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Entrevista Hélio José
“Enganado” por Temer e “decepcionado” com Rollemberg, senador explica porque é candidato a deputado Ano VIII - 378
Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018
Páginas 6 e 7
O discurso contrário à estatização e a recusa de receber dinheiro público para o financiamento de campanhas de seus filiados encobre a prática mais danosa à independência dos políticos brasileiros - a troca de favores com os grandes conglomerados financeiros. O Partido Novo, do candidato a presidente João Amoêdo, recebeu grandes doações de executivos e até do presidente do Itaú Unibanco. O Brasília Capital desvendou a manobra cruzando nomes e CPFs na lista do TSE. Página 4
Paula Belmonte e Leila do Vôlei: mais que musas, duas vencedoras
Os candidatos e o tombamento
De Águas Claras para Brazlândia
Pistão do lazer não para em Taguatinga
Preservação do Plano Piloto de Brasília como Patrimônio da Humanidade não é lembrada
Telma Rufino redireciona emendas de R$ 326 mil para a Festa do Morango
Administradora Karolyne Guimarães garante continuidade do projeto aos domingos
Pelaí - Página 3
Chico Sant’Anna - Página 10
Via Satélites - Página 13
Via Satélites - Página 13
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
E
O fator Roriz em 2018
x p e d i e n t e
Orlando Pontes Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br
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I
nternado em estado grave desde sábado (25) na UTI do Hospital Brasília, Joaquim Roriz, 82 anos, será, mais uma vez, decisivo numa eleição no DF. Inconsciente pelo agravamento do diabetes que o acomete desde jovem, somado nos últimos anos ao Alzheimer, o velho cacique centralizará as atenções no horário eleitoral gratuito que começou sexta-feira (30). Pelo menos cinco candidatos disputam seu legado. Eliana Pedrosa (Pros) se habilitou a pleitear a herança ao atrair para seu grupo a família Roriz. Estão em sua
Apoiou Rollemberg? Nunca terá meu voto! André Fernandes, via Facebook Essa aí é mais um Reguffe. Candidato ficha limpa. Mas nunca fez nada. Só enchendo o bolso de dinheiro. Mario Ghisolfi, via Facebook De todos os que estão na
recebendo pacotes de Durval, supostamente com dinheiro de corrupção. Ao lado do deputado Alberto Fraga (DEM) estão vários aliados históricos de Roriz. Entre eles, o ex-secretário de Comunicação, Weligton Moraes, detentor do histórico político do líder. O coronel aposentado da PM não esconde sua admiração pelo “velho” e é um dos que declaram ter assistido aos vídeos estreladas por Durval e Rosso. Candidato do MDB, Ibaneis Rocha tem como principal apoiador o presidente da legenda, Tadeu Filippelli, e conta com o ex-presidente da Caesb, Fernando Leite, no time que formula o programa de governo do emedebista.
Ação protetiva para a mulher tem que ser imediata Chico Vigilante Lula da Silva (*) Mulher não é propriedade de homem e homem não é dono de mulher. Mas nem todos pensam assim. Homens ciumentos, prepotentes, educados na herança do machismo, estão por aí aos montes, espalhando a barbárie. Esta semana, mais um brutal assassinato de mulher nos entristeceu e envergonhou. O mais grave no assassinato de Maria Regina Araújo, morta com 20 facadas diante da filha de oito anos – é que ela havia pedido ao delegado ação protetiva, há dez dias. Mas a proteção não foi concedida. A juíza Eugênia Christina Bergamo Albernaz, que analisou o caso, negou
C
nLeila do Vôlei
coligação o filho de Jaqueline (PMN), Joaquim Neto (Pros), que concorre a deputado federal, e a ex-primeira-dama, Weslian (PMN). Esta declinou da candidatura ao Senado para se dedicar a cuidar do marido. O deputado Rogério Rosso (PSD), ligado à caçula,Liliane Roriz (Pros), herda a banda podre do inventário. O roqueiro sucedeu Durval Barbosa, delator da Caixa de Pandora, na Codeplan, onde ocorreu todo o esquema de corrupção que abasteceu o esquema no último governo Roriz e no mandato de José Roberto Arruda (PR), que renunciou após ser preso. Adversários têm conhecimento de vídeos em que Rosso aparece
corrida para o Senado, Leila é um nome novo, é isso é o que precisamos. Andrea Sabino, via Facebook A única coisa boa no governo Rollemberg foi a Leila! Wanderlan Gomes Ferreira, Facebook Faz a transversalidade com diversas áreas, educação, saúde, sustentabilidade, segurança e muito mais. Jaqueline
a concessão alegando que Maria Regina não corria risco de vida. Fico imaginando como deverá estar a consciência dessa juíza neste momento, sendo uma mulher que não teve a capacidade de proteger outra mulher. Se ela tivesse acatado a ação do delegado e dado a garantia necessária àquela senhora, certamente agora ela estaria viva. A juíza também teria evitado a uma menina de oito anos – que entrou em estado de choque ao ver a mãe ser esfaqueada repetidamente – o trauma que dificilmente a abandonará pelo resto da vida. O feminicídio cresceu absurdamente no DF. Trata-se de uma ver-
dadeira matança de mães de família e trabalhadoras dentro de suas casas ou próximo a ela. Não podemos permitir que mulheres indefesas fiquem desprotegidas quando pedem ajuda à Justiça e continuem a ser assassinadas por monstros. Não dá mais para aceitarmos calados que mulheres sejam vítimas de covardes sanguinários, quando poderíamos evitar o fato. Está na hora de mudar a Legislação. Quem sabe, autorizando o próprio delegado, ao sentir risco iminente para a mulher, poder ele mesmo autorizar a ação protetiva?
(*) Líder do PT na Câmara Legislativa
a r t a s
Mesquita, via Facebook Sobre entrevista com a candidata ao Senado Leila Barros. Ela afirma não ser para-raios de Rollemberg e que entrou pra valer no jogo da política. nTaguatinga Melhorou
muito.
Tem
trânsito como qualquer outro lugar de Brasília. Mas anda bem. Reduziu o número de acidentes. A parte ruim só pra quem usa o comércio da região diariamente. Mas no geral melhorou muito. Diego Evangelista, via Facebook Os sinais não fazem onda verde e há muitas paradas sucessivas. Bruno Campelo, via Facebook
Tenho a impressão de ter diminuído os engarrafamentos. É claro que ainda tem, mas bem menos. Rita Savite, via Facebook Sobre a mudança do trânsito para mão única nas avenidas Samdu e Comercial. Em enquete no Facebook, 41 pessoas votaram para “melhorou” e 21 “piorou”.
Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
IMPOPULAR - O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, anunciou sexta-feira (31), durante a apresentação do Orçamento de 2019, mais uma medida impopular do governo de Michel Temer: não há previsão para novos concursos públicos no ano que vem. Caso o próximo governo queira abrir concurso, contará com uma reserva técnica de R$ 411 milhões no Orçamento. Esse montante poderá ser usado em caso de eventuais decisões judiciais que obriguem o governo a realizar algum concurso público em determinada área.
Carona solidária
N
REPRODUÇÃO
ovata em disputas eleitorais, Paula Belmonte (PPS) tem feito uma das mais bonitas campanhas no DF este ano. Sem ataques a adversários e com propostas inovadoras, ela agrega simpatizantes de vários partidos. Com isso, já aparece nos primeiros lugares nas pesquisas de intenção de voto para deputado federal, mesmo sem nunca ter concorrido a cargos eletivos. AMIGA DA VEZ - Recentemente, num encontro casual em Taguatinga com a candidata ao Senado Leila do Vôlei (PSB), Paula aproveitou para falar da satisfação de estar conhecendo “os quatro cantos do Distrito Federal”. As duas acabaram trocando impressões sobre a importância da participação feminina na política e do compromisso recíproco de defender a criança e o esporte no Congresso Nacional. SEMELHANÇAS - Paula e Leila se assemelham pelo perfil: são mulheres muito bonitas e bem-sucedidas. Leila obteve 11.125 votos para deputada distrital em 2014 e ficou como suplente do PRB. Assumiu a Secretaria de Esportes do GDF e ganhou visibilidade que a credencia a se eleger a primeira senadora de Brasília. Já Paula conta com a “sorte de principiante” para se eleger na primeira tentativa. INVERSO - A exemplo de Paula e Leila, o candidato a depu-
Presidenciáveis no ar As veiculações dos programas dos presidenciáveis no horário eleitoral gratuito na TV e no rádio começam sábado (1º) em dois blocos de 12 minutos e 30 segundos, às 13h e às 20h, também às terças e quintas-feiras. Álvaro Dias (Podemos) vai pela linha “O Brasil quer quem fala e faz”. Ciro Gomes (PDT) vai ajudar o Brasil a “reencontrar a felicidade”. Geraldo Alckmin (PSDB) tenta cutucar Jair Bolsonaro (PSL): “Não é na bala que se resolve”. SURPRESA – Henrique Meireles (MDB) alerta para o que a “indignação” pode resultar na hora do voto. Bolsonaro, por ter pouco tempo, chamará seu exército virtual para uma live nas redes sociais. Lula (PT) aproveita para mostrar a cara de seu substituto: Fernando Haddad. Marina Silva (Rede) brincou: seu programa será um “boa surpresa”.
Paula e Leila: bonitas, bem sucedidas e afinidas em defesa da mulher DIVULGAÇÃO INSTAGRAM
UnB: 50 anos de ocuEm momentos turbulentos na democracia brasileira, a UnB instalou uma placa no campus Darcy Ribeiro marcando os 50 anos da ocupação militar, em 29 de agosto de 1968. Compareceram antigos alunos que se notabilizaram no movimento estudantil da época e na resistência à ditadura. Entre eles, Hélio Doyle, Ivonete Santiago, Maria José Maninha, Aylê Salasié Quintão, Haroldo Saboia, Jarbas Marques e o atual candidato ao Senado Chico Sant’Anna (PSol). HONESTINO - O grupo visitou a quadra de basquete onde centenas de universitários foram aprisionados pelas tropas. Honestino Guimarães foi o grande nome lembrado. Em seguida foi exibido o documentário Barra 68, de Vladimir de Carvalho, rememorando os momentos difíceis por que Brasília passou. DIVULGAÇÃO
Wasny e Filippelli: vídeo no Instagram após participarem do mesmo evento
tado federal Tadeu Filippelli (MDB) e o petista Wasny de Roure, postulante ao Senado, também apareceram juntos. Colecionadores de mandatos no DF, o ex-vice-governador do também petista Agnelo Queiroz divulgou vídeo no Instagram ao lado do deputado distrital, que aparece em
primeiro plano. Wasny também já recebeu declarações de apoio dos pedetistas Joe Valle e Reginaldo Veras. LEI DE MURICI - As relações extra-coligações mostram que em política o jogo é jogado, e prevalece a Lei de Murici: cada um trata de si.
Alunos de 68 reunidos na quadra onde colegas foram aprisionados
Brasília Capital n Política n 4 n Brasília,1º a 7 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
Aposta de banqueiros FOTOS: JÚLIO PONTES
Diretores e presidente do Itaú Unibanco dão dinheiro ao Novo, que esnoba Fundo Eleitoral Gabriel Pontes (*) Nomes simpáticos, logomarca com paleta de cores vivas e crucificação da “velha política”. Assim vêm travestidos os políticos autointitulados “novos” na campanha eleitoral de 2018. No caso do Partido Novo – que adota as cores laranja e azul claro em sua logomarca, se vangloria de não usar dinheiro público em suas campanhas e usa o slogan “um jeito de mudar” –, a retórica e a propaganda não condizem com a prática. Para driblar a nova legislação eleitoral, que proíbe doações de empresas aos partidos políticos, o Novo adotou a estratégia de receber dinheiro de executivos de grandes instituições financeiras, a exemplo do Itaú Unibanco e da Porto Seguro. A manobra da legenda laranja e azul foi descoberta pelo Brasília Capital a partir do cruzamento dos nomes das pessoas que fizeram doações para o Novo e de seus Cadastros da Pessoa Física (CPFs) – conforme preconiza a lei eleitoral, estas informações precisam constar ao lado do valor de cada doação a partido ou candidato. A maioria dos nomes que bancam o Novo com grandes repasses de dinheiro gira em torno do Itaú Unibanco. A começar pelo candidato à presidência da República, João Dionísio Amoedo, que aplicou R$ 4,5 milhões no partido – correspondente a aproximadamente 1% de seu patrimônio declarado à Receita Federal, superior a R$ 400 milhões. PORTO SEGURO – João Amoedo foi conselheiro de administração do Itaú Unibanco até 2008. Em 2002, era presidente da financeira do banco BBA, quando a empresa foi vendida para o Itaú por R$ 650 milhões.
