THIAGO OLIVEIRA
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Rollemberg faz compromissos com o setor produtivo Governador participa de sabatinas na Fecomércio e na Fibra, faz balanço de sua gestão e promessas para o próximo governo. Ele ainda critica ausência de Ibaneis Rocha. Ano VIII - 385
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Brasília, 20 a 26 de outubro de 2018
Entrevista Ibaneis Rocha
JÚLIO PONTES
“O DF quer o novo” Há exatamente um ano, o ex-presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha (foto), concedeu ao Brasília Capital a primeira entrevista a um veículo de comunicação como pré-candidato ao GDF. Ele não era filiado a partido político e apresentava-se como outsider. Na terça-feira (16), ele recebeu novamente nossa reportagem como vencedor do primeiro turno e líder nas pesquisas do segundo turno para o Buriti, com 75% das intenções de voto contra 25% de Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição. “Todo mundo sabia que o DF queria o novo”, diz ele, que, se eleito, proporá um “pacto de união por Brasília”. Páginas 7, 8 e 9
Antipetismo é infantilidade política. Ou esperteza
Abusos no WhatsApp podem derrubar Bolsonaro
Brasília será a capital dos eSports
Jornalista Milton Saldanha, crítico de Lula e dos erros cometidos pelo PT, afirma que “apostar no fascismo bolsonarista é, no mínimo, regressão mental”.
Presidenciável pode ter a candidatura impugnada. TSE apura denúncia de que empresas investiram R$ 12 milhões para impulsionar mensagens dele em redes sociais.
De 7 a 11 de novembro, acontece no Centro de Convenções, a GameCon, que reunirá os principais nomes dos jogos eletrônicos do País
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Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 20 a 26 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br
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ARTIGO x p e d i e n t e
Antipetismo é infantilidade política. Ou esperteza Milton Saldanha (*)
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br
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ara começar, tenho em meu arquivo uma coleção de artigos que escrevi criticando o PT e Lula. E não acredito na inocência deste último, que conheço desde os tempos do sindicalismo no ABC. Logo, não me venham com histerismos e adjetivos, nem da direita nem da esquerda. Acompanho a política brasileira desde 1954, sob o impacto do suicídio de Vargas. Leio e estudo muito desde então. Não será um garoto mal formado numa faculdade que vende diplomas que me dará aulas de política. Para isso busco os livros que valem a pena. Apostar no fascismo bolsonarista, que se apresenta com as mais primitivas propostas, tipo armar a população, é no mínimo uma regressão mental. Mais ainda quando baseada num antipetismo sem reflexão. Ora, o PT roubou e deixou roubar, como parte do acordo com a direita no período Lula. Bolsonaro estava lá: foi durante 12 anos de um partido que integrava a base aliada. Esqueceram ou não sabiam? Em que dia e hora, o “honesto” apontou alguma irregularidade? Ou contra Cabral, do PMDB, que saqueava o Rio de Janeiro? Ele não estava preocupado com isso. Cuidava de ajeitar os filhos na política, educando-os para a truculência, e tratando dos negócios da família no Vale do Ribeira, onde tem mais de 40 empresas, como apontou a revista Época, do grupo Globo, que ninguém ousará chamar de comunista. Como alguém consegue isso
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nBatalha judicial Eu acho que nem deveria existir coeficiente eleitoral. Os caras com votação insignificante vão representar a população. Enquanto candidatos com votação expressiva ficam de fora. Votamos em candidatos e não em partidos. Marcelo Soares de Albu-
querque, via Facebook Peço a Deus que faça justiça para Luzia de Paula! Francisca Ambrósio, via bsbcapital.com.br Que bagunça! Cláudio Del Menezzi, via Facebook Que matéria top! Parabéns! Victor Gabriel, via Instagram Sobre matéria que reve-
só com proventos de capitão da reserva e parlamentares? A conta não fecha. Antes da fundação do PT, em 1980, tanto a elite da direita como os chamados governos populares, há um século já roubavam os cofres públicos. Mas sempre empunhando o discurso moralista em vésperas de eleições. Nada disso é novidade. Jânio e Collor usaram a tática com êxito. Nenhum terminou o mandato. Portanto, nada disso nasceu com o PT. Começa com Cabral, quando aqui aportou subornando os índios com espelhinhos. Em 1963, João Goulart colocou o íntegro general Osvino Ferreira Alves na presidência da Petrobrás com a missão de coibir a corrupção. O problema não começou com FHC ou Lula, e nunca foi a estatal e sua função estratégica, e sim a má-gestão. E quem acha que na ditadura não se roubava merece um pirulito e um chocalho de presente, além do troféu ingenuidade. Apontem um único partido, na História do Brasil, que não tenha se lambuzado em todo tipo de falcatrua, a começar pelo emprego de parentes como funcionários fantasmas. Aécio Neves tinha 18 anos, passava as tardes jogando vôlei em Ipanema, no Rio, mas já estava na folha de pagamento do Congresso, como assessor parlamentar do avô, Tancredo. Certamente com sua mesa de trabalho nas areias da praia. É o mesmo Aécio que deixou viúvas traídas, hoje bolsonaristas. Não santifico nem esconjuro o PT. Mas desconhecer o que fez de bom no plano social seria leviandade. Como é falta de caráter dos empresários que ganharam muito dinheiro com renúncias fiscais nos
governos Lula e Dilma e hoje criticam com a maior cara de pau. Por que não criticavam quando estavam se dando bem? Quero, com isso, apenas dizer que o PT sempre foi um partido como outro qualquer. Não é o demônio encarnado, e que, debelado, transforma o Brasil num paraíso de vestais. É o que temos na política brasileira. Em nada diferente do PMDB, PSDB, PP (onde estava Bolsonaro, dividindo o banco com Cunha e Maluf). O mesmo PP campeão de inquéritos na Lava Jato. Bolsonaro só não entrou na lista, como ele mesmo disse na Globo News, porque era do baixo clero, ao qual ninguém dava a mínima atenção, nem mesmo para subornar. Jogar o Brasil no fascismo imprevisível, com um vice que desconhece a Constituição e quer extirpar até o 13º salário, do pouco que resta ao trabalhador, é uma irresponsabilidade. Por mais que tenha defeitos, o PT jamais levantaria um questionamento tão cretino. Por mais que tenha defeitos, o PT jamais faria apologia da tortura, e isso não é irrelevante: um presidente exerce um grande poder policial-militar delegado pela Constituição, como chefe supremo das Forças Armadas. Não há antipetismo que justifique isso. É infantilidade política, para uns. Manipulação, para outros. Ou esperteza oportunista.
