Brasília Capital 436

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Ano VIII - 436

Entrevista Jacy Afonso

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LORRANE OLIVEIRA/BSB CAPITAL

PT se reorganiza para reconquistar a sociedade Presidente eleito da legenda, no DF, quer dialogar com partidos e com movimentos sociais Página 4

Brasília, 26 de outubro a 1 de novembro de 2019 0

LORRANE OLIVEIRA/BSB CAPITAL

Entrevista Ruy Coutinho

GDF puxa o cordão do

EMPREGO A missão atribuída pelo governador Ibaneis Rocha ao Secretário de Desenvolvimento Econômico foi a geração de empregos. Desde o início do ano, só as ações do GDF criaram mais de 10 mil vagas. Ele também está à frente do programa de privatizações Páginas 6 e 7 e CHICO SANT’ANNA - Páginas 8 e 9

Farra no ar: Bolsonaro vai liberar carona em voos da FAB

Educar filhos é dosar liberdade com disciplina, carinho e diálogo

DF sedia Copa do Mundo de Futebol Sub-17 a partir de sábado

PELAÍ - Página 3

JOSÉ MATOS - Página 10

GUSTAVO PONTES - Página 11


Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 26 de outubro a 10 de novembro de 2019 - bsbcapital.com.br

E

x p e d i e n t e

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As reformas de hoje podem ser as convulsões sociais de amanhã

A

s reformas em curso no país – trabalhista, previdenciária e, em breve a administrativa – dizem respeito diretamente ao que é a essência do Direito do Trabalho: estabelecer um equilíbrio nas relações de poder e a confrontação de interesses e custos. Errando-se a mão (como parece estar ocorrendo), o resultado da diminuição do valor do trabalho implicará em menor acesso ao consumo, à educação, à moradia e à saúde. Seria o colapso do estado social de direito. O consequente aumento das diferenças socioeconômicas e a insatisfação social acumulada são a fórmula de rastilhos de pólvora como os que provocaram o início dos protestos no Brasil, de 2013, os que motivam o rumo das eleições na Argentina e os que orientam a onda de protestos no Chile. A Argentina sofre por não ter implementado reformas necessárias e a população chilena se ressente das reformas feitas há 30 anos, o que demonstra que as alterações feitas nos governos de Michelle Bachelet, em 2008, e Sebastian Piñera, em 2018, não foram suficientes para reverter o estrago no tecido social e para evitar a explosão do ressentimento popular. Trinta pesos chilenos equivalem a quase 20 centavos de real – essa coincidência nos leva a considerar se Brasil e Chile estão se refletindo em momentos históricos diferentes. Lá, a explosão da insatisvação e revolta popular, que

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

podem levar à uma imensa reviravolta na política nacional, como ocorrido aqui. Aqui, a aplicação de reformas feitas lá, nos anos 80, sob o regime de Augusto Pinochet. Um círculo vicioso. Como ocorre no Brasil as reformas do país andino se calcaram na afirmação do caráter subsidiário do Estado, na expansão do espaço do mercado, com retração da indústria, fragilização da organização sindical e dos direitos dos trabalhadores. O artífice das reformas brasileiras, ministro da Economia Paulo Guedes, já citou o Chile como exemplo de reformas bem-sucedidas. As contas públicas chilenas, de fato, são controladas e equilibradas. Mas a grande massa do povo daquele país não tira vantagem disso no dia a dia. O bem-estar dos cofres pú-

blicos teve custo social pesado: aposentadorias magras, aumento do custo de vida, dificuldade do acesso à casa própria, precariedade na oferta de serviços públicos em saúde e educação são os motivos que levam a população aos tumultos – “não é por 30 pesos!” A reforma administrativa anunciada pela equipe do Ministério da Economia tem, claramente, esse viés de retração da atuação estatal, retirada de direitos do trabalhador e flexibilização das relações de trabalho. Isso ocorre em associação a uma economia que não dá sinais de reaquecimento, a um desemprego que não se estanca, a uma perspectiva de empobrecimento geral da população e a um cenário internacional cada vez mais turbulento, com a situação da Argentina e do Chile e a guerra comercial entre China e Estados Unidos. É de se imaginar que não vai demorar 30 anos, como no Chile, para o povo brasileiro estar de volta às ruas com o refrão “não é por 20 centavos”. O equilíbrio social é tão necessário quanto o equilíbrio orçamentário e fiscal. A vida humana é de um valor inestimável e os técnicos e teóricos econômicos por vezes se esquecem de levar em conta esse valor quando se sentam em frente de suas planilhas e balanços financeiros.


