Jornal Brasília Capital 459

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Sinpro-DF lança campanha “Quem tem fome tem pressa” Sindicato pede que professores ajudem pais de estudantes a preencher formulário para receber auxílio do governo Ano IX - 459

Câmara cumpre seu papel no combate ao coronavírus Pelaí – Página 3

Brasília, 11 a 17 de abril de 2020

LÚCIO BERNARDO JR/AGÊNCIA BRASÍLIA

Rafael Prudente: rapidez na apreciação de matérias do GDF

Página 4

Sem garantias sociais, crise pós-pandemia se agravará

CBF libera R$ 19,1 milhões para socorrer clubes

Gutemberg Fialho – Página 9

Gustavo Pontes – Página 12

ANTÔNIO SABINO

DIVULGAÇÃO

Saidinha atrapalha quarentena no DF

Brasilienses voltam às ruas, como mostra a foto do centro de Taguatinga, na manhã de quarta-feira (8), após mau exemplo do Presidente da República ao visitar cidades como Ceilândia (no detalhe) há duas semanas. Chico Sant’Anna – Páginas 6 e 7


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 11 a 17 de abril de 2020 - bsbcapital.com.br

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x p e d i e n t e

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O ovo da serpente Francisco Maia (*)

DIVULGAÇAO

Há doenças que deixam os pacientes entre a vida e a morte, mas a foice sinistra da covid-19 prostra suas vítimas entre a morte e a morte. A morte dos humanos fechou o mês de março de 2020 com 720 mil infectados no mundo e perto de 34 mil mortos. A outra, a morte do desespero, do desemprego, do prejuízo e, sobretudo, da injustiça à classe empresarial, veio com o comércio fechado e pela insensibilidade fria de uma Medida Provisória enviada ao Congresso Nacional. Felizmente, Câmara dos Deputados e Senado Federal, Casas do povo, ainda são uma esperança para nós, para que não tenhamos de prejudicar, no País e, particularmente, em Brasília o socorro aos empresários em crise. As falências chegam pela paralisação do comércio, que em cascata atinge a produção industrial e a venda dos produtos aos consumidores. Desordem na economia ao excluir do sistema de assistência social a participação dos empresários. A Medida Provisória que corta a metade os recursos do Sesc, Senac, Sesi, Senai e tantos outros serviços sociais que a iniciativa privada presta é injusta e ilegal. Afirma que a ação é só por três meses, mas traz embutida o ovo da serpente. Há muito essa MP era dita como uma morte anunciada. Terrível, a mera comprovação de uma tese econômica pode ser paga com vidas humanas. Estão tentando nos imobilizar, neste instante tão dramático. A pandemia da covid-19 atingiu Brasília de maneira cruel. Até o fim de 2020 há uma falência econômica de R$ 1,2 bilhão nos cofres do governo. O Distrito Federal vive uma

calamidade pública. O novo coronavírus provocou, até agora, um prejuízo de R$ 500 milhões e 20 mil demissões no comércio. A morte gera uma perda sem reposição. É um pedaço arrancado de nós. Uma dor sem palavras. O fim do sonho de um empreendimento é ferida incurável. É golpe de muitas vítimas. O empresário morto deixa viúva e dezenas de filhos com carteira assinada, cujo destino está marcado. Assim, como no resto do Brasil, está Brasília: Vazia de empregos e amedrontada. Não há termômetro melhor para sentir a febre de uma infecção no setor de serviços do que o comportamento das linhas aéreas. Em todo o País, os voos nacionais reduziram 75% em março; os

O fim do sonho de um empreendimento é ferida incurável. É golpe de muitas vítimas internacionais diminuíram 95%, e as reservas de hospedagem até junho mergulharam 90%. A área do turismo é a que sente os primeiros efeitos. Mas, em Brasília, cidade de serviços, e nas demais, eles só serão percebidos depois. Essa ação destruidora da covid-19 no campo da economia gerou uma reação quase igual e contrária. O governo anunciou medidas de crédito às empresas aéreas e empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no volume de R$ 35 bilhões. No Distrito Federal, tivemos o pulso, a sensibilidade e a urgência

do comando de um governador. Ibaneis Rocha determinou ao Banco de Brasília, do qual o GDF é o maior acionista, que corresse em socorro da aflição dos empresários. O BRB anunciou a abertura de crédito de R$ 1 bilhão para os empresários do DF que tiveram prejuízos após o caos da covid-19. De acordo com o banco, o empréstimo seria adquirido por meio do “BRB Progiro – Capital de giro”. Para conseguir o benefício, as empresas precisam ser associadas à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), à Federação das Indústrias (Fibra) ou à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O BRB forneceu juros desde 0,80% a.m., com 6 meses de carência e 36 meses para pagar. A presença da Fecomércio marca a diferença. Significa a participação direta da comunidade de Brasília na luta pela sobrevivência de seu comércio de bens, serviços e turismo. Ao todo, são 28 sindicatos que representam a maioria dos ofícios que servem à população. Na crise da covid-19, a Fecomércio passou a polarizar inúmeras ações comunitárias. Por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), foram selecionados cursos e conteúdos online gratuitos para aprimorar o conhecimento durante a quarentena; distribuição de marmitas a R$ 5 pelo Serviço Social do Comércio (Sesc); pesquisas de opinião; mesa-redonda com autoridades; e, informação, muita informação, sobre como se proteger da pandemia e comunicados oficiais, por sua Sala Virtual de Situação. Entre nós existem pontes de solidariedade. Essa experiência amarga trouxe um recado: A solidariedade humana também se aprende no sacrifício.