(*) Jornalista, 73 anos, nasceu em São Luiz Gonzaga (RS), filho de um oficial do Exército, morou e estudou em diferentes cidades do estado e do RJ, vive em SP desde 1969
a r t a s
lou ponto de vista do advogado Paulo Goyaz sobre a contagem dos votos proporcionais. Segundo sua interpretação, cinco deputados distritais e três federais da bancada do DF seriam alterados. A matéria repercutiu em diversos veículos ao longo da semana. nSegundo turno
A credibilidade e a experiência do Orlando Pontes dizem tudo! Parabéns pelo trabalho sério com informação de qualidade! Cláudio Caxito, via Facebook Ninguém sabe quem representa o novo! Adelina Alves dos Santos, via Facebook Levando-se em conta a atual realidade, chegou a hora de trocarmos, junto
com os políticos, o povo. José Antônio de Lima Bueno, via bsbcapital.com.br Sobre manchete da edição 384 que perguntou “Quem representa a nova política?” levando em consideração os candidatos Ibaneis Rocha e Rodrigo Rollemberg, que disputam o 2º turno ao Palácio do Buriti.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 20 a 26 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br
PECÚNIA - O Governo de Brasília prometeu quitar até o final de outubro a Licença-Prêmio por Assiduidade (LPA) dos servidores aposentados em junho de 2016. Os aposentados de 1º a 19 de junho daquele ano já receberam. Quem garante é a coordenadora da Secretaria de Aposentados do Sinpro-DF, Silvia Canabrava. “A Secretaria de Fazenda garantiu que irá pagar as pecúnias dos aposentados de 20 a 30 de junho de 2016”. A expectativa é de que ainda neste ano sejam pagas as pecúnias dos aposentados de julho de 2017.
Abuso de WhatsApp
Hora da Xepa
REPRODUÇÃO
O suposto esquema, investigado pelo TSE de impulsionamento de notícias favoráveis a Jair Bolsonaro (PSL) e contrárias a Fernando Haddad (PT) nas redes sociais movimentou a corrida eleitoral para presidente. O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, pode ter pago R$ 12 milhões para empresas que compraram pacotes de disparos de milhões de mensagens via WhatsApp. Isto corresponderia a práticas ilegais, como abuso de poder econômico, caixa dois e doação de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. Após a denúncia da Folha de São Paulo, o cenário mudou. O PDT, de Ciro Gomes, terceiro colocado no primeiro
Bolsonaro: impulsionamento pago por empresas
turno, entrará com representação para cancelar ou anular as eleições. O TSE, por sua vez, foi cobrado por dezenas de artistas para posicionar-se sobre a
denúncia. Haddad criticou o “silêncio absoluto” da Corte. Bolsonaro respondeu, em vídeo pelo Facebook. Chamou o oponente de “canalha” e “vagabundo” e responsável por falsas notícias. E mostrou a cirurgia feita após a facada sofrida em setembro para justificar a ausência em debates televisivos. O WhatsApp se retratou. Em nota, disse que tem “proativamente banido centenas de milhares de contas durante o período das eleições brasileiras”. Flávio, filho de Bolsonaro, teve a conta no aplicativo bloqueada por duas horas. “A perseguição não tem limites”, escreveu no Twiter.
DISPUTA PARA PRESIDENTE CANDIDATOS
DATAFOLHA
XP/IPESPE
VOX POPULI
BOLSONARO (PSL)
59%
58%
53%
HADDAD (PT)
41%
42%
47%
Jair Bolsonaro está na frente na corrida presidencial. No Datafolha e XP/Ipespe a diferença é de um ponto percentual – 59% e 58% -, respectivamente, para o candidato do PSL e 41% e 42% para Fernando Haddad (PT). Pelo Vox Populi, o petista tem 47% e a diferença de seis pontos percentuais está no limite da margem de erro, de 3%. Na disputa para o GDF, Ibope e DataFolha estão rigorosamente iguais: 75% para Ibaneis e 25% para Rollemberg..
Biografia Para o deputado Chico Vigilante (PT/foto), Rodrigo Rollemberg (PSB) perde uma oportunidade de “limpar sua biografia” ao não declarar apoio a Fernando Haddad. “Ele poderia melhorar sua imagem depois que
DISPUTA PARA GOVERNADOR CANDIDATOS
DATAFOLHA / IBOPE
IBANEIS (MDB)
75%
ROLLEMBERG (PSB)
25%
Em alguns gabinetes de deputados distritais e federais que não se reelegeram o clima é de fim de feira. Várias excelências haviam recheado as equipes com funcionários recebendo pequenos salários. Desta forma, aumentaram a “base eleitoral”. TROCO - Passado o 7 de outubro, muitos desses servidores comissionados começaram a ser exonerados. Alguns desconfiam que os chefes estão buscando uma forma de pagar dívidas de campanha com a devolução de parte dos salários de pessoas de confiança que foram promovidas para remunerações mais altas. RASTREAMENTO - Ao Brasília Capital, um servidor - que pede para não ser identificado - disse que a denúncia pode ser rastreada pelo Diário Oficial da Câmara. “Basta acompanhar as exonerações e nomeações publicadas”, sugere. CRIME - Caso a prática seja comprovada, pode render processo contra a autoridade e o trabalhador que se prestar ao papel de receber pagamento das Casas legislativas para devolver ao deputado que o nomeou.
JÚLIO PONTES
cometeu o erro de defender o impeachment da presidenta Dilma”, diz. Chico avalia que a neutralidade de Rollemberg no segundo turno é para não perder votos dos eleitores de Jair Bolsonaro (PSL). “Mas esse pessoal de qualquer forma vai votar no Ibaneis (Rocha, do MDB). É quase um voto casado”, apost
Dificilmente a deputada Telma Rufino (PROS) permanecerá na Câmara Legislativa em 2019. Ela deve perder a vaga para Jaqueline Silva. Todos os indícios no TRE são de que os votos dos candidatos do PTB serão validados.
