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Brasília, 3 a 9 de agosto de 2019
Trem regional de Ibaneis ainda não entrou nos trilhos
Página 2
Chico Sant’Anna - Páginas 6 e 7
Telma exerce o mandato, mas assessores são de Fernando Fernandes
Administradora de Taguatinga vai para Águas Claras
Pelaí - Página 3
Página 8
AGÊNCIA BRASIL
Ano VIII - 424
Bispos anglicanos repudiam postura de Bolsonaro
O procurador Deltan Dallagnol coordenou com mão de ferro a Lava Jato em Curitiba, mas, de acordo com revelações do The Intercept, extrapolou ao buscar informações sobre ministros do STF
Deltan perseguiu Toffoli Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tentou investigar o presidente do Supremo e a mulher dele, com a ajuda de um assessor do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot Pelaí - Página 3
Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 3 a 9 de agosto de 2019 - bsbcapital.com.br
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x p e d i e n t e
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PF apura participação de estrangeiro na morte do cacique O cacique Emira Waiãpi, 62 anos, pode ter sido assassinado por um estrangeiro a mando de garimpeiros que querem explortar as riquezas das terras dos índios Waiãpi, no município de Pedra Branca do Amapari, 300 quilômetros a oeste de Macapá. O crime ocorreu no dia 23 de julho e, no primeiro momento, a própria PF descartou a participação de garimpeiros. Porém, apurações concluídas na quarta-feira (31) apontam para a possibilidade de um estrangeiro ter invadido a reserva para executar o cacique.
A PF e o Ministério Público Federal estão à frente das investigações porque os índios são considerados patrimônio do Brasil, e qualquer crime contra um deles é de responsabilidade dos órgãos federais. A nova linha de trabalho dos agentes destacados para acompanhar o caso no Amapá surgiu a partir da constatação de que a tribo aparenta estar desnorteada com a perda do chefe da aldeia. “Ninguém mata um cacique por acaso, principalmente quando se
trata de uma tribo isolada, como é o caso dos Waiãpi”, disse um policial federal ao Brasília Capital. Segundo a fonte da reportagem, ao encomendar a morte do líder os garimpeiros deixaram o grupo acéfalo, o que pode, no futuro, facilitar a ocupação e exploração da reserva. Mas o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos primeiros a denunciar o assassinato do cacique, gravou vídeo para as redes sociais garantindo. “apesar do crime, os Waiãpi não ficarão desguarnecidos”.
Bispos anglicanos repudiam postura de Bolsonaro A Câmara Episcopal da Igreja Anglicana do Brasil publicou nota, quarta-feira (30) repudiando as declarações de Jair Bolsonaro sobre o assassinato do líder indígena Emira Waiãpi, no Amapá. O texto, assinado por 14 bispos, também considera “seriamente preocupante” a afirmação do presidente da República contra o presidente da OAB, dizendo que um dia explicaria a ele como o seu pai, Fernando Santa Cruz de Oliveira, desapareceu nos porões da ditadura militar de 1964. A seguir, a íntegra da nota: “Há algum tempo, temos assistido ao desmonte de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários que têm trazido imensos prejuízos, especialmente às pessoas mais vulneráveis em nosso País. Isso, por si só, já tem sido objeto de preocupação pastoral de nossa Igreja, e temos afirmado isso em diversos posicionamentos pastorais na qualidade de Câmara Episcopal da Igreja Anglicana do Brasil. “Há, no entanto, fatos novos, e ainda mais preocupantes, que nos chamam a atenção por seu caráter perverso, insano até, de se estimular, a partir da política oficial de órgãos governamentais, e do próprio presidente da República, a violação do direito à vida, ao meio ambiente e à dignidade intrínseca das pessoas. O assassinato da liderança indígena Emira Waiãpi por ocasião de uma invasão armada à sua aldeia, devido aos interesses de garimpeiros de explorar a área, mostra bem que este
