Jornal Brasília Capital 420

Page 1

DIVULGAÇÃO/ARENA 61

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

www.bsbcapital.com.br

Futevôlei agita o Park Way com Vinícius Júnior Duplas amadoras e profissionais de todo o País disputaram torneio na Arena 61 no fim de semana. Craque do Real Madri estava na plateia Ano VIII - 420

SÉRGIO LIMA/AFP

Brasília, 6 a 12 de julho de 2019

Via Satélites - Página 7

E agora José Moro? E agora, josé? A festa acabou, A luz apagou, O povo sumiu, A noite esfriou, E agora, josé? E agora, você? Você que é sem nome, Que zomba dos outros, Você que faz versos, Que ama, protesta? E agora, josé? Está sem mulher, Está sem carinho, Está sem discurso, Já não pode beber, Já não pode fumar, Cuspir já não pode, A noite esfriou, O dia não veio, O bonde não veio, O riso não veio Não veio a utopia

E tudo acabou E tudo fugiu E tudo mofou, E agora, josé? Sua doce palavra, Seu instante de febre, Sua gula e jejum, Sua biblioteca, Sua lavra de ouro, Seu terno de vidro, Sua incoerência, Seu ódio - e agora? Com a chave na mão Quer abrir a porta, Não existe porta; Quer morrer no mar, Mas o mar secou; Quer ir para minas, Minas não há mais. José, e agora? Se você gritasse, Se você gemesse, Se você tocasse

A valsa vienense, Se você dormisse, Se você cansasse, Se você morresse... Mas você não morre, Você é duro, josé! Sozinho no escuro Qual bicho-do-mato, Sem teogonia, Sem parede nua Para se encostar, Sem cavalo preto Que fuja a galope, Você marcha, josé! José, para onde? Você marcha José, José para onde? Marcha José, José para onde? José para onde? Para onde? E agora José? José para onde? E agora José?

O ministro Sérgio Moro tem muito o que explicar sobre seus procedimentos como juiz da Lava Jato. Os últimos diálogosvazados pelo site Intercept Brasil publicados pela revista Veja o deixam numa encruzilhada semelhante à de José no poema de Drumond Pelaí - Página 3

ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL

Obra em Taguatinga vai durar trinta dias Caesb amplia substituição da rede de esgotos para prevenir novos afundamentos de pista e promete reembolsar prejuízos por curto-circuito Via Satélites - Página 7

Brasil e DF caminham para a recessão Círculo vicioso de renda baixa e desemprego alto leva a menor consumo e fechamento de empresas Chico Sant’Anna - Páginas 4 e 5


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 6 a 12 de julho de 2019 - bsbcapital.com.br

E

x p e d i e n t e

Seremos um Brasil com “S” ou com “Z” João Bosco Borba (*)

Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Pedro Fernandes (61) 98406-7869 Diagramação / Arte final Thiago Oliveira artefinal.mapadamidia@gmail.com (61) 9 9117-4707 Diretor de Arte Gabriel Pontes redação.bsbcapital@gmail.com

Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).

C-8 LOTE 27 SALA 4B TAGUATINGA/DF - CEP 72010-080 TEL: (61) 3961-7550 BSBCAPITAL50@GMAIL.COM WWW.BSBCAPITAL.COM.BR

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores

Siga o Brasília Capital no facebook.com/jornal.brasiliacapital

A dúvida quanto à grafia de Brasil com "S" ou com "Z" tem como pano de fundo a questão: que país queremos construir? Um país autônomo, forte e independente, ou um país fraco e dependente? À luz das bases do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, teremos a dissolução quase imediata das indústrias argentina e brasileira, onde reside o maior parque industrial do Mercosul. E os efeitos devem ser mais graves sobre a economia brasileira, a maior do bloco. E por que o Brasil assina um tratado de livre comércio com a UE nesses termos? Porque não temos uma elite, e sim uma classe dominante com forte herança escravocrata e atualmente com raízes fundamentalistas com verniz ideológico. O acordo foi uma concessão do governo Bolsonaro devido à fragilidade da sua gestão no cenário mundial, conjugada com a maior crise econômica da história da Argentina. Analisemos este acordo pela taxa de juros, que tem um efeito direto no produto final das indústrias. A taxa de juros na Euro é 1/6 menor que a do Brasil. E lá, o parque industrial possui

tecnologia de ponta, três gerações à nossa frente. A Alemanha, por exemplo, tem 42% do PIB na área de tecnologia. Portanto, exportaremos commodities e importaremos produtos industrializados, a receita mais antiga de domínio econômico. Ao assinar este acordo, resta-nos vislumbrar um cenário de um roteiro de filme de terror para indústria brasileira: A) A União Europeia sempre trabalhou no intuito de manter cotas de importação máximas para produtos agropecuários para os seus produtores; B) O Brasil tem a intenção de diminuir a possível entrada de produtos industrializados, para desenvolvimento da nossa indústria, acrescentando valor agregado aos nossos produtos; C) O acordo foi formulado de forma nebulosa para futuras

