Jornal Brasília Capital 383

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RENAM BAFFI

Ano VIII - 383

Brasília, 6 a 12 de outubro de 2018

Entrevista Rodrigo Rollemberg

“A diferença é a honestidade” Rodrigo Rollemberg revela que pensou em não disputar a reeleição. “Foram muitas madrugadas em claro sem saber como superar o rombo de R$ 6,5 bilhões. Me tirava o sono pensar como garantir o salário dos servidores em dia, o pagamento dos terceirizados, dos fornecedores e prestadores de serviço e a dívida do governo anterior”, diz ele ao Brasília Capital. Após colocar as contas em ordem, o governador é novamente candidato ao Buriti. “Caberá ao eleitor decidir entre dois modelos: a corrupção que levou vários políticos locais para a cadeia, ou um governo honesto que tirou a cidade das páginas policiais”.

O foguete Ibaneis Rocha

A força da mulher na corrida ao Congresso

Candidato do MDB dispara na frente na corrida ao Buriti. Brasília Capital foi o primeiro veículo a entrevistá-lo em 2017

DF poderá ter cinco representantes femininas na Câmara e uma no Senado. Sexo frágil? Mas que mentira absurda!

Pelaí - Página 3

Página 13

Entrevista Dr. Gutemberg

A voz da Saúde na Câmara Legislativa Presidente licenciado do SindMédico, Dr. Gutemberg fala das bandeiras que defenderá como deputado distrital Páginas 4 e 5

RENAM BAFFI

Páginas 7 a 10 e Pelaí - Página 3


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 6 a 12 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO BRASIL E

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com Tiragem 10.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B, TAGUATINGA-DF - CEP 72010-080 - Tel: (61) 3961-7550 - bsbcapital50@gmail.com - www.bsbcapital.com.br - www. brasiliacapital.net.br

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Tornar-se odiado foi a grande estratégia destas eleições

E

m artigos anteriores do projeto de marketing político internacional “Tour Eleições das Américas”, da Viés Marketing Estratégico, analisei presencialmente, sob o viés prático e científico das estratégias do marketing, as eleições do Chile, Costa Rica, Paraguai, Colômbia e México. Nos textos, eu fazia as seguintes perguntas: “Qual será o futuro do Brasil? O mesmo que levou à vitória da centro-direita chilena, paraguaia e colombiana? O mesmo como com a vitória da centro-esquerda costarriquenha e mexicana? Ou nosso futuro estará nos extremos opostos? Qual dos comportamentos eleitorais das Américas seguiremos, e quais estratégias de marketing e comunicação serão utilizadas pelas campanhas?” Após meses de acompanhamento e análise da política, da sociedade e das pesquisas eleitorais brasileiras, as respostas parecem ter se configurado mais claras e objetivas. A figura do anti-herói define as duas escolhas que serão feitas nas urnas neste domingo. Ao que tudo indica, a escolha brasileira para a presidência da República se dará entre os extremos opostos e igualmente sectários da política nacional: Bolsonaro e Haddad (PT). Esqueçam os discursos conciliadores, esqueçamideologiaseopersonalismodoscandidatos. Esqueçam apoios políticos e tempo de TV. Aliás, a TV funcionou bem para tornar Haddad conhecido, amado por muitos, por representar Lula, e, em seguida, odiado. Não funcionou para Alckmin e pouco importou para Bolsonaro, que quase não teve tempo. A grande causa do eleitorado brasileiro foi mostrar poder, mostrar que pode C

nChico Sant’Anna Brasília é plana. Há espaço de sobra para ampliação das vias. Eliminar o atual e equivocado afunilamento de pistas já ajudaria muito. Múcio, via bsbcapital.com.br Esperança, né? É a última que morre. Joaquina Maria, via Facebook E a propina? Quem levaria a maior parte da grana? Pode-

mos imaginar quem sairia com os bolsos cheios. Rafael Henrique, via Facebook Sobre coluna Brasília por Chico Sant’Anna propondo uma solução para a mobilidade urbana com linhas férreas, metrô e VLT, um investimento de R$ 6,88 bilhões em 14 anos que daria ao DF padrão europeu de transporte público.

Adriano Mariano, consultor especialista em marketing político eleitoral adriano@viesmarketing.com.br

fazer o que quiser, independentemente das consequências pessoais e nacionais. A sensação de forte poder de emissão de discurso das redes sociais digitais ensejou a certeza de poder nas urnas. O protagonismo do sujeito até então coadjuvante. Consultar as atualizações dos feeds do Facebook ou as notificações de mensagens do WhatsApp se tornou insuportável. Fake News desafiam a inteligência racional e acentuam ainda mais o ódio dos que têm discernimento contra os que facilmente são persuadidos pelo caos da mentira. Por vezes, a mentira sabida é incorporada propositalmente como retórica futebolística, para animar domingos tediosos nos grupos familiares de WhatsApp. As redes sociais digitais e seus algoritmos aproximativos e uniformizadores das percepções humanas geraram o crescimento do ódio. O ódio une efi-

cazmente. Se saíram bem os candidatos que souberam ser seus melhores porta-vozes no percurso eleitoral. Lula, e mais recentemente Bolsonaro, há anos empreenderam esforços em criar a figura do “nós contra eles”. Conseguiram e fizeram seus projetos serem os mais amados e mais odiados pela Nação brasileira. As duas escolhas do primeiro turno parecem impassíveis de mudança. Não há retórica que vença o ódio quando o ódio por si só é o que se busca como paixão, como causa a ser defendida. Contrariamente a outras tantas eleições passadas, nestas não votam em candidatos, mas em representações de poder e de visão de mundo, independentemente de quem as encarne. Por isso Bolsonaro, mesmo com todas suas fragilidades intelectuais, é o preferido. Por isso Haddad, mesmo na função de boneco de ventríloquo de Lula, provavelmente chegará ao segundo turno com chances reais de ser eleito. As últimas sequências das pesquisas eleitorais do Ibope e DataFolha revelaram um dado difícil de aceitar: a soma da votação de Bolsonaro e Haddad no segundo turno é idêntica à soma da rejeição de ambos: 86%. Os mais rejeitados e odiados aparentemente serão os escolhidos para o segundo turno. O ódio venceu? Qual dos ódios vencerá no segundo turno? Já estamos na capital federal e acompanharemos todos os acontecimentos, desdobramentos e, como nas outras etapas do projeto, nossa movimentação por Brasília será registrada em fotos e vídeos, e compartilhada com vocês nas redes sociais da Viés Marketing Estratégico e aqui, no jornal Brasília Capital.

a r t a s

nJoaquim Roriz Roriz, pai dos pobres! O DF chora sua ausência! Deus está contigo. Meus sinceros pêsames aos familiares daquele que foi exemplo de amor ao próximo! Izac Luiz Barbosa, via bsbcapital.com.br Nunca mais na história do DF terá outro governador igual ou semelhante a Roriz. Luiz Humberto Abrão, via bsbca-

pital.com.br Não haverá governador melhor que Roriz. Mara de Siqueira, via Facebook Sobre nota de falecimento do ex-governador Joaquim Roriz. nAlberto Fraga Esse não me representa. Está envolvido em escândalo. Marcia Silva, via Facebook Fraga, respeita o povo! Cris-

tina Fernandes, via Facebook Fraga, você foi condenado não tem moral pra falar de ninguém. Nokaut Sales, via Facebook A justiça sendo usada para fazer a política suja. Estamos juntos, Fraga! Luciano Lima, via Facebook Sobre entrevista com o candidato ao GDF Alberto Fraga, condenado por cobrar propina em contratos de transporte no DF.


Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 6 a 12 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br

Hélio Doyle – No dia 17 de outubro de 2017, Hélio Doyle publicou matéria em seu blog com o título “Quem anunciou candidatura de Ibaneis foi o Brasília Capital, não o Correio Braziliense”. O jornalista fazia justiça ao furo de reportagem que o semanário dera no sábado (14 daquele mês) e que o diário tentara puxar o mérito para si na terça-feira (17). Na verdade, o jornalão fora pautado por este tablóide. Modéstia à parte!