governo patrocina, por omissão e ação, um projeto de morte. “As pessoas não são prioridade. A prioridade é o lucro, e quem se opuser a este projeto será eliminado, não interessa se sejam defensores de direitos humanos, indígenas ou quilombolas. O presidente ainda tem a coragem de levantar dúvidas sobre a autoria do assassinato, inclusive antes que as investigações apontem os responsáveis. E tenta criminalizar os movimentos de defesa dos povos indígenas. “Outro fato a se considerar seriamente é a afirmação preocupante do presidente da República contra o presidente da OAB, dizendo que um dia explicaria a este como o pai dele, Fernando Santa Cruz de Oliveira, desapareceu nos porões da ditadura. E, ao fazer esta afirmação, o fez sem esboçar nenhuma empatia, nenhum respeito à familia. “Não é a primeira vez que isso é feito, mas é a primeira vez que se afirma conhecer a prática de um crime sem cumprir a sua responsabilidade de servidor público número um da Nação. Isto nos preocupa seriamente porque são atitudes publicamente assumidas por quem deveria ser guardião dos direitos e garantias individuais da Constituição. “Em nosso ministério episcopal, trabalhamos com pessoas, com seus sentimentos, esperanças e angústias. Por esta razão, manifestamos nosso repúdio a esse tipo de com-
portamento que, lamentavelmente é sublinhado por algumas lideranças religiosas que se afirmam como cristãs. Este não é o Cristo que confessamos. O Cristo que afirmamos é aquele que encarnou nossa natureza, nos amou profundamente e deu a Sua vida exatamente para que a morte não se tornasse a marca da sociedade. Nosso Deus nos convida a estar do lado das pessoas pobres e exploradas. A vida é o fundamento do reino de Deus. Qualquer regra ou prática que banalize a vida, a natureza e a dignidade de todos os seres, deve ser condenada como obra do Maligno. Conclamamos nosso povo a orar e a vigiar. A testemunhar por palavras e obras o nosso compromisso com o Reino de Deus. “Com nossas orações e bênção, Bispos Naudal Alves Gomes, Diocese Anglicana do Paraná e Primaz; Maurício Andrade, Diocese Anglicana de Brasília; Renato Raazt, Diocese Anglicana de Pelotas; Francisco de Assis da Silva , Diocese Sul-Ocidental; Humberto Maiztegui, Diocese Meridional; João Câncio Peixoto, Diocese Anglicana de Recife; Eduardo Coelho Grillo, Diocese Anglicana do Rio de Janeiro; Marinez Rosa dos Santos Bassotto, Diocese Anglicana da Amazônia; Clóvis Erly Rodrigues, Emérito; Almir dos Santos, Emérito; Celso Franco, Emérito; Jubal Pereira Neves, Emérito; Orlando Oliveira, Emérito; Filadelfo de Oliveira, Emérito; Saulo de Barros, Emérito”.
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SEM LENÇO NEM DOCUMENTO - Suplente de Fernando Fernandes (Pros), a deputada Telma Rufino (Pros) trabalha, desde o início do ano, com uma equipe predominantemente nomeada pelo titular. Indicou apenas duas secretárias e uma assessora. Os demais servidores de seu gabinete são da cota do delegado e atual administrador de Ceilândia. Rufino também não conseguiu colocação para seus aliados na estrutura do governo. Dois motivos a mantêm afastada do Buriti: responde a acusações na Justiça e apoiou Rodrigo Rollemberg (PSB) na campanha do ano passado.
