Mobilização contra a privatização Jair Ferreira (foto) lidera, segunda-feira (13), Dia Nacional de Luta de funcionários da Caixa Página 5
Brasília, 4 a 17 de janeiro de 2020
Teimosia de Moro põe Brasília em perigo Polícia Civil desmonta célula de facção que se instalava no DF. Grupo se articulava para resgatar o traficante Marcola, preso no Complexo da Papuda, e cometer outros crimes. Há um ano especialistas alertavam para esse risco. Mas o ministro da Justiça ignorou. Será que não é hora de repatriar o PCC? Chico Sant’Anna - Páginas 6 e 7
FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
GDF unifica ISS do setor de tecnologia com alíquota de 2%
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Passagens de ônibus 10% mais caras a partir de segunda-feira Via Satélites - Página 8
Brasil queimou US$ 37 bi de reservas internacionais Pelaí - Página 3
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Ano VIII - 446
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Economia sob o comando de Paulo Guedes beneficia patrões, diz Dieese Página 4
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 4 a 17 de janeiro de 2020 - bsbcapital.com.br
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x p e d i e n t e
Energia fotovoltaica não é limpa João Bruno Vidal Moreira (*)
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Na edição 445, o Brasília Capital publicou, sob o título “Uma luz limpa no fim do túnel”, matéria a respeito de uma usina fotovoltaica em São Sebastião, com a manchete de capa “Brasília já usa energia limpa na rede da CEB”. O texto me sensibilizou e despertou interesse em explanar alguns pontos. Em primeiro lugar, quero parabenizar o idealizador do projeto, Felipe Octávio Kubitschek, pois além desta iniciativa revolucionar as Organizações Paulo Octavio, elevando a qualidade da empresa de seu pai, ao cumprir com a própria missão da organização no que diz respeito à sustentabilidade ambiental já podendo carregar o selo “7 - Energia Limpa e Acessível” dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização
das Nações Unidas, este caminho que resolveu trilhar é pleno e não há outra opção para a humanidade a não ser cumprir com os planos de ação da Agenda 2030 da ONU. Tenho certeza que JK está orgulhoso do seu bisneto. Em segundo lugar, pergunto: Podemos chamar uma usina de energia solar de “energia limpa”? Não nos deixemos iludir. Em tudo na vida existe ônus e bônus. Embora a energia solar seja considerada limpa e renovável, para transformar essa luz em energia elétrica, ou seja, a construção de uma usina fotovoltaica, gera impactos ambientais que prejudicam o meio ambiente, assim como qualquer empreendimento que necessite desmatar uma área para sua construção. Ainda devemos considerar a proveniência dos materiais que compõem
a tecnologia empregada (metais, plásticos, vidros, etc.), produtos da mineração, extração de petróleo, indústrias, etc, assim como, a mão de obra utilizada para produção nos países de origem, no caso, a China, que é reconhecida por violar direitos trabalhistas e humanos. Na imagem da usina de energia solar de São Sebastião, percebemos que a área foi completamente desmatada e impermeabilizada, indicando que o empreendimento não se ateve às questões de mudanças climáticas, pois contribuiu para a emissão de carbono para a atmosfera e promoveu a redução de área de infiltração de águas de chuva para a recarga dos aquíferos em São Sebastião, região abastecida por água de poços, cuja exploração já está esgotada e não se expedem mais outorgas de uso de recursos
hídricos subterrâneos. Analisando todos estes fatores visando à implantação da usina, a energia gerada não é limpa, pois devastou para ser implantada, assim como uma hidrelétrica que inunda vasta área para seu reservatório de água. Nesse sentido, ao considerar apenas a proporção da área que deveria ser desmatada para implantar uma usina de energia solar que atenda a mesma oferta de energia que uma hidrelétrica seria de milhares de hectares. (*) Tecnólogo em Gestão Ambiental – Criador e executor do Projeto Reflorir ACESSE O QR CODE E LEIA A ÍNTEGRA
Desigualdade e segurança pública J. B. Pontes A desigualdade social no Brasil está sempre a bater recordes, conforme demonstram pesquisas realizadas por diversas instituições nacionais e internacionais, como a Fundação Getúlio Vargas (*). O último estudo realizado em 2019 por essa instituição demonstrou que a renda da metade mais pobre da população caiu 18% e que o 1% mais rico teve quase 10% de aumento no poder de compra. Segundo Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o sétimo país mais
desigual do mundo, atrás apenas de algumas nações do continente africano. Problema que deveria merecer toda a atenção dos governantes. Isso nos permite afirmar que a desigualdade social é o maior problema do nosso País e deveria merecer toda a atenção dos governantes. Uma nação com tamanha desigualdade não tem condições de se desenvolver harmoniosamente. A desigualdade social está diretamente relacionada com a violência e com a marginalização. Portanto, o combate à violência e à marginalidade passa pela redução da desigualdade social. Felizmente, cresce a
consciência dos brasileiros de que a violência não se combate só com aparato policial. Recente pesquisa de opinião realizada pelo Datafolha(**) revelou que a maioria da população prefere que, para combater a violência, os governantes priorizem investimentos em educação e geração de empregos, em detrimento de investimentos específicos na área de segurança. Essa percepção de que a diminuição da violência e da marginalidade passa pela redução da desigualdade social já vem sendo apontada, desde longa data, pelos especialistas em segurança pública. Mas essa diretriz vem sendo
desprezada pelos governantes, especialmente pelo atual governo, o qual pensa que o problema de segurança pública se resolverá armando a sociedade e investindo, exclusivamente, nos aparatos policiais. Temos convicção de que a desigualdade social é a causa não só da violência e da criminalidade em geral, mas também de diversos outros problemas sociais, a exemplo da pobreza e da fome, que também estão em escalada crescente no nosso País. (*) https://cps.fgv.br/desigualdade (**) https://www1.folha.uol.com. br/cotidiano/2019/12/maioriaprefere-investimento-em-areasocial-a-seguranca-para-combaterviolencia-diz-datafolha.shtml
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CAI APOIO À DEMOCRACIA – Pesquisa DataFolha aponta que 62% dos entrevistados apoiam a democracia. Em 2018, antes do primeiro turno, 69% acreditavam que a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo. Segundo a pesquisa, cresceu de 13% para 22% a parcela da população para quem tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura. Permaneceu estável em 12% a faixa de entrevistados que diz ser preferível uma ditadura em certas circunstâncias.
