Jornal Brasília Capital 426

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Ted Falcon retorna a Brasília faz vários shows na cidade

Governador dá administrações a distritais e reclama de não poder usar dinheiro do FCDF

Violinista norte-americano vai se apresentar na Thomas Jefferson e no Clube do Choro

Pelaí - Página 3

Ano VIII - 426

Brasília, 17 a 23 de agosto de 2019

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Ibaneis realinha base na Câmara e diz que TCU “é uma merda”

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CHAPADA DOS VEADEIROS

Paraíso ameaçado Grileiros e agronegócio avançam sobre o parque nacional e destróem uma das mais belas áreas do Cerrado. Prefeito de Alto Paraíso quer duplicar perímetro urbano Página 7

DIVULGAÇÃO

O parque nacional é tombado pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 17 a 23 de agosto de 2019 - bsbcapital.com.br

E

x p e d i e n t e

Nenhum povo deve abrir mão de sua autonomia Márcio Buzar

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).

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O debate sobre privatização de serviços públicos essenciais sempre será ideologizado porque sempre traz no seu bojo questões de visão de mundo e deve ser contextualizado nas experiências de sucesso e fracasso. E, é claro, há sempre um pensamento politico por trás da concepção de como deve ser o rumo das sociedades. O modelo de privatização foi idealizado pelo grupo que historicamente adotou o discurso do Estado Mínimo, que deve se ater somente no cuidado da Saúde e da Educação. Na década de 1980, se firmaram-se tais experiências nos governos de Ronald Reagan, nos EUA, e de Margareth Thatcher, no Reino Unido, depois se espalhando por toda a Europa. No começo, foi um entusiasmo. Privatizou-se de tudo - transporte, luz e água. Era fácil. Esses países tinham uma rede de serviços com infraestrutura pronta, que não carecia de grandes investimentos e dava lucro. Passados mais de 30 anos, a população cresceu, as cidades se expandiram e os investimentos das companhias privadas não aconteceram. Não é fácil e custa caro fazer uma rede de abastecimento de água ou uma hidrelétrica em locais distantes. Mas como ficam as populações que moram mais longe e que, geralmente, são mais pobres? Sem serviços essenciais? Por isso, hoje, esses países estão remando de volta para o Estado os seus serviços essenciais. Muitas cidades nos EUA já reestatizaram as companhias de água. Na Inglaterra, os trens estão sendo reestatizados porque as passagens se tornaram tão caras que inviabilizou o negócio. Na Itália, o custo da energia é tão alto que as pessoas descem dos apartamentos e vão para as praças se aquecer perto de fogueiras, como era antes da luz elétrica. Como pode um serviço tão essencial à vida não ser compartilhado por todos? A empresa privada não tem o mesmo objetivo que as estatais. O Estado deve prover o bem-estar social. A empresa privada busca o lucro. Ela tem vantagens, como agilidade e

O Estado deve prover o bem-estar social. A empresa privada busca o lucro. A CEB não pode ser vista apenas pelo balanço financeiro liberdade para dirigir seus negócios. O Estado é mais lento pelas amarras da própria auto-burocracia. Mas só o Estado vai se sacrificar para entregar água e luz em comunidades pobres, distantes. A empresa vai abrir seus balanços financeiros e identificar que a comunidade não gera lucro e, portanto, não deve ser atendida. A CEB não pode ser vista apenas pelo balanço financeiro, coisa que a iniciativa privada vai priorizar. Você acha que, privatizada, a CEB vai levar luz para o Sol Nascente, onde tem tantas pessoas pobres que, em geral, não conseguem pagar a conta de luz? Na realidade, parte da CEB já está privatizada. Ela é uma Sociedade Anônima Aberta. O Distrito Federal não tem mais autonomia para solicitar a instalação imediata de uma rede de energia elétrica. É necessário um processo licitatório, que, geralmente, é demorado e nos deixa à mercê da qualidade das empresas que vão participar da licitação. Muitas das obras paradas em Brasília são decorrência da falta de autonomia do Estado sobre a CEB. Isso acontece no Sol Nascente, no Trevo de Triagem Norte e em Vicente Pires. Não por uma negação espontânea da empresa. É que o modelo atual de negócio não permite mais essa agilidade. Mas isso não acontece com a CEB que cuida da iluminação pública. Nesta, ainda bem, o Estado tem uma certa autonomia e pode determinar a execução imediata dos serviços de uma praça, de uma escola. Ações básicas de um Estado civilizado. O quesito do lucro é significativo para as empresas. Hoje, o valor mais alto do Kw/h no Brasil é no Amazo-

