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Governo acelera desmonte da pesquisa científica
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Entrevista Muniz Barreto
Presidente da Associação dos Servidores do CNPq denuncia demissões e cortes de bolsas de pós-graduação de ciência e tecnologia
Ano IX - 458
Página 4
Brasília, 4 a 10 de abril de 2020
RENATO ALVES/AGÊNCIA BRASÍLIA
Ibaneis: “A prioridade é salvar vidas” Governador já renovou várias vezes o decreto que determina o isolamento social no DF. Do gabinete de crise, no Buriti, não hesita em tomar decisões duras para não pôr em risco a população. “O objetivo número um é salvar vidas”, disse ao Brasília Capital.
Pelaí – Página 3 e Via Satélites – Página 10
Bolsonaro insiste no discurso de minimizar a covid-19 e fica cada vez mais isolado Página 6 e Pelaí – Página 3 MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL
Quem não apoia a Comunicação Social deve rever conceitos
Em tempos de guerra, futebol mostra seu papel social
Chico Vigilante – Página 2
Gustavo Pontes – Página 12
Malharias redirecionam produção para máscaras estilizadas Chico Sant’Anna – Página 8
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Brasília Capital n Opinião n 2 n Brasília, 4 a 10 de abril de 2020 - bsbcapital.com.br
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x p e d i e n t e
Comunicação Social é fundamental Chico Vigilante
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Em momentos de crise, como este pelo qual a humanidade passa, de luta contra um inimigo invisível, a Comunicação Social é fundamental. Na prevenção à covid-19, o combate à desinformação – potencializada pelas fake news que correm o mundo em poucos segundos pelas redes sociais – é quase tão importante quanto o imprescindível atendimento dispensado pelos profissionais da Saúde. Daí a atividade da Imprensa ser essencial. A praga atinge indistintamente ricos e pobres. Depois de devastar dezenas de milhares de vidas pela Europa, o novo coronavírus agora tem como epicentro os Estados Unidos, maior potência econômica e militar dos dias modernos. E será tão mais devastadora à medida que avançar rumo às populações mais carentes e, por consequência, menos informadas. No Brasil – e em Brasília, particularmente –, a briga pela divulgação da informação correta ganha um caráter ainda mais estratégico. O GDF está fazendo um bom traba-
lho de conscientização da população, adotando medidas inadiáveis de isolamento social e divulgando informações quanto às formas de prevenção da doença. Sempre deixando claro que o melhor remédio é ficar em casa. No entanto, na outra ponta do Eixo Monumental, o Presidente da República a toda hora desrespeita os governadores e prega a baderna. Um desserviço inominável. Um crime contra a saúde pública que, a meu ver, justificaria um pedido dos demais Poderes constituídos de afastamento dele da função. Bolsonaro, decisivamente, não está à altura do cargo que ocupa. Além de manter, a poucos metros de sua sala no Palácio do Planalto, o chamado Gabinete do Ódio, de onde sua ninhada de filhos tresloucados dissemina maldades e mentiras contra tudo e contra todos, o Capitão é useiro e vezeiro de inventar notícias falsas para espalhar na Internet. Somente esta semana, foi flagrado três vezes nesta prática mesquinha. Há poucos dias, ele resolveu passear pelas ruas de Ceilândia, Taguatinga e Sudoeste. Uma afronta às autoridades sanitárias, incluindo aí a Organização Mundial da Saúde e o próprio Ministério da Saúde brasileiro.
Portanto, para combater a tropa da desinformação capitaneada pelo Presidente da República, é fundamental a atuação de cada jornal, de cada blog, cada televisão, cada rádio. É nesses veículos que a população confia, por saber que ali estão jornalistas e profissionais comprometidos com a verdade. E não podemos esquecer que atrás de um computador, de uma câmera de TV, de um microfone, de um jornal, tem trabalhadores. São repórteres, editores, redatores, cinegrafistas, operadores que, muitas vezes, põem sua vida em perigo para nos deixar bem informados. E os veículos precisam ter condições de pagar seus salários. A Comunicação oficial não é para exaltar os governos de plantão, até porque a legislação obriga a impessoalidade da publicidade feita com dinheiro público. A Comunicação do Estado existe para informar bem a população. Por isso, ela é tão fundamental neste momento de guerra. E não pode ser computada como despesa, mas sim como investimento em prol da saúde do povo. Quem está na vida pública e não entende esse princípio básico, deveria rever seus conceitos.
Tentativa de distorcer a realidade histórica J. B. Pontes
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Algumas alas militares procuraram de todo modo fugir de “analisar o caso como o caso foi” e procuram, de modo dissimulado, mudar a realidade dos dados históricos relacionados ao período da ditadura militar. Aproveitam-se do momento político que estamos vivenciando, quando um governo de extrema direita, comandado por um insano, ou melhor, por uma família hipócrita e mentirosa, está a
lhes permitir essa desfaçatez. De fato, ao contrário do que nos querem fazer acreditar, a ditadura militar foi um “período sombrio”, que enlameou a nossa história. Não tendo argumentos sólidos para calar as vozes dissidentes, os militares passaram a adotar a violência, a tortura, a perseguição, especialmente contra os jovens que sonhavam e lutavam por uma sociedade mais justa, igualitária e solidária. Essas vozes chegam ao cúmulo de tentar relacionar o período da ditadura militar com democracia e liberdade, numa insensatez absurda. As pesquisas históricas registram o caráter violento, autoritário e prepotente que caracterizou aquele triste
período de 21 anos de nossa história. Lutar para que ele jamais se repita é dever de todo cidadão consciente. Na realidade, nós, brasileiros, não pagamos e armamos as Forças Armadas e suas auxiliares – as Polícias Militares Estaduais – para nos amedrontar, agredir e matar, mas sim para que elas nos defendam de eventuais agressões externas e nos garantam a segurança de que necessitamos para viver em harmonia. Enquanto as Forças Armadas não entenderem o seu papel em um Estado democrático de direito e continuarem a querer tutelar o poder político e as instituições, não passaremos de uma “república de bananas”.