(*) Consultor Internacional de Negócios de África e Mercosul

MCTIC não encontra irregularidades em concessões de canais de rádios e TVs Da Redação O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado em janeiro de 2018 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para apurar supostas irregularidades praticadas pela ex-titular da Secretaria de Radiodifusão, Vanda Jugurtha Bonna Nogueira, no procedimento para autorização de serviço de retransmissão de televisão, apontou que não houve favorecimento a nenhum grupo. A denúncia foi apresentada em 2017 pela empresa Intertevê Serviços Ltda. Após tomar conhecimento da denúncia, Vanda Jugurtha pediu desligamento do cargo ao então ministro Gilberto Kassab. Esta iniciativa, se-

DIVULGAÇÃO

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com

negociações. A imposição de cotas, ou "barreiras sanitárias", na prática funciona como defesa do Mercado Europeu, enquanto abre o Mercosul aos produtos europeus com alto valor agregado; D) Ganha o agronegócio com menor valor agregado no Brasil, que usa menos mão de obra, fazendo com que a riqueza fique mais concentrada; e E) Perdem os Industriais brasileiros, que não terão estrutura para se manter em um patamar competitivo, devido ao alto grau de competividade dos europeus, visto que não irão produzir com valor agregado suficiente, perdendo o mercado do Mercosul, hoje 60% ocupado por produtos brasileiros. Assim, os Industriais brasileiros, os chamados de ‘liberais’ e defendem o ‘Estado Mínimo’, vão experimentar o liberalismo do Primeiro Mundo no máximo em cinco anos. E suas empresas se transformarão em meras sucatas. Diante disso a reflexão se torna necessária: afinal, queremos um Brasil com “S” ou um Brasil com “Z”? Reflitamos!

Vanda Jugurtha: acusações improcedentes

gundo ela, visava “afastar a possibilidade de ser levantada ingerência na investigação”. Formalmente, a então secretária encaminhou despacho à Consultoria Jurídica do MCTIC, órgão ligado à Advocacia Geral da União (AGU), requerendo que o assunto fosse encaminhado à Corregedoria do Ministério. Assim, a partir do levantamento de toda a sua

gestão, os autos foram devolvidos à área jurídica para parecer final (processo SEI 01250.002841/2018-18 / pág. 113). Após as oitivas, depoimentos, relatórios e pareceres, a conclusão da Corregedoria, ratificada pela AGU, foi pelo arquivamento dos autos por total improcedência das acusações proferidas, isentando não só a gestão da acusada, mas também a do secretário que a sucedeu, igualmente alvo da denúncia, de qualquer ato criminoso ou improbo. (Processo SEI 01250.002841/2018-18/pág. 534 a 592) Ainda de acordo com as conclusões do PAD, as denúncias formuladas não se confirmaram, sendo certo que nenhum favorecimento foi comprovado no âmbito no MCTIC.


Brasília Capital n Política n 3 n Brasília, 6 a 12 de julho de 2019 - bsbcapital.com.br

HRT - A Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram sexta-feira (5) uma operação contra a ex-servidora do Hospital Regional de Taguatinga, Ruby Lopes, que cobrava até R$ 5 mil dos pacientes para antecipar cirurgias. A investigação é para saber se ela faz parte de um esquema de venda de cirurgias e de leitos na rede pública de saúde. Na operação batizada de In Corruptionem, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no HRT e em residências dos suspeitos. Ruby ameaçava as vítimas para que não contassem sobre o esquema. Mulher trans, Ruby Lopes é investigada por corrupção passiva. Sua nomeação ao cargo aparece no Diário Oficial do DF como Edson dos Santos.