Amoêdo: fortuna superior a R$ 400 milhões e doação de R$ 4,5 milhões para o Novo
O Itaú tem canalizado grandes volumes de recursos para campanhas eleitorais. Em 2014, a instituição aplicou mais de R$ 10 milhões em vários candidatos, segundo consta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na prestação de contas de Amoêdo, a segunda maior cota foi doada por Fernão Bracher, fundador do banco de atacado BBA (atual Itaú BBA). De acordo com TSE, ele aplicou R$ 50 mil em Amoêdo. E já havia investido outros R$ 50 mil para tirar o Novo do papel. Para a fundação do partido também colaboraram Fábio Barbosa, presidente da Fundação Itaú Social e ex-presidente do Santander Brasil, e Israel Vainboim, presidente do Unibanco. O bom trânsito de Amoêdo com o alto escalão do sistema bancário privado também lhe rendeu o apoio de Anis Chacur Neto, presidente do banco ABC Brasil, e de José Eduardo Cintra Laloni, sócio do ABC, que juntos doaram R$ 80 mil. Nas contas do Novo ainda aparecem doações de R$ 250 mil do fundador e acionista da Porto Seguro, Jayme Garfinkel, outra empresa na qual o Itaú Unibanco tem participação, e da gestora de investimentos Cecília Sicupira Giusti, filha de Carlos Alberto Sicupira, sócio do 3G Capital. FUNDO PARTIDÁRIO – A principal fonte
de Amoêdo, no entanto, é o financiamento coletivo, que lhe rendeu mais de R$ 300 mil. O Novo tem direito a R$ 98 mil mensais do Fundo Partidário, dinheiro que diz se recusar a receber, uma vez que, segundo suas regras internas, campanha eleitoral não deve ser feita com recursos públicos. Entretanto, os líderes da agremiação desistiram de devolver os valores depois de serem informados de que o dinheiro seria redistribuído entre os demais partidos. Optaram, então, por doar a quantia à Polícia Federal. Mas enfrentaram entraves legais. Assim, a maior parte do dinheiro é depositada numa conta para ser usado, posteriormente, numa campanha pública contra o Fundo Partidário. CRESCIMENTO – Pesquisa do instituto FSB para o BTG Pactual mostrou crescimento de Amoêdo. Em alguns cenários, o presidenciável do Novo já encosta em concorrentes tradicionais, como Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e até Marina Silva (Rede). Na declaração espontânea de voto, Amoêdo recebeu 3% das intenções, e 4% na estimulada, praticamente dobrando os índices anteriores. Seu eleitorado se concentra majoritariamente na faixa dos que recebem mais de cinco salários mínimos, e a maioria é da região Sudeste. Apesar do crescimento, o Partido
Guerra: dono do Giraffa’s tem R$ 1,18 milhão
Novo é considerado um projeto a longo prazo. E os seus poderosos financiadores sabem disso. O foco da divulgação de suas propostas é na internet. Até porque a legenda tem pouco espaço na propaganda televisiva, com apenas dois blocos de cinco segundos cada e uma inserção de sobra com trinta segundos. Para se ter ideia do quanto é pouco, Geraldo Alckimin (PSDB), por exemplo, tem dois blocos diários de 5 minutos 32 e segundos cada. Nestas eleições, o Novo busca vagas no Legislativo. Na corrida pelo Planalto, pretende chegar à frente do candidato governista Henrique Meirelles (MDB) – economista como Amoêdo – apoiado pelo presidente Michel Temer e também muito influente entre os banqueiros, setor do qual é oriundo profissionalmente. Em Brasília, a legenda lançou o empresário Alexandre Guerra na disputa pela sucessão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Herdeiro da rede de lanchonetes Giraffa’s, Guerra declarou à receita um patrimônio de R$ 1,18 milhão, e avisou à Justiça Eleitoral que já investiu R$ 20 mil na própria campanha, tornando-se o principal financiador do projeto.
(*) Especial para o Brasília Capital
Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
NOTA DE ESCLERECIMENTO Referente à matéria “Bancos são proibidos de reter salário para pagar empréstimos”, divulgada no Brasília Capital no dia 27.8., o BRB esclarece:
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O Banco de Brasília esclarece que o entendimento constante da matéria publicada no jornal Brasília Capital no dia 27.8.2018 encontra sustentação na Súmula 603 do Superior Tribunal de Justiça. No entanto, a referida Súmula, no último dia 22, foi cancelada pelo colegiado do próprio STJ, em razão da equivocada interpretação que lhe davam. Portanto, a matéria, na verdade, traz informações desatualizadas e imprecisas. É importante ressaltar que não há ilicitude nas cláusulas que autorizam descontos diretamente em conta-corrente quando o cliente, voluntariamente, entabula contratos de financiamento/empréstimo com a instituição financeira. Uma vez que obteve valores emprestados para sua livre disposição, o cliente deve honrar com o pagamento das parcelas da obrigação contraída, nos termos em que contratada, inclusive por meio de débito em conta. Neste sentido, inclusive, esse já era o entendimento do STJ em decisões anteriores à edição da referida súmula. O BRB informa, ainda, que continua disponibilizando normalmente suas linhas de crédito e que está à disposição de seus clientes. Atenciosamente, R ES I D E N C I A L
NOVO E PRONTO 3° Ofício R.09-143.589. *Sujeito à aprovação de crédito pela instituição financeira
MARCÍLIO BIONE
RESPOSTA DO CENTRO DE DEFESA AO CONSUMIDOR E TRABALHADOR - CEDECT É certo que a Súmula 603 foi cancelada, mas o que a Súmula dizia continua valendo, sendo que não em forma de Súmula, mas sim com base em inúmeros julgados. A questão que é o STJ resolveu que deveria cancelar a Súmula 603 porque a redação que lhe foi dada não estava levando à solução de casos de forma uníssona em todos os Tribunais, pois estava gerando interpretações variadas por parte dos juízes e tribunais quando da aplicação em cada caso concreto. Na verdade, o STJ pretendeu dizer, com a Súmula 603, mas que ainda está prevalecendo, embora sem a súmula agora, é que o banco não pode “invadir” a conta do correntista e se apropriar do salário/remuneração ali depositado para saldar uma dívida que esse cliente tenha com a instituição financeira. A exceção, no caso dos servidores do GDF, é que o BRB pode reter até 30% do salário. A conduta de instituição financeira que desconta todo ou grande parte do salário do correntista para quitação de débito contraria o art. 7º, X, da Constituição Federal e o art. 833, IV, do CPC, pois estes dispositivos visam à proteção do salário do trabalhador, seja ele servidor público ou não, contra qualquer atitude de penhora, retenção, ou qualquer outra conduta de restrição praticada pelos credores, salvo no caso de prestações alimentícias. A instituição financeira terá que buscar a satisfação de seu crédito pelas vias judiciais próprias (ajuizar ação de cobrança, monitória ou de execução, a depender do caso concreto). Ou seja, deverá buscar a satisfação do seu crédito respeitando o devido processo legal.