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Alta rejeição – A reprovação ao governo Bolsonaro atingiu 42% em abril. Em março, era 36%, segundo a “Pesquisa XP com a População”, em parceria com o Ipespe. É o maior nível de “ruins ou péssimas” desde o início do mandato. A margem de erro da pesquisa é de 3,2%. A avaliação “ótimo ou bom” caiu de 30% para 28%. É a primeira vez que a taxa fica abaixo dos 30%. O levantamento teve questões sobre a pandemia do coronavírus. Aí, o presidente tem aprovação de 29%, contra 68% do ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
Jair Bolsonaro conseguiu a façanha de ser flagrado três vezes, em uma semana, postando notícias falsas na Internet. No domingo (31), após veicular vídeo do passeio que fez por Ceilândia, Taguatinga e Sudoeste, ele teve a publicação apagada de seu perfil oficial no Twitter. No dia seguinte foi a vez do Facebook e do Instagram. VIOLAÇÃO – As três redes sociais acusaram Bolsonaro de “causar danos reais às pessoas”. Um porta-voz confirmou que o Facebook e o Instagram excluíram o vídeo em que o presidente conversava com um vendedor ambulante em Taguatinga “por violar nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas".
Entrevista Ibaneis Rocha RENATO ALVES / AGÊNCIA BRASÍLIA.
Tríplice coroa fake va encerrado. Bolsonaro apagou a postagem. “PROFESSORA” – Na quinta (2), à saída do Alvorada, uma mulher que se dizia professora, e que, na verdade, é uma empresária encrencada com o Fisco desde 2018, pediu que o presidente colocasse os militares “na rua” para garantir a volta do funcionamento normal das atividades comerciais e suspendesse o isolamento social de prevenção à covid-19. DESMASCARADA – A cena foi gravada e, mais uma vez, divulgada nas redes de Bolsonaro. Porém, o internauta Luiz Carlos Limeira Neto descobriu, pelo perfil de Fátima Montenegro no Facebook, que ela é militante bolsonarista.
MALAFAIA – O Twitter também apagou sete postagens do pastor Silas Malafaia na quinta-feira (2). Ele colocava em dúvida a eficácia das quarentenas no combate ao coronavírus no Brasil e apoiava as críticas que Bolsonaro tem feito às medidas restritivas impostas pelos governadores.
FURO – Apresenta-se na rede social como “professora, patriota, conservadora”, que “ama a família, o meu País e meus amigos. Acredito em Deus, acredito em um Brasil melhor”. A descoberta foi publicada em primeira mão pelo site www.bsbcapital.com.br, deste Brasília Capital.
CEASA – Na terça-feira (1º), um bolsonarista gravou vídeo mostrando a Ceasa de Belo Horizonte completamente vazia. Reclamava das medidas do governo estadual para conter a disseminação da doença. O presidente compartilhou. Entretanto, a CBN foi ao local e mostrou o contrário. A filmagem fora feita num horário em que o expediente na Ceasa já esta-
DESCULPA – A exemplo das fake news do Gabinete do Ódio, a notícia foi replicada por vários outros veículos de comunicação e em diversas redes sociais. O site Metrópoles conseguiu entrevistar Fátima Montenegro. Ela se desculpou e se disse arrependida pelo comportamento do dia anterior e se disse ameaçada desde que apareceu no curralzinho de Bolsonaro no Alvorada.
“O objetivo número um é salvar vidas”
O
governador Ibaneis Rocha (foto) tem “dormido em cama de faquir, cheia de pregos pontudos”. A exemplo de todas as autoridades do mundo envolvidas na luta contra o novo coronavirus, sofre pressão de todos os lados. Mas, ao contrário do Presidente da República, Jair Bolsonaro, o chefe do Executivo do Distrito Federal tem ouvido as áreas técnicas antes de tomar decisões. E, mesmo preocupado com a economia local, garante que, no momento, este é um assunto secundário. “O objetivo número um é salvar vidas. A preocupação com a atividade econômica também é grande, mas vem depois”, diz ele nesta entrevista concedida ao Brasília Capital, na quarta-feira (1º), por meio de um aplicativo de mensagens.
Como tem sido conviver com tantas cobranças e ter de decidir entre a saúde da população e a sobrevivência da economia? – Minhas decisões são tomadas depois de muitos estudos para encontrar a melhor alternativa. Foi assim desde o iní-
cio, quando houve muita crítica. Mas o objetivo número um é salvar vidas. O resto pode esperar. Num momento de crise não cabe vacilo nem perda de tempo. Como é a tarefa de separar o que é palpite do que é ques-
tão técnica? – No momento, o mais importante é nos prepararmos para o auge da crise da doença, que ainda não chegou. Como contemplar as demandas da sociedade e da própria máquina governamental diante da queda de arrecadação, estimada em cerca de R$ 2 bilhões para este ano? – A preocupação com a atividade econômica também é grande, mas vem depois. Para isso, temos remédios eficientes e que já estão à disposição, como crédito e outras facilidades para os empreendedores, e um mínimo para os trabalhadores informais. O GDF já pensa numa estratégia para retomar a normalidade da cidade após a pandemia? – Isto veremos mais adiante. Haverá uma grande desaceleração e teremos de ser criativos para recuperar o crescimento no Brasil e no Distrito Federal. Este vai ser um problema mundial. Manter uma boa relação com o governo federal é fundamental para o DF. Tem sido difícil o diálogo com o presidente Bolsonaro? – A relação com o governo federal tem sido muito boa. O Ministério da Saúde tem nos atendido, assim como o Ministério da Economia. O resto nós vamos conversando.
