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TCB vai operar transporte escolar
AGÊNCIA BRASIL
Estatal de ônibus assumirá serviço gerido pela Secretaria de Educação e executado por vinte transportadores privados Ano VIII - 415
Brasília, 1º a 7 de junho de 2019
Chico Sant’Anna - Página 6
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Injusta e cruel THIAGO OLIVEIRA/BSB CAPITAL - VETORES/FREEPIK
Proposta do governo Bolsonaro penaliza 35 milhões de brasileiros pobres e protege 750 mil ricos Entidades representativas do Fisco federal e estadual apresentam alternativa ao texto da reforma previdenciária defendido pelo Palácio do Planalto. Em vez de cortar benefícios das classes mais baixas e direitos de trabalhadores rurais e do setor privado, um aumento de 5% na alíquota do Imposto de Renda de quem ganha mais de 40 salários mínimos elevaria a arrecadação em R$ 1,570 trilhão em 10 anos, R$ 400 bi a mais do que a Nova Previdência. Páginas 4 e 5 e Editorial - pág 2
Um tapinha não dói Moral da elite branca é diferente da do restante do povo brasileiro Pelaí - Página 3
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x p e d i e n t e
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Caímos dos drones caça-mosquitos nas tendas da dengue
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m quatro meses fomos do uso da tecnologia de drones para “caçar” Aedes aegypti, o mosquito da dengue, ao tratamento de pacientes em tendas no meio da rua. Um motorista de aplicativo, puxando conversa com um funcionário do Sindicato dos Médicos no começo desta semana, revela qual é a percepção da população sobre o desempenho da Secretaria de Saúde do DF no combate à dengue: “Usar tenda para atender paciente de dengue na capital da República é uma vergonha”, O aumento exponencial dos casos de dengue é um fenômeno nacional, não é exclusivo do Distrito Federal. Mas por que aqui os pacientes estão sendo atendidos no meio da rua e não nas unidades de saúde? E por que criar uma estrutura emergencial somente no fim do período que se considera de maior transmissão da doença? Tanto o drone caçador de focos de mosquitos quanto as tendas (recurso que o governo anterior também usou) não são muito mais do que factóides – coisa para inglês
ver. Desde o começo do ano, o número de casos de dengue tem subido de maneira alarmante – dobrou entre a última semana de janeiro para a terceira semana de fevereiro. Em março já se notava a aceleração na disseminação da doença, em um prazo de duas semanas dobrou novamente o número de vítimas. De lá para cá, as unidades básicas de saúde, nossos antigos postos de saúde, ficaram sem reagentes para exames, ficaram sem soro para hidratação dos pacientes e não receberam nenhum tipo de reforço para atuar no surto (segundo o secretário de Saúde) ou epidemia (segundo o Ministério da Saúde). Pelo contrário, as unidades de saúde tiveram de abrir mão da carga horária de profissionais – já insuficiente nas UBS e nas emergências – para cedê-los às tendas. Se os pacientes fossem devidamente atendidos nas UBS e hospitais talvez não se passasse a impressão de que “medidas emergenciais foram tomadas para combater a dengue”. Puro circo! Há anos, enfrentamos os surtos de dengue e diversos trabalhos de
Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do DF e advogado
planejamento de prevenção e combate à transmissão da doença já foram elaborados. Temos na própria página eletrônica da SES-DF um “Plano Integrado em Saúde para Prevenção, Controle e Enfrentamento da Dengue e Outras Arboviroses” vigente para 2018 e 2019. Mas, continuamos patinando ano a ano até mesmo na execução orçamentária desses programas. Enquanto isso, dezenas de milhares de pessoas sofrem com as dores da doença e o número de mortes aumenta semana após semana. Não admira que o ex-governador venha agora criticar o atual pelas redes sociais. O problema é que a disputa entre os dois não é quem faz ou fez melhor, mas quem faz pior.