Brasília Capital n Política n 3 n Brasília, 26 de outubro a 10 de novembro de 2019 - bsbcapital.com.br

SALA VIP DO BRB - A partir de fevereiro de 2020, clientes do BRB passarão a ter acesso a uma sala VIP e exclusiva no Aeroporto de Brasília com raio-X próprio. Assim, os usuários poderão embarcar diretamente por ela, facilitando o acesso às salas de embarque. O acesso, das 5h às 23h, será pela Praça de Alimentação e vai receber clientes dos cartões Black, Infinite, Platinum e Gold. O contrato para a instalação da sala VIP foi assinado pelo presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e pelo CEO da Inframerica, Jorge Arruda.

Farra no ar Nove meses depois de assumir o cargo com o discurso de acabar com os privilégios na administração pública, o governo Bolsonaro estuda liberar a carona de parentes e convidados de autoridades em aviões da FAB e retornar a classe executiva para ministros em voos de carreira. Compartilhamento – A carona nos aviões da FAB é defendida pelo ministro Wagner de Campos Rosário, da Controladoria-Geral da União. Ele não vê ilegalidade em um ministro compartilhar voos com parentes, parlamentares ou empresários nas aeronaves oficiais. “Não acarreta despesas extras”, argumenta.

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

Casamento – Em maio, na viagem a Paris, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, transportou a mulher, Maria Eduarda de Seixas Corrêa. No mesmo mês, parentes do Presidente da Repúbli-

ca viajaram de São Paulo para o Rio de Janeiro em helicóptero da Aeronáutica para o casamento de Eduardo Bolsonaro. Mordomia – Os ministros que querem usar a classe executiva defendem a revogação do Decreto do ex-presidente Michel Temer, de 2018, que acabou com tal privilégio. Eles se queixam de não poder esticar as pernas nos voos, do desconforto das viagens e da falta de privacidade para estudar “assuntos de governo” durante o trajeto. A executiva tem mordomias como salas VIP nos aeroportos, poltronas largas, cardápio variado.

IstoÉ denuncia crimes do clã Bolsonaro Reportagem da revista IstoÉ desta semana sobre os bastidores da Presidência da República afirma ter descoberto "uma assombrosa malha de práticas criminosas que já levaram no Brasil, legal e legitimamente, à abertura de processos de impeachment do mais alto mandatário da Nação". Assinado pelo jornalista Germano Oliveira, o texto também aponta para "a manutenção de uma poderosa rede de milicianos digitais operados diretamente pelo Planalto, promíscuo

fato que joga a República brasileira na marginalidade, transformando-a em republiqueta de fundo de quintal", diz a denúnia. "Ou, melhor: fazendo da República uma associação criminosa de milicianos", afirma mais adiante. A "quadrilha digital", termo usado na reportagem, seria chefiada por Dudu Guimarães, assessor parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). "Dudu é o responsável pelo falso perfil Snapnaro e há outros perfis, igualmente falsos, co-

mandados pelos Bolsonaro – como Bolsofeios, Bolsonéas e Pavão Misterioso". O grupo é coordenado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelo assessor internacional da Presidência do Brasil, Filipe Martins. Também é formado por três funcionários públicos que operam na criação de notícias favoráveis ao Presidente da República. Mas eles também produzem fake news e dossiês contra desafetos de dentro e de fora do governo. São eles: Tércio Arnaud Tomaz, José Mateus Salles Gomes e Mateus Matos.

Bia Kicis tentou cooptar deputados Numa reunião, em maio, em seu gabinete, a deputada Bia Kicis (foto), presidente afastada do PSL-DF, teria oferecido cargos no governo federal para ter o apoio dos deputados brasilienses Luiz Miranda (DEM), Celina Leão (PP) e Flávia Arruda (PL). Segundo a jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo, Kicis tinha uma planilha com o detalhamento das vagas disponíveis no governo Bolsonaro. A deputada não esclareceu, contudo, o que esperava efetivamente da parte dos três representantes do DF.

que Celina e Luís Miranda estavam presentes. Flávia e Celina dizem que recusaram. “O assunto não agradou os parlamentares presentes. Porém, prefiro não comentar”, afirmou Miranda. Bia Kicis não respondeu às acusações. Segundo o portal DCM, Kicis é uma das deputadas mais próximas do presidente, e a iniciativa dela evidencia que, “apesar dos discursos contra a velha política, o bolsonarismo adota os mesmos métodos para atrair a simpatia e apoio de parlamentares no Congresso Nacional”. CAMÂRA DOS DEPUTADOS

Presentes – “Eu e Celina fomos até duras: Dissemos que não queríamos cargo algum”, teria dito Flávia, segundo o portal Brasil247. “Ela mostrou uma planilha e disse que falava em nome do governo”, disse, confirmando

82º senador O deputado Chico Vigilante (PT) deixou a Câmara Legislativa e foi fazer política no Senado. Na terça (22) e na quarta (23), o distrital se juntou ao senador Paulo Paim (PT-RS) na articulação para remover do texto da reforma da Previdência a proibição de aposentadoria especial por periculosidade. Ao final, o destaque apresentado pela

bancada petista assegura a aposentadoria por periculosidade para várias categorias. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) vai elaborar um PLC para ser apreciado em regime de urgência, regulamentando a aposentadoria dos vigilantes após 25 anos de contribuição e a periculosidade para as áreas de alto risco, como guarda-noturnos, eletricitários.