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Adeus, TT! Morreu no dia 2 de janeiro, aos 71 anos, o jornalista TT Catalão, que, nas décadas de 1980/1990 tornou-se um dos maiores agitadores culturais de Brasília como parte da equipe da editoria de Cultura do jornal Correio Braziliense. À época, a Redação era dirigida pelos falecidos Evandro de Oliveira Bastos e pelo editor-executivo Fernando Lemos. Nos últimos meses, TT vinha colaborando com charges para o Brasília Capital. Vanderlei dos Santos Catalão, o TT Catalão, era jornalista, letrista, poeta, músico e ativista cultural. Morava em Brasília desde 1972. Chegou a ser destaque no extinto Ministério da Cultura (MinC), durante o governo Lula.
Eleições municipais terão biometria e urnas eletrônicas O voto nas eleições municipais deste ano será efetuado com biometria e urnas eletrônicas. A identificação do eleitor brasileiro por meio das impressões digitais atingiu 78,08% do eleitorado. A informação é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e indica que esse percentual se refere a 115.469.403 pessoas. A previsão da Justiça Eleitoral é a de que todo o eleitorado bra-
sileiro esteja cadastrado na biometria até 2022. DIGITAIS – O voto eletrônico é realidade no Brasil desde 2000, quando todos os brasileiros escolheram seus representantes municipais por meio da urna eletrônica. No entanto, na época, verificou-se que em um procedimento eleitoral ainda havia a intervenção humana: A identifi-
cação do eleitor.Com a adoção da identificação biométrica, o processo de votação, praticamente, excluiu a possibilidade de intervenção humana, pois, agora, a urna somente é liberada para votação quando o leitor biométrico identifica as impressões digitais do eleitor. Dessa forma, não é possível uma pessoa se passar por outra no momento da votação.
“Moro não entende nada de Segurança Pública” Amigo e conselheiro do presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) criticou a atuação de Sérgio Moro no Ministério da Justiça: “Ele não entende nada de segurança”, disparou o coronel da PM. Fraga é co-
tado para assumir a parte da Segurança Pública numa possível divisão do Ministério da Justiça nos próximos meses. “O Moro pode conhecer muito de Justiça, mas não tem conhecimento nenhum de segurança pública, com
todo o respeito. Seria importante termos alguém com mais vivência na área criminal, com mais bagagem. O presidente tem ouvido todos os argumentos, mas acha que não é o momento de mexer nisso”, disse Fraga ao portal Crusoé.
Brasil perdeu US$ 37 bi de reservas internacionais Reportagem do Valor Econômico mostrou que o Brasil queimou R$ 37 bilhões de reservas internacionais em 2019. O lastro do País caiu de US$ 390,5 bilhões em junho para US$ 356,9 bilhões em dezembro. O Banco Central ven-
deu US$ 36,9 bilhões das reservas internacionais no ano passado, principalmente em razão de intervenções cambiais para conter a alta do dólar em um ano em que o País teve a maior saída de divisas da história recente, US$ 44,8 bilhões.
Bolsonaro exclui 1 milhão de beneficiários do Bolsa Família Em 1 ano, o governo Bolsonaro excluiu um milhão de beneficiários do Bolsa Família. No 1º semestre de 2019, eram 14,3 milhões de famílias, número que caiu para 13,5 milhões em setembro. A expulsão dessas famílias ocorreu no mesmo período em que a situação econômica do País piorou e a vulnerabili-
dade social aumentou. “Em 2019 voltamos ao patamar de 9 anos atrás, de 2010. Só que hoje a economia vai mal, o desemprego é o dobro do que era há 9 anos, com muita precarização”, afirma a ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo de Dilma Rousseff, a economista Tereza Campello.
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Dieese afirma que MP 905 beneficia patrões FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
Departamento avalia que iniciativas do governo Bolsonaro incorporam férias, 13º e FGTS ao salário Da Redação O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) considera que iniciativas do governo Bolsonaro desconstroem direitos dos trabalhadores à remuneração e à gratificação de férias, ao 13º salário e ao FGTS, incorporando-os ao pagamento mensal. A medida mais propagandeada pelo governo é a criação do contrato chamado de “Verde e Amarelo” (VA), pela Medida Provisória 905, que visa a atender trabalhadores jovens, de 18 a 29 anos de idade, na modalidade de “primeiro emprego. É um contrato que, além de prever a desoneração dos encargos sociais e trabalhistas pagos pelos empregadores (encargos sobre a Folha são quase que totalmente eliminados), reduz valores da remuneração dos jovens que forem contratados. Isso porque são diminuídas, drasticamente, as verbas relativas ao adicional de periculosidade (também restringe os casos em que o adicional é devido), ao depósito na conta do FGTS e à multa rescisória, que também constituem salário, ainda que digeridos no tempo”, afirma o Dieese em nota técnica. “Além disso, o desenho da política não veta todas as possibilidades de rotatividade da mão de obra, com a troca de trabalhadores com contratos por prazo indeterminado por jovens contratados pela Carteira Verde e Amarela, desde que respeitado o limite máximo de 20% em contratos VA sobre a média de empregos existentes entre janeiro e outubro de 2019”.