O foguete Ibaneis Na edição 333 deste Brasília Capital, que circulou de 14 a 20 de outubro de 2017 (confira fac-simile à esquerda), publicamos a primeira entrevista do ex-presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, como pré-candidato a governador. À época, o outsider não estava filiado a partido político, mas negociava com vários – PDT, PPS, PTB, PHS e PRB. Oito meses depois, assinou a ficha do MDB. E, de lá até hoje, subiu nas pesquisas de intenção de voto com a velocidade de um foguete (veja gráficos ao lado). PRIMEIRO TURNO – No levantamento divulgado pelo Ibope quarta-feira (3), o emedebista saltou de 21% para 34% em relação à pesquisa publicada pelo instituto no dia 27 de setembro. É o dobro dos 17% de votos declarados para Eliana Pedrosa (Pros), a segunda colocada. Nesse ritmo, não é impossível que Ibaneis vença já no primeiro turno no domingo (7), embora seja uma tarefa difícil, pois teria que subir mais de 4% por dia. SEGUNDO TURNO – A disparada de Ibaneis é tão inquestionável que a principal briga na reta final é para saber quem irá com ele para o segundo turno. Com viés de queda, Eliana Pedrosa passou a temer a aproximação do terceiro colocado, Rodrigo Rollemberg (PSB). O governador se agarra à esperança de que pesquisas feitas para consumo interno de sua campanha estejam corretas. Elas apontam que ele está empatado com Eliana. DATAFOLHA – A tendência detectada pelos trackings de Rollemberg se confirmou com a pesquisa do DataFolha divulgada no início da noite de quinta-feira (4) pela TV Globo. Ibaneis tem 32%, Eliana 14% e Rollemberg 11%, num empate técnico dentro da margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Com um detalhe: ela caiu 2%. Rogério Rosso (PSD) subiu de 8% para 10% e Alberto Fraga (DEM) despencou de 10% para 7%.

GOVERNADOR DF 24/08

fONTE: IBOPE

Atualizado: 03/10/2018

12/09 23%

Pedrosa (PROS)

14%

Rollemberg (PSB)

12%

Fraga (DEM)

10%

17/09

27/09

03/10 34%

22%

21% 20%

14% 13%

17% 11%

10%

11%

10%

10% 9% 8%

Rosso (PSD)

8%

Ibaneis (MDB)

2%

7%

9%

28/09

04/10

Eleições 2018

Ibaneis (MDB)

24%

Pedrosa (PROS)

16%

Governador DF

Rollemberg (PSB)

12%

11%

Fraga (DEM)

10%

10%

Rosso (PSD)

8%

7%

DATAFOLHA ATUALIZADO 04/10/2018

32%

14%

“O povo quer o novo”

O ocaso de Cristovam

Ibaneis Rocha acredita que seu crescimento nas pesquisas reflete a expectativa da população de renovação na política. “O povo quer o novo, mas com experiência”, disse o emedebista, ex-presidente da OAB-DF. “Conversamos com todos os segmentos da sociedade para ouvir suas demandas e definir as prioridades de nosso programa de governo”. Já Rollemberg aposta que estará no segundo turno, quando “o eleitor terá a oportunidade de escolher entre um governo honesto, que arrumou as contas de Brasília, e a demamgogia que promete o que não poderá entregar”.

De acordo com todas as pesquisas, dificilmente um dos dois candidatos do PT ao Senado - Wasny de Roure e Marcelo Neves - conseguirá se eleger. Mesmo assim, o partido comemora a possível derrota de Cristovam Buarque (PPS). O senador passou a ser tratado como inimigo desde que votou a favor da reforma trabalhista e pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Os institutos apontam para o favoritismo de Leila do Vôlei (PSB), com cerca de 30% das intenções de voto, e por uma disputa acirrada entre Izalci Lucas (PSDB) e Cristovam: 22% e 21%, respectivamente, no Ibope.


Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 6 a 12 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br FOTOS: RENAM BAFFI

Entrevista Dr. Gutemberg O senhor se apresenta como o candidato que representará a Saúde na Câmara Legislativa. Como um distrital pode contribuir para melhorar a saúde pública do DF? – A presença de um parlamentar representando a Saúde na Câmara é fundamental. Primeiro, para apresentar projetos no sentido de resolver as carências e as demandas da população com relação à assistência médica. Segundo, apoiar as propostas do governo que venham ao encontro de nossa visão de políticas públicas, além de fazer oposição àquelas que nós entendemos que vêm de encontro à assistência e prejudicar a assistência. O atual governo criou o Instituto Hospital de Base. O senhor acha que este é o caminho para resolver os problemas da Saúde no DF? – O IHBDF foi a gota de uma morte anunciada. Desde o início eu avisei que o governo queria apenas criar um discurso para a campanha eleitoral. O Instituto não é uma boa ideia, porque foi feito às pressas. E ele mexeu no principal hospital terciário da cidade. Hoje, a ideia de terceirizar, privatizar, vem na contramão da história. Se observamos, a Inglaterra está condenando as privatizações do governo Margaret Thatcher, reconhecendo que foi um erro. E nós estamos aqui começando a querer cometer o erro que os ingleses estão querendo corrigir. Nós precisamos ampliar a assistência médica. Precisamos aumentar a inclusão e utilizar todas as formas de políticas públicas possíveis. Não uma só. O governo Rollemberg quer criar institutos em todos os

nomes. O Frejat criou a rede de centros de saúde e postos de saúde hierarquizados, que copiaram o modelo inglês na época. Ele levou para os centros de saúde, junto com o generalista, que é o médico de família hoje, os especialistas.

“Precisamos do mandato parlamentar para, junto com a sociedade, mudar a história de Brasília, que é espelho para o Brasil”

A voz da Saúde na Câmara Legislativa Orlando Pontes Dr. Gutemberg Fialho (PR) é candidato a deputado distrital para ser “a voz da Saúde na Câmara Legislativa. Presidente licenciado do Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF), ele também é defensor da melhoria das condições de trabalho e salariais dos servidores públicos. Morador de Taguatinga, tem uma

hospitais. O Instituto Hospital de Base não está dando resultado, os pacientes continuam tendo dificuldade de ter acesso, de realizar cirurgias e morrendo de mortes evitáveis. Mas no modelo antigo isto também ocorria. O senhor não concorda que alguma coisa o governo precisaria fazer para tentar resolver o problema? – Precisamos de políticas públicas imediatas e a médio e longo prazos. É fundamental que se conheça o processo do trabalho médico para entender que é necessário que se tenha na gestão pública da saúde o sentimento de urgência. É saber que as pessoas estão morrendo e nós precisamos tomar medidas para evitar os óbitos evitáveis e traçar as políticas de médio e longo prazo que vão recuperar o sistema.

preocupação especial com os moradores das áreas mais carentes. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ele reitera compromissos que pretende levar para sua atuação parlamentar, caso seja eleito no domingo (7). Aliado e colega de profissão de Jofran Frejat, é favorável à valorização do atendimento por especialistas nos postos e centros de saúde para reduzir a pressão sobre os hospitais.