EDITORIAL
Ode à injustiça social A presente edição deste Brasília Capital dedica as páginas 4 e 5 a mostrar que a famigerada reforma previdenciária defendida pelo governo Bolsonaro como panacéia para todos os males do Brasil é, na verdade, um ataque à esmagadora maioria da população. A matéria da repórter Wanúbia Lima, o artigo do advogado J.B. Pontes e o informe do Sipro-DF são categóricos em provar que o texto proposto pelo Planalto e que caminha a
passos largos para ser aprovado pelo Congresso Nacional é perverso para os cidadãos de menor poder aquisitivo. E, ao contrário da propaganda oficial, mantém os privilégios da minoria verdadeiramente rica do País. Estudo da Fenafisco e da Anfip é contundente: se em vez de insistir na urgência da reforma da Previdência o governo investisse na Reforma Tributária Solidária, faria muito mais justiça social. A economia em dez
anos com a supressão de direitos de 35 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas é R$ 400 bilhões menor do que o R$ 1,570 trilhão que se poderia arrecadar com a simples elevação de 5% do Imposto de Renda dos 750 mil brasileiros que ganham mais de 40 salários mínimos por mês. Ou seja, além de cruel e perversa, a chamada Nova Previdência se apresenta como uma verdadeira ode à inustiça social.
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Rollemberg de olho em Ibaneis - O ex-governador Rodrigo Rollemberg demonstra estar de olho na administração de Ibaneis Rocha. Nas redes sociais, dispara contra a atual gestão. “Nos quatro anos de Rollemberg, casos de dengue despencaram no DF. Com Ibaneis já são 21 mortes”, escreve. Ele lembra que “já são 18.649 casos prováveis este ano, contra 1.984 no mesmo período de 2018”.
Um tapinha não dói
Decreto de Bolsonaro esvazia o Conama
DIVULGAÇÃO
Parabéns pra você O Sindivarejista vem se reunindo com o Sindicato dos Comerciários para tratar da convenção coletiva que fixará o reajuste de 100 mil trabalhadores no DF. A última reunião foi marcada por uma homenagem do presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, à presidente do SindComerciários, Geralda Godinho, aniversariante do dia. Com direito a bolo e parabéns pra você. KLEBER SAMPAIO
Geralda: homenagem de Édson de Castro
MARCOS CORRÊA/PR
SÉRGIO LIMA/PODER 360
O deputado Célio Studart (PV-CE/foto abaixo) apresentou, quarta-feira (29), projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos de decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), publicado na véspera, que reduz de 100 para 22 o número de integrantes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Studart avalia que o Conama é de suma importância para a Política Nacional de Meio Ambiente e a decisão de Bolsonaro representa um “grande revés” para o colegiado.
Em defesa da Educação, protestos contra a falta de liberdade. Na confraternização no Alvorada, uma moral diferente da do povo
Num intervalo de 15 dias, milhões de brasileiros foram às ruas com objetivos distintos. No dia 15, em 222 cidades de 26 estados e do DF, mais de um milhão de pessoas protestaram contra os cortes (o governo chama de “contingenciamentos”) na educação. Domingo (26), cerca de 800 mil simpatizantes de Jair Bolsonaro, em 156 cidades de 26 estados e do DF, hipotecaram apoio ao presidente. Quinta-feira (30), opositores voltaram a protestar no DF e em outras 25 unidades da federação, num total de 136 cidades, contra o governo. PALANQUE - Isto mostra que o país continua dividido e o presidente eleito em outubro ainda não desceu do palanque. Chamou a atenção o perfil dos manifestantes. Nos atos pró-Bolsonaro, a presença majoritária era de homens e mulheres brancos, de classe média. Público diverso do que protestou contra o governo, formado em grande parte por estudantes, pro-
Homenagem a blogueiros DIVULGAÇÃO
Influenciadores digitais serão homenageados segunda-feira (3) pela Câmara Legislativa. A sessão solene, às 19h, foi proposta pelo deputado Hermeto (MDB/foto) em comemoração ao Dia do Blogueiro no DF, data criada pela lei nº 5.040, de 2013. Oficialmente, o Dia do Blogueiro é 7 de junho, dia nacional da Liberdade de Imprensa. Estarão presentes o secretário de Comunicação do GDF, Wellinton Morais, e o coordenador de Comunicação da CLDF, Ézio de Castro.
fessores e representantes LGBTS.