nas R$ 1,07), seguido do Pará, Rio de Janeiro e Maranhão. No Maranhão, a Cemar foi privatizada há muito tempo e seus serviços deixam a desejar. Lembro-me de um caso que exemplifica a prioridade no interesse público. Reuniram-se representantes de dez embaixadas que ficam próximàs à Vila Planalto com a Novacap, DER e CEB. Conseguimos atender com agilidade todas as reinvindicações deles: asfalto, drenagem, iluminação e sinalização de vias. Porém, o que mais os embaixadores reclamavam era da falta de rede de internet no setor. Mas as companhias telefônicas, quando fizeram as contas para levar fibra ótica até as embaixadas, viram que não dava lucro. Até hoje as embaixadas estão sem internet de alta velocida. O transporte público de ônibus no DF é todo privado. O serviço é péssimo. Mas durante anos os empresários enriqueceram. Alguns ficaram bilionários e o povo contínua acordando cedo e sendo amassado dentro de ônibus poucos e superlotados. Durante as crises hídricas em São Paulo e no DF, quem deu resposta mais eficiente: o modelo semiprivado da Sabesp ou o 100% público da Caesb? Sem dúvida, Brasília foi mais eficiente. A Caesb foi rápida. Construiu a primeira Estação de Tratamento de Água do Lago Paranoá, fez a captação do córrego Bananal, retomou o complexo de Corumbá, entre outras ações. Já a Sabesp demorou mais de dois anos para tomar decisões importantes pois devia lealdade as seus acionistas. Água e a luz são essenciais à vida humana, e nenhum povo deve abrir mão de sua autonomia. A CEB está cheia de defeitos - salários altos, ações em Bolsa de Valores e, o mais grave: o corporativismo, talvez o de maior custo para a população, que é a perda de visão dos funcionários do que é ser servidor público. Essa crise de identidade permeia em todos os órgãos públicos e precisa ser superada. É necessário recuperar o sentido de se fazer o bem, pois vivemos em sociedade.

Professor associado da UnB


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JÚLIO PONTES/BSB CAPITAL

DORES NO PEITO - O deputado distrital Chico Vigilante (PT) foi internado no Hospital do Coração do Brasil, na noite de quinta-feira (15), após sentir dores no peito durante as atividades do mandato. O parlamentar foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ser submetido a exames complementares. Durante todo o tempo, Vigilante esteve consciente e, segundo a família, passa bem.

ORLANDO PONTES/BSB CAPITAL

5 PERGUNTAS PARA O ADMINISTRADOR DE TAGUATINGA GERALDO CÉSAR ARAÚJO ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL

Édson de Castro, Paula Belmonte, Karolyne Guimarães, Lucinha, Geraldinho, Reginaldo Veras e Rodrigo Delmasso: apoio político e do setor produtivo ao novo administrador de Taguatinga

Ibaneis realinha base na Câmara O governador Ibaneis Rocha deu sequência, na semana que passou, aos rearranjos de sua base política. E usou a velha estratégia de entregar administrações regionais para aliados. Na Estrutural, trocou Germano Guedes (PRB) pelo policial militar Fábio Borges Ferreira da Costa. A indicação é do presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB). SOL NASCENTE E PÔR DO SOL - No dia seguinte, o chefe do Executivo sancionou a criação da RA do Sol Nascente e Pôr do Sol, que deixam de pertencer à Ceilândia. O comando da nova regional ficou com Goudim Carneiro, seu cabo eleitoral. O delegado Fernando Fernandes (Pros) reassumiu o mandado de deputado distrital. No lugar dele, interinamente, ficou

Cláudio Domingues Ferreira. TAGUATINGA - O remanejamento de Karolyne Guimarães de Taguatinga para a vaga de Ney Robsthon, em Águas Claras, anunciado dez dias antes, com exclusividade, pelo Brasília Capital, se confirmou. A vaga passa a ser ocupada pelo empresário Geraldo César Araújo, o Geraldinho da Globo Esporte, com a chancela do distrital Agaciel Maia (PR). ARNIQUEIRAS - Agora, o governador vai esperar o próximo evento Câmara em Movimento para separar de Águas Claras os setores Arniqueiras, Areal e Área de Desenvolvimento (ADE). Assim, acomodará a suplente Telma Rufino (Pros), cujo gabinete agora é ocupado pelo titular Fernando Fernandes.

“TCU não serve para m... nenhuma”

Qual a motivação para enfrentar o desafio de administrar Taguatinga? – O carinho e o amor pela cidade. Por ser morador há mais de 50 anos, pretendo fazer por Taguatinga aquilo que eu gostaria de fazer na minha própria casa. Quero descobrir o que a população precisa e ajudar na solução desses problemas. O que a população de Taguatinga precisa? – Mais carinho, conforto e saúde. As pessoas querem uma cidade mais humana, onde o cidadão possa ter segurança para criar seus filhos. Qual o legado lhe deixa sua antecessora, Karolyne Guimarães? – Ela me entrega uma cidade com o pensamento positivo, com iniciativas boas e bons projetos implantados. E nós pretendemos dar sequência a esse trabalho. Qual a participação do deputado Agaciel Maia na sua indicação? – Agaciel Maia é um líder. E os líderes se conhecem. Ele sentiu que comigo ele teria uma cidade onde poderá buscar uma situação mais favorável a ele. Além do deputado, você tem a simpatia do Sindivarejista e da CDL. Como será a sua relação com o empresariado? – Uma relação de transparência e amizade, de companheirismo e de participação.

