid-19, o Brasil se vê fragilizado, vulnerável diante de dezenas de irresponsabilidades de seu próprio Presidente. Com o País em franca decadência econômica e social, Bolsonaro continua a atacar os Poderes Legislativo e Judiciário, semeando a desordem social. Analistas políticos afirmam que a manifestação do 15 de março foi uma manobra para tentar segurar a queda de apoio nas redes sociais, que despencou em fevereiro e março. Mas isso pôs em risco a estabilidade de todo o sistema de saúde montado para prevenir a propagação do vírus. Ele também teme perder totalmente o amparo da elite, que lhe apoiou nas eleições, mas já sofre os efeitos da queda das bolsas e dos investimentos. Os arreganhos autoritários são uma ameaça à democracia. O Brasil precisa se recuperar. “Este não é o único Brasil possível”, afirmam os movimentos sociais, que evitaram ir às ruas no dia 18, mas se manifestam pelas redes sociais e com o bater de panelas nas janelas de casas e apartamentos. E eles estão certos.
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INFLAÇÃO – A inflação do DF, medida pelo IPCA, subiu 0,35% em fevereiro, depois de registrar queda de -0,12% em janeiro, segundo o IBGE. Foi o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016 (-0,69%). A taxa brasiliense ficou acima do índice nacional (0,25%). No acumulado do ano, registrou 0,22% e 4,12% em 12 meses. O maior impacto no índice do mês (0,32%) veio do grupo Educação, que registrou a maior variação (4,20%) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados.
Cai, de novo, popularidade de Bolsonaro A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oscilou para baixo, segundo pesquisa do XP/Ipespe, publicada na sexta-feira (20). As avaliações positivas (“ótimo” ou “bom”) chegaram a 30% – um recuo de 4% em relação a fevereiro. O novo índice é o mesmo de setembro do ano passado.
NEGATIVO – As avaliações negativas (“ruim” ou “péssimo”) ficaram em 36%, mesma marca de fevereiro, e 5% abaixo do pico de setembro. O grupo de entrevistados que avalia o governo como “regular” oscilou para cima (31%). A XP/Ipespe ouviu, por telefone, de 16 a 18 de março, 1.000 eleitores de todas as regiões do País.
Sistema S judicializará confisco O Sistema S – Sesc, Senac, Sesi, Senai, Sebrae, Sescoop, Sest, Senat e Senar – não abrirá mão pacificamente de 50% dos recursos 2,5% sobre a Folha de Pagamento das grandes empresas a que, constitucionalmente, tem direito. O confisco foi feito durante 3 meses por meio de Medida Provisória (MP). Mas o Sistema vai reagir. Dirigentes das entidades confirmaram ao Brasília Capital que a questão será judicializada.
PEC – Eles entendem que o corte só pode ser feito por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e não por MP. “Não podemos deixar isto ocorrer sem tomar uma providência”, reiterou o comandante de uma das entidades do Sistema. Esta reação unifica o discurso dos grupos que comandam a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e da Indústria (CNI). As grandes empresas representam 5% do total de empresas do País.
CFM libera telemedicina O Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou, quinta-feira (19), o exercício da telemedicina em caráter excepcional por causa da crise do novo Coronavírus. A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) encaminhou pedido de adoção da me-
ALEXANDRE MOTTA
dida à entidade para reduzir o fluxo de pessoas nas unidades de saúde. As consultas poderão ser feitas por videoconferência.
Entrevista Rodrigo Delmasso VINÍCIUS DE MELO/AGÊNCIA BRASÍLIA
Deputado propõe suspender voos dos EUA e da Europa
V
ice-presidente da Câmara Legislativafaz balanço das iniciativas da Casa para ajudar no combate ao novo coronavírus no DF, critica a Inframerica por não aceitar sua proposta de fechamento temporário do Aeroporto Internacional de Brasília para voos para a Europa e Estados Unidos e faz uma recomendação aos brasilienses: Fiquem em casa. Quais as contribuições da CLDF no combate ao novo Coronavírus? – A Casa aprovou emenda coletiva de R$ 18 milhões dos 24 deputados para o GDF desenvolver ações contra o Covid-19. Aprovamos a redução das alíquotas do ICMS de produtos como álcool em gel, luvas e máscaras médicas, que ajudam a combater a propagação do vírus. Aprovamos PL do deputado Eduardo Pedrosa para multar estabelecimentos comerciais que estiverem praticando preços excessivos de itens importantes ao combate ao Covid-19 e outros abusos contra o consumidor. Como será o funcionamento da Câmara? – Adotamos o ponto facultativo até
a sexta-feira (20) – medida que poderá ser prorrogada – e cancelamos audiências públicas, sessões solenes e o Programa A Câmara Perto de Você. Nosso pessoal ficará em home office. Os deputados irão se reunir para votar matérias urgentes? – Estamos desenvolvendo um sistema para, se for necessário, realizarmos sessões extraordinárias remotas e votarmos projetos de interesse do governo e da população do DF. O senhor propôs o fechamento do Aeroporto de Brasília para voos para a Europa e EUA... – Considero esta uma medida importante para evitar a entrada de pessoas contaminadas em nossa cidade.
