Pelaí
“Ibaneis é melhor que Agnelo e Rollemberg”
Janot revela que pensou em matar Gilmar Mendes
Senador diz que é a favor do projeto de Ibaneis de militarização das escolas do Distrito Federal
Ex-procurador-geral da República conta que entrou com uma pistola carregada no Supremo
Páginas 4 e 5
Ano VIII - 432
Brasília, 28 de setembro a 4 de outubro de 2019
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Entrevista Izalci Lucas
Página 3
AGÊNCIA BRASÍLIA
Rodoviária vai virar shopping
Governador Ibaneis Rocha lança edital para implantação de Parceria Público-Privada para terceirizar a administração do terminal cravado no coração de Brasília, transformando-o num grande shopping. Será um salto de qualidade na mobilidade no centro do Plano Piloto. Página 7
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 28 de setembro a 4 de outubro de 2019 - bsbcapital.com.br
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Cláudia Marques assume Secretaria-Geral da Caesb A advogada e jornalista Claudia Marques assumiu, nesta quarta-feira (25), a Secretaria-Geral da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Ela é a primeira mulher a ocupar a função na empresa, que completa 50 anos neste ano. O cargo é o segundo mais importante na hierarquia da empresa, abaixo apenas do presidente. Cláudia Marques era secretária-adjunta de Comunicação do GDF e foi exonerada, a pedido, no mesmo Diário Oficial que trouxe sua indicação para a Caesb. Anteriormente, chefiou a Subsecretaria de Publicidade e Propaganda. O convite para assumir a Secretaria-Geral da Caesb partiu do presidente da estatal, Daniel Beltrão de Rossiter Corrêa, e contou com a anuência
Claudia: primeira mulher a assumir o segundo cargo na hierarquia da empresa em 50 anos
do governador Ibaneis Rocha (MDB). Servidora de carreira do GDF há quase 30 anos, Cláudia Marques acumula vasta experiência no Executivo local. Trabalhou na Secretaria de Comunicação no segundo mandato
de Joaquim Roriz, de 1993 a 1994, como diretora de Comunicação (atual Agência Brasília), e exerceu chefia da assessoria especial do governador quando Roriz voltou ao posto, de 2001 a 2006. Cláudia também foi adjunta da Secretaria de Trabalho, Direitos Humanos e Solidariedade e assessora da Presidência da Caesb. Além disso, atuou como repórter em jornais da cidade e foi assessora parlamentar no Congresso Nacional. A jornalista também trabalhou na Secretaria-Geral da Câmara Legislativa do DF. A ida de Claudia Marques para a Caesb dá continuidade a um trabalho de cuidado com a Companhia onde seu pai, conhecido entre os colegas como Antônio Português, trabalhou nos anos 1970/80.
Três biografias para Sérgio Moro Gregorio Duvivier (*) Querido Sérgio Moro, vi que você gosta de ler biografias, mas ainda assim não consegue citar nenhuma. Entendo a dificuldade: imagino que esteja muito empenhado tentando salvar a sua. Tomo a liberdade de indicar três obras de não ficção —afinal, de ficção já bastam suas sentenças. “O Tiradentes”, do Lucas Figueiredo, conta a vida de um herói nacional —aquilo que você imaginou que viria a ser, antes de virar figurante de chanchada. Com base em documentos oficiais, Figueiredo perfila esse preso político, único condenado de fato pela conspiração da qual ele era, coincidentemente, o mais desvalido dos integrantes. Seu advogado, Dr. Oliveira Fagundes, fez todo o showzinho da defesa e compôs uma peça sólida, ignorada pelo juiz português —que, só se descobriu depois, tinha chegado ao Rio, meses antes, com a sentença já escrita. Tudo, acredite se quiser, se baseava em delações. O primeiro delator, Joaquim Silvério dos Reis, um dos homens mais ricos e endividados da colônia, teve suas dívidas perdoadas —
Tomo a liberdade de indicar três obras de não ficção —afinal, de ficção já bastam suas sentenças mais ou menos como você perdoou, duas vezes, o doleiro Alberto Youssef. A Corte também fez vista grossa pros conspiradores do Estado, que não eram poucos. Talvez lhe parecerá estranho, mas lembra que você perdoou até o Onyx. Mas, claro, é preciso ser justo: Ele se arrependeu. Vários foram os juízes que condenaram Tiradentes e, ainda assim, ninguém se lembra do nome de nenhum. Isso pode te servir de consolo.
Mesmo orquestrando uma farsa que elegeu o homem que hoje te emprega, existem fortes chances de que a história te esquecerá. Mas talvez esteja cansado de política brasileira. “Medo”, do Bob Woodward, não é exatamente uma biografia, mas a história das eleições em que um bufão chegou ao poder. À sua volta, todos pensam que poderão usá-lo, sem perceber que legitimaram um autocrata que os descartará na primeira oportunidade. Deviam ter suspeitado: não há papel mais triste —nem mais ingrato— que o de ajudante de bufão. Pra terminar, vale ler “Cartas da Prisão”, de Nelson Mandela. A coletânea de cartas publicada pela Todavia conta a história de um líder político que passou 27 anos na prisão após uma condenação. Desculpa o spoiler: o sujeito sai da prisão ainda maior do que entrou, e termina presidente do país que o prendeu. Ah, não está ali o nome do juiz que o condenou. Ufa!
(*) Ator e escritor e um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos
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HOMENAGENS A RORIZ - No primeiro aniversário de sua morte (27 de setembro), o ex-governador Joaquim Roriz recebeu várias homenagens. O Complexo Viário Norte foi batizado com seu nome, por determinação do governador Ibaneis Rocha (MDB); o restaurante comunitário de Samambaia passou a se chamar Rorizão, numa iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social; e o Senado realizou uma sessão solene, proposta pelo senador Izalci Lucas (PSDB).