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Entrevista Jacy Afonso LORRANE OLIVEIRA/BSB CAPITAL

Como foi o processo de eleições internas do PT? Houve muitos desgastes entre os filiados? – O PT é um partido histórico. O PT já governou o DF duas vezes. Somos um partido extremamente democrático, com participação dos filiados. Essa construção interna é sempre difícil. Mas o processo, em alguns momentos, foi traumático. Deixou sequelas? – Não chamaria de traumático. Aquilo foi cabeça quente das pessoas. O congresso transcorreu na maior tranquilidade. Concluímos toda pauta e já temos as resoluções aprovadas. Todos os companheiros que disputaram proposições, apresentaram chapas (foram 6) terão representação no partido. Superamos todas as divergências. O PT está unido na busca de recuperar o espaço que perdeu. O apoio da deputada Érika Kokay foi fundamental para a sua vitória? – Eu sou da Articulação, uma corrente interna histórica do PT, e tive o apoio da companheira Erika, que me convenceu para que eu fosse o sucessor dela. Tive o apoio, também, de Chico Vigilante, Arlete Sampaio e do movimento social. Temos um campo de unidade importante para ter uma representação dos movimentos sociais. O PT junto com os demais partidos de esquerda ganhou o DCE da UnB na semana que antecedeu nossas eleições internas. Lá, tivemos a unidade da esquerda. E queremos que isso se repita na disputa política em Brasília. Como pretende organizar o PT-DF para as

“O PT não vai conversar apenas com sindicatos, mas com toda a sociedade do Distrito Federal”

Reorganizar para reconquistar Orlando Pontes

E

leito presidente do PT-DF para o período 2020-2023, o sindicalista Jacy Afonso tem o compromisso de “reorganizar o partido para reconquistar a sociedade”, como ele mesmo define nesta entrevista ao Brasília Capital. Apoiado pelos principais líderes petistas locais, ele quer unir a esquerda para 2022.

eleições de 2022? – Com muita humildade, com sensibilidade para procurar conhecer os problemas da cidade, dialogar com os partidos políticos. Estou querendo dizer o seguinte: nós precisamos reorganizar o PT para reconquistar a sociedade. Temos de ter muito diálogo com todos os partidos do DF. Precisamos recuperar essa relação. Esse diálogo não vai desaguar naquilo de sempre: o PT lança seu candidato e espera que os outros o apoiem? – Não. Nós não fizemos isso em 2018. O problema que temos no DF é que sofremos o efeito retardado do que acontece no restante do País nas eleições municipais. O efeito das eleições de 2016, nós só fomos perceber em 2018, que era uma dificuldade

que se tinha em toda a lógica que foi imputada ao PT pelas fake news. Não há nenhuma hegemonia ou pré-condição de que só o candidato do PT receba o apoio dos demais partidos. Estou dizendo o seguinte: Se nós queremos ter a unidade desses partidos, em 2022, vamos fazer um exercício em 2020, no Entorno. Não podemos ter uma política de alianças no DF e outra nas cidades do Entorno. 2022 passa por 2020. Agora, tanto a eleição de 2020 quanto a de 2022, vão depender da nossa atuação como PT na defesa dos interesses dos trabalhadores que estão sendo ameaçados. O resultado eleitoral vai depender dessa capacidade de resistência, de dialogar com os sindicatos, de dialogar com o movimento popular.

Se o PT foi vítima das fake News em 2018, como lidar com as redes sociais daqui em diante? – O PT está muito atento a isso. Não vamos usar da mesma arma. Queremos falar a verdade e pontuar os problemas porque hoje as pessoas vulgarizaram. Acho importante que a gente tenha uma política em relação a isso que envolva uma comunicação democrática. O PT está convencido de que precisa levar sua mensagem para toda a sociedade e não apenas para a militância e simpatizantes? – O PT tem 60 mil filiados no DF... ... Este número não é confirmado pelo TRE... – Aqui, diferentemente das outras cidades, ninguém se preocupa com a filiação oficial no TRE. A gente se