Robério Negreiros é investigado pelo MP O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPDFT e agentes da Polícia Civil ocuparam a Câmara Legislativa durante seis horas na quinta-feira (4) em busca de arquivos de computadores e folhas de ponto guardadas no gabinete do distrital Robério Negreiros (PSD/foto). MALOTES - Foram recolhidos malotes com dados sobre os gastos com verba indenizatória, uma bolada de R$ 15.193,35 que cada distrital pode usar para custear atividades legislativas. Demonstrativo publicado no Diário Oficial da CLDF revela que em abril 15 dos 24 deputados usaram os recursos. AUSÊNCIAS - A operação Absentia (em latim, ausência), faz parte de investigação do MPDFT para analisar se Robério fraudou mais de 50 assinaturas de presença em sessões, mesmo sem ter participado delas. O presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), declarou apoio às investigações.

Decreto das armas abate Kajuru Divergências com o presidente nacional Carlos Siqueira por causa de seu apoio ao decreto das armas levaram o senador Jorge Kajuru (GO) a se desfiliar do PSB na terça-feira (2). Por enquanto, o parlamentar não se filiará a nenhuma outra sigla.

Moro se enrola REUTERS/ADRIANO MACHADO

Novos diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados sexta-feira (5) pela revista Veja, complicaram ainda mais a vida do ministro da Justiça, Sérgio Moro (foto). Mostram ex-juiz pedindo a procuradores da força-tarefa da Lava Jato que incluíssem provas em processos que julgaria depois. Também pressiona para frear delações, acelerar ou atrasar operações. Ele ainda atua como chefe do Ministério Público Federal. FAUSTÃO – Nas mensagens, o apresentador Fausto Silva, da Globo, sugere a Moro que usasse uma “linguagem mais simples, “do povão” durante as entrevistas ou coletivas. Em 7 de maio de 2016, o então juiz comentou pelo Telegram a recomendação do apresentador do Domingão do Faustão com o procurador Deltan Dallagnol. “Conselho de quem está a (sic) 28 anos na TV. Pensem nisso. Faustão confirmou a conversa. CUNHA – No dia 5 de julho de 2017, Moro questiona Dallagnol sobre boatos de uma possível delação premiada do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ). “Espero que não procedam”, escreveu. “Só rumores. Não procedem”, respondeu Dallagnol. “Acompanharemos tudo. Sempre que quiser, vou te colocando a par”, finalizou. “Agradeço se me mantiver informado. Sou contra, como sabe”, opina Moro. Cunha

teria prometido falar sobre Michel Temer e pelo menos mais 50 deputados, senadores e ministros. Sua proposta de delação foi rejeitada pela Lava-Jato. FACHIN – Em 13 de julho de 2015, Dallagnol comenta que conversou 45 minutos com o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. “Aha uhu o Fachin é nosso”, escreveu. Seis dias antes, a preocupação dos procuradores era que, como a proposta de delação de Cunha atingiria políticos com foro privilegiado, a palavra final para assinar um acordo passava para a Procuradoria-Geral da República, e a homologação deveria ser assinada por Fachin. PROVA – Em uma conversa de 28 de abril de 2016, Moro avisa Dallagnol que faltara uma prova na denúncia de Zwi Skornicki, lobista acusado de intermediar propinas no esquema de corrupção da Petrobras. A informação é dada por Dallagnol à procuradora Laura Tessler, afastada depois por sugestão do Dallagnol. Skornicki tornou-se delator e confessou ter pago propinas a funcionários da estatal. NOTA – O Ministério da Justiça reiterou, por nota, que não reconhece a autenticidade de “supostas mensagens obtidas por meios criminosos e que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente”.

PCDF persegue Rollemberg O filho caçula do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), Pedro Ivo, foi alvo de investigação da Polícia Civil que apura a existência de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas sintéticas. GRAMPO - Segundo o site Metrópoles, ele teve dois celulares interceptados com autorização judicial, mas durante 30 dias nenhum diálogo grampeado foi suficiente para incriminá-lo ou para levantar indícios que provassem sua ligação com criminosos. PERSEGUIÇÃO - Indignado com o que considera “perseguição de setores da Polícia Civil”, o ex-governador divulgou nota dizendo que desde que seu governo decidiu “não conceder a paridade entre a Polícia Civil e a Federal, enfrentamos ameaças veladas e ataques concretos”. VAZAMENTO - O atual diretor da PCDF, Robson Cândido, disse que “se em algum momento algum dos nossos policiais teve envolvimento com vazamento, vai responder à Corregedoria”. Cândido se refere à suspeita levantada pelo Metrópoles de que o ex-governador teria ficado sabendo da operação, no segundo semestre de 2018, e agido para proteger o filho. “Tomei conhecimento dessa operação ao ser questionado pelo Metrópoles”, garante Rollemberg.