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Rollemberg firma compromissos com o setor produtivo Governador responde questionamentos de empresários do comércio e da indústria FECOMÉRCIO DF/FACEBOOK
Da Redação O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), aproveitar o vácuo deixado por Ibaneis Rocha (MDB), seu adversário no segundo turno na disputa pelo Palácio do Buriti, e assumiu compromissos com empresários do comércio e da indústria do Distrito Federal. A Fecomércio e a Fibra convidaram os dois candidatos para sabatinas na terça (16) e quarta-feira (17), respectivamente, mas o emedebista declinou dos convites alegando falta de espaço na agenda. No evento da Fecomércio, no Dúnia City Hall, no Lago Sul, diante de 200 convidados, Rollemberg respondeu a 15 perguntas formuladas pelos 28 sindicatos integrantes da base da Federação. O candidato teve 20 minutos para fazer uma apresentação inicial e depois respondeu a perguntas sobre o desenvolvimento econômico e social do DF. “Na última eleição, nós entregamos a todos os eleitos um estudo chamado Brasília 2015, que apontava os principais problemas do DF e propunha soluções. Hoje gostaria de te entregar novamente”, disse o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana. FALSAS PROMESSAS – Rollemberg fez uma retrospectiva do governo desde o início do mandato, quando descobriu que havia um rombo nas contas públicas, até os dias atuais, com a estabilidade financeira. “Vamos dar continuidade no que estamos fazendo. O DF pode buscar recursos de financiamento internamente e externamente”, disse. Segundo o governador, “grande parte dos nossos investimentos só foi possível graças a empréstimos como o que fizemos junto ao Banco do Brasil, por exemplo. Com isso, vamos seguir controlando nossas limitações orçamentárias”, ressaltou em resposta a
Rollemberg critica ausência de Ibaneis, faz balanço de sua gestão e apresenta propostas uma pergunta sobre equilíbrio fiscal. Rollemberg também criticou a postura de Ibaneis Rocha em relação às promessas de campanha sobre a equiparação salarial para policiais civis e aumento proporcional na remuneração de policiais e bombeiros militares. “São falsas promessas. Estou dizendo isso para mostrar a disparidade do outro candidato, pois é matematicamente impossível, serão mais de 4 bilhões de reais por ano. Se ele ganhar será o caos, porque outras categorias
também vão cobrar aumento, e se o governo não conseguir pagar vão acontecer paralisações e operação tartaruga”, previu. As perguntas abordaram desde saúde, educação, segurança e transporte, até fomento da economia criativa, soluções para aumentar o emprego e renda da população, além de questões como desburocratização do Estado. BENEFÍCIOS FISCAIS – Segundo Rollemberg, há uma projeto de lei na Câma-
ra Legislativa que prevê benefícios fiscais como o de outros Estados para haver competitividade e evitar que mais empresas do DF migrem para outras cidades e, consequentemente, mais empresas se instalem aqui. Em relação à economia informal, o candidato disse que ela cresceu com a crise. Ele pretende formalizar todos os ambulantes, pautando a relação no amplo diálogo. Também prometeu para o próximo governo a recuperação do Teatro Nacional. “Fizemos melhorias no Museu da República, Biblioteca Nacional, além da reinauguração do Espaço Cultural Renato Russo”, comentou. Em relação às parcerias público-privadas, Rollemberg disse que é necessário ampliá-las e fomentar o turismo, fazendo de Brasília um destino turístico. Sobre a manutenção de monumentos e viadutos do Distrito Federal, o governador disse que está sendo feita uma lista para atuar de forma organizada na recuperação dos equipamentos públicos, para evitar acidentes, como o do viaduto da Galeria dos Estados. Prometeu modernizar a Agência de Fiscalização (Agefis), pois ela não deve atuar de forma repressiva. Para melhorar a mobilidade, assegurou construir mais estações de metrô, colocar o Bilhete Azul nos estacionamentos do centro de Brasília, finalizar as obras que estão em andamento para melhor o tráfego da Saída Norte, além de iniciar outras obras previstas para a Saída Sul. INDÚSTRIA – Na Fibra, Rollemberg repetiu a maior parte dos compromissos assumidos com o setor produtivo. Prometeu mais investimentos na formação de recursos humanos para as áreas de inovação e a criação de uma agência de desenvolvimento com autonomia para executar as políticas definidas para o setor.
Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 20 a 26 e outubro de 2018 - bsbcapital.com.br JÚLIO PONTES
“Todo mundo sabia que o DF queria o novo, queria um candidato que representasse a melhoria da cidade, que viesse para ajudar a comunidade e não se ajudar”
Entrevista Ibaneis Rocha Diante dos resultados do primeiro turno e das pesquisas, o senhor praticamente só está administrando a campanha para se consagrar o vencedor das urnas no dia 28? – Muito pelo contrário. Não tem ninguém aqui administrando campanha, não. Estamos trabalhando muito. Eleição e mineração, só depois da apuração, e até dia 28 vai ser muita sola de sapato, muita conversa com os eleitores, tratando-os com todo o respeito que eles merecem. Um ano atrás, o senhor concedeu ao Brasília Capital sua primeira entrevista a um veículo de comunicação como pré-candidato ao GDF, ainda praticamente desconhecido da população. Hoje, segundo as pesquisas, três em cada quatro eleitores declaram voto no senhor. A que atribui uma subida tão fulminante? – Em primeiro lugar, quero agradecer essa oportunidade que foi nos dada um ano atrás e esta que estamos tendo agora. Eu trabalho muito com pesquisas e todo mundo sabia que o DF queria o novo, queria um candidato que representasse a melhoria da cidade, que viesse para ajudar a comunidade e não se ajudar. Então, durante esse período o que fizemos foi mostrar que existe esse novo; um novo com qualidade, que tem 25 anos na advocacia, que passou a vida toda trabalhando, desde os 11 anos de idade. E essa mensagem foi possível de chegar às pessoas exatamente pela imprensa, nos dando a oportunidade de nos tornarmos conhecido, e as redes sociais. E também pela caminhada que fizemos junto com a população.
Um pacto de união por Brasília Orlando Pontes Há um ano, quando concedeu sua primeira entrevista a um veículo de comunicação lançando-se pré-candidato ao Governo do Distrito Federal, o ex-presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse ao Brasília Capital que, independentemente de nomes, gostaria de contribuir para o debate de um projeto para “salvar Brasília”. Na terça-feira (16), ao receber novamente a reportagem do jornal, o candidato do MDB ao Palácio do Buriti não era mais aquele outsider praticamente desconhecido da população. Ao
O senhor também conseguiu fazer o contraponto ao governo, assumindo compromissos que o atual governador não teria cumprido, como o reajuste dos servidores... – A rejeição dele não é só por esses compromissos que têm sido assumidos e não cumpridos com as categorias e a po-
contrário: Ibaneis venceu o primeiro turno com 42% dos votos, o triplo do segundo colocado Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição. Desde que entrou no jogo da política, Ibaneis Rocha revelou-se um fenômeno eleitoral. Saiu de míseros 2% das intenções de voto no início da campanha, em junho, para a quase consagração já no primeiro turno. Mas, nesta entrevista ao Brasília Capital dez dias antes do pleito, não admite o já ganhou. “Eleição e mineração, só depois da apuração”, ensina. Além do aceno para a pacificação política da cidade, o emedebista am-
pulação do DF, mas eu acredito muito mais – pelo tamanho da rejeição – porque o atual governador conseguiu trair todos os compromissos da campanha dele, e também ter traído as pessoas que o ajudaram a chegar ao governo. Tanto é que caminha para terminar quase que abandonado, sozinho.
plia o leque de compromissos para sua eventual gestão. Entre outros, a paridade da Polícia Civil com a Federal; um plano de carreira revitalizado para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros; pesados investimentos na área de Saúde e “salário de juiz” para os professores da rede pública. Ibaneis ainda pretende revigorar as administrações regionais, dando-lhes autonomia e nomeando pessoas a partir de listas tríplices a serem apresentadas pela comunidade. E anuncia a criação de novas Regiões Administrativas no Sol Nascente e Pôr do Sol, hoje pertencentes a Ceilândia.