preocupa se os principais líderes estão registrados lá. As fichas que temos estão no cadastro do PT e esse cadastro está desatualizado. O PT vai fazer recenseamento e esses filiados serão capacitados para denunciar e agir quando ocorrer fake news e para propagar as boas notícias. E a estratégia de levar a mensagem do PT à sociedade – Como eu dizia, queremos participar do dia a dia do trabalhador. Já estou conversando com a direção da CUT e da Central de Movimentos Populares para discutir como será nossa atuação no movimento sindical e no movimento popular nas cidades. Como pretende contornar aquela briga em Planaltina que foi parar na polícia? – Eu tenho a missão de, nos próximos dias, solucionar aquele conflito. É a única pendência que temos. Vamos encontrar, nas formas do PT, uma solução para o assunto. O PT ainda lidera a esquerda? - A gente quer estreitar essa relação. Queremos dialogar com os diretórios do PT, do PCdoB, do PSB, do PDT, do Psol. Queremos conversar com pessoas fora de partidos. O PT tem a sua base social nos sindicatos, mas não vai dialogar exclusivamente com sindicatos. Espero, com a ajuda de todos, que a gente possa fazer um bom mandato a partir de 1º de janeiro de 2020 e que a partir de 2023 a gente possa ter de novo companheiros ou companheiras de esquerda ocupando os Palácios do Planalto e do Buriti.


Os profissionais me atenderam superbem. Fui muito bem acolhido. Marcelo Nogueira

Paciente do Hospital de Santa Maria

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99532-1873

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O GDF contratou 900 profissionais de Saúde, que já estão trabalhando no Hospital de Santa Maria. Nesse mesmo hospital, o GDF fez a reforma da Sala Vermelha, que recebe os casos mais graves. Agora, são oito leitos disponíveis. O GDF também inaugurou duas UBS (Unidades Básicas de Saúde): em Planaltina e em Santa Maria. Outras cinco estão sendo construídas e mais cinco estão sendo licitadas. E vêm aí mais sete UPAs.

Renato Alves/Agência Brasília

Pouco a pouco, a Saúde no DF começa a melhorar.


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Entrevista Ruy Coutinho O GDF vai puxar a geração de empregos em Brasília, já que a iniciativa privada ainda não saiu da estagnação? – A missão que me foi dada pelo governador Ibaneis foi exatamente essa, a geração de empregos. Tínhamos cerca de 330 mil desempregados no DF no início do ano e as ações do GDF abriram de 10 a 15 mil vagas em 9 meses. Agora estamos criando condições para uma geração de emprego mais massiva.

“O Brasíl tem Estado demais e Estado de menos. Demais é estar presente onde não precisa. De menos é não estar onde ele é necessário” Quais são essas condições? – Um programa importante que estamos tocando é o sucessor do antigo Pró-DF. Costumo dizer que ele foi mal formulado e depois mal conduzido. Isso, naturalmente, não poderia dar certo, e acabou sendo congelado pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF). Quando assumi, em janeiro, ele já havia sofrido essa paralisação. E continua

paralisado por uma série de razões, como imperfeições na sua operacionalização e corrupção. Enfim, desvirtuamento total. Quais os desvirtuamentos mais comuns? – Por exemplo, o empresário, praticamente, ganhava um lote e depois usava o terreno para construir quitinetes. Agora o Pró-DF foi rebatizado e remodelado... – Sim. Agora o nome é Desenvolve-DF. Pegamos um grupo de trabalho da nossa Secretaria e da Terracap para levantar os aspectos negativos do programa, todo o passivo que existia no Pro-DF, ver que soluções existiam e poderiam ser dadas, e propor um novo programa. Pela nova formulação, o GDF não vai mais vender lotes, e sim fazer concessões de uso... – Isso. A concessão pode ser de 5 a 30 anos, prorrogável por mais 30 no direito real de uso. Não é aquisição. A pessoa tem o direito de usar o terreno por esse período, pagando por mês 0,2% do valor do ativo, desde que se comprometa com a criação de um número X de empregos. Esse número é calibrado de acordo com cada projeto. Caso a pessoa gere mais empregos, a taxa cai para 0,15%. Se for menos, ela pode escapar do espectro do programa. Aí o lote retorna para o pacote da Terracap, podendo ser leiloado novamente. Como será a participação do BRB no Emprega-DF? – Tive hoje uma longa conversa com o presidente do BRB Paulo Henrique. A gente acertou que o BRB, logo que aprovado esse projeto, terá uma presença na

operacionalização do programa, que é voltado basicamente para as micros, pequenas e médias empresas. Outro programa que tem dado resultados mais imediatos é a reforma e reparos em escolas. – Este é um programa nosso em parceria com a Secretaria de Educação. Dará um volume de emprego razoável. O investimento é limitado a R$ 8 mil. São mais de 700 escolas públicas. Basicamente, apenas microempresários individuais terão acesso ao programa. São pequenos reparos, coisa que não precisa de licitar. Isso dá uma dinâmica muito grande e no futuro pode se espalhar para outras áreas, desde que tenha sucesso. No médio e longo prazos, a aposta do governo são as privatizações. Como andam essas conversas? – Assinamos um acordo de cooperação técnica entre o GDF e o BNDES. É um guarda-chuva. Ele pega a CEB, o Metrô, a Caesb e várias outras empresas. Cada empresa assina com o BNDES um contrato de prestação de serviço para deixar claro que tipo de modelagem vai ter em cada uma e a precificação. Com a CEB está mais avançado.