Paulo Guedes: Contrato Verde e Amarelo retira direitos dos trabalhadores
Fim da multa adicional de 10% do FGTS O ano começou com o fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a partir de 1º de janeiro. Os empregadores deixarão de pagar a multa de 10% em demissões sem justa causa. A taxa foi extinta pela lei que instituiu o saque-aniversário e aumentou o saque imediato do FGTS, sancionada em dezembro pelo presidente Jair
Bolsonaro. A multa extra aumentava a indenização paga pelas empresas nas dispensas sem justa causa de 40% para 50% sobre o valor depositado no FGTS do trabalhador. Os 10%, no entanto, não iam para o empregado, e sim para o Tesouro Nacional, de onde era repassado ao FGTS, gerido por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.
GDF unifica ISS do setor de tecnologia O governador em exercício, Paco Britto, sancionou a lei que unifica em 2% o percentual de Imposto Sobre Serviços (ISS) para as empresas de TI do Distrito Federal. Antes, o imposto oscilava de 2% a 5%, gerando uma falta de competitividade para empresas. O governador Ibaneis Rocha e o secretário de Economia, André Clemente, discutiram com o setor as vantagens dessa redução, o que proporcionou a sanção da lei. Em outubro do ano passado, o Brasília Capital acompanhou as declarações dadas por Clemente a mais de 300 empresários, em um café da manhã oferecido pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF). Na ocasião, ele reforçou o compromisso do GDF com o setor produtivo. “Isso não só é justiça fiscal, mas é também um reconhecimento da importância da atividade de todos vocês”, afirmou. Agora, os empresários do setor de tecnologia do DF vão poder disputar os certames em igualdade de condições, resgatando oportunidades. O setor acredita que outras empresas, agora mais competitivas, vão ampliar seus negócios e abrir mais postos de trabalho. JOEL RODRIGUÊS/AGÊNCIA BRASÍLIA
Salário mínimo é de R$ 1.039 Com uma Medida Provisória, o presidente Jair Bolsonaro interrompeu a política de resgate do valor histórico do salário mínimo e reajustou seu valor para R$ 1.039,00. O novo valor começou a valer no dia 1º de janeiro. O reajuste foi calculado
com base na correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elimina a política de valorização do salário mínimo, proposta pelo governo Dilma Rousseff, que vinha sendo executada nos últimos anos.
André Clemente: Compromisso com o setor produtivo do Distrito Federal
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Contra a privatização e o desmonte DIVULGAÇÃO
Funcionários comemoram 159 anos da Caixa com Dia Nacional de Luta Da Redação Neste domingo (12), a Caixa Econômica Federal completa 159 anos. Mas, em meio às ameaças de privatização, os 82 mil empregados vão comemorar a data com um Dia Nacional de Luta, marcado para segunda-feira (13) em todo o Brasil. Nas redes sociais, a campanha contra a privatização e o desmonte do banco, com a #ACAIXAÉTodaSua, ganha grande alcances. A campanha, lançada no ano passado, busca a divulgar a importância do banco público para a sociedade e impedir a venda de áreas estratégicas da instituição. Atualmente, a Caixa sofre as ameaças de privatização que enfrentou nos anos 1990. A equipe econômica e a direção do banco iniciaram, em 2019, um processo de desinvestimento, que já tirou cerca de R$ 15 bilhões de ativos do banco. Para 2020, a expectativa também não é positiva. A década começou com o anúncio da contratação de um banco americano (o Morgan Stanley) para coordenar o processo de venda da Caixa Seguridade. “É a linha do governo de vender tudo que pode. Para nós, funcionários da Caixa, é preocupante.
Jair Ferreira: Em defesa das políticas públicas que a Caixa Econômica desenvolvew
Embora estejam vendendo o braço de seguros, o próprio presidente da Caixa tem dito que vai vender tudo que puder”, critica o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Ferreira. Ele ressalta que o setor de cartões é o próximo da lista, caso a sociedade não se mobilize para defender seu patrimônio. “Lutar pela Caixa é, sim, defender seus empregados. Mas é, principalmente, defender as políticas públicas que ela desenvolve. São mais de quatro mil agências. Quando
começa a despedaçar, será reduzido o tamanho dela. Como é que vamos atender às grandes demandas?”, questiona Ferreira. REAÇÃO – Para o vice-presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, o início do processo de venda da Caixa Seguradora é um sinal importante, que deve provocar a sociedade. “O preparativo para o IPO da Caixa Seguradora sinaliza que, se não reagirmos, a empresa pode acabar. Por isso, as entidades sindicais e associativas farão uma grande manifestação em de-
fesa da Caixa no próximo dia 13”, avisa Takemoto. “É por meio de setores, como as loterias, os seguros e os cartões que a Caixa financia o sonho da casa própria, o acesso à faculdade com o Fies e do crédito mais barato. É por intermédio delas, também, que saem os recursos para o Minha Casa Minha Vida, o maior programa habitacional do Brasil”, explica Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa. Ele informa que, “além disso, parte do dinheiro arrecadado com as loterias é aplicado no esporte, na cultura e na segurança nacional. Com a venda dessas áreas e a retirada do FGTS, o Brasil todo perde. Mas a população de baixa renda é a que será mais prejudicada com o fim do seu acesso ao sistema financeiro, ao crédito, à poupança e a outros serviços”. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orienta a todos os empregados da Caixa, da ativa e aposentados, a saírem às ruas vestindo as camisetas e os broches da campanha A Caixa é Toda Sua, além de postarem em suas redes fotos e vídeos dos atos com a #ACaixaETodaSua. A Contraf-CUT e a CEE-Caixa já possuem calendário de reuniões definidos para o mês de janeiro e tratarão dos temas relativos à continuidade da campanha em defesa da Caixa e outros de interesse dos empregados do banco.