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Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br FOTOS: JÚLIO PONTES
Entrevista Hélio José Por que o senhor não concorre à reeleição e optou por ser candidato a deputado federal? – Eu acho que político nenhum deve repetir mandato. Eu assumi no Senado em 2015 e considero que nesses quatro anos minha missão foi cumprida. Fiz mais de 15 mil intervenções, um sem-número de projetos, de relatorias, de discursos, de CPIs, de medidas provisórias, comissões. Tive o compromisso de abrir o Senado ao povo. Meu gabinete é o mais visitado pela população. Se somar as visitas dos outros 80 senadores, dá menos do que as visitas que tive. Mas, como o representante do povo no Congresso é o deputado federal, quero representar de forma direta, de fato, o povo no Congresso. O senhor assumiu por ser o primeiro suplente de Rollemberg e hoje faz oposição a ele. Como foi essa reviravolta? – Fui eleito coordenador da bancada do DF em 2015. Como representante da bancada na Comissão de Orçamento, tive uma relação muito ruim com Rollemberg, quando ele não cumpriu o programa que elegemos nas ruas. Ele garantiu que iria regulamentar os condomínios, dar escritura pública para o povo, resolver os problemas fundiários. Mas passou a perseguir igrejas, a derrubar casas em condomínios, casa de pobre, a perseguir as pessoas que trabalham e vivem aqui há mais de 30 anos. Mas não eram ocupações irregulares e invasões de áreas públicas? – Nós temos cida-
Hélio José: “sou candidato a deputado federal para dar continuidade ao trabalho que iniciei no Senado e porque sou contra a repetição de mandato”
“Temer me enganou e Rollemberg decepcionou” Orlando Pontes
H
élio José herdou quatro anos de mandato de senador com a eleição de Rodrigo Roillemberg (PSB) para o governo em 2014. Mas, em poucos meses, tornou-se um dos mais severos críticos do chefe do Palácio do Buriti. “Ele
des inteiras sem escritura pública. Por exemplo, São Sebastião, Itapuã, Paranoá, 70% de Santa Maria, Vicente Pires, Sol Nascente, Pôr do Sol, Planaltina quase inteira. Então, essa é uma luta fundamental para mim e o Rollemberg contrariou. Outra questão é o servidor público. Ele perseguiu a Saúde, os professores, a Polícia Civil. Ele alega que não pagou
não cumpriu o programa que nós elegemos nas ruas”, justifica. Fundador do PT, onde ficou por 32 anos, peregrinou pelo PSD, PMB e MDB antes de aportar no Pros, pelo qual concorre a uma vaga de deputado federal. “Político nenhum deve repetir mandato”, alega, para explicar porque não tenta a reeleição. Em suas
os reajustes porque o caixa do governo estava quebrado. – Conversa. O que existe é falta de gestão. Rollemberg, colocou em risco o Fundo Constitucional. Como assim? – Ele não fez o uso adequado dos recursos para custear a Segurança e parte da Saúde e da Educação. Ficou empurrando com a barriga e nos primeiros seis
idas e vindas, Hélio José apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), mas se diz “profundamente enganado” por Michel Temer (MDB). Nesta entrevista ao Brasília Capital, mostra-se empolgado com a candidatura de Eliana Pedrosa (Pros) e anuncia que, se for eleito este ano, disputará o GDF em 2022.
meses do governo foi só greve em vários setores, deixando de arrecadar o que poderia arrecadar. O que tem a ver o não-pagamento dos reajustes com a falta de arrecadação? – A lei 13.465, da Regularização Fundiária, garante a todos que moram em seus lotes a escritura pública. Se o Rollemberg tivesse aplicado a lei que nós
aprovamos, que é uma lei nacional, teria condição de capitalizar o DF, a Terracap, e ter recursos mais que suficientes para pagar as coisas. A mesma Terracap que estava sucateada com a venda de patrimônio para a obra do Mané Garrincha? – De fato, isto ocorreu. Mas Rollemberg teve a grande chance de fazer a regularização fun
Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018- bsbcapital.com.br
diária. Ele poderia vender a preço de custo – e não a preços exorbitantes, como ele quer vender alguns lotes – aos legítimos moradores, dando condições para que todos fossem assentados onde vivem, e capitalizar o governo. Mas ele não soube resolver os problemas econômicos e 20 mil empresas foram embora de Brasília. Isto não é consequência da crise nacional? – A crise é nacional, mas em Brasília foi pior. Estamos com todas as obras paradas, com falta de serviços e 400 mil desempregados. Empresas foram embora por causa da guerra fiscal. É esse tipo de situação que o governador que vai ser eleito em outubro tem que mudar. Pesquisas mostram que Rollemberg pode ir para o segundo turno. O senhor não acha que esse discurso fecha qualquer possiblidade de reaproximação com ele? – Não penso nessa reaproximação. Colocamos R$ 126 milhões para o Hospital do Câncer, que não foi licitado, mesmo com o dinheiro liberado na Caixa Econômica. R$ 112 milhões para fazer 11 escolas. Até hoje não saiu do papel. R$ 112 milhões para reformar as caldeiras dos hospitais, com o uso de energia solar, para evitar poluição, como ocorreu no HRAN, onde o lago Paranoá foi poluído com óleo queimado. R$ 50 milhões para fazer o Batalhão da PM na Ceilândia e R$ 20 milhões para a construção do Batalhão da Estrutural. R$ 10 milhões para o Batalhão Rural e o estande de tiro. O Instituto Médico Legal receberia R$ 66 milhões. Seria uma obra fundamental. R$ 40 milhões para construir o viaduto entre o Recanto das Emas e o Riacho Fundo 2. O Rollemberg não conseguiu realizar essas obras. De 100% das emendas que nós colocamos, ele conseguiu executar de 8% a 9%.
E essas obras viárias que o GDF mostra no seu balanço de realizações? – No nosso primeiro ano de mandato tinha uma emenda parlamentar que visava a duplicação da BR-080, que passa por Brazlândia. A obra não foi execucada por falta de encaminhamento. Além disso, tem outros projetos de duplicação, como a DF-001, a DF-015 e a DF-250, do Itapoã e Paranoá, onde queríamos fazer o anel viário. A desativação do lixão não foi um benefício para aquela comunidade? – Aquelas pessoas foram pro-
é exatamente de fidelidade a partidos. A quantos o senhor já foi filiado? – Fundei e fiquei 32 anos no PT. Depois, fui para o PSD, onde fui fundador e fiquei três anos. Sai porque me colocaram como vice do Rollembergue e eu não poderia fazer oposição a ele e continuar num partido da base dele. O vice Renato Santana fez isso! – Isso eu acho um absurdo. Não concordo. Então, sai do PSD e fiquei um mês no PMB e depois fui para o PMDB. Nessa ocasião o senhor
até uma melancia para a Secretaria de Patrimônio da União... – Foi uma brincadeira dessas de corredor. O menino que eu estava nomeando para a SPU se parece muito com uma melancia porque é muito vermelhinho e (aponta para a barriga, como se a pessoa fosse também gordinha). Então fiz essa brincadeira. E quiseram usar isso contra mim. Em seguida o senhor desembarcou da base... – Saí quando quiseram me pressionar para votar contra os direitos sociais na reforma trabalhista. Eu votei contra. Outra
“ Os brasileiros foram enganados por um governo que prometia combater a crise política, mas na verdade crirou a maior crise de todos os tempos e terá um fim melancóico”
Entrevista Hélio José nhor dar prosseguimento a esse trabalho no Senado? – Um dos principais motivos de eu ser candidato a deputado federal é exatamente para estar na Câmara, porque me vejo preparado para, se algum presidente maluco tentar resgatar a reforma da Previdência eu serei o primeiro contra. Quem é o seu candidato? – Quero escolher o menos pernicioso para o Brasil. Hoje eu voto em Ciro Gomes ou no Fernando Haddad. Trocar o Senado pela Câmara é um retrocesso ou seria dar um passo atrás pensando em dois adiante? – Eu vejo com uma visão para um futuro próximo na minha carreira política. Eu tenciono algum dia fazer um governo realmente popular, que apóie os mais humildes em Brasília.