O homem d Orlando Pontes

A

missão dada pelo governador Ibaneis Rocha a Ruy Coutinho no comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico é cuidar da geração de empregos. O Distrito Federal tinha mais de 330 mil

Mas a Caesb não está deficitária, como está a CEB... – Não.

empresa que está dando lucro? – Acho que não cabe ao Estado ter empresa. O Brasil é um país em que você tem Estado demais e Estado de menos. O Estado demais é ele estar presente onde não precisa e, de menos, é não estar presente onde precisa. Temos que arrumar isso, e deixar o Estado presente onde realmente ele se faz necessário. Estado empresário nunca deu certo.

É um bom negócio para o Estado abrir mão de uma

Mas abrir mão daquilo que está funcionando não

E o Metrô? – O Metrô está um pouco verde, assim como a Caesb não está ainda sendo tocada. Existe a hipótese, inclusive, de, antes da privatização, uma abertura de capital da Caesb.

pode trazer prejuízo para a sociedade? – Não é abrir mão. Você está à procura de uma dinâmica, de uma efetividade maior na operação dessas empresas. Por exemplo, o setor de telefonia, até meados dos anos 1990, tinha 27 Teles no Brasil. Cada estado tinha sua empresa de telefonia e não tinha telefone. Mas o senhor está falando do que não funcionava. A Caesb funciona. – Não estou dizendo que a Caesb esteja nesse caso. O que es-


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LORRANE OLIVEIRA/BSB CAPITAL

Secretário de Desenvolvimento Econômico

do emprego pessoas fora do mercado formal no início deste ano. Ações do GDF já abriram mais de 10 mil vagas, independentemente da iniciativa privada. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ele também fala do programa de privatizações do GDF.

tou dizendo é que, em mãos privadas, a performance das empresas é muito superior. Ela presta serviços muito mais efetivos, dinâmicos, mais rápidos do que o setor público, onde, para comprar uma lâmpada, tem de fazer uma licitação. Uma empresa pública tem obrigações sociais, como levar serviços para áreas carentes. As empresas privadas não teriam esse interesse, pois sofreriam prejuízo financeiro.

registrar em cartório e depois não cumprir. Mas o governador é um homem muito voltado para a iniciativa privada. Ele sabe muito bem aonde o calo aperta em termos de investimentos. O que ele afirmou na campanha e tem reafirmado é que deseja que os recursos da privatização sejam voltados para infraestrutura, educação, saúde, segurança, etc. Uma experiência que começou no governo passado e tem sido ampliada neste governo é a do Instituto Hospital de Base. Na campanha ele disse que acabaria com isso e depois que se elegeu mudou de ideia. – O Ibaneis tem essa característica. Quando vê que fez um pronunciamento ou adotou uma medida que não foi de sucesso, ele volta atrás. Isso é positivo. JK já dizia há 50 anos: “Eu não tenho compromisso com o erro”. Eu acho isso totalmente saudável.

– Você já pensou R$ 8 bilhões em investimentos em áreas como Sol Nascente, Pôr do Sol e Vicente Pires com o montante arrecadado com a privatização dessas três empresas?

Ibaneis está repetindo JK? – Não, não digo isso. Até porque ele não encontrou o DF na situação em que o Juscelino encontrou o Brasil, que era uma faixa populacional ao longo da costa. Mas ele tem condições de fazer um grande governo, principalmente em termos de infraestrutura. Como ele diz: Governo é pra pobre; o rico é só não atrapalhar.

E qual a garantia de que esse dinheiro será investido nessas áreas? – Isso é um compromisso do governador. Não existe nada registrado em cartório até porque eu acho uma bobagem esse negócio de político fazer promessa e

Então ele estaria mais próximo de repetir Joaquim Roriz? – Eu acho o Ibaneis mais incisivo do que o Roriz. Ele cobra bastante e eu acho muito importante ele ter esse espírito realizador e de cobrança, como JK tinha também.

Qual foi a coisa que ele lhe cobrou com mais ênfase nesses meses? – O novo projeto do Desenvolve-DF, que é uma nova possibilidade de avanço na geração de empregos. Ele tem essa fixação, e é muito correta. Até porque você ter na capital da República um volume de desempregados desse é uma coisa muito ruim. O GDF vai resolver o imbróglio do Centro Administrativo? – É difícil porque tem aspectos jurídicos envolvidos – até Lava Jato. O Centrad foi uma ideia razoável para centralizar o governo em um local, embora um pouco distante do Plano Piloto. Mas é uma região economicamente pujante e que se tornaria ainda mais porque teria uma atividade satélite em volta