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O que houve, justamente na semana em que começaram os casos do coronavírus no Brasil, com as bolsas de doutorado e mestrado da Capes? – No início de março, o novo presidente da Capes resolveu, sem discutir com a comunidade científica e com os fóruns de ciência e tecnologia existentes, refazer a norma de distribuição de bolsas de avaliação dos programas. A nova sistemática promove um corte violento nas bolsas de mestrado e doutorado da Capes. Todos os programas de pós-graduação e cursos estão perdendo suas bolsas. Está havendo cortes de 10% nos cursos mais bem avaliados, que são os Programas 6 e 7 de capacidade e qualidade internacional, e de mais de 50% dos cursos menos avaliados, de notas 3 e 4. A Capes já não tinha uma regra para distribuição de bolsas negociada com a comunidade acadêmica? – Sim. Mas o novo presidente da Capes não respeitou o acordo. Já havia sido costurada, com muita dificuldade, uma nova norma para redistribuição de bolsas. Havia um acordo não muito bom, mas foi negociado com o Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa das universidades. Ele foi completamente desconsiderado e, na calada da noite, de maneira surpreendente, a Capes lança uma nova sistemática de distribuição de bolsas. O corte prejudicou dezenas de universidades e centenas de pesquisas em andamento, todas importantes para o País. Pegou todo mundo de surpresa? – Há dois elementos na atitude do presidente da Capes: Primeiramente, a surpresa. Não foi conversado com ninguém. Não foi avisado nada. Não foi comunicado a ninguém da comunidade científica. Segundo, desferiu o corte de recursos financeiros. A Capes ainda não divulgou o número de bolsas canceladas ou perdidas. Mas posso garantir que são muitas. O corte é violento e significativo. Os governos Temer e Bolsonaro alegam que o Brasil vai quebrar se não houver esses cortes. A pesquisa científica é tão onerosa assim? – Não. A ciência e a tecnologia, no conjunto de gastos do Estado, representam 0,24%. Ou seja, se pe-
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Entrevista Roberto Muniz Barretto
Bolsonaro acelera desmonte da pesquisa científica Pollyanna Villarreal
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o meio da pandemia, um amigo da UnB tá em um lab [laboratório] fazendo testes pra coronavírus. Ele tem um aluno de doutorado que mudou pra lá e parou o que ia fazer pra ajudar no diagnóstico do covid-19. Acabou de descobrir que a bolsa de doutorado dele foi cortada da Capes”. Essa denúncia foi feita pelo virólogo Átila Iamariano em suas redes sociais. Dias antes, estudantes de doutorado e mestrado de Biologia da UFG, de Goiás, demonstraram, também nas rede, como seria o alcance do coronavírus no Brasil e denunciaram o corte de 10 das 12 bolsas de doutorado do curso, que tem nota máxima (7) na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O desmonte da pesquisa científica e das universidades públicas começou em 2016, no governo Temer. E piorou com Bolsonaro, ao nomear Benedito Guimarães Aguiar Neto para presidir a Capes. A primeira atitude dele foi retirar mais de 50% do investimento das pesquisas em andamento. Estarrecida, a comunidade científica brasileira e mundial reagiu com vários manifestos. Na USP (São Paulo), coordenadores de 81 programas de pós-graduação em biodiversidade divulgaram carta demonstrando a preocupação com Aguiar Neto. Defensor do criacionismo, evangélico fundamentalista, ele é presidente da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas, e desde janeiro tem a missão de “estreitar as relações” do MEC com o setor privado da educação. Nesta entrevista ao Brasília Capital, Roberto Muniz Barretto de Carvalho, analista sênior em Ciência e Tecnologia, presidente da Associação dos Servidores do CNPq e do Sindicato Nacional dos Gestores em Ciência e Tecnologia (SindGCT), explica a situação.
gar 100% do dinheiro que o governo tem no Orçamento, apenas 0,24% é utilizado para ciência e tecnologia.
Uma porção ínfima. E é dessa porção que saem bolsas, recursos para editais de pesquisa etc.
Então o que é que consome o dinheiro público brasileiro? – É a dívida pública. Uma dívida que o Congresso Nacional não faz auditoria, ninguém fala sobre ela, não esclarece. Mas ela consome quase 50% do Orçamento público nacional, a metade do dinheiro do País. A Previdência consumia só 23%. O salário dos servidores não chega perto disso. É um gasto sim, mas não é o que está acabando com o Estado brasileiro. Onde está o problema? – Com certeza não está na falta de recursos, até porque continuamos a pagar impostos. E os tributos no Brasil são pesados. O que falta é encarar o problema real: A dívida pública. O Brasil possui o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), criado nos anos 1970. Na década de 1990 ele foi reformulado com os chamados “fundos setoriais”, que são royalties ou impostos cobrados de algumas áreas em que as empresas atuam, como, por exemplo, o Fundo Setorial do Petróleo, o primeiro criado. Para cada atividade que as empresas petrolíferas fazem, elas têm de dar um percentual muito pequeno de seus lucros anuais para esse fundo. Só que essa pequena percentagem acaba sendo muito dinheiro para a ciência e a tecnologia. Quanto o FNDCT arrecadava? – A reunião dos recursos arrecadados nos fundos setoriais deveria financiar pesquisas em ciência, tecnologia e inovação. O FNDCT tinha uma arrecadação anual de mais ou menos R$ 5 bilhões por ano. Para onde ia esse dinheiro, então? – O governo federal contingenciava e ficava com parcela do dinheiro. Para se ter uma ideia do tamanho desse contingenciamento, dos R$ 5 bilhões, apenas R$ 1 bilhão era destinado, de fato, ao financiamento da ciência e tecnologia. O restante era usado para fazer superávit primário e pagamento da dívida pública. Essa dívida que ninguém sabe para onde vai o dinheiro, por que a gente continua pagando essa dívida, quem é o credor e por que temos essa dívida. Não faltam recursos. O problema é que o dinheiro que deveria estar indo para a ciência e tecnologia está sendo drenado para a dívida pública.