Suplente de Flávio trabalha para Doria A possível nomeação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para a embaixada do Brasil em Washington (EUA) abrirá espaço para um aliado de um potencial adversário de seu pai na sucessão presidencial de 2022. O primeiro suplente de Flávio é o empresário Paulo Marinho, cuja casa, no Rio de Janeiro, serviu de quartel-general na campanha de 2018, onde foram feitas gravações do programa eleitoral do presidente. Aconteceu lá, também, a primeira reunião da equipe ministerial após a vitória nas urnas. VOTO ÚTIL - No entanto, Marinho agora caminha em direção oposta a Bolsonaro. Tornou-se presidente do PSDB no Rio e trabalha para que o governador de São Paulo, João Doria, potencial rival do presidente em 2022, seja o próximo ocupante do Palácio do Planalto. Em diversas entrevistas o empresário alega que sua ligação com Doria não representa uma traição a Bolsonaro. Primeiro porque há décadas é amigo do governador paulista, que considerava o nome ideal para presidente em 2018. Seu apoio a Bolsonaro foi um “voto útil” para derrotar o PT. E Marinho ainda acredita na promessa de Bolsonaro de que não concorrerá à reeleição. FOLHA PRESS
Marinho e Doria: amigos há decadas
Dallagnol fez ofensiva contra Toffoli NELSON JR/SCO/STF
Novos trechos de mensagens do procurador Deltan Dallagnol obtidas pelo site The Intercept Brasil e divulgados pela Folha de São Paulo na quinta-feira (1º) mostram que o procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, estimulou uma ofensiva contra o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto). O material sugere que Dallagnol recorreu à Receita Federal para levantar informações sobre o escritório de advocacia da mulher do magistrado, Roberta Rangel. DELAÇÃO - O chefe da força-tarefa começou a blitz contra Toffoli em julho de 2016, quando a empreiteira OAS negociava um acordo de colaboração com a Lava Jato em troca de benefícios penais para seus executivos. No dia 13 daquele mês, Deltan fez uma consulta aos procuradores que negociavam com a empresa, incentivando colegas em Brasília e em Curitiba a investigar o ministro, que era visto como um adversário disposto a frear o avanço da Lava Jato. EVIDÊNCIAS - Deltan buscou informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e de sua mulher e evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas com a corrupção na Petrobras. Mas ministros do STF não podem ser investigados por procuradores da primeira instância. JANOT - Deltan procurou Eduardo Pelella, chefe de gabinete do então procurador-geral, Rodrigo Janot,
para repassar informações que apontavam Toffoli como sócio de um primo num hotel no interior do Paraná. No dia seguinte, 28 de julho, o chefe da força-tarefa insistiu com o assessor de Janot. "Queria refletir em dados de inteligência para eventualmente alimentar Vcs. Sei que o competente é o PGR rs, mas talvez possa contribuir com Vcs com alguma informação, acessando umas fontes”, escreveu. ENDEREÇO - "Vc conseguiria por favor descobrir o endereço do apto do Toffoli que foi reformado?", perguntou Deltan. "Foi casa", respondeu Pelella. Dias depois informou o endereço do imóvel. O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que disse ter tratado do assunto com Toffoli e era réu na Lava Jato, afirmou a seus advogados que não havia nada de errado na reforma. Mesmo assim o caso despertou a curiosidade dos procuradores. Duas decisões de Toffoli tinham contrariado interesses da força-tarefa: ele votara para manter longe de Curitiba as investigações sobre corrupção na Eletronuclear e soltara o ex-ministro petista Paulo Bernardo, preso pela Lava Jato em São Paulo. INSISTÊNCIA - As mensagens obtidas pelo Intercept não permitem esclarecer se alguma investigação formal sobre o ministro do STF foi aberta, mas mostram que Deltan continuou insistindo no assunto mesmo depois que um vazamento que obrigou os procuradores a recuar.