Partidos que estiveram com ele, como o PT, a REDE e o PDT, não estão mais. Demonstra que essa ausência de compromisso dele com as propostas e as pessoas faz com que ele seja uma pessoa que caminha sozinha. Já o senhor declarou, no início do segundo turno, que
não queria acordo com os adversários derrotados no primeiro turno, mas esses partidos estão aderindo à sua campanha... – Eu acho que essa proposta de fazer uma nova política, que foi aceita pela população do DF, faz com que os partidos se aproximem. E eu notei nisso uma possibilidade de a
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Entrevista Ibaneis Rocha zer um grande projeto de união no DF para salvar a nossa cidade. Então, todos aqueles que estão vindo sem pedir cargos, sem pedir administrações regionais, sem querer agrupar as pessoas dentro do governo, eu estou recebendo pelas propostas e pelo compromisso de melhoria da nossa cidade. E nós também temos uma Câmara Legislativa para ter um relacionamento harmônico, independente, com respeito. Os partidos existem e devem ser respeitados. Agora, dentro do meu governo não vai ter troca-troca, nem nenhum tipo de aliança que não seja a favor da sociedade. O senhor surgiu como um outsider, entrou no MDB por uma exigência da legislação eleitoral, e é o favorito para vencer a eleição. Terá cacife para formar um governo sem o toma-lá-dá-cá tão conhecido em Brasília... – Eu não vou atuar na forma do tro-
presas e administradores sem a interferência de partidos? – O critério vai ser meritocracia, conhecimento da área. O critério vai ser a eficiência da realização do serviço público que vai ter que ser executado. Os administradores regionais estão sem poder, sem autonomia. O senhor pretende valorizar as administrações? – Eu quero devolver a autonomia a todas elas. Isso é uma ação judicial que eu movi enquanto presidente da OAB e que foi julgada procedente pelo Tribunal de Justiça para que haja participação da população na indicação dos administradores. Eu quero recriar as administrações, todas possíveis, e colocar lá um grupo enxuto. Criaria novas administrações? – Eu acredito que se faz necessário. Por exemplo, uma região como o Sol Nascente, com 120 mil habitantes, não tem uma administração. A grande parte dos municípios do Brasil tem muito menos habitantes que isso e todos têm prefeitos, vereadores, Magistratura, Ministério Público, delegacias. Então eu quero dotar essas cidades com administrações regionais que possam solucionar os problemas diários, como buracos, esgotos, cuidar dos jar-
“Dentro do meu governo não vai ter troca-troca, nem nenhum tipo de aliança que não seja a favor da sociedade” ca-troca em momento algum. É uma forma que deu errado tanto no DF como no âmbito federal. Então, o nosso programa vai ser cumprido com pessoas competentes. E aí elas podem até estar filiadas a partidos políticos, mas elas vão ser nomeadas pela competência, pelo compromisso. E elas vão ter liderança. E essa liderança, caso eleito, serei eu.
dins, das calçadas. Tem muita coisa que um administrador pode fazer e que tira a sobrecarga de trabalho do órgão central.
Como será a escolha dos secretários, diretores de em-
E qual será o critério para a escolha dos administrado-
Mas essas administrações hoje não possuem sequer equipamentos para essas tarefas... – Vou equipar as administrações. Vou deixar todas elas equipadas para atender nossa comunidade.
res? – Primeiro eu vou nomear por um prazo determinado. Durante esse período nós vamos ouvir a comunidade para que ela traga três nomes e eu faça a indicação de um. E se não corresponder às expectativas da sociedade perderá o cargo e nós vamos indicar outro. Quem nomeia demite. O senhor tem percorrido o DF de ponta a ponta. Quais os problemas mais graves apontados pela população? – O problema mais grave do DF é a Saúde, sem dúvida nenhuma. As pessoas estão morrendo nas filas dos hospitais sem atendimento médico. Os hospitais não têm capacidade de atender a população. Os postos de saúde também não têm a menor condição; os centros de saúde estão abandonados. É dada uma atenção básica lá na ponta, mas foi tirada a retaguarda, que era o atendimento dos postos e centros de saúde. As UPAS estão incompletas e também não conseguem atender, e isso sobrecarrega a rede hospitalar, que hoje não tem condições de executar o trabalho que deveria. O modelo do Instituto Hospital de Base funciona? – Eu não acredito nesse modelo. Falta transparência. Não contrata por concurso público, não compra por licitação. Eu não acredito em modelo que não tenha transparência. Ganhando as eleições, eu quero verificar o funcionamento desse instituto, recriar a Fundação Hospitalar e fazer a transferência dos contratos que já estão feitos, se eles tiverem dentro da legalidade, para a Fundação. Se não estiverem dentro da legalidade, eu vou desfazer. Um ano atrás, quando fizemos nossa primeira entrevista, o senhor disse que, em se tornando governador, uma das formas de reativar a economia local seria resolvendo a questão fundiária, com a regularização de terras. Como avançaria nesse projeto? – O governador atual recebeu uma
Ibaneis Rocha: “eu quero que todos tenham as oportunidades que eu tive na vida, p legislação que permite a regularização de todos os terrenos do Distrito Federal na situação que eles se encontram. E ainda não conseguiu chegar a um número. Mesmo ele falando em 60 mil escrituras, é muito pouco. Aqui no DF nós temos muito mais para regularizar. Isso é uma forma de gerar emprego, porque no momento que você entrega a escritura a pessoa pode tirar um alvará para fazer uma reforma, ir ao banco pegar um empréstimo para construir uma casa. Isso gera emprego para o pedreiro, o mestre de obras, o carpinteiro. Essa regularização também passa pelos comércios das cidades, pelas áreas do DF onde está todo mundo trabalhando sem alvará. Todo mundo sem alvará porque o Rollemberg não faz essa regularização. Outra área sensível é a segurança. O senhor tem melhor relação com as lideranças da Polícia Civil do que com as
da PM, que declararam apoio ao seu oponente. Como será o tratamento? – Faltou um pouco de informação neste caso. Eu estou muito bem com a PM e com o Corpo de Bombeiros. Tivemos uma grande reunião, onde todas as propostas foram colocadas para eles de forma bastante clara. Então, graças a Deus, nós estamos muito bem com a PM, com a Civil e com os Bombeiros. A paridade da Civil com a Federal está garantida? – Nós vamos garantir a paridade; garantir ajustes para a PM e recompor nossos quadros, porque a nossa população carece muito de segurança. E os professores? – No meu governo os professores vão ser prioridade, porque quem forma todas as categorias são os professores. Eu quero deixar bem claro que o diálogo vai ser implementado a partir do primeiro momento com os sindicatos da categoria, e nós va-
Brasília Capital n Política n 9 n Brasília, 20 a 26 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br JÚLIO PONTES
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para que, trabalhando, a gente consiga vencer e dar dignidade à nossa população” muito trabalho e dedicação para a resolução dos problemas do DF. Sem olhar pelo retrovisor. Olhando sempre para a frente e abraçando cada vez mais as pessoas e acolhendo os mais carentes. Fazer com que o empresariado volte a trabalhar e a
“O professor tem que ganhar o mesmo salário de um juiz, porque é ele que forma o juiz” mesmo salário de um juiz, porque é ele que forma o juiz. Então, se eu não der conta de fazer que o professor ganhe o teto do funcionalismo público, nós vamos conceder tudo aquilo que eles merecem. Com dignidade para essa profissão lindíssima. Qual a expectativa que a população de Brasília pode ter em eleger o senhor como governador? – A perspectiva é de um governo com muita honestidade, com muita competência e
acreditar na nossa cidade para gerar emprego, renda e arrecadação de tributos. Isso vai dar à população tudo aquilo que ela precisa: Saúde de qualidade, Segurança de qualidade, Educação em primeiro lugar no País. E dando conforto às nossas famílias, para que elas vivam muito bem e voltem a sonhar. Eu quero que todos tenham as oportunidades que eu tive na vida, para que, trabalhando, a gente consiga vencer e dar dignidade à nossa população.