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Bolsonaro e a insensibilidade social Descaso do Presidente diante da gravidade da doença agrava risco da pandemia matar mais brasileiros Não tem sido fácil para humanidade enfrentar a maior pandemia dos últimos 100 anos. E para o povo brasileiro a dificuldade é em dobro. Além da doença e da fragilidade econômica do País, o novo coronavírus conta com o desdém do presidente da República, Jair Bolsonaro. O risco de disseminação da covid-19 só não é maior porque os governadores de estado optaram, sabiamente, por acreditar nos cientistas, nos médicos e nas evidências do perigo que a doença representa do que no chefe do Executivo e naqueles que, como ele, pensam primeiro no dinheiro do que na vida. Governantes de todos os outros países contaminados e a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinam o isolamento social como único remédio eficaz para barrar o avanço do vírus. Mas nas terras tupiniquins, o Presidente da República tenta, a todo custo, impedir a aplicação das medidas sanitárias. Bolsonaro tem retardado, inexplicavelmente, e até criminosamente, a execução das ações de proteção sociais aprovadas no Congresso Nacional e autorizadas pela Justiça, como a transferência de renda para as populações desassistidas ultrapassando os limites orçamentários. Com isso, obriga os desvalidos a ir para a rua em busca de comida. Pouco interessa ao Presidente o fato de o dinheiro ser público e ter como destino primordial o pagamento as despesas sociais. Desde o primeiro caso no Brasil, em fevereiro, além de minimizar a gravidade da pandemia, ele dificulta a execução do “orçamento de guerra”. Na terça-feira (31/3), após um mês de ataques às políticas de isolamento e desavenças com governadores, médicos, cientistas e políticos do mundo inteiro, Bolsonaro fez um discurso em rede nacional
MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL
de rádio e televisão. Baixou o tom. Claramente enquadrado, leu algo que não atacava o isolamento social e conclamava o povo a se precaver contra a covid-19. Tentou “vender a hidroxicloroquina como panaceia para mal, mesmo sem estudo científico que comprove. Recebeu um panelaço. A população usa esse tipo de protesto contra ocupantes indesejados do Palácio do Planalto. No dia 2/4, em frente ao Palácio da Alvorada, na mesma cena em que uma apoiadora pediu a ele “Exército na rua” para fazer o comércio funcionar, Bolsonaro se irritou com um jornalista que perguntou sobre a sanção do projeto que instituiu o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais e desempregados, aprovado pelo Congresso. GENOCIDA – Nesses últimos 30 dias, seu exército de robôs instalado no Gabinete do Ódio no Planalto tem disparado centenas de fake news e memes ofensivos. Mas nem eles têm convencido os seus seguidores, como ocorreu na campanha de 2018. “Estou envergonhada de ter votado em Bolsonaro. Me arrependi. Enquanto o mundo e as economias se dobram à necessidade de investir o dinheiro público nas áreas sociais, contra o coronavírus, ele vai aos quatro cantos dizer que se trata de uma gripezinha e que é para todos voltarem a trabalhar. Um genocida!”, exclama a servidora pública aposentada Ladir Boaventura, moradora de Águas Claras. É daí que vem o segundo problema do povo brasileiro no enfrentamento à covid-19: O comprometimento de Bolsonaro com o mercado financeiro. Além da insensibilidade para os dramas humanos, o mercado o impede de ter uma atitude solidária com quem paga impostos a todo minuto para encher os caixas do Estado. Mas não falta dinheiro para os bancos, que têm se aproveitado da crise para aumentar juros e taxas cobradas a seus clientes e receber ajuda financeira do Estado. Em março, recebeu um valor a título de ajuda que equivale a 16% do PIB brasileiro.
Apesar de enquadrado, Bolsonaro insufla descumprimento do isolamento
Na contramão do mundo, Planalto não revoga a EC 95 A Emenda Constitucional 95 está em vigor desde 2016. Ela congelou por 20 anos os investimentos do dinheiro do Estado brasileiro nas áreas sociais para poder pagar a dívida pública. Esse dinheiro é drenado para o mercado financeiro. Talvez seja o momento de usá-lo para aplacar os efeitos da pandemia. Mas, Bolsonaro, não deixará de seguir as orientações do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes. Não fala em revogar a EC 95/16 e até o fundo emergencial aprovado em regime de urgência no Congresso Nacional para socorrer pequenas e microempresas, desempregados, ambulantes etc. vítimas do coronavírus demorou dias para ser sancionado. A opinião pública está de olho. Em todos os momentos da pandemia, vê o Presidente atuando diferente dos presidentes líderes mundiais. Prima por disseminar atitudes irresponsáveis e ataca a imprensa. Afinal, é a
imprensa que tem se mantido independente e denuncia a postura dele de querer acabar com o isolamento social, de tentar autorização para permitir aos patrões não pagarem salários por 4 meses aos funcionários, além de minimizar a gravidade do vírus. Enquanto faz e fala o que quer – como os impropérios ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (ameaçado de demissão), xingamentos aos governadores, ofensas a trabalhadores –, Bolsonaro segue sua cruzada insana nas redes sociais várias. Chama de “resfriadinho” a Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2 que já matou, em 30 dias, só na Europa, 40 mil pessoas, e se aproxima do primeiro milheiro de vítimas fatais no Brasil. Tantas evidências da gravidade do momento explicam porque a aprovação de Bolsonaro despenca. Afinal, quem tem um mínimo de amor à vida tem seguido a orientação de ficar em casa.