Dê exemplos dessas políticas? – Precisamos contratar mais profissionais, redimensionar os recursos humanos da Secretaria e não só médicos, mas auxiliar de enfermagem, farmacêuticos, enfermeiro,

“Precisamos ampliar a assistência médica., a inclusão e utilizar todas as formas de políticas públicas possíveis”

bioquímico, pessoal administrativo. É necessário equipar os hospitais, seja com tecnologia avançada, seja com manutenção dos existentes, e com insumos básicos. Hoje falta de fralda a espátula para examinar a garganta da criança. É necessário que se contrate recursos humanos e que se promova o abastecimento dos hospitais de forma que não haja solução de continuidade no abastecimento para evitar mortes evitáveis. Em governos anteriores, seu correligionário Jofran Frejat, quando foi secretário, implantou o modelo dos postos de saúde. Isto ainda seria viável para os dias de hoje? – O que se faz hoje não é diferente do que o Frejat fez 30 anos atrás. A criação dos centros e postos de saúde é o que se faz hoje com outros

Qual o grande problema do modelo implantado pelo atual governador? – Foi a retirada dos especialistas dos centros e postos de saúde. Tirou o pediatra, o clinico e o ginecologista. Na nossa proposta junto ao candidato do nosso partido e as pessoas com quem nós temos a oportunidade de conversar e influenciar, os especialistas retornam. Tem que retornar para os centros de saúde o clinico, o pediatra, o ginecologista, para ser aquele profissional que vai dar o suporte ao médico de família. O modelo do Saúde em Casa, testado e aprovado aqui no DF, não seria uma alternativa para voltar a ser implementada? – O Saúde em Casa e a Estratégia de Saúde da Família é tudo espécie do mesmo gênero. É um médico fazendo um acompanhamento das famílias em casa, fazendo a busca e o acompanhamento das doenças, verificando se o tratamento está sendo eficaz ou não, se os pacientes estão seguindo ou não as orientações, e dependendo da necessidade encaminhar para o especialista. Além de médico, o senhor é servidor público e morador de cidade-satélite. Sua candidatura tem propostas para essas áreas? – Como médico e presidente licenciado do SindMédico, nós temos a preocupação com a saúde. Temos que expandir a rede de centros de saúde. Mais de 2 milhões de pessoas perderam planos de saúde nos últimos meses. Portanto, é necessário que haja a presença do Estado numa cidade como Águas Claras, por exemplo, que tem uma classe média alta. Como servidor público, eu liderei a negociação da greve de 33 categorias em re-


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Entrevista Dr. Gutemberg lação aos aumentos concedidos pelo governo passado. Nós derrotamos o governo no Tribunal de Justiça por 17 a 0. Sou médico do trabalho da Secretaria de Planejamento. Lá eu recebo os servidores de todas as secretarias e constatamos um enorme índice de adoecimento. O servidor público hoje está adoecendo no trabalho e trabalhando doente. É crise de ansiedade, depressão, tentativa de suicídio. Portanto, nós precisamos inves-

número de vagas. Hoje temos salas de aula sobrecarregadas. O último relatório do Tribunal de Contas do DF mostra que 70% das escolas do DF não têm condições de receber as crianças. Precisamos investir na melhoria das escolas, na educação em período integral. Quanto à Segurança Pública, temos um déficit enorme de gente na Polícia Militar e na Civil. Há 25 anos Brasília tinha 13 mil PMs para 1,5 milhão de habitantes e agora temos 11 mil para 3 milhões. Tínhamos 4,7 mil policiais civis e hoje temos 200 a menos com o dobro da população. Quem trabalha na prestação de serviço público deve trabalhar com planejamento estratégico, cumprimento de metas, avaliação, desempenho e, sobretudo, avaliação do servidor, seja concursado, terceirizado ou comissionado.

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“Precisamos investir na qualidade de vida, em melhores condições de trabalho e numa política que valorize o servidor”

Como o senhor atuaria para atender à população mais carente, que demanda mais serviços do Estado? – A população mais carente hoje sofre com a precarização da saúde, com os centro de saúde sem funcionários. Temos que contratar mais médicos. A Secretaria de Saúde tem um déficit de mais de 4 mil profissionais. Na questão da educação, precisamos aumentar o

Qual o seu compromisso com nossa cidade caso se eleja deputado distrital? – Precisamos mudar a história da cidade. Temos que voltar com esperança e, juntos, mudar o Brasil. O exercício da cidadania é fundamental. No dia 7 de outubro nós precisamos conquistar a legitimidade para continuar nosso trabalho, que até então tem acontecido como um cidadão atuante, que preside o Sindicato dos Médicos beneficiando a coletividade. Mas precisamos do mandato parlamentar para dar legitimidade e, junto com a sociedade, mudar a história da cidade. A capital da República é o espelho para o Brasil.

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Pinga-fogo / Alexandre Yanez THIAGO OLIVEIRA

Ex-administrador de Sobradinho e da Fercal, Alexandre Yanez (foto), 47 anos, disputa pela primeira vez uma eleição. É candidato a deputado distrital pelo PP. Nascido em Sobradinho, ele tem uma profunda identidade com toda a região norte do Distrito Federal. Como chacareiro, tem preocupação especial com a zona rural. BAIRRISMO - “Nós somos uma região muito bairrista. Sobradinho, Sobradinho II e Fercal são três cidade irmãs. Temos a característica de sempre eleger dois ou três representantes para a Câmara Distrital”. AMIGOS - “A ligação da minha família com a cidade é muito forte. Então, a campanha foi abraçada pelos nossos amigos”. ÁREA RURAL - “Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Paranoá têm uma área rural muito forte. A maior demanda dessa po-

JÚLIO PONTES

Apoiado pelo senador Reguffe e favorito no seu partido, Rafael Vasconcellos (PPS/foto) foi Juiz de Direito. Como candidato a deputado distrital, apresenta um projeto que promete reduzir o desemprego, combatendo a burocracia: o “Na Hora Empreendedor”, permitindo

pulação é a segurança. Também faltam equipamentos públicos, como posto de saúde e escola. Tenho um projeto muito bacana para área rural, que é a patrulha mecanizada, para conservação das estradas rurais.” CHACAREIRO - “Eu moro em chácara e sou presidente da associação de chacareiros. Quero trabalhar para implantar cursos profissionalizantes noturnos nas escolas rurais, no horário em que elas ficam ociosas. Vou atrás de parcerias com o Sebrae, Sesc, Senai, Senar. Também vou lutar para a construção de creches.”

RECEPTIVIDADE - “Esta eleição está totalmente atípica. Ser o novo é bom. Os políticos tradicionais estão sofrendo. Onde eles vão, são retaliados. A receptividade conosco é boa por sermos novatos.” TRABALHO - “Quem votar em Alexandre Yanez pode ter certeza de que valorizarei esse voto com muito trabalho nos quatro anos do mandato. Envidarei muito empenho e dedicação a todos os temas de interesse da população de Brasília. O povo está cansado de conversa fiada, de mentira, de falsas promessas.”

Coração de mãe

a resolução de quaisquer questões empresariais em um mesmo local.

Contra a PEC 95 JÚLIO PONTES

Na reta final da campanha para o Senado, o deputado Wasny (PT/ foto) acredita no potencial da sua trajetória para surpreender adversários e contrariar as pesquisas que não o incluem entre os favoritos Num debate durante a semana, Wasny atacou veementemente o senador Cristovam Buarque (PPS) e o deputado Izalci Lucas (PSDB). Mostrou que,

se eleito, vai enfrentar as questões mais polêmicas. “Vou trabalhar para revogar a PEC 95, que retirou dinheiro da Educação e da Saúde”, disse.

O deputado da regularização RENAN BAFFI

REPRODUÇÃO

A jornalista Lêda Sampaio deixou transbordar todo o amor pelo filho e publicou o seguinte texto nas redes sociais: “O nosso sistema político-eleitoral só privilegia quem tem dinheiro. Quem tem dinheiro, se torna visível. Quem não tem, entra na política pelo idealismo e pelo sonho. Isto está acontecendo com o meu filho Cláudio Sampaio (PRP/foto), candidato a deputado distrital. Como tantos outros jovens, Cláudio está revoltado com o

Na Hora Empreendedor

status quo do nosso país. Resolveu se apresentar como uma via nova, sem vícios, de cara limpa, com a proposta de atuar na política com seriedade, fazendo uso do dinheiro público para os des-

tinos nobres, jamais para se beneficiar, como vem ocorrendo na política brasileira. Vejo meu filho trabalhando diuturna e incansavelmente. Afinal, ele não é filho de político, de coronel, mas de dois jornalistas que lutaram durante a vida para educá-lo dentro dos bons princípios da civilidade, do respeito e do amor ao próximo. Seguindo a #MudaTudoDF e as redes sociais, você conhecerá as propostas do Cláudio Sampaio. Muito obrigada!”.