“O Estado tem que centrar sua ação em coisas efetivas para a população, e não em ser Estado-empresário”

dele que seria muito importante. Foi uma pena o que aconteceu, mas a saída está na mão do Judiciário. Eu não vejo uma hipótese de que isso se resolva a curto prazo. O senhor também está à frente do projeto de trazer um gasoduto para o DF... – Esta é uma das missões que o governador me passou: Que eu deveria conduzir, junto com a equipe do (ministro da Economia) Paulo Guedes. Estamos começando a analisar essa questão. O gás vem da Bolívia, e nós vamos fazer um ponto de interconexão na cidade de São Carlos, em São Paulo. São 904 quilômetros de lá até Brasília. É uma de 1 bilhão de dólares, que será feita pela iniciativa privada. Esse talvez seja o assunto do ano que vem. Como o senhor avalia o projeto liberal do governo Bolsonaro? – Bom. Eu nem chamaria de liberalismo extremado. Falamos aqui das privatizações dos anos 1990 e depois tivemos uma interrupção nesse processo durante um período longo. Então eu acho que é hora de se retomar. E sem exagero, sem falar que é radicalismo de direita ou esquerda. Isso independe de ideologia. Eu acho importante que sejam feitas as reformas trabalhista, da Previdência, administrativa, a independência do Banco Central. Há uma série de medidas que eu considero avanços, e que se não fosse um suposto radicalismo, não teriam acontecido. O Estado tem de centrar sua ação em coisas efetivas para a população e não em ser Estado-empresário.


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Brasília

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Por Chico Sant’Anna

DIVULGAÇÃO

GDF incrementa carteira de privatizações

O governador Ibaneis Rocha (MDB) já tem pronta a carteira de privatização de empresas públicas candangas. Os interessados poderão encontrar produtos que passam pela mobilidade urbana, energia,++++ abastecimento hídrico e saneamento. CEB, Metrô e Caesb são os três anéis que ele se dispõe a entregar para não perder os dedos. O arranjo da venda dessas estatais avança, mas não será de fácil aceitação pela opinião pública e pela Câmara Legislativa, onde uma frente parlamentar antiprivatização foi organizada. Pesquisa realizada pela WHD

Pesquisa e Estratégia aponta que 52% dos brasilienses são contra a venda do Metrô, 49% rejeitam a venda da Caesb e 48% não concordam com a venda da CEB ao capital privado. As taxas dos que aprovam são menores do que as que rejeitam. O quarto anel, que ainda não foi colocado na vitrine, é o Banco de Brasília (BRB). Também aí a pesquisa revelou forte a rejeição: 47% se manifestaram contra. A WHD entrevistou, em setembro, 1.103 brasilienses. A margem de erro é de três pontos percentuais para baixo ou para cima.

Segundo o analista político Hélio Doyle, responsável pela WHD, “privatização de empresas, parcerias público-privadas e concessões de áreas e serviços públicos são, declaradamente, o caminho que o GDF pretende trilhar para driblar a falta de recursos financeiros para investimentos. Isso tem sido dito e repetido pelo governador Ibaneis Rocha e por seus secretários. Foram criadas, inclusive, uma Secretaria de Estado de Projetos Especiais e uma Diretoria de Novos Negócios na Terracap, ambas envolvidas com PPP e concessões”.

Terceirizações avançam na Saúde Ibaneis avança sobre as estatais depois de ampliar o sistema de terceirização da Saúde, com a criação do Instituto de Gestão em Saúde (IGES) e de lançar editais de concessão da gestão da Rádio Cultura. Não privatizar o setor público foi um diferencial no discurso de campanha de Ibaneis. Seu antecessor, Rodrigo Rollemberg (PSB), tinha a mesma receita privatista. Ibaneis, depois de eleito, aproveitou os primeiros passos de Rollemberg. De uma só tacada, privatizou o Estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson, a Piscina Coberta e concedeu área contigua de 700 m2 onde se pretende erguer um shopping aberto de 150 mil m2. Analistas do mercado imobiliário apontam que essa área externa onde nascerá o Boulevard Monumental é a cereja do bolo. Na imagem do croqui ilustrativo, feito pelo GDF para subsidiar a privatização, é possível contabilizar 30 edificações de até 12 metros de altura (quatro andares). Um empreendimento maior do que o Conjunto Nacional (111 mil m2) e que o ParkShopping (135 mil m2). Mobilidade – Quando pronto, esse shopping aberto terá grande impacto na mobilidade urbana no Eixo Monumental. Talvez, por isso mesmo, a pesquisa tenha apontado que 52% e 51% aprovam, respectivamente, a privatização do estádio e do autódromo – esta segunda ainda para acontecer.