Terracap vai criar novo Pró-DF THIAGO OLIVEIRA/BSB CAPITAL
Janot revelou que, em 2017, pensou em matar Gilmar Mendes e depois cometer suicídio: “ajuda psiquiátrica”
Algaravia “Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha”. ALGARAVIA 2 – A frase é do livro “Nada Menos que Tudo”, do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na quarta-feira (26), ele revelou a “O Estado de São Paulo” que a autoridade era o ministro Gilmar Mendes, do STF. Janot disse que, após matar o magistrado, cometeria suicídio. ALGARAVIA 3 – Segundo Janot, ao encontrar Mendes sozinho na antessala do plenário do Supremo, chegou a sacar a pistola, mas não puxou o ga-
tilho “somente porque a mão invisível do bom senso tocou no meu ombro e disse: não”. ALGARAVIA 4 – Os dois protagonizaram um longo embate enquanto Janot ocupou o cargo, de 2013 a 2017, com constantes trocas de críticas. Mas o ex-PGR disse ter chegado ao um limite quando Mendes envolveu sua filha numa das pendengas, depois de Janot ter pedido ao Supremo que considerasse o ministro suspeito para julgar um habeas-corpus de Eike Batista. ALGARAVIA 5 – O argumento era de que a esposa do ministro, Guiomar Mendes, trabalhava em um escritório de advocacia que prestava serviços ao empresário. Em seguida, circulou na imprensa a informação de que a filha de Janot, Letícia Ladeira, defendia a empreiteira OAS – envolvida
na Lava Jato – em processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ex-PGR atribuiu a divulgação da informação a Mendes e, por isso, cogitou matá-lo. ALGARAVIA 6 – “Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer”, escreveu Gilmar Mendes em nota divulgada nesta sexta. E arrematou: “Recomendo que procure ajuda psiquiátrica”. ALGARAVIA 7 – Ah!. Segundo o Houaiss, algaravia significa linguagem confusa, incompreensível. O que é difícil de entender.
Em solenidade na segunda-feira (30), às 14h30, no Buriti, o governador Ibaneis Rocha vai criar um novo programa de incentivo à atividade produtiva, no estilo Pró-DF. O projeto é coordenado pelo diretor de assuntos fundiários da Terracap, Leonardo Mundim. Pelas regras acordadas com entidades patronais como as federaçções das Indústrias (Fibra), do Comércio (Fecomércio), das Associações Comerciais (Faci-DF) e associações comerciais locais - a iniciativa traz muitas novidades. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), Justo Magalhães (foto), o “novo Pró-DF” prevê isenções de 50% a 90% na compra dos terrenos, que serão cedidos em concessão de uso por 30 anos. Os empreendedores terão direito a amplo financiamento do Banco de Brasília (BRB), dando como garantia o próprio terreno e as benfeitorias que forem implementadas durante o período. O Executivo encaminhará a proposta para ser aprovada pela Câmara Legislativa.
Mantida a cobrança de bagagens A Câmara dos Deputados não conseguiu quórum para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Projeto de Resolução que revogava a cobrança das bagagens em voos domésticos criada em dezembro de 2016 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Votaram 247 deputados pela derrubada do veto, mas eram necessários 257. Dos oito representantes de Brasília, três foram contra a gratuidade: Paula Belmonte (Cidadania), Celina Leão (PP) e Bia Kicis (PSL). Júlio César (PRB), Professor Israel (PV) e Flávia Arruda (PL) votaram para derrubar o veto de Bolsonaro. Já Luís Miranda (DEM), envolto em denúncias e processos na Justiça, e Erika Kokay (PT) não votaram. Consultados pelo jornalista Chico Sant’Anna, colunista do Brasília Capital, os dois gabinetes não explicaram as ausências. Em nota, a Anac rejubilou-se: “A manutenção da liberdade de cobrança representa o fim da venda casada de passagem aérea e tarifa de bagagem”, diz o texto.
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Entrevista Izalci Lucas O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso contundente da ONU, mantendo uma linha de confronto com potências como a França e a Alemanha. Como parlamentar da base do governo, qual a sua avaliação da postura do presidente? – Eu acho que ele foi muito autêntico. É o jeito dele. Deixou o recado que ele sempre deu no sentido de soberania nacional, deixando claro que há algumas colocações que a gente vai ouvindo e daqui a pouco vira verdade, como a de que a Amazônia é patrimônio da humanidade, quando na realidade é um patrimônio nosso. Tem muita gente morando lá, passando dificuldade, em cima de minério, nióbio, ouro, diamante e petróleo. Essa política tem que ser desenvolvida
governos anteriores. Ele é autêntico. Evidente que atrapalha um pouco as articulações. Aqui no Congresso a situação é difícil. Mas ele foi eleito com esse discurso. O senhor concorda com esse discurso? – Ele defende o que pensa e o que disse na campanha, e ganhou a eleição com esse discurso. É o que a população quer. Agora, algumas coisas são fundamentais para o País, como as reformas da Previdência e tributária e o pacto federativo. E acaba que a gente tem dificuldade na aprovação, em função das articulações. Mas acho que está caminhando. A tendência é a gente aprovar as reformas e fazer mudança na educação. O senhor é a favor da LORRANE OLIVEIRA
Por falar em campanha, a impressão é de que ele ainda não desceu do palanque... – É evidente que depois de 14 anos de governos do PT, ele está mostrando o que disse na campanha, no sentido de mudar completamente o destino que estava sendo encaminhado pelos
Quais são os maiores méritos, até o momento, do governo Ibaneis? – Qualquer coisa que está sendo feita já é melhor do que os governos anteriores. O Agnelo foi um desastre, destruiu e desestruturou o DF. O Rollemberg não fez nada e acabou mantendo o caos. Qualquer coisa que o Ibaneis fizer já melhora em relação ao passado.
militarização das escolas? – Apóio completamente, em função de que o mundo real hoje é difícil. Não existe mais respeito pelo professor. Os alunos não aprendem nada. Acho que pelo menos disciplina e hierarquia é fundamental para organizar o modelo.