CLDF na era digital
TWITTER - Nos atos do dia 26, bolsonaristas atacaram o Congresso e o STF. Durante todo o domingo, via Twitter, o presidente da República incentivava seus seguidores, embora, publicamente, dissesse que as manifestações eram espontâneas. Na segunda (27), Bolsonaro convidou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi Alcolumbre; e do Supremo, Dias Toffolli; para um café da manhã no Alvorada. Na terça (28), o grupo se confraternizava como se nada tivesse ocorrido dois dias antes.
A Câmara Legislativa vai digitalizar a tramitação de processos e documentos na Casa. Na quarta-feira (30), o presidente Rafael Prudente assinou um acordo de cooperação técnica com o Tribunal Regional Federal para cessão de uso do Sistema Eletrônico de Informação (SEI), desenvolvido pelo TRF. A previsão é de que o processo seja concluído em seis meses, reduzindo o uso de papéis a zero na tramitação de projetos, requerimentos, atos etc. A economia prevista é de R$ 1 milhão por mês. Para o vice-presidente Delmasso (PRB/foto), “o sistema vai garantir mais transparência, redução de custos, menos burocracia e mais celeridade”.
HAMILTON SILVA
MORAL - De fato, a moral de homens brancos, da elite nacional, têm uma moral diferenciada da maioria da população brasileira. Mas de tão distantes, parecem próximos. O rápido esquecimento dos ataques sofridos remetem os comandantes dos poderes da República ao funk do MC Naldinho: “Um tapinha não dói”.
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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Fisco lança luz sobre discurso
Entidades representativas do setor propõem reforma tributária como alt Wanúbia Lima (*) Frente ao avanço da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, que trata da reforma previdenciária, entidades representativas do Fisco federal e estadual defendem a reestruturação do sistema tributário nacional como caminho para retomada do desenvolvimento econômico e redução das desigualdades de renda no Brasil, por meio da diminuição dos tributos indiretos (consumo e serviços) e aumento dos diretos (renda e patrimônio). Em amplo estudo capitaneado pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e Associação Nacional dos Au-
ditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), intitulado Reforma Tributária Solidária, especialistas em economia e tributos demonstram tecnicamente a possibilidade de quase duplicar o atual patamar de receitas da tributação de renda, patrimônio e transações financeiras dos atuais R$ 472 bilhões para R$ 830 bi, totalizando um incremento de R$ 357 bilhões aos cofres públicos. O caminho proposto pelas entidades prevê R$ 1,570 trilhão para o orçamento em 10 anos (R$ 400 bi a mais do que a Nova Previdência), por meio de uma nova tabela de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), que elevaria a tributação para apenas 750 mil contri-
buintes, que representam menos de 0,5% da população brasileira. Desses 750 mil contribuintes, 390 mil estão na faixa de renda mensal de 40 a 60 salários mínimos e seriam onerados com alíquota de 35%. Os outros 360 mil declarantes, com faixa de rendimentos superior a 60 salários mínimos mensais, seriam enquadrados em uma alíquota de 40%. Segundo o presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, as mudanças na Previdência propostas pelo Planalto irão aprofundar a desigualdade no Brasil. “O argumento do governo tem caráter fiscalista e injusto. Cerca de 75% da economia prevista pela reforma da
Reforma Solidária ganha espaço no Parlamento e na OAB. Acima, a deputada Alice Portugal diz que é um mecanismo de justiça tributária e social. No detalhe, Fenafisco e Anfip apresentam as premissas à OAB: aumento da arrecadação sem ampliar a carga tributária
Previdência em curso atacaria quem ganha até três salários mínimos. Se aprovada, serão 35 milhões de
brasileiros pobres atingidos diretamente pela PEC 06/2019”, disse. Para o presidente da