Mas a Inframerica deu uma desculpa esfarrapada, dizendo que os aviões trazem, nos porões, fármacos, inclusive para o tratamento da Covid-19. Uma falácia. Todas as cargas procedentes do exterior são descarregadas nos aeroportos de Viracopos (Campinas) e Guarulhos (São Paulo). O que o senhor diria aos brasilienses neste momento? – Fiquem em casa. Tenham paciência, fé e confiança de que esta crise vai passar. Precisamos da solidariedade de todos.
Inframerica responde
Em nota enviada ao Brasília Capital, a Inframérica respondeu que “mais de 63% da movimentação de cargas do Aeroporto JK são de produtos farmacêuticos. Fármacos em geral”. “Todas as decisões e solicitações, especialmente neste momento, devem ser tomadas com muita cautela. Deve ser levado em conta que os produtos farmacêuticos importados e equipamentos hospitalares, por exemplo, chegam ao país nos porões dos voos internacionais, e são distribuídos em voos domésticos. A competência para legislar sobre a infraestrutura aeroportuária é da União. E não há nenhuma decisão. A prestação do serviço aeroportuário e as operações aéreas continuam ocorrendo normalmente. Ressalta que já vem tomando medidas de prevenção e que nesta semana fará parceria com o GDF para novas medidas de prevenção da disseminação do COVID-19 na capital, e, ao mesmo tempo, garantir conforto e segurança para aqueles que passam pelo terminal.
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Ibaneis assume liderança na prevenção do Covid-19 Governador foi o primeiro chefe de Executivo a cancelar aulas e eventos para manter as pessoas em casa Ao contrário do Presidente da República, o governador do Distrito Federal não negligenciou o impacto que o novo coronavírus causaria na saúde da população. Ibaneis Rocha foi o primeiro chefe de Executivo a suspender as aulas nas redes pública e particular, além de eventos e sessões de cinema. E não hesitou em reeditar seguidas vezes o Decreto 40.529, de 14 de março, com mais restrições para a capital do País. Na edição seguinte, determinou o fechamento de shopping centers, zoológico, parques ecológicos, recreativos, urbanos, vivenciais e afins, boates, casas noturnas, atendimento ao público, feiras populares e clubes recreativos. Novas versões do decreto avançaram para o ponto facultativo para servidores do GDF – com algumas exceções para manter o funcionamento mínimo do governo e o atendimento à população diante da pandemia. Entre elas, os servidores da saúde e da segurança Pública e parte da comunicação social. Em seguida, veio a ordem para fechar o atendimento presencial nos bancos públicos. SHOPPING – A ampliação das restrições foi publicada no Diário Oficial do DF, na quarta-feira (18), e entrou em vigor no mesmo dia, com validade de 15 dias. A deliberação ocorreu depois de o DF registrar, segundo dados da Secretaria de Saúde, 34 casos confirmados e 191 em investigação. O decreto amplia as restrições já aplicadas desde a semana passa-
RENATO ALVES/AGÊNCIA BRASÍLIA.
Ponto facultativo para servidores
Ibaneis tem agido com total responsabilidade e sem politicagem na prevenção do Covid-19
da para evitar a proliferação do novo coronavírus. Em nota divulgada no seu site, o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF) comunicou que, a partir de quinta-feira (19) até 30 de abril, os empregados de lojas de shopping não trabalharão. “A decisão foi tomada hoje (18) durante reunião conjunta dos presidentes do Sindicato do Sindivarejista, Edson de Castro, e do Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindicom), Geralda Godinho, obedecendo o decreto do Governador do Distrito Federal”, informa a nota. A medida visa à preservação da saúde dos comerciários, lojistas e consumidores, considerando os efeitos do Covid-19. Os dois sindicatos emitiram nota depois de assinatura de Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho abordando a suspensão temporária do trabalho até o fim de abril.
Na mesma edição do DODF, Ibaneis revogou o ponto facultativo para trabalhadores do SLU, do DF Legal, da Receita do DF e da assistência social. Já estavam excluídos da medida, servidores da segurança, da saúde e da comunicação. Para o restante do funcionalismo, o ponto facultativo foi mantido até sexta-feira (20), com possibilidade de prorrogação. O decreto determina ainda que trabalhem em regime de home office os servidores que estejam acometidos por febre ou sintomas respiratórios relacionados ao Covid-19; tenham retornado de viagem internacional, durante o período de 14 dias, contado da data do retorno; idosos acima de 60 anos, imunossuprimidos, gestantes e lactantes; aqueles que estão em convívio com familiar diagnosticado com o Covid-19. Se
não puderem realizar as atividades de casa, esses servidores terão as faltas abonadas. MUDANÇAS – A pandemia desencadeou uma série de mudanças na capital. Na segunda-feira (16), o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, pediu demissão. Foi substituído pelo diretor do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF), Francisco Araújo. Okumoto agora dirige o Hemocentro. A Câmara Legislativa aprovou a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de itens como álcool em gel, luvas e máscaras hospitalares. A Casa também aprovou uma proposta que prevê punição para aumento de preços, sem justificativa, de produtos que combatem o coronavírus. A CLDF e o GDF autorizaram o teletrabalho ao funcionalismo público.