Lava Jato tinha outros alvos no Judiciário Toffoli não foi o único alvo da Lava Jato na cúpula do Judiciário. Mensagens obtidas pelo Intercept mostram que Deltan usou a delação da OAS para tentar barrar a indicação do ministro do STJ, Humberto Martins, para o STF na vaga de Teori Zavascki, morto em 2017. Deltan procurou Eduardo Pelella, assessor do então procurador-geral da República, para sugerir que Rodrigo Janot (foto) alertasse o presidente Michel Temer de que era um dos alvos da delação de Léo Pinheiro. "É importante o PGR levar ao Temer a questão do Humberto Martins, que é mencinoado na OAS como recebendo propina", disse. "Deixa com 'nós'", respondeu Pelella. Deltan sugeriu-lhe que conferisse os documentos anexados pela OAS à proposta de colaboração, mas depois se lembrou de que a Lava Jato não recebera, até então, nenhum relato escrito sobre Martins. Mesmo assim, insistiu com Pelella para que avisasse Temer. OUTRO LADO – A força-tarefa afirmou que é seu dever encaminhar à PGR informações sobre autoridades com direito a foro especial no STF. E não comentou o conteúdo das mensagens obtidas pelo Intercept, que revelam iniciativas de Deltan para levantar informações sobre os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, e suas esposas. FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF
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Ibaneis vai à Câmara defender privatizações RENATO ALVES/AGÊNCIA BRASÍLIA
Mas exemplo da venda da Celg, em Goiás, pode desacelerar o processo
Na primeira sessão da Câmara Legislativa após o recesso de julho, quinta-feira (1º), quem roubou a cena foi o governador Ibaneis Rocha. Em seu pronunciamento, o emedebista reiterou a intenção de encaminhar projetos de privatização da Companhia do Metropolitano (Metrô), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb). Porém, se olhasse para o outro lado da divisa entre o Distrito Federal e Goiás, talvez Ibaneis reavaliasse seu projeto. Lá, o governador Ronaldo Caiado (DEM), com quem Ibaneis anda às turras, tem passado maus bocados com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com a empresa italiana Enel, que comprou a Companhia de Energia do Estado de Goiás (CELG). Na terça-feira (30), Caiado veio a Brasília se reuniu com o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos para discutir a privatização da CELG. Apresentou as reclamações de empresários e agropecuaristas há muito tempo reclamam do péssimo serviço prestado pela Enel, vencedora da licitação realizada no governo de Marconi Perillo (PSDB). PROTESTOS – A Enel Goiás tem sido alvo de protestos constantes e tem a pior avaliação de qualidade nos serviços prestados, segundo a Aneel. “Goiás não merece essa situação”, disse Caiado. Recentemente, o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, reclamou nas redes sociais da qualidade da companhia: "Se depender da Enel, vamos morrer no escuro e com sede". A qualidade dos serviços da companhia italiana é alvo desde fevereiro de uma CPI na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Os parlamentares a instituíram para buscar os motivos pelos quais a companhia tem um dos piores serviços no setor
GABRIELA KOROSSY
Orlando Pontes
Ibaneis avisa que privatizará empresas do GDF ainda este ano, entre elas a CEB. Mas, se observar o que Caiado tem dito, é possível que mude de ideia: “um desastre”
em todo o País. Ainda em fevereiro, representantes do setor agropecuário e comerciantes realizaram protestos na sede da Enel, em Goiânia. "Não descansaremos enquanto isto não se resolver”, disse, na ocasião, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner. “Os produtores e a sociedade em geral chegaram num ponto em que não aguentam mais a qualidade da energia distribuída em Goiás, além de pagarmos uma das maiores tarifas do Brasil”. E completou: "Goiás não merece essa situação". DESASTRE – Caiado vem cobrando melhorias no sistema de distribuição de energia elétrica em Goiás. O primeiro encontro entre o governador e o presidente da Enel, Abel Rochinha, ocorreu em janeiro. Uma foto tirada para divulgação da reunião mostra o chefe do Executivo claramente irritado sentado a uma mesa ao lado de Rochinha.
Em evento no último final de semana em Jataí, no sudoeste goiano, o governador disse aos produtores rurais que a Anel “está impedindo que as indústrias venham para nosso Estado por falta de energia”. E exemplificou: “É um desastre. Estamos implantando uma policlínica em Posse, no nordeste do Estado, uma das mais carentes de Goiás, e estou com a informação de que a Enel não tem como oferecer energia para instalar os equipamentos de exames. E só temos a Enel. Ou ela atende às nossas demandas ou é inadmissível que continue respondendo pela distribuição de energia no Estado”, frisou.