Banco lucrativo e consolidado O governo Bolsonaro já vendeu R$ 15 bilhões de ativos da Caixa em 2019. Ou seja, recursos da empresa foram repassados ao mercado financeiro. “Isso certamente fará falta porque o banco vive de emprestar dinheiro. Se você começa a tirar aquilo que lhe dá suporte, você diminui a sua capacidade de novos negócios”, explicou Jair Ferreira. Ele informa que a conta de ven-
da da Caixa não fecha por uma questão simples: O banco não está em crise. Ao contrário, gera e distribui lucros. No terceiro semestre de 2019, a empresa teve um lucro de R$ 8 bilhões. Em 2018, o lucro líquido contábil foi de R$ 10,355 bilhões. “Nos últimos 15 anos, a Caixa financiou quatro milhões de moradia do programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje nós ainda temos um déficit habitacional de seis mi-
lhões de famílias sem moradia. Encolher o banco é diminuir a sua capacidade de atendimento. Para a parte da população que tem dinheiro, sempre haverá uma alternativa. Mas a nossa principal preocupação é com a parcela da sociedade que mais precisa”. Ferreira informa que, de 2003 a 2015, a Caixa, praticamente, dobrou a quantidade de agências, especialmente, nos pequenos
municípios, sempre a serviço dos interesses da população com menos acesso às políticas públicas. Além disso, a privatização de fachada visa a tirar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) da Caixa – fonte de financiamento da casa própria e do acesso à faculdade, com o Fies. “Tem como quantificar a perda de não conseguirmos mais que nossos filhos frequentem a universidade?”, questionou.
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Brasília Por Chico Sant’Anna
As garras de Marcola no DF Teimosia de Moro atrai chefes do PCC para a capital federal
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m abril de 2019, contra a opinião de todos os especialistas em segurança pública da capital federal e sem a anuência do governador Ibaneis Rocha, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, trouxe para Brasília o preso mais temido do País: Marcos Willians Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC. Com a chegada dele, praticamente, toda a cúpula do Primeiro Comando da Capital se instalou na Penitenciária Federal, no Complexo da Papuda. Como um filho indesejado, a presença de Marcola fez nascer na cidade uma nova célula do crime organizado, parte dela desbaratada pela Polí-
FOTOS: ANDRE BORGES/ESP. METRÓPOLES
cia Civil do DF nos primeiros dias deste ano. O alerta era unânime. Todos preveniram Moro de que a transferência de Marcola para Brasília traria insegurança para a cidade que abriga o poder público federal e representações diplomáticas de mais de 200 nações e organizações internacionais. Teimoso, como demonstra ser sua característica pessoal, o ministro da Justiça alegava não haver risco e que a Penitenciária Federal era de segurança máxima. RESGATE – Parece que não era. No fim do ano passado, diante de uma ameaça de resgate de Marcola, Moro foi obrigado a chamar o Exército. Soldados treinados para guerra e blindados cercaram as imediações da Papuda para evitar um resgate. Onde estava a segurança tão propalada? Por que a Policia Federal ou a Força Nacional não fizeram tal
O alerta de que isso aconteceria foi feito por esta coluna, em abril de 2019, com manchete de capa da edição 407 do Brasília Capital. Em novembro de 2018, também divulgamos a advertência do então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, antecessor de Moro, quanto à presença das duas maiores organizações criminosas do Brasil, o PCC e o Comando Vermelho (CV), no Entorno do DF, com cerca de 1,5 mil integrantes e uma boa estrutura financeira. Exército cerca o entorno da Papuda: PCC queria resgatar Marcola?
proteção ou mesmo identificaram os seus atores antes de qualquer ameaça. Não teriam condições as duas forças de evitar a fuga de Marcola? E a Polícia Militar do
DF, que possui expertise em operações na Papuda, porque não foi acionada? Vergonha? Não quis, o ministro da Justiça, dar a mão à palmatória e pedir socorro ao Palácio do Buriti?
Alguns dos presos residiam no Jardins Mangueiral, perto da Papuda. De acordo com a Civil, pelo menos 30 pessoas integram essa célula do PCC. Ela possuía toda uma estrutura organizacional com seus membros se dividindo em núcleos específicos de atuação. A própria Agência Brasil de Notícias - vinculada
à Presidência da República – assegura: “O objetivo principal (da facção) era estabelecer as condições necessárias ao desenvolvimento e consolidação do grupo na capital federal, para onde, no ano passado, integrantes da cúpula do PCC foram transferidos para cumprir pena em presídio federal de segurança máxima”.
Risco permanente O episódio passou, mas o risco não. Até, porque, além de Marcola, coabitam a Penitenciária Federal, dentre outros presos de segurança máxima, Cláudio Barbará da Silva, o Barbará; Patric Velinton Salomão, o Forjado; e Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal. Todos considerados “violentos” pelo Ministério Público de São Paulo.
Com o comando do PCC em Brasília, era esperado que a facção aqui se instalasse para dar suporte aos presos. E foi o que aconteceu. Tanto que a Polícia Civil do DF, por meio da Operação Guardiã 61, desarticulou, em 7 de janeiro, uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) já instalada na capital da República.
Fato previsível
HERANÇA MALDITA – Outra herança maldita que os líderes do crime organizado podem deixar é o aperfeiçoamento operacional da marginalidade local, ainda sem a sofisticação e o grau de violência do crime organizado, que em 60 anos nunca se instalou no DF. Além de insegurança, a presença dessa modalidade de crime obriga o GDF e o contribuinte a gastarem mais com segurança. O crime, com C maiúsculo está aqui. Até agora, o lado do mal está perdendo. Mas, e quando sequestrarem um diplomata? Um ministro? Um deputado ou senador? Não está, Moro, na hora de repatriar a cúpula do PCC?