FECHADO
ABERTO
- Eventos de qualquer natureza - Cinemas e teatros - Aulas em escolas, universidades e faculdades, das redes pública e privada - Creches - Academias esportivas - Campeonatos em geral - Museus - Zoológico - Parques em geral - Boates e casas noturnas - Shopping centers, feiras populares e clubes recreativos - Agências bancárias e cooperativas de crédito públicas e privadas - Cultos e missas de qualquer credo ou religião - Estabelecimentos comerciais em geral - Bares e restaurantes (restaurantes podem optar pelo funcionamento para delivery e retirada no estabelecimento) - Lojas de conveniências e afins - Salões de beleza
- Nos shopping centers: laboratórios, clínicas de saúde, farmácias e serviços delivery - Bancos, para atendimentos referentes aos programas de apoio contra os efeitos do novo coronavírus e os atendimentos para pessoas com doenças graves - Clínicas médicas - Laboratórios - Farmácias - Supermercados - Lojas de materiais de construção e produtos para casa, atacadistas e varejistas - Minimercados - Mercearias e afins - Padarias - Açougues - Peixarias - Postos de combustíveis - Operações de delivery
CORONAVÍRUS
O que o GDF está fazendo: • O GDF tomou medidas duras para conter o avanço da doença. • Foi o primeiro a suspender aulas, eventos e sessões de cinema. • Isolou áreas nos hospitais da rede pública para atender os pacientes. • Contratou 330 médicos e enfermeiros, abriu 70 novos leitos de UTI, adquiriu 200 aparelhos respiratórios e mais medicamentos. • Reduziu impostos para álcool gel, máscaras e outros equipamentos de prevenção. • Disponibilizou no aeroporto estrutura de atendimento pronta para detectar casos suspeitos. • Colocou equipes do corpo de bombeiros para vistoriar voos e locais de grande circulação.
O que você precisa fazer: Lave as mãos com frequência usando água e sabão. E higienize com álcool gel 70%.
Ao cumprimentar alguém, evite dar as mãos ou trocar beijos.
Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas e fique em casa até melhorar.
Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.
Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
Evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Ao tocar, lave sempre as mãos com água e sabão.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS?
O coronavírus (Covid-19) é similar a uma gripe. Geralmente é uma doença leve a moderada, mas os idosos, pessoas com baixa imunidade ou com doenças preexistentes têm mais chance de desenvolver um quadro grave da doença. Os sintomas mais comuns são:
FEBRE
TOSSE
DIFICULDADE PARA RESPIRAR
Evite aglomerações e mantenha os ambientes ventilados.
COMO O CORONAVÍRUS (COVID-19) É TRANSMITIDO? A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo (cerca de 2 metros), por meio de:
Espirros ou gotículas de saliva
Tosse
Contato com objetos ou superfícies contaminadas
Toque ou aperto de mãos
Catarro
Em casos suspeitos, o GDF disponibiliza equipes volantes para fazer o exame onde a pessoa estiver. Caso você tenha os sintomas, ligue para 190, 193 ou 199.
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Caesb garante água para medidas emergenciais FOTOS: MARCO PEIXOTO/CAESB
Reservatórios do DF estão abastecidos. População não terá dificuldades em cumprir recomendações de higiene Orlando Pontes A prevenção ao novo coronavírus passa pela higiene da população. Médicos e autoridades de saúde são unânimes em apontar que lavar as mãos várias vezes ao dia, tomar banho, higienizar adequadamente alimentos e utensílios domésticos, além de roupas e calçados são medidas cruciais para controlar a propagação do Covid-19. Tudo isso depende da disponibilização de água tratada para as pessoas. No Distrito Federal, a Companha de Saneamento Ambiental (Caesb) garante que está preparada para manter o abastecimento e assegurar que todos possam seguir as orientações dos especialistas, desde a lavagem de mãos até a limpeza de ambientes e objetos. Para suprir o aumento da demanda, o presidente da empresa, Da-
DF tem 12 Estações de Tratamento de Água.Todos os reservatórios estão com capacidade máxima
niel Rossiter, diz que foi fundamental o “fôlego financeiro de caixa” que a Caesb conseguiu em 2019, ao manter o atendimento de qualidade à população. “Conquistamos resultados positivos, tanto financeiros quanto de serviços prestados aos cidadãos. Temos muito a avançar, mas estamos no caminho certo”, ressaltou Rossiter, que assumiu o cargo em agosto do ano passado.
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Entrevista Vladimir Puntel Ferreira O tratamento da nossa água pode ser considerado avançado? – Estamos muito próximos da universalização do abastecimento de água. 100% do esgoto coletado é tratado antes do lançamento nos corpos receptores. Isso repercute em mais saúde e qualidade de vida para todos.