Ficha suja

AGÊNCIA BRASÍLIA

Ibaneis fez duras críticas ao Tribunal de Contas da União na quinta-feira (15). “O TCU, na minha visão, [...] não serve para nada. A não ser para atrapalhar a vida de governos e de governantes”. Durante solenidade no Buriti, o governador falou ainda que a Corte “gasta bilhões e não serve para m... nenhuma”. As declarações foram em resposta a uma decisão do tribunal

(provisória), na quarta-feira (14), proibindo o GDF de usar recursos do Fundo Constitucional do DF para pagar benefícios a aposentados e pensionistas da Educação e da Saúde. Em nota, o TCU “lamenta e recebe com surpresa a forma, o tom e o teor das declarações. “A Corte trata com seriedade, transparência e observância à legislação todos os processos que julga”, diz o texto.

O novo administrador da Estrutural, major Fábio Costa (foto), está cumprindo sentença de suspensão funcional por infringir o artigo204doCódigodeProcessoPenal Militar, segundo a Ação Penal Militar nº 2015.01.1.0104439. Ele está com os direitos políticos suspensos pela Lei da Ficha Limpa, condenado pelo Exercício de Comércio por Oficial por comercializar serviços de uma empresa com as corporações do Corpo de Bombeiros e da própria PM.


GARANTIR À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE

Com atribuições previstas no artigo 136 do ECA, o conselheiro tutelar atende crianças e adolescentes diante de situações de violação de direitos. Também é dever do conselheiro atender e aconselhar os pais ou responsáveis dessas crianças e adolescentes. A partir do atendimento, o profissional aplica medidas de proteção.

Votação: 6 de outubro. Escolha os conselheiros tutelares de sua cidade. Informe-se: conselhotutelar.sejus.df.gov.br


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Concursados da Codhab cobram nomeação

Infográfico disponibilizado no site da Câmara dos Deputados não deixa dúvidas: os empresários dominam o plenário contra uma minoria de trabalhadores

Quem manda na Câmara são os patrões Da Redação Levantamento feito pela Câmara dos Deputados mostra que a maior bancada da Casa é a dos empresários. São 107 parlamentares identificados como patrões. Enquanto isso, a classe trabalhadora tem pouquíssimos representantes. Isto, provavelmente, explique o avanço de pautas que retiram direitos dos trabalhadores e aumentam o poder dos empregadores. A outra parcela do arrocho pode ser creditada na conta das propostas ultraliberais do governo comandado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).Mas o movimento de retirada de conquistas dos trabalhadores coloca o Brasil na contramão das políticas públicas e trabalhistas do restante do mundo. A última demonstração de força da bancada empresarial aconteceu na terça-feira (14), com a aprovação da Medida Provisória 881, da Liberdade Econômica. De autoria do governo Bolsonaro, a proposta viola a Constituição, aprofunda a reforma trabalhista e acaba com direitos tra-

balhistas consagrados. Determina o fim das restrições de trabalho aos domingos e feriados e do pagamento em dobro do tempo trabalhado nesses dias se a folga for marcada em outro dia da semana. CONSTITUCIONALIDADE - A MP da Liberdade Econômica trata direitos trabalhistas como burocracias e entraves e desregulamenta o trabalho no Brasil, ao limitar o poder de regulação do Estado sobre a atividade econômica e diminuir a atuação do Fisco. Na votação de terça, partidos de oposição apresentaram destaques tentando barrar a mudança e manter as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas todos foram rejeitados e ficou mantido o texto-base aprovado na forma de emenda do relator, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Na terça (13), durante uma audiência pública sobre a MP, no Senado, especialistas ouvidos pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) contestaram a constitucionalidade da MP. Valeir Ertle, secretário de As-

suntos Jurídicos da CUT, afirmou que a MP não cumpre os requisitos de relevância e urgência exigidos pela Constituição e classificou o texto de “Frankenstein”. Ele disse que a CUT é favorável a projetos que reduzam a burocracia sobre as empresas, mas não esta MP, que “leva o país à ‘selvageria’ na negociação com os trabalhadores”. Viviane de Faria, diretora legislativa da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, disse que a MP viola a Constituição ao suprimir direitos que sequer deveriam estar sendo discutidos. E considera ilegais os termos que excluem da proteção laboral os trabalhadores que recebem mais de 30 salários mínimos. Ainda na audiência pública, Márcio Amazonas Cabral de Andrade, procurador do trabalho, considerou a MP uma tentativa desleal, disfarçada e irresponsável de promover uma nova reforma trabalhista, atacando as instituições da República, notadamente, a independência do Ministério Público do Trabalho.

Cerca de 100 aprovados no concurso da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), realizado em novembro de 2018, cobram a nomeação para assumir suas funções. O certamente foi homologado em abril deste ano, mas as vagas continuam preenchidas por servidores comissionados de livre provimento. A contratação de comissionados chega a 93% da força de trabalho do órgão. Esse fato, segundo os concursados, desrespeita o preceito constitucional de que o percentual deve ser, no máximo, de 50%. Para reverter tal situação, o grupo elegeu uma comissão de representantes que, em maio, se reuniu com o presidente da Codhab, Wellington Luiz, que elencou uma série de empecilhos para justificar o atraso das nomeações. Dentre eles, a ausência de uma carreira estruturada que comportasse a nomenclatura dos cargos criados no concurso. Ou seja, há uma série de carreiras existentes no órgão, mas os cargos do concurso têm nomes diferentes. Apesar disso, há orçamento na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que sejam feitas as nomeações. A comissão fez uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho. O processo foi encaminhado à Codhab. “Entretanto, há um mês tramita internamente sem que possamos saber de seu conteúdo. O órgão argumenta que o documento está em análise e sem parecer conclusivo”, protestam os concursados. “Já foi dado o prazo de seis meses, posteriormente alterado para vinte dias, para que possamos acessá-lo, mas os funcionários da Codhab dão respostas inconclusivas”. Em mais uma tentativa de resolver o problema, o grupo pediu ajuda ao deputado Reginaldo Veras (PDT), que marcou uma reunião com a direção da companhia para a quarta-feira (21).