Delimite um pouco esse “qualquer coisa”, porque qualquer coisa é muito amplo. – Por exemplo, a própria questão da escola, da gestão partilhada, já é uma sinalização de mudança na educação. Alguns projetos de obras estão em andamento, porque nós perdemos muitos recursos por falta de projeto. Pelo menos o governo agora está acompanhando. A gente cobra todo dia a questão das nossas emendas de 2016. Se você for computar as emendas individuais, são quase 500 milhões de emendas pendentes para serem executadas.
O senhor foi pré-candidato ao GDF e acabou se
O Ibaneis disse que acabaria com o Instituto Hos-
“Apóio a militarização das escolas. Não existe mais respeito pelo professor. Pelo menos disciplina e hierarquia é fundamental” pelo Brasil, e o Bolsonaro deixou isso claro.
elegendo senador. E agora tem trabalhado para trazer recursos para Brasília junto ao governo federal e por meio de emendas parlamentares. É a sua pré-campanha para 2022? – Não. Está muito cedo para discutir 2022. Antecipar as eleições não é bom para Brasília, embora a gente perceba que tem muita gente do próprio governo que tem contribuído com isso, buscando esse confronto, discutindo esse assunto. Eu estou ajudando Brasília, independentemente de estar no governo ou não. Tudo que é bom para o DF a gente vai apoiar. Qualquer coisa que está sendo feita pelo Ibaneis já é melhor do que os governos anteriores
Izalci: “Iban que Agnelo e Orlando Pontes
E
leito senador em 2018 com 399.297 votos (15,33% dos votos válidos), Izalci Lucas (PSDB), 64 anos, não esconde o desejo de ser governador do DF. Mas acha que ainda é muito cedo para discutir 2022. “Antecipar o debate das eleições não é bom para Brasília”, pondera. Nesta entrevista ao Brasília Capital. ele elogia iniciativas do governador Ibaneis Rocha (MDB), como a transformação do Instituto Hospital de Base (IHBDF), criado pelo ex-governador Rodrigo Rol-
pital de Base. Mas reavaliou essa posição e na verdade ampliou o modelo para o Hospital de Santa Maria e para algumas UPAs. O senhor acha que essa política
é boa? – A gente poderia consertar a Saúde independente disso, porque o problema da Saúde é gestão. Óbvio que quando ele viu o Instituto funcionando melhor que o
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WILLIAM SANT’ANA
de medicamentos, por exemplo. Nós temos 598 grupos de Saúde da Família. Se houvesse cadastrado no Ministério da Saúde, o GDF poderia ser ressarcido disso. Só tem duzentos e poucos cadastrados. O governo não tem cadastrado no Ministério da Saúde. Os nossos hospitais e os médicos não cadastram os procedimentos adotados. Então é muito recurso perdido.
eis é melhor Rollemberg” lemberg (PSB), em Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGES), expandindo-o para o Hospital de Santa Maria e para algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Favorável à militarização das escolas, uma proposta do governo federal encampada pelo GDF, o senador defende a política de segurança pública do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – de quem é vice-líder no Senado – comandada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. E vê coerência no discurso de Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), terça-feira (24), em Nova Iorque.
sistema tradicional ele decidiu manter. Mas é que o sistema tradicional não foi trabalhado. O GDF tem muito recurso. O governo poderia buscar uma solução dife-
rente. Por exemplo, hoje não temos um sistema integrado de tecnologia. Ninguém sabe o que está acontecendo nos hospitais de forma integrada, como o controle de estoque
E quanto à execução das emendas parlamentares? – Não é de agora que o GDF não consegue executar nossas emendas. Nós quase perdemos a emenda do Hospital do Câncer. Só agora a gente conseguiu ampliar mais seis meses. O prazo foi prorrogado em função do trabalho que fizemos junto à Caixa Econômica. Eu fui pessoalmente à Liderança do Governo. Com isso, a gente conseguiu ganhar um prazo para começar a licitação e começar as obras. São mais de R$ 80 milhões dos hospitais que ainda não foram executados para a infraestrutura hospitalar. Temos o viaduto do Recanto das Emas que não foi feito até hoje com uma emenda de 2017. Existem emendas individuais que não foram executadas. Então, ainda falta muita coisa. Mas o senhor disse anteriormente que muita coisa já melhorou... – De fato. A gente percebe que o governo pelo menos está preocupado com isso. Na última reunião que tivemos com a bancada, praticamente todos os secretários participaram. Foi uma sinalização de que o governo quer, de forma diferente dos anteriores, trabalhar com a bancada no sentido de buscar mais recursos e executar as emendas. Na questão da Seguran-
ça Pública, o Brasil e o DF têm registrado crimes bárbaros. No Rio, a morte da menina Ágatha Félix, de oito anos, repercutiu internacionalmente, e trouxe para o Senado o debate sobre o excludente de ilicitude do pacote do ministro Sérgio Moro. Em Brasília, ocorreu o assassinato do padre Kazimierz Wojno. O senhor acha que a segurança melhora com a política de a polícia enfrentar os criminosos abertamente nas ruas? – Nós temos em Brasília a melhor polícia do País, diferente do Rio de Janeiro. Aqui, o que está faltando é contingente. Estamos com a metade do contingente nas Polícias Civil e Militar. O DF já poderia estar bem mais amparado se usasse tecnologias já existentes. As-
A inteligência é fundamental em qualquer área e a gestão só será eficiente se estiver bem aparelhada. Deve ser um sacrifício imenso para essa meninada de hoje chegar numa sala de aula que não tem tecnologia nenhuma. Hoje todo mundo tem celular, tem acesso à internet. E chega na escola não tem acesso a nenhuma tecnologia. Então, é preciso investir muito nisso ainda. Qual o seu balanço dos primeiros oito meses dos governos local e federal? – As coisas estão melhorando. Os jovens tendo uma participação maior na política, o que eu considero muito importante. Afinal, a atividade política é a mais nobre que existe. Mas tem que saber escolher. É preciso acompaWILLIAN SANT’ANNA
“Quase todos os secretários participaram da reunião da bancada. Isto mostra que o GDF quer trabalhar com os parlamentares” sim como na Saúde, ainda não existe uma integração. Só agora está começando um modelo de integração entre a PM, a Civil e o Corpo de Bombeiros. Então, não há compartilhamento de informação. Não tem um processo de monitoração. Então, a tecnologia deve ser aplicada em todas as áreas do governo? - Lógico.