Brasília Capital n Política n 4 n Brasília, 6 a 12 de julho de 2019 - bsbcapital.com.br

Brasília

Acompanhe também na internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress. com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Por Chico Sant’Anna

Brasil e DF caminham pa

S

e Brasília fosse um paciente ligado a aparelhos de UTI, poder-se-ia dizer que a situação é quase de estado de coma. E o médico que pode receitar os remédios e tratamentos está passeando na Europa. O governador Ibaneis Rocha tirou uma semana de férias para visitar o Vaticano. Traduzindo o economês, os números da economia não vão bem no Brasil nem em Brasília. Um círculo vicioso encaminha o país para uma recessão. Renda baixa e desemprego alto levam a menor consumo, fechamento de estabelecimentos, mais desemprego e queda na renda do consumidor. A situação requer iniciativas públicas urgentes, tanto em nível federal quanto local. Mas as ações nesse sentido são muito tímidas. Ao lado da falência da economia privada, ocorre o sucateamento das estruturas públicas. Enquanto os governos federal e local inventam factoides pirotécnicos para distrair o foco da opinião pública, a vida real mostra sua face cruel. Dados da Federação do Comércio indicam que o endividamento das famílias cresceu no DF. Passou de 775.773 famílias, em fevereiro para 785.831 em março deste ano. Considerando o tamanho médio das famílias, temos 80,3% dos brasilienses no vermelho. É como se quase todo o DF tivesse recorrido ao cartão de crédito, ao cheque especial e aos boletos sem condição de honrá-los. Esse fenômeno aumenta mês a mês. Dos endividados, apenas 39,8% dos entrevistados afirmam ter condições de pagar integralmente suas dívidas. Segundo informa o IBGE, em abril, no DF, o volume de vendas do varejo recuou 2,1% frente a março. A queda de vendas em determinados setores é alarmante: livros, jornais, revistas e papelaria (– 20,7%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (–7,9%).

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

A exemplo de Bolsonaro no plano nacional, Ibaneis não tem encontrado caminhos para reaquecer a economia localo

O fenômeno da estagflação Mesmo vendendo pouco, os preços não caem. Em abril, Brasília retomou o título de capital do custo de vida mais alto do Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,77%, acima do índice nacional (0,57%). Foi a maior alta mensal para um mês de abril desde 2015. Se nada mudar, o horizonte é de uma estagflação: economia estagnada e preços subindo, com reflexos sociais imensuráveis. Nas quadras comerciais e nos shoppings, as cenas são iguais. Imóveis fechados, placas de aluga-se, passa-se o ponto, ou

simplesmente trancadas. O desemprego aberto é o maior nos últimos sete anos. O volume de desempregados e subutilizados chega a 640 mil brasilienses. A taxa de desocupação no 1º trimestre foi de 14,1%, 1,4 ponto percentual acima da apurada do índice brasileiro (12,7%) e 2,0% acima da registrada aqui no trimestre anterior (12,1%).

Cresce número de lojas fechadas Diante da falta de capacidade de consumo, o comércio local reage com fechamento de lojas. Nos

três primeiros meses do ano, 107 empreendimentos baixaram as portas. Menos consumo afeta também a indústria. Até março, a queda da atividade industrial foi de 0,6%. A construção civil caiu 1,6%. Também nas exportações ocorreu retração, especialmente na indústria de baixa tecnologia e na cultura de soja, segundo o Boletim de Conjuntura do DF, da Codeplan. E não cabe jogar a conta na “herança maldita”, que os políticos gostam de alegar. Os dados da Fecomércio indicam que “o melhor primeiro trimestre ocorreu em 2014, quando 187 novos comércios foram criados no DF”.