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mos construir uma proposta de sermos a melhor educação do País. O DF tem que ser exemplo de educação para todo o Brasil. Vamos fazer isso num período muito curto, dando aos professores aquilo que eles merecem. O professor tem que ganhar o
Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 20 a 26 e outubro de 2018 - bsbcapital.com.br
Brasília será a capital dos eSports FOTOS: DIVULGAÇÃO
De 7 a 11 de novembro a cidade recebe a GameCon, que vai reunir os principais nomes dos jogos eletrônicos Da Redação Em novembro, Brasília será a capital dos eSports. Dos dias 7 e 11 daquele mês o Centro de Convenções Ulysses Guimarães receberá a GameCon, convenção internacional de games, que reunirá eSports, cultura gamer e empreendedorismo em um único evento. Projeto inédito no Centro-Oeste brasileiro, a GameCon trará atividades para entusiastas e profissionais de todos os gêneros, estilos e idades. Serão cinco dias de programação com dois momentos distintos: a GameTalks e a GameCup. Na GameTalks serão realizados painéis, workshops e palestras voltadas à geração e ao compartilhamento de conhecimento sobre games. Afinal, tão importante quanto jogar é falar sobre jogos. A proposta é reunir, nos dias 7 e 8, empresas, agências, jornalistas, formadores de opinião e entusiastas, com o objetivo de fomentar o mercado nacional. Uma oportunidade única para troca de experiências sobre o tema fora do eixo Rio-São Paulo. Participam do debate grandes nomes do mercado, como Leo De Biase, CEO da ESL Brasil; Beto Vides fundador
Toboco: narrador, comentarista e gamer de League of Legends
Gordox além de jogador, é youtuber. Seu canal tem mais de 900 mil inscritos
da eBrainz; Alessandra Dutra, psicóloga da Red Canids e preparadora mental do Comitê Olímpico Brasileiro, e Roberto Iervolino, CEO da Riot Games no Brasil. Também estarão presentes o ministro da Cultura, representantes do Ministério do Esporte, da Secretaria de Esporte Turismo e Lazer do Distrito Federal, representantes de times e da mídia especializada. “O eSport é um fenômeno global, e o
Tixinha: comentarista do Campeonato Brasileiro de League Of Legends
Brasil, que possui a terceira maior massa de entusiastas do segmento, é protagonista neste cenário. A GameTalks oferece ao público de Brasília uma oportunidade inédita e única de acompanhar debates e discussões entre os maiores nomes do mercado, seja para conhecer ou aprofundar conhecimento sobre o esporte eletrônico”, resume Théo Azevedo, curador da GameCon. No dia 9, pela manhã, a GameTalks
terá uma programação especial de workshops direcionada a alunos da rede pública, com a participação de Gordox, dos narradores Toboco e Tixinha e de representantes do time Vivo Keyd. A participação na GameTalks será gratuita mediante inscrição pelo Sympla (https://www.sympla.com.br/ gamecon). A GameTalks tem patrocínio da Vivo, via Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal.
A maior arena do Centro-Oeste Na GameCup serão realizadas etapas finais de campeonatos, além de meet & greets com youtubers e influenciadores, show matches, keynotes, feira geek e muito mais. Na Arena GameCup o público irá acompanhar as finais dos campeonatos Overwatch GameCon Challenge 2018 e GameCon Challenge Female Counter Strike 2018. Além disso, o evento irá realizar um torneio sul-americano de CS:GO, que, pela primeira vez no Brasil, levará a equipe vencedora para o campeo-
nato mundial “ S t a rs e r i e s i-League Season 7’, promovido pela Starladder. A 7º edição, que a c o n t e c e rá em Kiev, dará US$ 500.000 em premiação. Uma oportunidade imperdível para o time vencedor do GameCon Open CS:GO.
GAMEJAM – A GameCon traz ainda uma maratona competitiva de desenvolvimento de jogos, a GameJam, realizada em parceria com a Indie Warehouse, espaço colaborativo focado na produção de indie games. A maratona, com tema sur-
presa, contará com oito equipes participantes, que durante os três dias da GameCup desenvolverão seus projetos em um espaço montado no local. A GameCon é uma realização da Peigon – Cultura e Criatividade. Serviço: Gamecon -Data: 7 a 11 de novembro (quarta a domingo) -Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães -Inscrições para a Gametalks e ingressos para a GameCup pelo www.sympla.com.br/ gamecon
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Razões para não votar em Rollemberg Certamente, a população do Distrito Federal já ouviu as mais diversas promessas desde o início do período eleitoral. Em especial, por parte do atual governador, que corre contra o tempo em busca de um fio de esperança neste 2º turno. Inclusive, a moda entre seus apoiadores agora é dizer: “Brasília não está à venda”. Claro que não está. Até porque, do jeito que ele deixou, ninguém, em sã consciência, compraria. A verdade é que, do “socialista”, não podemos e nem devemos esperar nada. E vou lembrar principalmente aos servidores públicos do DF o porquê. Vamos começar, então, pelos proventos de cada servidor. Desde o início de seu governo, Rollemberg, além de não conceder a terceira parcela do reajuste estabelecido por lei em 2013,
cortou gratificações, reduziu o valor pago por horas extras de trabalho, não pagou, durante um ano, a Gratificação de Insalubridade em casos de remoção e, para finalizar (era só o que faltava), ameaçou parcelar os salários de aproximadamente 45 mil trabalhadores do funcionalismo público local. No que diz respeito às aposentadorias, não foi nada diferente. Nos últimos três anos, sempre com a desculpa de não ter dinheiro em caixa, o GDF retirou nada menos do que R$ 1,7 bilhão do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (IPREV): sem garantias viáveis de reposição. Isso sem contar com a controversa reforma previdenciária local, que unificou os fundos do Instituto no ano passado. Tais ações, totalmente irresponsáveis, motiva-
ram a perda do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), o que atesta, ou atestava, o bom funcionamento do sistema financeiro do DF. Com os salários e, quem diria, até as aposentadorias ameaçadas, fato é que chegamos a 2018 com redução de ganhos, insegurança e endividamento dos servidores; o que fez o setor produtivo encolher. E se você pensa que isso não tem nada a ver com o dominó da economia, está enganado. Nos últimos anos, empresas fecharam as portas e a capital chegou a atingir o maior índice de desemprego do país: hoje 19,5% da população do DF economicamente ativa está fora do mercado de trabalho. Se formos setorizar, por exemplo, posso dizer, sem medo de errar, por acompa-
nhar de perto as denúncias que chegam ao SindMédico-DF, que, na Saúde, os resultados dos últimos quase quatro anos de gestão Rollemberg são desastrosos. Para se ter uma mínima ideia, em 2015, havia uma média diária de 15,6 óbitos hospitalares. Os dados deste ano apontam uma média que chegou a 19,3 mortes por dia de pacientes internados em hospitais do DF. Isso nunca aconteceu na história do Distrito Federal. Há ainda outros tantos motivos para não votar em Rollemberg que, por questão de espaço, não poderei citar aqui. No entanto, é importante frisar a você, cidadão, que se há alguma dúvida de que caminhamos rumo ao buraco nos últimos anos, basta tentar ter acesso a algum dos hospitais do DF. Faltam medicamentos, reagentes para exames, materiais básicos, como de limpeza, e até tomógrafos, essenciais para salvar vidas. Além de tudo isso (ou nada), faltam médicos. Com a redução
Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado
de salários e as péssimas condições de trabalho, em julho deste ano, a rede pública contava com apenas 61 médicos a mais do que havia em 2014. Não se deixem enganar. Deste Rollemberg que se apresenta a nós hoje, não há nada diferente daquele de 2014. É o mesmo. Com promessas que, sabemos, nem sairão do papel nem alimentarão nossa esperança.