Reformas afrontam a Constituiç J. B. Pontes (*) O primeiro dever do Estado é promover o bem de todos os cidadãos. Portanto, a dignidade do ser humano deve ser o foco dos governantes. A nossa Carta Magna explicita isso no seu preâmbulo e nos primeiros artigos, em especial no 3º: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Os governantes devem atender a esses objetivos explicitados pela Constituição. Mas o governo atual age com desprezo para com esses ditames. Todas as suas ações são direcionadas para favorecer o poder econômico. As reformas, feitas por contadores e não por especialistas em políticas públicas, são direcionados para garantir o incremento do lucro do empresariado e para alcançar
um suposto equilíbrio das contas públicas, prejudicando as classes mais vulneráveis, quando, ao contrário, deveriam preservá-las. O que se argumenta são somente números e impactos positivos das reformas para o Tesouro, desconhecendo os impactos para os seres humanos empregados e os miseráveis. Os formuladores dessas reformas são robôs, sem sentimento ou preocupação com o bem-estar dos cidadãos que serão por elas atingidos. O que se espera é que o Parlamento agregue às reformas em curso a visão humana,
consubstanciada na preocupação e na defesa dos direitos sociais que a Constituição de 1988 assegurou. A criação do regime alternativo de capitalização não deveria sequer ser analisada. Caso aprovada, provocará a curto/médio prazo a extinção da Previdência Social. Já somos um país de miseráveis, com milhões de pessoas excluídas do capitalismo perverso que adotamos, sem qualquer preocupação social. E a pobreza e a miserabilidade irá aumentar drasticamente, caso as reformas propostas pelo governo
sejam aprovadas como foram formuladas. Afirmam os governistas que a reforma da Previdência é para acabar com os privilégios. E todos sabemos que no atual Regime Geral de Previdência Social – RGPS, que abriga as camadas mais vulneráveis da sociedade, não existe privilégio. No entanto, é esse regime que será mais penalizado. A tabela apresentada na Justificação da Proposta de Emenda Constitucional nº 6/2019 mostra que a economia que pretendem obter nos próximos 10 e 20 anos virá principalmente
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o do governo
lternativa à Nova Previdência ASCOM FENAFISCO
Anfip, Floriano Martins, a economia de 1,1 trilhão estimada pelo Planalto viria pelo corte de direitos de tra-
balhadores rurais e do setor privado. “A desigualdade social extrema é um dos principais fatores que restringem a eficiência econômica. Defendemos a Reforma Tributária Solidária para que pessoas de alta renda contribuam para solucionar a crise fiscal. Dessa forma, o país pode sair da crise, se desenvolver e promover a justiça fiscal”, afirmou. A visão defendida pelas entidades tem sido também respaldada por organismos globais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e Oxafam Internacional.
(*) Especial para o Brasília Capital
ção do Regime Geral de Previdência Social – RGPS. A PEC da Nova Previdência impacta, agregando receitas e despesas - sem contabilizar os impactos de medidas paralelas como a MP de combate às fraudes, o projeto de lei de revisão do estatuto dos militares e o projeto de lei de aumento da efetividade da cobrança da dívida ativa - outra grande parcela da economia, que virá do item “Assistência Fásica e Focalização do abono salarial”, que se refere a mudanças nos benefícios assistenciais pagos às pessoas de baixa renda idosas e com deficiência (R$ 182,2
bi, em 10 anos, e R$ 651,2 bi, em 20 anos). Aí estão também incluídas as economias com a extinção do 13º salário dos beneficiários de assistência social, idosos e deficientes miseráveis, bem como a restrição do abono anual do PIS, hoje pago a quem receba até 2 salários mínimos, que passará a ser pago a quem receber até um salário mínimo. Será que a reforma é mesmo para acabar com os privilégios?