DF está perto de universalizar abastecimento de água
E
m comemoração ao Dia Mundial da Água (22 de março), vídeos de projetos desenvolvidos e executados pelos técnicos da Caesb serão divulgados no canal do YouTube da empresa. Para saber mais sobre o tratamento e a qualidade da água no DF, o Brasília Capital entrevistou o assessor de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Vladimir Puntel Ferreira (foto). Ele destaca que a Caesb começa 2020 com capacidade máxima em seus reservatórios e garante que o ano será de abastecimento regular em todo o DF, em especial com a entrega de obras em andamento. Para comemorar o Dia Mundial da Água, a área técnica realizará ações, além de orientações para o uso consciente da água.
Como a Caesb garante a qualidade da água usada no DF? – A água daqui é produzida em bacias hidrográficas de mananciais localizados em unidades de conservação e em Áreas de Proteção de Mananciais. A Caesb garante a proteção e conservação dos mananciais ao fazer a gestão dessas bacias. Equipes realizam vistorias regulares para identificar alterações no uso do solo que possam prejudicar a qualidade e a quantidade de água captada. E quem controla as atividades da Caesb? – Relatórios são enviados aos órgãos de meio ambiente (ICMBio, Ibram), de regulação (Adasa)
ou à Delegacia do Meio Ambiente para providências. A Caesb monitora a qualidade (Laboratório Central) e a quantidade (Hidrologia) da água captada. Os dados embasam projetos de saneamento, de implantação de sistemas de abastecimento ou de coleta e tratamento de esgoto. Qual estrutura da Caesb para produção dessa água e o que tem sido feito para melhorá-la? – O DF dispõe de 12 Estações de Tratamento de Água que garantem a qualidade da água distribuída à população por meio de uma rede de 9,3 mil km de extensão. No ano passado, foram instalados 12.195 novos pontos – o total é de mais de 686 mil.
Como a Caesb lidou com a crise hídrica de 2017? – Ela foi pioneira no Brasil ao implantar um sistema de captação e tratamento de água por ultrafiltração com utilização de membranas, que garantiu o fornecimento contínuo de qualidade à população. Essa Estação de Tratamento está localizada no Lago Paranoá, o primeiro lago tropical do mundo recuperado após melhorias operacionais nas Estações de Tratamento de Esgotos instaladas próximo ao espelho d´água. Portanto, o tratamento de água oferecido à população do DF é avançado, assim como o sistema de esgotamento sanitário. O que é Expresso Ambiental? – É uma oportunidade de a população conhecer o ciclo do saneamento, desde a captação da água, tratamento, distribuição, coleta e tratamento dos esgotos, até o lançamento dos efluentes em um corpo hídrico. Foi instalada uma maquete de 6m em um ônibus. Também são exibidos vídeos que abordam o saneamento, além de informações dos educadores ambientais da empresa. Qual a mensagem no Dia Mundial da Água? – A água é um bem finito. Dependendo da forma como tratamos o meio ambiente, sua existência pode ser de curta duração. Isto serve para que cada um de nós reflita sobre os hábitos, atitudes e ações que repercutem em nosso ambiente. Façamos as seguintes perguntas: Que planeta vamos deixar para nossos filhos e netos? Melhor ou pior do que quando o recebemos?
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Brasília Por Chico Sant’Anna
Projeto do VLT pronto para ser apresentado TONY WINSTOM/AGÊNCIA BRASÍLIA
Sem dinheiro, GDF opta por PPP para implantar sistema orçado em R$ 2,4 bilhões Se o coronavírus não atrapalhar, dia 27 (sexta-feira), a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) apresentará, em audiência pública, o projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho do Aeroporto ao final da Asa Norte, passando pela Avenida W-3 Sul e Norte. O projeto revitalizará a W-3 e solucionará, parcialmente, os graves problemas de mobilidade urbana de Brasília. Desde a gestão Arruda, o GDF perdeu inúmeras oportunidades de contar com recursos federais para a obra. Durante o governo Lula, verbas de R$ 1,2 bilhão foram dispo-
VLT circulará pela faixa da esquerda. Ônibus sairão da W-3. Proposta evita retirada de árvores
nibilizadas no Programa de Acelaração do Crescimento (PAC) para a execução do trecho do Aeroporto à Estação Sul do Metrô e para ampliar em 7 km da linha do Metrô até o Setor O, da Ceilândia; à Expansão de Samambaia e do trecho até o início da Asa Norte. Depois, no PAC da Mobilidade e, por último, no Legado da Copa (governo Dilma Roussef). Porém, nem as gestões Agnelo Queiroz, Rogério Rosso e Rodrigo
Rollemberg produziram os projetos técnicos necessários para a liberação dos repasses. Nos governos Temer e Bolsonaro, recursos para esses fins deixaram de existir. MODELO – Sem dinheiro, Ibaneis opta, agora, pela Parceria Público-Privada (PPP) para implantar o sistema. O itinerário é maior do que o previsto em 2009 e tem mais estações. Em 2019, foi encomendado um projeto técnico
e o modelo de negócio pelo qual a iniciativa privada arcaria pela implantação do sistema e seria sua gestora. Nove grupos pediram para participar da elaboração de projetos do VLT, cinco foram habilitados, mas só o consórcio formado pela Viação Piracicabana – empresa de ônibus em nome de filhos de Nenê Constantino, dono do grupo Gol e pai de Auristela e Cristiane, fundadoras da Viação Pioneira – associada à empreiteira Serveng Civilsan (citada na Lava Jato) e mais três empresas, apresentaram a proposta que vai à audiência pública.