nhar, participar mais, ver qual é a proposta. Durante a campanha todo mundo promete tudo. Eu nunca vi um político dizer que é contra a educação, a saúde e a segurança. Mas, na prática, é diferente. A população precisa perceber o que é isso, participando mais. O que falta no Brasil é política de Estado. Os bons programas têm que ter continuidade.
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Revalidação de diploma: quem está em jogo não é o médico, é o paciente O jornal O Estado de São Paulo publicou esta semana uma matéria rica em detalhes sobre a abertura de cursos de Medicina em regiões fronteiriças ao Brasil. São cerca de 65 mil pessoas frequentando essas escolas, das quais muitas não têm sequer autorização de funcionamento e sofrem de deficiência de estrutura generalizada. O contingente de estudantes nos países vizinhos corresponde a um terço do total dos matriculados no Brasil. O contingente chegou a esse patamar em função da expectativa de se poder exercer a Medicina sem registro profissional por meio do Programa Mais Médicos, ora em fase de substituição pelo Médicos pelo Brasil. A questão é preocupante e complexa, mas o cônsul brasileiro em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, Vitor Hugo de Souza Irigaray, fez a síntese do aspecto mais importante: “precisamos de médicos bem formados Quem está em jogo não é o médico, é o paciente.” Só Pedro Ruan Caballero tem 12 mil estudantes de medicina brasileiros – e o maior hospital da região não tem mais que 90 leitos. O ensino da medicina envolve um conjunto de atividades teóricas e práticas. A falta da
vivência em unidade de saúde – o que chamamos de internato – é grave e indica que a formação não é adequada. É premente a necessidade de articulação entre os Ministérios da Educação, da Saúde e das Relações Exteriores para colocar ordem na situação. De um lado, existe a expectativa do estudante que se aventura a fazer cursos suspeitos e de sua família – expectativa que pode ser frustrada. De outro lado está o paciente brasileiro que pode vir a ser atendido por pessoa sem a devida qualificação. Que bom resultado pode advir disso? Já temos problemas com as escolas brasileiras, que não estão sendo adequadamente fiscalizadas e avaliadas pelo Ministério da Educação. Vimos, há poucos dias, quando foi noticiado o estouro de um esquema de fraudes em uma universidade particular de Fernandópolis (SP), na Operação Vagatomia, que a Polícia Federal é quem está fazendo alguma fiscalização. A omissão do MEC deu ensejo à corrupção e ao crime, e com um viés transnacional, pois o esquema criminoso envolve também fraude em revalidação de diplomas de Medicina obtidos no exterior. Isso é crime organizado.
É um esquema que não se restringe à corrupção de empresas privadas e agentes públicos. Envolve famílias, sonhos e expectativas de futuro de jovens que sonham se tornar médicos e, lá na frente, também afeta a saúde do paciente. É corrosão do caráter e subversão de um dos valores mais importantes na prática médica: a ética. Ao mesmo tempo que esse teatro bufo se desenrola dentro e ao redor das fronteiras brasileiras, representantes das áreas da Educação e da Saúde se reúnem para discutir os rumos (agora indefinidos) dos programas de residência médica brasileiros, que formam os médicos nas diversas especialidades. Eles existem em número insuficiente, sem definição de orientação estratégica para atendimento das necessidades do país e ainda estão prejudicados pela insuficiência de investimento no SUS, que além de ser o maior programa social para a população brasileira é responsável pela formação e aperfeiçoamento da maioria dos nossos profissionais. Atropelando os fatos e a razão, no Congresso Nacional há um esforço de diversas correntes para que se permita a participação de pessoas sem a revali-
Dr. Gutemberg Fialho* Médico e advogado, presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
dação de diplomas e sem registro profissional nas alterações que estão sendo propostas ao Programa Médicos pelo Brasil e com a possibilidade de que os estados façam isso de maneira indiscriminada, criando seus “Mais Médicos” locais. Barraram até a emenda que garantia a avaliação regular dos cursos de Medicina em funcionamento no país. Ainda querem dar a instituições de ensino sem essa avaliação a prerrogativa de aplicar o exame de revalidação de diplomas obtidos no exterior. Parece uma versão atualizada da Comédia dos Erros, só que a versão que está sendo escrita não termina bem, como na obra de Shakespeare. Acaba muito mal.