Representante de São Sebastião na Câmara Legislativa, Lira (PHS/foto) dedicou-se em 2018 à regularização fundiária daquela região administrativa. Candidato à reeleição, o deputado lembra que várias de suas emendas parlamentares não foram executadas porque o governo não pode fazer obras em áreas irregulares. Lira é reconhecido pelo combate à intolerância religiosa e ao racismo, além de apoiar projetos de capacitação profissio-

nal e de geração de emprego e renda em todo o DF. Por isso, é o principal representante do PHS nestas eleições, repetindo o feito de 2014. Nas redes sociais, faz um sinal com os dedos e usa o bordão #SegueOLira.


Brasília Capital n Política n 7 n Brasília, 6 a 12 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br RENAN BAFFI

Entrevista Rodrigo Rollemberg Por que o senhor quer mais quatro anos no Buriti? – Eu pensei muito se seria candidato novamente. Esses quatro anos foram muito difíceis. Especialmente o início do governo. Eu passei muitas madrugadas em claro sem saber como superar o rombo de R$ 6,5 bilhões que a gente recebeu. Me tirava o sono pensar como garantir o pagamento do salário dos servidores em dia, dos terceirizados, como pagar os fornecedores e prestadores de serviços, como pagar a dívida do governo anterior. Foi muito sacrifício. Foram três anos muito difíceis. Mas não seria correto que agora que arrumamos as contas e estamos em uma situação financeira muito melhor, abrir mão para que aquelas pessoas que representam os grupos que colocaram Brasília na situação que eu peguei, em função da corrupção e da irresponsabilidade, pudessem voltar ao poder. Meu compromisso com Brasília falou mais alto, e por isso decidi continuar nessa missão de servir à população do Distrito Federal. Os seus adversários alegam que o senhor ficou muito tempo olhando o retrovisor em vez de olhar para a frente. – Nós olhamos o tempo todo para frente, mas recebemos uma dívida de 6 bilhões que tivemos que pagar. E pagamos quase toda. Ainda hoje eu vi um depoimento de uma pessoa que tem um parente no Rio de Janeiro dizendo que lá os servidores públicos estavam indo morar em casa de parentes porque não estavam conseguindo pagar aluguel. As pessoas estavam se organizando para dar cesta básica para os servidores,

Rollemberg: “não seria correto, agora que arrumamos as contas, abrir mão para que pessoas que representam os grupos que colocaram Brasília na situação que eu peguei, em função da corrupção e da irresponsabilidade, pudessem voltar ao poder”

“A diferença é a honestidade” Orlando Pontes Rodrigo Rollemberg chegou a pensar em não disputar a reeleição. Mas, segundo ele, “falou mais alto” o seu compromisso com Brasília. Na reta final da campanha, o governador concedeu esta entrevista ao Brasília Capital e transferiu para o eleitor a responsabilidade de escolher, no dia 7 de outubro, entre dois modelos: a corrupção que levou vários

porque estavam há meses com os salários atrasados. Mas parece que os servidores do GDF não andam muito satisfeitos com a sua gestão... – Nós fizemos todo o esforço para que os servidores tivessem todo mês o salário em dia. E tiveram. Não apenas o salário, mas o 13° pago no mês do aniversário. Estamos pagando a pecúnia dos professores. Poderíamos jogar para precatório, mas não transformamos, e estamos pagando.

políticos locais para a cadeia e outros a serem condenados pela Justiça, ou um governo honesto, que tirou a cidade das páginas policiais. “Será que a população do DF quer a volta da corrupção ou quer uma cidade administrada com seriedade, honestidade e correção?”. Rollemberg faz um balanço de sua gestão. Além de colocar a casa em ordem, equilibrou as contas públicas, pagando o rombo de R$ 6,5 bilhões que recebeu

Portanto, eu tenho convicção de que eu fui muito atento e priorizei o servidor público. Compare a situação de Brasília com a de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, estados ricos que estão atrasando e parcelando salários. Além da questão salarial, tem as condições de trabalho e a formação profissional. – Fizemos grandes programas de qualificação profissional. Hoje os servidores públicos no DF po-

de seu antecessor, Agnelo Queiroz (PT). Orgulha-se de não ter atrasado salários de servidores, de pagar o 13º no mês do aniversário e de não ter transformado em precatórios a pecúnia dos professores aposentados. Lista obras importantes em cidades como Taguatinga, Águas Claras e Vicente Pires, e projeta um novo governo de grandes realizações. “Com as contas em ordem vamos poder fazer muito mais”, aposta.

dem fazer mestrado em Finanças Públicas na UnB. Tiveram a oportunidade de se capacitar pela Fundação Dom Cabral. Ampliamos a licença paternidade de sete dias para 30 dias. Portanto, eu tenho convicção de que fizemos o possível para o servidor. E sou muito grato aos servidores públicos que nos ajudaram a superar esse momento de tanta dificuldade da nossa cidade e do nosso país. Seus adversários prome-

tem pagar uma série de reajustes e de reposições salariais já no primeiro mês de um eventual governo deles. Como o senhor classificaria esse discurso? – O que está em questão neste momento não é só a eleição de um novo governador. Está em questão qual é o futuro que nós queremos para o DF. Em uma semana tivemos um ex-governador condenado a sete anos de cadeia; um candidato condenado a quatro anos de prisão; e esse mesmo


Brasília Capital n Política n 8 n Brasília, 6 a 12 de outubro de 2018 - bsbcapital.com.br

Entrevista Rodrigo Rollemberg candidato envolvido em mais um processo em que o MP pede sua condenação; tivemos uma candidata que quer construir mais dois estádios e o Ministério Público pediu seu indiciamento em função de fraude em licitação no Rio de Janeiro; tivemos outro candidato que o MP pediu o indiciamento em função de fraude em licitações e recebimento de recursos da educação no pequeno e pobre município de Jacobina, no interior da Bahia. Eu fui deputado distrital, deputado federal, senador, governador, secretário de Turismo, secretário de Ciência e Tecnologia e não respondo a nenhum processo. Essa é a diferença! A gente quer voltar a um passado de corrupção que tantos prejuízos e tanta vergonha trouxe a Brasília,

A quê o senhor atribui essa alta rejeição, já que fez tantas coisas à frente de um governo transparente, de “mãos limpas”, como diz o seu slogan? – A rejeição é à política e aos políticos. E a população tem toda razão de estar indignada com a política. Liga a TV e todo dia é uma denúncia envolvendo políticos importantes do Brasil, políticos importantes que governaram Brasília no passado. É claro que a população fica indignada. No primeiro momento não separa ninguém, e acaba rejeitando aqueles que estão em mais exposição, como eu estou. Mas tenho andado nas ruas e recebido o carinho da população, o reconhecimento de que temos um governo sério e honesto. As pesquisas estão demostrando que com o esclarecimento essa rejeição vem caindo a cada dia. Eu tenho muita convicção de que estarei no segundo turno, e no segundo turno é outra eleição. Teremos mais tempo de TV para mostrar o que fizemos, o que vamos fazer e qual a nossa diferença em relação aos demais candidatos. Por que alguns candidatos escondem os seus aliados? Eu por exemplo não vejo

“A seca está acabando e a barragem está com 68% da capacidade porque fizemos obras de captação para cidades antes abastecidas pelo Descoberto” ou queremos um governo sério, honesto, que teve falhas, que reconhece que não fez tudo que queria ter feito, mas que fez o que foi possível e pode fazer daqui pra frente muito mais, porque está com as contas arrumadas?

o candidato Ibanez apresentar na TV o seu padrinho, que é o Tadeu Filippelli, condenado e preso na Lava Jato. Por que o Ibaneis subiu tanto nas pesquisas? – Ele está panfletando dinheiro, com-

prando cabos eleitorais e candidatos a deputado. Mas o dinheiro não compra a consciência de todo mundo. Com tempo de televisão igual no segundo turno, teremos a oportunidade de mostrar essas coisas. Eu tenho orgulho de mostrar meus aliados – a Leila do Vôlei, candidata ao Senado, uma pessoa que nasceu em uma família humilde de Taguatinga, lutou a vida toda e representou muito bem Brasília e o Brasil; o Chico Leite, um deputado exemplar, sempre vinculado a projetos importantes, como a Lei da Ficha Limpa, a Lei do Voto Aberto, a Lei da Transparência, do concurso público; nosso vice, Eduardo Brandão, uma pessoa correta. Nossos aliados são pessoas que temos honra de mostrar.