Brasília Capital n Política n 5 n Brasília, 6 a 12 de julho de 2019 - bsbcapital.com.br

ara a recessão Reforma da previdência não resolverá O governo diz que tudo vai ficar azul se a Reforma da Previdência for feita. É falsa essa promessa. Mesmo que aprove a reforma na versão original de Bolsonaro, o máximo que acontecerá será o congelamento da situação atual. As despesas atuais do governo vão continuar como estão em dezenas de anos. A redução do estoque de aposentados e pensionistas só deve se verificar em uma década ou mais, em decorrência do falecimento dos atuais beneficiários e com o retardo de novas aposentadoria. Somente um verdadeiro crescimento econômico nacional e local pode alterar esse quadro. Por isso são necessárias políticas públicas que, simultaneamente, melhorem as condições de vida e gerem emprego e renda. Faltam obras de saneamento básico, de recuperação de vias e passeios públicos, reformas e ampliação das redes de ensino e de saúde, estimulo ao pequeno empreendedor. FUNDO CONSTITUCIONAL - Entretanto são tímidas as iniciativas nesse sentido. Segundo a Codeplan, falta também às empresas créditos e financiamentos. O Banco de Brasília

(BRB), apesar dos lucros, tem tido pouca resolubilidade. No caixa do GDF os recursos que passam por lá não são poucos. Segundo o portal da transparência da Controladoria Geral do DF, o contribuinte candango já pagou quase R$ 13 bilhões este ano. Uma bolada de R$ 6,135 bi já veio da União por meio do Fundo Constitucional do DF, que devem ser acrescidos em mais de R$ 1,105 bi fruto de outras transferências federais, segundo o portal da Controladoria-Geral da União. EMENDAS - Somando-se apenas essas receitas – existem outras, dentre elas emendas parlamentares federais que estão dormitando na Caixa Econômica Federal por falta de projetos – são mais de R$ 20 bilhões nesse primeiro semestre nos cofres do GDF e muito pouco se viu em iniciativas que mudassem a cara da cidade. MILAGRE - Seis meses já se passaram e a situação requer medidas corajosas e produtivas. A esperança é de que o governador traga as bênçãos do Santo Padre e consiga realizar em Brasília o milagre da multiplicação dos empregos antes de suas próximas férias.

QNA 1 lote 13 com. norte Taguatinga Norte (61) 3352-5882

SHCLS 202 Sul Bl. C loja 10 - Asa Sul (61) 3224-4818


Brasília Capital n Geral n 6 n Brasília, 6 a 12 de julho de 2019 - bsbcapital.com.br

O Executivo escorado na demora do Judiciário O Brasil está em ritmo de espera e não só pela votação da reforma previdenciária que tramita no Congresso Nacional. Sob alegação de dificuldades financeiras nos três níveis de governo, o Poder Executivo se escora na demora de julgamentos pendentes nos Cortes Superiores do País. Ficou para o próximo semestre, por exemplo, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a reposição inflacionária e indenização aos servidores, quando os governos não cumprem a revisão geral anual prevista na Constituição; e sobre a questão da previsão orçamentária de reajustes quando escalonados em mais de um exercício fiscal. Em todo o País, até as negociações entre servidores públicos e governos estão emperradas em função disso, desde que até os processos judiciais sobre questões salariais estão suspensas desde 2017. Os reajustes estão congelados desde 2015, os go-

vernos seguem alegando dificuldades no caixa e as economias locais seguem estagnadas e o desemprego no setor privado se perpetuando. Também ficou para o segundo semestre o julgamento sobre o índice de correção que deve ser aplicado aos precatórios – os títulos de dívidas do Poder Público reconhecidas pela Justiça, que demoram anos e décadas para serem pagos. Em março, o STF começou a julgar a ação, com a maioria dos ministros a favor da correção pela inflação (IPCA) e não pela correção da Taxa Referencial (TR). Resultado: nova gritaria sobre a crise financeira dos governos e o IPCA pesaria mais na conta. A TR geraria um gasto menor ao Poder Público e levaria os contribuintes a receber menos do que esperam. O IPCA geraria mais gastos para os cofres públicos e levaria a uma remuneração maior de quem tem precatórios para receber. Qual será o resultado desse julga-

mento? Os governos e os cidadãos ficarão sob a mesma regra quando fizerem pagamento em atraso? Quando o governo não paga, nada acontece. Quando o cidadão atrasa pagamentos, fica em apuros. Será uma decisão técnica ou uma concessão política? Outra questão que volta à pauta no próximo semestre – e já foi julgada em desfavor do Poder Público – é a questão da isenção de responsabilidade e o descabimento de devolução ao erário de valores que o servidor tenha recebido de boa-fé, quando pago incorretamente pela Administração Pública em função de interpretação equivocada da lei. Em todas as situações, os governos tentam se isentar e transferir ao servidor o ônus da má atuação à frente da gestão. Essa é uma constatação que não vem com o rótulo com nome de um ou outro governante. A economia sente os reflexos dessa inércia. A inciativa privada sofre