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NEGÓCIOS – Como um incentivo ao empreendedorismo e aos jovens corretores do mercado segurador de Brasília, a CAPEMISA Seguradora inaugurou o Estúdio Corretor, um ambiente de trabalho compartilhado para contribuir com o desenvolvimento do setor e estimular seus profissionais. O escritório tem 18 estações de trabalho e toda infraestrutura: wi-fi, telefones, impressoras, salas de reunião e para encontros com clientes. O Estúdio Corretor fica no Setor Comercial Sul, Quadra 3, Bloco A, nº 170, Asa Sul. Telefone (61) 3321-2166.
POR: JÚLIO PONTES ÁGUAS CLARAS
DISTRITO FEDERAL
PARK WAY
Novos ônibus circulares
Inaugurada penitenciária federal
Mais duas estações do BRT
Na manhã de segunda-feira (15) começaram a circular duas novas linhas de ônibus em Águas Claras. A primeira delas (0.951) fará o trajeto dentro da cidade, a outra levará passageiros até a Vicente Pires (355.8). Segundo a administração regional, a previsão de que a cada 30 minutos um ônibus faça a integração entre diversos pontos de Águas Claras e o custo da passagem será de R$ 2,50. A linha percorrerá toda a extensão das avenidas Araucárias e Castanheiras, além de passar pela Avenida Parque, Quadra 301 e Avenida Jacarandá, Sibipiruna, Rua Copaíba e Taguatinga Shopping.
ANTÔNIO SABINO
Entraram em funcionamento nesta semana as estações do BRT no Catetinho e na SMPW 26. Com isso, todas as oito estações estão em operação, além dos terminais de integração do Gama, de Santa Maria e da Rodoviária do Plano Piloto. O BRT possui cinco linhas, que fazem a ligação das regiões do Gama, de Santa Maria e do Park Way, até a Rodoviária do Plano Piloto. Os cartões para utilizar o sistema podem ser adquiridos nos terminais e na estação Park Way. Por dia, o BRT transporta uma média de cerca 95 mil passageiros.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen/ foto) inaugurou terça-feira (16) a quinta penitenciária federal de segurança máxima do Brasil. Inicialmente, apenas um dos quatro blocos de 52 celas funcionará, uma vez que os 120 agentes penitenciários já por agentes penitenciários e por um contratados não são suficientes para garantir a segu- circuito de câmeras, 24 horas por dia. A unidade abrigará presos conrança de outras alas. TAGUATINGA Com 12.300 metros quadrados de denados e provisórios sujeitos ao área construída, a Penitenciária Fe- Regime Disciplinar Diferenciado, O governador Rodrigo Rolderal de Brasília conta com 208 celas líderes de organizações criminosas lemberg cedeu 31,5 hectares da individuais distribuídas em quatro e réus colaboradores presos ou deMontemor Empreendimentos é uma que investe no mercado imobiliário do que corram risco sua Residência Oficial A para exblocos. O projeto original prevêincorporadora que latores premiados vidabuscado no sistemaatuar estadual. pansão do Parque Ecológico de todos os espaços sejam controlados Distrito Federal. Esta jovem e audaciosa empresadetem neste crescente mercado de Domingo (21), Taguatinga reÁguas Claras e para mais uma samaneira diferente da grande maioria. ceberá o Meu Pistão. O evento é ída de veículos da cidade para a uma realização da Rede Globo, Estrada Parque Taguatinga-GuaA vocação da Montemor não passa pela execução das obras, mas sim por selecionar juntamente com os patrocinará (EPTG). Os frequentadores Tanto Ibaneis Rocha, quanto Ro- “desafogar o trânsito”. Já o candidade investimento pela cidade e então parcerias estratégicas para doresrealização Laboratório Sabin e Fibra. do Parque já podemoportunidades ver as máto a articular reeleição Rodrigo Rollemberg se drigo Rollemberg fizeram promessas A iniciativa oferece um dia de quinas construindo do ciclovias na a respeito da mobilidade urbana no encontrou com motoristas de apliempreendimento. lazer com atividades gratuitas nova área. A previsão de entrega decorrer da semana. O vencedor do cativos que o cobraram redução no Como incorporadora a Montemor possui unidades oriundas de seus empreendimentos que para toda a família, com músida obra é até o final deste ano. primeiro turno disse, em agenda no IPVA e desconto na compra de veícuca, dança, esportes, adoção de los, própria além da liberação do uso daimóveis faixa Riacho de Fundo II, queque construirá um pela compõe uma carteira aluguel é gerida empresa. São residenciais e JOÃO CARLOS BERTOLUCCI animais, atividades relaxantes e viaduto na entrada da cidade para exclusiva de ônibus para a categoria. comerciais de diversos tamanhos e características. alimentação.
Obras no Parque
Meu Pistão é neste domingo
Candidatos prometem melhorias
A empresa fazKarla parte de um grupono empresarial queChoro possui braços de negócios em outros Sangaleti Clube do Serviço setores da economia, ficando a Montemor responsável pelos empreendimentos do ramos Karla Sangaleti se apresentará Buarque a Alcione e será impossível imobiliário. - Local: Pistão do Lazer sábado, (27), às 20h, no Clube do não cantar junto e se deixar levar Choro, acompanhada do Grupo Sai da Frente. O repertório vai de Chico
pelas águas da emoção. Ingressos: R$ 15 a meia entrada.