“Eu quero ser conhecido como o governador que levantou Brasília, arrumou as contas e fez a cidade voltar a se desenvolver”

Mas o seu vice Renato Santana, que ainda está no cargo, agora é seu adversário... – Ele não estava maduro para assumir um cargo de tamanha responsabilidade. Como mudar essa imagem de um governo pouco efetivo? – A imagem do governo pouco efetivo não é verdadeira. Talvez tenhamos pecado por ter investido pouco em publicidade. Pegamos a cidade com um rombo de R$ 6 bilhões. Primeiro tivemos que arrumar a casa num momento de recessão econômica no país. Não foi fácil, mas nós conseguimos. Agora eu te pergunto: qual foi o único que estado que, apesar de tudo, conseguiu construir um novo hospital? Nós construímos o novo Hospital da Criança, que começa a funcionar esta semana com 202 leitos, sendo 32 leitos de UTI Pediátrica, com os equipamentos mais modernos do mundo. Estamos fazendo três estações do metrô, inclusive uma em Águas Claras. Abrimos mais de 16 mil vagas em creches e educação infantil. Acabamos com a ferida aberta no coração do país, que era o Lixão da Estrutural, e criamos o Aterro Sanitário. Hoje os catadores estão trabalhando

em galpões em melhores condições e recebendo para fazer a separação do lixo. Acabamos com a crise hídrica no Distrito Federal. A seca está acabando e a barragem do Descoberto ainda está com 68% de sua capacidade, porque fizemos duas obras de captação e tratamento de água que permitem que essa água abasteça cidades antes abastecidas pelo Descoberto. E até o final do ano iremos terminar a maior obra de captação e tratamento de água em curso no Brasil, que é Corumbá 4, que colocará 5,6 mil litros por segundo no nosso sistema. Estamos fazendo o Trevo de Triagem Norte, a maior obra viária da história de Brasília. Vai melhorar muito a mobilidade urbana de quem mora na região norte do DF. Estamos colocando asfalto em Vicente Pires, que irá acabar de uma vez com os problemas de enchente por lá. Estamos asfaltando o Sol Nascente e o Porto Rico. Implantamos o bilhete único. Não

é pouca coisa que fizemos no governo. Talvez não tivemos a competência adequada para mostrar isso para o povo. Quais os benefícios o seu governo levou para o triângulo formado pelas cidades de Taguatinga, Águas Claras e Vicente Pires? – Em Águas Claras nós fizemos a duplicação da DF-079. Eu me lembro de quando fui visitar a obra e as pessoas passavam buzinando, aplaudindo o governo. No último domingo nós abrimos mais 31 hectares que cedemos da Residência Oficial do governador para o Parque Ecológico. Estamos construindo dentro dessa área a ciclovia e a pista de caminhada para a população. Trocaremos toda a iluminação do parque por LED. Vamos concluir até o final do ano a terceira saída de Águas Claras, margeando a Residência Oficial, para a EPTG. Além disso, vamos concluir até o final do ano uma nova estação do metrô. Em Vicen-


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te Pires, já fizemos praticamente toda a rede de esgoto e estamos fazendo a rede de drenagem. Estamos concluindo o asfalto e já asfaltamos as principais avenidas. Vamos colocar toda a iluminação de LED e iremos colocar também todos os equipamentos públicos, como Unidade Básica de Saúde e escolas. Já em Taguatinga, já foi licitado o túnel no centro da cidade. A empresa foi selecionada, mas a empresa que perdeu entrou na Justiça e o Tribunal de Contas pediu a suspensão. Tão logo a gente tenha uma decisão do TCDF vamos dar início às obras do túnel de Taguatinga. Além disso, já estamos com o projeto pronto e já temos os recursos para licitar até o final do ano o BRT ligando o Plano Piloto até o Sol Nascente, passando pela Estrada Parque Indústrias Gráficas, EPTG, Pistão Norte, Hélio Prates até no Sol Nascente. Temos também a Interbairros, que chamamos de Transbrasília, que já superou vários entraves jurídicos e cria-

rá um novo eixo de desenvolvimento e mobilidade para quem mora em Águas Claras, Taguatinga e Samambaia. De onde virão os recursos para a Transbrasília? – Será uma PPP – Parceria Público-Privada. Já temos uma proposta, estamos fazendo os ajustes e submetendo ao Tribunal de Contas para fazer a licitação final. Nós iremos enterrar o linhão de alta tensão, criar alguns lotes, e serão esses lotes que irão financiar a obra que será nada mais nada menos que o parque linear que ligará o Plano Piloto, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Samambaia, melhorando a qualidade de vida de quem mora nessas cidades. Falando em qualidade de vida, o gargalo do país tem sido a Saúde. O senhor criou o Instituto do Hospital de Base, alvo de muitas críticas. Qual a avaliação do governo em relação à essa medida? – Eu pre-

tendo ampliar. Acabamos de receber uma ligação de uma senhora chamada Divina, moradora do Areal, emocionada, dizendo que foi ao Hospital de Base e não imaginava que seria atendida tão rápido. Fez os exames, fez a cirurgia e está encantada com o hospital. Ainda não é uma perfeição, mas está caminhando todos dias para melhorar. Mas está infinitamente melhor do que era antes. É um crime o que esses candidatos prometem, dizendo que vão acabar com o IHB, caso sejam eleitos. Por sorte da população, não serão. Vou dar alguns exemplos do que significa o Instituto, reconhecendo que ainda temos muito o que melhorar. Quando o IHB começou a funcionar no dia primeiro de janeiro, tinha 107 leitos fechados. Os 107 leitos foram reabertos. Tinha seis salas de cirurgia funcionando. Hoje temos 12. O atendimento inicial demorava mais de 40 minutos. Hoje demora 11 minutos. Enquanto a rede pública de saúde está gastando oito meses para comprar medicamentos, o Hospital de Base gasta 40 dias e ainda compra mais barato. Batemos todos os recordes nos últimos quatro anos de cirurgias ortopédicas. Também bateu o recorde de todos os hospitais, incluindo os da rede privada, de cirurgias de transplante de córneas. Zeramos a fila da radioterapia no DF, com o apoio do IHB. Portanto, é um sucesso total. As pesquisas realizadas dentro do HBB provam que 60% da população consideram o serviço de qualidade. E é isso que temos de levar para os outros hospitais do DF, para o HMIB, HRT, para a Ceilândia, Gama, e com isso garantir a melhoria no atendimento das pessoas. O governo também é alvo de muitos ataques da área de segurança, em especial do Sindicato dos Policiais Civis, que cobra a paridade com a Federal. Afinal, o senhor não paga porque é mau, porque não gosta da Civil ou porque não tem dinheiro? – Eu

não paguei porque não tinha dinheiro. Vou deixar aqui para quem está lendo fazer o seu juízo de valor: no último dia da presidente Dilma, ela deu aumento de 37% para a Polícia Federal. Vocês acham que Brasília estava em condições de dar 37% de aumento para uma única categoria? Isso custaria R$ 696 milhões por ano. Para o ano que vem isso custaria R$ 942 milhões, porque nesse intervalo nós contratamos muitos policiais, delegados, agentes, peritos, papiloscopistas, e também porque se tem um crescimento vegetativo da folha. Então era impossível dar esse aumento. É claro que se eu pudesse, teria dado o aumento. Mas era realmente impossível. Se tem uma coisa que prezamos no meu governo é a responsabilidade. Eu sempre disse eu não vou ficar conhecido como o governador que quebrou Brasília. Pelo contrário. Eu quero ser conhecido como o governador que levantou Brasília, que arrumou as contas e fez com que a cidade voltasse a se desenvolver. E hoje estamos com as condições necessárias para isso. Um exemplo: este ano já contrata-