(*) Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio)


Brasília Capital n Política n 3 n Brasília, 11 a 17 de abril de 2020 - bsbcapital.com.br

Arrependimento – Dezessete por cento das pessoas que votaram em Jair Bolsonaro, em 2018, estão arrependidas. É o que mostra a pesquisa DataFolha, divulgada na quarta-feira (8). Além disso, 39% dos entrevistados consideram ruim ou péssima a gestão do presidente na crise do novo coronavírus. Entre os arrependidos, a maioria é de mulheres: 60%. Os que consideram positivas as ações dele são 33%. Regular, 25%.

Bolsonaro e a cloroquina O presidente da República voltou a ocupar rede nacional de rádio e TV na quarta-feira (8). E insistiu na defesa do uso da cloroquina no tratamento da covid-19, mesmo sem estudos científicos que comprovem sua eficácia. PRIVACIDADE – Mais cedo, criticara o infectologista David Uip, coordenador da crise do coronavírus em São Paulo, que se curou da covid-19. Bolsonaro acusou o governador João Dória de esconder que o médico se tratou com a cloroquina. “Me respeite e respeite minha privacidade”, devolveu Uip. Nada mais foi dito nem lhe foi perguntado...

AGÊNCIA BRASIL

RECUO – Na quinta-feira (9), na saída do Alvorada, Bolsonaro recuou. Disse a um grupo de apoiadores que “tem médico que usa [a cloroquina] há quase 2 meses no Brasil. A gente sabe que não está ainda comprovado cientificamente”. Mas

DIVULGAÇÃO

reiterou sua confiança no uso do remédio. GRAVE – A recomendação de um protocolo do Ministério da Saúde prevê a administração da cloroquina ou hidroxicloroquina somente em casos graves.

Gigante carregado de máscaras Pousou em Brasília, na madrugada de quarta-feira (8), o segundo maior avião cargueiro do mundo: O Antonov 124-100 (foto). Trouxe seis milhões de máscaras para prevenção à covid-19, pesando 40 toneladas. A compra de R$ 160 milhões foi feita pela goiana Nutriex. Segundo o perfil da empresa

INFRAMERICA/DIVULGAÇÃO

no Facebook, parte das máscaras será vendida e parte, doada. O Antonov tem 65m

de comprimento, 21m de altura e 24 rodas. Só existem 40 deles do mundo.

Weintraub denunciado no STF O historiador Vinicius Gomes Wu apresentou, no STF, uma notícia-crime por racismo contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Wu argumenta que, por suas declarações contra a Chi-

na, ele incorreu no crime de racismo, previsto na Constituição. O ministro publicou a capa de uma edição da Turma da Mônica, que se passa na China, usando a fala do Cebolinha, que

troca o R pelo L, para ridicularizar os imigrantes daquele país. “A manifestação, além de indígna e repugnante, é incondizente com o padrão de conduta exigido de um ministro de Estado”, afirma Wu.

Câmara Legislativa cumpre o seu papel Pode-se acusar a Câmara Legislativa de qualquer coisa em meio à crise da covid-19, menos de omissão. Nesses 30 dias, a Casa transformou-se – como deve ser – na caixa de ressonância das demandas da população. As decisões mais importantes emanam, evidentemente, do Palácio do Buriti. Lá, o governador Ibaneis Rocha instalou o Gabinete de Crise, de onde coordena as ações contra a pandemia. Do outro lado da praça, o presidente da Câmara, Rafael Prudente (foto), junto com o vice, Rodrigo Delmasso, e os demais 22 distritais, tem sido rápido na apreciação das matérias encaminhadas pelo Executivo. Aprovou o estado de calamidade pública. Não precisava. A Lei Orgânica não exige o consentimento da CLDF para este tipo de decisão. Ao apreciar a matéria, a Câmara solidariza-se às medidas adotadas pelo governador. Para o bem ou para o mal. A Casa também entrou em polêmicas. Numa delas, nem precisava. Por iniciativa de Prudente (coautoria de Daniel Donizet), propôs reduzir em 30% as mensalidades das escolas privadas. Isto não é da competência da CLDF. Aprovado em 1º turno, o projeto será substituído por outro texto negociado pelo presidente com os setores envolvidos. Mesmo que venha a ser considerada inconstitucional, a iniciativa

CLDF

teve o mérito de provocar o debate e forçar as negociações entre contratados e contratantes. O segundo turno será terça (14). A Câmara aprovou, quarta (8), em 1º turno, por 11 a 7, uma lei considerada “péssima” pelos deputados Chico Vigilante, Reginaldo Veras e Júlia Lucy. Por iniciativa do GDF, as empresas terceirizadas ficam desobrigadas de recolher as garantias dos trabalhadores em caso de demissão. Se o empregador der calote, caberá ao Estado arcar com o prejuízo. O trabalhador ainda será obrigado a recorrer à Justiça. “Uma tristeza”, diz Lucy. “Não podemos concordar com isso”, protesta Veras. “O GDF fez isso a pedido dos deputados empresários. Uma lástima”, disparou Vigilante. Polêmicas e incongruências à parte, a razão de existir da Casa é exatamente essa: Para debater, aprovar leis, fiscalizar e contribuir com o governo para que o dinheiro público seja bem aplicado.