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Refúgio para idosos precisa de cuidados especiais
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m 2019, a Secretaria Nacional da Receita Federal foi surpreendida por número recorde de declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), entregues por quase 31 milhões de contribuintes. Este ano, boa parte dos 32 milhões de contribuintes está desorientada e atordoada em meio à crise provocada pelo novo coronavírus. O Governo do Distrito Federal lançou o programa Sua Vida Vale Muito, com o objetivo de alocar, temporariamente, em hotéis parceiros, idosos que vivem em condições inadequadas para o isolamento social. É a parcela da população sob maior risco e ne-
cessita de atenção especial. Ao reunir essas pessoas nesses abrigos temporários, o GDF está assumindo uma grande responsabilidade. O elevado número de casos fatais ocorridos entre pacientes do hospital de idosos Sancta Maggionre, em São Paulo, demonstra que muito cuidado será necessário nos estabelecimentos que forem ocupados por essas pessoas. Segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), são mais de 303 mil as pessoas com mais de 60 anos no DF. Mais de 67% deles têm renda média correspondente a R$ 1.295 e mais de 14 mil vivem em residências inade-
Dicas para o teletrabalho Com a pandemia do novo coronavírus, empresas adotaram o trabalho remoto para proteger seus colaboradores. O aumento do número de pessoas trabalhando em casa fez crescer o interesse pelo assunto: No dia 19 de março, no Google Trends, que monitora buscas na Internet, o termo home office atingiu o pico de buscas no mundo todo. Companhias de tecnologia liberaram o uso gratuito de ferramentas que ajudam a gerenciar o trabalho. Entre elas: Hangouts Meet, Zoom Meetings, Webex e Microsoft Teams, para videoconferências; e Trello e WeTransfer para a organização das tarefas. A coordenadora do curso de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera de Brasília, Jac-
queline Alves, dá dicas para tornar a rotina produtiva: . Planejamento: Organizar a agenda e planejar as tarefas por ordem de prioridade. . Disciplina: Estipular horários e padrão de comportamento, como evitar trabalhar de pijamas. . Comunicação: Dar preferência às reuniões online, ligações telefônicas, utilização de aplicativos de envio de mensagens ou outras formas que aproximem as pessoas e equipes. . Ambiente: Ter um espaço específico para o trabalho, com iluminação adequada, circulação de ar; cadeira confortável, computador em altura correta e a mesa organizada e limpa. . Metas: Estipule um tempo para cada atividade e mantenha o foco. Retirando do ambiente o que puder causar distrações.
quadas para isolamento social. Segundo divulgado à imprensa pelo Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindhobar) no início do ano passado, a capital federal tem 16 mil quartos de hotel, com capacidade de abrigar até 24 mil pessoas. Alocados nos hotéis, esses idosos precisarão ser assistidos em suas necessidades e orientados – não é uma colônia de férias. As barreiras externas não são as únicas necessárias. O contato social deverá continuar sendo restringido internamente. Eles deverão receber cuidados de saúde, apoio psicológico e afetivo e orientação. Terão de adequar seus modos
Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
de vida a uma rotina diferente em um local estranho, muito diferente da sua realidade quotidiana, e longe dos seus entes queridos e amigos.
PIADAS DO CORONA Mesmo nestes tempos bicudos com a pandemia mundial do novo coronavírus, o brasileiro ainda encontra tempo para exercitar seu conhecido bom humor e fazer piada. As redes sociais são canais livres. Selecionamos algumas para você. Niedja, será que esse negócio de coronga não é o fim dos tempo, não? É que na bríbia fala que Deus não vai mais acabar o mundo com água, e sim com fogo. Então, eu acho que Deus tá sendo muito é esperto, esperando nós tudo lambuzar com arrco pra ele só vir jogar um frosfo! Pois é, Dalvino, não sei nem se abro a loja; mas acho que vou abrir... / Bruno, você já varreu a casa? / Já, já! / Já passou o pano no chão? / Já... / E as louças que tava na pia? / Já sequei e guardei! / (E chorando) ... Pois é, Dalvino, eu não sei se vou aguentar, não, esses 40 dias dentro de casa!!! Nenem, eu já tô tão sem assunto aqui com a muié que já tô pra contar pra ela as coisa errada que fiz no casamento! Rapaz, agora tem uma coisa: Quem não largá da muié nessa quarentena, o casamento é pro resto da vida; agora é teste mesmo de fogo! Tu é doido, minino! As bicha tão só enjoando!!! Eu não sei ocês, mas pra mim já deu. Desde o dia que o governo mandou a gente parar de trabalhar, pra ficar em casa, eu já arrumei a cozinha umas 50 veis. Já lavei, já cozinhei e o minino num di para comer um minuto. E limpa chão, lava banheiro; onde cê acha que tem o corona, vai lá e mete álcool. Eu não tô aguentando! Tô trabalhando 3 veis mais do que no normal lá fora. Pelo amor de Deus, achem esse corona, matem esse demónio! Eu preciso voltar a trabalhar. Isso aqui é trabalho escravo!