Entrevista Rodrigo Rollemberg governo. Já são 1,9 mil médicos contratados. Nós contratamos só este ano mais de mil servidores da Educação. Contratamos agentes do sistema penitenciário, do sistema socioeducativo, do metrô. Agora, nós só tivemos a condição de contratar porque arrumamos as contas e saímos da Lei de Responsabilidade Fiscal. E eu tenho compromisso de já em janeiro contratar os professores de atividades, os professores especialistas, os orientadores, monitores, secretários e técnicos da educação. Todos os professores aprovados e grande parte dos orientadores e monitores. Nós estamos, neste momento, realizando um concurso para 3.300 policias, sendo 300 oficiais e 3 mil praças. Eu tenho o compromisso de, ano que vem, contratar duas turmas do

“Vamos fazer o túnel de Taguatinga, toda a infraestrutura de Vicente Pires e construir a terceira saída de Águas Claras para a EPTG” mos mais de três mil e quinhentos servidores da Saúde. Semana passada contratamos 200 novos médicos emergencistas para trabalhar nas UPAS e hospitais e médicos especialistas em saúde da família, uma categoria que a gente criou no nosso

Corpo de Bombeiros, de contratar agentes do sistema socioeducativo, agentes penitenciários. E por que nós estamos fazendo isso? Porque arrumamos a casa e agora temos na Lei Orçamentária Anual, já enviada para Câmara Legislativa, R$


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600 milhões para novas contratações e para reposição salarial dos servidores públicos do GDF. O candidato Alberto Fraga disse, em entrevista ao Brasília Capital, que caso seja governador, os bandidos vão ter que mudar de Brasília... – Eu diria que ele tem que tomar cuidado com as palavras. O Fraga acabou de ser condenado pela Justiça. Agora é importante dizer que na questão da segurança nós, até o final deste ano vamos ter 2.200 câmeras integradas no DF ligadas ao Centro Integrado de Operação de Brasília. O que é esse Centro Integrado? - É uma sala de controle com grandes telões onde ficam Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Cidades, Agefis, SLU, Secretaria de Mobilidade, Secretaria de Saúde. Todo mundo acompanhando a cidade. Então, se ocorre um acidente, em vez de você mandar uma ambulância do SAMU e uma ambulância do Bombeiro, você vai otimizar o serviço, mandando a que está mais próxima. Se você identifica uma desordem urbana, que às vezes é um som alto que está incomodando os vizinhos, você combate. Com isso, vai tornando a cidade mais segura e com uma sensação de segurança melhor. Logo no início do próximo ano nós vamos botar câmeras na porta das escolas. Se tiver ali eventualmente um traficante, uma pessoa abordando um jovem, aciona a polícia que está mais próxima, que vai lá e já prende o traficante, sem expor o diretor da escola ou um professor. Eu fui à São Paulo semana passada a convite do Centro de Liderança Pública para obter o reconhecimento. Brasília subiu seis posições no ranking nacional de melhoria da segurança pública. Enquanto em todo Brasil os índices de homicídio estão aumentando assustadoramente, nós tivemos a maior redução de homicídios do País. Nesses três anos e nove meses, estamos hoje com a menor taxa de ho-

micídio dos últimos trinta anos. Fechamos o ano passado com a menor taxa dos últimos 29 anos e estamos este ano com a menor taxa dos últimos 30 anos. Isso é uma grande conquista que eu quero compartilhar com a Polícia Civil, com a PM, o Corpo de Bombeiros e com a população de Brasília, porque realmente é uma grande conquista. Isto nos permite se dizer o seguinte: quando iniciamos o governo, tínhamos uma média de 50 homicídios por mês no DF, que dava em torno de 600 homicídios por ano. Neste mês de setembro, nós tivemos 25 homicídios. Ou seja, reduzimos pela metade, o que me permite sonhar em ter um mês sem nenhum homicídio no

“Fiz um governo sério, honesto, sem negociatas, sem mentiras. Hoje me sinto em muito melhores condições de governar nossa cidade e fazer muito mais por Brasília e pelos brasilienses” DF. E você pode ter certeza: se eu tiver a felicidade de ser governador de Brasília novamente, nós vamos perseguir esse objetivo, de fechar meses em Brasília sem nenhum homicídio. Qual a mensagem o senhor deixa para o eleitor que vai à urna no dia 7 de outubro? – Eu quero me dirigir especialmente às pessoas que votaram em mim na última eleição esperando algo novo. Eu reconheço que nosso governo teve falhas, que não fizemos tudo aquilo que gostaríamos de ter feito e que planejamos fazer. Mas tenho convicção de que fizemos o possível. Talvez fizemos até muito dentro do ambiente em que nós governamos. Mas eu quero que você faça uma reflexão comigo: tem três anos e nove meses que

Entrevista Rodrigo Rollemberg você não vê o nome de Brasília envolvido em nenhum escândalo em cenário nacional, que era uma prática em Brasília. A gente assistia toda semana um governador ser preso, um senador preso, um vice-governador preso, agentes políticos importantes da cidade presos, envergonhando a nossa cidade. Quantas vezes a gente viajou para fora de Brasília e ouvia piadinhas tentando ligar a gente à corrupção. Isso está acabando, minha gente! Tem três anos e nove meses que a gente não ouve falar em corrupção, e quando aparece alguma coisa a gente age imediatamente, afasta, pune e manda apurar. Esta é a diferença! Será que a população de Brasília quer a volta da corrupção? A corrupção que tirou dinheiro da Educação, da Saúde e Segurança? Que construiu aquele rombo bilionário que a gente herdou? Ou a gente quer uma cidade administrada com seriedade, honestidade, correção? Que você pode ter certeza de que, com o combate à corrupção vai sobrar recursos para investir na saúde, segurança e educação. Portanto, eu estou muito tranquilo. Eu me sinto uma pessoa que cumpriu sua missão. Não que eu tenha sido perfeito. Reconheço que tive falhas, erros. Mas hoje eu estou mais experiente do que no primeiro momento. Também digo com muita tranquilidade: fiz um governo sério, honesto. Não tive negociatas. Não teve mentiras. E posso assegurar que hoje me sinto em muito melhores condições, numa melhor situação financeira, de governar nossa cidade e fazer muito mais por Brasília e pelos brasilienses.