ESPÍRITO

conhecemos a história das pessoas de sucesso, vemos que houve, acima de tudo, muita perseverança e determinação. Já os ‘azarados’, desistem nas primeiras derrota. E a postura de derrotados contamina negativamente os auxiliares, que também desanimam. Todos nós contaminamos uns aos outros positivamente e negativamente. Simpatia e antipatia têm quase a totalidade de suas causas no magnetismo que cada um irradia, resultado dos seus pensamentos e sentimentos. Portanto, deixe de pensar em azar e observe como você pensa, sente e age. Mude, e tudo mudará gradativamente ao seu redor. Há pessoas que, pela sua natureza, passarão por situações desagradáveis até que se firmem. Siga com a vida. Descubra o que ela quer e como quer de você.

NUTRIÇÃO

Pessoas azaradas? Mesmo? José Matos (*) Pessoas pessimistas, indisciplinadas, ingratas, indispostas, mau humoradas, grosseiras, intempestivas, descuidadas costumam atribuir seus insucessos ao azar. Mas, será isso mesmo? Para Lair Ribeiro, no livro “O Sucesso não ocorre por acaso”, o que falta é preparação adequada: “sorte é quando preparação encontra a oportunidade”. Entenda preparação não só como formação técnica, mas o ser humano em sua totalidade: educação, boa vontade, gratidão, otimismo, cultura geral, empenho, perseverança... Como lembrava o guru indiano Osho, “o mundo é uma luta, é árduo, é uma tarefa penosa, mas é assim que a pessoa chega ao topo”. Então, quando

José Matos - Professor e palestrante

A nutrição no início da vida Carolina Romeiro (*) O início da vida do ser humano, desde a sua concepção, pode influenciar de modo determinante todo o seu desenvolvimento e suas condições de saúde até a vida adulta. A nutrição adequada durante a janela de mil dias, ou seja, da concepção aos dois anos de idade, tem um impacto profundo na capacidade de uma criança crescer, aprender e se desenvolver de forma plena. Muitas evidências mostram que é possível que haja uma programação metabólica ainda no período gestacional, e a nutrição apresenta-se como fator determinante nesse processo. As mudanças no estilo de vida da população têm trazido consequências

Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado

com a queda no poder aquisitivo de uma parcela significativa da população representada pelos servidores públicos. Empresas são fechadas a rodo, vagas de emprego são eliminadas em magotes, ocorre um empobrecimento generalizado e aumenta a demanda e pressão sobre os serviços públicos – a saúde em especial. São fios que vão se conectando e formando um emaranhado cada vez maior e mais complexo. Esses nós precisam ser desatados.

graves, como o desenvolvimento de doenças crônicas cada vez mais cedo. Uma elevada prevalência de obesidade e doenças crônicas entre crianças, quadro jamais observado na história da humanidade, tem crescido de forma exponencial. Promover a saúde e prevenir o desenvolvimento de doenças desde o início da vida tem sido cada vez mais importante para garantir um futuro mais saudável da população mundial. Além disso, a formação dos hábitos de vida, incluindo hábitos alimentares, acontece nessa fase. Portanto, o cuidado e a nutrição adequada de gestantes e crianças são fundamentais para toda a vida do ser humano! Fiquemos atentos a isso!

Caroline Romeiro - Nutriocionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)


Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 6 a 12 de julho de 2019 - bsbcapital.com.br

VIA

Satélites Por Júlio Pontes

n PARK WAY

DRONE - O administrador de Ceilândia, deputado Fernando Fernandes (Pros), adquiriu um drone para fiscalizar a cidade. O aparelho foi comprado para monitorar grilagem e mapear a cidade. “É tempo de inovação. Com essa tecnologia é possível localizar os problemas críticos. Juntos vamos melhorar o DF! Chega de grileiro! Chega de invasão! Chega de jeitinho! É tempo de transformação! Juntos por um DF melhor!”, escreve nas redes sociais.