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Por Chico Sant’Anna
Veja e Uol enquadram Bia Kicis Deputada distribui fake news sobre novo coronavírus A deputada Bia Kicis (PSL-DF) se envolveu num embate com a revista Veja e o site de notícias UOL. Os dois veículos acusaram a parlamentar – que liderou em Brasília a manifestação do dia 15 de março, mesmo contra as orientações do Ministério da Saúde – de distribuir informação falsa sobe a morte de um borracheiro no Recife. Kicis afirmava que, embora o trabalhador tivesse morrido vítima de uma explosão de um pneu de caminhão que consertava, seu atestado de óbito saiu como sendo a Covid-19 a causa da morte.
FAKE OR NOT FAKE – Diante da crítica aberta dos dois veículos ao seu comportamento, ela conseguiu obter junto ao hospital, onde supostamente morreu o borracheiro, uma declaração de que ele não havia morrido vítima do coronavírus. Mas a causa mortis foi o vírus do H1N1, que propicia sintomas respiratórios semelhantes. A deputada então vociferou nas redes sociais que Veja e UOL tinham que pedir desculpas a ela publicamente. Mas, pera aí: E o pneu estourado? Ela espalhou nas redes sociais, inclusive vídeos, que a causa da morte tinha sido o impacto da explosão do pneu. É ou não é fake a informação dela? Tentei perguntar a ela, mas a parlamentar havia me bloqueado no Twitter.
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Bia Kicis disse que estouro de pneu virou Covid-19. Nem uma coisa nem outra: H1N1
Bolsonaristas iriam para o Novo? Por sinal, Bia Kicis, que vem enfrentando um perrengue enorme no PSL desde o racha interno do partido, anda muito próxima de Júlia Lucy (Novo). Em tempos de isolamento social, fizeram até transmissão de live juntas nas redes sociais. A distrital é aquela que foi ao Buriti fazer lobby contra o projeto de lei aprovado na Câmara Legislativa que obrigou a adoção de mais mecanismos de segurança aos motoristas de aplicativos. Júlia Lucy queria que o governador Ibaneis Rocha (MDB) vetasse a lei que só ela votou contra na CLDF. Argumentou que a proposta era absurda e iria restringir “nossas liberdades”. Numa postura semelhante à de Alexandre Guerra – ex-chefão do grupo Giraffas – no caso dos apli-
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Kicis com Júlia Luct: Novo pode abrigar ex-filiados do PSL fieis a Bolsonaro?
cativos, ela colocou direito à vida em segundo plano e priorizou o direito à livre concorrência. Ela considera que a lei aprovada não pode resultar em perdas econômicas. Percebe-se uma sintonia com Alexandre Guerra – ex-candida-
to do Novo ao GDF –, que afirmou serem as mortes e pessoas doentes em decorrência da Covid-19 um mal menor do que os reflexos econômicos que advirão da pandemia. Posicionamentos como o de Alexandre Guerra e Júlia Lucy demonstram uma afinidade de pensamento dos expoentes do Novo candango muito próxima aos pensamentos de Jair Bolsonaro. No recente e irresponsável périplo por Taguatinga, Ceilândia e Sudoeste, ele afirmou, ao defender a volta ao trabalho, que “infelizmente algumas mortes terão. Paciência, acontece, e vamos tocar o barco”. Há quem pergunte se – com a impossibilidade de se fundar o Aliança Brasil para as eleições de 2020 – os correligionários de Bolsonaro iriam para o Novo. A conferir.
Coronavírus cria moda de máscaras Empresários reclamam dos impactos da pandemia, mas há quem enxergue oportunidades para manter o negócio e até crescer comercialmente. As redes sociais têm infinitas ofertas de serviços e vendas com entrega em casa. E, tudo indica, os ovos do coelhinho da Páscoa serão entregues por motoboys. Até as máscaras cirúrgicas, que reduzem a transmissão do vírus por meio de gotículas respiratórias, estão ganhando um toque especial. Por que não dar um look diferente? Foi o que pensou a ONG EcoModas, que passou a produzir máscaras num estilo ousado e divertido com diversas estampas. Tem com focinho de lobo, língua de fora e até com a Bandeira do Brasil estilizada. Pequenas malharias do DF que produzem uniforme escolar, mudaram a linha para manter a produção e o faturamento. Tem de estampas infantis ao clássico xadrez escocês. CUIDADOS – Nada impede que as máscaras tenham um toque diferente, mas a professora da Faculdade de Saúde, da UnB, Fátima de Sousa, alerta que não é qualquer tecido que pode ser usado. O melhor é o tricolina (100% resistente), que é leve e permite boa respiração sem sufocar. CORRENTE – O servidor público Rubens Bia montou, com seus amigos, uma “Corrente de Solidariedade” para recolher donativos para cestas básicas a serem doadas a famílias carentes. Quem quiser contribuir, o telefone é o (61) 98118-6296.
OBSERVATÓRIO DO COMÉRCIO Todas as informações sobre o coronavírus que o comerciário e o comerciante precisam saber. ACESSE
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Satélites
Servidores da Saúde recebem pecúnias O GDF pagou R$ 4,6 milhões em pecúnias referentes à indenização de licença-prêmio devida a 1.548 servidores da Saúde pública aposentados ou que vão se aposentar. Segundo decreto do governador Ibaneis Rocha, publicado na terça-feira (31), os valores devem ser creditados todo mês pelo órgão ou entidade do servidor em até 36 parcelas sucessivas. Em janeiro e fevereiro deste ano, foram beneficiados 2.107 servidores com valor de R$ 6 milhões.