- Data: 21 de outubro - Horário: de 10h às 17h
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Mister Próstata Mario Pontes (*) Garoto ainda, deram-me para ler uma inapropriadamente intitulada História Universal. Inapropriada, sim, pois tratava com exclusividade dos habitantes deste grãozinho de poeira conhecido como Terra, e não desse enorme conglomerado de corpos, cujas fronteiras materiais e temporais continuam desconhecidas: o Universo. Apesar da impropriedade inicial, nunca mais pude deixar de ser um apaixonado pela história do ser humano, na maioria de suas inúmeras e sempre possíveis versões. Ontem, quando lia o livro de um autor francês acerca das instituições que vigoravam na Grécia antiga, e como a elas se adaptavam os diferentes grupos que formavam a sociedade, deparei-me, não sem grande surpresa, com a palavra próstata. Mas logo descobri que os gregos a usavam para designar coisas bem diferentes da-
quela que nos é passada desde cedo: a de uma específica glândula sexual masculina. O autor do texto, imagino, tinha certeza de que pelo menos a maioria dos seus leitores eram familiarizados com o idioma dos gregos, tanto na maneira como falavam quanto naquela em que escreviam no período clássico de sua história. Engano, pelo menos em nosso caso; pois deste lado do Atlântico há tempos que o grego só é estudado por uma pequena minoria de teimosos, interessados ou coagidos pelos programas de algumas instituições de ensino. Surpreso e curioso, resolvi consultar
o Dictionnaire Grec-Français, de Anatolle Bailly (Hachette, Paris, 26ª edição, 1963). Abro-o, viro folhas, e na primeira coluna da página 1677 deparo-me com a palavra prostagma. E, como já suspeitava, o verbete nada tem a dizer em termos de fisiologia. Na Grécia antiga – informa o dicionarista –, tanto prostagma como seus derivados expressavam a ideia de superioridade; não a inata, mas a que resulta de qualquer ato capaz de conferir ao portador uma posição acima do resto, dos escravos, dos artesãos, da massa de cidadãos comuns. A fila dos derivados de prostagma
é extensa. Mas, para ilustração do leitor, citarei apenas algumas: Prostateô – ser presidente, estar à frente de um país ou de uma cidade; Prostatéia -- função ou dignidade do presidente; Prostateus -- estar no alto ou frente de alguma organização. Prostaterios -- estar na primeira fila, ser defensor, protetor de alguém ou alguma instituição... E agora? Agora ando à procura de resposta para uma pergunta que, certamente, não poderia ter lugar em um dicionário com características semelhantes ao do mestre Bailly: -- Como foi que a humilde próstata masculina conseguiu sair de sua escura prisão e alcançar a luminosidade exterior, onde a esperavam tantos títulos? Respostas serão bem-vindas.
(*) Ex-editor do Caderno Livro do Jornal do Brasil, ficcionista e tradutor de obras de ficção e ensaio. Mora no Rio
A senha da liberdade Os vidros estilhaçados no asfalto, o barulho do Corpo de Bombeiros, o corpo estirado no chão. Tentando identificar a extensão do estrago, lá estava eu. Na verdade, não estirada no asfalto, e sim no sofá. Mas a sensação era de quem havia sofrido um acidente, uma colisão, uma quase morte. Quando um amor termina é assim. Terminar um amor é uma catástrofe. Sobra quase nada. E o pouco que sobra é híbrido. Meio eu, meio ele. No cenário da sala, meu corpo estirado, pálida, tal qual personagem de filme de terror de quinta categoria. O que pode ser pior? Eis aí uma pergunta que nunca deve
ser feita. Sempre é possível cavar o chão e descer um pouco mais. Em uma das mãos o copo de uísque; na outra, o controle remoto. Entre um gole e outro, a lembrança de que a senha da Netflix era compartilhada e agora eu tenho o poder de mudá-la e ficar com a assinatura só pra mim. Afinal, sou eu que pago mesmo! Seria egoísmo? Desespero? Sentiria pena? Afinal outras pessoas que não têm nada a
ver com o fim assistem filmes e séries do lado de lá também. Pessoas que amo e amarei para sempre! E as horas vão passando, o gelo do uísque já derreteu, o drama da TV acabou e o meu só está começando. O cheiro dele na almofada do sofá, a falta da voz, a saudade de discutir quem comanda o controle. Agora eu doaria o controle, a TV, a melhor posição do sofá, qualquer coisa, só para sentir aquela respiração da meu lado.
Anna Ribeiro (*)
Manter a senha compartilhada é como manter um laço invisível e, de certo, modo alimentar uma falsa esperança de reatar o que não tem mais volta. Nada de meias verdades, nada pela metade, nada no diminutivo. Nada menos do que mereço, nada menos do que está traçado na palma da minha mão. Nada menos do que, por direito, é meu; por conquista, por verdade, por amor, pela soberania sobre meu corpo e minhas ações. Mudei a senha! E viva a liberdade!
(*) Escritora
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Lições do 1º turno “Cabine” ou “Cabina”? A Justiça Eleitoral acertou na palavra que reserva o espaço para o eleitor votar? No domingo (7 de outubro), cheguei correndo de Belém do Pará para votar. Essas eleições estão tão acirradas que cada voto faz a diferença, e eu, como cidadão, queria dar a minha contribuição por meio do voto. Ao chegar à minha seção – que fica na escola em que estudei durante boa parte da minha vida –, algo chamou a minha atenção: cabina de votação. Isso mesmo: se você não reparou,
naquela estrutura que isola a urna eletrônica, estava escrito “Justiça Eleitoral”, na parte superior, e “Cabina de Votação”, na parte inferior. Logicamente, não permiti que a minha curiosidade linguística me desviasse da minha meta – votar com consciência. Mas, ao chegar à minha casa, fui pesquisar sobre o assunto! Nos meus estudos, descobri algo bastante curioso: a língua portugue-
Josué de Castro, cidadão do mundo Personagem era mais conhecido e respeitado na Europa e nos Estados Unidos do que aqui no Brasil, onde nasceu Sob o título acima, a TV Globo apresentou nesta semana as várias nuances da vida desse personagem que era mais conhecido e respeitado na Europa e nos Estados Unidos do que aqui no Brasil, onde nasceu. A propósito, seu cabedal de conhecimentos diversificados só podia servir de orgulho a qualquer pessoa nascida neste planeta: médico, professor, sociólogo, pesquisador e cientista, eleito presidente de várias
entidades internacionais. Josué de Castro nasceu no Recife, no dia 5 de setembro de 1908, filho de família da classe média, mãe professora, com quem fez seus primeiros estudos em casa. Ainda adolescente, complementou seu curso universitário na tradicional Faculdade Nacional de Medicina do Brasil, no Rio de Janeiro, onde permaneceu seis anos. Em 1929, já formado, volta para o Recife, preocupado com as condições
MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder das 8h às 10h de segunda a sábado Notícias, Esportes e Músicas
Rádio JK - AM 1.410 Ligue e participe: (61) 9 9881-3086 www.opovoeopoder.com.br
sa registra as duas formas – “cabine” e “cabina” – e ambas possuem o mesmo sentido! Portanto, a Justiça Eleitoral acertou! A forma “cabine”, obviamente, é muito mais usada no cotidiano, mas “cabina” também é capaz de expressar o mesmo! Existem outras palavras na língua portuguesa que apresentam o mesmo fenômeno! “Avalanche” e “avalancha”; “nuance” e “nuança”. É nítido, por conseguinte, que, nessas circunstâncias, o nosso vernáculo prefere as formas terminadas em “e”, e não em “a”. Diante disso, faço um questionamento: fez bem o TSE ao adotar a forma de menor prestígio entre os falantes da língua portuguesa? Em minha opinião, não. Acredito que, em um dia tão decisivo para o futuro do nosso Brasil, quaisquer prováveis distrações devem ser evitadas. Querendo ou não, uma palavra
incomum é capaz de desviar, mesmo que por poucos segundos, a atenção de algumas pessoas – que, em geral, se questionam: isso está certo? A língua é semelhante à moda. A uma reunião de trabalho, não é conveniente ir de camisa regata, mas também não é de bom tom aparecer com um smoking. Tanto o desleixo quanto a excessiva elegância, nesse caso, causam um certo estranhamento. Toda língua é viva, e os falantes é que determinam quais palavras são prestigiadas e quais são arcaicas. Infelizmente, a erudição não consegue resolver os principais problemas do nosso Brasil. Se eles resolvessem, eu desejaria, todos os dias, ser um parnasiano.