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Margaridas enfeitam a Esplanada LULA MARQUES

Cem mil pessoas participam da Sexta Marcha em defesa dos direitos das mulheres Da Redação Cem mil pessoas participaram, quarta-feira (14), em Brasília, da 6ª Marcha das Margaridas, segundo cálculo dos organizadores. A Polícia Militar não divulgou sua estimativa. A cidade parou. O trânsito deu um “nó”. Enquanto o início da passeata apontava na rodoviária, os últimos manifestantes ainda saíam do Parque da Cidade, na altura do Palácio do Buriti, ocupando três faixas do Eixo Monumental. Organizadas em blocos por região do Brasil, e cada região dividida em estados, as delegações caminharam por mais de três horas do Parque da Cidade ao Congresso Nacional. A edição de 2019 da marcha superou todas as anteriores. Este ano, a Marcha das Margaridas contou com a participação da 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, ocorrida na terça-feira (13). As margaridas saíram às 7h do Pavilhão do Parque. Às 11h ainda havia delegações chegando à Esplanada dos Ministérios. “Mulheres vieram dos quatro cantos do Brasil para defender a pauta das mulheres”, descreveu Vilmara Pereira do Carmo, coordenadora da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF).

Mulheres vieram dos quatro cantos do Brasil - algumas viajaram até cinco dias - para participar da caminhada de três horas em defesa de seus direitos

Chegada ao Congresso Nacional foi o ponto alto O ponto alto da marcha, que homenageia a líder sindical dos trabalhadores rurais Margarida Maria Alves, assassinada em 1983 por defender os direitos humanos, foi no encerramento do trajeto, no Congresso Nacional, onde ocorreram os discursos dos parlamentares, sindicalistas, feministas e militantes dos movimentos sociais brasileiros e estrangeiros. Este ano, a Marcha foi centrada na defesa da vida e da sobrevivência das mulheres, com foco da pauta econômica, política e em defesa da educação pública e de qualidade em todos os níveis. A manifestação também criticou a produção agrícola com veneno, que está fora de controle no Brasil, e defendeu o direito à terra e à água, por causa da privatização das

fontes de água mineral. As trabalhadoras rurais denunciaram o tratamento que o governo Bolsonaro vem dando à agricultura familiar, com corte de recursos financeiros e outros ataques. As margaridas marcaram posição contra a privatização da Previdência, apontando que as mulheres serão as mais prejudicadas, sobretudo as trabalhadoras rurais. SEXUALIDADE - Trouxeram também a pauta da sexualidade e da defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. “Neste momento em que estamos perdendo tantos direitos, em que a gente está vendo a aprovação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado, as margaridas marcham contra esta reforma”, diz a

representante do Sinpro. A marcha trouxe várias características novas que refletem o que está acontecendo na sociedade brasileira do campo e da cidade. Uma delas é a participação de uma grande quantidade de mulheres jovens que estão assumindo o lugar de suas famílias na agricultura familiar – modelo de agricultura que representa 70% do alimento que chega à mesa dos brasileiros. Letícia Montandon, também diretora do Sinpro-DF, disse que a marcha deste ano imprimiu um novo significado à luta das mulheres e do movimento sindical. “Foi um momento importantíssimo, porque reuniu mulheres de todo o país e de todas as camadas sociais que, apesar das angústias, aflições e dificuldades, são capazes de se

indignar e irem à luta”. ATAQUES - Muitas margaridas viajaram até cinco dias para participar de duas horas de caminhada em Brasília. “Elas mostraram ao país, ao mundo e, sobretudo, às mulheres, que estamos juntas contra essa profusão de ataques a direitos que este governo tem desferido contra a classe trabalhadora”, concluiu Letícia. HISTÓRICO – A Marcha das Margaridas ocorre desde 2000, inspirada na luta de Margarida Maria Alves, assassinada no dia 13 de agosto de 1983 a mando de latifundiários. A Marcha, que acontece nos dias 13 e 14 de agosto, em Brasília, é a maior ação conjunta de mulheres trabalhadoras da América Latina.