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Por Chico Sant’Anna

Agora é com você eleitor REPRODUÇÃO

É como uma assembleia de condomínio. Quem não participa, não pode reclamar depois da qualidade do síndico e de suas decisões Se estivéssemos em um cassino, o croupier pronunciaria a célebre frase: “o jogo está feito”. Ao longo das últimas semanas, os candidatos percorreram todos os cantos para dialogar com os eleitores. Apresentaram suas propostas. O prazo foi curto, o tempo de propaganda eleitoral ainda menor e a grande mídia não colaborou muito para fazer com que os candidatos fossem mais conhecidos. Em especial os parlamentares. Mas a sorte está lançada e cabe ao eleitor decidir como serão o Brasil e Brasília nos próximos quatro anos. Não é uma decisão fácil, e o eleitor vem abusando nos erros. Nos últimos 12 anos, foram cinco governadores – dois interinos. Dois deles estão condenados em processos judiciais, outro sob inquérito. Da composição atual da Câmara Legislativa, 13 dos 24 distritais estão sob investigação, processos ou mesmo condenações. Não é muito diferente a situação da Câmara Federal, onde metade dos atuais oito deputados responde a processos na Justiça. No Senado, nos últimos anos, três senadores conheceram a Papuda por dentro, além das renúncias de mandato para tentarem fugir de cassações. E todos esses chegaram aos cargos que assumiram única e exclusivamente em de-

O eleitor vem abusando dos erros. Em 12 anos, Brasília teve cinco governadores (dois interinos), dois estão condenados e outro sob inquérito

corrência das escolhas do eleitorado. Por isso, a decisão que tomaremos no dia 7 deve ser muito bem pensada. Mas esta não tende ser a realidade. Seis, em cada dez eleitores não sabem, por exemplo, em qual senador irão votar. Mais grave: não sabem para que serve um senador. E isso é fruto de um distanciamento crônico dos parlamentares federais do cotidiano dos brasilienses. A reclamação costumeira das ruas é que os parlamentares da mais alta Casa desconhecem o que acontece no DF. “São senadores da República e não de Brasília”, costumam reclamar os eleitores, os mesmos que reclamam soluções para a crise na Saúde, para o sucateamento da Educação, para a Mobilidade Pú-

blica e, principalmente, para a chaga do desemprego que ultrapassa a casa dos 300 mil brasilienses. NÃO VOTO – Em se confirmando os prognósticos das pesquisas, a quantidade de não voto – abstenções, voto nulo e em branco – será bastante expressiva. Mais do que revelar um distanciamento do eleitor das possíveis soluções e melhorias para a cidade, demonstra um descaso para o que está acontecendo. Não votar significa dizer que tudo está bem como está, que tanto faz como tanto fez. Que não faz diferença alguma participar do pleito. Mas a ausência do eleitorado nas urnas fragiliza o processo democrático e tende a manter o mesmo perfil

de políticos que atuam no momento. O eleitor não só deve votar, como deve ser chamado a participar ao longo dos governos. Seu papel deve ser reforçado com mecanismos de democracia direta, capazes de fazer com que o eleitor tenha uma participação mais permanente, que tome decisões ele mesmo ao longo do mandato do governo escolhido. O eleitorado precisa exercer seu papel nessas eleições. E exercer bem. Caso contrário, não adiantará reclamar. Quem não escolhe, deixa os outros decidirem por ele. É como uma assembleia de condomínio. Quem não vai e não participa, não pode reclamar depois da qualidade do síndico e de suas decisões.


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A força da mulher na disputa pela Câmara Federal no DF Cinco fortes candidatas deixam homens dependentes e carentes de seu bom desempenho nas urnas do próximo domingo JÚLIO PONTES

REPRODUÇÃO FACEBOOK

GUSTAVO GOES

Júlio Pontes A bancada do DF na Câmara dos Deputados pode ter a maior representação feminina da história. As pesquisas mostram cinco mulheres com possibilidades reais de serem eleitas neste domingo (7). Ou seja, mais da metade do total de deputados de Brasília no Congresso Nacional. As candidatas que provam que a força está com elas e são mais citadas nos levantamentos são: Erika Kokay (PT), que, mesmo com a grande rejeição ao seu partido, pode ser a mais votada da capital; Flávia Arruda (PR), herdeira do espólio político de seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda, preso há um ano pela Operação Panatenaico; Celina Leão (PP), que responde por corrupção ativa e passiva na Operação Drácon; a neófita Paula Belmonte (PPS), que fez uma campanha rica, mas usando recursos próprios; e a experiente Maria de Lourdes Abadia (PSB), que este ano trocou o ninho tucano por uma aliança com o governador Rodrigo Rollemberg. DEPENDENTES – Elas deixam cinco homens dependentes e carentes da força da mulher, como diria Erasmo Carlos. Eles torcem pelo sucesso delas, para que sejam “puxados” pelo quociente. No PT, Antônio Sabino torce por Erika. No PR, assim como em 2014, quando foi levado pelo hoje candidato ao GDF Alberto Fraga (DEM), Laerte Bessa reza pelo sucesso de Flávia. No PP, o ex-distrital Olair Francisco quer que Celina e Tadeu Filippelli (MDB) explodam a boca do balão para lhe

Érika Kokay (PT): torcida de Antônio Sabino

Flávia Arruda (PR): reza de Laerte Bessa REPRODUÇÃO

Celina Leão (PP): carona para Olair Francisco JÚLIO PONTES

garantir uma cadeira. Na coligação Unidos pelo DF (PSD-PPS-PRB-Podemos-SD-PSC), o vice-governador Renato Santana (PSD) tem esperança de se beneficiar com a sobra dos votos de Paula Belmonte e Júlio César (PRB) para ficar com a terceira vaga. Já o ex-secretário de Cidades, Marcos Dantas (PSB) pode se beneficiar de uma representativa votação de Maria Abadia. SEXO FRÁGIL? – Além da disputa para a Câmara dos Deputados e das 24 vagas na Câmara Legislativa, as mulheres se destacam nas pesquisas majoritárias. Leila do Vôlei (PSB) pode ser a primeira senadora do DF e Eliana Pedrosa (Pros) a primeira governadora eleita. E ainda dizem que a mulher é o sexo frágil! Mas que mentira absurda!

Paula Belmonte (PPS): esperança de Renato Santana

Maria Abadia (PSB): aposta de Marcos Dantas


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Surpresas após a morte Dois terços dos “mortos” ignoram seu estado de espíritos nos primeiros anos. Religiões tradicionais não avançaram nessa questão Com André Luis, por meio de Chico Xavier, acabou-se o mistério sobre a vida após a morte que perturbou a Humanidade até 1938. André, ex-médico no Rio de Janeiro, nos desvendou o mundo espiritual em 17 obras. Seu primeiro livro, “Nosso Lar”, virou filme, e o 17º (E a Vida Continua), a novela “A Viagem”. Em “Nosso Lar”, André Luis fala da sua chegada ao mundo espiritual. Ficou oito anos em sofrimento numa

região conhecida como Umbral, pelos espíritas, e Purgatório, pelos católicos. Demorou muito para entender que tinha “morrido”. Segundo Chico Xavier, dois terços dos “mortos” ignoram seu estado de espíritos nos primeiros anos após a morte. As religiões tradicionais não avançaram nessa questão, mercê de o catolicismo ter a ala Carismática. O protestantismo acha que fica-se dor-

Nutrição e fibromialgia Indica-se reduzir o consumo de cafeína, de alimentos industrializados e ricos em sal, gorduras e açúcares A fibromialgia pode ser definida como uma síndrome crônica dolorosa, não inflamatória, e que manifesta-se no sistema músculo-esquelético. A doença é caracterizada por dor em diversas regiões do corpo, muita fadiga durante o período matutino, distúr-

bios do sono, e sensação de inchaço nas mãos e antebraços. O desenvolvimento da fibromialgia pode estar relacionado com aspectos emocionais – como ansiedade e depressão – e sedentarismo. Estudos apontam que em pacientes que

mindo até o Juízo Final. E parou aí. Depois de oito anos, André Luís entrou em questionamento. Achava que tinha morrido e, ao mesmo tempo, que não. Aprofundou a reflexão e concluiu: “eu morri e não morri. Então deve existir um Criador. Humildemente ajoelhou-se, entrou em oração, e pediu ajuda. Um anjo apareceu e, finalmente, pôde sair dali, indo para uma cidade que ele denomina “Nosso Lar”. Ali, André aprendeu que de nada valem os títulos da Terra, mas os valores da caridade verdadeira, fraternidade, humildade, compreensão e fé. Restabelecido, começa a trabalhar como auxiliar de uma enfermeira. É assim que se desenvolve humildade. “Quem quiser ser o maior, seja o menor, o servidor de todos”, ensinou Jesus. Posteriormente, André encontra o Velho Silveira e Eliza, pessoas que ele havia prejudicado. O inventário

sobre sua vida vai se realizando: ignorância, erro, expiação e reparação. Não basta ser perdoado. É preciso reparar os males praticados. “Os teus pecados te são perdoados porque você muito amou” (reparou). André não esqueceu de mencionar o valor da caridade real. De 6 mil consultas gratuitas, 15 beneficiados se esforçaram para que ele fosse retirado do Umbral. Nesse sentido, há uma concordância com o Apóstolo Paulo quando ensinou: “agora restam três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, mas a mais excelente delas é a caridade”. Não espere a morte para modificar sua vida e seu viver. Viver é nós. Todos se ajudando. Todos aprendendo com todos.