SDE credencia trabalhadores para Pequenos Reparos JP RODRIGUES/METRÓPOLES
A partir da última semana de outubro, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico vai credenciar profissionais de nove especialidades para prestar serviços às escolas do Distrito Federal. Serão abertas inscrições para a contratação direta de pedreiros, pintores, eletricistas, bombeiros hidráulicos, chaveiros, jardineiros, serralheiros, técnicos em eletrônica e técnicos em informática. Para participar do programa, o profissional deverá comparecer ao Simplifica PJ, na QI 19, lotes 28/32, em Taguatinga, ou nas salas do empreendedor das 32 sedes de administrações regionais e entregar documentação pessoal para ser registrado
como Microempreendedor Individual (MEI), com a obtenção do número do CNPJ. A inscrição e a obtenção de registro de microempresário serão gratuitas e também poderão ser feitas nos postos das agências do trabalhador. O programa Pequenos Reparos, adotado em parceria com a Secretaria de Educação e com o Sebrae, terá recursos do orçamento do GDF, mas
também aceitará dinheiro de emendas parlamentares. Além de fazer a manutenção das escolas, o programa também vai gerar ocupação e renda entre os microempresários. “É mais um programa para reduzir os gastos públicos, atender a demanda das escolas e ao mesmo tempo gerar emprego e renda”, diz o titular da SDE, Ruy Coutinho. Cada diretoria de escola pública po-
derá identificar suas necessidades para fazer reparos, realizar uma chamada pública como já faz hoje, receber três orçamentos e contratar o profissional mais adequado. Quem já está registrado como MEI em uma das nove atividades previstas já poderá se credenciar no Simplifica PJ ou nas salas do empreendedor nas regiões administrativas. Um projeto piloto do Pequenos Reparos foi testado com êxito em 2017 e 2018 nas escolas de São Sebastião. Após a formalização do trabalhador como MEI e o seu credenciamento no GDF, ele será incluído em uma lista para ser chamado pela ordem, em regime de rodízio, à medida da necessidade da escola.
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MOBILIDADE URBANA
Rodoviária será privatizada Governador aposta que, modernizado, terminal mudará o centro de Brasília VICTÓRIA CAMARA
AGÊNCIA BRASÍLIA
Pollyana Villarreal
A
mobilidade urbana no centro de Brasília vai dar um salto de qualidade. No mês em que completou 59 anos – foi inaugurada em 12 de setembro de 1960 – a rodoviária do Plano Piloto ganhou uma esperança de revitalização. Por decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB), o terminal cravado no coração da cidade será privatizado. O edital de convocação dos interessados em gerir a plataforma por onde circulam, em média, 700 mil pessoas diariamente, foi publicado no Diário Oficial do DF de terça-feira (24). Nas propostas devem constar, além da gestão, plano de modernização, conservação e exploração do terminal e áreas comerciais. Os interessados terão 30 dias para apresentar os projetos. Após esse período, as empresas terão mais 120 dias para apresentar uma proposta detalhada com projetos, levantamentos, investigações e estudos que serão avaliados e classificados para a conclusão da concessão.
As reformas são uma constante na rodoviária AGÊNCIA BRASÍLIA
Ponto de cruzamento entre os Eixos Rodoviário e Monumental, a plataforma é o centro de Brasília
Escadas rolantes: um dos gargalos do terminal NOVACAP
SHOPPING - “Nós pensamos num projeto de PPP (Parceria Público-Privada) para a rodoviária. Queremos transformá-la em um grande shopping no centro da cidade, onde as pessoas tenham realmente acessibilidade e condições de manutenção. É importante lembrar que as rodoviárias que funcionam bem no mundo todo são geridas pela iniciativa privada”, disse Ibaneis. Atualmente, a plataforma superior da rodoviária está em obras, que são realizadas pela Novacap. Mas o processo de privatização será coordenado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade. As melhorias a serem implementadas e o cronograma de obras serão definidos
no estudo a ser encomendado. Após a conclusão, seleção e aprovação da análise, as informações serão apresentadas à população em audiência pública. Entre outras exigências, os concorrentes deverão demonstrar experiência na realização de projetos, levantamentos, investigações e estudos para parcerias nas modalidades de concessão administrativa. Os interessados deverão entregar requerimentos no Protocolo na sede da Semob, na Rodoferroviária, em dias úteis, das 8h às 12h e das 13h às 18h, no qual deve apresentar informações, como razão social, CNPJ, endereços da empresa (físico e eletrônico), número de telefones e nome do representante legal.