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CHAPADA DOS VEADEIROS

Grilagem destrói Parque Nacional DIVULGAÇÃO

Pollyana Villarreal Os grileiros de terras públicas estão destruindo o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e reduzindo a área da unidade de conservação para menos de 10%, apesar do decreto do governo Michel Temer que ampliou a área de 65 mil hectares para 240 mil. A devastação do Cerrado pelo agronegócio do milho e da soja avança aceleradamente. Da BR-118, que liga Brasília a Alto Paraíso (GO), se vê o avanço das plantações, que se estendem a perder de vista. E a situação pode piorar. Na contramão das políticas ambientais mundiais, o prefeito de Alto Paraíso, Martinho Mendes da Silva (PR), convocou uma audiência pública para o dia 28 de agosto para apresentação do Projeto de Revisão do Plano Diretor Municipal. A advogada Flávia Cantal diz que a prefeitura fez uma licitação rápida e contratou, por meio de carta-convite, a empresa Arismar Silva Guimarães – ME para elaborar o novo plano diretor para Alto Paraíso a fim de mais do que duplicar o perímetro urbano da cidade. Proprietária de imóvel em Alto Paraíso, Flávia diz que ela e outros moradores ingressaram, no Ministério Público de Goiás, com um pedido de intervenção no processo de revisão do atual plano diretor para suspendê-lo imediatamente. “Não podemos impedir o crescimento de uma cidade, mas existem leis que devem ser cumpridas. E essa expansão

ocorrreu na época da elaboração do plano diretor em vigor.

O novo plano diretor de Alto Paraíso duplica a área urbana e ameaça a Unidade de Conservação

urbana deve ser realizada com base na legislação, como, por exemplo, o Código Florestal”, afirma. IRREGULARIDADES – Na petição, a advogada pede ao promotor de Justiça de Alto Paraíso para suspender o processo por não observância do Código Florestal, ausência de estudos ambientais e hidrológicos que autorizem a expansão do perímetro urbano de Alto Paraíso. No documento, ela observa a pressa da prefeitura em pôr em andamento esse processo de modificação do atual plano diretor, aponta irregularidades detectadas pelo Grupo de Trabalho do Plano Diretor do COMDEMA e identifica algumas irregularidades verificadas no processo licitatório. “É absolutamente imprescindível

que tal revisão seja precedida de estudos ambientais, sobretudo estudos hídricos, para que a expansão proposta não acarrete um gravíssimo desabastecimento em uma cidade que já sofre com cortes sistemáticos de água e energia”, aponta a petição. A advogada diz que a prefeitura também não observou as diretrizes da lei nacional de confecção de plano diretor que manda fazer avaliação de capacidade de abastecimento e densidade. “O prefeito não pode simplesmente aumentar o perímetro urbano sem que se avalie previamente a capacidade de captação de água. A gente sabe que têm sido feitas reuniões e algumas audiências públicas, e que esses estudos não estão sendo feitos nem pela empresa e nem por uma equipe de cientistas, como

LOTEAMENTOS – Moradores que estiveram nas reuniões e nas audiências públicas dizem que o projeto é grande e que haverá um aumento significativo do tamanho que vai mais do que dobrar o perímetro urbano da cidade. No projeto do prefeito e de alguns vereadores, haverá possibilidade de novos loteamentos. “A questão é que há uma jurisprudência pacífica no STJ que manda que o Código Florestal seja observado na aprovação de um plano diretor. Ou seja, que sejam identificadas as áreas que não podem ser edificadas. Essa determinação abrange cidades que têm um determinado número de habitantes”, afirma Flávia. Ela diz ainda que não se tem certeza se por trás desse novo plano diretor há o objetivo de regularizar loteamentos irregulares, interesses imobiliários e os já visíveis avanços do agronegócio sobre a APA do Pouso Alto, que é uma zona de amortecimento que protege o Parque Nacional da Chapada, porque o plano diretor ainda não foi concluído. Moradores que não quiseram se identificar garantem que quem tem um lote rural nas proximidades da cidade no valor de R$ 5 mil, com a expansão da cidade irá valer dez vezes mais. E asseguram que é bem possível que existam proprietários e incorporadoras interessadas, pressionando a prefeitura a fazer o novo plano diretor sem as exigências das leis.


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Brasília

Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress. com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Por Chico Sant’Anna

Ibaneis vai privatizar gestão da Rádio Cultura DIVULGAÇÃO

O governador Ibaneis Rocha começou a privatizar a gestão na Cultura pela Rádio Cultura FM, 100,9 Mhz. Criada a fórceps em 1988, a emissora nunca teve, ao longo de sua vida, uma projeto específico de radiodifusão, a exemplo de outras educativas públicas. A Cultura já foi a rádio das bandas de rock da capital, mas também do sertanejo. Agora, seu futuro dependerá da Organização Social que assumir sua gestão. O edital do Termo de Colaboração foi lançado pela Secretaria de Cultura e pegou de surpresa os onze profissionais e os voluntários que lá trabalham. Pelo edital, o GDF pagará R$ 1 milhão por ano para que uma Organização Social assuma a gestão da emissora. A OS também será responsável pela programação, curadoria e modernização da rádio. A OS colaborativa será responsável pela aquisição de novo mobiliário, pela criação de um portal para a emissora e atualização dos programas de informática. Deverá, também “dinamizar a programação jornalística plural”, coordenar a rede de voluntários amigos da emissora, dentre outras tarefas. O contrato terá duração de um ano, mas no edital não está claro se os bens adquiridos pela OS, ao final do contrato, estarão incorporados ao patrimônio da emissora, tampouco o destino dos jornalistas, administrativos e radialistas, que, bravamente fazem a Cultura FM acontecer. A privatização da gestão deve acontecer em novembro. A OS deverá assegurar a injeção de R$ 1,5 milhão em captação externa.