fundamente prejudicadas. Nós aprovamos no Senado o empréstimo de 100 milhões de dólares para fazer a obra de infraestrutura no Por do Sol para dar apoio a todos os removidos do lixão da Estrutural. Essas pessoas que recebiam até R$ 400 por semana estão passando fome e necessidade depois dessa remoção. O SLU é um fracasso. Por isso eu dou um cartão vermelho para o Rollemberg. Então o senhor apoiará qualquer um que vá ao segundo turno com ele? – Estarei com qualquer um contra ele. Brasília merece melhorar. Mas sou partidário da Eliana Pedrosa e do Alírio Neto. Mas o seu histórico não
apoiou o impeachment... – Naquele momento eu apoiei. Os brasileiros foram enganados por um governo que prometia combater a crise política e na verdade criou a maior crise de todos os tempos, e que está tendo esse final melancólico com o Temer. O senhor se sente enganado pelo Temer? – Profundamente enganado. Sai do MDB por isso. Jamais eu poderia concordar com a reforma trabalhista. Votei contra e o Temer demitiu todos os meus cargos no governo. Mas não cortou minha dignidade. Na época que o senhor estava afinado com o Planalto ocorreu aquele episódio em que dizia que nomearia
questão que me fez entrar em contradição com o MDB foi a reforma da Previdência. Nós recolhemos 60 assinaturas de senadores e coube a mim ser relator da CPI. E provei por A+B que o Temer faltava com a verdade, e que nós jamais poderíamos aprovar aquela reforma da Previdência. Quem fez mais mal ao Brasil, Lula-Dilma ou Temer? – Indiscutivelmente, Temer. As reformas que o Meireles trouxe para Temer colocar foram de uma maldade terrível para o Brasil. Ele iria atender os interesses apenas dos banqueiros, devedores da Previdência; dos não patriotas com a tentativa de privatizar a Previdência. Não seria o caso de o se-
O senhor pretende ser candidato ao GDF em 2022? – O futuro a Deus pertence. Mas se Deus me der saúde e a compreensão do povo para me eleger deputado federal, minha próxima eleição será para distrital ou governador. Brasília ainda tem jeito? – Tem jeito. Estou apostando muito na Eliana e no Alirio. E o Brasil tem, depois do Temer – O Brasil tem jeito; e na verdade eu não ajudei a colocar o Temer lá, eu ajudei a colocar a Dilma e o Temer como vice. Dê uma definição para o Jair Bolsonaro. – Um heterodoxo que não goza da minha
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Por Chico Sant’Anna
Candidatos: e o tombamento? BENTO VIANA
Sabatinas, debates, entrevistas... Os candidatos ao GDF vêm sendo questionados por todos os lados. Entretanto, o principal assunto que movimentou as eleições em 2014 ainda não veio à tona espontaneamente, por iniciativa dos buritizáveis. Refiro-me à preservação do Plano Piloto de Brasília como Patrimônio da Humanidade definido pela Unesco. No governo Agnelo (PT), o debate se deu sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB). Um projeto de lei chegou a ser elaborado, sob o comando do então deputado Geraldo Magela (PT) e foi classificado como instrumento a serviço da indústria da especulação imobiliária. Na visão de especialistas, no lugar de preservar o conjunto urbanístico de Brasília, abria as portas para grandes distorções. Rollemberg aproveitou para, no período eleitoral, condenar a proposta. E prometeu um novo projeto que preservaria as propostas de Lucio Costa. Quatro anos depois pouca coisa avançou. O foco principal ficou na elaboração da Lei de Uso e
Ambientalistas defendem a necessidade de aprovar primeiro o Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE): área tombada teria uma única administração regional
Ocupação do Solo – LUOS, que não tem efeitos sobre a área tombada. Nem por isso Rollemberg fugiu da polêmica ou das críticas. Propostas de permitir o uso econômico de residências no Lago Sul e Norte, Park Way e Taquari revoltaram grandes parcelas da população. Além disso, os ambientalistas defenderam a necessidade de se aprovar primeiro o Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE).
Pela lógica, seria necessário aprovar primeiro as manchas que seriam abertas à ocupação urbana e aquelas que seriam preservadas, principalmente para garantir a produção de água no DF, antes de definir que tipo de moradia e atividades econômicas poderiam ser implementadas aqui e ali. Rollemberg mandou a LUOS à frente do ZEE para a Câmara Legis-
lativa. A cobiçada legislação caiu na Comissão de Assuntos Fundiários, comandada por Telma Rufino (Pros), tida por alguns como incentivadora da ocupação irregular de terras na Capital. A proposta está na CLDF e é bom que os cidadãos fiquem antenados para que nesse período eleitoral ela não seja aprovada ou alterada no apagar das luzes desta legislatura.
Administração para a área tombada As escolhas que os eleitores fizerem para o GDF e para a Câmara Distrital determinarão o modelo de ocupação do solo no DF. Das urnas de outubro sairão decisões sobre ocupar áreas verdes, orla do lago, preservação ambiental, alturas das edificações e até modelos de mobilidade urbana. No que se refere ao modelo de gestão pública, uma proposta saudável seria criar uma única administração para toda a área tombada, incluindo os Lagos Sul e Norte,
Cruzeiro e Sudoeste à regional de Brasília. Já foi assim no passado. Além de reduzir o custo da máquina administrativa, a proposta permitiria um tratamento uniforme na preservação do Plano Piloto tombado pela Unesco. Poder-se-ia ir além, incluindo também o Setor de Indústrias e Abastecimento, previsto no plano original. Essa poligonal constituiria o que Maria Elisa Costa, filha de Lúcio Costa, vem defendendo há algum tempo como sendo o Centro
Histórico da Capital. Juntamente a essa administração, propõe ela, atuaria uma comissão técnica de alto nível, com representantes do GDF, do governo federal e das associações de moradores. “Toda e qualquer intervenção no Centro Histórico estaria sujeita à aprovação dessa comissão, que teria direito a veto”, explica. Independentemente da existência da comissão, a gestão unificada da área tombada se mostra positiva, assim como o espaço para a efetiva parti-
cipação dos moradores. Por sinal, os mecanismos de participação popular devem ser fortalecidos. Conselhos de Segurança, de Saúde, de Educação, de Planejamento Urbano – dentre outros já – precisam ser revitalizados para, inclusive, diminuir as negociatas que marcam diversas situações na CLDF. Outro mecanismo de participação popular que deve ser reativado é o Orçamento Participativo. Com a população definindo onde e quanto investir.