A mais recente intervenção, em curso, é o reforço da plataforma superior: risco de desabamento
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
Andar com fé eu vou
C
aetano Veloso, em sua canção “Alegria, Alegria”, recomendava caminhar contra o vento. Geraldo Vandré, nos versos da icônica “Caminhando e Cantando”, mandava caminhar, cantar e seguir a canção. Já Gilberto Gil, apelou ao Além em “Andar com Fé”, e decretou: “a fé não costuma falhar”. Para quem mora em Brasília, seguir o conselho de Caetano e Vandré é uma tarefa difícil desde os primórdios da nova capital. A cidade de avenidas largas foi projetada com o conceito de que o ser humano por aqui deve ser dotado de cabeça, tronco e rodas. E essa ideia se fortalece. Historicamente esquecidos, pedestres e cadeirantes têm muitas dificuldades de locomoção devido à falta de calçadas e até de sinalização adequada de ruas e faixas de travessia nas pistas. As condições para quem anda a pé
ou em cadeiras de rodas em Brasília chegam a ser degradantes, segundo o estudo Campanha Calçadas do Brasil 2019, realizado pela Mobilize Brasil. A cidade ganhou nota 6,25, quando, pelos critérios do estudo, o mínimo aceitável seria 8. Ou seja, Brasília foi reprovada no quesito acessibilidade. O levantamento só focou o Plano Piloto. MOBILIDADE – O estudo confirma o que o brasiliense já sabe há muitos anos: a capital nunca teve uma política de mobilidade urbana que dê a pedestres e ciclistas boas condições para exercer seu direito de ir e vir. No governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), tornou-se pública a briga entre o GDF e a comunidade para que as obras do Trevo de Triagem Norte contemplassem ciclovias e calçadas para pedestres. Mas os projetos originais só pensaram nos carros. Assim também são os viadutos erguidos sobre a Epia nas obras do
BRT-Sul na gestão de Agnelo Queiroz (PT). Não existe, ali, a tradicional calçada lateral. PROBLEMA RECORRENTE - Caberia também à Câmara Legislativa apoiar, com emendas ao orçamento, melhorias das calçadas da cidade. Talvez, por isso mesmo, o brasiliense seja, no Brasil, aquele que menos caminha ou pedala no trajeto casa-trabalho ou casa escola. Os dados são da pesquisa “Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil”, de Thiago Hérick de Sá e Rafael Henrique Moraes Pereira, publicada, em 2016, na Revista de Saúde Pública, editada pela Universidade de São Paulo. O pedestre é um ser esquecido em todo o Brasil. Nenhuma capital brasileira apresentou estrutura em condições dignas para que o brasileiro circule a pé.
Responsabilidade de todos É bom que se diga que a responsabilidade de corrigir tal situação não é só das autoridades governamentais. Todo proprietário de imóvel, seja ele comercial ou residencial, é responsável pela instalação e conservação do passeio público à frente do seu imóvel. E estes devem seguir normas técnicas definidas pelas prefeituras. Cabe a estas – no caso de Brasília, o GDF – fiscalizar a obediência da lei. Também é de responsabilidade das autoridades, em especial do Detran e do Batalhão de Trânsito, coibir o estacionamento irregular de veículos sobre calçadas e
jardins. Contudo, em especial no centro das cidades, incluindo Brasília, é o contribuinte sendo obrigado a custear a recuperação dos pavimentos, e de sua própria saúde, devido a frequentes quedas e tropeços nas calçadas esburacadas e quebradas pelos carros que transitam e estacionam sobre elas. ILUMINAÇÃO - Outro ponto a destacar, na visão de Uirá Lourenço, um dos pesquisadores que atuou em Brasília, é a iluminação precária ou inexistente que leva à insegurança e reduz o uso do passeios à noite e nos fins de
semana. “Nós avaliamos a calçada próxima ao Conic num domingo. Havia usuários de droga. Ficamos com receio até de usar a câmera para fazer os registros”. Apesar de ter um grande movimento de pedestres que precisam transpor o Eixão, as condições das passagens subterrâneas são ruins. A via com menor nota (1,03) no Plano Piloto foi a S3, entre os Setores Comercial e de Autarquias Sul, ficando entre as dez piores do Brasil. Junto com ela, se destacam negativamente os passeios públicos da W-3 Norte (nota 2,13), e do Setor de Rádio e TV Sul (2,3).
Brasília Capital n Cidades n 9 n Brasília, 28 de setembro a 4 de outubro de 2019 - bsbcapital.com.br CHICO SANT’ANNA
Superquadras têm condições adequadas
No Setor de Rádio e TV Sul, passeio público vira estacionamento e é destruído UIRÁ LOURENÇO
Em frente ao Planalto, bloqueios na calçada obrigam pedestres a caminhar pela rua UIRÁ LOURENÇO
Na Rodoviária, faltam rampas de acesso para cadeirantes
No estudo, foram avaliadas as condições das calçadas, da sinalização para pedestres, o conforto e a segurança para quem caminha. Em Brasília, duas equipes realizaram as avaliações de caminhabilidade: o miolo das superquadras, de um lado, e, de outro, os espaços institucionais - Esplanada dos Ministérios, Praça do Buriti, Rodoviária -, passagens subterrâneas do Eixão, W-3, dentre outros. O resultado das superquadras foi melhor. As condições para o caminhar no interior delas foram consideradas razoavelmente adequadas, graças ao trânsito mais ameno e à cultura brasiliense de ceder passagem aos pedestres nas faixas de travessia. Os problemas se tornam mais graves nos espaços institucionais. Calçadas destruídas ou inexistentes, acesso precário às paradas de ônibus e largas avenidas sem faixas de travessia ou semáforos de pedestres. Na Esplanada, chamou a atenção o contraste entre a arquitetura moderna e as calçadas inacessíveis, sem rampas ou piso tátil. “Na frente do Palácio do Planalto, flagramos pessoas caminhando na rua, entre carros em alta velocidade, em razão do bloqueio instalado sobre a calçada”, destaca Uirá Lourenço. Segundo o pesquisador, “Brasília ainda precisa melhorar muito em acessibilidade”. O levantamento mostra que quem precisa caminhar encontra cal-
çadas estreitas, buracos, degraus, postes pelo caminho, faixas de travessia apagadas, ambientes agressivos e poluídos e nenhum local para descanso. Esse tipo de problema se mostra também no entorno de escolas, hospitais e centros de saúde, que deveriam contar com uma atenção diferenciada. O Setor Hospitalar Sul, e a nova área de clínicas na W-5 Sul, próxima ao cemitério, são exemplos dessa realidade. São locais onde circulam idosos, cadeirantes, idosas, crianças ou pessoas com a saúde debilitada e que encontram calçadas com buracos, escadas íngremes, falta de passeio público e de rampas. Ali, quem tem a preferência é o carro. BONS EXEMPLOS - O levantamento constatou vários pontos de boa acessibilidade, como algumas quadras residenciais, o Parque da Cidade e o espaço Renato Russo, onde as calçadas foram reformadas e estão em ótimas condições. A calçada da 602 Sul, que serve à Escola de Música, ficou em quarto lugar dentre as melhores do País: nota 9,13 (a escala vai até 10). O Parque da Cidade recebeu 9,07 e a Escola Classe da 415 Norte (8,83).Brasília perdeu pontos em coisas de fáceis resolução e muitas sob responsabilidade do Detran, como sinalização e semáforos para pedestres, ausência ou necessidade de revitalização de faixas de travessia, e falta de mapas e placas de orientação.