Brasília Capital n Economia n 4 n Brasília, 11 a 17 de abril de 2020 - bsbcapital.com.br

Sinpro-DF ensina desempregados e informais a receberem auxílio emergencial Campanha “Quem tem fome tem pressa” ajuda pais e mães de estudantes a se inscreverem para ter direito aos R$ 600 Após muita pressão, o governo federal iniciou, terça-feira (7), os procedimentos para pagar o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais; de contrato intermitente inativo; autônomos; Microempreendedores Individuais (MEI); idosos e pessoas com deficiência na fila do INSS para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Disponibilizou, também, o aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” (para celulares Android e iOS) para dar oportunidade a quem não faz parte do Cadastro Único (CadÚnico) de se inscrever e receber o auxílio. O CadÚnico é a lista de famílias selecionadas pelo governo que recebem benefícios sociais, como o Bolsa Família. Prestar esse tipo de informação e mobilizar a categoria para colaborar com pais e mães de estudantes da rede pública de ensino de baixa ou nenhuma renda a acessarem esses recursos financeiros é uma das ações da campanha “Quem tem fome tem pressa”, lançada pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal. Por meio da campanha, o Sinpro-DF pede aos professores e às direções de escolas que auxiliem pais e mães de estudantes, pessoas próximas, parentes

e amigos a preencherem o formulário para o recebimento do benefício. Com isso, a entidade busca a diminuir o aumento das dificuldades provocado pela pandemia do novo coronavírus. O isolamento social – única medida capaz de barrar o avanço da doença – impede também muitos trabalhadores de ganharem o sustento. Por isso, o auxílio emergencial de R$ 600 será pago, durante três meses, às pessoas que não têm renda fixa ou nenhuma renda e poderá ser prorrogado por mais tempo se o governo ampliar o prazo do isolamento.

MP mudam relações trabalhistas Cláudio Sampaio (*) No enfrentamento da pandemia da covid-19, tomando por base as previsões do GDF, a estratégia de isolamento social e de restrições às atividades comerciais tende a durar, a princípio, até maio. Isso tem gerado insegurança e dúvidas entre patrões e empregados. Para minorar os inevitáveis efeitos recessivos, o governo federal editou as Medidas Provisórias (MP) 927, de 22 de março, e 936, de 1º de abril. Ambas permitem às empresas várias medidas para manutenção de suas atividades e os empregos dos funcionários. As mais corriqueiras (e já largamente adotadas, com base na MP 927) são a facilitação do trabalho remoto e do banco de horas, além da antecipação de férias, individuais ou coletivas, e dos feriados não religiosos, além da postergação dos prazos para os recolhimentos de FGTS que vencem de abril a junho, com parcelamento em seis parcelas, e do 1/3 de férias, que poderá ser quitado junto com o 13º.

BRASÍLIA CAPITAL

A MP 936 ampliou as alternativas para as empresas, permitindo a suspensão temporária dos contratos de trabalho por até 90 dias, com o governo pagando aos empregados, no período, o valor correspondente a 100% do seguro-desemprego que receberiam caso fossem demitidos sem justa causa, exceto as grandes empresas, que deverão arcar com 30% dos salários. Outra previsão da 936 é a redução da jornada, com a proporcional redução de salário, mediante acordos individuais entre funcionários e patrões, em percentuais de 25%, 50% ou 70%. Nessa hipótese, envolvendo a diminuição de carga horária, o governo se compromete a pagar um complemento salarial calculado com base no seguro-desemprego. Exemplo: Se o patrão reduzir a jornada e a remuneração em 50%, o

governo faz uma complementação, para atenuar as perdas, correspondente a 50% do valor de referência do seguro-desemprego. Para quem ganha de R$ 3.135,01 a R$ 12.202,11 e não tem curso superior, será imprescindível a intermediação desses acordos pelos sindicatos de patrões e empregados, o que poderá redundar em percentuais diferentes dos mencionados acima, bem como em complementações governamentais menores para os trabalhadores. O ponto sensível das medidas é a mudança de paradigma. Ao longo de oito décadas, empresas e funcionários deram pouco ou nenhum valor a contratos e ajustes por escrito. A lei valia e se aplicava por si só, na maior parte das vezes. Agora, para que esses acordos tenham validade e não fragilizem a classe patronal, deverão ser objeto de aditivos contratuais que retratem de forma clara as soluções adotadas. Essas soluções precisam ser comunicadas aos trabalhadores com 48 horas de antecedência, além de

contar com a assinatura destes. No prazo de 10 dias a partir dos ajustes, os empregadores deverão, impreterivelmente, comunicá-los ao sindicato laboral e ao Ministério da Economia. SINDICATOS – Na segunda-feira (6/4), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, deferiu liminar visando assentar que “os acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão temporária de contrato de trabalho [...] deverão ser comunicados pelos empregadores ao respectivo sindicato laboral, no prazo de até dez dias corridos, da data de sua celebração, para que este, querendo, deflagre a negociação coletiva. Sua inércia será considerada anuência com o acordado firmado pelas partes.” A decisão é provisória, e após manifestação da Presidência da República, do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, será submetida ao Plenário da Corte, que confirmará, ou não, a decisão monocrática. (*) Advogado especializado em Direito do Trabalho, sócio da Sampaio Pinto Advogados claudio. sampaio@sampaiopinto.adv.br