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Dados comprovam que Brasil não gasta demais com servidores Até do ponto de vista contábil mais austero o país está longe de comprometer suas contas por causa da folha de pagamento Dados reais e acessíveis ao público comprovam que não há servidores demais no Brasil e que a folha salarial deles não representa risco de colapso das contas públicas da União, nem neste ano nem em 2019. Ao contrário do que alardeiam a imprensa e certos candidatos conservadores, que defendem a diminuição daquilo que costumam chamar, com viés negativo, de “máquina pública”. Nem mesmo comparado com outros países, o Brasil tem um nú-
mero de servidores exagerado. Sequer os gastos com a folha estão fora do padrão civilizado do mundo capitalista. Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), em 2017 foram investidos 4,6% na folha de pagamento da União. Em 2005, a relação foi de 3,8% e, em 1995, de 5,4%. Essa breve série histórica demonstra que os números, que incluem os investimentos na folha dos três Poderes e também de órgãos federais, como empresas, fundações e autarquias, estão sob controle. Sem deixar de considerar que o PIB depende de políticas que promovam desenvolvimento econômico. Até do ponto de vista contábil mais austero o país está longe de comprometer suas contas por causa
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da folha de pagamento. No critério de quanto gasta, percentualmente, em relação à receita corrente líquida, o Brasil não corre risco de experimentar o colapso em função dos servidores. A folha da União representava 42% dessa receita, segundo os dados mais recentes referentes a 2017. O limite determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 50% – oito pontos percentuais de distância. Importante destacar que a LRF foi criada em 2000 (lei complementar 101) com inspiração fortemente restritiva, sob a alegação de conter custos e impedir o estouro das contas. Segundo dados internacionais, na comparação com países de ou-
Autorização Processos SUSEP nº 15414.900372/2018-81 e 15414.901233/2016-11
tros continentes – muitos deles sempre apontados como exemplos de organização e progresso – estamos longe de configurar uma aberração. Levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra o Brasil entre aqueles que têm menos servidores públicos em relação ao total de pessoas empregadas e em relação à população economicamente ativa (PEA), abaixo de países como Noruega, Suécia, Grã-Bretanha, Canadá, França, Espanha e Itália.
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Escolha o poder de fazer o bem
O
indiano Amartya Sen, economista e filósofo, ficou conhecido por ter sido o primeiro acadêmico de um país não desenvolvido a receber o Prêmio Nobel de Economia. E, nesta semana, por curiosidade, entre uma e outra pesquisa, acabei esbarrando com o livro “Desenvolvimento como Liberdade”, de sua autoria. Ainda no início da obra, uma frase me chamou muito a atenção. Ela dizia “o poder de fazer o bem quase sempre anda junto com a possibilidade de fazer o oposto”. E, justamente por estarmos em ano eleitoral, esse fragmento ecoou dentro de mim. Os políticos, esses que se apresentam a nós, têm o
poder de fazer o bem. A política e a democracia, aliás, existem para isso, acredito. Para que elejamos representantes das nossas causas, das nossas necessidades e dos nossos sonhos. E aí, quando nos deparamos com figuras como Rodrigo Rollemberg, percebemos, na prática, o que Amartya Sen fala sobre “a possibilidade de fazer o oposto” do bem: é uma escolha. Alguns, infelizmente, optam por apenas fingir que têm real interesse pelo desenvolvimento. Mas, estão apegados e escorados na teoria do “quanto pior, melhor”. Prova disso, para mim, foi a notícia, de um site local, que dizia “Rollemberg sobre promessas de adversários:
‘DF quebrará em 4 meses’”. Oras, não quebrará. Até onde nós, médicos, e as outras 31 categorias do funcionalismo público da capital federal sabemos, o DF está quebrado. Foi o que o próprio governador disse ao assumir o GDF, há mais de três anos. E, segundo ele, somente por isso não é possível pagar aos servidores a terceira parcela do reajuste salarial, pelo qual esperamos desde 2015. Como, agora, ele pode querer criticar seus adversários dizendo que “o DF quebrará”? É vergonhoso. A maior das demagogias, caso o governador do DF ainda não saiba, é chamar de demagogia aquilo que nós mesmos praticamos. Em 2014, fomos enganados.
E, agora, essa mesma pessoa que nos iludiu dizendo, por exemplo, que iria promover eleições diretas para Administrações Regionais, o que nunca foi feito, quer agir, com seus adversários, como se sua conduta tivesse sido, ao longo dos últimos anos, inquestionável. Está errado. Há muitos questionamentos: projetos importantes que nunca saíram do papel e outros, sem relevância, que foram adiante. Houve uma clara escolha nos últimos anos. A de não promover o bem. O DF está quebrado. As pessoas estão desanimadas, cansadas e implorando por soluções. São 11 candidatos ao governo local, um deles tentando a reeleição, e alguns com
Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF
muitas promessas que, no fim das contas, não passam de Fake News. Então, agora, apesar das muitas opções e do pouco conteúdo que nos é apresentado, é a nossa chance de eleger o “poder de fazer o bem”: com verdade e compromisso com as áreas fundamentais para o desenvolvimento do DF.
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SEM FRONTEIRAS – A segunda edição do projeto Imagem Sem Fronteiras será realizada em Taguatinga, na Galeria Olhos de Águia, na Praça da CNF, edifício Praiamar. O evento reúne fotojornalistas de renome mundial. O primeiro a expor será Ricardo Vilanova, especialista em áreas de conflito e crises humanitárias. Vilanova é conhecido por ser o único fotojornalista que esteve na Síria desde o início do conflito. A entrada é franca e a exposição ficará aberta de 12 a 29 de setembro.
JÚLIO PONTES DISTRITO FEDERAL
VICENTE PIRES REPRODUÇÃO
Rollemberg se reúne com aprovados no Bombeiro Rodrigo Rollemberg (PSB) tem se reúne domingo (2), às 9h, com aprovados do último concurso do Corpo de Bombeiros. O encontro será na sede da Aruc, no Cruzeiro, e foi agendado pelos candidatos Kesley Garcia (PRP/distrital) e Marcos Dantas (PSB/federal).
ARTICULAÇÃO – Atualmente existem mais de 4.500 vagas em aberto no CBMDF – 2.911 para soldados. As vagas prevista no edital já foram cumpridas e as convocações além desse número dependem de articulação política.
DEFASAGEM – O objetivo é apresentar ao governador a situação de defasagem do efetivo da corporação e as projeções para os próximos anos levando em consideração os pedidos de aposentadoria dos militares.