Por Lorrane Oliveira
BRB abre conta pelo celular – O aplicativo BRB Conta agora tem a opção de abertura de contas para pessoas jurídicas pelo celular nas versões Android e IOS. A ferramenta simplifica o atendimento a clientes que queiram aderir ao Supera-DF. O programa, lançado na semana passada para minimizar os impactos financeiros ocasionados pela crise do coronavírus, tem, entre suas ações, a concessão de até R$ 1 bilhão para a cadeia produtiva.
Exército desinfeta HBB, Hran e Rodoviária Em uma atuação conjunta com o Exército, o Hospital de Base passou, terça-feira (31), por uma desinfecção das áreas externa e interna. Dez militares do 16º Batalhão Logístico do Exército promoveram a atividade e ensinaram equipes do HBB como fazer
limpezas do tipo. No domingo (29), a desinfecção foi feita na Rodoviária do Plano Piloto, na Estação Central do Metrô. Na segunda (31), foi a vez do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O objetivo é prevenir contágios pelo novo coronavírus. DAVIDYSON DAMASCENO/IGES-DF
Quase 200 detentos que cumprem pena em regime semiaberto nas unidades prisionais do DF foram beneficiados pela Justiça com a prisão domiciliar. O motivo é a dificuldade de realizar o isolamento social para evitar a transmissão do novo coronavírus dentro dos presídios. A determinação, que ainda passa por uma série de análises, antecipa a progressão aos sentenciados que alcançariam o benefício até 17 de julho deste ano. A causa é enviada ao Ministério Público e só depois o juiz aceita ou nega o pedido.
Bombeiro testa coronavírus
R$ 13,4 milhões em produtos de limpeza O GDF vai abrir uma licitação de R$ 13,4 milhões para aquisição de álcool em gel, dispensador, sabonete líquido e luvas. O processo de compras vai buscar empresas que se comprometam a oferecer os produtos por ata de registro de preços: Após definir os valores, os órgãos da Administração direta podem adquirir os insumos diretamente por adesão. O modelo de compra, segundo a Secretaria de Economia, gera economia e é mais eficiente do que seria a compra descentralizada por órgão. O edital para a concorrência foi publicado no Diário Oficial do DF na terça-feira (31). Também foram anunciadas a aquisição de remédios e equipamentos para reforçar a atuação nos hospitais.
Presos do semiaberto passarão à prissão domiciliar
Governo amplia isolamento social até 3 de maio O isolamento social será prorrogado até o dia 3 de maio. A decisão do governador Ibaneis Rocha foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF de quarta-feira (1). O governo optou por estender o fechamento dos estabelecimentos educacionais até o dia 31 de maio. O novo decreto também flexibiliza o funcionamento do comércio destinado a serviços essenciais. As atividades de 23 feiras permanentes fo-
ram liberadas. A antecipação da reabertura desses espaços, que, inicialmente, seria no dia 6 de abril, foi determinada em novo decreto publicado na quinta-feira (2). Segundo a norma, as feiras só poderão funcionar para a comercialização de gêneros alimentícios, sendo vedado o funcionamento de restaurantes e de praças de alimentação, o consumo de produtos no local e a disponibilização de mesas e cadeiras aos frequentadores.
O Corpo de Bombeiros Militar do DF anunciou, terça-feira (31), a compra de mil chips que serão utilizados para análise de amostra de saliva para testar contaminação por coronavírus. Os chips custarão R$ 2.160.354 e serão utilizados conforme demandas estratégicas do GDF.
Lojas descumprem decretos Em 11 dias de ação, as equipes de fiscalização do DF Legal aplicaram 20 multas a comerciantes que descumpriram o decreto do governador Ibaneis Rocha e abriram as portas. As autuações somam R$ 72 mil. Seis mil estabelecimentos foram fechados após as inspeções. Desses, 180 acabaram interditados por reincidência. A medida foi tomada para prevenir a propagação do coronavírus.