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Brasília Por Chico Sant’Anna

Saidinha de Bolsonaro altera comportamento social do brasiliense Estudo da empresa In Loco mostra que desde o “passeio da morte”, feito pelo Presidente, no domingo (29/3), muita gente abandonou o isolamento contra novo o coronavírus O passeio dominical do presidente Jair Bolsonaro, dia 29 de março, por Ceilândia, Taguatinga e Sudoeste, deixou marcas e alterou o comportamento social da população local. Embora o Distrito Federal venha apresentando os mais altos índices de isolamento social dentre as unidades da Federação – atrás de Goiás e Rio Grande do Sul –, esses indicadores, após o périplo presidencial, apresentaram queda substancial, especialmente naquelas três localidades. É o que aponta o levantamento elaborado pela empresa In Loco, que monitora pelo GPS a movimentação das pessoas que usam telefone celular. A In Loco usa uma tecnologia que analisa o comportamento

de localização de 60 milhões de brasileiros em todo o País. Ela permite mapear a movimentação de pessoas dentro de regiões específicas e medir quais apontam maior distanciamento social. Ou seja, aquelas que estão saindo de casa e não estão respeitando a orientação de permanecer em quarentena. Pelo passeio, o presidente pode ser obrigado a pagar uma multa de R$ 100 mil, caso a Justiça acate uma ação do Ministério Público Federal. Para o MPF, Bolsonaro desrespeitou outra decisão judicial da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias (RJ), que o impedia de adotar qualquer estímulo à não observância do isolamento social recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).


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Evitar o contato é essencial

Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

População perdeu o respeito pelas orientações da OMS As preocupações do MPF têm sua razão de ser e os reflexos no comportamento de Bolsonaro podem ser aferidos tecnicamente. Pelo levantamento, no dia 29, data em que o Presidente fez seu périplo, o DF atingiu o maior grau de quarentena domiciliar: 64,14% das pessoas monitoradas. A partir de então, houve uma queda significativa das taxas daqueles que tinham optado pelo recolhimento. O índice chegou a cair para 53,31%, no dia 1º de abril, oscilando entre 55% e 57% nos dias subsequentes e apresentando ligeira melhora, no dia 4, quando subiu para 59%. Ou seja, a população do DF não conseguiu, após o passeio do Presidente, retomar o grau de respeito às orientações do Ministério da Saúde e do GDF. Além da disciplina ter diminuído, verificaram-se manifestações explicitas contra a quarentena. Carreatas e outros tipos de manifestações reivindicando o fim do isolamento social foram organizadas por simpatizantes de Bolsonaro desde sua “saidinha”. A situação das três localidades – que no dia 6 de abril respondiam por 11,6% dos 440 casos de covid-19 catalogados –, não foi diferente do resto do DF. Em Ceilândia, o maior grau de adesão ao isolamento social ocorreu no dia 22 de março, quando 68,2 % da população local acataram o #FiqueEmCasa. No dia da visita presidencial, o

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Mau exemplo: Bolsonaro conversa com ambulantes em Ceilândia e desrespeita isolamento

índice ainda era de 66,53%. A partir de então, a adesão começou a cair e a olho nu era perceptível um maior volume de pessoas nas ruas. Essa movimentação apareceu nos computadores da In Loco. No dia 1º de abril, o apoio popular às orientações das autoridades de saúde havia caído 16%, tendo um apoio popular de apenas 55,63%. Em Taguatinga, no dia 29 de março, cerca de sete entre cada dez moradores estavam recolhidos às residências. A taxa de 68,93% caiu abruptamente após a ida de Bolsonaro e, no dia 3 de abril, registrava 59,38%. Os números revelam que a cada 100 pessoas que estavam em seus lares, quase 10 decidiram ir às ruas, aventurando-se à contaminação do coronavírus. SUDOESTE – O Setor Sudoeste, associado à Área Octogonal, é a quarta Região Administrativa onde mais

casos de covid-19 foram diagnosticados. Perde para o Lago Sul, Plano Piloto e Águas Claras. Todos bairros de classe média, com bom acesso às fontes de informação e elevado nível de escolaridade. Mesmo assim, em grande parte do mês de março, menos da metade dos moradores do Sudoeste aderiram à quarentena. Os indicadores passaram a ser um pouco melhores após o dia 20, chegando ao pico de 68,43% no dia 22. Na véspera do passeio presidencial, quase sete em cada dez moradores ainda estavam dentro de casa. Como nas duas outras localidades, parece que a partir da “saidinha” de Bolsonaro os moradores se sentiram autorizados a deixar suas casas, a ponto de no dia 1º de abril a taxa ter caído para 51,85. De cada 100 moradores do Sudoeste/Octogonal que estavam quietinhos em casa, 17 foram bater perna nas ruas.