cos anteriores à privatização, com melhorias significativas nos índices de qualidade medidos pela Aneel. Desde então, o DEC (índice de duração média das interrupções de energia) e o FEC (índice de frequência média das interrupções) melhoraram 21% e 39%, respectivamente, melhores índices históricos da companhia. Como resultado desse plano de investimento, a Enel Distribuição Goiás recentemente foi premiada, pelo segundo ano consecutivo, como melhor distribuidora na categoria Evolução do Desempenho da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
OUTRO LADO – A Enel Brasil informa que não recebeu nenhuma notificação oficial do Governo Federal em relação à concessão de sua distribuidora em Goiás. Desde que assumiu o controle da distribuidora, a Enel Distribuição Goiás tem investido 3,5 vezes mais do que os níveis históri-
FIM DA LINHA – Mas a paciência de Ronaldo Caiado se esgotou. Na reunião com o diretor da Aneel, na terça-feira, o governador teria recebido sinalização do presidente da República, Jair Bolsonaro, para levar adiante um processo de reversão da privatização da CELG.
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É preciso avançar na oferta de assistência em saúde Uma avaliação justa da proposta do Programa Médicos pelo Brasil tem que ser despojada de paixões e apego a ideologias político-partidárias. A premissa básica é a universalização do acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Atenção Primária, com foco no trabalho de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), e eliminação dos vazios assistenciais – a mesma, do Mais Médicos em 2013, mas com uma série de aspectos que diferenciam as duas propostas. Independentemente da orientação política de esquerda ou de direita, a universalidade do SUS é inquestionável, está na Constituição Federal. Para nós é cláusula pétrea – o que não quer dizer que ignoramos que os interesses de mercado divergem disso. Na visão dos médicos, a proposta atual traz diversas vantagens, onde se destacam: critérios claros para escolha dos municípios participantes; ênfase nas regiões Norte e Nordeste;
estruturação da especialização em Medicina de Família e Comunidade como pré-requisito para continuidade na participação; exigência de diploma reconhecido e registro nos Conselhos Regionais de Medicina; e estabelecimento de relação formal de trabalho em lugar de bolsa de intercâmbio. Nesse aspecto, fazemos ressalva: continua existindo a necessidade da estruturação de carreira médica com contrato de trabalho estatutário, com as garantias dadas às carreiras típicas de Estado, em especial a estabilidade e segurança jurídica para a prestação de serviço público. A contratação pela CLT é um inegável avanço em relação à precariedade de vínculo do Mais Médicos, mas ainda é insuficiente. No Brasil, a contratação e alocação de profissionais nos serviços públicos de saúde, em especial nos municípios pequenos e periferias, é frequentemente condicionada e sofre pressão de interesses políticos e eleitorais. Entendemos que autonomia do médico, como estatutário, é uma blindagem
necessária e constitui maior garantia de permanência do profissional da medicina no serviço público. O Médicos pelo Brasil também aponta aspectos a serem observados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em relação à execução da política de Atenção Primária à Saúde no DF. Em primeiro lugar, é necessário corrigir a distorção causada pelo programa Converte e garantir especialização em Medicina de Família e Comunidade para quem atua na Estratégia Saúde da Família. E essas equipes precisam do suporte de núcleos dotados de especialistas para o melhor atendimento à população e equacionamento da demanda pelas unidades de emergência, seja nas UPAs ou nos hospitais. Além disso, é necessário criar incentivos para o preenchimento de postos de trabalho em locais e situações que exigem mais dos profissionais de saúde que se disponham a atuar em situação em que há maiores desafios e exigências – seja pelo
Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado
deslocamento seja pelo risco. O indispensável é que as políticas de saúde sejam verdadeiramente tratadas como Políticas de Estado e não estejam vulneráveis ao vento das conveniências eleitoreiras. A universalidade da assistência em saúde, com condições dignas de trabalho aos profissionais e qualidade no atendimento à população deve ser a meta de cada um de nós e de cada instituição na estrutura social e do Estado.