Operadores ainda serão licitados Tecnicamente, não está definido quem vai implantar e operar o sistema. Isso será alvo de uma segunda licitação, que terá como valor máximo mensal R$ 19,9 milhões. Quem apresentar o maior desconto sobre esse valor assume a responsabilidade de implantar e gerenciar o sistema. A fiscalização será da Companhia do Metrô. Os valores são calculados com base na tarifa de 2019 (R$ 3,50), mas, talvez, venham a ser alterados, devido à majoração do transporte coleti-
vo para R$ 3,80. Os valores a serem desembolsados pelo GDF poderão variar também em ração da rentabilidade prevista para os instrumentos de receita não tarifária (locação de quiosques, propaganda nos bondes e nas estações etc.), além do uso de imóveis já existentes ao longo da linha e dos que surgirão. ETAPAS – O projeto do consórcio tem na primeira fase a ligação da estação garagem, na Hípica, ao
Terminal da Asa Norte, perto da antiga sede da Câmara Legislativa. A segunda fase ligará o Aeroporto ao Terminal da Asa Sul, onde fará a integração com o Metrô e ônibus. A proposta prevê uma estação de integração com o BRT-Sul, no Balão do Aeroporto, e outra no Jardim Zoológico. Uma terceira fase, na Asa Norte, compreende a ligação das vias W-3 e Epia Norte. O GDF almeja licitar ainda neste ano para que em 2022, ano de
eleições, a etapa 1 esteja em operação, transportando 103 mil passageiros/dia. A partir de 2024, entraria em operação a etapa 2 (mais 20 mil passageiros/dia). CUSTOS – O orçamento prevê gastos, a valores de 2019, de R$ 2,4 bilhões (R$ 852 milhões com obras de instalação e R$ 664 milhões nos equipamentos rodantes (bondes, dotados de sistema internos de câmera de segurança).
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Eletrificação aérea causará polêmica
Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com
ILUSTRAÇÕES: DIVULGAÇÃO
Maquetes mostram como serão as estações do Metrô e do VLT e os espaços para serviços
Ramblas do Cerrado A palavra Rambla tem origem no árabe. Significa leito do rio seco. Mas o vínculo maior é com Las Ramblas, de Barcelona, na Catalunha. Trata-se de uma avenida larga e longa, com grande movimentação de pedestres, que liga a Praça da Catalunha ao Porto Velho, na Cidade Velha. Brasília agora poderá contar com a sua Ramblas. Prevê-se transformar o canteiro central, hoje utilizado como estacionamento, em algumas quadras, num calçadão de 7 km de extensão de cada Asa do Plano Piloto. Nele, além das estações do VLT, seriam instalados quiosques para bancas de jornais, lanches, pequenas conveniências, bicicletários. A receita da locação de alguns desses equipamentos se destinaria ao custeio do VLT. Bicicletários deverão ser
instalados nas estações – não está prevista a instalação de banheiros públicos – e propõe-se a construção de novas ciclovias, fazendo a ligação transversal da Avenida W-3 às Superquadras até o Eixinho Oeste. Em relação às Quadras 700 e 900, a Semob avaliou que não ficou clara a solução proposta, no que se refere a passeios públicos e ciclovias. É possível que sejam construídas algumas passagens subterrâneas na W-3. ÁRVORES E FIOS – No passado, cogitou-se usar a lateral das Quadras 700 para instalar as vias. A proximidade com as casas e a necessidade de se retirar as árvores incomodavam muita gente, principalmente os ambientalistas. A ideia, agora, é usar a terceira faixa da esquerda – em am-
bos os sentidos – como leito dos bondes. A avenida passaria a contar com apenas duas faixas em cada lado, mas os ônibus deixariam de por lá circular. Essa proposta levantou duas dúvidas ainda a serem sanadas pelos técnicos da Semob: o impacto financeiro na queda da receita do sistema de ônibus, com a retirada das linhas da W-3, e quanto aos reflexos sobre o trânsito de veículos e nas moradias adjacentes. Ali é um dos trechos mais rentáveis do sistema de ônibus. Quem vier de ônibus de fora do Plano terá que fazer a baldeação na estação Sul ou Norte. Quanto ao trânsito, acreditamos que haverá pouca interferência, pois hoje, com a faixa exclusiva dos ônibus, os carros só dispõem de duas faixas de rolamento