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Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Park Way ganha memorial da fauna do Cerrado Como se fossem memoriais em homenagem à fauna do Cerrado, o Park Way ganha novas esculturas de animais silvestres (foto). Sob risco de extinção, a Raposa do Cerrado é uma das homenageadas. A Quadra 28 do bairro já
possui esculturas de tamanduás, jacarés, panteras, capivaras, lobos guarás, tuiuiús, dentre outros. Uma rotatória foi batizada de Balão das Antas, em decorrência da decoração peculiar ali existente. Junto com a ra-
posa, também chegaram dois filhotes de pantera, uma pintada e outra negra, fazendo companhia a esculturas de panteras adultas, já existentes no local. A iniciativa é de Gil Marcelino, que possui um ateliê na Quadra 28.
Ponto de troca de frutas é alvo de vândalos Um abrigo de ônibus (foto), que é ponto de troca de frutas e verduras gratuitas, no Park Way, foi alvo de vândalos. Inaugurado em junho de 2018, ele permitiu, até aqui, o intercâmbio de mais de 200 kg de hortifrutis produzidos nas residências do bairro. O Pomar Solidário, na Quadra 14, havia sido todo revitalizado e decorado para abrigar o projeto da universitária Giovanna Mundstock. Ali, cada morador deixa o que colheu a mais: chuchu, laranja, banana, batata, o que for. E quem não tem, pega o que desejar. Tudo de graça. Como ninguém vigia ou fiscaliza – pois a alma da pro-
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posta é a troca sem imputação de valores –, algumas pessoas, que não conseguiram compreender a iniciativa, vandalizaram a parada, picharam e danificaram os equipamentos destinados a abrigar as doações.
Quem mais perdeu foi a própria comunidade, em especial os usuários do transporte coletivo, que podiam saborear uma manga enquanto esperavam o ônibus ou mesmo levar algumas verduras para casa.
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Satélites Por Lorrane Oliveira
CEB recupera R$ 103,5 milhões – O Programa de Recuperação de Créditos da CEB beneficiou 15.287 clientes e resultou na assinatura de 20.971 contratos de 29 de agosto e 31 de dezembro de 2019. O valor negociado foi de R$103,5 milhões. “O programa Recupera foi bem-sucedido: 30% dos valores que compunham a carteira de devedores foram negociados. Essa arrecadação contribui para o abate da dívida da distribuidora e é importante na retomada do equilíbrio econômico-financeiro da companhia”, diz o presidente da CEB, Edison Garcia.
GDF aumenta tarifa de transporte Sem alterações nos valores desde 2017, as tarifas de ônibus do DF serão reajustadas em 10% a partir de segunda-feira (13). O acréscimo proposto pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na sexta-feira (10). De acordo com o secretário de mobilidade, Valter Casimiro (foto), a intenção é “diminuir o desequilíbrio que há hoje entre a tarifa-usuário, que é o que o passageiro paga quando passa pela roleta do ônibus, e o cus-
WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL
to real por passageiro”. De acordo com a Semob, estudos demons-
tram que o valor deveria ser corrigido em 16,19%, levando em consideração a inflação, que aumentou os preços de itens, como pneus e combustível. Porém, essa correção não será repassada totalmente ao passageiro. O governo arcará com a diferença, de 6,19%, no custo chamado de tarifa-técnica. Linhas circulares internas passam de R$ 2,50 para R$ 2,75; as ligações curtas passam de R$ 3,50 para R$ 3,85; e as de integração, longas ou do Metrô, de R$ 5 sobem para R$ 5,50.
CEB assina convênio com FAB para construir usina solar O governador em exercício, Paco Britto, o presidente da CEB, Edson Garcia, e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antônio Carlos Bermudez (foto), firmaram, quinta-feira (9), Termo de Cooperação Técnica para a construção de uma usina fotovoltaica. A unidade, com potência de 621,09 quilowatt-pico (kWp), será implantada na Base Aérea de Brasília, que será atendida em
suas demandas de energia elétrica nos sistemas de iluminação, condicionamento ambiental e aquecimento solar de água. Estima-se uma economia de, aproximadamente, 90% no consumo de energia da Organização. O repasse para o projeto será de R$ 5 milhões a fundo perdido. R$ 4 milhões virão do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Ancel). VINICIUS DE MELO AGÊNCIA BRASÍLIA
Ônibus do Entorno param na Rodoviária Desde domingo (5), os passageiros das 110 linhas de ônibus das cidades do Entorno passaram a embarcar e desembarcar na Rodoviária do Plano Piloto. A mudança ocorreu por causa da desativação do Terminal Metropolitano de Brasília, no prédio do antigo
Touring Club, e provocou filas no início da semana. MUSEU – Os coletivos do Entorno vão usar a Plataforma D. A Secretaria de Mobilidade disponibilizou 15 boxes para receber as sete empresas do transporte semiurbano. Informações sobre as linhas
de ônibus estão disponíveis nos guichês das operadoras, além dos totens da Rodoviária e cartazes afixados no terminal com o mapa de ocupação das plataformas e dos boxes. O prédio do Touring foi vendido para o Sesi, que irá transfrormá-lo em Museu da Indústria do DF.
Metrô-DF abre nova estação em Águas Claras Os usuários do Metrô ganharam um novo terminal a partir do dia 6 de janeiro. A Estação Estrada Parque (EPQ), em Águas Claras, começou a funcionar experimentalmente. A expectativa é que cerca de 10 mil pessoas utilizem o serviço na área diariamente. Durante o período
de testes ela estará aberta ao público, enquanto passa por monitoramento e possíveis ajustes operacionais. SISTEMAS – A Companhia do Metrô-DF verificará sistemas de bloqueio das catracas, bilhetagem, sincronia entre a parada e a abertura e fechamento de portas,
alto-falantes, além de itens de segurança e acessibilidade. Foram mais de 20 anos de espera pela EPQ e um investimento de R$ 2,4 milhões. Nas proximidades dela existem cinco faculdades, o shopping DF Plaza e condomínios com comércios nos quais circulam mais de três mil pessoas.