Frutas desidratadas dão dignidade a venezuelanos DIVULGAÇÃO
Orlando Pontes Cerca de 200 refugiados venezuelanos – algumas famílias completas, incluindo crianças – estão sobrevivendo em Brasília com a produção de frutas desidratadas. A iniciativa tem o apoio do Sebrae a partir de uma sugestão da da diretora-administrativa do Sindivarejista, Bernardeth Martins, CEO da loja Cirandinha, no Jardim Botânico. Ela conheceu os venezuelanos por intermédio da professora do Haniele Rodrigues, do CED São Bartolomeu, de São Sebastião, e se impressionou com o racismo, a discriminação, as dificuldades, a fome e o desemprego dos refugiados. Sensibilizada, Bernadeth procurou a diretora do Sebrae, Rose Rai-
Rose Rainha levou a estrutura do Sebrae para orientar a atividade dos refugiados venezuelanos
nha, a quem a professora Haniele apresentou um projeto de desidratação de frutas, pelo qual o grupo poderia obter uma fonte de renda.
Rainha usou a estrutura do Sebrae para orientar a produção. “Eles estavam ávidos por uma palavra de esperança. A cada dia, milhares de
pessoas saem da Venezuela abandonando seus lares, suas famílias e suas histórias para fugir da insegurança, da escassez de comida e de serviços de saúde, da falta de medicamentos e tantos outros fatores”, afirma a diretora do Sindivarejista. Rose Rainha passou a apoiar o projeto de desidratação de frutas apresentado pela professora Haniele. E explicou aos venezuelanos a necessidade de buscarem ajuda e orientação do Sebrae. “Ao acender uma chama de esperança, o Sebrae vai realizar muito além dos sonhos daqueles refugiados. Vai dar-lhes a oportunidade de resgatar o respeito próprio”, diz Bernadeth. “Essa dedicação deu a eles a dignidade que todo ser humano merece”, completa.
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
VLT: trem que não anda DIVULGAÇÃO/CBTU
Um convênio com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) vai permitir o uso compartilhado das vias férreas visando a implantação do trem regional. Não se empolgue leitor, isso é em Curitiba. A cidade que na década de 1970 implantou o BRT, planeja agora usar as linhas férreas da região metropolitana para criar linhas regionais e urbanas de trem com o uso da tecnologia do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Em Brasília, diria um mineiro, esse trem não anda. O VLT prometido por Ibaneis Rocha para rodar em fase de teste no final de janeiro, chega a agosto sem nenhuma perspectiva. Em Curitiba, serão avaliados três ramais ferroviários, atualmente usados pelo transporte de cargas. Em Brasília, a insistência ainda é o BRT, tecnologia da década de 1970. Três linhas tiveram as obras iniciadas, mas nenhuma foi concluída. A linha da EPTG foi a primeira, ainda no governo Arruda. A pista exclusiva foi implantada, mas, passados cinco governantes (Arruda, Rosso, Agnelo, Rollemberg e Ibaneis) nenhum deles se lembrou de comprar os ônibus com portas dos dois lados.
Em Curitiba, os vagões da CBTU vão compartilhar os trilhos do transporte de carga para implantar o trem regional
Um BRT pra cada governador Em 2010, Agnelo Queiroz preferiu fazer o seu próprio BRT. Gama e Santa Maria estão interligados com o Plano Piloto, mas uma perna do BRT-Sul, que atravessa a Candangolândia, passa pela rodoviária interestadual e chega à Estação Sul do Metrô, não foi concluída, impedindo a integração Metrô-BRT. Rollemberg também quis um BRT pra chamar de seu, e deu início à linha Norte. Passados três anos, o Trevo
de Triagem Norte - a um custo de quase R$ 200 milhões -, ainda está em execução e faltam muitas obras para que o BRT chegue a Sobradinho e Planaltina. A solução rodoviarista escolhida por Rollemberg custaria, há três anos, R$ 996 milhões, valor que não incluía a aquisição dos ônibus do BRT que irão trafegar nessa linha. Atenção gestores! Não se esqueçam dos ônibus! Nesse meio tempo em que nada andou, quem ficou efe-
tivamente parado foi o metrô, o VLT e o trem regional para o Entorno Sul. Há quase uma década, a linha atual do metrô já poderia estar chegando ao Setor O da Ceilândia, à Expansão de Samambaia e ao Hran, na Asa Norte. Os recursos foram liberados no governo Lula ao governador Arruda e depois disponibilizados novamente pelos sucessivos governos. Mas todos os governadores citados acima perderam as oportunidades de contar
com verbas federais para tocar as obras. Perderam também cerca de R$ 250 milhões (valores da época) para a implantação da primeira etapa do VLT ligando o Aeroporto a Asa Sul e fazendo integração com o metrô. A Capital Federal perdeu, desde 2009, a injeção de pelo menos R$ 1,2 bilhão para implantar um serviço de mobilidade urbana de qualidade e, de carona, reduzir o desemprego no DF, que não para de crescer.