A importância da reclusão domiciliar é para evitar o contato de pessoas sãs com outras contaminadas. A doença é transmitida pelo contato e até por gotículas respiratórias. E antes mesmo de apresentar os sintomas – o que leva, em média, 14 dias –, o portador do coronavírus pode contaminar várias pessoas, sem nem saber. Com mais gente indo às ruas, a chance de contaminação se amplia. Por isso, é fundamental que todos se conscientizem, pois, no caso de uma multiplicação desenfreada de casos de covid-19, a rede de Saúde, inclusive a privada, não dará conta de atender a todos. Não há leitos de UTI suficientes para atender uma multidão de pacientes. O Impacto desse afrouxamento no isolamento social poderá ser verificado daqui a uns quinze dias, período médio de incubação da doença. Os indicadores de isolamento social coletados pela In Loco reforçam o velho ditado, que não basta falar, é preciso fazer, é preciso mostrar, dar o exemplo. É ingenuidade pensar que o comportamento de uma pessoa que ocupa o posto máximo da Nação não vai afetar o comportamento de outras pessoas. Além da questão partidária, de seus apoiadores – muitos fanáticos que saíram pelas ruas de Brasília reforçando a atitude de Bolsonaro –, existe a questão do exemplo. Ora, se o Presidente passeia, vai à feira, ao comércio, se expõe no contato direto com populares e nem usa máscara, por que eu não posso sair também? O pior é que muitos não conseguem visualizar o impacto dessa doença avassaladora!


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VIA

Satélites

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Tecnologia contra o coronavírus – O Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) abriu uma chamada pública para selecionar projetos e buscar parcerias na criação de soluções tecnológicas para combater o novo coronavírus. As inscrições vão até domingo (12). As soluções podem abranger as áreas da saúde, economia, educação, impacto social e tecnologia. Não serão selecionados projetos em fase de ideação.

Por Lorrane Oliveira

DISTRITO FEDERAL FOTOS: ANTÔNIO SABINO

Hran exclusivo para a covid-19 O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi esvaziado durante a semana para atender somente a casos de covid-19. O objetivo é deixar a unidade totalmente disponível para interna-

ção de pacientes, sejam adultos ou crianças. O secretário adjunto de Assistência, Ricardo Tavares, explicou que apenas os queimados continuarão no hospital e a ala terá um fluxo restrito.

GDF compra 150 mil testes

Novo decreto publicado terça-feira (7) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) flexibilizou medidas de contenção e permitiu a abertura de agências bancárias públicas e privadas. As instituições terão de disponibilizar materiais de proteção, como álcool em gel 70% e máscaras, para clientes e funcionários e ofere-

cer uma escala de revezamento para os funcionários. Bancários consideradas de grupos de risco (idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas) não deverão voltar às atividades. O governo recomenda ainda que os bancos adotem iniciativas para evitar grande quantidade de pessoas reunidas nos espaços.

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doença. Segundo o governador Ibaneis Rocha, atualmente, o DF faz de 1 mil a 1,2 mil exames por dia, nas redes pública e privada. Especialistas destacam que a identificação dos pacientes infectados é essencial para um diagnóstico preciso e para o isolamento mais rápido e eficaz dos casos de risco.

NÚCLEO BANDEIRANTE DIVULGAÇÃO

Bancos voltam a abrir

Os testes para a detecção do novo coronavírus serão ampliados. O GDF adquiriu 150 mil testes e prepara a compra de outros 150 mil para atender a previsão de testar 10% da população local. A intenção é afinar o quadro de propagação e embasar as próximas decisões do Executivo para controlar a

O governador Ibaneis Rocha (MDB) nomeou, terça-feira (7), a primeira-dama Mayara Noronha (foto) como secretária de Desenvolvimento Social do GDF. Ela passa a cuidar da pasta responsável pela execução das políticas de assistência social, transferência de renda e de segurança alimentar e nutricional. Segundo Ibaneis, assim como ele, Mayara doará o salário. O cargo, até então, era ocupado, cumulativamente, pelo secretário de Governo, José Humberto Pires, por indicação da deputada federal Flávia Arruda (PL).

AGÊNCIA BRASÍLIA

Primeira-dama assume Desenvolvimento Social

Lar dos Velhinhos pede ajuda Desde o início das medidas restritivas contra a covid-19, as doações para o Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante, caíram em cerca de 80%, segundo responsáveis pela casa.

Faltam produtos de limpeza higiênica e pessoal e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os colaboradores do lar. Quem puder ajudar a instituição pode ligar para: (61) 99352-0912 e (61) 3552-0504.


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O grande desafio depois da pandemia

É

sabido que uma nova onda de consequências da pandemia do novo coronavírus virá no campo econômico. Isso é fato. Mas não se pode contrapor a salvação da economia à proteção da saúde e da renda dos cidadãos, como diversas propostas que partem do Executivo e do Legislativo o fazem. Exemplos de propostas dessa natureza são a redução de salários de servidores públicos rejeitada pela Câmara dos Deputados na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 10/2020; a permissão para redução de salários e de jornada de trabalho em até 70% prevista na Medida Provisória (MP) 936, que tramita no Senado Federal; e a Proposta de Lei Complementar (PLP) 83/2020, do deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), que prevê cortes de 10% a 20% nos salários dos servidores. Às grandes empresas e ao mercado financeiro nem se cogitou so-