n TAGUATINGA

Futevôlei traz Vinicius Jr. a Brasília

n PLANO PILOTO

Caesb vai reembolsar prejuízos

GDF lança programa amor sem violência

FOTOS: ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL

A Arena 61, na Quadra 5 do Park Way, foi palco para alguns dos melhores atletas do futevôlei do país. O torneio começou na sexta-feira (28), com a categoria iniciante, e terminou no domingo (30), com os jogos dos profissionais. Mas a grande atração estava fora das quatro quadras de areia do espaço esportivo. Vinicius Jr, o jovem jogador de futebol do Real Madri, mobilizou uma legião de torcedores, especialmente do Flamengo, clube que o revelou. O atleta de 18 anos demonstrou carisma com os fãs. RESULTADOS - Tavinho e Bello, a dupla campeã da categoria principal, ganhou o prêmio de R$ 6 mil. Bello é o “Pelé do futevôlei”, com 29 títulos brasileiros e nove campeonatos mundiais no currículo. Em segundo lugar ficaram os brasilienses Bruninho e Gugu. Em terceiro, Bruno Barros, do Rio de Janeiro, e Ovelha, de Aracaju. DIVULGAÇÃO/ARENA 61

A Secretaria da Mulher reabriu o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), na estação 102 Sul do metrô. O lugar acolhe mulheres em situação de violência de gênero e faz o acompanhamento social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica. Em parceria com a Secretaria de Educação e o Instituto Avon, foi lançado o programa Amor sem Violência, que promove ações sobre relações saudáveis entre jovens e afeta 80 mil alunos do ensino médio da rede pública.

Com mais de 70 vagas fechadas, Detran multa carros estacionados nas quadras residenciais: falta bom senso. Caminhão da Caesb (ao lado), esbarrou na rede elétrica

Não bastasse os transtornos com as obras de reconstrução da rede de esgotos, iniciadas no dia 26 de junho após o terceiro afundamento do asfalto na área este ano, empresários, lojistas e moradores da quadra C-8, no centro de Taguatinga, enfrentaram prejuízos com a queima de máquinas e eletrodomésticos. O acidente foi causado na terça-feira (2) por um caminhão da Caesb que levantou a caçamba e esbarrou na rede elétrica, causando curto-circui-

n RECANTO DAS EMAS

to. Consultada pelo Brasília Capital, a administradora regional Karolyne Guimarães disse que a Caesb orientou as pessoas a fazer um “pedido de sinistro” para terem as despesas reembolsadas. Outra reclamação da comunidade foi com relação à atuação dos agentes do Detran, que passaram a multar carros estacionados nas quadras residenciais próximas, devido ao fechamento de mais de 70 vagas públicas na C-8. “Falta bom senso”, dizem os lojistas.

Adeus, ao doutor Brasil!

Vinícius Jr. mostrou carisma junto aos fãs

Vítima de enfarte, morreu na madrugada de domingo (30) o doutor Brasil Ali Mahmoud Ali (foto). Ele tinha 60 anos e deixa viúva a arquiteta Ana Carla Noleto, 54, com que tinha duas filhas - Bianca, de 20 anos, e Camila, 25. Nascido em Inhumas (GO), Dr. Brasil era pioneiro de Brasília. Descendente de libaneses,

era o sétimo de oito filhos e foi batizado com o nome do país que passou a representar a nova casa da família. Formado em medicina pela UnB, era cirurgião geral e proctologista e trabalhava no Hospital Regional de Taguatinga, no Hospital das Forças Armadas (HFA) e no Hospital Anchieta, onde era sócio de duas clínicas.

Gatos do Monjolo A Caesb respondeu, em nota, denúncia publicada na edição 419 do Brasília Capital, feita pelo morador do Núcleo Rural Monjolo, no Recanto das Emas, Júnior Pires, de que a a empresa cobra a conta de água da população local sem fornecer o serviço, o que obriga a comunidade a comprar água numa chácara próxima. NOTA DA CAESB - A Caesb informa que não há desabastecimento no local e, sim, uma diminuição da pressão da rede devido ao alto número de ligações clandestinas no Núcleo Rural Monjolo. A Companhia esclarece que já realiza ações de fiscalização na região e que irá intensificar ainda mais os trabalhos realizados para combater esse tipo de prática.


Uma decisão errada pode destruir muitas vidas.

A educação é a melhor direção.

Grande parte dos acidentes de trânsito ocorre por falta de atenção dos motoristas. O uso do celular ao volante, por exemplo, já é uma das principais causas de mortes no país. Mas tem gente que ainda insiste em arrumar uma desculpa.

Se você sabe que é errado e faz assim mesmo, não é acidente. É crime.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.