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CHICO SANT’ANNA
Estação do BRT na Candangolândia abandonada: superfaturamento
Dinheiro de metrô para ônibus O prejuízo ainda foi maior, pois Agnelo preferiu usar o dinheiro destinado para construir a linha 2 do metrô, ligando Gama à antiga rodoferroviária, para implementar o BRT-Sul, que rendeu R$ 208 milhões em superfaturamento dos preços, como já demonstraram investigações da Polícia Federal.
Os moradores do Gama e de Santa Maria ficaram sem sua linha de metrô e padecem até hoje com um precário sistema de BRT. Os recursos superfaturados do BRT-Sul seriam suficientes para ligar de VLT o aeroporto à estação Sul do metrô, no Setor Policial Sul, ou fazer o metrô chegar até a Asa Norte.
Trem regional: solução para o Entorno A alternativa para quem mora no Gama e em Santa Maria seria a adaptação da linha férrea do trem Bandeirante – entre Luziânia e Plano Piloto – em um trem regional. Assim como Curitiba pretende fazer. Em 2014, estudo da Sudeco estimou essa adaptação em R$ 260 milhões, um terço do que se gastou no BRT-Sul. Uma composição do trem do Entorno seria capaz de transportar o que dez ônibus articulados transportam. Sem falar na quantidade de pessoas que deixariam em casa seus carros. No Entorno Sul vivem mais de 500 mil pessoas e a grande maioria depende do DF para estudar e trabalhar. Mas esse trem também não anda. Sabe-se lá que interesses econômicos estão por trás dessa paralisia. Serão as empresas de ôni-
bus, que não querem perder passageiros? As concessionárias de automóveis? Postos de Gasolina? As empreiteiras que compraram muitas projeções em cidades-satélites e que veriam seus investimentos reduzirem com a potencialização de moradias no Entorno? As brigas de vaidade política entre governantes goianos e candangos? O certo é que o apito do trem só soa quando leva e traz mercadorias para o DF, e o trem regional – sem falar no Expresso Pequi até Goiânia – não sai do papel pelo menos até finais de 2020, pois nenhum centavo foi alocado na Lei de Diretrizes Orçamentárias do DF com esse propósito. Se houvesse vontade política, pelo menos algum trocado teria sido previsto no orçamento de 2020.