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VIA
Satélites Por Lorrane Oliveira
nÁGUAS CLARAS AGÊNCIA BRASÍLIA
José Humberto Pires: “Obra necessária”
Balão da Unieuro ganha faixa adicional O trecho do balão que passa em frente ao Centro Universitário Euro-Americano (Unieuro), na entrada da cidade, ganhou uma faixa adicional. A entrega da obra foi feita quinta-feira (26) pelo secretário de Governo, José Humberto Pires, representando o governador Ibaneis Rocha, e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Fauzi Nacfur Júnior. A obra estava parada há 4 anos e foi executada numa parceria entre a Unieuro e a Administração Regional de Águas Claras. Foram pavimentados 600 metros de pista, 380 metros de ciclovia, 450 metros de calçada e meios-fios. O diretor-geral do DER explicou que cerca de 50 mil veículos passam pelo local diariamente, que é um dos pontos que mais geram engarrafamentos na cidade. “Não vivemos só de grandes obras, mas também das obras necessárias para a população”, destacou José Humberto. “Águas Claras é uma cidade que cresceu muito acima do planejado e começa a ter um conflito entre os motoristas que trafegam pelo balão e aqueles que saem da cidade. Essa obra vai amenizar o problema”.
Aberto cadastramento de entidades na Codhab A partir de segunda-feira (30), a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) abrirá inscrições para cadastramento/recadastramento de entidades interessadas em participar do programa programa habitacional do DF para o próximo triênio (2019-2022). As inscrições se encerram dia 30 de outubro. O objetivo é dar
nTAGUATINGA
nDISTRITO FEDERAL
Juntos pelo WhatsApp
Novacap retira 3.950 elefantes de bueiros
No fim do ano passado, moradores e empresários criaram um grupo de WhatsApp para denunciar irregularidades e cobrar dos órgãos públicos, especialmente a Administração Regional, melhorias para a cidade. Batizado de “Juntos por Taguatinga”, o grupo encaminha suas demandas por meio de ofícios e cobra respostas. Já foram protocoladas 38 demandas, que vão desde a solicitação para retomada das obras do viaduto central, passando pela retirada de lixo de feiras até a reforma de praças. Um dos administradores do grupo, que reúne mais de 120 pessoas, o policial civil aposentado José Luiz Ravena explica como funciona o trabalho. “O morador, empresário ou qualquer pessoa interessada faz a denúncia, sugestão ou solicitação para os númerso (61) 98415-5244 ou 99859-2681, enviando fotos, vídeo ou áudio. Nós apuramos e encaminhamos aos órgãos competentes”. A maior parte das demandas é enviada à Administração. Mas já apareceram casos em que foram acionados o Ministério Público, a Novacap,
José Luiz Ravena: Demandas da comunidade
a Defesa Civil ou as Policias Civil e Militar. Geralmente, a denúncia torna-se um vídeo que é compartilhado nas redes sociais. “Nosso interesse é melhorar a vida da comunidade. Porém, muitas vezes, esbarramos no excesso de burocracia dos órgãos públicos. Para se ter uma ideia, das 38 solicitações enviadas, apenas sete foram atendidas, seis foram parcialmente respondidas (mas sem solução), e as demais 25 não foram respondidas”, contabiliza Ravena.
Faixas revitalizadas O Detran revitalizou 167 faixas de pedestres, no sábado (21) e no domingo, e retoma os serviços neste fim de semana. A meta é revitalizar 360 faixas no Plano Piloto, nas cidades-satélites de Planaltina, Núcleo Bandeirante, Taguatinga e Ceilândia. Foram montadas equipes para os turnos diurno e noturno e a prioridade é reforçar as travessias próximas a escolas, hospitais, terminais rodoviários e locais de grande movimentação de pessoas. Segundo
o Detran, em breve serão adquiridos equipamentos para lavar as faixas, o que reduzirá os custos do serviço. DER – Na sexta-feira (20), o Departamento de Estradas de Rodagens (DER-DF) também iniciou a renovação da pintura das 38 faixas do Pistão Sul de Taguatinga (DF-001) e a recuperação das faixas de rolamento. Depois será a vez das 26 passagens de pedestres do Pistão Norte.
A Novacap retirou cerca de 23,7 mil toneladas de lixo de 95.720 bueiros das 33 regiões administrativas do Distrito Federal de janeiro a agosto deste ano. O volume de lixo equivale ao peso de 3.950 elefantes adultos ou de 132 baleias-azuis, o maior mamífero do mundo. Para realizar os serviços, foram carregados cerca de 1,2 mil caminhões trucados, com capacidade de transportar até 20 toneladas. Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o volume retirado das bocas de lobo é maior que todo o lixo (residencial e varrição) recolhido em Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Riacho Fundo I, regiões administrativas que, juntas, produzem cerca de 20,4 mil toneladas/ mês de material a descartar.