BRB destina até R$ 1,5 milhão para patrocínios culturais O Banco de Brasília (BRB) colocou à disposição até R$ 1,5 milhão para patrocinar iniciativas culturais em 2020. A iniciativa visa a apoiar projetos de arte e cultura que valorizem Brasília no ano em que a capital completa 60 anos. As inscrições começaram no dia 2 e vão até 31 de janeiro. Os interessados devem enviar cinco vias da proposta de patrocínio e uma cópia, por envelope, de cada uma das certidões que comprovem a regula-
ridade fiscal e trabalhista. CORREIOS – O envio deverá ser feito, exclusivamente, pelos Correios, mediante postagem com Aviso de Recebimento (AR), para o endereço BRB – Banco de Brasília S/A Superintendência de Marketing SBS, Quadra 01, Bloco E, Ed. Brasília, 4° Andar CEP: 70.072-900, Brasília/DF. Mais informações podem ser consultadas no site do banco ou no endereço específico do BRB Cultural.
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É necessário olhar com atenção para os planos de saúde
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erminamos o ano de 2019 com uma inflação geral de 4,31%. Mas no segmento da saúde a situação é bem diferente: A variação inflacionária foi de 17%. A quarta maior do mundo. Para parâmetro de comparação podemos citar a Austrália, que teve uma inflação geral de 2,4% e 3,8% na saúde. A que se deve essa variação? Não aos honorários médicos, que têm contratos reajustados, quando muito, pelo índice oficial de inflação. As empresas apontam como causa o envelhecimento da população e a incorporação de novas tecnologias, mas isso é uma meia verdade. É reconhecido que se usam mais serviços de saúde com o avanço da idade. Mas há que se considerar que já os planos de saúde também são reajustados por faixa etária. Quanto mais velho o usuário, mais caro paga. Existem 1.512 deman-
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das judiciais sobrestadas em instância superior a respeito dessa questão, que está em discussão no Superior Tribunal de Justiça. O aumento dos preços na saúde suplementar cria outro problema, que é a expulsão dos que não conseguem mais arcar com os planos de saúde e passam a depender do Sistema Único de Saúde (SUS). O financiamento público, que já é insuficiente, não acompanha esse movimento. E quando se fala em medidas para conter essa escalada da inflação dos planos de saúde, logo se levantam as vozes para sugerir corte na ponta – na remuneração do prestador de serviço (médico, dentista e outros). Isso por meio na mudança do modelo de remuneração, limitação e glosa de procedimentos. À frente do Sindicato dos Médicos do DF e da Federação Nacional dos Médicos, um de meus
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
focos é que os planos de saúde respeitem a autonomia dos médicos no tratamento dos pacientes e a remuneração justa. Solução de longo prazo que se tem em vista para diminuir custos na saúde suplementar são programas de atenção primária à saúde, que têm a Estratégia Saúde da Família como equivalente no SUS.
Nesse contexto, o mercado é beneficiário da estratégia do Ministério da Saúde de fomentar a especialização de médicos em medicina de família e comunidade por meio do Programa Médicos pelo Brasil. Os profissionais que estão sendo enviados para os vazios serão disputados pelos planos de saúde e levados de volta aos grandes centros, onde os planos operam. Também é necessário olhar para todos os elos da cadeia da saúde suplementar, corrigir as falhas de mercado, rever a remuneração dos atores e, eventualmente, eliminar ou restringir ganhos dos atravessadores existentes nessa cadeia. Assim, poderemos ter profissionais mais bem remunerados prestando serviços menos onerosos aos usuários.
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Tirar o FGTS da CAIXA e privatizar a sua gestão destroem o Minha Casa Minha Vida.
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GDF vai pagar R$ 673 mil por tratamento de paciente com câncer Técnica de enfermagem receberá medicamentos de alto custo para imunoterapia Pollyana Villarreal O desembargador José Divino de Oliveira, da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou, segunda-feira (6), que o Governo do Distrito Federal pague R$ 673 mil para o tratamento de imunoterapia para a técnica de enfermagem Lilia Frutuoso da Silva, 39 anos. O processo assegurou o medicamento de alto custo autorizado pela Anvisa e tramitou em caráter de urgência. Ela está internada em UTI e precisa de 18 meses de tratamento para sobreviver a um câncer de colo e útero que se alastrou por todo o seu corpo. Após vários tratamentos invasivos, iniciados em janeiro de 2018, que prometiam 90% de cura, ela perdeu completamente a saúde e a doença aumentou. A família do vigilante Ronald Frutuoso da Silva está ansiosa para Lilian driblar a fraqueza e começar o novo tratamento. QUIMIOTERAPIA – A promessa inicial fez Lílian encarar cinco sessões de quimioterapia venosa; 22 dias de quimioterapia oral; 25 sessões de radioterapia; e quatro sessões de braquioterapia, que é um tratamento muito dolorido. Mais de 100 dias depois desse choque no organismo, a família voltou ao médico para saber do resultado. “Para minha surpresa, o resultado não foi o que esperávamos. Agora, pela medicina, tenho 10% de chances de cura. Além do colo e útero, surgiram vinte nódulos
no fígado e metástase no peritônio secundário”, diz Lilian. Em setembro do ano passado, ela iniciou nova linha de tratamento com oito sessão de quimioterapia, com duas drogas de um tratamento muito tóxico. “Por várias vezes não consegui fazer a quimioterapia em razão da baixa imunidade e hematócrito também. Foram várias hemotransfusões”, conta. No dia 4 de dezembro seria a última sessão, porém, o organismo dela estava muito debilitado. No dia 2 de janeiro, tentou novamente passar por alguns exames e por consulta médica. “Para minha tristeza, a quimioterapia foi cancelada definitivamente. Meu corpo não aguenta mais. Coração, rins e intestinos estão sobrecarregados”. O médico Augusto Portinari suspendeu o tratamento por temer pela vida dela. Ele pediu, com urgência, o exame PET CT. Sem dinheiro para tentar uma nova linha terapêutica, que é muito cara, Lílian entrou na Justiça para tentar o tratamento de imunoterapia. Ela também precisa de vários outros exames, como ecodoper, cintilografia renal, apontadores tumorais etc. Nesta semana, ela voltou a ser internada na emergência e, com a autorização da Justiça, espera uma melhora para iniciar as 36 doses do medicamento de alto custo. O relatório médico indica 300 miligramas a cada 3 semanas durante 18 meses. Com o dinheiro de uma vaquinha realizada recentemente, ela pôde tomar uma única dose de 100 mg/4mL da solução injetável, cujo nome é Keytruda, do laboratório Meck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
DIVULGAÇÃO
Lilian confia na recuperação com o novo tratamento autorizado pela Justiça
Hemorragia foi o alerta Letícia Aparecida Faustino Souza, técnica em enfermagem no Hospital Regional de Taguatinga e amiga de Lilian, conta que elas atuaram juntas no Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte por 3 anos. Durante um dos plantões no box de emergência do HRAN, Lilian começou uma hemorragia violenta e ali mesmo foi atendida. No Centro Cirúrgico foi detectada a hemorragia uterina e diagnosticada, de forma parcial, a existência de um câncer. Depois de uma biópsia e ressonância, foi confirmado o diagnóstico: “Um câncer muito velho, com característica de existir há pelo menos 10 anos. Mas até então ela não havia sentido nada. Fazia exames preventivos, que também não detectaram nada. Nesse período, inclusive, ela teve um filho que hoje está com 4 anos”, conta.