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Estádio não interfere no cotidiano Estádio e autódromo não são equipamentos que interferem no cotidiano do cidadão. Pelo menos, não de forma consciente. Já transporte público, luz e água são diferentes. No caso da Caesb é de se questionar também como fica a posse dos mananciais hídricos e reservatórios como os Lagos Santa Maria e São Bartolomeu. Quem comprar a Caesb vira dono da água? É certo que o brasiliense anda desgostoso com a qualidade e os preços do serviço que recebe e pode até imaginar que privatizando vai ficar melhor e mais barato. O canto da propaganda privatista sempre declama uma poesia cor de rosa. A realidade, contudo, não é bem assim. Aqui do lado, a empresa goiana de energia elétrica foi privatizada na gestão do tuca-

no Marconi Perillo. “A privatização da Celg foi um dos maiores desastres da gestão Perillo. A italiana Enel, que comprou a estatal goiana, tem prestado à população um péssimo serviço de distribuição com uma tarifa bem mais cara. A população desde Goiânia ao Entorno não aguenta mais”, registra o radialista Marcos Alexandre, da Rádio Cidade, de Águas Lindas, onde não são poucos os protestos dos consumidores. Talvez por falta de maior volume de informação, o cidadão aposta numa outra realidade para poder contar com serviços de melhor qualidade e de custo mais baixo. Esta não é, contudo, a lógica do capital. Os investidores que compram empresas estatais querem a maior e mais rápida rentabilidade para o dinheiro aplicado. DIVULGAÇÃO

Desde 2009 DF perde recursos Desde 2009, pelo menos, Caesb e Metrô não foram eficientes em aproveitar as oportunidades e investir na ampliação de seus serviços. Os governos Arruda, Rosso, Agnelo e Rollemberg perderam a oportunidade de investir bilhões disponibilizados pelo governo Federal. Só na ampliação do Metrô e da implantação do VLT, perdeu-se, a valores de 2009, R$ 1,2 bilhão. Recursos do PAC do Desenvolvimento, do PAC da Mobilidade e do Legado da Copa. A Caesb também perdeu centenas de milhões em recursos para ampliar as redes de captação de esgoto e até mesmo a adutora de água potável entre Corumbá e Brasília. Também a coleta seletiva perdeu R$ 25

milhões para a construção de centros de triagens de resíduos sólidos. O atual governo não conseguiu recuperar esses valores. Ex-secretário de Transportes na gestão Cristovam Buarque, Nazareno Stanislau Affonso, garante que o Metrô não se sustenta sem subsídios, como em qualquer outra cidade do planeta. Se cortarem os subsídios, a tarifa terá de aumentar muito – não apenas 20 centavos, como em 2013, em São Paulo, e, agora, no Chile. Em 5 anos, o GDF já repassou às empresas de ônibus, cerca de R$ 2,5 bilhões. Só no ano passado, foram R$ 650 milhões. Portanto, privatizar não significa reduzir custos públicos, mas sim repassar recursos públicos para a iniciativa privada.


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ESPÍRITO

José Matos Filhos: Proteção demais desprotege É preciso combinar e dosar liberdade com disciplina, carinho com energia, diálogo e autoridade Nos anos 1970, opondo-se à geração anterior, muitos pais, confundindo autoridade com autoritarismo, deixaram de estabelecer limites aos filhos. Dali, surgiram no mundo sucessivas gerações de filhos mimados e desrespeitosos. Assustados, psicólogos e educadores, defensores da liberdade sem medo, foram à imprensa clamar

aos pais para estabelecerem limites na educação dos filhos. Erraram e continuam errando, saindo de um extremo e indo para o outro. Se a criação já estava ruim, piorou. À nociva liberdade sem medo e sem limites dos anos 70, acrescentou-se superproteção. Pais fazendo tarefas dos filhos; indo às escolas brigar com pro-

NUTRIÇÃO

Caroline Romeiro O valor das Plantas Comestíveis Não Convencionais (PANC) Das 75 mil espécies existentes no mundo, usamos apenas 20 O número de plantas comestíveis no mundo pode alcançar até 75.000 espécies. Só no Brasil são encontradas cerca de 10.000 dessas plantas. Ainda assim, 90% da alimentação mundial está fundamentada em apenas

TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA

20 tipos dessas hortaliças. No Brasil sofremos pela instituição de um sistema agroalimentar sustentado por um padrão de produção e consumo limitado pela monocultura, o que gera menor disponibilidade

fessores; nas ruas, brigando com policiais; em casa, apoio às separações dos casamentos por quaisquer bobagens; e, a pior consequência disso: suicídios de jovens frágeis, que não aprenderam a conviver com derrotas, decepções, fracassos e frustrações. Não obstante, sem o enfrentamento e a superação destes aspectos desagradáveis da vida, ninguém se fortalece e nem desenvolve sabedoria. É preciso encorajar os filhos à realidade: Vida é vitória e derrota, prazer e dor, alegria e tristeza. E tudo são ensinamentos. Questionado sobre educação de filhos, Chico Xavier, que foi temporariamente adotado, maltratado e, diariamente, castigado por uma madrinha maluca, afirmou: “Se eu tivesse de voltar à Terra, não aceitaria passar pelo que passei, mas, jamais aceitaria nascer num lar que não estabelece limites e disciplina para mim”.

de opções alimentares, maior dependência do consumidor na compra de alimentos, mais controle empresarial e perda da riqueza cultural/natural. Desta forma, faz-se necessário a adoção de um sistema alimentar mais democrático, fomentando a soberania alimentar e a sazonalidade, investindo em valores familiares e culturais, que garanta a segurança nutricional, promovendo equidade e o livre comércio, além de diminuir o impacto ambiental enquanto se valoriza a biodiversidade. Nesse debate, é imprescindível citar as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). São espécies nativas e regionais, silvestres ou cultivadas, que influenciam a cultura alimentar das comunidades locais, mas sem valor comercial agregado.