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ESPÍRITA
José Matos Coronavírus, carma e elevação Todas as doenças trazem uma mensagem para os indivíduos, coletividades e governantes. Deste vez não é diferente Mensagens mediúnicas recebidas por canalizadores de diferentes denominações atestam que o novo coronavírus é de baixa vibração e, assim, se desenvolve melhor em pessoas de vibrações mentais equivalentes. Sabemos que a imunidade depende de boa alimentação, carga genética e atividade
física, mas há algo sobre o qual a medicina só agora está dando os primeiros passos: a imunidade mental. A medicina já sabe que, quando alguém se deprime, a imunidade cai. Então, além de estarmos bem fisicamente, precisamos também estar bem mentalmente. Os pensamentos e sentimentos
NUTRIÇÃO
Caroline Romeiro Doação de leite materno em tempo de coronavírus Até o momento não há evidência de que ocorra transmissão por meio da amamentação Por causa da pandemia de Covid-19, os bancos de leite do Distrito Federal já registram queda
TV Comunitária lIGADA EM BRASÍLIA
de aproximadamente 35% nas doações de leite materno. Isso traz um impacto negativo significa-
de ódio, mágoa, inveja, ciúme, vingança, pessimismo, violência, vícios, mau humor são de baixa vibração e tornam a mente de mesmo teor; pela lei dos semelhantes, atraem vírus de baixa vibração, como o corona. Os pensamentos de compaixão, realização, compreensão, alegria, ânimo, esperança fortalecem a mente e tornam as defesas orgânicas mais fortes, além de gerar um magnetismo desagradável para o corona. O que vocês ganham alimentando mágoa, ódio, ciúme, desejo de vingança, inveja, pessimismo, doenças, desânimo, frustrações e traumas? É hora de praticar generosidade, cantar, animar, alegrar, fazer boas leituras, ver bons filmes. O amor ao próximo, recomendado pelos grandes mestres, é para ser praticado, primeiramente, conosco. Nós somos o primeiro próximo de nós mesmos. Após tirar o tumor do seio de uma mulher, Dr. Fritz, por meio
do médium Edson Queiroz, ensinou: “Este tumor desenvolveu-se pelo ódio que você cultivou durante longo tempo”. Vamos aproveitar a visita do corona, amadurecer, mudar de atitude, e continuar, após a partida dele, melhores. Lição não aprendida, outros coronas virão. Não é castigo de Deus. É o remédio educativo que veio nos lembrar da solidariedade esquecida, principalmente, entre os familiares. Como bem lembrou o Papa Francisco: “Em um mundo doente, não é de estranhar a presença de uma doença”. Todas as doenças trazem uma mensagem para os indivíduos, coletividades e governantes: Cuidem do corpo, cuidem da mente, cuidem da alma, cuidem uns dos outros, cuidem do coletivo. Desta vez não é diferente.
tivo para os bebês que precisam desse alimento. Naturalmente, as mulheres que doam leite ficaram receosas ou sem saber como proceder em relação à doação. Vamos esclarecer alguns pontos. E se você tem leite para doar ou conhece alguém que está nessa situação, em meio a tantas dúvidas, observe como superá-las e passar a fazer parte desta corrente do bem. A Liga Acadêmica de Nutrição Materno Infantil (perfil no Instagram @lanmi), da Universidade Católica de Brasília, elaborou uma cartilha (você pode acessar no site do jornal). Lá, vai encontrar informações sobre amamentação e doação de leite durante este período de pandemia.
Até o momento não há evidência de que ocorra transmissão por meio da amamentação. Então, se você está amamentando, continue. Porém, é prudente que a doação aconteça somente por mulheres saudáveis e que não tenham contato domiciliar com pessoas portadoras de síndrome gripal ou caso confirmado de Covid-19. Exceto nesses casos, a doação deve acontecer, desde que siga todas as recomendações usuais de cuidados com higiene, descritos em detalhes na cartilha.
José Matos Professor e palestrante
Caroline Romeiro Nutricionista e professora na Universidade Católica de Brasília (UCB)
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Em tempos de guerra, futebol mostra seu papel social
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No Brasil e no mundo, clubes e atletas se unem no combate ao covid-19 Gustavo Pontes A onda de solidariedade no esporte no combate à pandemia do novo coronavírus cresce a cada dia. Por todo o mundo surgem exemplos de atletas e entidades esportivas doando
dinheiro, materiais e oferecendo suas estruturas. No Brasil, Botafogo, São Paulo, Corinthians, Náutico, Remo, Criciúma e muitos outros clubes espalhados pelo País ofereceram suas estruturas para que as autoridades usem da forma
que acharem necessária. O Pacaembu, que é do governo, foi o primeiro estádio transformado em hospital de campanha. Outros estádios e centros de treinamento também serão usados com o mesmo propósito. Um golaço de todos os envolvidos.
Grandes do Rio unidos numa só torcida A rivalidade entre Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco já provocou muitas brigas dentro e fora do campo e até mortes ao longo da história dos últimos 100 anos. No entanto, num dos momentos mais difíceis para o esporte e para a humanidade, os quatro clubes mostraram porque são gigantes. Eles se uniram na campanha “Contra o covid-19 é torcida única” para arrecadar fundos visando à luta no combate ao coronavírus. Os valores arrecadados serão destinados à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) para ações, como a produção de kits para diagnóstico da doença, pesquisas e atendimento a pessoas com casos graves, no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia, que está sendo construído na sede da Fiocruz. A ideia é dar apoio comunitário às pesquisas que colaborem no
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combate à doença, além de ajudar no cuidado aos pacientes. O torcedor que quiser participar da campanha deve entrar
no site www.futebolxcovid19. com.br, selecionar o seu clube, fazer o cadastro e escolher o valor que deseja doar.
Mulheres também entram em campo O futebol feminino vem ganhando cada vez mais força e espaço no cenário esportivo nacional. E, em meio à dificuldade, as jogadoras dão mais um motivo para continuarem recebendo o respeito e o apoio dos torcedores. Atletas de futebol de campo, futsal e FUT7 feminino de todo o País se uniram para arrecadar dinheiro e ajudar na luta contra a pandemia. A ação #JogaJuntoFF conta com o apoio de atletas que estão doando camisas dos clubes para serem sorteadas a cada meta de arrecadação alcançada. A primeira meta era R$ 5.000 e foi atingida rapidamente. Com o feito alcançado, uma camisa da Seleção Brasileira de Beatriz Zaneratto e uma do Corinthians, de Victória Albuquerque, serão sorteadas nas redes sociais. Ao todo já foram doadas mais de 80 camisas de diversos clubes, incluindo dois representantes do DF em competições nacionais no futebol feminino – o Real Brasília e o Minas Icesp. A arrecadação feita por meio de "vakinha virtual" pelo link https:// www.vakinha.com.br/vaquinha/doacoes-para-o-sus-covid19.