Ao longo de 31 anos, a Cultura FM opera com equipamentos de baixa qualidade, muitos doados por outros órgãos do GDF, como a Terracap

ACM armou para não dar frequência à UnB A Cultura FM caiu no colo do GDF em 1988, no governo Sarney. A Universidade de Brasília requisitava a concessão da frequência, mas o então ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, não queria entregar uma rádio aos “esquerdistas”, que sob a tutela do reitor Cristovam Buarque, comandavam a UnB. Foi aí que o então governador José Aparecido de Oliveira recebeu de ACM a missão de solicitar para a capital a mesma frequência. Coube ao jornalista D’Alambert Jaccoud – que acumulava as pastas da Cultura e do Trabalho – elaborar, às pressas, um projeto de radiodifusão. Como a lei exigia que emissoras educativas fossem geridas por fundações, a rádio foi entregue à extinta Fundação Cultural do DF. Nesses 31 anos, a Cultura FM nun-

ca recebeu a atenção e o orçamento merecidos. Os governadores se alternaram, mas a rádio sempre ficou sob a responsabilidade de abnegados, muitos dos quais trabalhando gratuitamente como voluntários. Não foram poucas as vezes que seus simpatizantes fizeram rifas e festas para adquirir material básico para mantê-la no ar. COMISSÃO - O ex-governador Cristovam Buarque chegou a nomear uma comissão especial para tratar dos destinos da emissora. O grupo sugeriu a criação da Fundação Brasiliense de Comunicação (FBC), que, além da rádio, seria responsável por editar o Diário Oficial do DF; gerir a publicidade oficial do DF e ser o ponto de partida para a exploração do canal público a que o Distrito Federal tem

direito na rede de TV a cabo. Além de ser remunerada pelos serviços do DODF, a FBC receberia a comissão publicitária referente à veiculação da propaganda oficial, em média, 20% do valor da veiculação. Mas o projeto de lei da FBC nunca foi enviado por Cristovam à Câmara Legislativa. Apresentado pela então deputada Maria José Maninha e aprovado em todas as comissões, o projeto chegou ser votado em Plenário entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 1998. Foi então que forças ocultas o retiraram de pauta no dia da votação. Valdomiro Diniz - porta-voz da decisão -, era o assessor parlamentar de Cristovam. Mas o ex-governador nega de pés juntos que tenha mandado retirá-lo da pauta.


Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 17 a 23 de agosto de 2019 - bsbcapital.com.br

O avanço tecnológico ainda não substitui a consulta médica Esta semana, o presidente da Frente Parlamentar da Medicina (FPMed), deputado Hiran Gonçalves, apresentou à Procuradoria Geral da República uma representação contra a prática da teleconsulta médica anunciada por duas grandes operadoras de planos de saúde. Como presidente da Federação Nacional dos Médicos, junto com outras lideranças, eu o acompanhei, porque o assunto é muito preocupante. Para entender bem o que está em discussão é necessário ter clareza de que a consulta médica tem alguns componentes básicos: entrevista ou anamnese e o exame físico, que consiste em: inspeção, com observação visual do paciente; palpação ou percepção pelo tato; e a ausculta ou escuta dos ruídos internos do organismo do paciente. A teleconsulta permite apenas a entrevista médica e, no máximo uma observação imprecisa limitada por equipamento e velocidade da internet. Deixando de lado a prática da consulta médica tradicional, recairia sobre o paciente – com suas capacidades individuais de verbalizar sinais e sintomas e seu conhecimento da ana-

tomia humana – a responsabilidade pelo próprio diagnóstico. A própria qualidade de sinal ou velocidade de banda da internet interfeririam no resultado do atendimento. Isso representa risco à segurança do paciente. Em um modelo de atendimento como o proposto pelas operadoras, os profissionais teriam menos elementos para avaliar o quadro dos pacientes. Isso fatalmente aumenta o risco de percepção incorreta da real situação do paciente, levaria a tratamentos e prescrições inadequadas e ao agravamento da condição do paciente. Aumenta o risco para o paciente e aumenta a probabilidade de erro para o profissional que faz o atendimento, com todas as implicações éticas e legais existentes. A Telemedicina, em si, existe desde os anos 1970, quando se começo a utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para melhorar os desfechos dos pacientes, ampliando o acesso aos cuidados e a informações médicas. A Organização Mundial da Saúde descreve a prática como “oferta de serviços de atenção à saúde, onde a distância é um fator crítico, por profis-