Uma nova polêmica, contudo, vai surgir, devendo inclusive contar com a oposição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os VLT são veículos elétricos. O projeto prevê o uso de eletrificação aérea (catenária) e não subterrânea. Aos longo do trajeto haveria uma rede elétrica aérea de quase 33 quilômetros. A eletrificação aérea é bem mais barata do que a enterrada. Entretanto, os projetistas alegam que a medida se faz necessária em face dos constantes alagamentos que ocorrem na Asa Norte. Este é um ponto bastante negativo na proposta. REVITALIZAÇÃO – O projeto estima que a implantação do VLT dará novo impulso comercial à W-3, avaliando que o crescimento da abertura de novas lojas será da ordem de 30%, gerando 72.500 novos empregos. O desemprego no DF, hoje, ultrapassa a casa das 300 mil pessoas. Para o GDF, ainda deve representar uma receita em impostos da ordem de R$ 58,5 milhões/ano. O consórcio ainda aponta como vantagens econômicas para o Poder Público a redução de gastos na recuperação das vias – principalmente na faixa dos ônibus – e redução de despesas da rede de saúde, com um menor número de acidentes de trânsito. Não menciona a melhoria na qualidade do ar, o que também deve trazer benefícios à rede de saúde pública. O próximo passo, depois da audiência pública, é a submissão do projeto à avaliação do Tribunal de Contas do DF (TCDF). Antes, porém, os estudos devem ser revistos para incorporar as sugestões recebidas na audiência e consultas públicas. Estima-se que o envio ao TCDF ocorra dentro de 30 a 60 dias após o término da Consulta Pública, dependendo da quantidade de sugestões recebidas. Contados a partir do início das obras, serão necessários 30 meses para início da operação comercial do VLT.
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Isolamento social e combate ao coronavírus
U
ma coisa deve ficar clara em relação à pandemia do coronavírus: O isolamento social recomendado não significa que é cada um por si. Pelo contrário, o momento é de solidariedade e preocupação com o próximo, especialmente com os que são mais suscetíveis a desenvolver quadros graves da doença. A grande questão não é, em si, se proteger do contágio, mas proteger essas pessoas. Estamos todos juntos nesse barco, independentemente das coisas que nos distanciam social ou ideologicamente. É uma lição que todos temos de aprender. E rápido. Indo a uma drogaria na 406 Sul na tarde da última quarta-feira (18), encontrei um conhecido que, por descuido, apertou minha mão depois de cobrir a boca com a mão ao tossir – algo com que temos de tomar mais cuidados nestes dias. Entrando na loja, pedi álcool gel para higienizar as mãos e recebi uma negativa da gerente. “É apenas para os funcionários”, ela disse. Pedi para falar com a farmacêutica e logo apareceu al-
guém que me ofereceu álcool 70% – o que talvez não ocorresse com alguém que não questionasse. O que se vê nisso é que empresas e a própria população não estão prestando a devida atenção às informações e/ou não estão agindo com a reponsabilidade nem com a empatia necessárias nesse momento de combate ao coronavírus. Isolamento social não significa individualismo. É uma atitude de respeito e consideração com as pessoas que nos cercam e a sociedade como um todo. Não vamos confundir as coisas! Ao governo, cabe tomar as medidas para que, além da pandemia, os efeitos sobre a economia não inviabilizem as famílias e empresas. Também tem responsabilidade de dar condição de trabalho e de segurança aos profissionais de saúde que atuam na ponta da assistência à população. O momento atual demonstra que o serviço público e o sistema de proteção social estatal são indispensáveis. As empresas devem dar o suporte possível aos seus empregados e não cometer abusos contra
o consumidor. Infelizmente, estamos vendo a prática de aumento injustificado de preços por parte de várias delas – o que deve ser denunciado pela população e combatido pelas autoridades. As pessoas devem ter consciência de que ninguém vai ficar ileso se não tivermos cuidado coletivo – o que significa, inclusive, reponsabilidade no consumo: Não tem estoque de álcool gel ou de papel higiênico que proteja alguém que está cercado de semelhantes em situação de risco. Deve-se restringir a circulação em locais públicos ao necessário e os cuidados de higiene, o distanciamento entre as pessoas e as orientações médicas e das autoridades sanitárias devem ser observados com atenção. As pessoas também devem ter muito cuidado com o que ouvem e leem nos noticiários e nas mídias sociais. É indispensável procurar confirmação para não promover o medo nem criar expectativas falsas em relação à cura ou à suspensão das medidas de proteção que estão sendo adotadas.
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
Vamos aproveitar deste momento as lições que podem nos colocar em uma situação melhor em um futuro breve. Estamos entrando na fase de isolamento social, mas ninguém está sozinho. Vamos superar esse momento crítico juntos e solidários. Nosso compromisso é com a vida.