VOTOS – Daí o pedido de reunião com o chefe do Executivo. De olho nos votos dos futuros bombeiros, Kesley Garcia e Marcos Dantas trabalham para a efetivação de todos os aprovados desde o início das convocações.
ÁGUAS CLARAS
Dinheiro para Brazlândia REPRODUÇÃO
MORANGO – Segundo a Administração de Águas Claras, o remanejamento
Debate com candidatos Associação Comercial e Industrial de Vicente Pires (Arvips) promoveu, segunda-feira (27), na Faculdade Mauá, um debate entre os candidatos a deputado distrital da cidade. “O encontro é necessário conhecermos as propostas deles para as demandas da população”, disse o vice-presidente da Arvips, Reynaldo Taveira. Participaram do debate: Ezequias Pereira (PSC), Kalebe (DC), Luana (PRB), Ivamar (PR), Natanael (Rede), Gilberto Camargos (Pros), Adriano Marrocos (PSD), Felipe Leitão (Pros) e Daniel de Castro (PSC). TAGUATINGA
A Administração de Águas Claras transferiu R$ 326.540,50 para a Regional de Brazlândia. O dinheiro era de emendas parlamentares da deputada Telma Rufino (Pros) para as comemorações do aniversário da cidade, em maio, e não foi utilizado porque a programação foi realizada em parcerias com a iniciativa privada. CALÇADAS – “Se havia esse dinheiro em caixa, por que não usar na própria cidade?”, questionou o diretor de Comunicação da Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac), Marcelo Marques. “Enquanto isso, continuamos sem calçadas decentes”, reclama o professor George Castro.
Os candidatos a representar a cidade na CLDF apresentaram propostas para a Arvips
Pistão do Lazer continua No domingo (26), quem circulou pelas principais vias de Taguatinga enfrentou um caos. Moradores da cidade não acostumados com engarrafamentos nos finais de semana responsabilizaram o projeto Pistão do Lazer pelo “nó no trânsito”. TAGUAPARQUE – Os críticos sugeriram que a Regional transfira a programação do Pistão Sul para o Taguaparque, onde não acarretaria em mudanças na circulação de veículos. Mas a administradora Karolyne Guimarães garante que atividade está mantida, inclusive neste domingo (2).
Telma Rufino: emendas só servem para festas
ACIDENTE – “O transtorno ocorreu devido a um acidente em frente ao Taguatinga Shopping, acumulado com uma prova de concurso nas imediações”, explicou. Para ela, as críticas são feitas por pessoas que querem “bater” no governo.
para Brazlândia foi executado na Festa do Morango, sexta-feira (31) e sábado (1º), por onde passaram cerca de 30 mil pessoas.
FAMÍLIA – A administradora explicou que o público do Pistão do Lazer é diferente do Taguaparque, por ser uma pista mais larga que possibilita a família participar em conjunto das atividades. “O Pistão do Lazer continuará. É um projeto que não tem rejeição”.
Brasília Capital n Geral n 14 n Brasília, 1º a 7 de setembro de 2018 - bsbcapital.com.br
Meu amigo João do Vale, o genial autor de Carcará Sem o dinheiro dos direitos autorais de suas músicas, não conseguiu mudar do barraco que construiu em Nova Iguaçu Ele tinha tudo para ser marginalizado na sociedade elitista brasileira: nasceu no Nordeste, era negro e semianalfabeto. Mas, dotado de inteligência própria dos gênios, fazia música de ouvido desde menino, para o bumba-meu-boi em Pedreiras, sua cidade natal, no Maranhão, e conseguiu gravar com o sanfoneiro Luiz Gonzaga. Chegou ao Rio de Janeiro como ajudante de caminhão, em
1950. Descoberto por Zé Keti, cantou no Zicartola, o restaurante musical que Cartola manteve no centro da cidade, de 1963 a 1965. Logo após o golpe militar de março de 1964, João do Vale foi convidado para participar, ao lado da cantora Nara Leão, do show Opinião, apresentado no Teatro de Arena, em Copacabana, como ato de protesto contra a ditadura. Nara adoeceu e foi
Como gabaritar Português no MPU Além da pontuação a ser conquistada, o candidato deve se preparar pensando na que pode ser perdida devido ao fator de correção No fim da semana passada, um edital maravilhoso foi publicado: o concurso do Ministério Público da União! Serão aproximadamente 60 dias até a prova. Portanto, a preparação deve ser objetiva e eficiente! O certame será realizado pelo Cespe (que se saiu muito bem no STM, STJ e ABIN). A prova de língua Portuguesa dessa banca é famosa por ser completamente contextualizada. Esse concurso deverá ter, em média, 15 questões da disciplina. Além da pontuação que pode ser conquistada, o candidato deve se preparar pensando na que pode ser perdida, uma vez que há fator de correção. Para colaborar com seus estudos, vou listar dicas que vão auxiliar a sua preparação. 1. Resolva uma prova de Lín-
gua Portuguesa recente do Cespe por semana (no mínimo). Aproveite para contabilizar quais questões você deixaria em branco e para se acostumar com a linguagem da banca nas questões de análise de textos. 2. Estude os assuntos mais frequentes nas provas do Cespe: acentuação; concordância (verbal e nominal); regência (verbal e nominal – aproveite para estudar crase); pronomes oblíquos átonos (coesão, colocação e sintaxe); funções do SE (principalmente partícula apassivadora, índice de indeterminação do sujeito e pronome reflexivo) e funções do QUE (principalmente pronome relativo e conjunção subordinativa integrante); pontuação (no período simples e no composto);
substituída por Maria Bethânia, uma jovem cantora baiana, então com 18 anos e desconhecida. Mas a interpretação vigorosa que ela apresentou de Carcará, letra e música de João do Vale, consagrou imediatamente a intérprete e o autor. Foi por essa época que me aproximei do compositor maranhense, quando o entrevistei para a revista Manchete, e ficamos amigos. Na verdade, a ditadura militar, que duraria nada menos de 21 anos, não esperava uma oposição tão acirrada de um setor cultural como o teatro. E só reagiria de fato com o Ato Institucional nº 5, editado pelo general-ditador Costa e Silva, a 13 de dezembro de 1968, fechando Câmara e Senado Federal, cassando mandatos e impondo o regime de terror, com prisões, torturas e mortes impunes. Apesar de figurar na lista negra da ditadura, João do Vale não chegou a ser preso. Sem ter ganhado o dinhei-
ro dos direitos autorais de suas inúmeras músicas, não conseguiu mudar do barraco que construiu para ele e sua mulher, dona Domingas, num bairro pobre de Nova Iguaçu. Em 1986, sofreu um derrame. Voltou para Pedreiras numa cadeira de rodas. No dia 6 de dezembro de 1996, faleceu num hospital de São Luiz, esquecido da mídia. Como toda regra tem exceção, para mim, João do Vale não morreu: ele continua vivo na saudade de nosso último encontro num resort, em São Luis, onde ele foi fazer um show e prosseguiu cantando numa mesa do bar do hotel, até a madrugada, para um único ouvinte, eu, com a sua rica voz de barítono: “Carcará pega, mata e come. Carcará num vai morrer de fome!”