É preciso combinar e dosar liberdade com disciplina, carinho com energia, diálogo e autoridade, mas sempre com o educando no centro, como ensinou Carl Rogers: «Abordagem centrada no educando”. O escritor Wallace Leal, no excelente livro “E Para o Resto da Vida”, expõe a forma da educação que recebeu, sempre com estorinhas, que o levavam à reflexão e crescimento. Kalil Gibran, autor do famoso livro “O Profeta”, lembra aos pais: “Vossos filhos não são vossos filhos. [...] Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos”. Sigam com André Luís: “Quem faz o que pode, recebe o salário da paz”. E não esqueçam do título: «Proteção demais desprotege”!

José Matos Professor e palestrante

Algumas dessas hortaliças negligenciadas desempenham um papel cultural importante, compondo pratos típicos e regionais. Elas ainda aumentam a oferta do consumo de água, são ricas em fibras e contêm minerais e vitaminas que auxiliam na saúde. Não é possível contabilizar o número de PANC, uma vez que muitas delas ainda não são conhecidas ou sofrem de preconceitos culturais. Então, do ponto de vista nutricional, cultural e econômico, encontra-se nas PANC uma inegociável ferramenta para a preservação da biodiversidade e da garantia de uma alimentação sustentável e saudável.

Caroline Romeiro Nutriocionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)

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Copa do Mundo Sub-17 começa sábado no DF DANIEL BORGES

Abertura e final do torneio serão disputadas no Bezerrão Gustavo Pontes Vai ter copa! Depois de a Fifa decidir que o Peru não teria condições de sediar a Copa do Mundo Sub-17, o Brasil foi escolhido como sede e vai receber, pela primeira vez, uma competição mundial de categorias de base. O Estádio Bezerrão, no Gama, será a principal sede da competição, recebendo 18 jogos, entre eles a partida de abertura entre Brasil e Canadá, no próximo sábado (26), às 17h. A arena também será o palco da final, no dia 17 de novembro. As outras sedes do Mundial serão o Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo, e o da Serrinha e Olímpico, ambos em Goiânia. Todas as rodadas da Copa do Mundo Sub-17 serão duplas. Os jogos começam sempre às 17h e às 20h. Serão 24 seleções divididas em seis grupos. Na primeira fase, os dois primeiros colocados de cada grupo e os quatro melhores terceiros se classificam para a fase de mata-mata.

A disputa da taça terá jogos sempre às 17h e às 20. No DF, a sede é a arena Bezerrão TALES MAGNO

O atacante Tales Magno, do Vasco, é a estrela da companhia da Seleção Brasileira

Brasil é uma dos favoritos Segundo maior vencedor, com três títulos contra cinco da Nigéria, a Seleção Brasileira chega com a expectativa de ser campeã, o que não consegue desde 2003. Para atingir esse objetivo, conta com o fator casa. Mesmo sem um de seus principais jogadores, o brasiliense Reinier, que não foi liberado pelo Flamengo, o time comandado pelo técnico Guilherme Dalla Déa chega confiante para o Mundial, após um período de treinos na Granja Comary. A principal atração é o atacante Tales Magno, que, com 17 anos, já é titular do Vasco e um dos destaques do time no Campeonato Brasileiro. O Brasil de Tales Magno e companhia está no grupo A. Além do Canadá, terá como adversários, a Nova Zelândia e Angola. Jogando em casa, a Seleção entra como uma das favoritas.

Ingressos no estádio e pela Internet Os ingressos custam de R$ 5 a R$ 40 e estão à venda pela internet e em pontos físicos. Confira os pontos de venda e a tabela de preços abaixo:

Brasília

Estádio Bezerrão (entrada portão B)

Goiânia Estádio da Serrinha (Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, 721) Goiânia Estádio Olímpico (Rua 74, 41 - St. Central) Vitória (Cariacica)

Estádio Kléber Andrade (rua Padre Anchieta, 2)

SITE DA FIFA: HTTPS://PT.FIFA.COM/U17WORLDCUP/ORGANISATION/TICKETING/

TABELA PREÇOS INGRESSOS MUNDIAL SUB-17 — FOTO: DIVULGAÇÃO/FIFA


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