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sionais da área da saúde usando as Tecnologias de Informação e Comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças e agravos, para a pesquisa e avaliação e para a educação continuada em saúde, com o interesse em melhorar a saúde dos indivíduos e de suas comunidades.” Aqui no Distrito Federal, o cardiologista Osório Luís Rangel conseguiu, em 1983, transmitir por telefone os sinais de atividade elétrica do coração de um paciente – isso no Hospital de Base. Antes disso, o telefone servia aos médicos para discussão de casos, depois vieram a internet, os smartphones e a infinidade de aplicativos – alguns que permitem o monitoramento remoto da glicemia e da frequência cardíaca, por exemplo. Aos poucos as tecnologias vão sendo testadas e incorporadas à prática da telemedicina, que está em permanente construção. O que não se conseguiu ainda é substituir o contato humano, o toque e as demais percepções que o profissional obtém na consulta presencial. Suprimir essa relação entre médico e

Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado

paciente atende muito bem aos interesses de quem trata saúde humana como produto de mercado. Para nós, profissionais da saúde, a tecnologia ainda não dá condições de abrir mãos dos métodos que até hoje têm servido muito bem para salvar vidas: anamnese, inspeção, palpação e ausculta. No dia em que houver tecnologia para a análise remota com todos os aspectos que a prática tradicional nos dá, aí sim, poderemos admitir a consulta médica a distância, sem constrangimentos éticos ou temor pela condição de nossos pacientes.


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Ted Falcon retorna a Brasília e faz shows na cidade ARQUIVOS PESSOAIS/TED FALCON

Músico norte-americano, ex-professor da Escola Raphael Rabello, toca na Casa Thomas Jefferson e no Clube do Choro

Brasília vai se reencontrar com Ted e seu violino: passagem rápida de apenas 15 dias

Orlando Pontes O violinista e bandolinista norte-americano Ted Falcon, que foi professor da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, em Brasília, volta à cidade para uma série de shows. A primeira apresentação, mais intimista, acontece neste sábado (17), num House Concert na casa de seu parceiro, o gaitista Pablo Fagundes. Na sexta-feira (23), Ted estará na Casa Thomas Jefferson. No sábado (24), ele tocará em Goiânia. O músico norte-americano, que já publicou vários livros didáticos sobre choro, forró e frevo e tem ministrado diversos workshops pelo Brasil e

EUA há mais de uma década, se apresentará também em grande show no Clube do Choro, na sexta-feira (30). Ted morou na capital por nove anos, onde é reconhecido por sua dedicação ao choro e por contribuir para a

efervescência da cena do jazz. Atualmente, Ted reside em sua terra natal, onde, entre outros projetos, faz parte do Brazilian Strings Trio, uma colaboração entre três instrumentistas inovadores da cena con-

temporânea da música brasileira. Ele e Andrew Finn Magill são violinistas estadunidenses que, após anos morando no Brasil, se tornaram embaixadores da onda crescente do violino popular. Completando o trio, o premiado compositor carioca Nando Duarte. Ted Falcon já lançou oito CDs, tocou com dezenas de grandes nomes da MPB, entre eles Hermeto Pascoal e Dominguinhos. O músico é o criador de projetos celebrados, como 3 Violinos, 3 Continentes, Gypsy Jazz Club e o duo Ted and Pablo, uma parceria com o gaitista Pablo Fagundes. O CD Transcontinental Music Express de Ted & Pablo foi indicado para o melhor disco instrumental do ano. No show do Clube do Choro, Ted estará acompanhado de seus parceiros Félix Júnior (violão 7 cordas) e Luiz Ungarelli (percussão) e terá ainda participações especiais de Eduardo Souza (violão) e Pablo Fagundes (gaita). Contato artista: +1 323 613¬ 6525 (telefone e whatzzap) - Sarah Pontessarahpontesfalcon@gmail.com

CLDF homenageia a Academia Taguatinguense de Letras A Academia Taguatinguense de Letras (ATL), uma das instituições literárias mais tradicionais e atuantes do Distrito Federal, será homenageada em sessão solene da Câmara Legislativa na segunda-feira (19), às 10h, pelos seus 33 anos de existência. “É o nosso reconhecimento pela contribuição da entidade ao desenvolvimento cultural do DF, além de seu apoio a projetos sociais de iniciativa da comunidade”, justifica a proponente da sessão, deputada Jaqueline Silva (PTB). O presidente da ATL, Gustavo Dourado, destaca o trabalho desenvolvido junto à população, aos leitores, jovens estudantes, professores e pesquisadores. Em 2013, a Academia

DIVULGAÇÃO

Maria Félix Fonteles

Gustavo Dourado (C): trabalho reconhecido pelo Ministério da Cultura e em três bienais

– que funciona na Escola Industrial de Taguatinga (EIT) – foi tombada como Patrimônio Cultural, Material e Imaterial do DF. “Fomos reconhecidos pelo Ministério da Cultura em virtude de nossas atividades em es-

colas, feiras, bienais de livros, sempre incentivando a leitura por meio de palestras, oficinas, saraus e lançamentos de obras”, observa Dourado. BIENAIS – Na atual gestão, a ATL partici-

pou de três bienais Brasil do Livro e da Leitura, de cinco Semanas Nacionais de Ciência e Tecnologia, de seis Feiras do Livro, incluindo a Feira Literária do Distrito Federal, em Taguatinga. Participou ainda do Fórum Mundial de Direitos Humanos, do Fórum Mundial da Água, das feiras do livro da Câmara Legislativa, e de centenas de eventos literários em escolas, universidades, faculdades e instituições culturais. Em uma delas, a Biblioteca do Congresso dos EUA adquiriu mais de trezentos livros de autores da ATL. Entre os projetos realizados pela academia constam o recital poético-musical Beco das Letras, a Oficina de Cordel para estudantes, projeto de doação de livros para escolas da Secretaria de Educação e a Fundação de Amparo ao Preso.