(*) Consultor legislativo aposentado do Senado Federal e advogado
Querem roubar sua aposentadoria Greve geral, dia 14 de junho: trabalhadores reagem contra Bolsonaro Na terça-feira (28), todas as centrais de junho precisa ser um dia de intensa sindicais do Brasil - CUT, Conlutas, mobilização de todas as categorias para Intersindical, CSB, NCST, UGT, CTB e que a gente possa dar um basta a essa CGTB, além da Frente Brasil Popular e tentativa de reforma”, afirma Rosilene da Frente Povo Sem Medo - reuniram- Corrêa, diretora do Sinpro-DF. Ela explica que está em curso uma se numa plenária no Sindicato dos Bancários do DF e reforçaram a das mais fortes e intensas campanhas importância da greve geral do dia de desinformação já veiculada pelos 14 de junho. Analisaram a situação meios de comunicação - rádios, do país e as propostas do governo e TVs, jornais e mídias eletrônicas. A concluíram que é preciso construir o campanha repete à exaustão, por articulistas políticos de todos os meios movimento grevista. Representantes de todas as de comunicação, que há um rombo na entidades entendem que a unidade Previdência e que esse rombo tem de contra a reforma da Previdência e ser resolvido com uma reforma. “Não existe esse rombo. outros “desgovernos do presidente Jair Bolsonaro” “As pessoas Uma CPI feita no Senado no ano passado, é fundamental e que todas não conseguirão Federal, demonstra que o principal as ações dele reforçam a necessidade da greve geral atingir o direito déficit da Previdência deriva sonegação de empresas no dia 14 com participação de se aposentar da que deveriam pagar e massiva de todos os pelas regras que não repassam os valores trabalhadores do país. “Nos próximos dias, estão tentando previdenciários, e não das pensões e benefícios que são precisamos fazer uma estabelecer”. pagos aos trabalhadores”, grande mobilização e uma afirma a diretora. greve exitosa, que consiga Rosilene Corrêa Ela explica que essa dar uma resposta clara a Diretora do Sinpro-DF disputa de narrativas se todos os ataques do governo Bolsonaro. No dia 14 de junho, entidades dá em censos comuns, em verdades do campo e da cidade, do setor público sem comprovação e que no próprio e privado, do Distrito Federal e do governo não dá nenhuma informação, Entorno farão uma grande paralisação. nenhum dado concreto que justifique Iremos parar um dia inteiro para evitar a necessidade de reforma, uma vez o retrocesso de uma vida toda”, disse que os próprios cálculos e números o presidente da CUT Brasília, Rodrigo do governo estão ocultos para o conhecimento de todos. Britto. “É importante esclarecer que o A greve geral do dia 14 será em defesa da aposentadoria, contra os cortes pagamento das futuras aposentadorias na educação e por mais empregos. E não está comprometido, como dizem o envolve todas as centrais sindicais. Na governo e a mídia. Essa narrativa é uma opinião da diretoria colegiada do Sinpro- tentativa de criar um temor na sociedade, DF, a greve tem extrema importância causar um terror, um pânico, que coloca para a classe trabalhadora, que está a sociedade a aceitar um prejuízo contra mobilizada na defesa de seus direitos, a possibilidade de nenhum benefício. direitos trabalhistas e, principalmente, Mas, o que vai acontecer de fato é que as na defesa da Previdência Social e no aposentadorias não serão concedidas. As pessoas não conseguirão atingir o direito à aposentadoria. “A tentativa de reforma da direito de se aposentar pelas regras que Previdência do governo Bolsonaro estão tentando estabelecer”. significa o fim da aposentadoria. Será o fim do direito do trabalhador de gozar do benefício conquistado no século passado, de se aposentar. Por isso, o 14
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Brasília
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Por Chico Sant’Anna
TCB vai operar transporte escolar CHICO SANT’ANNA
TCU manda reduzir pedágio na BR-040
Durante muito tempo os amarelões ficaram estacionados na garagem da TCB. Após tragédia em 2013, o GDF passou a usar parte da frota
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TCB, estatal de ônibus do GDF, vai operar todo o transporte escolar da rede pública de ensino. Os ônibus amarelões entrarão em operação à medida que os contratos com transportadores privados forem vencendo. A informação exclusiva a esta coluna é do secretário de Educação, Rafael Parente. Os entendimentos já estão acontecendo com a Secretaria de Mobilidade. Não está claro ainda como a Secretaria de Educação e a TCB totalizarão os 738 veículos necessários, pois não há amarelões suficientes. A TCB tem ônibus próprios disponíveis? Novos veículos serão comprados? As respostas ainda não foram dadas. Se implementada, a medida mexerá num vespeiro que sempre teve conotações eleitorais, envolvendo cooperativas e empresas de transporte rodoviário. Em vários momentos, a contratação de transporte escolar foi motivo para barganha política.