O Covid-19 e a flexibilização das rotinas trabalhistas Cláudio Sampaio (*) Novos desafios surgem com a chegada do Covid-19 ao Brasil. O novo coronavírus que tem provocado justa preocupação do Ministério da Saúde, do Governo do Distrito Federal e da sociedade civil, com foco em minorar a propagação da doença, nefasta humanitariamente, e o consequente colapso das redes pública e privada de saúde. Nesse contexto, revela-se imprescindível a drástica redução das rotinas sociais, no que se incluem as práticas trabalhistas, já que, nos ambientes laborais tradicionais, aumenta-se, de modo exponencial, o risco de contágio. Em algumas atividades, é possível a utilização do “home offi-
BRASÍLIA CAPITAL
ce”, previsto e qualificado na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) como “teletrabalho”. Basta, para tanto, a celebração de um aditivo ao contrato de trabalho, com a definição de metas, critérios e responsabilidades. No entanto, em ofícios nos quais se faz necessária a presença física do trabalhador, têm se avolumado as dúvidas dos empresários conscientes sobre formas seguras e viáveis juridicamente para preservar seus funcionários. Algumas soluções começam a ser implantadas, na tentativa de
encontrar um meio termo entre as essenciais proteção dos trabalhadores e a manutenção do mínimo existencial para a atividade econômica. Entre essas medidas, estão a redução de dias de trabalho, a mudança dos horários de entrada e saída, visando a diminuir as chances de contágio no transporte público, além da imediata concessão de férias, de modo compatível com os artigos 444 e 611-A da CLT, os quais abriram alguns caminhos para a flexibilização de rotinas trabalhistas. De todo modo, é fundamental, por razões de transparência e de segurança jurídica para as partes, que tais ajustes entre patrões e empregados sejam formalizados por meio de instrumentos
por escrito, como aditivos (aos contratos de trabalho), termos de ajuste e, quando for necessário, acordos coletivos (entre empresas e sindicatos). Como a lei trabalhista, com as recentes modernizações, inaugurou uma época na qual se busca mais maturidade e confiança nas relações laborais, espera-se que o Judiciário e o Ministério Público também sejam – caso se faça necessária a análise das hipóteses em comento – sensíveis ao reconhecer o cabimento e a validade das iniciativas patronais que visem a preservar o emprego e a saúde dos obreiros. (*) Advogado especializado em Direito do Trabalho, sócio da Sampaio Pinto Advogados claudio.sampaio@sampaiopinto.adv.br
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ESPÍRITA
José Matos Carma e epidemia Sempre que o homem acumula desequilíbrio, atrai o justiceiro para restabelecer a normalidade “E no fim dos tempos haverá fome, peste e guerra como nunca houve na Terra”. Profecia prevista para ser cumprida neste século, segundo os médiuns Divaldo Franco e Roger Bottini, devido à contabilidade negativa acumulada pelo homem – o carma dos Indus. Sempre que o homem acumula desequilíbrio, atrai o justiceiro
para restabelecer a normalidade, até que se evangelize e cumpra as Leis de Progresso e de Solidariedade. Não se trata de castigo de Deus; trata-se de cumprimento natural da Lei de Harmonia. Segundo conhecido Provérbio Aborígene, “somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos aqui só de passagem. O nosso obje-
tivo é observar, crescer, amar e depois voltar para casa”. É claro que só podemos voltar para casa quando aprendermos a amar. As doenças, epidemias e fenômenos devastadores da natureza são instrumentos da Justiça Divina, mas também são avisos aos governantes e à população para a tomada de providências. Inúmeras vezes, a humanidade foi surpreendida com epidemias e as venceu com remédios, vacinas, saneamento, água tratada e melhores condições de higiene e de vida. Agora não será diferente. Com o aumento da população e a necessidade de novas terras, o homem entrará em contato com hospedeiros de novos vírus e bactérias e novas doenças e epidemias virão. Tudo previsto pelos Senhores do Carma ou governo oculto do mundo, que preside os destinos da humanidade.
DIVULGAÇÃO
NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Cuidados no preparo dos alimentos e em restaurantes Utilizar material descartável, disponibilizar talheres embalados individualmente, manter boa circulação de ar com janelas e portas abertas A pandemia do novo coronavírus mudou, totalmente, nossa rotina. Volto a falar sobre o tema, mas agora com o olhar voltado para o cuidado no preparo e na distribuição de refeições em restaurantes (enquanto eles estiverem abertos).
TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA
A contaminação do Covid-19 se dá pelas vias aéreas – boca, garganta, nariz e olhos. E a transmissão ocorre, especialmente, pelas mãos. Nesse caso, a higienização correta das mãos é fundamental para que não nos tornemos vetores de sua propagação.
Água e sabão são grandes aliados. O álcool gel 70% é mais eficaz após uma higiene satisfatória com água e sabão. Evitar restaurantes self-service nesse momento pode ser uma estratégia. Mas, tanto em restaurantes como em casa, é importante evitar jogos americanos nas mesas ou
O governo oculto do mundo, segundo os espíritas, é presidido por Cristo, preposto de Deus, e nada acontece sem a permissão de Deus e sem que haja carma a ser resgatado. É em virtude dessa confiança que o medium e pesquisador Waldo Vieira, impressionado com a tranquilidade dos grandes espíritos, os rotulou de “Serenões”. “Vocês são sempre alegres assim?, interrogou o jornalista Silveira Sampaio a grandes espíritos no Além. “Sim”, responderam. E como vocês conseguem?, interrogou novamente. “Confiando que Deus sempre age para melhor”, responderam. Então, confie você também. Deus sempre age para melhor!