de saúde da população, o que o levou a desenvolver trabalhos de pesquisas em problemas ligados à alimentação e habitação em diversos bairros operários da capital pernambucana. E já os seus primeiros estudos o levaram a descobrir que a fome era uma verdadeira catástrofe social. Sobre o assunto, escreveu vários livros, sendo um dos mais importantes “Geografia da Fome”, best-seller publicado em 1946. Essa extensa obra, acoplada às suas brilhantes palestras internacionais, lhe valeram vários prêmios, entre os quais o Prêmio Franklin D. Roosevelt e o Prêmio Internacional da Paz. Lecionou em vários Universidades, inclusive no Brasil, quando o conheci na Faculdade Nacional de Filosofia, meu professor no curso de Ciências Sociais, e que posteriormente ficamos amigos, depois que o acompanhei como repórter numa viagem
pelo Nordeste. Em 1963, quando recebeu a comunicação telefônica do Itamaraty de que tinha sido indicado pelo presidente João Goulart para ser embaixador do Brasil na ONU, eu me encontrava estudando na biblioteca de seu apartamento, em Copacabana, ocasião que me convidou: - Meu filho, arrume suas malas e me diga em que repartição pública acumula a função de jornalista, para que eu solicite as passagens para você e sua família, pois você vai ser meu assessor de imprensa! Não, em toda a minha vida de repórter eu jamais acumulei a função como falso funcionário público, só pra receber a grana no fim do mês, o que era comum à época. E perdi a viagem.
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
Fernando Pinto Jornalista e escritor
Brasília Capital n Geral n 15 n Brasília, 20 a 26 e outubro de 2018 - bsbcapital.com.br
Buscadores espirituais em conflito O falso cria problemas, provoca desconfiança e desunião. O verdadeiro demonstra interesse, humildade, colaboração Que tipo de buscador espiritual é você? Real ou iludido? Se estiver atrás de fama, aplauso, poder, cargos ou reconhecimento, você está completamente equivocado. Ao receber o pedido de um jovem que queria segui-lo, Jesus ensinou e o descartou: “eu não tenho nem onde reclinar a cabeça”. Os Mestres costumam dispensar os falsos buscadores, de imediato. O falso cria problemas, provoca desconfiança
e desunião. O verdadeiro, desde o início, demonstra interesse, humildade, colaboração, embora passe por crises. A busca espiritual é como uma caminhada de 100 quilômetros. Somente após o Km 50 é que tudo melhora gradativamente. Até lá, o buscador terá momentos de dúvidas, conflitos, ilusões de grandeza, desânimo, desconfiança, e tudo vai passando até que ele comece a confiar em si mes-
Segunda sem carne Se você acha que não é possível uma dieta balanceada sem carne, está enganado. A questão é a combinação dos alimentos Você já deve ter ouvido falar do movimento “Segunda sem carne”. Ele surgiu em 2003, nos Estados Unidos, e hoje está presente em mais de 40 países. O Brasil é o segundo país com maior impacto em
relação a essa campanha. Por aqui, a iniciativa foi lançada em 2009, e desde então a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) vem trabalhando para que haja a redução da proteína de origem animal pelo menos
mo; confiança que só é possível pela prática constante do bem e desenvolvimento da sabedoria. O apóstolo Paulo entrou em conflito com a velha fé judaica e a nova fé cristã. Afastou-se; foi para o deserto, e durante três anos, estudou o Evangelho de Cristo, meditou, refletiu, modificou-se, e aplicou-se com determinação. O apóstolo Pedro vacilou até que, após negar Cristo três vezes, transformou-se, e dedicou-se até o final da vida. Swami Rama, grande Mestre da Índia, no seu excelente livro autobiográfico “Vivendo entre os Monges do Himalaia”, afirma que duvidou do seu guia até os vinte anos de idade, e somente após enfrentar e fracassar em quatro provas, dedicou-se em definitivo. De forma semelhante aconteceu com Vivekananda, maior discípulo de Ramakrishna. Duvidou, desani-
mou, até que tudo passou. No Brasil, Chico Xavier, passou por inúmeros problemas. E, como Vivekananda, também teve seus momentos de dúvidas até ganhar o mandato mediúnico (antena oculta para se estar em comunicação permanente com seus guias, descrito por André Luís no livro “Nos Domínios da Mediunidade”. Nada deve se perder na busca espiritual. Dúvidas, desânimos, ilusões, equívocos, são material de compreensão a ser usado com os alunos próprios. “Eis que tenho vos chamado amigos porque tudo que aprendi do meu pai tenho lhes ensinado”. O discípulo é mais que um irmão. É um amigo.
um dia por semana. A SVB acredita que, se for implementada pelo poder público, haverá consequentemente redução da demanda coletiva por produtos de origem animal, o que traz benefícios para a saúde dos indivíduos e para o meio ambiente. Na rede estadual de ensino de São Paulo, a Segunda Sem Carne já é realidade! Em 2017, alcançou a marca de 100 municípios participantes. Muitos vegetarianos e veganos tiveram a primeira experiência nesse movimento, e viram que é possível viver de modo saudável sem proteína de origem animal, ou
reduzindo seu consumo, pelo menos no que diz respeito às carnes. Se você ainda acha que não é possível ter uma dieta balanceada sem comer carne, está enganado. A principal questão está na combinação dos alimentos. E o nutricionista é o profissional indicado para te ajudar nessa tarefa!
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
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