Brasília Capital n Geral n 11 n Brasília, 17 a 23 de agosto de 2019 - bsbcapital.com.br

ESPÍRITO

José Matos Maturidade, sabedoria e liberdade Busque cumprir sua programação existencial. Importante é encontrar e seguir na corrente da vida “Quando você nasceu, todos sorriam e só você chorava. Viva de tal modo que, ao partir, todos chorem e só você sorria”, ensinou Mestre Confúcio. Não obstante, chegar a esta condição requer de cada um postura de aluno da vida. Como ensinaram os aborígenes da Austrália: “Estamos aqui só de passagem. O nosso objetivo é observar, crescer,

amar...e depois vamos pra casa”. As novas gerações, esquecidas do propósito da vida, estão se perdendo com drogas, álcool e suicídio. Sem a ideia do propósito, a vida fica vazia, tediosa. Você não surgiu do nada. Você foi enviado à Terra para fazer seu aprendizado e dar sua contribuição. A doutora Hellen Van Bach, psi-

NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro Vamos falar sobre Whey Protein? O ideal é tentar encontrar os chamados clean label, ou seja, com a menor quantidade possível de aditivos químicos O suplemento mais querido entre nutricionistas e praticantes de exercício físico, sem dúvida, é o whey protein, que nada mais é do que um concentrado de proteínas do soro do leite.

Esse suplemento proteico tem um alto valor biológico, ou seja, apresenta todos os aminoácidos essenciais, e também é rico em aminoácidos de cadeia ramificada, os famosos BCAA (do inglês, bran-

cóloga americana, no seu livro “Vida antes da vida”, regrediu no tempo centenas de voluntários e prova, com isso, que todos estamos aqui de acordo com um propósito. Um dos pilares do propósito é encontrar a profissão adequada, que não pode ser obtida somente pensando se em dinheiro. Você já trouxe, com você mesmo, sua profissão gravada no seu inconsciente. Descubra-a! É ela que lhe dá a vocação tão desprezada no mundo de hoje. A profissão certa e crescimento dão alegria ao trabalhador. Mestre Chico Xavier, confirmando sua programação e acerto, ensinou: “Sou feliz. Fiz todos os meus deveres de casa. Vejo mais beleza numa folha do que numa poesia de Shakespeare”. O filósofo cristão Huberto Hoden, autor do excelente livro “Assim dizia O mestre”, na mesma linha de Chico Xavier, afirmou: “fui além do que foi

programado pra mim”. E o Apóstolo Paulo, no livro “Paulo e Estevão”, respondendo ao carrasco que o mataria, ensinou-lhe: “não tenha pena de mim. Tenha pena de você que vai continuar fazendo este trabalho imundo. Eu cumpri o meu dever e vou ao encontro do Meu Senhor”. Busque você também, com maturidade, sabedoria e liberdade, cumprir sua programação existencial. Não importa a sua idade, nem que seja para começar agora. “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo. Qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”, ensinou Chico Xavier. Um novo começo ou um novo fim? Não importa. Importante é encontrar e seguir na corrente da vida.

ched chain amino acids). Dentre os BCAA, temos a leucina, que tem tido um destaque na literatura científica por estimular uma via importante para a síntese proteica no nosso músculo. O whey protein pode ser encontrado na forma concentrada, isolada ou hidrolisada. O whey concentrado deve apresentar pelo menos 80% de conteúdo proteico. Os demais 20% podem ser carboidratos e lipídeos. No whey isolado e hidrolisado, esse teor já sobe para o mínimo de 90%. Porém, o produto hidrolisado apresenta aminoácidos livres e dipeptídeos, e tem algumas indicações especificas, além de ser um produto bem mais caro. O ideal na busca pelo melhor pro-

duto é tentar encontrar aqueles chamados de clean label, ou seja, com a menor quantidade possível de aditivos químicos. Pode parecer difícil encarar um whey sem sabor e sem adoçantes artificiais, mas fica mais fácil se misturarmos com frutas e/ou sucos de frutas. Na dúvida sobre qual suplemento proteico pode te ajudar na performance? Procure um nutricionista!

José Matos Professor e palestrante

Caroline Romeiro Nutriocionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)


NÃO DEIXE A NATUREZA VIVER SÓ NA MEMÓRIA.

A D A M I QUE

E M I R EC

Todos os anos, as queimadas causam danos irreparáveis à nossa fauna e flora. Mais do que isso, prejudicam a saúde de toda a população. Para evitar esse crime, tome uma importante atitude: não coloque fogo em lixos, entulhos ou podas de vegetação. Após iniciado, o fogo se torna imprevisível e pode se alastrar facilmente.

Faça a sua parte. Sem controle, o fogo acaba com a vida. Denuncie IBRAM - Ligue 162

Polícia Militar Ambiental 99351-5736

Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal Ligue 193

Secretaria do Meio Ambiente


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