bretaxação para ajudar no esforço contra a pandemia. Ao contrário, foram ajustados aportes de recursos e incentivos de naturezas diversas. Mas o que vai acontecer depois? O mercado não vai se equilibrar caso o trabalhador seja privado da capacidade de consumo. Não são poucos os economistas ao redor do mundo que têm apontado que medidas de austeridade, como os cortes salariais, aumento do desemprego e supressão de garantias sociais, podem agravar a crise e aprofundar uma depressão já prevista. Um dos estudos conduzidos na área compara os efeitos na economia da atual pandemia aos da Gripe Espanhola, que assolou o mundo há 100 anos. Elaborado por integrantes das equipes do Federal Reserve Board (o sistema de bancos federais dos EUA), do Federal Reserve Bank of New York e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o estu-

do Pandemias provocam depressão econômica, intervenções de saúde pública não (tradução livre) mostra, entre outros aspectos, que as medidas de contenção social adotadas mais cedo permitiram uma recuperação econômica mais rápida. Nessa esteira da avaliação da proteção das pessoas e da renda das famílias como forma de garantir uma recuperação mais rápida da economia, o Correio Braziliense publicou matéria na qual a economista Monica Bolle, do Peterson Istitute for International Economics, de Washington, afirma que se a MP 936 passar, o desemprego vai aumentar, os preços vão cair e o Brasil entrará em uma depressão maior do que a prevista. Em suma, o fato é que o mercado não vai se salvar com o sacrifício do trabalhador e nem vai se recuperar com a queda do poder de consumo das famílias. É necessário socorrer

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

as empresas, mas é fundamental o gasto do Estado com o trabalhador, tanto do setor público quanto do privado, não só mantendo, mas aumentando sua renda, para que esse dinheiro faça fluir a economia.

Capoterapia

Um aliado no combate ao coronavírus Pollyanna Villarreal Em março, quando o Brasil foi invadido pelo novo coronavírus, o isolamento social se tornou a regra sensata para barrar o avanço da doença. Com isso, aprofundou-se também a solidão de idosos e de outros grupos sociais que participavam presencialmente de aulas de capoterapia. Ao se deparar com a situação, o professor de capoeira Gilvan Alves de Andrade, o Mestre Gilvan, reagiu. Lançou um programa para aproximar as pessoas virtualmente e mantê-las em movimento. “O novo programa nasceu da necessidade de consolidar laços de admiração e respeito, bem como o compromisso com quem tanto fez por nós”, diz o capoeirista. Ele criou a “Capoterapia em Casa”. Uma novidade do Programa Nacional de Capoterapia para possibilitar o desfrute da modalidade em todos os lares. “Com isso, por meio de dezenas de profissionais

capoterapeutas, foram criados grupos regionais e estaduais de alunos e familiares por meio de um aplicativo que disponibiliza, diariamente, um vídeo com aulas gratuitas. “Centenas de pessoas em todo o País estão usando o App e comungando de uma movimentada corrente do bem”, afirma Mestre Gilvan. Ele tem impulsionado a ferramenta para o maior número de entusiastas, a fim de promover atitudes que assegurem o bem-estar. “Juntos, todos são mais fortes”, acredita. O Capoterapia em Casa começou no dia 23 de março e já oferece 10 aulas gratuitas. “É uma ação conjunta. Estamos entregando à comunidade de várias partes do Brasil vivências de capoterapia laboral para que as pessoas pratiquem a modalidade em sua própria casa. O intuito é melhorar o condicionamento físico e, consequentemente, a imunidade, sobretudo de pessoas idosas e com doenças crônicas”.

IMAGENS REPRODUÇÃO TV

Confira os endereços eletrônicos para acessar as aulas: 1ª - https://www.youtube.com/watch?v=zuK7Zhx88yc&t=11s 2ª - https://www.youtube.com/watch?v=L8e0H4i4c1c&t=334s 3ª - https://www.youtube.com/watch?v=UIVYWw3FPGw 4ª - https://www.youtube.com/watch?v=6TQLfSEJVhI 5ª - https://www.youtube.com/watch?v=FqQns3Fmqd8 6ª - https://www.youtube.com/watch?v=xejShWdRzXE&t=93s 7ª - https://www.youtube.com/watch?v=SnThLE-T8T4&t=7s 8ª - https://www.youtube.com/watch?v=e4jKLp-Kb9E&t=98s 9ª - https://www.youtube.com/watch?v=SRooh1WznlI&t=271s 10ª - https://www.youtube.com/watch?v=00Gcgc5wpP0&t=183s


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Caesb faz 51 anos e homenageia empregados IMAGENS REPRODUÇÃO TV