gaestrutura de transporte. São cerca de 20 contratos com operadores privados de transporte escolar, 56.844 estudantes transportados em 738 ônibus que operam 1.657 itinerários e rodam 1.095.421 km por mês. O GDF desembolsa R$ 134 milhões por ano com esse serviço. A expectativa é de que, contratando a TCB, haja uma economia de cerca de 20% do custo atual (R$ 26 milhões). Por outro lado, será uma importante injeção de recursos numa empresa descapitalizada, pois teve suas melhores linhas – como a do Grande Circular – repassadas para a iniciativa privada. Em 2013, o DF adquiriu 138 ônibus, com apoio do programa Caminho da Escola, criado pelo governo Lula, em 2007. O GDF, então governado por José Roberto Arruda até 2010, não usou o apoio financeiro federal. Nesse ínterim, a União apoiou em todo o País a compra de mais de 12 mil ônibus escolares. Goiás ficou com 60 veículos e Brasília com nenhum.
MEGAESTRUTURA – Atualmente, a Secretaria de Educação gere uma me-
CONVÊNIO – As compras candangas passaram a acontecer apenas na ges-
tão de Agnelo Queiroz. Para 2014, aguardava-se a chegada de mais 200 ônibus, totalizando uma frota de 338 veículos. Mas, a gestão Rollemberg não efetivou as compras. O DF perdeu os repasses do FNDE-MEC e ficou sem ônibus. Durante muito tempo os amarelões ficaram ociosos, na garagem da TCB. Somente a partir de novembro de 2013, após um trágico acidente que provocou a morte da estudante Giovana Moraes de Oliveira, de seis anos de idade, a Secretaria de Educação passou a usar parte da frota. A partir de um convênio com a TCB, 32 ônibus que foram adaptados passaram a transportar alunos portadores de necessidades especiais. Os veículos contavam, além do motorista, com monitor abordo. Rollemberg rompeu o convênio com a TCB e os ônibus públicos foram entregues a empresas e cooperativas privadas, que passaram a operá-los de forma terceirizada para o governo. A TCB ainda hoje cobra da Secretaria de Educação pagamentos pelos serviços prestados e não quitados.
O Tribunal de Contas da União considerou irregular o aumento do pedágio cobrado pela Via 040, que explora a BR040 (DF, GO e MG). De acordo com o TCU, a Agência Nacional de Transportes Terrestres não apresentou fundamentação técnica que justifique a majoração da tarifa. Além disso, o cálculo apresentado pela ANTT não fornece estimativa correta dos custos de investimentos feitos pela Via 040. Vários trechos que deveriam ter sido duplicados, ainda não o foram. O TCU determinou a supressão da tarifa básica de pedágio dos valores referentes aos custos de investimentos em retornos ainda não implantados. A Via 040, do grupo Invepar Rodovias, é responsável pela gestão do trecho de 936,8 quilômetros entre Brasília e Juiz de Fora (MG). Hoje, quem viaja de carro de passeio até Juiz de Fora enfrenta 11 praças de pedágio e desembolsa R$ 5,30 em cada uma, totalizando 58,30 em todo o trajeto. De Juiz de Fora até o Rio de Janeiro a exploração da rodovia é da Concer. O pedágio para veículos leves nesse trecho foi reduzido em 2018 de R$ 12,40 para R$ 10,80. A medida da ANTT teve como justificativa a não execução de algumas melhorias na rodovia, tais como a implantação do sistema de wi-fi.
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ESPÍRITO
José Matos Osho comenta sobre a vida e o viver “Se sua vida não é feliz, saiba que você está vivendo de maneira errada” O filósofo indiano Osho sempre deu importância à vida e ao viver. Vejamos: “A vida não é um castigo: é tão valiosa que só pode ser vista como uma recompensa. Você devia estar grato à existência por ter sido escolhido para respirar, amar, cantar e dançar. Seja comum. Seja simples. Não há necessidade de ser importante; a única necessidade é ser real. Ser real é existencial; ser
importante é viagem do ego. “Leva tempo para você perceber que felicidade e infelicidade dependem de você porque é muito confortável para o ego achar que os outros estão fazendo você infeliz. Se sua vida não é feliz, saiba que você está vivendo de maneira errada. “O sofrimento é o critério de se estar errado e, a felicidade, é o critério de se estar certo. Ser feliz não significa que tudo
NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro O nutricionista nas redes sociais É vedado exposição sensacionalista e propaganda enganosa, como fotos de “antes e depois” de pacientes O Código de Ética e Conduta do Nutricionista no Brasil foi amplamente discutido por profissionais de todos os conselhos regionais, federal, e teve consulta pública sobre os itens
que estavam sendo atualizados. Todos os nutricionistas do País, ao longo de quatro anos, puderam contribuir para a construção do novo código de ética da categoria.