semântica verbal (eu não disse tudo de verbo, mas a parte semântica) e semântica das conjunções (decore os conectivos). Tenha certeza de que você domina cada um dos assuntos acima listados! 3. O Cespe é fanático por questões de reescrita. Treine-as da maneira correta: • Comece sempre pela análise gramatical; em seguida, faça a comparação textual. • Olhe para a questão com o seguinte pensamento: o que há de errado nessa reescrita? Grande parte das questões são erradas. • Qualquer erro gramatical pode estar presente nesse estilo de questão. Em outras palavras, praticá-las é uma forma de revisar os assuntos listados em 2. • Quando você errar a questão, procure saber por que você errou. Mas, principalmente, quando você acertar, procure saber por que você acertou. Durante o período de estudos, errar o gabarito ou acertá-lo pelo motivo errado são resultados indesejados e que não promovem a evolução do candidato. • Separe várias questões assim para exercitar em um momento específico. Esse é o seu momento
“caça-erros”. 4. Dedique, no mínimo, duas horas da sua semana à Língua Portuguesa. Essa disciplina, pela quantidade de questões, é decisiva! 5. Não inclua nesse tempo redação discursiva (se você for fazer o concurso para analista), uma vez que essa é a etapa multidisciplinar do concurso. Recomendo duas redações por semana. Se houver tempo, aumente a quantidade. 6. Contabilize: • Quantas questões foram feitas? • Quantos acertos? • Quantos erros? • Quantas ficaram em branco? Esse controle numérico é fundamental para que você meça o seu desempenho! Estude com disciplina, dedicação e responsabilidade, e não deixe de acompanhar as dicas postadas nas minhas redes sociais e as aulas que faço gratuitamente pelo YouTube. O resultado é inevitavelmente satisfatório!
Fernando Pinto Jornalista e escritor
Elias Santana Professor de Língua Portuguesa e mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)
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Mentes em conflito A despersonalização leva o ser a todo tipo de modismo para ser aprovado e a todo tipo de conflito, porque se vive em função da aprovação dos outros e não de si Por que tanto suicídio, agressão às mulheres, abandono dos lares e homicídios? Porque está faltando, principalmente, educação nos lares, diálogo com os filhos e bons exemplos. Sem educação não há salvação. Há uma grande quantidade de pessoas que não formaram Ego – a personalidade, a ideia de que “eu existo, eu sou diferente, eu posso
pensar e ter gosto diferente”. É essa despersonalização que leva o ser a todo tipo de modismo para ser aprovado e a todo tipo de conflito, porque se vive em função da aprovação dos outros e não de si. Acrescente-se a isso a falta de visão de continuidade da vida, provocando angústia e desalento. Dr. Inácio Ferreira, no livro “Trabalha-
Psoríase e Nutrição Uma dieta de baixa caloria, para pacientes com excesso de peso, pode ser vantajoso para melhorar os sintomas da doença A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e articulações e se caracteriza pelo crescimento acelerado de células localizadas na epiderme. Essa multiplicação aumentada ocasiona o acúmulo celular sob a superfície da derme, que forma placas esbranquiçadas e lesões cutâneas. As principais manifestações clíni-
cas da lesão típica da psoríase são eritema, caracterizado por vermelhidão da pele, descamação e elevação sólida e limitada na pele. As áreas geralmente mais acometidas são nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e unhas. Além do desconforto e efeito na qualidade de vida, a psoríase possui comorbidades associadas, como a
dores da Última Hora”, analisa essa questão. Vejamos: “Parece que todo mundo anda doente, não é, Manoel ? É mesmo! o que será? Falta de Evangelho, meu caro. É o coração quem comanda a cabeça. Os nossos equívocos nos provocam desequilíbrios - não raro, imperceptíveis. Vivemos distraídos de nossas carências espirituais - às vezes, até de propósito. Fomos criados simples e ignorantes, porém fadados à perfeição. Quem investe em claridade não caminha na escuridão. “A certeza de que estamos sinceramente empenhados no bem do próximo é a nossa única garantia de relativa sanidade. Se cada um procurasse apenas cumprir com o dever que lhe cabe em relação ao próximo, sobraria bondade na terra. O sentimento de gratidão é uma prece perene em favor daqueles que
o suscitam em alguém. Indulgência significa ser o portador da graça divina aos semelhantes. Sem amor, a própria verdade se transforma em instrumento de opressão e domínio. Somente no amor a vida faz sentido. “Sinta-se útil. Você pode sorrir, ser gentil, atencioso. Uma palavra amiga dita na hora certa é benefício sem preço. Quantas lágrimas teremos ainda que derramar? Os melhores exemplos de amor ao próximo têm sido ignorados por nós. Deus é o Grande átomo da vida! Nós somos partículas subatômicas orbitando ao seu derredor, ansiando pela integração com o Divino Núcleo. A Ele deveremos voltar em nossa máxima capacidade de amor e sabedoria”.
artrite psoriásica, doença cardiometabólica, doença gastrointestinal e transtornos de humor, além de maiores riscos de desenvolvimento de obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. A nutrição pode diminuir a gravidade da doença, complementando as terapias médicas tradicionais, como tratamentos tópicos, fototerapia e medicação oral. Uma dieta de baixa caloria, para pacientes com excesso de peso, pode ser vantajoso para melhorar os sintomas da psoríase. Já uma dieta isenta de glúten, por exemplo, só terá efeito significativo em pacientes com exames de sangue positivos para a sensibilidade ao glúten. A alimentação pode atuar em duas vertentes, uma em relação às desordens metabólicas encontradas, como também tratar e prevenir a mesma. Uma alimentação equilibrada, com-
posta por carboidratos complexos, fibras, frutas, hortaliças, alimentos fontes de ômega 3, pode diminuir a gravidade da psoríase. Além disso, alguns estudos demonstraram eficácia quando utilizado o fitoterápico Aloe Vera, conhecido como babosa, que possui ação anti-inflamatória e auxilia nos processos de cicatrização. Contudo, ressalta-se a importância de sempre manter hábitos alimentares adequados. No mais, procure um Nutricionista para melhor auxílio e controle das comorbidades e tratamento complementar para a psoríase, para que sua individualidade seja priorizada.
José Matos Professor e palestrante
Texto elaborado pelas estudantes da Universidade Católica de Brasília Bárbara Almeida, Jamile Braz, Juliana Almeida e Rhaylane Gomes e revisado pela professora Caroline Romeiro.
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