Lilian iniciou o tratamento até chegar num exame denominado PET CT, que o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre. Para fazê-lo, teve de pagar mais de R$ 3,5 mil. Esse exame é para detectar se ainda havia células malignas. E, em vez da notícia prometida de 90% de cura, detectou que o câncer havia se alastrado. Apesar de ter diminuído no útero, o câncer avançou para o fígado e peritônio. Ela recomeçou a quimioterapia com doses mais fortes e se desgastou muito. “O câncer aumentou e a saúde dela diminuiu. Com bolsa de colostomia e muito vômito, Lilian não consegue se alimentar e está muito debilitada. A única alternativa hoje para ela é o tratamento de imunoterapia, que não tem no SUS, e cada dose custa R$ 18.700,00”, conta Letícia.
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ESPÍRITA
José Matos O mendigo de hoje é o príncipe de amanhã Assim como o sentimento de indignidade leva o indivíduo a renascer numa vida miserável, o sentimento de dignidade, pela Lei do Mérito, leva-o a uma vida melhor O livro “Quarto de Despejo” é um diário de Carolina Maria de Jesus, catadora de papel e moradora do Canindé, favela de São Paulo do século passado, que, segundo o médium Eliseu Rigonatti, em seu livro “Pelos caminhos do sspiritismo”, era uma baronesa reencarnada.
Atualmente, já desencarnada, numa vida passada, como baronesinha, maltratava escravos. Nesta vida, pela Lei de Retorno, nasceu negra e pobre em Sacramento, Minas Gerais, tendo a sorte de estudar por 2 anos no Colégio Allan Kardec, fundado pelo médium Eurípedes Barsanulfo.
Ali, além dos conteúdos comuns a qualquer colégio, eram ministradas lições de alta moral, segundo a ética de Cristo. Ética que foi muito valiosa para Carolina enfrentar a vida difícil que teve e ser uma vencedora. Carolina, como qualquer pessoa que no passado não teve uma vida digna, nesta, teve de passar por um período de expiação para refletir e educar-se. Não se trata de punição de Deus. É o próprio espírito que atrai esta condição para modificar-se. Caso contrário, repetirá a conduta anterior. É nesse sentido que os orientais ensinam: “O príncipe de hoje é o mendigo de amanhã, e, o mendigo de hoje, o príncipe de amanhã”. Assim como o sentimento de indignidade leva o indivíduo a renascer numa vida miserável, o contrário, o sentimento de dignidade, pela Lei do Mérito, leva-o a uma vida muito melhor. Quando é que um rico nasce po-
NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Memória afetiva dos alimentos Nossos sentidos intervêm na experiência gastronômica e a eles se somam fatores não sernsoriais É muito comum, ao lembrarmos da comida da vovó, que tenhamos uma sensação gostosa de amor e carinho. Ou, ainda, um sentimento diferente quando sentimos o cheiro de algum alimento que nos faz lembrar determinado acontecimento em nossas vidas... Isso é muito comum e tenho certeza de que todos nós temos
TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA
histórias para contar sobre nossas memórias afetivas relacionadas aos alimentos. E por que isso acontece? Todos os nossos sentidos intervêm na experiência gastronômica e a eles se somam certos fatores não sensoriais do contexto, que afetam não apenas nossas percepções, mas também nossa
aceitação e prazer relacionado aos alimentos. Há uma espécie de interação cruzada em nosso cérebro na transdução de sinais relacionados aos sentidos quando estamos nos alimentando e a região
bre na vida futura? Quando, além de desonesto e explorador, não compartilhou com os menos favorecidos. Não há um Deus que castiga ou premia. As pessoas atraem riqueza ou pobreza por se sentirem, inconscientemente, dignas ou indignas. Você, e só você, é o responsável. O que você plantar, colherá. Aproveite a vida para educar-se, melhorar a si. Você já pensou na quantidade de boas pessoas, com ensinamentos e bons exemplos, que passaram pela sua vida e você nada aproveitou? Finalmente, não condene seus pais. Seja grato. O importante é quais ensinamentos você pode tirar deles e da criação que teve para ser uma pessoa melhor. Aprenda com tudo e com todos e seja o autor da sua própria vida.