está perfeito; significa que você decidiu olhar além das imperfeições. Se o seu dia de hoje for uma bela experiência, uma benção, desse hoje brotará um bom amanhã. “Em si, a vida é neutra. Nós a fazemos bela ou feia. A vida é a energia que trazemos a ela. Não tente achar um atalho porque não há atalhos. O mundo é uma luta; é árduo; é uma tarefa penosa, mas é assim que se chega ao topo. A paz começa quando você deixa de criar expectativas sobre o que você não controla. Chamo a isso de maturidade. Imaturidade é ficar vivendo nos “poderias” e nos “deverias”. “Uma vez que você abandonou as expectativas, você aprendeu a viver. Um problema desaparece quando você o aceita e, torna-se mais complexo, se você entra em conflito com ele. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria
- então ela simplesmente desaparece. “Aquilo que não gosto em ti, corrijo em mim. Se você se amar ficará surpreso: os outros também lhe amarão. A nossa tarefa não é buscar o amor, mas simplesmente achar as barreiras que construímos dentro de nós que nos impedem de permitir o amor fluir. Deixe ir embora tudo o que torna a vida pesada. Abra espaço para as oportunidades, e se dê chance de ser feliz. “A morte não é o oposto da vida. A morte é o oposto do nascimento. A vida é eterna. Uma vez entendido o sentido da gratidão, você se sentirá grato por tudo. Quanto mais gratidão, menos queixas, menos resmungos, menos infelicidade. Este é um dos segredos mais importantes a serem aprendidos e apreendidos”.
O mais interessante é que ele trouxe também condutas a serem seguidas ou não por esses profissionais. Um dos pontos mais discutidos, por ser bastante atual na profissão, é a presença dos nutricionistas nas redes sociais. Os conselhos regionais e federal entendem que o nutricionista deve usar as redes sociais como ferramenta de educação alimentar e nutricional, e como forma de divulgação dos serviços realizados pelos nutricionistas, desde que não ultrapasse limites éticos importantes. É vedado ao nutricionista realizar exposição sensacionalista e propaganda enganosa, como fotos de “antes e depois” de pacientes, bem como
vendas casadas e sorteios. Além disso, consultas virtuais não devem existir, pela complexidade que é uma avaliação nutricional completa. O que é permitido é fazer o acompanhamento com orientações desses pacientes que já passaram por consultas presenciais. A saúde brasileira não pode e não deve ser virtual. Pense nisso como cliente ou paciente! Se o seu profissional tem condutas assim, desconfie da qualidade e seriedade de seu tra-
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutriocionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
É É DEDICAÇÃO. TODO É MELHORIA. DIA. SAÚDE Mais de 22 mil cirurgias foram realizadas em apenas 125 dias. Em média, foram 178 operações por dia.
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REVITALIZAÇÃO DA W3
REVITALIZAÇÃO W3 Depois de 30 anos, as obras das Quadras 511/512 Sul foram iniciadas e já estão adiantadas. Dois dos sete trechos de estacionamento da Avenida W2 estão praticamente prontos.
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DELEGACIAS 24H
Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília.
MAIS DE 22 MIL CIRURGIAS
Foto: Lúcio Bernardo / Agência Brasília
Foto: Renato Araújo / Agência Brasília.
É TRABALHO.
FORÇA-TAREFA VICENTE PIRES
FORÇA-TAREFA EM VICENTE PIRES Nunca choveu tanto. E, com as chuvas, veio a destruição. Mas o governo agiu rapidamente, botou as máquinas na pista e as ruas estão sendo recuperadas. Além disso, mais de 60 toneladas de remoção mecanizada de lixo e 13 quilômetros de pistas niveladas.