possuem patologias em condições crônicas há uma maior prevalência de diagnóstico de depressão. Porém, ainda não há uma hipótese concreta de que a fibromialgia seja uma consequência da depressão. A alimentação adequada pode desenvolver um papel essencial e de extrema importância durante o tratamento da fibromialgia. Portanto, nesses casos, indica-se a redução da cafeína, de modo a melhorar a qualidade do sono; diminuição do consumo de alimentos industrializados e ricos em sal, gorduras e açúcares, a fim de evitar o sobrepeso e a obesidade; aumentar o consumo de alimentos fontes de magnésio e cálcio, porque estes auxiliam na melhora da contração muscular;

além de do consumo equilibrado de fontes de ômega 3 e 6, pois estes apresentam potencial anti-inflamatório. De modo geral, ressalta-se que, pacientes portadores de fibromialgia devem aumentar o consumo de frutas e verduras, e também aumentar o consumo de alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios. Uma alimentação saudável, adequada e balanceada é essencial para manter o equilíbrio do indivíduo e auxiliar no aumento da qualidade de vida.

José Matos Professor e palestrante

(*) Texto elaborado pelas estudantes de Nutrição Bárbara Almeida, Jamile Braz, Juliana Almeida e Rhaylane Gomes, da Universidade Católica de Brasília


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Representatividade também para céticos

O

caos que abala as estruturas do Sistema Único de Saúde (SUS) Brasil afora e acaba esbarrando diretamente na medicina suplementar fez com que boa parte dos médicos, de todo o país e no Distrito Federal, se tornasse descrente com relação à política. Alguns chegam até a dizer que não há mais solução para os evidentes problemas no atendimento à população. No entanto, me arrisco a dizer, quando nas mãos das pessoas certas, a política consegue, sim, desenvolver todas as áreas essenciais para a vida dos cidadãos. A começar pela

Saúde: porque é nela que está a solução. Fato é que a Saúde é um fator intrínseco ao desenvolvimento. Não só o social, mas o econômico. É, portanto, determinante para o progresso: tanto no âmbito local quanto no nacional. E, apesar de o atual governo do DF ter ignorado tal fato que é comprovado por estudos e pesquisas -, investir na saúde da população é, para além de salvar vidas, dar condições para que cada indivíduo possa contribuir, de maneira prática, para os avanços sociais dos quais tanto necessitamos, mesmo os céticos da política.

Ainda em 1975, no artigo “Saúde e desenvolvimento econômico: atualização de um tema”, José Duarte de Araújo já defendia que os gastos em saúde são uma forma de investimento e não uma despesa de consumo: destacando, sobretudo, a estreita vinculação da área com o processo de planejamento econômico e social. Ou seja, embora hoje estejamos vivendo em um momento crítico dentro dos hospitais, UPAs e UBSs, é preciso lutar. E isso significa, em um ano eleitoral, dar uma chance àqueles que defendem o bem-estar (físico e mental) dos cidadãos como prioridade.

Fernando Gabeira, o Guerrilheiro do Bem Quando chegou à conclusão de que sonhara o sonho errado, optou pela defesa dos direitos das minorias e do meio ambiente Trabalhei com Fernando Gabeira no Jornal do Brasil em 1962. Ele como editor de pauta. Aliás, o melhor que conheci. Sem ser religioso, sempre foi dono de uma mansidão evangélica. Eis porque causou surpresa geral quando ficamos sabendo que colaborara com o sequestro do embaixador americano Charles Elbrich, no dia 4 de setembro de 1969, no Rio de Janeiro. O diplomata ficou trancafiado numa casa do bairro do Rio Comprido, enquanto seus captores ne-

gociavam com o governo ditatorial a liberdade de 15 presos políticos, que, finalmente, foram enviados para Cuba num Hercules da FAB. Ao ingressar na clandestinidade, Gabeira foi preso e torturado, em 1970, e banido do país em 15 de junho do mesmo ano, juntamente com 39 presos políticos, em troca da libertação do embaixador da Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Hollenben, sequestrado tal qual Elbrich. No exílio, Gabeira morou em Cuba e Argélia, fixando-

Neste ano, tive a chance de participar do XIII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), e o tema “participação médica na política” ecoou nos corredores da AMBr, que sediou o evento, como uma urgência. Uma necessidade que nos salvará das recorrentes tentativas de precarização da atividade médica. Fato é que, nos últimos anos, retrocedemos. A prática médica no SUS pede socorro. E os desafios aumentam também na saúde suplementar. Não há, neste ano, espaço para o ceticismo político. Digo a vocês, com convicção, que a nossa profissão não

-se em Santiago do Chile. Em setembro de 1973, por causa do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende, fugiu para a Suécia, onde trabalhou como porteiro de hotel e maquinista de metrô, enquanto à noite cursava Antropologia, na Universidade de Estocolmo. Aos 77 anos, com uma vitalidade impressionante, desde que voltou do exílio em 1986, Fernando Gabeira concorreu a cargos públicos no Legislativo, não só como deputado federal, mas também como governador do Rio e até mesmo à Presidência da República, em 1989, quando obteve apenas 0,18% dos votos. Em 1994, eleito deputado federal pelo PV fluminense, conseguiu a façanha de conquistar o primeiro lugar no pleito de 2006, como o deputado federal mais votado, com 293.067 votos. Na vida familiar, casou três vezes: no exílio, com Vera Guimarães, companheira de militância; na vol-

Dr. Carlos Fernando, presidente do Sindicato dos Médicos do DF

pode sofrer mais perdas. Para exercemos, com dignidade, a medicina para a qual nos formamos, é preciso entender que a solução está no palco político. Não vamos, mais uma vez, perder a chance de eleger aqueles que nos representam. Neste momento, a representatividade médica na política pode ser a única saída para um cenário que se apresenta a cada dia mais inóspito.

ta, com a estilista Yamê Reis, com quem teve duas filhas, a psicóloga Tami e a surfista Maya Gabeira; e atualmente com a empresária Neila Tavares. Na literatura, além do “O que é isso, Companheiro?”, publicou vários livros de sucesso. Finalmente, a partir de 1985, quando chegou à conclusão de que, politicamente, sonhara o sonho errado, optou, definitivamente, pela defesa das causas dos direitos das minorias e do meio ambiente, o que incluiu em seu programa de excelente audiência na TV Globo, com a coragem e a valentia de um autêntico Guerrilheiro do Bem!

Fernando Pinto Jornalista e escritor


Garrafas sempre de cabeça pra baixo.

Mantenha os reservatórios limpos e bem fechados.

Mantenha as lixeiras bem fechadas.

Mantenha os pneus protegidos da chuva.

Mantenha as calhas sempre limpas.

O MOSQUITO QUE TRANSMITE DOENÇAS GRAVES COMO DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA É UMA VISITA INDESEJADA. Por isso, chame seus amigos e vizinhos para fazer as ações de prevenção regularmente. Fique atento aos locais que possam acumular água e mantenha-os sempre limpos. E se você sentir fortes dores de cabeça, febre, dor no corpo, enjoos, dor nos olhos, incapacidade para andar e comer, procure uma unidade de saúde. Esse sofrimento não pode entrar na sua casa.

Então vamos lutar juntos! Não deixe o mosquito nascer!

MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE:

WWW.BRASILIACONTRAOAEDES.SAUDE.DF.GOV.BR OU LIGUE 160.

Secretaria de Saúde

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL


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