José Matos Professor e palestrante
da memória. Por isso, vamos armazenando nossas memorias boas e / ou ruins relacionadas aos momentos de comer e a determinados alimentos. A Nutrição é, portanto, uma ciência que também precisa entender esse processo para melhor compreender as escolhas alimentares da população e, com isso, poder ter mais assertividade nas condutas propostas. Ouvir os pacientes é um excelente começo para que isso funcione bem. Tem dúvidas sobre alimentação e sobre a melhor forma de se relacionar com eles? Procure um nutricionista.
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
CANAL 12 NA NET WWW.TVCOMUNITARIADF.COM @TVComDF
TV Comunitária de Brasília DF
Brasília Capital n Variedades/Cultura n 12 n Brasília, 4 a 17 de janeiro de 2020 - bsbcapital.com.br
Sobre pequenas omissões cotidianas Fecha seus olhos e diga a você mesma como você é, as curvas, as cores, texturas, dores, cicatrizes, onde é luz, onde é sombra, quanto pesa Anna Ribeiro (*) Recentemente, comecei a estudar italiano e algo inusitado me tocou profundamente. A professora ressaltou que, em italiano, pronuncia-se cada letra. Nada se perde, tudo deve ser degustado, provado, aproveitado. Algo se ascendeu em mim. Quanto tenho sido italiana comigo mesma, na minha vida... Quantas letras deixamos passar? Essa letra pode ser um amigo que precisava de apenas cinco minutos da sua atenção, mas você deixou passar. Agendou para quarta-feira porque hoje você tem manicure, porque hoje você precisa ir ao mercado. Deixou passar. Aquele momento em que você acaba percebendo que está exatamente onde deveria estar, com quem deveria estar, mas não disse nada. Você deixou passar porque, afinal, ele (a) já sabe o quanto significa. E, de repente, a vida lhe rouba essa pessoa que estava bem ali, do seu lado, esperando ser “pronunciada”, ser aproveitada, mas você deixou passar. Lembra daquela vontade de tomar champanhe em Champanhe? Então, o tempo está passando e você não está pronunciando nada, você está em modo de economia de energia. E de tanta energia economizada está ficando gorda e cada dia mais “lontana”, desculpe, longe, distante do que você, realmente, queria ser, parecer. Pronuncia-te, mulher!
E você está linda de doer (sim, de doer!), porque lhe dói dizer tantos “nãos” o tempo todo. Você já não sabe o que realmente quer. O que certamente você não percebe é que você não se aproveita, não se permite, não cruza seus rígidos limites. Estes seus músculos lhe representam, duros, essa magreza é a clara pronúncia da falta. Mas, me diga: Você sabe o que lhe falta? Ou lhe falta até a falta? Já se provou no imperativo? No exclamativo? No infinitivo... Ah, o infinitivo, as derivações, as loucas e insanas possibilidades. Mas não. Somos sujeitos ocultos e passivos. Pronuncia-te! Pare um segundo e olhe o seu pé. Movimente-o. Suba o olhar
vagarosamente. Enamore-se por um tempo e não deixe nada para trás. Aproveite o belo e o mais belo ainda. Aliás, em italiano “buono” tem que ver com provar. Sinta quão “buona” você é, e se pronuncia! Mais alguns segundos da sua atenção. Você conseguiria construir uma você de olhos fechados? Proponho-te o exercício. Fecha teus olhos e diga a você mesma como você é, as curvas, as cores, texturas, dores, cicatrizes, onde é luz, onde é sombra, quanto pesa. Quanto anda carregando nos ombros, quantas dores de cabeça, febres noturnas, pesadelos, choros sem razão. Essa é uma você tentando se pronunciar, tentando se soltar, mas você não deixa porque você é rígida e poque deixa passar. Simplesmente, omite-se. O que adoramos fazer em português transpomos para o nosso agir. Vamos desfrutar, aproveitar cada mínima sílaba da nossa vida, da nossa história. Há pouco fui surpreendida por uma eu-cobrança que me questionava o porquê de estudar uma língua tão pouco comercial e com pouca aplicação profissional. Rapidamente, a resposta mais sincera e verdadeira me veio. Porque SIM! Só por isso. Porque quero aproveitar e conjugar o verbo amar. Amo aprender e escolhi o italiano por hora, sem cobranças, apenas por pura obscenidade comigo mesma. É um flerte com a minha versão mais livre e imperativa. Eu pronuncio. Tu pronuncias?
(*) Médica e escritora
Jambu e os mistérios da Amazônia profunda É julho, mês de férias de verão na Amazônia. O editor da revista Trópico Úmido, João do Bailique, escreve uma edição especial sobre a Hileia, além de investigar o tráfico de crianças e mulheres para escravidão sexual. Entre as matérias que serão publicadas está a Operação Prato, a maior aparição de OVNIs e ETs já registrada pela Aeronáutica do Brasil, na costa do Pará. O que é que os ETs queriam? De onde vieram? João do Bailique dá as respostas. No caso de uma terceira guerra mundial, que papel a Amazônia teria? Resistiria a uma hecatombe nuclear? Seria ocupada pelos norte-americanos? João do Bailique investiga essa questão, bem como analisa a soberania do Brasil sobre a região. Enquanto isso, nos salões do Hotel Caranã, são servidos pratos da mais saborosa e nutritiva culinária do planeta: a paraense. A história se passa no romance Jambu (Clube de Autores e amazon.com, Brasília, 2019, 190 páginas), de Ray Cunha, escritor, jornalista e terapeuta em medicina tradicional chinesa, que mora em Brasília. Em Jambu, o leitor conhecerá a Amazônia profunda, aquela capaz de resistir até a um bombardeio atômico. Você pode adquirir o livro nos sites do Clube de Autores e da amazona.com.br