Empresa produz filme estrelado por trabalhadores anônimos que garantem água e esgotos tratados em todo o DF Orlando Pontes Adriano, Fábio e Sueli; Renata e Jorge; Karina, Aparecido e Gleyston; Sthenyo e Itevaldo; Eluiza, Ivana, Neide, Edione. Essas são algumas das estrelas do vídeo comemorativo dos 51 anos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). O elenco de anônimos do filme de 3 minutos faz parte do time de 2.200 colaboradores da empresa que há mais de meio século presta serviços essenciais para a população, como o abastecimento de água e a coleta e tratamento de esgotos. E em época de calamidade, como na atual pandemia causada pelo novo coronavírus, o saneamento básico torna-se uma garantia de saúde pública. Nesse aspecto, a população de Brasília se sente tranquila, como confirmam os

altos índices de satisfação com o trabalho prestado pela Caesb. FIQUE EM CASA – Ao completar 51 anos na quarta-feira (8), a empresa trocou a festa por uma campanha de conscientização da população, colocando a saúde em primeiro lugar. “Por você e para você, a Caesb não para. Fique em casa por nós”, dizem os colaboradores, no papel de atores, apelando para que as pessoas evitem aglomerações. “Abraços, apertos de mão e comemorações vão ter que esperar”, orientam. A decisão de produzir o vídeo foi da diretoria da Companhia para não deixar a data passar em branco. Ao mesmo tempo, a empresa aproveitou para homenagear os funcionários. “A Caesb não pode parar. E isso só é possível graças ao trabalho de cada um deles”, diz a secretária-geral, Cláudia Marques.

Funcionários de todas as áreas da Caesb participaram do vídeo. A secretária-geral, Cláudia Marques (foto a baixo), integra a nova diretoria que implantou novo ritmo à empresa MARCO PEIXOTO/CAESB

Prestação de serviços Desde 15 de março, a Caesb cumpre rigorosamente os atos normativos decretados pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) e, a partir do dia 23 do mesmo mês implantou o regime de teletrabalho em algumas unidades. Na sede da empresa, a presidência, secretaria-geral, diretorias, ouvidoria, comunicação social e outras áreas adotaram um revezamento presencial para não interromper os serviços essenciais prestados à população. O atendimento ao público está suspenso nos escritórios regionais para evitar aglomeração de pessoas, mas continua sendo prestado de forma ininterrupta nos meios virtuais, como site, aplicativo de celular e Central de Relacionamento com o Cliente, pelo número 115. As operações continuam funcionando normalmente nas Estações de Tratamento de Água (ETA) e de Esgoto (ETE). A Caesb atende 2,59 milhões de pessoas com serviços de abastecimento de água e 2,45 milhões com serviços de esgotamento sanitário. No último ano, foram implantadas 30 mil ligações de água e esgoto no DF. Atualmente, são 686.512 pontos de água e 586.039 de esgoto. Isso significa que 99% da população é atendida com água de qualidade. Em relação ao esgoto, 89,28% são coletados e 100% tratados. A empresa tem nível de atendimento excelente, segundo avaliação de Desempenho da Prestação dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do DF, publicada anualmente pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).


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ESPÍRITA

José Matos Uma nova humanidade? Pandemia tem despertado as pessoas para o exercício da generosidade, mas é preciso continuar após sua passagem No final do Apocalipse, o apóstolo João escreveu: “Aí eu vi um novo Céu e uma nova Terra (...) e Deus limpará dos seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas (...) eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim. A quem

quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida “. Todos os Avatares que passaram na Terra falaram de dificuldades que a humanidade enfrentaria, mas foram unânimes em garantir a vitória final do bem. Epidemias, guerras e catástrofes são passageiras e atendem à Lei do Progresso

NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro O que fazer para não engordar na quarentena A dica é seguir uma dieta com frutas e carnes magras e ser criativo nos exercícios dentro de casa Estamos vivendo uma situação que não imaginávamos. Por causa da pandemia do novo coronavírus, nós, moradores do Distrito Federal, temos de ficar em casa pelo menos até o dia 3 de maio para evitar contato social e aglomerações, reduzindo assim o ritmo de contágio co-

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

munitário pelo novo coronavírus. Muitas pessoas estão fazendo teletrabalho, as crianças, adolescentes e adultos estudantes estão tendo aulas remotas, o que, muitas vezes, aumenta a ansiedade em ficar o dia todo. As pessoas já estão reclamando que não param de comer e que estão engor-

que se realiza pelo cumprimento da Lei de Solidariedade, tão bem exemplificada por este garoto do Vietnã carregando seu irmão: “Dizem que durante um bombardeio americano no Vietnã, um garoto de 10 anos tentava fugir com um menino de 4 anos em suas costas. Indagado se não era muito peso para a fuga, respondeu: Ele não é um peso, é o meu irmão”. É utopia imaginar que um dia os seres humanos tenham atitude semelhante com qualquer um? Pode ser, mas a utopia é necessária, mesmo quando não se consegue, avança-se. Sem ideal, sem sonho, morre-se em vida. A pandemia tem despertado as pessoas para o exercício da generosidade, mas precisa continuar após a sua passagem, ou novas epidemias virão, porque elas são remédios amargos, mas necessários. Mestre Osho costumava dizer: “Jesus Cristo foi assassinado porque quis viver como são num mundo de insanos”.