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José Matos Gratidão – Família não é por acaso “Na reencarnação ninguém erra de endereço” Há um governo oculto do mundo, e os senhores do carma norteiam a sua vida. Você não nasceu por acaso, mas por uma causa. Você não foi parar no lar que lhe acolheu por acaso, e sim porque era o mais adequado às suas necessidades nesta vida, de acordo com sua capacidade e merecimento. Como ensinou Chico Xavier, “na reencarnação ninguém erra de endereço”. Inúmeras pessoas viram seus filhos antes do nascimento. A psicó-
loga americana Hellen Van Bach, autora do livro “Vida antes da vida”, regrediu no tempo centenas de pessoas até antes do nascimento, e elas confirmaram que viriam dentro de uma programação existencial. Waldo Vieira, fundador da Projeciologia, foi um dos que viu o filho antes do nascimento, preparando-se pra vir e atuar na área de eletrônica, o que se confirmou na idade madura. Nicodemos, questionando Jesus so-
encarnação, uma programação num país ou numa cidade, de acordo com a necessidade do momento. Algumas vezes, há necessidade de se nascer num lugar para aplicar a bagagem adquirida noutra ou noutras terras. Faça sua casa sobre a rocha, como ensinou Jesus: vontade, solidariedade e sinceridade nas relações. Complete-a com os sentimentos de utilidade, dignidade e gratidão. Viva em paz, parta em paz. E escute Confúcio: “Seja natural, não vá para os extremos e ame. Quando você nasceu, todos sorriam e só você chorava. Viva de tal modo que, ao partir, todos chorem e só você sorria”. Com Chico Xavier, a grande lição: “sou feliz. Fiz todos os meus deveres de casa”.
José Matos Professor e palestrante
ANTÔNIO SABINO/BSB CAPITAL
ESPÍRITO
bre o que deveria fazer para ganhar o Reino de Deus, este respondeu-lhe: “é preciso nascer de novo”. Na mesma direção, os apóstolos questionaram Jesus sobre a importância de Elias voltar. Novamente, Jesus respondeu de forma análoga: “Elias já voltou, mas não foi reconhecido, e dele fizeram tudo o que quiseram”. Os apóstolos entenderam que Jesus falava de João Batista, reencarnação de Elias. Nascer, morrer, renascer ainda, ensinou Leon Denis. Em cada reencarnação uma série a mais na escola Terra até que cada um se equipe com amor e sabedoria, como Ensinou o mestre Emmanuel. É desta maneira que você se torna um Elohim, um Avatar, um auxiliar de Deus, semelhante à composição de uma laranja: em cada vida, um gomo, até que a laranja se complete. Os gênios e os santos são pessoas que já tiveram muitas vidas. Em potência, todos somos iguais. O silvícola de hoje é o gênio e santo de amanhã. Em cada re-
NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Quais os benefícios da cafeína para quem faz exercícios? Substância é vista como recurso ergogênico, porque melhora o desempenho em algumas modalidades O café é uma das bebidas mais populares do mundo. Seu uso, muitas vezes, está relacionado a aumentar o estado de alerta para quem está executando atividades que precisam de foco. A substância responsável por este e outros efeitos no nosso organismo é a famosa cafeína, que também é encontrada em diversas bebidas, tais como chás e outras formuladas pela indústria, chamadas energéticas, além de alguns refrigerantes. No esporte a cafeína é vista como recurso ergogênico, pois melhora o desempenho em algumas modalidades. A cafeína pode ser isolada e consumida em forma de cápsulas. Esta,
aliás, tem sido a escolha mais comum entre atletas. Além disso, alguns autores ao compararem o consumo da cafeína isolada e proveniente de bebidas energéticas contendo cafeína, verificaram que a substância consumida isoladamente foi mais eficaz. A dose de cafeína é individual, e para saber a quantidade que pode melhorar o seu rendimento, recomenda-se uma consulta com um nutricionista.
Caroline Romeiro Nutriocionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
Karolyne terá a missão de melhorar a imagem do GDF em Águas Claras
De Taguatinga para Águas Claras O governador Ibaneis Rocha (MDB) vai fazer uma troca de administradores em duas das principais cidades do DF: Karolyne Guimarães sai de Taguatinga para o lugar de Ney Robsthon, em Águas Claras. O novo administrador de Taguatinga será indicado pelo deputado distrital Agaciel Maia (PR), que apresentou o nome do empresário Francisco de Assis da Silva, o Chicão, ex-presidente do PRP e diretor da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit). A troca também agrada ao empresariado de Águas Claras. O governador tem recebido muitas reclamações contra o trabalho de Robsthon, principalmente quanto à liberação de alvarás. Já Karolyne, que é advogada, tem a confiança de Ibaneis e está cotada, inclusive, para assumir cargos mais importantes na estrutura do governo.