José Matos Professor e palestrante
utensílios que demandem maiores cuidados de higienização. Recomendações para os restaurantes já foram publicadas em notas especificas pelo sistema dos Conselhos Federal e Regional de Nutricionistas: utilizar material descartável nas refeições, como copos e disponibilizar talheres embalados individualmente, bem como manter boa circulação e renovação de ar nos locais de distribuição de refeições. É fundamental manter portas e janelas abertas, limitar o acesso ao restaurante e controlar o número de assentos disponíveis para que não se formem filas e aglomerações. Todo cuidado é pouco. E se você pode ficar em casa, faça a sua parte!
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF
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CANDANGÃO
Jogos em CT definem classificação TWITTER DO GAMA
Campeonato está suspenso por tempo indeterminado devido ao coronavírus Gustavo Pontes Após muitas mudanças de datas e locais, os jogos da última rodada do Candangão foram realizados na quarta-feira (18). As partidas que seriam disputadas em estádios, com portões fechados, foram transferidas para os Centros de Treinamento (CT) dos clubes, para cumprir determinação do governador Ibaneis Rocha, que proibiu jogos em estádios do GDF. Mesmo com a medida, a Federação de Futebol do DF manteve as partidas e autorizou que alguns clubes realizassem os jogos em seus CT. Jogando no Ninho do Periquito, o Gama saiu atrás contra o Formosa. mas se recuperou e virou o placar com gols de Emerson, Luquinhas e Esquerdinha: 3 a 1. No CT do Jacaré, o Brasiliense não tomou conhecimento do já rebaixado Paranoá e goleou
um estádio no DF, o Capital recebeu o Sobradinho no Mané Garrincha e o primeiro gol só saiu no fim da primeira etapa. Mas construiu a goleada com mais três gols no segundo tempo. O Capital ficou em sexto lugar e o Sobradinho em oitavo, ambos classificados para a próxima fase.
Classificação da primeira fase No CT Ninho do Periquito, o Gama saiu atrás mas virou o placar sobre o Formosa: 3 a 1
por 8 a 0, com direito a hat-trick do artilheiro Zé Love. O jacaré empatou em número de pontos e saldo de gols com o Gama. Caso o Alviverde perca para o Real Brasília em jogo atrasado da 10ª rodada, ainda sem data definida para acontecer, o Brasiliense assume a liderança. No CT do Leão do Planalto aconteceu o melhor jogo da rodada: Vitória de 3 a 2 do Real Brasília sobre o Taguatinga. William Chrispim marcou duas vezes e Davi Ceará fez o outro gol que garantiu a terceira posição para o Aurianil. O
Taguatinga ficou em 5º lugar. Em Minas Gerais, o Unaí jogou no estádio Urbano Adjuto. Diante do rebaixado Ceilandense e ainda sonhando com uma vaga na próxima fase, o time mineiro venceu por 5 a 0. Mesmo com o placar elástico, o Unaí está eliminado do Candangão 2020. No Serra do Lago, o Luziânia precisava da vitória para se classificar e recebeu um Ceilândia com remotas chances. O time da casa venceu por 4 a 0 e se classificou na 7ª posição. No único jogo realizado em
1º Gama – 28 pontos 2º Brasiliense – 28 pontos 3º Real Brasília – 23 pontos 4º Formosa – 19 pontos 5º Taguatinga – 18 pontos 6º Capital* – 15 pontos 7º Luziânia – 14 pontos 8º Sobradinho – 13 pontos 9º Unaí – 11 pontos 10º Ceilândia – 8 pontos 11º Ceilandense – 3 pontos 12º Paranoá – 1 ponto *O Capital será julgado por escalação irregular e pode perder pontos * Gama e Real Brasília ainda não jogaram pela 10 rodada. Caso o alviverde perca esse jogo, pode ser ultrapassado pelo Brasiliense em saldo de gols. Situação parcial das quartas de final Gama* x Sobradinho Brasiliense* x Luziânia Real Brasília x Capital* Formosa x Taguatinga
Brasília Vôlei conquista acesso à elite nacional Não foi do jeito que todos queriam, mas o Brasília Vôlei está de volta à elite do voleibol feminino. A Confederação Brasileira de Voleibol, em comum acordo com os clubes, deci-
diu, quarta-feira (18), encerrar, antecipadamente, a Superliga por causa da pandemia do Covid-19. O Brasília liderava a competição com 100% de aproveitamento – sete vitórias em
sete jogos, mas, apesar do acesso e da liderança, não será declarada campeã. O Itajaí também obteve o acesso. MASCULINO – O Brasília Vôlei/
Upis, que disputou a Superliga B masculina, não conseguiu o acesso. O time terminou a primeira fase na quarta colocação. Guarulhos e Uberlândia sobem para a elite.