O Domingo de Ramos representa bem a humanidade atual: Jesus é recebido com festa e na sexta-feira é assassinado. “A mão que afaga é a mesma que apedreja”, dizia o poeta Augusto dos Anjos. É tempo de começar e incentivar um mutirão mundial pela cooperação, passando do “eu” para o “nós”. Os egoístas só lembram de cooperação quando precisam de sangue, órgãos ou quando querem ser socorridos. É bom lembrar que o necessitado de hoje pode ser um de nós amanhã. “Sem o azeite da cooperação a máquina da vida não funciona”. “A vida existe em cooperação e não em competição. O outro não é um competidor, mas uma existência complementária que nos torna mais ricos”, ensinou o mestre indiano Osho.

dando. E você? Se vê nessa situação? Uma recomendação importante, tanto para reduzir a ansiedade como para ter algum gasto a mais de energia nesse período de confinamento, é realizar exercícios em casa. Para isso, existem aplicativos com exercícios que podem ser realizados com o peso do próprio corpo. Além disso, no jornal e em redes sociais, professores de educação física têm ajudado nessas orientações, sobre o que fazer de exercícios em casa. Agora vamos à parte da alimentação, que faz toda a diferença. Mesmo que você faça exercício em casa, se não observar e controlar o que come não terá como evitar o ganho de peso. A primeira orientação é tentar fazer um bom café da manhã, que lhe dê saciedade. Opte por frutas, pães ou cereais integrais e uma porção de alimentos proteicos, como ovos ou queijo branco. Se você gosta de beber algo, dê preferência aos chás gelados (sem adição

de açúcar) ou café também sem açúcar. Coma frutas nos intervalos das refeições principais para ajudar a controlar a fome e dar mais saciedade. Não belisque biscoitos ou tome líquidos açucarados. Dê preferência, realmente, às frutas. Mantenha a hidratação com água ao longo do dia. No almoço e jantar (sim, prefira o jantar a pequenos lanches à noite), opte por comer a salada antes do prato principal e tenha sempre carnes magras no prato. No almoço coma arroz integral e nosso querido feijão, além de legumes cozidos. À noite, se preferir, coma salada, legumes e a carne. Seja criativo na cozinha! Se você tiver dificuldade em planejar o cardápio de casa, peça ajuda a um nutricionista. Estamos realizando atendimentos online!

José Matos Professor e palestrante

Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)

CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF

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CBF socorre clubes com R$ 19,1 milhões Dinheiro será dividido entre equipes das séries C e D, futebol feminino e 27 federações

RICARDO BOTELHO

Gustavo Pontes Com a paralisação de todas as competições devido à pandemia do novo coronavírus, os clubes estão tendo prejuízos financeiros. As agremiações menores são as mais atingidas e passam por dificuldades para manter o pagamento dos funcionários e dos atletas diante da incerteza de quando os campeonatos recomeçarão.

O Real Brasília será contemplado com a ajuda da CBF por estar no Brasileirão Feminino

Pensando nisso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um repasse de R$ 19,1 milhões para os clubes das séries C e D, para os que disputam as séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro

Feminino e para as 27 federações. No Distrito Federal, a medida beneficiará os dois representantes na série D (Gama e Brasiliense) e o Minas Icesp e Real Brasília, que disputam, respectivamente, as séries A1 e A2 do Brasileiro Feminino. Os valores do benefício são: 20 da Série C (R$ 200 mil cada) 68 da Série D (R$ 120 mil cada) 16 da Série A1 do Brasileirão feminino (120 mil cada) 36 da Série A2 do Brasileirão feminino (R$ 50 mil cada) Além da bonificação, os clubes das séries mencionadas estão isentos, por tempo indeterminado, do pagamento das taxas de registro e transferência de atletas.

Medida frustra times sem divisão O socorro aos clubes das divisões inferiores e aos que disputam os campeonatos femininos nacionais frustrou a grande maioria das agremiações do futebol brasileiras, que, no momento não participam dos torneios nacionais. Elas alegam que na volta dos torneios estaduais e regionais terão sérias

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dificuldades para manter seus elencos por mais tempo. No Distrito Federal, por exemplo, dentre os clubes que participam do Candangão, apenas Gama e Brasiliense foram contemplados com o benefício – o Real Brasília também foi beneficiado, mas por conta da participação no Campeo-

nato Brasileiro Feminino. Os demais times classificados para a próxima fase estão passando por dificuldades financeiras, vivem a incerteza sobre a volta do Candangão e possuem a maioria dos atletas com contrato apenas até o fim de abril, quando estava previsto o fim da competição.

Como ficam os salários dos jogadores? A discussão sobre salário dos jogadores durante a pausa das competições é um assunto que vem sendo discutido no Brasil e no mundo e deve ser tratado caso a caso. Na Europa, os gigantes espanhóis Barcelona e Atlético de Madrid reduziram em 70% os salários de seus jogadores. Na Alemanha, os principais clubes doarão 20 milhões de euros para ajudar times menores. No Brasil, ainda há muita incerteza e os clubes estão começando a se posicionar sobre o assunto. Atlético-MG e Fortaleza foram os primeiros a anunciar o corte em parte dos salários dos jogadores. Já o Botafogo anunciou que manterá o pagamento integral, ao menos em março e abril, podendo ter outro posicionamento se a crise se estender por mais tempo. Em Brasília, dentre os oito clubes classificados para o mata-mata, apenas Gama e Brasiliense têm calendário depois do Candangão. Por isso, mantêm contratos mais longos com seus jogadores. E com a ajuda da CBF, devem pagar integralmente os jogadores, assim como o Real Brasília. O Formosa rescindiu os contratos dos jogadores no dia 1º de abril, enquanto o Capital suspendeu os contratos. Luziânia e Taguatinga estão aguardando um posicionamento mais claro da Federação de Futebol do DF e o Sobradinho afirmou apenas que irá manter o que foi combinado com os atletas.


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