Estado digital Brasília sediou de quarta (25) a sexta-feira (27) o 47º Seminário de TIC para Gestão Pública com o tema “O Brasil construindo o Estado digital”, uma iniciativa da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação, que congrega as empresas estaduais do setor do País. O Secop 2019 premiou as melhores iniciativas de governo eletrônico (e-GOV). O DF foi contemplado com o prêmio INSS Digital – Uma Nova Forma de Atender; e Sinaflor, Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais.
Brasília Capital n Cidades/Geral n 11 n Brasília, 28 de setembro a 4 de outubro de 2019 - bsbcapital.com.br
oportunidade para que seja realizado o credenciamento e habilitação de entidades da sociedade civil, que possuam como uma de suas finalidades institucionais o fomento habitacional a seus associados/cooperados, com vistas à celebração de convênios com a Codhab, buscando à atender as convocações/concorrências públicas para implantação de projetos habitacionais em áreas de interesse social no DF. Informações: Gerência de Cadastramento e Habitação, com Joel Lacerda: 61-3214-1891.
AGÊNCIA BRASÍLIA
Ao lado de aliados, Ibaneis batiza de Joaquim Roriz o Trevo de Triagem Norte: obra está 90% concluída
nSOBRADINHO/PLANALTINA
Complexo viário ganha mais uma etapa O governador Ibaneis Rocha liberou, sexta-feira (27), mais uma etapa do Complexo Viário Saída Norte, batizado de Joaquim Roriz. A solenidade teve início com uma Missa em homenagem ao ex-governador, falecido em 27 de setembro do ano passado. “Sabemos a dificuldade da população que vive nessa região, onde ocorrem engarrafamentos e acidentes diariamente. Com esta obra, a gente traz
segurança e melhora a mobilidade dessas pessoas”, disse Ibaneis. A nova pista tem três faixas no sentido Colorado-Granja do Torto. Com esse trecho, a obra atingiu 90% de conclusão. Até o fim do ano, serão concluídos um viaduto que liga o Eixo Norte e cruza a Estrada Parque Indústrias e Abastecimento (Epia), e o aterramento e a pavimentação do viaduto de acesso ao Taquari.
nSAMAMBAIA
Restaurante Rorizão DIVULGAÇÃO
Desde sexta-feira (27), o restaurante comunitário de Samambaia passou a se chamar Rorizão (foto). É uma homenagem do GDF, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, ao ex-governador Joaquim Roriz, fundador da cidade. A empresa gestora do restaurante vai trocar a fachada principal, sem custos para os
cofres públicos, para colocar o nome Rorizão na cor azul, usada pelo político em suas campanhas eleitorais.
ESPÍRITO
José Matos Terra – Planeta de mentes infantis A estrutura da personalidade não saiu do primeiro passo – o “eu”. O outro não existe “A quem eu comparo esta geração? A crianças brincando em folguedos”, ensinou Jesus. Passaram-se dois mil anos, e grande parte da humanidade continua com a mente infantil. Somos seres refratários à educação própria; pessoas com verniz social ou apenas com etiqueta social confundida com educação. A estrutura da personalidade não saiu do primeiro passo – o “eu”. O outro não existe. Regra geral, ele existe apenas quando atende aos interesses ou conveniências. É preciso passar do “eu” para o “você” e para o “nós”. Esta é a estrutura completa da personalidade. Sem valor a si mesmo e ao outro, a vida não tem sentido. Quem não sai do “eu” permanece com mente infantil, e isso é gerador de maldade, indiferença, ingratidão e exploração do outro. Ensinem para crianças e jovens que “a vida existe em cooperação e não em competição. O outro não é um competidor, mas uma existência complementária que nos torna mais ricos. Sem o azeite da cooperação a máquina da vida não funciona”. Até a vinda de Jesus, todos os profetas falaram de amor ao próximo. Mas
o Mestre acrescentou: “Como a ti mesmo”. Quem não se ama, não pode amar. Para se amar é preciso se conhecer, se aceitar e empenhar-se para evoluir. “Quem sou eu? Eu sou minhas reações. Se quiser saber quem sou, preciso me observar. E isso só é possível na vida de relação”, ensinou o psicólogo indiano J. Krishinamurti. Ele ainda acrescentou: “O autoconhecimento é a base da sabedoria”. Toda a maldade humana resulta do egoísmo e do orgulho. Quem não vê o próximo como companheiro de viagem mantém sua mente na infantilidade. Contam as tradições do Oriente que, na fuga de Jesus para o Egito, a família foi assaltada. Contudo, o chefe do bando vendo o bebê Jesus, encantou-se e ordenou que devolvessem os bens roubados. Trinta anos depois, Dimas, um ladrão crucificado, pede a Jesus que lembre dele no Paraíso. O Mestre afirma: “ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. O ladrão era o chefe do bando, e Jesus, por gratidão, estava recompensando-o por ter-lhe poupado a vida. Sem o azeite da cooperação e gratidão, a máquina da vida não funciona.
José Matos - Professor e palestrante
Lúcio Bernardo/Agência Brasília
A reforma das escolas públicas do DF saiu do papel.
O GDF trocou e está trocando as instalações elétricas e hidráulicas, renovando a pintura, recuperando os banheiros e mudando os forros, telhados e caixas-d’água. Até agora, 509 escolas já foram reformadas. O GDF também comprou e reformou centenas de carteiras. Com todas essas ações, o ambiente escolar tornou-se mais agradável para professores e alunos, que voltaram a sentir prazer em frequentar as salas de aula.
Minha escola, comparada com o que era antes, está bem melhor! Julia Corrêa
Aluna do Centro de Ensino Fundamental 405 Sul
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9532-1873
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